Erica Carla Lopes Da Silva
Erica Carla Lopes Da Silva
Erica Carla Lopes Da Silva
RECIFE - PE
FEVEREIRO - 2013
i
Comitê de Orientação:
RECIFE - PE
FEVEREIRO - 2013
Ficha catalográfica
CDD 636
ÉRICA CARLA LOPES DA SILVA
Comissão Examinadora:
________________________________________________
Prof.º Dr. Francisco Fernando Ramos de Carvalho
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Zootecnia
___________________________________________________
Prof.º Dr. Evaristo Jorge Oliveira de Souza
Unidade Acadêmica de Serra Talhada - UFRPE
___________________________________________________
Prof.º Dr. Roberto Germano Costa
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências Agrárias
_____________________________________________________
Dr. Geovergue Rodrigues de Medeiros
Instituto Nacional do Semiárido
_____________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Ângela Maria Vieira Batista
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Zootecnia
RECIFE-PE
FEVEREIRO - 2013
ii
Dedico
Ao meu pai, Jairo Heráclito e a minha querida mãe, Benedita Lopes da Silva pelo
apoio incondicional em todos os momentos da minha vida, sempre dando exemplo de fé,
A todos os meus irmãos, Gutemberg, Jairo Jr., Hélio, Humberto (in memória) e à
minha querida irmã, Jackeline, por fazer parte das lutas e conquistas dos meus sonhos e,
AGRADECIMENTOS
Ao Senhor Deus e a Nossa Senhora, que pelas Suas graças, tenho tido a oportunidade
de viver e ver todas as maravilhas que Eles têm mostrado, dando-me a oportunidade, através
Aos meus pais, que têm estado comigo compartilhando todos os momentos da minha
vida, ensinando-me a ser humilde sincera e honesta, e, acima de tudo, mostrando o quanto é
obrigada!!
Aos meus irmãos, pelo apoio e ajuda sempre que precisei durante toda formação
profissional.
apoio sempre quando foi preciso durante todo o processo de conclusão do curso.
Aos professores, Lucia Maia, Marcelo Andrade, Marcílio, Lucia Helena, Adriana
Ao amigo e admirável professor, Jorge Lucena, muito obrigada por tudo, sempre,
Ao professor, Airon, juntamente com minha amiga Bel, pelas palavras e bons
conselhos.
Aos alunos e professores da UAG sempre prontos para ajudar nas horas de sufoco.
Italvan, Claudia Edimário, Suelane, Ane, Ana Lucia, Jacielle, Paulo e todos os demais que
Às minhas amigas, Marismênia, Luciana Neves, Keyla, Marta Xavier, Fabiana Lopes,
Fabiana Maria, Cleide, Alessandra, que me ajudaram durante todo o curso, sempre com boa
vontade e otimismo.
Aos Funcionários da clínica de bovino, Drª Carla Lopes e José Augusto, exemplos de
profissionalismo e humildade.
BIOGRAFIA DA AUTORA
SUMÁRIO
Lista de Abreviaturas vii
Lista de Tabelas viii
Lista de Figuras x
Resumo Geral xi
General Abstract xii
Considerações Iniciais 1
Resumo 69
Abstract 70
Introdução 71
Material e Métodos 73
Resultados e discussão 80
Conclusões 89
Referências Bibliográficas 90
Considerações Finais 93
vii
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE TABELAS
PÁGINA
LISTA DE FIGURAS
PÁGINA
RESUMO GERAL
GENERAL ABSTRACT
The objective was to assess body composition and net requirements protein and
energy for weight gain of indigenous goats. We used 34 animals castrated BW with 19,0 ±
0,35 kg, four months old, distributed in treatment: P- pasture without supplementation; + PJ
– pasture + hay Jitirana; PM - pasture + hay Mororó; PMPF - pasture + 50% hay Mororó +
50% cactus (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) and PJPF - pasture + 50% hay Jitirana + 50%
cactus (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.), supplemented with 1% of your BW. In the end the
animals were slaughtered and body composition and empty body weight (EBW). The
contents of protein and energy in the body of animals from each treatment, and all
treatments together, was estimated by means of nonlinear equations of energy and protein
content of the remaining animals and references, depending on the EBW. By deriving these
equations, we obtained the prediction of the net requirement for protein and energy gain of
empty body weight (EWG). There were significant differences in body composition of
water and fat. The overall equations to predict the net requirements of protein and energy
for weight gain of goats native Caatinga were NPg = 0,4782 * EBW-0.0789 and NE g = 2.3405
0.0219
* EBW . The body content of protein decreased with increasing BW, unlike the
increased energy according to the equation joint. The protein and energy requirements for
native goats grazing in the Caatinga are higher than for animals in confinement.
Keywords: comparative Abate, energy intake, hay, native plant, cactus, metabolizable
protein.
1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
para diversas regiões, pois, além de servir como fonte de renda, contribui para a redução do
Nordeste. Esses rebanhos são constituídos por raças nativas, exóticas e, principalmente por
chuvoso apresenta rápida taxa de crescimento foliar, levando à maturidade das plantas,
produtividade animal.
são com base nas recomendações preconizadas por comitês internacionais, como:
quais podem ser citados as condições fisiológicas, sexo, raça, idade e peso corporal dos
comitês internacionais na formulação de ração para caprinos nativos, pode não proporcionar
nutrientes das diversas categorias e raças. Na literatura nacional existem poucos trabalhos
que tenham predito as exigências nutricionais dos caprinos SPRD em sistema de pastejo.
estimativas de energia.
3
CAPÍTULO I
REFERENCIAL TEÓRICO
28°C, com mínima de 8 e máxima ao redor de 40oC. Apresenta duas estações, a seca e a
chuvosa, com precipitação anual de aproximadamente 150 a 1300 mm e média de 700 mm.
perdem suas folhas entre o final das chuvas e o início da estação seca, e muitas apresentam
algumas limitações, uma vez que durante o período seco do ano apresenta reduzida
perfaz cerca de 4,0 t/ha, com variações significativas em função de diferenças nos sítios
matéria seca entre os estratos herbáceo, arbustivo e arbóreo, até de 2,8 t/ha.
5
1.930 kg MS /ha, 29,2 e 29,8% e reduzindo-se no final para 196 e 303 kg MS/ha e 25,0 e
MS/ha, diminuindo para 378 kg MS/ha ao final do período chuvoso, evidenciando redução
Caatinga, na época seca e chuvosa do ano, Santos et al. (2009) encontraram teores médios
de matéria seca (MS) que variaram de 22,64 a 11,99%; PB 13,30 a 17,19%; Extrato etéreo
(EE) 3,03 a 2,95:%; Fibra em Detergente Neutro (FDN) de 62,02 a 60,40; Fibra em
Detergente Ácido (FDA) de 46,62 a 42,63; Proteína insolúvel em detergente neutro (PIDN)
Carboidratos totais (CHT) 72,00 a 65,40; e Carboidratos não fibrosos (CNF) 9,97 a 5,47
período chuvoso, com variações de 9,1 a 8,4% para o estrato herbáceo e 17,5 a 15,4% para o
autores, os teores de PIDN variaram de 62,30 a 64,0% PB, para o estrato arbustivo, e 9,20 a
A espécie caprina foi a primeira a ser domesticada com fins produtivos. A adaptação
ambientais. De acordo com Oliveira et al. (2008), a espécie caprina apresenta rusticidade,
milhões de cabeças, concentrando cerca de 90% desses animais nos estados da região
são constituídos por raças nativas, raças exóticas e, principalmente, por tipo racial
adequados para vários sistemas de produção encontrados no país têm sido importantes para
Caprinos SRD (sem raça definida) são animais mestiços, sem nenhum padrão racial
definido, apresentado larga variação de pelagem e níveis de produção. São animais rústicos,
de alimentos de origem animal, pois disponibilizam fonte de proteína de alto valor biológico
disponível para as populações. Além de constituir-se como fonte de renda para produtores
Os caprinos, comparados aos ovinos com relação ao seu hábito alimentar, apresentam
ovinos, em Caatinga raleada e enriquecida com capim - buffel (Cenchrus ciliaris L),
3. Composição corporal
porque ocorrem em níveis baixos e constantes, cerca de 0,7% na matéria seca (AFRC,
fisiológico, sexo, peso, idade, composição da dieta e categoria animal (NRC, 2007).
8
para estimativa das exigências nutricionais para o ganho de peso dos animais.
elas podem ser divididas em medidas no animal vivo e determinadas após o abate. As
vezes, no mesmo animal. Entretanto, algumas delas apresentam alto custo e são justificáveis
apenas sob certas condições ambientais (MILLER et al., 1988; STANFORD et al., 1998).
fatores, tais como: custo, facilidade de tomada das medidas e a acurácia da predição entre
al. (2005), o método direto ainda tem sido apontado como a forma mais precisa e confiável
composição corporal varia com o peso e idade, de modo que o animal cresce até seu peso
ambientais, o animal irá desenvolver até seu peso adulto seguindo a curva sigmóide para
corporal tem variado de 58,4 a 68,4% de água, 17,2 a 20,8% de proteína, 5,1 a 18% de
gordura e 2,04 a 4,9% de cinzas (FERREIRA 2003; FERNANDES et al., 2006; NÓBREGA
et al., 2008; ALVES et al., 2008a). Portanto, essas variações na composição corporal podem
9
ser devido às diferenças entre raças, composição da dieta, peso corporal ao abate e estágios
água; 18 e 20% de proteína; 3 e 11% de gordura; 1,2 e 2,1 Mcal de energia/kg de PC.
4. Exigências nutricionais
nutricionais de cada categoria animal, além da composição dos alimentos. Portanto, para
metabolismo animal.
O ARC (1980) preconiza que as equações de predição do conteúdo dos nutrientes por
quantidade do nutriente presente no corpo vazio, em função do peso de corpo vazio (PCV),
Onde:
10
a = intercepto;
comparativo, descrita por Lofgreen e Garret (1968), em que um grupo de animais é abatido
composição corporal final para cada nutriente, sendo que a partir da diferença entre a
composição corporal final e a inicial, estima-se a composição do ganho dos nutrientes por
kg de ganho em peso e também a exigência líquida destes nutrientes para o referido ganho.
para animais criados em pastagem nativa torna-se mais complexa, em virtude de diversos
fatores que vão desde o comportamento animal, até aqueles relacionados ao meio ambiente
desempenham maiores atividades físicas, ou seja, possuem uma demanda maior de atividade
Para estimar o custo de energia com atividade de animais em pastejo, o NRC (2007)
Desta forma, conhecendo que os caprinos são animais mais ativos que bovinos e
ovinos, espera-se maior perda de energia com atividade de pastejo. (SAHLU et al.,2004).
11
4.1. Proteína
alimentos. O seu excesso, além de distúrbios metabólicos pode onerar o custo de produção,
pois, ao contrário de outros nutrientes, a proteína não pode ser armazenada pelo organismo
animal.
compostos nitrogenados por seu impacto ambiental. Portanto, a formulação das dietas
permite atender as exigências proteicas dos animais, sendo uma das formas de garantir que
excessos de ureia não serão excretados para o ambiente (TODD et al., 2006). No entanto,
essas medidas só podem ser tomadas, quando se conhecem as exigências em proteína dos
animais.
bruta (PB), proteína digestível (PD), proteína degradável no rúmen (PDR), proteína não
pode gerar conceitos importantes possibilitando serem utilizados nos estudos de exigências
nutricionais.
(TIMMERMANS JR. et al., 2000), sendo o restante, atendida pela proteína dietética não
equivalente às perdas metabólicas fecais e urinárias, além das perdas de proteína retida no
de nutrientes, para que os processos vitais do seu corpo permaneçam normais, incluindo a
reposição das perdas endógenas e metabólicas pelas fezes e urina e pela pele, ou seja, é
aquela que não permitirá perda ou ganho de peso dos animais e modificações na sua
composição corporal.
descamação, pela secreção enzimática do trato gastrointestinal e pode ser alterada pelo tipo
A exigência de proteína para mantença pode ser determinada por dois métodos: pelo
As exigências de proteína para caprinos em crescimento são obtidas pela soma das
exigências para mantença e para ganho de acordo com o método fatorial. Para mantença, o
NRC (1981) considerou um valor de 2,8 g de PD ou 4,2 g PB/ kg PC 0,75. O AFRC (1998)
0,75
sugeriu um valor de PL para mantença (PLm) de 2,2 g/kg PC /dia. O NRC (2007)
nativos e mestiços de Boer não encontrou diferença estatística entre as raças estudadas,
matéria seca livre de gordura no ganho de peso (PAULINO et al., 2004), podendo variar,
em função da raça, sexo, idade e ganho de peso. Segundo Geay (1984) os requerimentos
líquidos de proteína para ganho são maiores em animais inteiros que em castrados, e em de
corporal vazio (NRC, 2007). Após a fase de crescimento apresentam relações inversas, ou
seja, quanto maior o peso corporal, menor o conteúdo de proteína, o que foi constatado por
Alves et al., (2008a), utilizando animais da raça Moxotó, inteiros, com PC variando de 15 a
25 kg, que encontraram PLg de 198 a 194 kg/kg, respectivamente. Portanto, as diferenças
com relação às exigências de proteína para ganho são atribuídas às variações na composição
do ganho de peso.
4.2. Energia
metabólicos, uma vez que todos os constituintes orgânicos de uma dieta - carboidratos,
proteínas e lipídeos - são susceptíveis á oxidação (RESENDE et al., 2006). Sua deficiência
14
irá provocar problemas no crescimento, falhas na reprodução e perda das reservas corporais,
corpo, além das atividades físicas. Animais quando enfrentam períodos de escassez de
alimento, utilizam reservas corporais como fonte de energia para mantença. Os gastos
à procura do alimento.
ao animal, entre eles idade, peso, raça, composição corporal, sexo, condições ambientais,
metabolizável (EM), energia líquida (EL) para mantença, ganho, gestação, lactação e
produção de pelos, além de utilizar também o NDT (NRC, 1981). Estas formas de energia
foram interconvertidas, utilizando as relações estabelecidas por Garret et al. (1959), onde:
100 Mcal de energia bruta (EB) =76 Mcal ED = 62 Mcal EM =35 Mcal EL e 1 kg NDT =
oxidação de uma amostra em uma bomba calorimétrica, mas tem utilização limitada na
nutrição animal por não indicar a disponibilidade dessa energia para o animal.
fração energética que será utilizada pelo animal ou perdida como calor, logo EM pode ser
usada no metabolismo basal e perdida como calor quando o animal está em jejum, mais o
suficiente para manter o incremento calórico (Ferrel, 1988). A energia líquida para
mantença pode ser ainda definida como sendo a quantidade de energia absorvida do
alimento que não resultará em ganho ou perda de energia corporal (NRC, 1981).
(CEM) e a energia retida no corpo (ER), enquanto a produção de calor (PC) é obtida por
determinar o CEM.
a partir da digestibilidade dos nutrientes, sendo: ED (Mcal/kg) = 5,6 * PBD + 9,4 * EED +
são geralmente expressos em Mcal ou Kcal por unidade de peso de corpo vazio médio
(EMm) têm sido estimadas a partir da relação entre o CEM e a ER (LOFGREEN e GARRET
1968).
As exigências líquidas de energia para ganho (Elg) são estimadas pela derivação da
eficiências de uso da energia metabolizável para mantença (Km) e ganho (Kg) (ARC 1980).
O NRC (1981) preconiza que a exigência de energia liquida para mantença seja de
0,75
57,2 Kcal de ELm/kg PC , enquanto que o AFRC (1998) recomendou em suas tabelas o
partir desse valor, considerou o nível de atividade física e acrescentou 25% para animais
condição); 50% para atividade média (condições de semiárido e pastagens com pouca
escassa).
de ajuste e, de acordo com Sahlu et al. (2004), leva em consideração o tempo de pastejo e
inclinação do terreno.
Com relação à ELm NRC (2007) recomenda para animais nativos 116,8 Kcal de
EMm/kg PC 0,75. Com base nas informações publicadas por Sahlu et al. (2004), considera os
machos inteiros, 126 Kcal/kg PC 0,75 ; fêmeas, 108 Kcal/kg PC 0,75. Estas informações foram
Brasil, essas diferenças entre as recomendações podem estar atribuídas aos diferentes
métodos utilizados para obtenção da energia para mantença, diferentes raças e condições
experimentais.
raça Moxotó, com peso vivo entre 15 e 25 kg, criados na Caatinga. Para conversão ELm em
energia metabolizável para mantença (EM m), o autor considerou uma eficiência de
utilização (km) média de 68% estimada pela equação: km = 0,503 + 0,35 qm, preconizada
pelo ARC (1980). Considerando a metabolizabilidade (qm) média de 50% obtida no ensaio
Alves et al. (2008b), utilizando caprinos machos, inteiros, confinados, com peso
0,75
corporal variando de 15 a 25 kg PC estimaram a ELm de 55,11 Kcal/PCV , e com uma
Para crescimento, o AFRC (1998) sugere o valor de 2,3 kcal de ELg/g de ganho, o
NRC (1981) preconiza 7,25 Kcal EM/g de ganho, o equivalente a 4,09 kcal de energia
líquida, e o NRC (2007) recomenda o valor de 4,47 Mcal EM/kg de ganho de PC para
animais nativos.
As ELg, encontradas por Alves et al. (2008b) foram estimativas de 2,59 a 3,19
Nóbrega et al., (2008), avaliando caprinos ½ Boer ½ SRD, em pastejo, obteveram ELg
de 1,92 a 2,75 Mcal/Kg de ganho para animais com peso variando de15 a 30 kg de PC.
18
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Environmental Quality, v.35, n.2, p.404-111, 2006.
CAPÍTULO II
nativos. Utilizaram-se 34 animais machos castrados, com peso corporal (PC) médio inicial
de 19,35 ± 0,35 Kg e com quatro meses de idade. O período experimental foi de 105 dias,
com o abate no final do experimento. No início, quatro animais foram abatidos para estimar
a composição corporal e peso do corpo vazio (PCV) iniciais. Outros 30 caprinos foram
suplementação; PJ- pasto + feno de Jitirana; PM - pasto + feno de Mororó; PMPF - pasto +
50% feno de Mororó + 50% palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) e PJPF - pasto
+ 50% feno de Jitirana + 50% Palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.). A equação
obtida para predição do peso de corpo vazio (PCV) em diferentes intervalos de pesos, com
relação ao peso corporal ao abate (PCA), foi de PCV = 2,1945 + 0,6725 * PCA. Foi
Palavras-chaves: feno planta nativa, palma forrageira, proteína, gordura, peso do corpo
vazio.
24
ABSTRACT - The objective of this study was to estimate body composition of indigenous
goats. We used 34 animals, castrated, body weight (BW) initial average of 19.35 ± 0.35 kg,
approximately four months old. The experimental period was 105 days, with the slaughter at
the end of the experiment, at the beginning, four animals were slaughtered to estimate body
composition and empty body weight (EBW) initials. The other goats were randomly divided
into five groups of six animals kept at pasture and supplemented distributed in a completely
randomized design with five treatments: P - pasture without supplementation; PJ – pasture +
hay Jitirana; PM - pasture + hay Mororó; PJPF - pasture + 50% hay Jitirana + 50% cactus
(Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) and PMPF – pasture + 50% hay Mororó + 50%
cactus(Nopalea cochenillifera (L.) S.D.). The equation obtained for prediction of empty
body weight (EBW) in different ranges of weights, relative to body weight at slaughter
(PCA) was EBW = 2,1945 + 0,6725 * BW. There were significant differences in body
composition of fat and water. Under the experimental conditions, the native goats grazing
supplemented with indigenous plants associated with cactus, suffered significantly
influences regarding the composition of water and fat.
Keywords: native plant hay, cactus, protein, fat, empty body weight.
25
INTRODUÇÃO
porque ocorrem em níveis baixos e constantes - cerca de 0,7% na matéria seca-; e vários
fatores como genótipo, estádio fisiológico, sexo, peso, idade, composição da dieta e
De acordo com o ARC (1980), à medida que a idade avança, aumenta o conteúdo de
gordura e diminui o de água, proteína e cinzas no corpo. Ainda, em uma mesma espécie,
cada raça apresenta uma velocidade de formação dos tecidos. Portanto, quando comparadas
A estimativa da composição corporal pode ser obtida pelos métodos indireto e direto.
O método direto é o mais utilizado, pois é a forma mais acurada, por meio da análise
corporal tem variado de 58,4 a 68,4% de água, 17,2 a 20,8% de proteína, 5,1 a 18% de
gordura e 2,04 a 4,9% de cinzas (RESENDE, 1989; SOUZA et al., 1998; FERNANDES et
al., 2007; NÓBREGA et al., 2008; ALVES et al., 2008). Essas variações na composição
corporal podem ser decorrentes de diferenças entre raças ou ainda de diferenças nos estágios
importante para avaliação do desempenho animal, bem como para estimar suas exigências
A demanda por alimentos de qualidade tem aumentado nos últimos anos, havendo
uma exigência no grau de qualidade sendo, portanto, interesse de toda cadeia produtiva e
principalmente do consumidor.
A carne caprina destaca-se como uma boa opção dentre as carnes vermelhas, por seu
2002). Os caprinos são animais que depositam mais gordura abdominal e menos gordura
Com o aumento da procura por carnes magras pelos consumidores, como por
e sabor, adequados ao paladar do consumidor, faz com que estes produtos sejam cada vez
finalidade.
MATERIAL E MÉTODOS
caatinga, clima do tipo BShW, semiárido, com duas estações distintas - chuvosa e seca -,
Foram utilizados 34 caprinos machos castrados, sem raça definida (SRD), com peso
condições experimentais e 105 dias de coletas de dados, com estes subdivididos em cinco
períodos.
Após esse período, quatro animais foram abatidos e serviram de referência para
50% feno de mororó + 50% palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) e PJPF – pasto
+ 50% feno de Jitirana + 50% palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.).
A palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) foi ofertada na forma desintegrada
recolhidos para um galpão coberto, provido de baias individuais de 2,0 x 1,5 m, com
comedouros, bebedouros e piso de chão batido, para receberem a suplementação com base
predominante na área, segundo Silva (2012a), foi caracterizada pelo tipo herbáceo, em que
as espécies mais comuns eram: Olho de Santa Luzia (Commelina obliqua Vahl);
Feijãozinho (Centrosema sp).; Capim panasco (Aristida adscensionis L.); Mela bode
(Herisanthia tiubae K. Schum. Br,i); Malva Preta (Malvastrum sp.); Marmelada (Cosmus
bode (Cyperus uncilanatus Mart et Scharad) e por vegetação do estrato arbustivo: Moleque
de imbira (Piptadenia sp.); Capa bode (Sida cf. cordifolia L.); Maniçoba (Manihot
pseudoglaziovii); Cambará (Lantana camara L.); Jurema preta (Mimosa hostilis Benth);
Quebra faca (Croton urticaefoluis Lam.); Feijão bravo (Capparis flexuosa L.); Alecrim do
A composição da amostra da dieta referente ao pasto foi obtida pela coleta de extrusa,
dividida entre os turnos da manhã (8h) e tarde (14h), em dias alternados utilizando-se seis
caprinos SRD, adultos, fistulados no rúmen, com PC médio de 25 kg, durante cinco
Para coletas de extrusa, todo conteúdo ruminal foi removido e armazenado em baldes,
devidamente identificados por animal (para serem devolvidos ao rúmen após coleta). Em
seguida, os animais eram soltos na área experimental por 40 minutos. Após este período,
mororó, palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) e da extrusa, representando o pasto)
(-10ºC) para avaliação química dos ingredientes das dietas (Tabela 1).
de aproximadamente 72 horas. Após este processo, foram moídas em moinho tipo Willey
(LNA/UAG), para determinação dos teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB),
extrato etéreo (EE), matéria mineral (MM) e matéria orgânica (MO). Seguindo a
metodologia de Silva e Queiroz (2002), os carboidratos totais (CHT) foram estimados pelas
equações descritas por Sniffen et al. (1992): CHOT = 100 - (%PB + %EE + %MM). Para
obtenção dos carboidratos não fibrosos (CNF) foi utilizada a equação descrita por Hall
detergente ácido (FDA) segundo metodologia descrita por Van Soest et al. (1991), e
g/m2).
30
dias de cada subperíodo (a partir do 16º dia), e as fezes foram coletadas manualmente, direto
da ampola retal por três dias subsequentes ao fornecimento do indicador, em seguida foram
de Minas Gerais (UFMG), para estimativas da produção fecal pelo LIPE®, por meio de
O CMS total foi igual à soma do consumo de pasto mais o consumo de suplemento e o
obtenção do peso final, em seguida foram submetidos a jejum de sólidos por 16 horas para
região atlanto-occipital, seguido de sangria, por quatro minutos, das artérias carótida e veias
jugulares. Foi pesado todo sangue e retiradas amostras imediatamente após o abate, sendo
proteína bruta e extrato etéreo, conforme metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002).
gastrintestinal foi pesado vazio, para determinação do peso do corpo vazio (PCV).
32
A estimativa do PCV, para predição da composição corporal, foi obtida pela soma dos
pesos do trato gastrintestinal vazio, acrescido aos pesos dos órgãos e das demais partes do
fita e moída em moedor de carne, onde foi retirada uma alíquota de 10% de cada
metade esquerda do corpo vazio do animal, momento em que foram retiradas amostras de
105ºC, por um período médio de 72 horas, para determinação do teor de matéria seca
gordurosa (MSG). As amostras foram desengorduradas, por lavagens sucessivas com éter de
posteriores análises de matéria seca, matéria mineral, proteína bruta e extrato etéreo,
conforme metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002). A gordura removida no pré-
desengorduramento foi calculada por diferença entre a MSG e a MSPD e adicionada aos
resultados obtidos para o extrato etéreo residual na MSPD, para determinação do teor total
de gordura.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não houve diferença em relação ao peso corporal final (PC final), peso corporal ao
abate (PCA), peso do corpo vazio (PCV) e ganho médio diário (GMD), e consumo de
energia metabolizável (CEM). Entretanto, houve diferença entre os tratamentos com relação
aos consumos de matéria seca do suplemento, total e consumo de proteína bruta (CPB), e a
O consumo de matéria seca dos animais a pasto sem suplementação foi menor em
comparação aos animais que receberam suplementos. Observou-se que quando os animais
foram suplementados com feno de Mororó e Jitirana, associados à palma forrageira, houve
maior ingestão de matéria seca, com valores de 802,01 e 825,93 g/dia e 89,21 e 90,86 g/kg
0,75
PCV /dia, respectivamente. A palma forrageira, por apresentar boa palatabilidade e
Os resultados observados para CMS (% PC) foram próximos aos verificados por
Carvalho Júnior et al. (2011), ao trabalharem com níveis de suplementação de 0; 0,5; 1,0; e
Resultados inferiores para CMS (%PC) foram encontrados por Silva (2012), ao
avaliar níveis de suplementação (0; 0,4; 0,8 e 1,2 % do PC) para caprinos mestiços da raça
Anglonubiana) com peso corporal médio 18 ± 2,5 kg, apresentando média de 1,66; 2,06;
um fator limitante para o consumo e produção de caprinos e ovinos (KABEYA et al., 2002).
O consumo total de MS, expresso em g/kg UTM/dia teve influência dos níveis de
0,75
suplementação, o valor médio do consumo de forragem foi de 89,44 g/kg de PV /dia
apresentando baixa digestibilidade, com valores abaixo de 60%, o que poderia ter regulado
o consumo pelo enchimento do rúmen (VAN SOEST, 1965). Segundo Forbes (1995), existe
Caprinos nativos de regiões áridas e semiáridas são capazes de utilizar melhor dietas
com altos teores de fibras que outros tipos de ruminantes nativos ou outras raças caprinas
possuir grande glândula salivar, área de absorção no epitélio do rúmen e alta capacidade de
espécies e até raças que não são criadas em regiões áridas (SILANIKOVE, 2012).
Não houve variação nos valores de ganho médio diário (GMD), com média de ganho
concentrado com níveis de 0 a 1,5% do peso corporal, obtiveram CMS de 50,43 a 79,66
A ingestão de proteína total foi menor para os animais a pasto sem suplementação
(117,41 g/dia), e maior para os animais suplementados com feno de Mororó associado à
palma forrageira (136,26 g/dia). Este fato pode estar relacionado ao efeito do suplemento,
água diminuíram com o aumento de gordura no peso do corpo vazio. Esse resultado pode ter
tecido adiposo. Resultados semelhantes foram encontrados, por outros autores, com
por não ter ocorrido variação no consumo de proteína em relação ao peso do corpo vazio em
tratamentos.
O teor de proteína corporal é influenciado pela idade e peso dos animais, sendo que
caprinos mais velhos e pesados apresentam uma maior quantidade de proteína na sua
corporal de proteína, foi observado que animais mais pesados apresentaram maiores teores
parte desta gordura irá desaparecer quando a carcaça for eviscerada (MADRUGA et al.,
1999). Logo, a carcaça caprina apresenta um baixo teor de gordura, o que a torna saudável
para a nutrição humana, podendo ser indicada como uma boa opção para o consumo dentre
as carnes vermelhas.
37
feno de Mororó e esse associado à palma forrageira, pasto + feno de Jitirana associado à
sabor da carne.
resultados do presente estudo, indicando que animais a pasto possuem uma carne mais
aos caprinos em sistema de pastejo exigirem maior demanda de energia com a atividade de
pelas diferenças de peso, estágios de maturidade e sexo entre os animais utilizados nestes
estudos, uma vez que estes compreenderam desde indivíduos com 20 até 30 kg de PC,
raça definida - SRD com machos das raças Alpina ou Toggenburg, com PC entre 5 e 25 kg,
PC, Ribeiro (1995) obteve composição corporal de 73,4 e 61,2 % de água; 16,6 e 17,1 % de
Enquanto que Sousa et al. (1998), utilizando animais alpinos machos não castrados e
em crescimento, com peso vivo médio de 20 kg, encontrou valores médios para a
CONCLUSÕES
água e gordura.
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPÍTULO III
ABSTRACT – Evaluated protein requirements for weight gain of goats indigenous pasture
in the Caatinga. We used 34 animals, castrated male with body weight (BW) initial average
of 19,35 ± 0,35 kg, approximately four months old. The experimental period was 120 days,
with the slaughter at the end of the experiment. At the beginning of the experiment, four
animals were slaughtered as a reference to estimate body composition and empty body
weight (EBW) of the initial remaining. Later, formed homogeneous groups of six animals
kept at pasture and distributed in a completely randomized design with five treatments: P-
pasture without supplementation; + PJ - pasture hay Jitirana; PM - pasture + hay Mororó;
PMPF- pasture + 50% hay Mororó + 50% cactus (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) and
PJPF - pasture + 50% hay Jitirana + 50% cactus (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) . The
equation obtained for prediction of empty body weight (EBW) in different ranges of
weights, relative to body weight at slaughter (SBW) was EBW = 2,1945 + 0,6725 * BW.
The protein content in the bodies of animals from each treatment and all treatments together,
it was estimated by non-linear equations of the protein content of the remaining animals and
references depending on the PCV. By deriving these equations, we obtained the prediction
of net protein requirement for gain of empty body weight (GPCV). The protein content of
the body of animals for all treatments and the data together have increased with the rise of
the BW 15 to 30 kg. The protein deposition in the gain of the animals 15 and 30 kg BW
using equation joint was 392,37 and 374,24 g/kg, respectively. The protein requirements for
metabolizable gains of 50 and 100 g with increasing PC 15 the 30 were combined using
equation 33,25 to 31,72 and 66,50 to 63,43 g/kg BW, respectively. The protein requirements
for indigenous goats systems grazing in the Caatinga differ from those predicted by
international nutritional requirements.
KEYWORDS: empty body weight, cactus, hay plant native, metabolizable protein,
nutritional requirements.
45
INTRODUÇÃO
animal.
proteína é necessário sua introdução na dieta dos animais durante toda sua vida, numa
proporção mínima diária entre 6 e 8% de proteína bruta na dieta (VAN SOEST, 1994), para
alimentos. O seu excesso, além de distúrbios metabólicos pode onerar o custo de produção.
compostos nitrogenados por seu impacto ambiental. Portanto, a formulação das dietas
permite atender as exigências proteicas dos animais sendo uma das formas de garantir que
excessos de ureia não serão excretados para o ambiente (TODD et al., 2006).
pecuaristas buscam a todo custo reduzir os gastos com a suplementação alimentar, uma vez
que esta representa aproximadamente 70% do custo de produção. Assim, uma maior
precisão na estimativa das exigências nutricionais desses animais a pasto pode contribuir
do rebanho.
dados obtidos de outros países ou extrapoladas de outras espécies, embora, o Brasil tenha
seu próprio clima e animais com composição genética diferente. Sendo assim, as
possa obter o maior número de informações que sirvam de subsídios para a construção
MATERIAL E MÉTODOS
caatinga, clima do tipo BShW, semiárido, com duas estações distintas, chuvosa e seca,
Foram utilizados 34 caprinos machos castrados, sem raça definida (SRD), com peso
condições experimentais e 105 dias de coletas de dados, com estes subdivididos em cinco
períodos.
Após esse período, quatro animais foram abatidos e serviram de referência para
50% feno de mororó + 50% palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) e PJPF – pasto
+ 50% feno de Jitirana + 50% Palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.).
A palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) foi ofertada na forma desintegrada
recolhidos para um galpão coberto provido de baias individuais de 2,0 x 1,5 m, com
comedouros, bebedouros e piso de chão batido, para receberem a suplementação com base
predominante, segundo Silva (2012a), a área foi caracterizada por vegetação tipo herbáceo
em que as espécies mais comuns eram: Olho de Santa Luzia (Commelina obliqua Vahl);
Feijãozinho (Centrosema sp).; Capim panasco (Aristida adscensionis L.); Mela bode
(Herisanthia tiubae K. Schum. Br,i); Malva Preta (Malvastrum sp.); Marmelada (Cosmus
bode (Cyperus uncilanatus Mart et Scharad) e por vegetação do estrato arbustivo: Moleque
de imbira (Piptadenia sp.); Capa bode (Sida cf. cordifolia L.); Maniçoba (Manihot
pseudoglaziovii); Cambará (Lantana camara L.); Jurema preta (Mimosa hostilis Benth);
Quebra faca (Croton urticaefoluis Lam.); Feijão bravo (Capparis flexuosa L.); Alecrim do
A composição da amostra da dieta referente ao pasto foi obtida pela coleta de extrusa,
divididas entre os turnos da manhã (8h) e tarde (14h), em dias alternados utilizando-se seis
caprinos SRD, adultos, fistulados no rúmen, com PC médio de 25 kg, durante cinco
Para coletas de extrusa, todo conteúdo ruminal foi removido e armazenado em baldes,
devidamente identificado por animal (para serem devolvidos ao rúmen após coleta). Em
seguida, os animais eram soltos na área experimental por 40 minutos. Após este período,
mororó, palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) e da extrusa representando o pasto)
(-10ºC) para avaliação química dos ingredientes das dietas (Tabela 1).
de aproximadamente 72 horas. Após este processo, foram moídas em moinho tipo Willey
(LNA/UAG), para determinação dos teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB),
extrato etéreo (EE), matéria mineral (MM) e matéria orgânica (MO). Seguindo a
metodologia de Silva e Queiroz (2002), Os carboidratos totais (CHT) foram estimados pelas
equações descritas por Sniffen et al. (1992): CHOT = 100 - (%PB + %EE + %MM). Para
obtenção dos carboidratos não fibrosos (CNF) foi utilizada a equação descrita por Hall
detergente ácido (FDA) segundo metodologia descrita por Van Soest et al. (1991), e
g/m2).
50
dias de cada sub-período (a partir do 16º dia) e as fezes foram coletadas manualmente,
direto da ampola retal por três dias subsequentes ao fornecimento do indicador, em seguida
de Minas Gerais (UFMG) para estimativas da produção fecal pelo LIPE®, por meio de
O CMS total foi igual à soma do consumo de pasto mais o consumo de suplemento e o
obtenção do peso final em seguida foram submetidos a jejum de sólidos por 16 horas para
região atlanto-occipital seguido de sangria, por quatro minutos, das artérias carótida e veias
jugulares. Foi pesado todo sangue e retiradas amostras imediatamente após o abate, sendo
proteína bruta e extrato etéreo, conforme metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002).
gastrintestinal foi pesado vazio para determinação do peso do corpo vazio (PCV).
52
A estimativa do PCV para predição da composição corporal foi obtida pela soma dos
pesos do trato gastrintestinal vazio acrescido aos pesos dos órgãos e das demais partes do
fita e moída em moedor de carne, onde foi retirada uma alíquota de 10% de cada
metade esquerda do corpo vazio do animal, momento em que foram retiradas amostras de
105ºC, por um período médio de 72 horas, para determinação do teor de matéria seca
gordurosa (MSG). As amostras foram desengorduradas, por lavagens sucessivas com éter de
tratamentos em conjunto, foi estimado por meio de equações não lineares dos conteúdos de
equação:
PC = β0 * PCVZ β1
Onde:
β0 e β1 - Parâmetros da regressão
53
proteína por quilo de ganho de peso de corpo vazio foram estimados pela derivada da
β1-1
PLg = β0 * β1 * PCV * 1.000
Onde,
parâmetros da regressão.
comparações entre as equações de regressão dos parâmetros avaliados para cada tratamento
foram realizadas, de acordo com a metodologia recomendada por Regazzi (1996), para
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não houve diferença em relação ao peso corporal final (PC final), peso corporal ao
abate (PCA), peso do corpo vazio (PCV) e ganho médio diário (GMD). Entretanto, houve
diferença entre os tratamentos com relação aos consumos de matéria seca do suplemento,
O consumo de matéria seca dos animais a pasto sem suplementação foi menor em
comparação aos animais que receberam suplementos. Observou-se que quando os animais
foram suplementados com feno de Mororó e Jitirana, associados à palma forrageira, houve
maior ingestão de matéria seca, com valores de 802,01 e 825,93 g/dia e 89,21 e 90,86 g/kg
55
0,75
PCV /dia, respectivamente. A palma forrageira por apresentar boa palatabilidade e
Os resultados observados para CMS (% PC) foram próximos aos verificados por
Lima Jr (2010), ao trabalhar com níveis de suplementação de 0; 0,5; 1,0; e 1,5 % do PC para
Resultados inferiores para CMS (%PC) foram encontrados por Silva (2012), ao
avaliar níveis de suplementação (0; 0,4; 0,8 e 1,2 % do PC) para caprinos mestiços da raça
Anglonubiana) com peso corporal médio 18 ± 2,5 kg, apresentando média de 1,66; 2,06;
Não houve variação nos valores de ganho médio diário (GMD), com média de ganho
concentrado com níveis de 0 a 1,5% do peso corporal, obtiveram CMS de 50,43 a 79,66
A ingestão de proteína total foi menor para os animais a pasto sem suplementação
(117,41 g/dia) e maior para os animais suplementados com feno de Mororó associado à
palma forrageira (136,26 g/dia). Este fato pode estar relacionado ao efeito do suplemento.
conjunta.
intervalos de pesos, com relação ao peso corporal ao abate (PCA), foi de PCV = 2,1945 +
O PCV estimado a partir desta equação para um animal com 30 kg de PC foi de 22,37
kg, próximo a 23,97 kg de PCV encontrado por Nóbrega et al. (2008), para caprinos F1(
O PCV estimado a partir desta equação para um animal com 25 kg de PC foi de 19,00
kg, menor que 21,60 kg de PCV encontrado por Alves et al. (2008a), para caprinos Moxotó
rendimento de corpo vazio em relação ao peso corporal ao abate para animais terminados
em confinamento comparados aos terminados a pasto. Provavelmente este efeito pode ser
resultado do maior enchimento provocado pela ingestão do pasto, uma vez que, geralmente,
corporal para os cinco tratamentos, avaliados obtido pela aplicação das equações citadas
significativa (P>0,05) entre os tratamentos, portanto, foi gerada uma equação conjunta, que
biológico dos animais, uma vez que o conteúdo total de proteína aumenta à medida que o
peso corporal se eleva (ARC, 1980; Owens et al., 1993). Entretanto, com relação a
concentração, ou seja, g/kg de PCV, o conteúdo corporal de proteína diminui com o avanço
da idade, o que evidencia redução nas exigências líquidas de proteína para ganho com o
tendência semelhante aos resultados apresentados por Nóbrega et al. (2008), ao avaliarem
59
foram encontrados por Fernandes et al. (2007) ao verificarem que a proporção de proteína
As equações para predição de ganho em peso g/kg ganho PCV em proteína (Tabela 5),
A partir das equações de estimativas das exigências líquidas de proteína para ganho,
encontrou-se a deposição de proteína por kg de ganho de peso do corpo vazio (Tabela 6).
aumento do peso, para todos os tratamentos e para o conjunto que foi de 392,37 a 374,24, no
intervalo de 15 a 30 kg de PC. Vale ressaltar que não houve diferença significativa (P>0,05)
Este comportamento pode ser explicado pela curva de crescimento dos animais. De
acordo com Owens et al. (1993), o ganho de proteína por quilo de tecido ganho decresce à
peso corporal.
A exigência liquida de proteína elevada, pode estar relacionada ao fato dos animais
lenta de crescimento do tecido muscular com elevação do peso corporal do animal sendo
relatado por Fernandes et al. (2007), utilizando caprinos ¾ Boer × ¼ Saanen, inteiros em
Nóbrega et al. (2008), avaliando ½ Boer ½ SRD em sistema de pastejo, encontrou variação
184,0 g/kg de corpo vazio, à medida que o peso corporal aumentou de 15 para 30 kg.
sistema de pastejo sofrem efeito de enchimento provocado pela ingestão do pasto, uma vez
que, geralmente, os animais em confinamento têm uma maior proporção da dieta na forma
61
próxima à preconizada pelo NRC (2007) para caprinos com aptidão para produção de carne
recomendações para caprinos nativos e raças leiteiras, o valor preconizado pelo NRC (2007)
Dessa forma, pode-se inferir que a recomendação pelo referido Comitê Internacional
do ganho em proteína depende entre outros fatores das condições ambientais, dieta,
diferentes tratamentos apresentaram variação com o peso dos animais dentro dos referidos
(Tabela 8).
63
respectivamente; bem como superiores as preconizado pelo NRC (2007), para animais
nativos em crescimento que é de 0,290 kg PM/g GPD, estimando para ganhos de 50 e 100 g
(2007) para caprinos de corte sendo preconizado valor de 0,404 g de proteína/ g de ganho
em peso, logo para ganhos de 50 e 100 as estimativa são de 20,20 e 40,40 respectivamente.
64
CONCLUSÕES
-0,0789
Recomenda-se o uso da equação conjunta PLg = 0,4782 * PCV para predizer
66,50 e 63,43 g/dia, para animais pesando 15 a 30 kg PC. Caprinos a pasto na caatinga são
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CAPÍTULO IV
KEY WORDS: empty body weight, cactus forage, hay, plant indigenous,
71
INTRODUÇÃO
alimentar.
que possam suprir os nutrientes e a energia necessária para mantença e ganho em peso dos
dos rebanhos.
seres vivos que a utilizam em todas as suas funções vitais (VALADARES FILHO et al.,
(ELm) e ganho (ELg). Este comitê utiliza o método fatorial para determinação da exigência
energética total, ou seja, as exigências para mantença e ganho são obtidas separadamente e
nos tecidos depositados no ganho de peso, que é função das proporções de gordura e
72
corpo vazio. Estas proporções variam com o aumento do peso corporal e maturidade
diversidade das condições que se verifica no Brasil em comparação com as de outros países,
e até dentro do próprio País (espécie, raça e idade dos animais, disponibilidade e qualidade
energia para mantença e ganho em peso de caprinos nativos a pasto, no semiárido, com e
sem suplementação.
73
MATERIAL E MÉTODOS
caatinga, clima do tipo BShW, semiárido, com duas estações distintas, chuvosa e seca,
Foram utilizados 34 caprinos machos, castrados, sem raça definida (SRD), com peso
corporal médio inicial de 19,35 ± 0,35 Kg, com quatro meses de idade.
pesados, tratados contra endo e ectoparasitas, vacinados e mantidos por 15 dias em período
Após esse período, quatro animais foram abatidos e serviram de referência para
suplementação; PJ- pasto + feno de Jitirana; PM- pasto + feno de Mororó; PMPF- pasto +
50% feno de mororó + 50% palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) e PJPF – pasto
+ 50% feno de Jitirana + 50% palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.).
recolhidos para um galpão coberto provido de baias individuais de 2,0 x 1,5 m, com
comedouros, bebedouros e piso de chão batido, para receberem a suplementação com base
predominante, de acordo com Silva (2012a), foi caracterizada por vegetação tipo herbáceo
em que as espécies mais comuns eram: Olho de Santa Luzia (Commelina obliqua Vahl);
Feijãozinho (Centrosema sp).; Capim panasco (Aristida adscensionis L.); Mela bode
(Herisanthia tiubae K. Schum. Br,i); Malva Preta (Malvastrum sp.); Marmelada (Cosmus
bode (Cyperus uncilanatus Mart et Scharad). Também, por vegetação do estrato arbustivo:
Jurema de imbira (Piptadenia sp.); Capa bode (Sida cf. cordifolia L.); Maniçoba (Manihot
pseudoglaziovii); Cambará (Lantana camara L.); Jurema preta (Mimosa hostilis Benth);
Quebra faca (Croton urticaefoluis Lam.); Feijão bravo (Capparis flexuosa L.); Alecrim do
A composição da amostra da dieta referente ao pasto foi obtida pela coleta de extrusa,
dividida entre os turnos da manhã (8h) e tarde (14h), em dias alternados, utilizando-se seis
caprinos SRD, adultos, fistulados no rúmen, com PC médio de 25 kg, durante cinco
Para coleta da extrusa todo o conteúdo ruminal foi removido e armazenado em baldes,
devidamente identificados por animal (para serem devolvidos ao rúmen após coleta). Em
seguida, os animais eram soltos na área experimental por 40 minutos. Após este período,
mororó, palma miúda (Nopalea cochenillifera (L.) S.D.) e da extrusa representando o pasto)
(-10ºC) para avaliação química dos ingredientes das dietas (Tabela 1).
de aproximadamente 72 horas. Após este processo, foram moídas em moinho tipo Willey
(LNA/UAG), para determinação dos teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB),
extrato etéreo (EE), matéria mineral (MM) e matéria orgânica (MO). Seguindo a
metodologia de Silva e Queiroz (2002), os carboidratos totais (CHT) foram estimados pelas
equações descritas por Sniffen et al. (1992): CHOT = 100 - (%PB + %EE + %MM). Para
obtenção dos carboidratos não fibrosos (CNF) foi utilizada a equação descrita por Hall
detergente ácido (FDA) segundo metodologia descrita por Van Soest et al. (1991), e
g/m2).
dias de cada subperíodo (a partir do 16º dia) e as fezes foram coletadas manualmente, direto
da ampola retal por três dias subsequentes ao fornecimento do indicador. Em seguida foram
de Minas Gerais (UFMG) para estimativas da produção fecal pelo LIPE®, por meio de
hidroxifenilpropano nas fezes, segundo Saliba (2005). Para a estimativa PMSF de cada
O CMS total foi igual à soma do consumo de pasto mais o consumo de suplemento e o
consumo dos nutrientes, que foram estimados através da determinação da sua concentração
O consumo dos nutrientes digestíveis totais (NDT) foi calculado através da fórmula de
obtenção do peso final e, em seguida, foram submetidos a jejum de sólidos por 18 horas,
região atlanto-occipital seguido de sangria, das artérias carótidas e veias jugulares. Foi
pesado todo sangue e retiradas amostras imediatamente após o abate, sendo acondicionadas
trato gastrintestinal foi pesado vazio para determinação do peso do corpo vazio (PCV).
foi obtida pela soma dos pesos do trato gastrintestinal vazio acrescido aos pesos dos órgãos
e das demais partes do corpo (carcaça, cabeça, pele, cauda, pés e sangue).
O PCV dos animais pertencentes ao grupo referência foi utilizado para a estimativa do
componentes - carcaça e não carcaça -, onde foi retirada uma alíquota de 10% de cada
componente formando uma amostra composta, momento em que foram retiradas amostras
105ºC, por um período médio de 72 horas, para determinação do teor de matéria seca
gordurosa (MSG). As amostras foram desengorduradas, por lavagens sucessivas com éter de
determinações de matéria seca, nitrogênio total, extrato etéreo conforme Silva e Queiroz
MSG e a MSPD e adicionada aos resultados obtidos para o extrato etéreo residual na
estimativa do CCE foi realizada, conforme a equação: CCE Mcal = 5,6405 (CCP, kg) +
9,3929 (CCG, kg) preconizada pelo ARC (1980), considerando assim os respectivos
equivalentes calóricos.
tratamentos em conjunto foram estimados por meio de equações não lineares dos conteúdos
a seguinte equação:
CE = β0 × PCV β1
79
Onde:
β0 e β1 - Parâmetros da regressão
energia por quilo de ganho de peso de corpo vazio foram estimados pela derivada da
1-1
ELg = β0 * β1 * PCV β
Onde,
animais mantidos no experimento, dentro de cada tratamento, que foram, então, utilizadas
para conversão das exigências para ganho de PCV em exigências para ganho de PC.
comparações entre as equações de regressão dos parâmetros avaliados para cada tratamento
foram realizadas, de acordo com a metodologia recomendada por Regazzi (1996), para
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não houve diferença em relação ao peso corporal final (PC final), peso corporal ao
abate (PCA), peso do corpo vazio (PCV) e ganho médio diário (GMD). Entretanto, houve
diferença entre os tratamentos com relação ao consumo de matéria seca (CMS), consumo de
proteína bruta (CPB) e a composição corporal para água e gordura (Tabela 2).
O consumo de matéria seca dos animais a pasto sem suplementação foi menor em
comparação aos animais que receberam suplementos. Observou-se que quando os animais
foram suplementados com feno de Mororó e Jitirana, associados à palma forrageira, houve
maior ingestão de matéria seca, com valores de 802,01 e 825,93 g/dia e 89,21 e 90,86 g/kg
0,75
PCV /dia, respectivamente. A palma forrageira por apresentar boa palatabilidade e
Os resultados observados para CMS (% PC) foram próximos aos verificados por
Carvalho Júnior et al. (2011), ao trabalharem com níveis de suplementação de 0; 0,5; 1,0; e
Resultados inferiores para CMS (%PC) foram encontrados por Silva (2012), ao
avaliar níveis de suplementação (0; 0,4; 0,8 e 1,2 % do PC) para caprinos mestiços da raça
Anglonubiana) com peso corporal médio 18 ± 2,5 kg, apresentando média de 1,66; 2,06;
O consumo total de MS, expresso em g/kg UTM/dia teve influência dos níveis de
0,75
suplementação, o valor médio do consumo de forragem foi de 89,44 g/kg de PV /dia que
digestibilidade, com valores abaixo de 60%, o que poderia ter regulado o consumo pelo
enchimento do rúmen (VAN SOEST, 1965). Segundo Forbes (1995), existe uma interação
com concentrado com níveis 0 a 1,5% do peso corporal, obtiveram CMS de 50,43 a 79,66
Não houve diferença com relação ao consumo de energia metabolizável (CEM kcal/kg
0,75
PCV /dia), embora as perdas por calor e energia retida tenham diferido entre os
tratamentos.
intervalos de pesos, com relação ao peso corporal ao abate (PCA), foi de PCV = 2,1945 +
O PCV estimado a partir desta equação para um animal com 30 kg de PC foi de 22,37
kg, próximo a 23,97 kg de PCV encontrado por Nóbrega et al. (2008), para caprinos F1(
O PCV estimado a partir desta equação para um animal com 25 kg de PC foi de 19,00
kg, menor que 21,60 kg de PCV encontrado por Alves et al. (2008a), para caprinos Moxotó
rendimento de corpo vazio em relação ao peso corporal ao abate (peso do animal em jejum)
Provavelmente este efeito pode ser resultado do maior enchimento provocado pela ingestão
do pasto, uma vez que, geralmente, o animal, em confinamento, tem uma maior proporção
Com base nas equações não lineares em função do peso de corpo vazio
Palma.
De acordo com a equação conjunta, visto que, não houve diferença significativa entre
54,84 Mcal/kg PCV, à medida que o peso corporal dos animais aumentou de 15 para 30 kg
PC. Valores inferiores aos obtidos por Alves et al., 2008b, avaliando caprinos inteiros
foi de 1,90 a 2,34 Mcal/kg PCV. Evidenciando dessa forma, que caprinos a pasto utilizam
85
animais, sendo esses considerados animais seletivos, executam longas caminhadas pela
Fernandes et al. (2006), ao utilizarem cabritos inteiros ¾ Boer e ¼ Saanen dos 20 aos
Mcal/kg PCV.
Estas ocorrências de variação nos conteúdos corporais podem ser justificadas pelo fato
de que, o genótipo exerce influência sobre a composição corporal dos animais. Portanto,
Ferrell e Jenkins (1998) afirmam que as diferenças encontradas entre grupos genéticos
podem ser explicadas pelos elevados custos de mantença de animais com padrão genético
que apresentam alta velocidade de crescimento dos tecidos corporais, maior tamanho a
PCV (Tabela 3), obtiveram-se as equações de predição dos conteúdos de energia por kg de
ganho do peso do corpo vazio, ou seja, as exigências líquidas de energia por quilo de ganho
a 30 kg de PC (Tabela 6).
e aos tratamentos em conjunto. Este comportamento pode ser justificado pelo fato de existir
uma relação direta entre aumento de peso e deposição de gordura corporal, ou seja, à
87
250,53 Mcal/kg GPC, respectivamente. Valores próximos aos encontrados por Fernandes et
metabolizável recomendada pelo AFRC (1993) para ganho, ou seja, k f = 0,78 *qm + 0,006,
CONCLUSÕES
A exigência energética líquida para ganho em peso eleva-se com o aumento do PC. Os
exigências líquidas de energia para ganho de 50 e 100 g/dia é de 123,63 a 125,26 e 247,26 a
250,53 Mcal/kg ganho PC, para animais pesando entre 15 a 30 kg PC. Recomenda-se o uso
0,0219
da equação conjunta ELg = 2,3405 * PCV para predizer os requerimentos líquidos de
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
estimativas nutricionais que tem por objetivo resumir o conhecimento gerado em condições
ambientais e com padrão genético predominante no Brasil, na área de nutrição, bem como e
avaliação de alimentos e exigências nutricionais pode ter grande impacto, visto que, um
nutricional adequado.
utilizados.