2023 2023 Convencao Coletiva de Trabalho

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CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2023/2023

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: ES000075/2023


DATA DE REGISTRO NO MTE: 10/02/2023
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR005187/2023
NÚMERO DO PROCESSO: 13040.100333/2023-16
DATA DO PROTOCOLO: 06/02/2023

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGURANA PRIVADA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO, CNPJ n.


36.047.140/0001-62, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). EDIMAR BARBOSA;

SINDICATO DOS EMPREGADOS NAS EMPRESAS DE SEGURANCA E VIGILANCIA EM GERAL,


RONDA MOTORIZADA, MONITORAMENTO ELETRONICO E VIA SATELITE, MONITORAMEN, CNPJ n.
05.904.803/0001-94, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). SERAFIM GERSON CAMILO;

celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho


previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de janeiro de
2023 a 31 de dezembro de 2023 e a data-base da categoria em 01º de janeiro.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) dos trabalhadores nas empresas
de transportes de valores, escolta armada, ronda motorizada, monitoramento eletrônico e via
satélite, agentes de segurança pessoal e patrimonial, segurança e vigilância em geral, exceto, a
categoria dos trabalhadores vigilantes de carro forte, guarda, transporte de valores, escolta armada
e tesouraria, com abrangência territorial em Aracruz/ES, Cariacica/ES, Fundão/ES, Guarapari/ES,
Serra/ES, Viana/ES, Vila Velha/ES e Vitória/ES.

Salários, Reajustes e Pagamento

Reajustes/Correções Salariais

CLÁUSULA TERCEIRA - DO SALÁRIO NORMATIVO

Os salários dos empregados abrangidos pelo presente instrumento coletivo serão reajustados,
a partir de 1º de janeiro de 2023, pelo percentual de 5,337% (cinco vírgula trezentos e trinta e
sete por cento) para vigorar no período de 01/01/2023 a 31/12/2023.

Parágrafo 1°. O salário normativo do vigilante patrimonial passa de R$ 1.647,54 (mil, seiscentos
e quarenta e sete reais e cinquenta e quatro centavos) para o valor de R$ 1.735,47 (mil,
setecentos e trinta e cinco reais e quarenta e sete centavos).
Parágrafo 2°. O salário normativo do vigilante segurança pessoal passa de R$1.974,10 (mil,
novecentos e setenta e quatro reais e dez centavos) para R$2.079,46 (dois mil e setenta e nove
reais e quarenta e seis centavos).

Parágrafo 3°. O salário normativo do vigilante ronda motorizada passa de R$1.810,83 (mil,
oitocentos e dez reais e oitenta e três centavos) para R$ 1.907,47 (mil, novecentos e sete reais
e quarenta e sete centavos).

Parágrafo 4°. Fica estabelecido entre as partes que o piso salarial mínimo dos empregados
inspetores, supervisores e/ou fiscais será de R$ 2.633,42 (dois mil, seiscentos e trinta e três
reais e quarenta e dois centavos) para vigorar no período de 01/01/2023 a 31/12/2023. Para
aqueles que recebem acima do piso mínimo estabelecido, os seus respectivos salários serão
reajustados, a partir de 01/01/2023, pelo percentual de 5,337% (cinco vírgula trezentos e trinta
e sete por cento), ficando-lhes garantidos os mesmos benefícios concedidos aos empregados-
vigilantes (tíquete alimentação, adicional de periculosidade, plano de saúde, assistência
odontológica, auxílio financeiro extraordinário ao trabalhador organizado do setor de segurança
privada - AFETOS, tíquete nas férias, horas extras e adicional noturno, sendo que as horas
extras e o adicional noturno dependerão exclusivamente da forma do trabalho diário).

Parágrafo 5°. Considerando que o referido instrumento coletivo abrange os empregados


vigilantes das empresas de segurança privada; considerando as especificidades das demais
funções de cada empresa; considerando a tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal quando
do julgamento do TEMA 1046 de que são constitucionais os acordos e as convenções coletivas
que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de
direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens
compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis, assim as
partes estabelecem que os empregados ligados à área administrativa terão seus respectivos
salários e benefícios negociados mediante acordo coletivo com seu respectivo empregador, com
a participação obrigatória do sindicato laboral, para vigorar no período de 01/01/2023 a
31/12/2023.

Parágrafo 6°. As partes estabelecem que a empresa terá até o dia 31/03/2023 para a celebração
do acordo coletivo com o sindicato laboral para os empregados ligados à área administrativa,
caso contrário, deverá reajustar os salários dos referidos empregados pelo mesmo percentual
estabelecido no caput e garantir os mesmos benefícios aqui pactuados.

Parágrafo 7°. Para o empregado que tenha diploma de nível superior e perceba salário mensal
igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social terá seu respectivo salário corrigido mediante livre negociação com seu empregador,
ficando excluído do índice aqui pactuado.

Parágrafo 8º. As partes estabelecem que a diferença do salário referente ao mês de janeiro/23
deverá ser apurada e paga pelo empregador, de forma destacada e em parcela única, quando
do pagamento da competência do mês de fevereiro/23, sob pena de descumprimento de norma
coletiva.

Pagamento de Salário Formas e Prazos

CLÁUSULA QUARTA - DA DATA DO PAGAMENTO


As partes convenentes estabelecem que os empregadores pagarão os salários mensais até o
5° (quinto) dia útil de cada mês subsequente, sendo que o sábado não será considerando dia
útil para efeito de pagamento, e se o 5º (quinto) dia útil cair em qualquer feriado, seja nacional,
estadual ou municipal, o pagamento da competência será feito no 1° (primeiro) dia útil
subsequente.

CLÁUSULA QUINTA - DA OBRIGATORIEDADE DOS CONTRACHEQUES

Fica estabelecido entre as partes convenentes que as empresas deverão disponibilizar os


contracheques via sistema eletrônico até o 5° (quinto) dia útil do mês do efetivo pagamento ou
o contracheque impresso.

Outras normas referentes a salários, reajustes, pagamentos e critérios para cálculo

CLÁUSULA SEXTA - DA CARTA DE IMPACTO ECONÔMICO

Considerando os vários tipos de postos de trabalho e o aumento nas despesas operacionais


com reflexo direto sobre os custos dos contratos de prestação de serviços de vigilância privada,
decorrentes da celebração do presente instrumento coletivo, principalmente em razão das
cláusulas econômicas pactuadas para o período de 01/01/2023 até 31/12/2023, por isso mesmo
as partes estabelecem que o SINDESP/ES (sindicato patronal) deverá emitir a Certidão de
Impacto Econômico para as empresas filiadas.

Gratificações, Adicionais, Auxílios e Outros

Gratificação de Função

CLÁUSULA SÉTIMA - DA FUNÇÃO GRATIFICADA DE BRIGADISTA

O empregado-vigilante patrimonial que exercer a função gratificada de brigadista receberá


gratificação mínima de 10% (dez por cento) incidente sobre o salário normativo do vigilante,
desde que em efetivo exercício da referida função gratificada e nos contratos que efetivamente
exigirem a disponibilização dessa mão de obra.

Parágrafo 1º. O fato do empregado-vigilante possuir o curso de brigadista não lhe dá direito de
recebimento a gratificação se não observadas as condicionantes estabelecidas no caput, isto é,
o efetivo exercício da função gratificada de vigilante brigadista e nos contratos que efetivamente
exigirem a disponibilização dessa mão de obra.

Parágrafo 2°. Fica pactuado entre as partes que para os contratos de prestação de serviços em
vigor, cuja a gratificação mínima é de 5% (cinco por cento), somente haverá a elevação para a
gratificação mínima de 10% (dez por cento) quando a alteração for permitida em lei e/ou
contrato, respeitado o período de vigência do respectivo contrato. Entende-se por duração ou
prazo de vigência o período em que os contratos firmados produzem direitos e obrigações para
as partes contratantes.

Parágrafo 3°. Fica estabelecido entre as partes, que o novo regramento da função gratificada
de vigilante brigadista previsto no caput, não importa em ofensa ao princípio da isonomia salarial
ao empregado-vigilante que recebe 5% (cinco por cento) de gratificação nos contratos já
vigentes, não implicando, em hipótese alguma, discriminação em relação ao empregado-
vigilante que recebe gratificação mínima de 10% (dez por cento), uma vez que respeitada a
concessão do reajuste salarial e todos os demais direitos decorrentes da norma coletiva.

Parágrafo 4º. Fica estabelecido que na eventualidade do empregado-vigilante deixar de exercer


a função gratificada de brigadista, perderá o direito quanto ao seu recebimento, sem ofensa a
direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

CLÁUSULA OITAVA - DA FUNÇÃO GRATIFICADA DE VIGILANTE FLORESTAL

O empregado-vigilante patrimonial que exercer a função gratificada de vigilante florestal


receberá gratificação mínima de 10% (dez por cento) incidente sobre o salário normativo do
vigilante, desde que em efetivo exercício da referida função gratificada e nos contratos de
prestação de serviços que efetivamente exigirem a disponibilização dessa mão de obra.

Parágrafo 1°. Fica estabelecido entre as partes, que caberá ao empregador que utilizar a função
de vigilante florestal estabelecer os critérios para o exercício da referida função.

Parágrafo 2º. Fica estabelecido que na eventualidade do empregado deixar de exercer a função
gratificada de vigilante florestal, perderá o direito quanto ao seu recebimento, sem ofensa a
direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.

CLÁUSULA NONA - DA FUNÇÃO GRATIFICADA DE VIGILANTE BILÍNGUE

O empregado-vigilante patrimonial que exercer a função gratificada de vigilante bilíngue


receberá gratificação mínima de 25% (vinte e cinco por cento) incidente sobre o salário
normativo do vigilante, desde que em efetivo exercício da referida função gratificada e nos
contratos de prestação de serviços que efetivamente exigirem a disponibilização dessa mão de
obra.
Parágrafo 1°. Fica estabelecido entre as partes, que caberá ao empregador que utilizar a função
de vigilante bilíngue estabelecer os critérios para o exercício da referida função.

Parágrafo 2º. Fica estabelecido que na eventualidade do empregado deixar de exercer a função
gratificada de vigilante bilíngue, perderá o direito quanto ao seu recebimento, sem ofensa a
direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial

CLÁUSULA DÉCIMA - DA SUBSTITUIÇÃO DE FUNÇÃO

O empregado-vigilante que por ventura vier a substituir outro empregado receberá pelo período
trabalhado na substituição a diferença salarial da função ou cargo conforme a cláusula 3ª supra,
bem como todos os benefícios respectivos aquela função, enquanto durar a substituição da
função ou cargo, ficando, desde já, estabelecido que não será paga em período de afastamento
superior a 15 (quinze) dias, inclusive no período de gozo das férias.

Parágrafo 1º. As partes convencionam que os empregadores quando convocarem o empregado


para exercer a atividade ou cargo de outro empregado devem fazer por escrito, bem como
deverá comunicá-lo, por escrito, quando do término das atividades, com no mínimo 30 (trinta)
dias de antecedência, exceto no caso do período a ser laborado for inferior a 30 (trinta) dias.

Parágrafo 2º. O empregado se eventualmente realizar horas extraordinárias receberá as


referidas horas com o acréscimo do percentual de 60% (sessenta por cento) incidente sobre o
valor da hora normal de trabalho do empregado substituído. A base de cálculo para apuração
da hora normal será o salário acrescido das demais parcelas pagas de forma habitual e que
possuem natureza salarial.

Parágrafo 3º. O empregado que deixar de exercer a atividade ou cargo de outro empregado
voltará a perceber somente o seu salário normativo acrescido do adicional de periculosidade,
por isso mesmo em hipótese alguma será considerado como redução salarial.

Parágrafo 4º. O empregado só receberá pela função gratificada enquanto estiver efetivamente
no exercício da respectiva função, ficando, desde já, estabelecido que a função gratificada não
será paga em período de afastamento superior a 15 (quinze) dias, inclusive no período de gozo
das férias.

Outras Gratificações

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DA GRATIFICAÇÃO DE POSTO E/OU FUNÇÃO

Os empregadores poderão estabelecer gratificações para seus empregados e também


gratificações para postos de serviços ou ainda em decorrência de deliberação do cliente-
contratante dos serviços.
Parágrafo 1º. As gratificações e/ou funções gratificadas dos postos especiais ficarão,
exclusivamente, circunscritas ao empregado indicado ao posto de serviço especial criado pelo
empregador ou determinado em contrato específico da prestação de serviço de segurança.

Parágrafo 2º. Os empregados farão jus ao recebimento das gratificações e/ou funções
gratificadas dos postos especiais pelo período laborado, ou seja, pelo critério pro rata die
trabalhado.

Parágrafo 3°. As gratificações de postos e as funções gratificadas de postos especiais são


indicadas, eleitas e escolhidas, exclusivamente, pelos empregadores e, por isso mesmo não
podem, definitivamente, ser objeto de isonomia com os demais postos de serviços e/ou funções
laborais, que não estiverem classificadas como especiais pelos empregadores ou determinado
em contrato específico da prestação de serviço de segurança.

Parágrafo 4º. Fica convencionado que as gratificações de postos e as funções gratificadas de


postos especiais deixarão, imediatamente, de ser pagas pelo empregador nas seguintes
condições: I - quando o empregado-vigilante deixar de exercer o trabalho no posto especial
gratificado e/ou deixar de exercer a função gratificada de posto especial, por qualquer motivo; II
- quando houver o término do contrato de prestação de serviço; III - na extinção do posto
especial, quer seja pelo empregador, quer seja pelo próprio cliente contratante do serviço; IV -
na extinção da função gratificada especial, quer seja pelo empregador, quer seja pelo próprio
cliente contratante do serviço.

Parágrafo 5º. Fica convencionado que as gratificações de postos especiais e as funções


gratificadas de postos especiais, por terem caráter especial, eventual e precário, não constituem
direito adquirido e não podem ser conceituadas como salário in natura.

Parágrafo 6º. Em todos os contratos de prestação de serviços de segurança privada que


preveem postos especiais e/ou funções gratificadas de postos especiais, desde que
gratificadas, os empregadores, neste caso, ficam obrigados a pagar os valores indicados nos
contratos para os respectivos postos especiais e/ou funções gratificadas de postos especiais,
aos empregados que executarem as tarefas especiais, obedecidos os critérios avençados
supra.

Adicional de Hora-Extra

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DAS HORAS EXTRAS

Fica convencionado entre as partes que as horas extras serão remuneradas com o acréscimo
do percentual de 60% (sessenta por cento) incidente sobre o valor da hora normal de trabalho.
A base de cálculo para apuração da hora normal será o salário acrescido das demais parcelas
pagas de forma habitual e que possuem natureza salarial.

Parágrafo 1º. As horas extras quando executadas em feriados nacionais, estaduais e


municipais serão remuneradas com o percentual de 100% (cem por cento).
Parágrafo 2°. Todas as horas extras trabalhadas no período da apuração mensal serão,
obrigatoriamente, incluídas pelos empregadores nos respectivos contracheques/holerites dos
seus empregados para as devidas incidências legais.

Parágrafo 3°. Em caso de eventual convocação do empregado para exercer atividade laboral
fora da escala natural, o empregador fica obrigado a entregar ao empregado o tíquete
alimentação e também o vale transporte (um para ida e outra para volta), considerando para
tanto o critério estabelecido para o fornecimento dos benefícios, que é por dia trabalhado.

Parágrafo 4°. O empregado que trabalhar a quantidade de 180 horas no mês de 30 dias, e em
caso de necessidade de escala extra, o empregador fica obrigado a pagar as devidas horas
extraordinárias, não podendo, portanto, utilizar a escala extra como forma compensatória.

Parágrafo 5°. O empregado que trabalhar a quantidade de 192 horas no mês de 31 dias, e em
caso de necessidade de escala extra, o empregador fica obrigado a pagar as devidas horas
extraordinárias, não podendo, portanto, utilizar a escala extra como forma compensatória.

Parágrafo 6°. Quando o empregador determinar em norma interna que o empregado deve
comparecer para o início da escala com antecedência máxima de 10 minutos, não pode o
laborista chegar ao local do trabalho com antecedência superior, sob pena de descumprir a
ordem empresária, por isso não poderá suscitar “tempo à disposição”, considerando que o
procedimento, além de infringir a norma interna, será considerado como ato de voluntário.

Parágrafo 7°. As horas extraordinárias habitualmente prestadas devem ser computadas no


cálculo do Descanso Semanal Remunerado – DSR e a integração das horas extras, no
descanso semanal remunerado, calcula-se da seguinte forma: somam-se as horas extras do
mês; divide-se o total de horas pelo número de dias úteis do mês; multiplica-se pelo número de
domingos e feriados do mês; multiplica-se pelo valor da hora extra com acréscimo.

Parágrafo 8°. A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração


das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo das férias, da gratificação
natalina, do aviso prévio e do FGTS.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - DA RECUSA LÍCITA DAS HORAS EXTRAS

A circunstância do empregado-vigilante recusar-se a trabalhar, além da jornada normal, não


implicará, de maneira alguma, qualquer tipo de punição ao referido empregado.

Parágrafo 1º. As partes registram que a atividade de vigilância é contínua e não pode sofrer
interrupção, assim, em caso de força maior ou de caso fortuito, o empregado-vigilante que
estiver no posto de serviço deverá aguardar a sua substituição no posto.

Parágrafo 2º. A empresa fica obrigada a providenciar a substituição do empregado-vigilante,


em no máximo 02 (duas) horas, ficando ainda convencionado de que o fato só poderá ocorrer,
no máximo, 03 (três) vezes no mês, com o mesmo empregado-vigilante.
Adicional Noturno

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DO ADICIONAL NOTURNO

Considera-se noturno, para os efeitos deste instrumento coletivo, o trabalho executado na forma
do § 2º, do art. 73, da CLT.

Parágrafo 1°. A hora noturna será remunerada pelo percentual de 40% (quarenta por cento). O
valor da hora noturna apura-se pelo salário normativo acrescido das demais parcelas pagas de
forma habitual e que possuem natureza salarial.

Parágrafo 2°. Em razão do efetivo benefício propiciado aos empregados pela remuneração do
adicional noturno (dobro do previsto no caput, do artigo 73, da CLT), as partes resolvem
estabelecer a hora noturna em 60 (sessenta) minutos.

Parágrafo 3°. O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado
para todos os efeitos, por isso mesmo devem ser computados no cálculo do Descanso Semanal
Remunerado – DSR e calcula-se da seguinte forma: somam-se as horas noturnas normais
trabalhadas no mês; divide-se pelo número de dias úteis; multiplica-se pelo número de domingos
e feriados; multiplica-se pelo valor da hora normal; multiplica-se pelo valor do adicional noturno
(40%).

Parágrafo 4°. A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração


do adicional noturno habitualmente prestado, não repercute no cálculo das férias, da gratificação
natalina, do aviso prévio e do FGTS.

Adicional de Periculosidade

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

O percentual do adicional de periculosidade será de 30% (trinta por cento) sobre o valor do
salário normativo do empregado, nos termos do artigo 193 da CLT, incluído por força da Lei nº
12.740/2012, publicada em 10.12.12, cuja atividade foi regulamentada pela Portaria n° 1.885/13
do MTE.

Parágrafo 1º. Fica convencionado entre as partes que o adicional de periculosidade integra a
remuneração dos empregados para todos os fins de direito.

Parágrafo 2º. Terá direito ao adicional de periculosidade previsto na Lei n° 12.740/2012, por se
tratar de atividade periculosa, regulamentada pela Portaria n° 1.885/13 do MTE, também os
empregados inspetores, supervisores e fiscais.

Parágrafo 3º. Não haverá em hipótese alguma o pagamento cumulativo do adicional de


insalubridade com o adicional de periculosidade, facultando, contudo, ao empregado o direito
de opção para o recebimento do adicional que lhe for mais favorável, devendo, neste caso,
oferecer manifestação escrita perante o seu respectivo empregador.

Parágrafo 4º. Para os contratos de prestação de serviços entre os empregadores e seus


clientes, prevendo o pagamento das duas verbas (adicional de periculosidade e adicional de
insalubridade), neste caso, o empregador respectivo deve pagar ao laborista, que prestar
serviços em postos dos referidos contratos, os dois adicionais de forma cumulativa, deixando
claro que a cumulatividade só deve ser paga enquanto o empregado estiver trabalhando no
posto do contrato.

Parágrafo 5º. Fica convencionado entre as partes que caso haja alteração no contrato de
prestação de serviço, excluindo o pagamento da insalubridade ou na eventualidade do
empregado deixar de trabalhar no referido posto, caberá ao empregador pagar ao laborista
somente o adicional de periculosidade.

Auxílio Alimentação

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - DO TÍQUETE ALIMENTAÇÃO

As partes estabelecem que o tíquete alimentação terá o valor individual e nominal de R$ 41,00
(quarenta e um reais) para o período de 01/01/2023 a 31/12/2023.

Parágrafo 1º. Fica convencionado que as empresas somente poderão contratar o benefício na
modalidade "alimentação", ou seja, o benefício não poderá ser na modalidade "tíquete refeição"
e será fornecido por dia trabalhado, independentemente da jornada diária de trabalho. Nos
contratos onde houver previsão para o fornecimento direto de alimentação as empresas
fornecerão também o tíquete alimentação.

Parágrafo 2º. As partes convencionam que a entrega dos tíquetes alimentação deverá ser
realizada mensalmente e até o 5º (quinto) dia útil do mês a ser trabalhado. A quantidade dos
tíquetes alimentação dependerá da escala de trabalho do obreiro. Nos casos de admissão e de
retorno ao trabalho do empregado, os tíquetes alimentação serão entregues proporcionalmente
aos dias que serão trabalhados e a entrega será realizada até o 5º (quinto) dia útil do mês a ser
trabalhado.

Parágrafo 3º. Fica convencionado que em caso de faltas ao serviço (justificadas ou não), os
tíquetes alimentação serão deduzidos pelos dias não trabalhados e a dedução respectiva será
operada na entrega no mês subsequente.

Parágrafo 4º. Em razão do fornecimento do tíquete alimentação as empresas poderão


descontar o percentual fixado no PAT (Programa de Alimentação ao Trabalhador), previsto na
Lei nº 6.321/76, até o limite de 10% (dez por cento).

Parágrafo 5º. Por força do inciso XXVI, do artigo 7°, da Constituição Federal as partes declaram
solenemente que o tíquete alimentação e/ou a alimentação direta, isto é, aquela fornecida no
tomador dos serviços em razão de contrato, não terão, em hipótese alguma, natureza
remuneratória, por isso mesmo, não podem ser considerados como salário-utilidade ou salário
in natura, nos termos da Lei nº 6.321/76, de seus Decretos Regulamentadores e da Portaria
GM/MTb nº 1.156/1993.

Parágrafo 6º. Quando o empregador convocar o empregado para se submeter a cursos,


palestras internas/externas e outras atividades inerentes à profissão e que excedam a 04
(quatro) horas diárias de duração deverá lhe fornecer um tíquete alimentação extraordinário
e/ou alimentação direta.

Parágrafo 7º. Para o fornecimento do tíquete alimentação os sindicatos convenentes e/ou as


empresas terão livre arbítrio e preservando a livre concorrência de celebrar contrato com
qualquer firma especializada no fornecimento de tíquete alimentação, desde que amplamente
aceita no comércio varejista no Estado do Espírito Santo.

Parágrafo 8º. As partes estabelecem que as diferenças dos tíquetes alimentação referentes
aos meses de janeiro e fevereiro/23 deverão ser apuradas e pagas pelo empregador, de forma
destacada e em parcela única, quando do pagamento da competência do mês de março/23, sob
pena de descumprimento de norma coletiva.

Auxílio Transporte

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - DO VALE TRANSPORTE

O vale transporte será fornecido na forma da Lei n° 7.418/85.

Parágrafo 1º. O vale transporte poderá ser fornecido pelo empregador, diretamente ao
empregado beneficiário, em pecúnia (dinheiro), conforme decisão proferida pela Egrégia Seção
de Dissídios Coletivos do Colendo Tribunal Superior do Trabalho (ROAA 370.2007.000.17.00).
Fica desde logo estabelecido entre as partes, que o benefício (vale transporte), quando
fornecido em pecúnia (dinheiro), constitui verba sem natureza salarial, não se incorpora à
remuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição
previdenciária ou de FGTS, não constitui rendimento tributável do empregado e não integrará
de forma alguma a remuneração do empregado beneficiário, e também não poderá receber
qualquer reflexo de verba trabalhista, por se tratar de benefício totalmente excluído da condição
de verba salarial.

Parágrafo 2°. Quando o empregador convocar o empregado para comparecer em sua sede ou
para se submeter a cursos fora da sua escala regular de trabalho, palestras internas e outras
atividades inerentes à profissão deverá lhe fornecer os respectivos vales transportes (um para
a ida e outro para o retorno).

Parágrafo 3º. O empregador está autorizado a descontar na folha de pagamento o percentual


de até 6% sobre o valor do salário básico do empregado pelo vale-transporte fornecido.

Parágrafo 4º. Em caso de falta no serviço, fica o empregador autorizado a deduzir os vales
transporte já entregues no mês anterior que não foram utilizados em razão da falta ao trabalho,
devendo para tanto o empregador fornecer os vales complementares para mês a ser trabalhado.
Parágrafo 5º. No caso de verificação das condições estabelecidas no parágrafo anterior o
desconto legal estará limitado ao valor fornecido a título de vale transporte caso o valor seja
inferior a 6% do seu salário-base.

Auxílio Saúde

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - DO PLANO DE SAÚDE CELEBRADO PELAS ENTIDADES SINDICAIS

Por esta cláusula fica convencionado que os sindicatos convenentes poderão contratar plano
de saúde coletivo com qualquer operadora devidamente aprovada e sem restrições junto a ANS
(Agência Nacional de Saúde), isto é, não poderão estar sob intervenção e/ou direção fiscal e
funcionando sob efeito de liminar, fato que colocaria em risco o atendimento médico e hospitalar
dos beneficiários.

Parágrafo 1°. Fica pactuado entre as partes que as empresas abrangidas pelo presente
instrumento coletivo somente poderão permanecer ou aderir como empresa interposta ao
Contrato de Prestação de Serviços Médicos e Hospitalares firmado entre a operadora e os
sindicatos convenentes, mediante Termo de Adesão e Responsabilidade, caso optem por todas
as opções de plano apresentadas, aceitando e ratificando todos os termos, cláusulas e
condições do referido contrato, não podendo, por isso mesmo, aderir exclusivamente ao Plano
Ambulatorial sem internação.

Parágrafo 2º. Fica estabelecido que o Plano de Saúde Ambulatorial contratado pelas entidades
sindicais terá o custo mensal de R$ 94,82 (noventa e quatro reais e oitenta e dois centavos)
custeado pelo empregador sem ônus para o empregado, sob pena de descumprimento de
norma coletiva.

Parágrafo 3º. Fica pactuado entre as partes que no ato da admissão, o empregador fica
obrigado a disponibilizar para o empregado a tabela de preços dos planos de saúdes
disponíveis, cabendo ao empregado optar ou não pelo plano de saúde de maior cobertura, caso
contrário, o empregador fica obrigado a contratar, também no ato da admissão, o plano de saúde
ambulatorial, sem qualquer ônus para o empregado, enquanto prevalecer o valor da
mensalidade preestabelecida de R$ 94,82 (noventa e quatro reais e oitenta e dois centavos),
justamente por ser a parte que cabe ao empregador custear, sob pena de descumprimento de
norma coletiva.

Parágrafo 4°. O empregado que optar pelo Plano de Saúde Empresarial Coletivo de valor
superior ao Plano de Saúde Ambulatorial, fica a empresa obrigada a custear o valor de R$ 94,82
(noventa e quatro reais e oitenta e dois centavos), ficando o empregado responsável pelo
pagamento da diferença, que será descontada em folha de pagamento mediante autorização
prévia e por escrito, nos termos da Súmula 342 do TST.

Parágrafo 5°. O empregador para realizar as inclusões/movimentações no Plano de Saúde


Coletivo celebrado pelas entidades sindicais deverá fornecer comprovação de vínculo
empregatício dos beneficiários através de relação atualizada da GFIP ou outro documento que
comprove junto à Operadora e/ou Corretora credenciada, ficando a Operadora e/ou Corretora
credenciada responsável pela manutenção das medidas de segurança, técnica e administrativa
aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou
ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento
inadequado ou ilícito conforme a Lei 13.709/18 (Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD).

Parágrafo 6°. Fica convencionado que as empresas poderão contratar, por livre arbítrio e
preservando a livre concorrência, plano de saúde com operadora devidamente aprovada e sem
restrições junto a ANS (Agência Nacional de Saúde), isto é, não poderão estar sob intervenção
e/ou direção fiscal e funcionando sob efeito de liminar, fato que colocaria em risco o atendimento
médico e hospitalar dos beneficiários.

Parágrafo 7°. Se a empresa empregadora já tiver contratado plano de saúde para todos os
empregados em condições mais vantajosas não poderá fazer alterações e não estará obrigada
a aderir ao plano de saúde coletivo das entidades sindicais, podendo continuar no que já estiver
contratado/conveniado, salvo se o empregado optar em aderir ao plano de saúde contratado
pelos sindicatos convenentes.

Parágrafo 8°. Se o empregado já for possuidor de outro plano de saúde, na qualidade individual
ou de dependente, fica a empresa desobrigada de contratar o Plano de Saúde Ambulatorial,
cabendo fazer a prova, mediante declaração expressa e por escrito do empregado.

Parágrafo 9º. Fica estabelecido que o empregado, além de poder solicitar a inclusão do
dependente no plano de saúde junto ao seu respectivo empregador, também poderá solicitar
diretamente ao sindicato profissional e/ou a Corretora que administra o plano de saúde.

Parágrafo 10º. Caberá ao sindicato laboral e/ou a Corretora que administra o plano de saúde
encaminhar para o respectivo empregador o termo de inclusão/autorização devidamente
assinado pelo empregado nos termos da Súmula 342 do TST e o empregador fica obrigado a
incluir o dependente imediatamente, isto é, no ato do recebimento do termo de adesão/inclusão
do plano de saúde, sob pena de descumprimento de norma coletiva.

Parágrafo 11°. O valor custeado pelo empregador referente ao plano de saúde em hipótese
alguma terá natureza salarial, por isso mesmo não integra e nem incorpora ao salário do
empregado beneficiário do plano de saúde.

Parágrafo 12°. O plano de saúde poderá conter cláusula de coparticipação dos empregados,
quando do seu uso, desde que expressamente divulgado e autorizado, por escrito, pelo
empregado, a exceção do Plano de Saúde Ambulatorial previsto no caput da presente cláusula.

Parágrafo 13º. O empregado que estiver às expensas do INSS, por auxílio doença ou por auxílio
acidente, fica garantido o benefício do Plano de Saúde Ambulatorial.

Parágrafo 14º. Para o empregado que optou pelo Plano de Saúde Empresarial Coletivo de valor
superior ao Plano de Saúde Ambulatorial, fica a empresa obrigada a custear o valor de R$ 94,82
(noventa e quatro reais e oitenta e dois centavos), ficando o empregado responsável pelo
pagamento da diferença, pagando sua parte diretamente ao seu respectivo empregador, até o
5° (quinto) dia do mês subsequente, sob pena de não o fazendo ficar caracterizada a
inadimplência. Neste caso, o empregado deverá ser comprovadamente notificado pela empresa
sobre a inadimplência, e só então poderá o empregador suspender ou cancelar o seu plano de
saúde, ficando-lhe garantido o Plano de Saúde Ambulatorial.

Parágrafo 15°. O empregado que estiver às expensas do INSS, por auxílio doença ou por
auxílio acidente, fica responsável pelo pagamento da mensalidade do plano de saúde do
dependente, pagando-a diretamente ao seu respectivo empregador, até o 5° (quinto) dia do mês
subsequente, sob pena de não o fazendo ficar caracterizada a inadimplência. Neste caso, o
empregado deverá ser comprovadamente notificado pela empresa sobre ainadimplência, e só
então poderá o empregador suspender ou cancelar o plano de saúde do seu dependente.

Parágrafo 16º. Todas as empresas abrangidas no presente instrumento coletivo, exceto


aquelas que aderiram ao convênio das entidades sindicais, ficam obrigadas a encaminhar, no
prazo de 15 (quinze) dias, cópia do contrato do plano de saúde e tabela de preços juntamente
com a relação de todos os empregados beneficiários objetivando fazer prova do cumprimento
da cláusula.

Parágrafo 17º. Para retirada de Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical e outros serviços
solicitados aos sindicatos convenentes, à empresa deverá apresentar Declaração de Quitação
de Débitos emitida pela Operadora do Plano de Saúde.

Parágrafo 18°. A fiscalização do cumprimento desta cláusula caberá às entidades sindicais


convenentes, ficando convencionado que o não cumprimento pelas empresas abrangidas neste
instrumento coletivo, após notificação por escrito, pelo sindicato interessado, acarretará a
aplicação de multa equivalente a um salário normativo do vigilante patrimonial, por mês, até a
efetiva regularização da cláusula, sendo revertida 50% (cinquenta por cento) para o sindicato
laboral e 50% (cinquenta por cento) para o sindicato patronal.

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - DA CONTRIBUIÇÃO PATRONAL PARA AUXÍLIO DE ASSISTÊNCIA


ODONTOLÓGICA

Fica estabelecido entre as partes que as empresas abrangidas pelo presente instrumento
coletivo pagarão compulsoriamente o valor de R$ 15,00 (quinze reais) por trabalhador que
possua, a título de Contribuição Patronal para Auxílio de Assistência Odontológica, sem
qualquer ônus para o trabalhador, até o dia 10 (dez) de cada mês, por meio de boleto de
cobrança disponibilizado pela empresa gestora contratada pelo sindicato patronal com anuência
do sindicato laboral.

Parágrafo 1°. O contrato de Plano Odontológico Coletivo das entidades sindicais convenentes
foi celebrado com Operadora devidamente regulamentada e sem restrições junto a ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar) e contempla o Rol de Procedimentos definidos pela
ANS e a Operadora garante, ainda, as seguintes coberturas:

a) cobertura dos eventos emergência e/ou urgência, nos termos definidos no contrato. São
considerados procedimentos de urgência/emergência aqueles definidos como tais no Rol de
Procedimentos Odontológicos vigente à época do evento;

b) o dependente de até 07 (sete) anos de idade será isento da mensalidade, desde que o titular
(pai e/ou mãe e/ou aquele que tiver sua guarda legal) faça parte do plano odontológico;

c) em caso de dispensa imotivada, a permanência do empregado titular e seus dependentes,


gratuitamente, pelo período de 06 (seis) meses, desde que faça parte do quadro da empresa
por pelo menos 12 (doze) meses;
d) em caso de falecimento do empregado titular, a permanência dos dependentes,
gratuitamente, pelo período de 06 (seis) meses, desde que o titular tenha permanecido no
quadro da empresa por pelo menos 12 (doze) meses.

Parágrafo 2°. As empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo, a partir de


01/01/2023, ficam obrigadas a incluir todos os empregados no Plano Odontológico Coletivo
celebrado pelas entidades sindicais, devendo o sindicato patronal encaminhar o Termo de
Adesão para Vinculação ao Sindicato Patronal para Aglutinação de Empresas da Categoria
Econômica ao Contrato de Assistência Odontológica Coletivo Empresarial, ficando a empresa
obrigada a assinar o referido termo para a inclusão dos empregados, no prazo de até 10 (dez)
dias, contados do recebimento, sob pena de descumprimento de norma coletiva. Caso a
empresa não faça a adesão ao referido plano, o sindicato patronal deverá comunicar ao
sindicato laboral que tomará as medidas administrativas/judiciais cabíveis.

Parágrafo 3°. As empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo ficam obrigadas a
incluir o empregados no Plano Odontológico Coletivo celebrado pelas entidades sindicais no ato
da admissão, sob pena de descumprimento de norma coletiva.

Parágrafo 4°. A referida contribuição patronal visa custear o Plano Odontológico Coletivo
denominado SAÚDE TOTAL celebrado pelas entidades sindicais, objetivando atender as
necessidades dos beneficiários que já fazem parte do plano de saúde coletivo, inovando o
conceito de saúde total, integrando os produtos médico e odontológico, proporcionando uma
atenção e interação entre essas duas importantes modalidades, levando aos beneficiários um
plano completo de saúde.

Parágrafo 5°. Fica pactuado que a Corretora credenciada pelas entidades convenentes dará o
apoio necessário à área de recursos humanos das empresas abrangidas pelo presente
instrumento coletivo, facilitando assim as resoluções e agilidade no atendimento, bem como
apoiará tecnicamente as entidades sindicais quanto à discussão de aspectos operacionais e
comerciais quando da negociação de reajuste anual para o referido plano.

Parágrafo 6°. Se o empregado optar por plano odontológico diferente do oferecido pelas
entidades sindicais, fica a empresa obrigada a pagar a Contribuição Patronal para Auxílio de
Assistência Odontológica no valor de R$ 15,00 (quinze reais), ficando o empregado responsável
pelo pagamento da diferença, que será descontada em folha de pagamento mediante
autorização prévia e por escrito, nos termos da Súmula 342 do TST.

Parágrafo 7°. O empregador para realizar as inclusões/movimentações no Plano Odontológico


Coletivo celebrado pelas entidades sindicais deverá fornecer comprovação de vínculo
empregatício dos beneficiários através de relação atualizada da GFIP ou outro documento que
comprove junto à Operadora e/ou Corretora credenciada, ficando a Operadora e/ou Corretora
responsável pela manutenção das medidas de segurança, técnica e administrativa aptas a
proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de
destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou
ilícito conforme a Lei 13.709/18 (Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD).

Parágrafo 8º. Fica pactuado entre as partes que no ato da admissão, o empregador fica
obrigado a disponibilizar para o empregado o termo de inclusão/autorização do dependente,
cabendo ao empregado optar ou não pela inclusão, sob pena de descumprimento de norma
coletiva.
Parágrafo 9°. Fica estabelecido que o empregado, além de poder solicitar a inclusão do
dependente no Plano Odontológico Coletivo celebrado pelas entidades sindicais junto ao seu
respectivo empregador, também poderá solicitar diretamente ao sindicato profissional e/ou a
Corretora credenciada pelas entidades sindicais.

Parágrafo 10º. Caberá ao sindicato laboral e/ou a Corretora credenciada pelas entidades
sindicais encaminhar para o respectivo empregador o termo de inclusão/autorização
devidamente assinado pelo empregado nos termos da Súmula 342 do TST e o empregador fica
obrigado a incluir o dependente imediatamente, isto é, no ato do recebimento do termo de
adesão/inclusão do plano odontológico, sob pena de descumprimento de norma coletiva.

Parágrafo 11°. Após as inclusões/movimentações no Plano Odontológico Coletivo celebrado


pelas entidades sindicais, a Corretora credenciada pelas entidades sindicais encaminhará a
relação nominal dos empregados titulares e dos dependentes para que a empresa Gestora
contratada pelo sindicato patronal com anuência do sindicato laboral emita o boleto de cobrança
referente à Contribuição Patronal para Auxílio de Assistência Odontológica, no valor de R$ 15,00
(quinze reais), por beneficiário constante no relatório.

Parágrafo 12º. A empresa Gestora contratada pelo sindicato patronal com anuência do
sindicato laboral, quando solicitada ou de ofício, deverá notificar as entidades sindicais
convenentes sob o inadimplemento da empresa, ficando autorizada, em caso de atraso no
pagamento da Contribuição Patronal para Auxílio de Assistência Odontológica, a cobrança de
multa de 2% (dois por cento) e juros de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de
atraso, além da aplicação das medidas administrativas e judiciais cabíveis, arcando a empresa
inadimplente com eventuais despesas e honorários advocatícios.

Parágrafo 13°. O empregado que estiver às expensas do INSS, por auxílio doença ou por
auxílio acidente, lhe fica garantido o benefício e para tanto a empresa deverá recolher a
Contribuição Patronal para Auxílio de Assistência Odontológica.

Parágrafo 14°. Se o empregado estiver às expensas do INSS, por auxílio doença ou por auxílio
acidente, e tenha optado pelo plano odontológico de valor superior, fica a empresa obrigada a
custear o valor de R$ 15,00 (quinze reais) à título de Contribuição Patronal para Auxílio de
Assistência Odontológica, ficando o empregado responsável pelo pagamento da diferença,
pagando sua parte diretamente ao seu respectivo empregador até o dia 10 (dez) do mês, sob
pena de não o fazendo ficar caracterizada a inadimplência. Neste caso, o empregado deverá
ser comprovadamente notificado pela empresa sobre a inadimplência, e só então poderá o
empregador suspender ou cancelar o seu plano odontológico, ficando-lhe garantido o Plano
Odontológico oferecido pelas entidades sindicais.

Parágrafo 15°. O empregado que estiver às expensas do INSS, por auxílio doença ou por
auxílio acidente, fica responsável pelo pagamento da mensalidade do plano odontológico do
dependente, pagando-a diretamente ao seu respectivo empregador até o dia 10 (dez) do mês,
sob pena de não o fazendo ficar caracterizada a inadimplência. Neste caso, o empregado
deverá ser comprovadamente notificado pela empresa sobre ainadimplência, e só então poderá
o empregador suspender ou cancelar o plano odontológico do seu dependente.

Parágrafo 16°. A Contribuição Patronal para Auxílio de Assistência Odontológica não possui,
em hipótese alguma, natureza salarial, por isso mesmo não integra e nem será incorporado ao
salário do empregado beneficiário, por ter caráter compulsório e eminentemente assistencial.
Parágrafo 17°. As empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo não receberão nota
fiscal de prestação de serviços, considerando que o responsável financeiro junto à Operadora
do Plano de Saúde é a entidade sindical que celebrou Contrato de Prestação de Serviços,
deixando claro que o empregador fica obrigado a recolher a Contribuição Patronal para Auxílio
de Assistência Odontológica, por isso o boleto de cobrança devidamente quitado servirá como
documento hábil a comprovar o pagamento da referida contribuição junto ao tomador de
serviços e comprovar o cumprimento da referida cláusula.

Parágrafo 18º. Para retirada de Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical e outros serviços
solicitados aos sindicatos convenentes, à empresa deverá apresentar Declaração de Quitação
de Débitos emitida pela Gestora contratada pela entidade sindical patronal com anuência do
sindicato laboral.

Parágrafo 19°. A fiscalização do cumprimento desta cláusula caberá às entidades sindicais


convenentes, ficando convencionado que o não cumprimento pelas empresas abrangidas neste
instrumento coletivo, após notificação por escrito, pelo sindicato interessado, acarretará a
aplicação de multa equivalente a um salário normativo do vigilante, por mês, até a efetiva
regularização da cláusula, sendo revertida 50% (cinquenta por cento) para o sindicato laboral e
50% (cinquenta por cento) para o sindicato patronal.

Parágrafo 20º. As partes estabelecem que a diferença do valor da Contribuição Patronal para
Auxílio de Assistência Odontológica referente ao mês de janeiro/23 deverá ser apurada e paga
pelo empregador quando do pagamento do mês de fevereiro/23, sob pena de descumprimento
de norma coletiva.

Seguro de Vida

CLÁUSULA VIGÉSIMA - DO SEGURO DE VIDA OBRIGATÓRIO

Por esta cláusula fica convencionado que os sindicatos convenentes poderão contratar seguro
de vida em grupo com assistência funeral com qualquer Seguradora de Seguros credenciada
pela SUSEP, preservando a livre concorrência, de modo que as empresas poderão ser
subestipulantes do contrato e o seguro deverá ser em favor de todos os empregados,
especialmente os empregados-vigilantes, já que a contratação é de caráter obrigatório,
conforme a Lei 7.102/83 (art. 19), Decreto 89.056/83 (arts. 20 e 21) e Portaria 3233/2012 -
DG/DPF, observando, ainda, o disposto na Resolução CNSP 05/84 (anexa ao instrumento
coletivo). As empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo poderão aderir ao seguro
de vida em grupo contratado por quaisquer dos sindicatos convenentes, como também poderão
optar pelo contrato vigente, desde que mais favorável aos empregados.

Parágrafo 1°. As partes convenentes estabelecem que as empresas abrangidas pelo presente
instrumento coletivo ficam obrigadas a contratar seguro de vida em grupo, no ato da admissão
do empregado, estabelecendo, ainda, como condições mínimas os capitais segurados para
todos os empregados disposto na Resolução CNSP 05/84; a cobertura básica de morte por
qualquer causa, obedecidas as exclusões legais; a cobertura adicional de invalidez permanente,
parcial ou total, por acidente e o auxílio funeral.
Parágrafo 2°. Fica assegurada cobertura nas 24 (vinte e quatro) horas ininterruptas, dentro e
fora do trabalho, a partir da contratação do seguro de vida em grupo, considerando acidentes e
morte pelos valores e condições abaixo:

a) em caso de morte natural ou acidental do empregado-vigilante a indenização será de 100%


(cem por cento) do valor contratado;

b) em caso de invalidez permanente, total ou parcial, por acidente, fica garantido ao empregado-
vigilante, o pagamento de uma indenização relativa à perda, à redução ou à impotência funcional
definitiva, total ou parcial, de um membro ou órgão, por lesão física, causada por acidente
pessoal coberto, ocorrido durante a vigência da apólice, limitada até o percentual do capital
segurado escolhido para essa garantia. Para o cálculo da indenização deverá ser levado em
consideração o percentual correspondente constante da tabela para cálculo da indenização em
caso de invalidez permanente, constante das condições especiais, que deverá fazer parte do
contrato de seguro, limitado ao valor do capital segurado.

Parágrafo 3°. Fica estabelecido que as importâncias seguradas, de caráter legal e obrigatório,
para todos os empregados e por cobertura, corresponderão, no mínimo, em cada mês os
seguintes valores: a) 26 (vinte e seis) vezes a remuneração verificada no mês anterior, para
cobertura de morte por quaisquer causas naturais ou acidentais; e b) 2 (duas) vezes o limite
fixado na letra “a”, para cobertura de invalidez permanente parcial ou total, por acidente.

Parágrafo 4°. No caso do empregado que estiver afastado do trabalho por motivo de férias,
acidente, tratamento de saúde ou às expensas do INSS, as partes estabelecem que será
considerada como remuneração mensal o salário do empregado acrescido do adicional de
periculosidade devendo a seguradora contratada pagar 26 (vinte e seis) vezes a remuneração
pactuada, para cobertura de morte por quaisquer causas naturais ou acidentais; e a 2 (duas)
vezes o limite fixado (que é de 26 vezes), para cobertura de invalidez permanente parcial ou
total, por acidente.

Parágrafo 5°. Se a empresa não contratar seguro de vida em grupo ou se contratar sem
observar as condições mínimas pactuadas responderá na ocorrência do evento (morte ou
invalidez permanente, parcial ou total por acidente), pelos valores mínimos estabelecidos no
presente instrumento coletivo.

Parágrafo 6º. Fica convencionado que os sinistros ocorridos deverão ser informados pela
empresa empregadora à seguradora contratada, por escrito, imediatamente quando do seu
conhecimento, por carta, fax, telegrama ou e-mail e, posteriormente, deverá ser encaminhada
a documentação para a regularização.

Parágrafo 7º. A seguradora contratada, na ocorrência de óbito do segurado, por qualquer que
seja a causa, deverá responder pela assistência do funeral, limitado ao valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), sem qualquer custo adicional para as empresas e sem nenhum desconto do
valor do prêmio contratado, garantindo assim a realização dos serviços de assistência funeral
ou o reembolso ao custeador da nota original das despesas efetivamente gastas com o funeral
do empregado até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), podendo os serviços serem
prestados por empresas de assistência funeral indicada pela Seguradora.

Parágrafo 8º. Para a obtenção da assistência funeral, um membro da família deverá comunicar
a empresa empregadora, que acionará a prestadora do serviço, comunicando o falecimento do
empregado e esta deverá, no prazo máximo de 03 (três) horas, disponibilizar a assistência
funeral.

Parágrafo 9º. Para fins de reembolso da assistência funeral, pela seguradora, o referido
reembolso somente será efetuado mediante a apresentação das notas fiscais originais dos
gastos realizados.

Parágrafo 10º. O(s) beneficiário(s) do seguro será(ão) aquele(s) designado(s) pelo segurado
em um documento hábil, podendo ser substituído(s), a qualquer tempo, mediante solicitação
formal, preenchida e assinada pelo próprio segurado, sendo que na falta de indicação de
beneficiário(s) ou se por qualquer motivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado será
pago na forma da legislação vigente.

Parágrafo 11°. A empresa deverá obrigatoriamente encaminhar cópia da apólice do seguro de


vida em grupo juntamente com a relação de todos os beneficiários para o sindicato laboral e o
sindicato patronal, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do registro do presente instrumento
coletivo no Sistema Mediador do MTE.

Parágrafo 12°. Após o envio da apólice de seguro de vida em grupo aos sindicatos convenentes
e na eventualidade da empresa empregadora ter contratado seguro de vida em grupo, sem
observar as condições mínimas pactuadas no presente instrumento coletivo, terá o prazo de 30
(trinta) dias, contados da notificação enviada, por escrito e assinada em conjunto pelos
sindicatos convenentes, para adequar as condições mínimas pactuadas.

Parágrafo 13º. Para retirada de Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical e outros serviços
solicitados aos sindicatos convenentes, à empresa deverá apresentar Declaração de Quitação
de Débitos emitida pela Seguradora contratada ou os comprovantes de pagamentos das faturas.

Parágrafo 14°. Fica convencionado entre as partes que o não cumprimento desta cláusula pelas
empresas empregadoras abrangidas neste instrumento coletivo, após a notificação, por escrito,
pelo sindicato interessado, acarretará a aplicação de multa equivalente a 01 (um) salário
normativo do vigilante patrimonial, mensalmente, até a efetiva regularização da cláusula, sendo
revertida 50% (cinquenta por cento) para o sindicato laboral e 50% (cinquenta por cento) para
o sindicato patronal.

Outros Auxílios

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA

A empresa prestará assistência jurídica gratuita aos seus empregados, quando estes no efetivo
exercício de suas funções e em defesa dos legítimos interesses e direitos das entidades sob
sua guarda, incidirem na prática de atos que levem a responder qualquer ação judicial até o fim
do processo.

Parágrafo 1º. Fica convencionado entre as partes que a assistência jurídica prevista no caput
deverá ser prestada pelo empregador no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, após a
empresa tomar ciência do fato, sob pena de pagamento de multa equivalente a 05 (cinco)
salários normativos do respectivo empregado.

Parágrafo 2º. Fica estabelecido que a multa acima será revertida integralmente para o
trabalhador.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - DO AFETOS

Fica estabelecido entre as partes que as empresas abrangidas pelo presente instrumento
coletivo pagarão compulsoriamente o valor de R$ 18,37 (dezoito reais e trinta e sete centavos)
por trabalhador que possua, a título de contribuição para o AFETOS (Auxílio Financeiro
Extraordinário ao Trabalhador Organizado do Setor de Segurança Privada), sem qualquer
desconto no salário do empregado, até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao vencido, por
meio de boleto disponibilizado pela empresa contratada pelo sindicato patronal com anuência
do sindicato laboral.

Parágrafo 1º. As partes estabelecem que todos os empregados farão jus ao AFETOS aprovado
pelas entidades sindicais convenentes nas seguintes ocorrências:

a) nascimento de filho: o beneficiário receberá o auxílio natalidade no valor de R$ 550,00


(quinhentos e cinquenta reais) mais uma cesta com produtos para o recém-nascido;

b) afastamento temporário por auxílio doença e/ou acidente de trabalho: o beneficiário


receberá o auxílio alimentar que corresponde ao fornecimento de cesta alimentar
independentemente da carta de concessão do INSS, da seguinte forma: b.1) 01 (uma) cesta
quando o afastamento do trabalhador for superior a 15 (quinze) dias limitado a 30 (trinta) dias;
b.2) 02 (duas) cestas quando o afastamento do trabalhador for superior a 30 (trinta) dias limitado
a 60 (sessenta) dias; b.3) 03 (três) cestas quando o afastamento for superior a 60 (sessenta)
dias do trabalho; b.4) 04 (quatro) cestas quando o afastamento for superior a 90 (noventa) dias
do trabalho; b.5) 05 (cinco) cestas quando o afastamento for superior a 120 (cento e vinte) dias
do trabalho;

c) aposentadoria por invalidez/incapacidade permanente: o beneficiário receberá pelo


período de 06 (seis) meses o auxílio renda familiar no valor de R$ 3.300,00 (três mil reais),
sendo 06 parcelas de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais); receberá o auxílio farmácia
no valor de R$ 220,00 (duzentos e vinte reais) para custeio com medicamentos, por intermédio
de um cartão convênio; receberá o auxílio alimentar pelo período de 06 (seis) meses
correspondente a uma cesta alimentar/mês que será encaminhada diretamente à residência do
trabalhador; e poderá ser disponibilizado o auxílio qualificação/capacitação no valor de até
R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) objetivando custear curso de capacitação na área de
interesse do dependente legal indicado pelo trabalhador, sendo que o referido valor será pago
diretamente a instituição escolhida pelo empregado;

d) em caso de falecimento: o beneficiário legal receberá o auxílio imediato para pequenas


despesas no funeral no valor de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais); receberá pelo
período de 06 (seis) meses o auxílio renda familiar no valor de R$ 3.300,00 (três mil e trezentos
reais), sendo 06 parcelas de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais); receberá o auxílio
alimentar pelo período de 06 (seis) meses correspondente a uma cesta alimentar/mês que será
encaminhada diretamente à residência do trabalhador; e poderá ser disponibilizado o auxílio
qualificação/capacitação no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) objetivando custear
curso de capacitação na área de interesse do dependente legal, sendo que o referido valor será
pago diretamente a instituição escolhida pelo dependente legal.

Parágrafo 2º. As partes estabelecem que o empregador fará jus ao auxílio verbas rescisórias
na ocorrência de falecimento e/ou rescisão contratual decorrente de aposentadoria por
incapacitação/invalidez do empregado mediante o reembolso de até R$ 1.700,00 (mil e
setecentos reais) após o pagamento das referidas verbas.

Parágrafo 3º. É de responsabilidade do empregador, o envio mensal de toda documentação


necessária para a viabilidade do respectivo auxílio, bem como atualização de dados perante à
empresa Gestora, por intermédio do site https://phenixafetos.com.br, sendo que tais dados
pessoais dos empregados serão utilizados exclusivamente para a finalidade do cumprimento da
presente cláusula, ficando a empresa contratada responsável pela manutenção das medidas de
segurança, técnica e administrativa aptas a proteger os dados pessoais de acessos não
autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação
ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito conforme a Lei 13.709/18 (Lei Geral de
Proteção de Dados - LGPD).

Parágrafo 4°. Em razão da substituição do envio de informações em sistema específico do


CAGED pelo eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias
e Trabalhistas) e objetivando a viabilidade do pagamento do AFETOS, as partes convenentes
estabelecem que para as inclusões dos empregados, o empregador deverá acessar o site
https://phenixafetos.com.br/phenix e manter os dados atualizados, mensalmente, devendo,
ainda, encaminhar todo mês para a empresa Gestora, por e-mail
([email protected]), a GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à
Previdência Social) com o relatório que contenha o quantitativo de empregados.

Parágrafo 5º. As partes estabelecem que o empregador deverá recolher, de forma integral, a
referida contribuição referente ao mês da rescisão do empregado demitido, independentemente
da fração de dias trabalhados.

Parágrafo 6º. A empresa Gestora contratada pelo sindicato patronal com anuência do sindicato
laboral, quando solicitada ou de ofício, deverá notificar as entidades sindicais convenentes sob
o inadimplemento da empresa, ficando autorizada, em caso de atraso no pagamento da
contribuição supramencionada, a cobrança de multa de 2% (dois por cento) e juros de 0,33%
(trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, além da aplicação das medidas
administrativas e judiciais cabíveis, arcando a empresa inadimplente com eventuais despesas
e honorários advocatícios.

Parágrafo 7º. Fica convencionado entre as partes que a partir de 01/02/2023, o empregador
deverá fazer o requerimento do AFETOS por intermédio do site https://phenixafetos.com.br, no
prazo de até 10 (dez) dias contados do conhecimento da ocorrência, e a empresa Gestora
deverá efetuar o pagamento, no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da aprovação do referido
auxílio.

Parágrafo 8º. Para a obtenção do auxílio imediato funeral, o membro da família responsável
pelo funeral deverá indicar conta bancária ao empregador, que acionará a empresa Gestora,
comunicando o falecimento do empregado e esta deverá, no prazo máximo de 03 (três) horas,
disponibilizar o valor de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) para a família e,
posteriormente, o empregador deverá encaminhar a documentação necessária para o
pagamento dos auxílios decorrentes do falecimento.

Parágrafo 9º. O(s) beneficiário(s) do auxílio falecimento será(ão) aquele(s) designado(s) pelo
empregado junto ao empregador em um documento hábil, podendo ser substituído(s), a
qualquer tempo, mediante solicitação formal, preenchida e assinada pelo próprio empregado,
sendo que na falta de indicação de beneficiário(s) ou se por qualquer motivo não prevalecer a
que for feita, o auxílio falecimento será pago na forma da legislação vigente, isto é, aos
dependentes habilitados pelo falecido junto à Previdência Social. Na falta destes, aos herdeiros
discriminados na Lei Civil.

Parágrafo 10º. Se o empregador ajuizar ação de consignação em pagamento alegando não


saber quem deve receber o crédito do trabalhador falecido, neste caso, fica pactuado que o
empregador poderá solicitar o AFETOS quando da decisão da ação referida.

Parágrafo 11º. As partes estabelecem que em caso de afastamento do empregado por motivo
de doença e/ou acidente de trabalho ou aposentadoria por invalidez será devido a contribuição
estabelecida no caput, da data do afastamento até 12 (doze) meses seguintes, ficando garantido
ao empregado afastado o auxílio decorrente do evento. Quando do efetivo retorno do
empregado, o empregador deverá retomar com o pagamento das contribuições para o custeio
do AFETOS.

Parágrafo 12°. Ocorrendo eventos que gerariam o direito ao recebimento do AFETOS e caso o
empregador esteja inadimplente; ou tenha efetuado pagamento pelo valor inferior ao devido; ou
comunicado o evento fora do prazo deverá o empregador regularizar a situação, no prazo de 10
(dez) dias corridos, após o recebimento da comunicação formal da empresa Gestora, sem
caracterizar descumprimento de norma coletiva, caso contrário, a empresa Gestora comunicará
as entidades sindicais convenentes, sem prejuízo das demais sanções legais.

Parágrafo 13°. O empregador que der causa ao não pagamento do AFETOS, neste caso,
aplica-se a responsabilização civil, devendo responder ação por descumprimento de norma
coletiva a ser ajuizada pelas entidades convenentes, bem como deverá indenizar o trabalhador
e/ou seu beneficiário, em dobro, o auxílio que teria direito à época.

Parágrafo 14º. Para retirada de Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical e outros serviços
solicitados aos sindicatos convenentes, à empresa deverá apresentar declaração de quitação e
regularidade do AFETOS emitida pela empresa Gestora contratada pela entidade sindical
patronal com anuência do sindicato laboral.

Parágrafo 15º. O AFETOS não possui, em hipótese alguma, natureza salarial por não se
constituir em prestação de serviços, tendo caráter compulsório e eminentemente assistencial.
Em nenhuma hipótese integrará o salário contratual, não se computando nas férias, 13º salário,
horas extras, gratificações, adicionais, inclusive nas verbas rescisórias.

Parágrafo 16º. Visando o cumprimento das normas de proteção ao trabalhador, as partes


estabelecem que o empregador deverá fazer constar a rubrica do AFETOS nas planilhas de
custos e formação de preços, nas concorrências privadas ou de qualquer modalidade pública,
em observância ao que dispõe o art. 444 da CLT.
Parágrafo 17°. Por se tratar de contribuição patronal para o AFETOS, as empresas abrangidas
pelo presente instrumento coletivo não receberão nota fiscal de prestação de serviços, servindo
o boleto de cobrança devidamente quitado como documento hábil a comprovar o pagamento da
referida contribuição junto ao tomador de serviços e comprovar o cumprimento da referida
cláusula.

Parágrafo 18°. Fica convencionado entre as partes que o não cumprimento desta cláusula pelas
empresas empregadoras abrangidas neste instrumento coletivo, após a notificação, por escrito,
pelo sindicato interessado, acarretará a aplicação de multa equivalente a 01 (um) salário
normativo do vigilante patrimonial, mensalmente, até a efetiva regularização da cláusula, sendo
revertida 50% (cinquenta por cento) para o sindicato laboral e 50% (cinquenta por cento) para
o sindicato patronal, sem prejuízo da indenização ao trabalhador e/ou beneficiário na forma
estabelecida no parágrafo 13º supra.

Parágrafo 19º. As partes estabelecem que a diferença do valor da Contribuição Patronal para
o AFETOS referente ao mês de janeiro/23 deverá ser apurada e paga pelo empregador quando
do pagamento do mês de fevereiro/23, sob pena de descumprimento de norma coletiva.

Empréstimos

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - DO CARTÃO DE COMPRAS

Fica convencionado que o SINDSEG-GV/ES, o SINDESP/ES e também as empresas


empregadoras têm o livre arbítrio e preservando a livre concorrência de contratarem com
qualquer firma especializada na prestação de serviços, o fornecimento de Cartão de Compras
para todos os empregados representados no presente instrumento, na forma abaixo
discriminada, salvo disposição legal em contrário.

Parágrafo 1º. Fica o empregado responsável, exclusivamente, pelos pagamentos decorrentes


dos gastos efetuados com o referido Cartão de Compras, sendo certo que os trabalhadores não
terão nenhum ônus na expedição e elaboração do cartão ou taxa de administração, restringindo-
se ao pagamento das compras efetivas, tudo em observância da Súmula 342 do Colendo
Tribunal Superior do Trabalho.

Parágrafo 2º. A utilização do Cartão de Compras pelo empregado não acarretará quaisquer
ônus financeiros para o sindicato profissional; para o sindicato patronal e também para os
empregadores.

Parágrafo 3º. Fica limitado o valor dos descontos, estabelecido no parágrafo 1º, em até 30%
(trinta por cento) do salário normativo acrescido do adicional de periculosidade, de cada
trabalhador e o limite do Cartão de Compras será de no mínimo R$ 250,00 (duzentos e
cinquenta reais), salvo se não houver margem para o referido valor.

Parágrafo 4º. O valor utilizado pelo trabalhador será objeto de desconto integral, na primeira
remuneração subsequente a emissão da fatura expedida pela administradora do Cartão de
Compras, com observância da Súmula 342 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
Parágrafo 5º. Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho, por qualquer motivo, ficam as
empresas autorizadas a efetuar, integralmente, os descontos do saldo devedor no ato da
homologação de sua rescisão de contrato de trabalho.

Parágrafo 6º. Todas as empresas abrangidas no presente instrumento coletivo ficam obrigadas
a encaminhar para os sindicatos convenentes, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados
do registro no Sistema Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego, cópia de documento
comprobatório da contratação e/ou convênio com a empresa que fornece o Cartão de Compras
objetivando fazer prova do cumprimento da cláusula juntamente com a relação dos empregados
que possuem e com a relação dos empregados que não possuem Cartão de Compras, inclusive
sendo condição para a retirada de Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical e outros
serviços solicitados aos sindicatos convenentes.

Parágrafo 7º. O empregado que não possui ou que não aderiu à época o Cartão de Compras
poderá a qualquer momento solicitar sua adesão.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - DO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO

As empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo concordam em credenciar as


Instituições Financeiras indicadas em conjunto pelos sindicatos convenentes, para fins de
empréstimos consignados em folha de pagamento, em conformidade com a Lei nº 10.820/03 e
suas alterações e a Lei nº 10.953/04.

Parágrafo 1º. Fica estabelecido que a Instituição Financeira credenciada, apresentada pelos
sindicatos convenentes, terá autonomia de credenciamento das empresas, deixando de fazê-lo
quando a empresa não possuir os critérios necessários para seu credenciamento.

Parágrafo 2º. Caso a empresa recuse o credenciamento de qualquer Instituição Financeira


indicada pelos sindicatos convenentes deverá justificar o motivo, por escrito, sendo que os
sindicatos convenentes poderão apresentar nova Instituição Financeira, entretanto, fica
pactuado entre as partes que não serão aceitas recusas consecutivas por parte da empresa.

Parágrafo 3º. Na hipótese de desligamento do empregado, por qualquer motivo, durante o


prazo de pagamento do empréstimo, o saldo devedor deverá ser assumido e pago diretamente
à Instituição Financeira, não permanecendo qualquer responsabilidade para o seu respectivo
empregador e nem mesmo para as entidades convenentes.

Parágrafo 4º. Fica convencionado que o empregado tem o direito de exercer a opção de
contratação de empréstimo consignado de menor custo financeiro, mesmo que não seja da
Instituição Financeira indicada pelo seu respectivo empregador, devendo para tanto o
empregador informar ao empregado a relação das Instituições Financeiras credenciadas sob
pena de multa por descumprimento de norma coletiva.

Parágrafo 5º. Para retirada de Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical e outros serviços
solicitados aos sindicatos convenentes, à empresa deverá comprovar o cumprimento do caput.
Contrato de Trabalho Admissão, Demissão, Modalidades

Normas para Admissão/Contratação

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

As partes convencionam que não será permitida a contratação de empregado, a título de contrato de
experiência, por prazo superior a 30 (trinta) dias, do empregado que já prestou serviços para a empresa,
desde que contratado para desempenhar a mesma função anteriormente executada.

Desligamento/Demissão

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - DO PERÍODO ANTECEDENTE A DATA-BASE

A contagem do período antecedente à data-base, para efeito de rescisão dos contratos por
prazos indeterminados, será de 30 (trinta) dias, exceto para a rescisão por justa, por acordo
entre as partes e/ou por pedido de demissão, ou em caso de perda de contrato comprovado
pela empresa.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - DAS HOMOLOGAÇÕES DAS RESCISÕES CONTRATUAIS

As partes convenentes estabelecem que as empresas abrangidas pelo presente instrumento


coletivo deverão realizar obrigatoriamente no sindicato laboral, as homologações das rescisões
contratuais de trabalhadores com mais de 01 (um) ano de tempo de serviço e que sejam filiados
ao sindicato laboral.

Parágrafo 1º. O contrato de trabalho quando rescindido por comum acordo entre empregado e
empregador, conforme disposto no artigo 484-A da CLT, deverá obrigatoriamente ser submetido
à homologação no sindicato laboral, caso este tenha mais de 01 (um) ano de contrato de
trabalho.

Parágrafo 2º. Ficam as empresas obrigadas a encaminhar ao sindicato profissional os TRCTs


dos empregados não filiados, no prazo de até 05 dias após o pagamento das verbas rescisórias,
sendo condição para a retirada de Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical e outros
serviços solicitados aos sindicatos convenentes.

Parágrafo 3º. As empresas deverão agendar as homologações de rescisões no prazo máximo


de até 05 (cinco) dias, após o pagamento das verbas rescisórias, que serão previamente
agendadas pelo Sindicato Profissional, que se compromete a atender na data e horário
ajustados.
Parágrafo 4º. Sendo constatada qualquer irregularidade nas parcelas a serem quitadas no ato
da homologação, o Sindicato Laboral poderá, em face de sua não concordância com os cálculos
apresentados, suspender a homologação mediante justificativa, cabendo à empresa, se houver
pertinência na justificativa, realizar os ajustes necessários e comparecer à sede do Sindicato
Laboral, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas para a devida homologação.

Parágrafo 5º. Se a empresa não concordar com a suspensão do ato homologatório caberá ao
sindicato laboral proceder com a homologação do instrumento de rescisão contratual mediante
ressalva, especificando as parcelas e discriminando o seu valor, se for o caso.

Parágrafo 6º. Se o empregado não comparecer para homologar a rescisão do contrato o


sindicato profissional fornecerá declaração de não comparecimento e a empresa fica
desobrigada a comparecer novamente para a homologação.

Parágrafo 7º. A documentação necessária para homologação será a seguinte: a) 04 vias do


termo de rescisão de contrato de trabalho; b) 01 via do aviso prévio; c) 01 via do exame
demissional; d) carta de preposto; e) 01 via do cálculo das médias duodecimais de horas extras,
adicional de periculosidade e adicional noturno, se laborados; f) ficha financeira do empregado;
g) 01 via do extrato analítico do FGTS atualizado; h) Carta de referência; i) PPP (Perfil
Profissiográfico Previdenciário); j) CTPS devidamente atualizada; l) declaração de opção de
continuidade ou não ao plano de saúde devidamente assinada pelo empregado; e m)
comprovante de pagamento da rescisão através de depósito bancário.

Parágrafo 8º. A inobservância do disposto nesta cláusula sujeitará a empresa à multa por
descumprimento de cláusula, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em
valor equivalente ao seu salário, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à
mora.

Parágrafo 9º. Para os empregados que laboram no Município de Aracruz as homologações


ocorrerão na sub sede do sindicato laboral em Aracruz e para os empregados que laboram no
Município de Guarapari as homologações ocorrerão na sub sede de Guarapari observadas as
regras estabelecidas no caput.

Outras normas referentes a admissão, demissão e modalidades de contratação

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - DO REAPROVEITAMENTO PROFISSIONAL

Fica convencionado entre as partes que as empresas abrangidas pelo presente instrumento
coletivo, que forem vencedoras em processo licitatório de contratos públicos ou privados,
poderão reaproveitar no todo ou em parte os empregados lotados no posto de trabalho.

Parágrafo 1°. As partes estabelecem que a empresa que perdeu o contrato de prestação de
serviços deverá comunicar ao sindicato laboral, que prestará toda assistência aos empregados,
objetivando buscar a manutenção no emprego.

Parágrafo 2°. As partes estabelecem que, se o empregado estiver cumprindo aviso prévio e for
admitido/reaproveitado pela empresa vencedora do contrato de prestação de serviços, neste
caso, o pedido de dispensa de cumprimento do aviso prévio deverá ser aceito pelo seu
empregador observando em sua integralidade a redação da Súmula n.º 276 do TST.

Parágrafo 3°. As partes estabelecem, ainda, que se o empregado não for reaproveitado pela
empresa vencedora do contrato de prestação de serviços e se seu empregador não tiver local
para transferi-lo, dentro de sua base territorial, neste caso, o contrato será rescindido pela forma
imotivada e caberá ao empregador proceder à anotação na CTPS, comunicar a dispensa aos
órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma
estabelecidos no art. 477 da CLT. Havendo a transferência, esta não poderá violar os preceitos
da Súmula nº 29 do TST.

Parágrafo 4°. Quando a empresa entregar os avisos prévios aos seus empregados em razão
da proximidade do término do contrato de prestação de serviço e por qualquer motivo der
continuidade ao referido contrato caberá ao respectivo empregador reconsiderar o ato, antes de
seu termo, visando à preservação do emprego, com o objetivo de dar segurança econômica ao
trabalhador e incorporá-lo ao organismo empresarial, cabendo ao empregado aceitar a
reconsideração (princípio da continuidade das relações trabalhistas).

Parágrafo 5°. No encerramento do contrato de prestação de serviços entre o empregador e o


tomador de serviço poderá a empresa vencedora efetuar a assinatura do novo contrato de
trabalho na CTPS do trabalhador reaproveitado, independentemente da devida baixa do
contrato anterior.

Relações de Trabalho Condições de Trabalho, Normas de Pessoal e Estabilidades

Qualificação/Formação Profissional

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - DO CURSO E CERTIFICADO DE RECICLAGEM DO EMPREGADO-


VIGILANTE

A empresa de curso de formação de vigilantes, ao expedir o certificado ou comunicação de


reciclagem, devidamente registrado pela Delegacia de Segurança Privada (DELESP), do
Departamento de Polícia Federal ou Comissão de Vistoria, para ser considerado válido em todo
território nacional, fica obrigada a entregar à empresa contratante do empregado-vigilante, no
prazo de 05 (cinco) dias, o referido certificado.

Parágrafo 1º. Ficam as empresas obrigadas a entregar a declaração do curso de reciclagem


(Declaração de Tipo de Pessoa) ao respectivo empregado, inclusive por qualquer meio
eletrônico, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da disponibilidade da referida declaração.

Parágrafo 2º. O curso de reciclagem do empregado-vigilante será totalmente custeado pelo


empregador e os exames de saúde física e mental e de aptidão psicológica serão renovados
por ocasião da reciclagem do vigilante, às expensas do empregador, e deverão ser realizados
antes do início do curso de reciclagem
Parágrafo 3º. A empresa quando solicitada, por escrito, pelo Sindicato Profissional enviará a
este, no prazo de 8 (oito) dias contados do recebimento da solicitação, a listagem dos seus
empregados-vigilantes reciclados no período especificado.

Parágrafo 4º. Os dias em que o empregado estiver realizando o curso de reciclagem, o


empregador não fornecerá o tíquete alimentação, mas, em contrapartida, deverá custear café
da manhã, almoço, café da tarde e janta (no caso de pernoite), e, ainda, fornecer, de forma
antecipada, os respectivos valores das passagens ou diretamente as passagens, e o tempo
despendido pelo empregado não será considerado à disposição do empregador, desse modo,
não há que se falar em pagamento das horas como extraordinárias, desde que realizado tanto
na escala de trabalho quanto nas folgas, ou seja, é vedado ao empregador encaminhar o
empregado para fazer o curso de reciclagem exclusivamente nos dias de folgas, salvo por
acordo coletivo de trabalho.

Parágrafo 5º. Considerando que a reciclagem é 100% (cem por cento) custeada pela empresa
e requisito estabelecido em lei para o exercício da profissão, as partes estabelecem que, em
caso de reprovação por quaisquer motivos, o empregado deverá custear 50% (cinquenta por
cento) do valor da outra reciclagem.

Parágrafo 6º. Se o empregado-vigilante ficar reprovado pela segunda vez, neste caso, fica
convencionado entre as partes que o curso de reciclagem será totalmente custeado pelo
empregado-vigilante.

Parágrafo 7º. As partes estabelecem que se o empregado estiver com a reciclagem vencida,
por motivo de não conclusão do curso de reciclagem, o contrato de trabalho ficará suspenso,
sem remuneração, até que o empregado-vigilante consiga a aprovação.

Parágrafo 8º. O empregado-vigilante que trabalhar em escala noturna não poderá realizar o
curso de reciclagem no dia seguinte ao término da escala e, neste caso, o curso deverá ter início
no dia seguinte a sua folga.

Parágrafo 9º. Fica estabelecido que as escolas que ministram cursos de formação de vigilantes
deverão encaminhar, no prazo máximo de 10 (dez) dias, ao sindicato profissional, a relação
nominal dos empregados matriculados, contendo a data de início das reciclagens, o nome dos
vigilantes matriculados e seus respectivos empregadores.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - DO CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE

Considerando a tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal quando do julgamento do TEMA
1046 de que são constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a
adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas,
independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que
respeitados os direitos absolutamente indisponíveis, assim fica pactuado entre as partes a
proibição de contratação de empregado-vigilante na condição de intermitente nos termos dos
artigos 443 e 452-A da CLT, salvo mediante acordo coletivo obrigatório com o sindicato laboral
com anuência do sindicato patronal.
Parágrafo 1°. Considerando que desde 01/01/2022, as empresas só podem contratar
empregado-vigilante intermitente mediante acordo coletivo, por isso mesmo fica pactuado entre
as partes que a empresa que contratou empregado-vigilante intermitente sem celebração de
acordo coletivo deverá encaminhar para o sindicato laboral e para o sindicato patronal, no prazo
de 10 (dez) dias, contados do registro do presente instrumento coletivo, a relação nominal dos
empregados com as respectivas datas de admissão, objetivando sanar a irregularidade.

Parágrafo 2°. Se a empresa não encaminhar a referida relação, dentro do prazo assinado no
parágrafo 1° supra, as partes estabelecem que os sindicatos convenentes poderão demandar
judicialmente mediante ação de exibição de documentos e ação de descumprimento de norma
coletiva.

Estabilidade Aposentadoria

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - DA ESTABILIDADE PRÉ-APOSENTADORIA

Fica vedada a dispensa do empregado abrangido pelo presente instrumento, quando lhe faltar
até 24 (vinte e quatro) meses de contribuição para a aposentadoria, seja integral ou
proporcional, ficando-lhe garantida a estabilidade pré-aposentadoria, desde que não exista
causa objetiva que determine ou justifique sua dispensa por justa causa, pedido de demissão
ou mútuo acordo.

Parágrafo 1°. Para adquirir o benefício acima referido, o empregado deverá obrigatoriamente
comunicar, por escrito, ao seu respectivo empregador, quando estiver faltando-lhe até 24 (vinte
e quatro) contribuições para obter a aposentadoria, apresentando para tanto documento oficial
emitido pelo INSS (CNIS ou simulação pelo próprio site do INSS), atestando o tempo de
contribuição.

Parágrafo 2°. Se o empregado for dispensado, quer por aviso prévio trabalhado, quer por aviso
prévio indenizado, terá o prazo de até 10 (dez) dias, contados da data da ciência do aviso, para
comunicar, por escrito, ao seu respectivo empregador que faz jus ao direito a estabilidade pré-
aposentadoria, apresentando para tanto documento oficial emitido pelo INSS, sob pena de não
poder suscitar a nulidade do aviso prévio e consequentemente a perda da garantia prevista no
caput da cláusula.

Parágrafo 3°. Adquirido o tempo de contribuição que falta para a aposentadoria, cessa
imediatamente e de forma automática a garantia aqui conferida, independentemente de
solicitação do benefício da aposentadoria.

Jornada de Trabalho Duração, Distribuição, Controle, Faltas

Duração e Horário

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - DAS ESCALAS E JORNADAS DE TRABALHO


Ficam os empregadores autorizados a utilizar as escalas 5x2, 6x1, 12x36 e 2x2. As referidas
escalas são de regime especial.

Parágrafo 1°. Na escala 5x2 fica estabelecido que o horário diário de trabalho é de 08 horas e
48 minutos e a jornada semanal é de 44 horas e o divisor para apurar o valor da hora normal de
trabalho é o 220. As horas extras, sem exceção, na escala 5x2, são aquelas que ultrapassam
em cada semana respectiva da apuração a jornada semanal de 44 horas efetivamente
trabalhadas.

Parágrafo 2°. Na escala 6x1 fica estabelecido que a jornada semanal é de 44 horas e o divisor
para apurar o valor da hora normal de trabalho é o 220. As horas extras, sem exceção, na escala
6x1, são aquelas que ultrapassam em cada semana respectiva da apuração a jornada semanal
de 44 horas efetivamente trabalhadas.

Parágrafo 3º. Fica estabelecido que a jornada mensal, tanto na escala 12x36 como na escala
2x2, quando o mês for de 30 dias, será de 180 horas, e quando o mês for de 31 dias, a jornada
mensal será de 192 horas e as horas extras, sem exceção, são aquelas que ultrapassam a
jornada mensal de 180 horas (no mês de 30 dias) ou 192 horas (no mês de 31 dias).

Parágrafo 4°. Fica estabelecido que o empregado que trabalhar a quantidade de 180 horas no
mês de 31 dias, e em caso de necessidade de escala extra, o empregador fica obrigado a pagar
as devidas horas extraordinárias, não podendo, portanto, utilizar a escala extra como forma
compensatória.

Parágrafo 5º. Fica estabelecido que os divisores na escala 12x36 e 2x2 para apurar o valor da
hora normal de trabalho será o 180 no mês de 30 dias ou 192 no mês de 31 dias.

Parágrafo 6º. No caso dos empregados mensalistas, cujos salários são calculados à base de
30 (trinta) dias, o DSR já se encontra incluído no salário mensal, não cabendo se falar em cálculo
separado do DSR, visto que os salários já são pagos à base de 30 (trinta) dias.

Parágrafo 7°. As horas extraordinárias trabalhadas em quaisquer das escalas autorizadas não
poderão ser objeto de compensação.

Parágrafo 8°. Fica estabelecido que a execução de horas extras em quaisquer das escalas
autorizadas não serve de pressuposto para a desqualificação e/ou desconstituição das escalas
trabalhadas, mesmo porque há previsão para a execução de horas extras e para o caso as
partes se amparam nas regras dos incisos XIII e XXVI, do art. 7°, da Constituição Federal, no
princípio do conglobamento, na regra da cláusula pacta sunt servanda, respeitando o princípio
democrático da livre negociação e concessões mútuas e da prevalência do convencionado
sobre o legislado.

Parágrafo 9°. As empresas poderão adotar sistemas alternativos eletrônicos de controle de


jornada de trabalho, sem prejuízo do disposto no art. 74, §2°, da CLT, que determina o controle
de jornada por meio manual, mecânico ou eletrônico.

Parágrafo 10°. As entidades convenentes estabelecem que fica permitida a utilização de


registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho mediante acordo coletivo com o
sindicato laboral com anuência do sindicato patronal.
Prorrogação/Redução de Jornada

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - DO LIMITE DE TOLERÂNCIA

As partes resolvem estabelecer que o empregado terá tolerância de atraso para assumir o
respectivo serviço de até 10 (dez) minutos diários, sem caracterização de falta.

Parágrafo 1°. Em contrapartida, na entrada ou na saída do serviço, se for o caso, o empregado


dará ao seu respectivo empregador, 10 (dez) minutos diários de sua tolerância, sem
caracterização de sobrejornada ou de horário suplementar.

Parágrafo 2°. Quando o empregador determinar em norma interna que o empregado deve
comparecer para o início da escala com antecedência máxima de 10 (dez) minutos, este deverá
cumprir a determinação sob pena de indisciplina. No momento que o vigilante substituto assumir
o posto de serviço o vigilante substituído passa o serviço e fica dispensado do trabalho ficando
entendido que o horário do início da escala se compreende com a chegada do empregado ao
posto do trabalho e não pelos procedimentos preliminares posteriores.

Intervalos para Descanso

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - DO INTERVALO INTRAJORNADA

Fica estabelecido que em qualquer escala é obrigatória a concessão do intervalo intrajornada,


de no mínimo, 01 (uma) hora para repouso e alimentação.

Parágrafo único. Fica convencionado que na impossibilidade do empregador conceder,


integralmente, ao trabalhador, o horário do intervalo intrajornada, ficará obrigado a indenizar 01
(uma) hora com o acréscimo de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora normal. A base
de cálculo para apuração da hora normal será o salário acrescido das demais parcelas pagas
de forma habitual e que possuem natureza salarial.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - DO INTERVALO INTRAJORNADA NAS ESCALAS 12X36 E 2X2

Em exceção ao disposto no art. 59 da CLT, o empregado que estiver laborando na escala 12x36
ou 2x2, poderá o empregador conceder ou indenizar os intervalos para repouso e alimentação
conforme estabelece o art. 59-A da CLT.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEXTA - DO HORÁRIO PARA ALMOÇO


Fica estabelecido entre as partes que nos postos onde há concessão do intervalo intrajornada
ou rendição de almoço, o horário de almoço não poderá ser iniciado antes de 04 (quatro) horas
do início da jornada de trabalho, inclusive a rendição do empregado que deverá ser rendido, no
mínimo com 04 horas do início da jornada de trabalho e no máximo até às 15:00 (quinze) horas,
salvo acordo coletivo específico que disponha de forma diversa.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SÉTIMA - DO DIREITO DE TROCA DE ESCALA

As partes convencionam que o empregador deverá permitir, quando solicitado por escrito pelo
empregado, a troca de escala, na quantidade de02 (duas) escalas por mês. O empregado só
terá direito a troca de escala após a autorização da empresa.

Parágrafo 1º. Os empregados que estiverem cursando o ensino médio, fundamental, educação
básica ou curso de nível superior poderão solicitar por escrito a troca de escala e no caso da
recusa do empregador terão abonadas as horas diárias que faltar à escala de serviço, quando
decorrente do comparecimento a exames escolares, sendo obrigatória a comunicação, por parte
do empregado ao seu empregador, com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência à realização
da aludida prova ou exame, por intermédio de declaração escrita do respectivo estabelecimento
de ensino.

Parágrafo 2º. O empregador poderá, desde que solicitado por escrito pelo empregado-
estudante, custear em até 60% (sessenta por cento) o material escolar a ser utilizado pelo
referido empregado, ficando, desde já, devidamente autorizado a efetuar desconto do referido
custo, no salário mensal do empregado beneficiado.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA OITAVA - DA JORNADA DE TRABALHO EM EVENTOS

É considerado vigilante de eventos, o profissional vigilante, devidamente capacitado que,


convocado por empresa de segurança privada devidamente autorizada pelo Departamento de
Polícia Federal, exercer atividade de segurança/vigilância dentro dos limites dos imóveis
vigiados e, nos casos de atuação em eventos sociais, como show, carnaval, futebol, deve se
ater ao espaço privado objeto do contrato.

Parágrafo 1°. O vigilante convocado pela empresa para prestar serviços em eventos fará jus
ao pagamento de R$ 155,00 (cento e cinquenta e cinco reais) para vigorar no período de
01/01/2023 a 31/12/2023. O referido valor contempla a diária, não podendo ultrapassar a
quantidade de 12 (doze) horas, devendo, ainda, receber vale transporte e alimentação direta ou
tíquete alimentação e qualquer alteração nesta regra só poderá ser feita mediante acordo
coletivo específico que disponha de forma diversa celebrado com o sindicato laboral com
anuência do sindicato patronal.
Parágrafo 2°. O pagamento da diária será efetuado diretamente ao vigilante e imediatamente
ao término do evento.

Parágrafo 3°. As empresas ficam obrigadas a informar ao sindicato laboral, por qualquer meio
hábil, em até 48 (quarenta e oito horas) de antecedência, os eventos em que prestarão serviços
de segurança, contendo as seguintes informações: I - horário; II - local; III - público estimado; e
IV - nome e número de registro no DPF dos vigilantes que atuarão no evento.

Parágrafo 4°. Considerando a tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal quando do
julgamento do TEMA 1046 de que são constitucionais os acordos e as convenções coletivos
que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de
direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens
compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis, assim fica
pactuado entre as partes que as empresas, especialmente as de atuação em eventos sociais,
deverão encaminhar, mensalmente, para o sindicato laboral, por intermédio dos e-mails:
[email protected], [email protected] e [email protected]
e para o sindicato patronal por intermédio do e-mail [email protected], a contar do prazo
de 10 (dez) dias após o registro do presente instrumento coletivo, a GFIP (Guia de Recolhimento
do FGTS e das informações à Previdência Social), sob pena de descumprimento de norma
coletiva.

Parágrafo 5°. Se a empresa não encaminhar a referida documentação, dentro do prazo


assinado, as partes estabelecem que o sindicato interessado poderá demandar judicialmente
mediante ação de exibição de documentos e descumprimento de norma coletiva.

Parágrafo 6°. As partes estabelecem que todos os documentos enviados pelas empresas serão
obrigatoriamente protegidos e todas as informações que forem coletadas tem a finalidade
exclusiva de ser utilizada internamente pelas entidades sindicais, ficando as entidades sindicais
responsáveis pela manutenção das medidas de segurança, técnica e administrativa aptas a
proteger os dados pessoais de acessos não autorizados na forma da Lei 13.709/18 (Lei Geral
de Proteção de Dados - LGPD).

Outras disposições sobre jornada

CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA - DO TRABALHO EM REGIME OFFSHORE

Considera-se regime OFFSHORE o trabalho dos empregados das empresas sob o regime de
confinamento nas plataformas marítimas de petróleo, gás e navios, que prestam serviços em
plataforma de produção, prospecção e perfuração de petróleo e UMS’S em alto mar.

Parágrafo 1°. A jornada de trabalho do empregado em regime offshore será de revezamento,


de 12 (doze) horas de trabalho por 12 (doze) horas de descanso, sendo 21 (vinte e um) dias
trabalhados por igual período de folga ou de sendo 14 (quatorze) dias trabalhados por igual
período de folga.

Parágrafo 2º. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência e/ou local de
pernoite autorizado pela empresa até a efetiva ocupação do posto de trabalho nas plataformas
e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo cliente-
contratante (helicóptero ou traslado marítimo), não será computado na jornada de trabalho, por
não ser tempo à disposição do empregador, por isso mesmo não cabe falar em pagamento
extraordinário.

Parágrafo 3º. Diante da peculiaridade dos serviços OFFSHORE, fica autorizada a possibilidade
de ocorrer à inversão de escala dos colaboradores, sem que referida alteração acarrete
qualquer tipo de indenização ou futura alegação de alteração prejudicial e/ou unilateral do
contrato de trabalho.

Parágrafo 4º. Uma vez em que o desembarque dos colaboradores que se encontram em regime
de confinamento depende exclusivamente da programação de voo, o colaborador tem plena
ciência de que seu desembarque poderá ocorrer após o 14º (décimo quarto) dia ou 21º
(vigésimo primeiro), dependo da escala adotada, sem que acarrete o pagamento de horas
extras, desde que entre o término da escala de trabalho do colaborador e o seu efetivo
embarque, não ultrapasse 5 (cinco) horas, sendo que a partir então será devido o pagamento
de horas extras de 60% sobre o salário base. Tal regra somente será aplicada quando do efetivo
desembarque do colaborador.

Parágrafo 5º. Os empregados quando em regime de trabalho OFFSHORE farão jus a


percepção dos benefícios previstos no presente instrumento coletivo mais 30% de adicional de
confinamento.

Parágrafo 6º. Os trabalhadores em regime OFFSHORE (embarcados) terão garantidos os


adicionais previstos no presente instrumento coletivo integralmente sobre seu salário-base,
mesmo que embarquem menos de 14 dias no mês. Caso permaneçam embarcados mais dias,
receberão ainda os reflexos dos ditos adicionais sobre os dias extraordinários. Em vista da
habitualidade do pagamento dos adicionais, os mesmos incidem sobre os adicionais de horas
extras, adicional noturno, férias, 13º salário, FGTS, INSS e Aviso Prévio.

Parágrafo 7º. Caso o empregado não desembarque após o 14º (décimo quarto) dia de trabalho,
permanecendo em regime de confinamento nas plataformas, ou seja, OFFSHORE, fará jus ao
recebimento de adicional de 100% (cem por cento) para as horas que assim permanecer em
efetivo trabalho.

Parágrafo 8º. Em caso de alteração da data do embarque ou desembarque por decorrência de


mau tempo, ou situações diversas, a empresa fica obrigada a fornecer hospedagem para o
vigilante no período em que o mesmo se encontrar à disposição da empresa, ou em caso de
vigilantes residentes no município, o fornecimento de passagem para sua residência.

Parágrafo 9º. O tempo em que o empregado pode gozar de períodos de descanso, seja em
alojamentos da empresa, hotéis, casas e/ou apartamentos alugados pelo empregador ou pelo
cliente contratante, não será considerado parte da jornada de trabalho, nem tempo à disposição
da empresa.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - DAS FÉRIAS E DO TÍQUETE ALIMENTAÇÃO NAS FÉRIAS


As empresas comunicarão as férias a cada trabalhador com 30 (trinta) dias de antecedência do
início do gozo da mesma e as férias não poderão ter início em dia de folga do trabalhador
devendo o empregador efetuar o pagamento com antecedência de 02 (dois) dias ao início do
gozo das mesmas.

Parágrafo 1º. A empresa só poderá cancelar as férias por ela já comunicada somente com a
concordância do empregado.

Parágrafo 2º. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia
de repouso semanal remunerado, exceto na escala 12x36.

Parágrafo 3º. Fica convencionado entre as partes que partir de 01/01/2023 os empregados
vigilantes, inspetores, supervisores e fiscais receberão o tíquete alimentação na importância
integral de R$ 600,00 (seiscentos reais). O valor será pago de uma só vez quando da concessão
das férias, independentemente da eventual venda de férias (abono pecuniário) ou se o
empregado, concordou em usufruir as férias em até três períodos, sendo que um deles não
poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias
corridos, cada um.

Parágrafo 4º. As partes convencionam que a entrega dos tíquetes alimentação previsto no § 3º
supra deverá ser realizada até o 5° dia útil contados do início do gozo das férias.

Parágrafo 5º. Em razão do fornecimento do tíquete alimentação previsto no § 3º supra, as


empresas poderão descontar o percentual fixado no PAT (Programa de Alimentação ao
Trabalhador), previsto na Lei nº 6.321/76, até o limite de 10% (dez por cento).

Parágrafo 6º. Por força do inciso XXVI, do artigo 7°, da Constituição Federal as partes declaram
solenemente que o tíquete alimentação sob as formas previstas nesta cláusula, não terá, em
hipótese alguma, natureza remuneratória e por isso mesmo, não pode ser considerado como
salário-utilidade ou salário in natura.

Parágrafo 7°. Considerando que o referido instrumento coletivo abrange os empregados


vigilantes das empresas de segurança privada; considerando as especificidades das demais
funções de cada empresa; considerando a tese firmada pelo Supremo Tribunal Federal quando
do julgamento do TEMA 1046 de que são constitucionais os acordos e as convenções coletivos
que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de
direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens
compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis, assim as
partes estabelecem que os empregados ligados à área administrativa terão os tíquetes nas
férias negociados mediante acordo coletivo, com a participação obrigatória do sindicato laboral,
para vigorar no período de 01/01/2023 a 31/12/2023.

Parágrafo 8°. As partes estabelecem que a empresa terá até o dia 31/03/2023 para a
celebração do acordo coletivo para os empregados ligados à área administrativa com o sindicato
laboral, caso contrário, deverá pagar o tíquete alimentação nas férias na forma estabelecida no
§ 3° supra.
Parágrafo 9°. Para o empregado que tenha diploma de nível superior e perceba salário mensal
igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social será mediante livre negociação com seu empregador, ficando excluído do aqui pactuado.

Saúde e Segurança do Trabalhador

Uniforme

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - DO UNIFORME OBRIGATÓRIO

No ato da admissão do empregado vigilante a empresa fornecerá o uniforme obrigatório, cuja


composição é a seguinte: duas calças; e/ou duas saias; e/ou dois macacões; duas camisas; um
par de botas; e/ou um par de coturno; e/ou um par de sapatos; um cinto e/ou um boné e uma
jaqueta de frio (pelo período de 03 anos). O uniforme não terá validade pelo período de 01 (um)
ano, mas deve o empregador renová-lo quando não estiver mais em condição de uso e os
equipamentos de segurança até 03 (três) anos, desde que estejam em condições de uso.

Parágrafo 1º. É proibido o desconto de qualquer peça integrante do uniforme de uso obrigatório,
inclusive do agasalho de proteção ao frio. Se danificado e/ou perdido, no efetivo exercício da
função, sem que o fato tenha ocorrido por culpa do empregado, salvo na ocorrência de culpa
do empregado, ou no caso do uniforme obrigatório e do agasalho serem usados fora da
atividade laboral, nestas últimas situações o empregador fica autorizado a proceder nos salários
do respectivo empregado o desconto para o pertinente ressarcimento.

Parágrafo 2º. Havendo necessidade do uso da capa de chuva, em razão exclusiva da situação
do posto de serviço, o empregador fica obrigado a fornecer o respectivo acessório para o posto.

Parágrafo 3º. As empresas ficam proibidas de descontar do salário do empregado ou cobrá-lo


de outra forma, valores que correspondam a uniformes, armas ou veículo que lhe forem
arrebatados, por ação criminal, no local, horário e no desempenho das funções para as quais
foi contratado pelo empregador.

Parágrafo 4º. Fica vedado qualquer desconto salarial por danos a veículos em curso no
trabalho, ressalvada as hipóteses de comprovação de culpa, dolo, negligência, imprudência ou
imperícia do respectivo empregado.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA - DA CONSTITUIÇÃO DE SESMT COMUM PELAS


EMPRESAS

Fica facultada às empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo a constituição de


Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT
comuns ao do tomador dos serviços; bem como a constituição de SESMT comuns entre
empresas de mesma atividade econômica localizadas em um mesmo município ou municípios
limítrofes; ou ainda a constituição do SESMT comum por empresas que desenvolvam suas
atividades em um mesmo pólo industrial ou comercial, visando a promoção da saúde e da
integridade do trabalhador da categoria nos seus locais de trabalho, em conformidade com o
disposto nos itens 4.5.3, 4.14.3 e 4.14.4 da NR 4, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Aceitação de Atestados Médicos

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA - DOS ATESTADOS MÉDICOS

O atestado médico deverá ser entregue pelo obreiro ou qualquer parente seu, no prazo máximo
de 02 (dois) dias, contados após a data de emissão, que deverá ser entregue à sua coordenação
e/ou fiscalização (fiscal, supervisor ou inspetor) ou diretamente na empresa conforme regimento
interno da empresa, mediante contra recibo, ou por qualquer meio eletrônico disponibilizado
pela empresa, inclusive whatsapp.

Parágrafo 1°. Fica garantido ao empregado abrangido por este instrumento coletivo o direito de
exercer a opção de procurar tanto médico indicado pela empresa, quanto médico de sua
confiança, não podendo o empregador rejeitar os atestados médicos sob qualquer hipótese.

Parágrafo 2°. Fica estabelecido entre as partes que a empresa deve assumir todos os encargos
financeiros com os exames admissionais, periódicos, de retorno e demissional, sem qualquer
custo para o empregado, sob pena de devolução do valor em dobro por cobrança indevida.

Parágrafo 3°. As informações de saúde dos trabalhadores contidas nos atestados médicos, à
luz da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), são consideradas dados sensíveis. Compete
às empresas tomarem as devidas cautelas para evitar vazamento destas informações e para
que estas não sejam compartilhadas ou acessadas por outros empregados não autorizados.

Relações Sindicais

Garantias a Diretores Sindicais

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUARTA - DA DISPENSA REMUNERADA DO EMPREGADO ELEITO


DIRETOR

Fica assegurada a disponibilidade remunerada dos Diretores e/ou Dirigentes (titulares ou


suplentes), que esteja em pleno exercício nas atividades representadas pelo SINDSEG-GV/ES,
quando convocado, por escrito, pelo Diretor Presidente.

Parágrafo 1°. A disposição acima mencionada será de 07 (sete) Diretores, limitada a um Diretor
por empresa ou grupo econômico. A disposição retro referida somente poderá ser aplicada
mediante solicitação, por escrito, pelo Diretor Presidente e/ou Secretário Geral, com o respectivo
comprovante de recebimento da correspondência pela empresa.
Parágrafo 2°. Fica estabelecido, que o Diretor e/ou Dirigente do Sindicato Profissional,
enquanto durar a sua disponibilidade remunerada, deverá receber do seu respectivo
empregador, mensalmente, desde que esteja em efetivo exercício perante a entidade sindical,
o salário normativo acrescido do adicional de periculosidade e o 13° salário, cabendo, ainda, ao
empregador depositar em sua conta vinculada as parcelas fundiárias e sem prejuízo dos demais
benefícios previstos no presente instrumento coletivo.

Parágrafo 3°. O empregador pagará, ainda, ao Diretor e/ou Dirigente do Sindicato Profissional,
enquanto durar a sua disponibilidade remunerada, no mês a que teria direito as férias anuais,
um terço a mais que o salário normal, sem prejuízo dos demais benefícios previstos no § 2°
supra.

Parágrafo 4°. As partes estabelecem que no período de vigência desta convenção coletiva
deverá o empregador, que tenha empregado exercendo cargo de Diretor e/ou Dirigente Sindical
(titular ou suplente), limitado a um Diretor e/ou Dirigente por empresa, liberá-lo, por 01 (um) dia
por mês limitado a 12 (doze) dias por ano, previamente comunicado, por escrito, pelo Diretor
Presidente, sem prejuízo do seu salário mensal e benefícios, para o exercício de sua atividade
sindical.

Contribuições Sindicais

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA - DA MENSALIDADE ASSOCIATIVA

Por deliberação da Assembleia Geral dos Trabalhadores ficou autorizado o desconto mensal do
valor de R$ 30,27 (trinta reais e vinte e sete centavos), à título de mensalidade sindical, no
período de 01/01/2023 a 31/12/2023.

Parágrafo 1º. O desconto será efetivado somente dos trabalhadores filiados ao sindicato e
desde que os seus empregadores possuam as respectivas autorizações individuais e pessoais
de desconto da mensalidade.

Parágrafo 2º. A contribuição referente a mensalidade associativa, que já vem sendo descontada
dos trabalhadores, mensalmente, perdurará por prazo indeterminado, para aqueles que já
autorizaram expressamente o desconto.

Parágrafo 3º. As empresas se comprometem a fazer o desconto do valor acima indicado


somente dos trabalhadores associados ao sindicato. Em razão do princípio da liberdade de
associação sindical os trabalhadores que desejaram se associar ao sindicato deverão preencher
devidamente a ficha de filiação para autorização do respectivo desconto.

Parágrafo 4°. O pagamento da mensalidade associativa deverá ser realizado mediante boleto
bancário, que será enviado, até o dia 15 (quinze) de cada mês, para as empresas juntamente
com a relação dos seus respectivos empregados filiados ao sindicato.
Parágrafo 5°. Em hipótese alguma poderá haver desconto da mensalidade associativa no mês
em que ocorrer o desconto da contribuição sindical.

Parágrafo 6°. O atraso no pagamento do boleto bancário enviado pelo sindicato profissional
implicará em multa de 2% (dois por cento) ao mês e mais a mora diária de 0,33% (trinta e três
centésimos por cento) sobre o valor não repassado, sem prejuízo da aplicação da multa
convencional bem como a empresa não poderá solicitar a retirada de Certidão de Regularidade
Trabalhista Sindical Trabalhista Sindical.

Parágrafo 7°. A desfiliação somente se efetivará por meio de formulário disponibilizado na sede
do sindicato laboral, mediante assinatura protocolo e assinatura do Diretor Presidente, devendo
o empregado entregar ao seu empregador, no prazo máximo de 10 (dez) dias, para a suspensão
do desconto.

Parágrafo 8°. Na hipótese de o trabalhador ser portador de necessidade especial que inviabilize
ou dificulte o seu deslocamento até a sede da entidade sindical, com o objetivo de exercer o seu
direito de desfiliação, poderá este contatar a direção do sindicato objetivando o agendamento
de dia, hora e local para receber a visita de representante do sindicato para o recebimento de
sua carta de desfiliação.

Parágrafo 9°. O exercício do direito de desfiliação será gratuito, não podendo a entidade sindical
cobrar qualquer valor em decorrência do seu exercício.

Parágrafo 10º. As partes estabelecem que a diferença da mensalidade sindical referente ao


mês de janeiro/23 deverá ser apurada e paga pelo empregado, quando do pagamento da
competência do mês de fevereiro/23.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SEXTA - DA CONTRIBUIÇÃO PROFISSIONAL EXTRAORDINÁRIA

Por deliberação da Assembleia Geral dos Trabalhadores ficou autorizada a cobrança da


contribuição profissional extraordinária, na forma estabelecida no TAC nº 0744/2012, no valor
de R$ 36,33 (trinta e seis reais e trinta e três centavos), que deverá ser descontada de todos os
trabalhadores integrantes da respectiva categoria profissional, na base territorial do sindicato,
nas competências dos meses de fevereiro, março, abril, maio, junho e julho/2023. A referida
contribuição tem por finalidade dar suporte e assegurar a luta e a busca para melhores
condições de trabalho de toda a categoria profissional, desenvolvida tenazmente pelo
SINDSEGGV/ES, como se comprova nas melhorias obtidas nesta negociação coletiva,
defendendo os interesses e direitos individuais e coletivos de toda a categoria profissional, não
promovendo distinção entre os trabalhadores.

Parágrafo 1°. A empresa deverá descontar o valor indicado no caput de todos os empregados,
nos meses referenciados, devendo, ainda, depositar até o 5° (quinto) dia útil após o desconto
na conta corrente do SINDSEG-GV/ES (Caixa Econômica Federal - agência 0880, operação
003, conta corrente 1598-9).

Parágrafo 2°. As empresas fornecerão ao sindicato laboral, até o 10° (décimo) dia útil do mês
subsequente ao desconto, a lista com os nomes dos empregados contribuintes bem como o
comprovante de depósito, independentemente de solicitação. Valerá como comprovante de
entrega dos referidos documentos o protocolo datado, assinado e carimbado pela Secretaria do
SINDSEG-GV/ES ou, ainda, poderá a empresa encaminhá-los para os e-mails:
[email protected], [email protected] e [email protected],
valendo como protocolo a confirmação do e-mail.

Parágrafo 3°. Em hipótese alguma poderá haver desconto dos empregados associados da
referida contribuição.

Parágrafo 4°. Se o empregado autorizar o desconto da contribuição sindical no mês de


março/2023, em hipótese alguma poderá haver desconto da contribuição profissional
extraordinária no referido mês.

Parágrafo 5°. O atraso no repasse das retenções referidas no caput implicará em multa de 2%
(dois por cento) ao mês e mais a mora diária de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) sobre
o valor não repassado até a integralização do depósito, sem prejuízo da aplicação da multa
convencional bem como a empresa não poderá solicitar a retirada de Certidão de Regularidade
Trabalhista SindicalTrabalhista Sindical.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA SÉTIMA - DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PROFISSIONAL

Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento da competência do mês


de março, dos seus empregados, a contribuição sindical, mediante expressa autorização do
empregado. O desconto da contribuição sindical corresponde a 1/30 avos da remuneração e
será calculada tomando-se por base a remuneração, ou seja, salário (salário-base) mais as
parcelas variáveis.

Parágrafo único. As empresas fornecerão ao sindicato laboral, até o 10° (décimo) dia útil do
mês subsequente ao desconto, a lista com os nomes dos empregados contribuintes bem como
o comprovante de depósito, independentemente de solicitação. Valerá como comprovante de
entrega dos referidos documentos o protocolo datado, assinado e carimbado pela Secretaria do
SINDSEG-GV/ES ou, ainda, poderá a empresa encaminhá-los para os e-mails:
[email protected], [email protected] e [email protected],
valendo como protocolo a confirmação do e-mail.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA OITAVA - DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL

A contribuição sindical é uma forma de contribuição social prevista na Constituição Federal,


sendo devida ao sindicato patronal pelas empresas participantes da categoria econômica
representadas pelo SINDESP/ES, e deverá ser paga, recolhida e aplicada na forma da lei.

Parágrafo 1°. O sindicato patronal encaminhará para todas as empresas abrangidas pelo
presente instrumento coletivo a guia de recolhimento da contribuição sindical (GRCSU)
referente ao exercício 2023, e a empresa não associada que optar pelo recolhimento da
contribuição sindical deverá fazê-lo até o dia 31/01/2023, ou, para os que venham a se
estabelecer após o referido mês, na ocasião em que requererem às repartições o registro ou a
licença para o exercício da respectiva atividade.

Parágrafo 2°. A empresa que optar pelo pagamento da referida contribuição deverá
encaminhar, por e-mail [email protected], cópia do comprovante de pagamento da
referida guia.

Direito de Oposição ao Desconto de Contribuições Sindicais

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA NONA - DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE OPOSIÇÃO

Os trabalhadores poderão, individualmente, se opor, a qualquer tempo, aos descontos previstos


neste instrumento coletivo, de acordo com as condições estipuladas no TAC nº 0744/2012 e
nos parágrafos abaixo.

Parágrafo 1°. O direito de oposição poderá ser exercido a qualquer tempo pelo trabalhador,
durante a vigência desta Convenção Coletiva de Trabalho.

Parágrafo 2°. A manifestação do trabalhador ao direito de oposição, se exercido nos primeiros


30 (trinta) dias, contados do protocolo no Ministério do Trabalho e Emprego, valerá para todos
os meses e/ou descontos subsequentes, estando o trabalhador dispensado de apresentar
posteriormente nova oposição ao desconto durante a vigência do respectivo instrumento.

Parágrafo 3°. A manifestação do trabalhador ao direito de oposição, se exercido após os 30


(trinta) primeiros dias, contados da assinatura deste instrumento coletivo, valerá a partir deste
momento e após o cumprimento das formalidades do exercício do direito, não gerando efeito
retroativo para o trabalhador, ou seja, não terá o trabalhador direito de receber as contribuições
já anteriormente descontadas.

Parágrafo 4°. A manifestação do direito de oposição pelos trabalhadores da categoria


profissional somente se efetivará por meio de carta pessoal, individual, apresentada em 3 (três)
vias, e que deverá ser entregue ao sindicato mediante protocolo pelo próprio trabalhador, sendo
uma via para o trabalhador, outra para o sindicato e outra para ser encaminhada pelo sindicato
ao empregador do trabalhador.

Parágrafo 5°. Deverá ainda, constar da carta de oposição o nome completo e legível do
trabalhador, o número de sua CTPS ou de qualquer outro documento de identificação legal, seu
endereço, o nome e endereço da empresa ou entidade onde trabalha, local, data e assinatura.

Parágrafo 6°. Na hipótese de o trabalhador ser portador de necessidade especial que inviabilize
ou dificulte o seu deslocamento até a sede da entidade sindical, com o objetivo de exercer o seu
direito de oposição, poderá este contatar a direção do sindicato objetivando o agendamento de
dia, hora e local para receber a visita de representante do sindicato para o recebimento de sua
carta de oposição.
Parágrafo 7°. Deverá ser consignado nas 3 (três) vias da carta de oposição carimbo registrando,
pelo menos, a data do protocolo de entrega da carta, a identificação do sindicato e da pessoa
que recebeu o documento.

Parágrafo 8°. O sindicato terá até 10 (dez) dias, contados do protocolo da carta de oposição,
para encaminhar ao empregador do trabalhador a 3ª (terceira) via da carta, de modo a cientificá-
lo do exercício do direito de oposição pelo seu empregado.

Parágrafo 9°. Na hipótese de transcorrer os 10 (dez) dias, sem que o sindicato tenha
encaminhado ao empregador a carta de oposição, poderá o empregado encaminhar cópia de
sua via ao seu empregador de modo a cientificá-lo de que exerceu o seu direito de oposição.
Somente a partir deste momento poderá o empregador interromper os descontos da
contribuição no salário do trabalhador.

Parágrafo 10°. Fica facultado ao sindicato, se assim o desejar, devolver a 2ª (segunda) e a 3ª


(terceira) via ao trabalhador, já devidamente protocolada, para que este encaminhe uma das
vias ao seu empregador.

Parágrafo 11°. As disposições ora ajustadas valem tanto para contribuições de desconto único,
por alguns meses ou mensais e durante todo o período de validade do instrumento normativo,
bem como se aplicam, no que couber, aos empregados admitidos após a data-base da categoria
profissional.

Parágrafo 12°. O exercício do direito de oposição será gratuito, não podendo a entidade sindical
cobrar qualquer valor em decorrência do seu exercício.

Outras disposições sobre relação entre sindicato e empresa

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA - DO ACESSO DO DIRIGENTE SINDICAL

Para ter acesso à sede dos empregadores, os dirigentes sindicais devidamente autorizados pelo
Presidente do Sindicato Profissional, deverão solicitar a visita, por escrito, justificando o pedido.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA - DA CERTIDÃO DE REGULARIDADE TRABALHISTA


SINDICALTRABALHISTA SINDICAL

Por força do disposto no inciso XXVI do art. 7° da Constituição Federal (reconhecimento das
convenções e acordos coletivos de trabalho) e objetivando complementar a exigência dos arts.
27, 28 e 29 da Lei 8.666/1993, assim como em complementação a Certidão Negativa de Débitos
Trabalhistas (CNDT), prevista na Lei 12.440/2011, as empresas abrangidas pelo presente
instrumento coletivo para participarem de licitações promovidas por órgãos da administração
pública, direta, indireta, autarquias, empresas públicas e de economia mista nas modalidades
de concorrência, tomada de preços, carta-convite, concurso, leilão, pregão eletrônico, inclusive
de caráter emergencial, promovida no Estado do Espírito Santo, ou contratação por empresas
e outros setores da iniciativa privada, deverão apresentar Certidão de Regularidade Trabalhista
Sindical.

Parágrafo 1°. A presente cláusula tem por objetivo de resguardar o Órgão contratante, para que
este tenha a ciência de que as empresas participantes cumprem com suas obrigações
trabalhistas e sindicais, principalmente as pactuadas no presente instrumento coletivo.

Parágrafo 2°. A emissão da referida certidão cuja validade será de 30 (trinta) dias será
específica para cada tomador de serviço, cujo nome e demais dados serão fornecidos quando
do seu requerimento pela empresa interessada, associada ou não ao Sindicato Patronal e será
expedida em conjunto pelos Sindicatos Patronal e Laboral, assinada por seus Presidentes ou
seus substitutos legais, no prazo máximo de 03 (três) dias úteis contados após o pedido formal
da empresa interessada, ficando vedada a emissão de certidão de cumprimento parcial das
obrigações, devendo a mesma ser retirada na sede do sindicato patronal.

Parágrafo 3°. Fica estabelecido entre as partes que o sindicato patronal poderá cobrar das
empresas não associadas os custos da emissão da certidão, ficando o valor de cada certidão
estipulado em R$ 173,54 (cento e setenta e três reais e cinquenta e quatro centavos).

Parágrafo 4°. Para fins de emissão da Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical de que
trata a presente cláusula, a empresa deverá apresentar requerimento ao sindicato patronal e, a
critério das entidades convenentes, fazer-se-à acompanhar por CND do INSS, do FGTS, da
Divida Ativa da União, da Receita Federal, bem como por certidões negativas de falência,
concordata e CNDT, e GFIP para recolhimento do FGTS do mês correspondente, além de estar
em situação de cumprimento integral desta Convenção e das normas que regulam as relações
individuais e coletivas de trabalho previstas na CLT, bem como na legislação complementar
concernente às matérias trabalhista e previdenciária, devendo, ainda, apresentar os seguintes
documentos:

a) Declaração de Quitação de Débitos emitida pela Operadora do Plano de Saúde;

b) Declaração de Quitação de Débitos emitida pela Gestora referente à Contribuição Patronal


para Auxílio de Assistência Odontológica;

c) Declaração de Quitação de Débitos emitida pela Seguradora contratada ou os comprovantes


de pagamentos das faturas juntamente com a apólice de seguro atualizada;

d) Declaração de Quitação de Débitos emitida pela Gestora referente à Contribuição do


AFETOS;

e) Comprovante de contratação do Cartão de Compras;

f) Comprovante de contratação de Instituição Financeira para Empréstimo Consignado;

g) Comprovação de apresentação mensal das GFIPs.

Parágrafo 5°. A falta da certidão que trata este dispositivo ou sua apresentação com prazo de
validade vencido (que será de 30 (trinta) dias) permitirá as demais empresas concorrentes ou
mesmo as entidades sindicais convenentes, em caso de licitações públicas, alvejarem o
procedimento licitatório por descumprimento de norma coletiva, e em outras contratações
acionarem os tomadores de serviços dando conhecimento, em qualquer dos casos, às
autoridades competentes, inclusive o Ministério Público do Trabalho.

Parágrafo 6°. As empresas alcançadas por este instrumento levarão ao conhecimento dos
tomadores de serviços o inteiro teor da presente convenção coletiva de trabalho, bem como das
variações salariais ocorridas durante sua vigência.

Parágrafo 7º. Na hipótese de qualquer entidade sindical se negar a fornecer a Certidão de


Regularidade, a negativa deverá ser justificada por escrito.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEGUNDA - DOS ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO

Compete ao sindicato laboral celebrar acordo coletivo com uma ou mais empresa da categoria
econômica, entretanto, as partes estabelecem que se for negociadas condições sociais e
econômicas divergentes das pré-estabelecidas nesta Convenção Coletiva deverão contar com
a participação na negociação e anuência do sindicato patronal.

Parágrafo único. A empresa interessada em celebrar acordo coletivo deverá, no ato da


solicitação, juntar a Certidão de Regularidade Trabalhista Sindical específica para a celebração
de acordo coletivo.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA - DA OBRIGATORIEDADE DO ENVIO DE DOCUMENTOS


AO SINDICATO LABORAL E PATRONAL

As partes estabelecem que as empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo deverão
encaminhar, até o dia 10 (dez) de cada mês, independentemente de solicitação, por e-mail,
tanto para o sindicato laboral [email protected], [email protected] e
[email protected], quanto para o sindicato patronal ([email protected]), as
GFIPs (Guias de Recolhimentos do FGTS e de Informações à Previdência Social), valendo
como protocolo a confirmação do e-mail, sendo inclusive condição para a retirada de Certidão
de Regularidade Trabalhista Sindical e outros serviços solicitados aos sindicatos convenentes.

Parágrafo 1°. Dentro do mesmo prazo estabelecido no caput, as empresas deverão


encaminhar a relação nominal com as datas de admissões dos empregados contratados a
tempo parcial, sob pena de descumprimento de norma coletiva.

Parágrafo 2°. As partes estabelecem que todos os documentos enviados pelas empresas serão
obrigatoriamente protegidos e todas as informações que forem coletadas tem a finalidade
exclusiva de ser utilizada internamente pelas entidades sindicais, ficando as entidades sindicais
responsáveis pela manutenção das medidas de segurança, técnica e administrativa aptas a
proteger os dados pessoais de acessos não autorizados na forma da Lei 13.709/18 (Lei Geral
de Proteção de Dados - LGPD).
CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUARTA - DA PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

Em face da Lei n° 13.709/18 e atos normativos dela decorrentes, as entidades convenentes


fixam, conforme disposições contidas nos artigos 7º, inciso I, 11, inciso I, c/c 9º, § 3º, que os
dados pessoais dos trabalhadores, tais como nome, CPF, endereço residencial, certificado de
formação/reciclagem e todos os dados necessários para atender às normas e regras de
segurança exigidas pelos tomadores de serviço e prestadores de serviços, poderão ser
compartilhados sempre que necessário e quando autorizados por determinação legal, assim
entendida largo senso, ou quando vinculados diretamente à relação mantida por sua
empregadora e seus clientes, tendo em conta a atividade por ela exercida e as necessidades
de segurança, especialmente para garantir a o exercício regular de seus direitos ou prestação
de serviços que o beneficiem, respeitadas as legítimas expectativas dele e os direitos e
liberdades fundamentais, nos termos da Lei Geral de Proteção de Dados.

Parágrafo único. As partes convenentes estabelecem que do mesmo modo, os empregados,


no exercício de suas funções, quando do acesso a dados de terceiros, direta ou indiretamente
ligados à empregadora e/ou a sua atividade junto aos clientes tomadores de seus serviços
deverão observar as regras contidas na Lei Geral de Proteção de Dados, não podendo utilizar
ou dar conhecimento, em hipótese alguma, a terceiros, de dados ou informações obtidas, sem
o consentimento específico do titular.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA QUINTA - DOS CONVÊNIOS E PARCERIAS CELEBRADOS PELAS


ENTIDADES SINDICAIS

É facultado as entidades sindicais celebrar convênios e acordos de parcerias com instituições


privadas, tendo como objeto a realização de interesses comuns, para utilização dos benefícios
e vantagens coletivos prospectadas pelo sindicato laboral e/ou pelo sindicato patronal em favor
da categoria, ficando autorizadas as empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo a
participar como empresa interposta/anuente

Disposições Gerais

Mecanismos de Solução de Conflitos

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SEXTA - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

As partes signatárias estabelecem que manterão a Comissão de Conciliação Prévia do Setor


de Segurança Privada, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos
empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho,
objetivando primeiro viabilizar e sustentar o sistema de solução extrajudicial de conflitos
trabalhistas, promovendo o entendimento em controvérsias individuais e coletivas de cada
empresa, buscando dar solução pela via da livre negociação e concessões mútuas.

Parágrafo 1° - As partes convenentes estabelecem que as sessões de tentativas de conciliação


serão realizadas na sede do sindicato patronal, situado na Avenida Cezar Hilal, n° 323, Bento
Ferreira, Vitória/ES.

Parágrafo 2° - A Comissão se reunirá uma vez por semana, respeitando o prazo de 10 (dez)
dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do
interessado, podendo, em caso de aumento de demandas, aumentar o número de sessões,
sendo que nas audiências serão conciliadas as demandas previamente apresentadas e, em
caso de necessidade, estando presentes as partes, aquelas de interesse dos empregados e
empregadores respeitando-se a formalidade dos pedidos e a correlação com o assunto ao qual
houve a convocação da empresa respeitando o princípio da ampla defesa.

Parágrafo 3º - Para custeio das despesas da Comissão de Conciliação Prévia, e somente sendo
permitida a aplicação dos recursos neste objeto, será cobrado da empresa convocada à CCP o
valor de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais) por audiência ou reunião mediante boleto emitido
pelo sindicato patronal.

Parágrafo 4º. A CCP, na solução de conflitos a ela submetidos, observar-se-á o princípio da


gratuidade do atendimento da assistência do trabalhador.

Parágrafo 5° - Fica convencionado que os Sindicatos pactuantes indicarão, na forma da lei, no


mínimo 04 (quatro) integrantes efetivos para a Comissão, sendo que esses integrantes
participarão das audiências de conciliação em regime de rotatividade, aleatoriamente definido
pela entidade à qual pertence o representante.

Parágrafo 6° - Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de


Conciliação Prévia.

Parágrafo 7° - A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos
membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos
interessados.

Parágrafo 8° - Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo
empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes.

Parágrafo 9º - O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória


geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.

Parágrafo 10° - Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador


declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos
membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista.

Parágrafo 11º - O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de


Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de
conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no § 2° supra.
Parágrafo 12º - Em caso de não comparecimento da empresa será lavrado o correspondente
termo de não comparecimento, que servirá de elemento para o encaminhamento de possível
reclamação trabalhista no Judiciário pelo demandante.

Parágrafo 13º - A CCP, em sua atuação, pautar-se à pelos princípios da ética, da boa-fé,
responsabilidade, celeridade e transparência, bem como pelo respeito mútuo e cooperação
entre seus membros, cabendo aos demandantes agir com lealdade, com o intuito de alcançar a
conciliação nos conflitos de natureza trabalhista.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SÉTIMA - DA QUITAÇÃO ANUAL DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS

É facultado a empresa promover perante a Comissão de Conciliação Prévia a quitação anual


de obrigações trabalhistas, na forma prescrita em lei vigente e mediante apresentação de
documentos solicitados pelo sindicato laboral.

Parágrafo único. O fornecimento pelo sindicato laboral do termo de quitação anual previsto no
art. 507-B da Lei 13.467/17 está condicionado à apresentação integral da documentação para
análise, bem como ao fiel e integral cumprimento da convenção coletiva, devendo ser
discriminadas as obrigações consideradas quitadas.

Descumprimento do Instrumento Coletivo

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA OITAVA - DO DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULA

O não cumprimento de qualquer cláusula desta convenção coletiva de trabalho, acarretará a


aplicação da multa equivalente ao valor de 01 (um) salário normativo, por cláusula descumprida,
até a efetiva regularização da causa que motivou a aplicação da referida sanção pecuniária.

Parágrafo 1º. Fica estabelecido que a cláusula penal do caput terá o seguinte rateio: 50%
(cinquenta por cento) para o trabalhador alcançado pela infração e 50% (cinquenta por cento)
para o sindicato profissional.

Parágrafo 2º. Para a aplicabilidade do caput, fica convencionado que a parte interessada na
cobrança da referida penalidade pecuniária, deverá obrigatoriamente notificar a outra, tida como
infratora, por escrito, indicando especificamente a cláusula convencional descumprida, sob pena
de inépcia.

Parágrafo 3º. Fica, desde logo, assinado o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados do
recebimento da notificação, que poderá ser enviada, inclusive para o e-mail indicado pela
empresa com confirmação de recebimento, para a parte tida como infratora sanar o fato gerador
da penalidade. Dentro do prazo, deve a parte notificada, comunicar, também por e-mail, se
assim desejar, o saneamento do fato gerador da penalidade ou apresentar justificativa sobre a
negativa da existência da infração.
Outras Disposições

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA NONA - DO DIA DO VIGILANTE

Fica convencionado entre as partes o dia 20 de junho como sendo o "Dia do Vigilante".

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA - DA COMUNICAÇÃO DE EMPREGADOS AFASTADOS

A empresa Gestora da cláusula que trata do AFETOS poderá, quando solicitada pelo sindicato
laboral, após anuência do sindicato patronal, encaminhar, por e-mail secfinancas@sindseg-
es.com.br, [email protected] e [email protected], a relação de todos os
empregados afastados, tanto por auxílio doença quanto por auxílio decorrente de acidente de
trabalho.

Parágrafo único. Compete ao sindicato laboral tomar as devidas cautelas para evitar
vazamento destas informações e para que estas não sejam compartilhadas ou acessadas por
outros empregados não autorizados.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA PRIMEIRA - DA ALTA PREVIDENCIÁRIA

O empregado que estiver às expensas do INSS e receber alta previdenciária fica obrigado a
comunicar imediatamente o seu empregador, que o encaminhará à análise do médico do
trabalho para a realização de exame médico de retorno e, eventualmente, o resultado da
avaliação for de aptidão, deverá o empregado retornar as suas atividades laborais.

Parágrafo único. Caso o empregado não comunique a alta previdenciária ao empregador ou


caso opte pelo recurso administrativo de reconsideração da decisão junto ao INSS ou pela via
judicial, neste caso, a empresa fica desobrigada de lhe pagar os dias não trabalhados, não
podendo o empregador dispensar o empregado até a decisão do recurso ou da decisão judicial.

EDIMAR BARBOSA
Presidente
SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGURANA PRIVADA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO

SERAFIM GERSON CAMILO


Presidente
SINDICATO DOS EMPREGADOS NAS EMPRESAS DE SEGURANCA E VIGILANCIA EM
GERAL, RONDA MOTORIZADA, MONITORAMENTO ELETRONICO E VIA SATELITE,
MONITORAMEN

ANEXOS
ANEXO I - ATA

Anexo (PDF)

A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério da Economia na


Internet, no endereço http://www.mte.gov.br.

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