Direitos Fundamentais
Direitos Fundamentais
Direitos Fundamentais
Direitos Fundamentais
O Brasil é um Estado Democrático de Direito, onde a soberania popular é exercida por meio de
eleições periódicas. Além disso, a Constituição de 1988protege os direitos fundamentais, e
compreender esses direitos é essencial para uma boa gestão pública
Podemos falar em três gerações de direitos fundamentais que surgiram ao longo do tempo:
Por exemplo, se o direito de propriedade fosse absoluto, como ficaria a proteção do meio
ambiente? Ou no caso da liberdade de expressão, que frequentemente entra em conflito com
outros direitos, como ficaria a proteção da intimidade?
As leis ambientais são um exemplo de como os direitos fundamentais podem ser
restringidos. Elas impõem restrições ao direito de propriedade para proteger o meio ambiente.
O Código Florestal (Lei n° 12.651) é um conjunto de regras que visa à proteção das florestas
e restringe o uso da propriedade.
No entanto, o legislador não consegue prever todos os possíveis conflitos entre direitos
fundamentais. Assim, muitas vezes, no caso concreto, é necessário que o Judiciário resolva
essas colisões, restringindo um direito em prol de outro, buscando um equilíbrio. Um
exemplo famoso é o caso Ellwanger, julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse
julgamento, o Tribunal entendeu que a liberdade de expressão, apesar de ser um direito
fundamental importantíssimo, não é um direito absoluto. Dessa maneira, ela não protege o
discurso de ódio, o racismo nem a publicação de livros antissemitas.
Um princípio de interpretação constitucional que norteia o intérprete diante desses casos
difíceis de conflitos entre direitos e normas constitucionais é o princípio da concordância
prática. Esse princípio recomenda que o aplicador das normas constitucionais, ao se deparar
com situações de concorrência entre bens constitucionalmente protegidos, adote a solução
que otimize a realização de todos eles, mas ao mesmo tempo não acarrete a negação de
nenhum.
Um exemplo prático desse princípio ocorreu no julgamento do Habeas Corpus
80.240 pelo Supremo Tribunal Federal. Tratava-se do caso de um líder indígena intimado
para depor em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Diante das normas
constitucionais que garantem os poderes da CPI e os direitos dos indígenas à sua cultura, o
Tribunal decidiu que o depoimento poderia ser feito, mas apenas no interior das terras
indígenas e na presença de antropólogo e de representante da FUNAI.
Em resumo, considerando a relatividade dos direitos fundamentais e os seus possíveis
conflitos em um caso concreto, deve-se buscar sempre uma solução que leve ao equilíbrio
entre eles.
- A inalienabilidade refere-se a direitos que não possuem conteúdo econômico e não
podem ser negociados ou transferidos. Segundo a ordem constitucional, esses direitos
não podem ser desfeitos, pois são indisponíveis.
- A imprescritibilidade dos direitos fundamentais significa que eles não se extinguem
pelo decurso do tempo, e o seu exercício não está sujeito a qualquer prazo. Em outras
palavras, esses direitos não podem ser perdidos ou anulados devido à passagem do
tempo.
- A irrenunciabilidade dos direitos fundamentais implica que não é possível renunciar
a esses direitos. Embora o titular do direito possa optar por não o exercer, essa escolha
não implica a renúncia permanente ao direito em si.
- Quanto à aplicabilidade imediata, a Constituição Federal, no artigo 5º, §1º,
estabelece que as normas definidoras dos direitos e das garantias fundamentais têm
aplicação imediata. Isso significa que esses direitos valem imediatamente e não
dependem de regulamentação legislativa para surtirem efeito. O titular dos direitos
pode invocá-los com base apenas na Constituição, sem necessidade de
regulamentação adicional.
Além disso, os direitos fundamentais não são exaustivos ou atípicos. Isso significa que um
direito não precisa estar expressamente positivado na Constituição para ser considerado
fundamental. O artigo 5º, §2º da Constituição estabelece que os direitos e garantias expressos
nela não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios adotados, bem como dos
tratados internacionais dos quais o Brasil seja parte. O principal critério para identificar um
direito fundamental fora do catálogo formal é o princípio da dignidade da pessoa humana. O
Supremo Tribunal Federal já decidiu, por exemplo, que o princípio da anterioridade
tributária, embora não esteja expressamente elencado como direito fundamental, é
considerado como tal.
A Constituição Federal do Brasil de 1988 estabelece uma série de direitos fundamentais, que
podem ser resumidos da seguinte forma:
Isso levou à noção de eficácia horizontal dos direitos fundamentais, que se refere à sua
aplicação nas relações privadas. No entanto, essa ideia gera controvérsias, pois pode afetar a
liberdade individual e a espontaneidade das relações sociais.
Existem duas teorias principais sobre como aplicar os direitos fundamentais às relações
privadas:
- Teoria da eficácia indireta ou mediata: Defende que a aplicação dos direitos
fundamentais deve ser feita pelo legislador. Se uma lei de direito privado violar ou
não proteger adequadamente os direitos fundamentais, ela será considerada
inconstitucional.
- Teoria da eficácia direta ou imediata: Argumenta que os juízes devem aplicar os
direitos fundamentais diretamente, sem depender da legislação. As cláusulas gerais de
direito privado, como bons costumes e boa-fé, são vistas como a principal forma de
introduzir os direitos fundamentais na atividade jurisdicional.
Esses direitos são considerados pilares para o exercício da cidadania e são protegidos pela
Constituição, embora possam ser limitados em situações específicas para proteger outros
direitos e o interesse público.
DIREITOS SOCIAIS
Os direitos da segunda geração, também conhecidos como direitos sociais, são aqueles que
promovem a igualdade e exigem do estado ações concretas para melhorar as condições de
vida dos cidadãos. Eles surgiram como uma evolução dos direitos fundamentais, onde não
basta o estado se omitir de violar direitos; ele deve atuar ativamente para garantir e efetivar
esses direitos.
Esses direitos requerem políticas públicas e geram custos ao estado, levantando questões
sobre até que ponto pode ser exigidos judicialmente. O direito à saúde é particularmente
debatido, com a constituição estabelecendo-o como um direito universal e um dever do
estado. O supremo tribunal federal (stf) tem o papel de definir os limites da intervenção do
judiciário na aplicação desse direito, decidindo, por exemplo, que o estado não é obrigado a
fornecer medicamentos de alto custo não inclusos nas listas do sus.
O direito à moradia também é enfatizado, com os tribunais determinando que o estado deve
oferecer alternativas antes de remover famílias de áreas irregulares. Além disso, o artigo 7º da
constituição assegura direitos trabalhistas aos trabalhadores, como a irredutibilidade do
salário e o pagamento de décimo terceiro salário. Esses direitos sociais são fundamentais para
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Capítulo 2
Os Direitos Humanos, que são essenciais para a dignidade de todos os seres humanos,
independentemente de sua condição, origem, credo, raça ou orientação política.
As primeiras referências aos Direitos Humanos datam dos séculos XVII e XVIII, durante a
crise do absolutismo na Europa Ocidental. O Iluminismo materializou a noção de direitos
básicos para todos, principalmente através da Declaração de Independência dos EUA e da
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da Revolução Francesa.
Declaração de Independência dos Estados Unidos
Cada uma dessas correntes enfrenta críticas que destacam suas limitações na proteção dos
Direitos Humanos.
A evolução dos Direitos Humanos, destacando o papel das políticas dos regimes fascistas e
as reflexões da filósofa Hannah Arendt. Arendt propôs que houve uma ruptura nos Direitos
Humanos devido aos regimes totalitários e às políticas imperialistas, levando à necessidade
de reconstrução dos direitos universais. Ela enfatizou a importância de prestar atenção
àqueles que perderam seu lugar na sociedade, tornando-se apátridas ou refugiados. Arendt
defendeu que o primeiro direito a ser defendido deve ser o direito a ter direitos, e que todos
os indivíduos devem ser reconhecidos como cidadãos do mundo. Os Direitos Humanos são
progressivamente conquistados e devem ser continuamente defendidos, e que seu
estabelecimento não é definitivo e precisa ser questionado e redefinido de tempos em tempos.
Críticas ao universalismo
As críticas ao universalismo dos Direitos Humanos, argumentando que a ideia de um
conjunto de direitos básicos para todos pode ser vista como soberba e potencialmente
imperialista. Surge então o multiculturalismo, que busca ampliar a inclusão desses direitos
em todo o mundo, respeitando as diferenças culturais. O sociólogo Boaventura de Souza
Santos é destacado como um defensor do multiculturalismo, argumentando que todos têm o
direito de ser iguais quando a diferença os inferioriza, e o direito de ser diferentes quando a
igualdade os descaracteriza. Enfatiza a necessidade de diálogo intercultural (Diversidade
Intercultural) e aceitação das diferenças para garantir a efetividade dos Direitos Humanos.
Reconhece que os Direitos Humanos estão em constante debate e evolução, e elogia o esforço
da Declaração Universal e outros documentos da ONU, apesar das críticas existentes.
O multiculturalismo como uma resposta às críticas ao universalismo dos Direitos Humanos.
O sociólogo Boaventura de Souza Santos, um dos principais apoiadores do multiculturalismo,
argumenta que a universalidade dos Direitos Humanos pode impor as vontades locais ao todo
e sugere que a solução seria aceitar as diferenças existentes no mundo e mudar a qualificação
desses direitos, de universais para multiculturais.
TRANSFORMAÇÕES NO CONCEITO
O Brasil, um dos países fundadores das Nações Unidas em 1945, interrompeu a consolidação
dos Direitos Humanos durante duas décadas de regime militar. Atualmente, com os direitos
restabelecidos, o Brasil retomou o processo de consolidação dos Direitos Humanos e faz
parte do Sistema Internacional de Proteção aos Direitos Humanos e do Sistema
Interamericano de Direitos Humanos.
Nos últimos anos, o Brasil tem sido ativo na participação das Nações Unidas, retificando
tratados, acompanhando debates, integrando o Conselho de Segurança da ONU em algumas
ocasiões, e atualmente tem participação permanente na Assembleia Geral. Em 2011, a então
presidenta Dilma Rousseff foi a primeira mulher da história a abrir os debates dessa reunião.
Capítulo 3
Introdução à Sociologia
A importância e a compreensão da Sociologia como uma ciência que estuda a sociedade.
Contrariando a ideia de que a Sociologia é complexa, fala que ela é fundamental para
entender a vida em sociedade e para a formação profissional. A Sociologia pode ajudar a
entender um mundo em constante mudança, com divisões sociais, conflitos étnicos e relações
sociais fragmentadas. Ela também pode ser uma ferramenta para analisar as transformações
radicais que a tecnologia tem causado na natureza. A Sociologia oferece uma perspectiva
única para ver e pensar sobre questões como tecnologia, desigualdade e crises. Ela busca
conectar um problema a seu contexto social, focando nos aspectos sociais em vez dos
individuais. Portanto, a Sociologia é uma ciência que parte do princípio de que os problemas
são sociais, não individuais.
Uma dessas formas é o senso comum, que é um conjunto de saberes e opiniões acumulados
por uma comunidade ao longo do tempo. Este tipo de conhecimento é passado de geração em
geração e é caracterizado por ser imediato, superficial e baseado na experiência de vida.
O conhecimento científico, por outro lado, não é definitivo e está sempre aberto a novas
proposições. Ele é baseado em métodos rigorosos, como observação, pergunta, pesquisa,
hipótese, experimentação, análise de dados e conclusão. Afirma que o conhecimento
científico, devido ao seu rigor, verificabilidade e possibilidade de crítica e questionamento,
deve acompanhar nossa formação acadêmica. Ele também apresenta uma tabela comparativa
entre o senso comum e o conhecimento científico.
SOCIOLOGIA É CIÊNCIA?
A Sociologia se esforça para construir suas análises sem a interferência de preconceitos e pré-
julgamentos morais, baseando-se em teorias, hipóteses e experimentações para fundamentar
seus argumentos. A Sociologia rejeita formas de argumentação comuns no senso comum,
como “Eu acho que…” ou “Na minha opinião…”.
Como a Sociologia pode fornecer uma resposta mais fundamentada para questões sociais,
como a desigualdade social, em comparação com o senso comum. Ele menciona um estudo
sobre a mobilização das prostitutas no Rio de Janeiro para o reconhecimento de uma
identidade profissional.
A origem da Sociologia, destacando que, embora seja uma ciência relativamente nova que se
consolidou no século XIX, a busca por entender as sociedades é muito mais antiga. Menciona
o desejo dos sofistas na Grécia Antiga de entender os fenômenos sociais. Embora os gregos
não tenham criado a Sociologia, seu pensamento crítico filosófico foi crucial para romper
com explicações místicas sobre a sociedade e impulsionar o desenvolvimento da ciência.
O período da Idade Média, quando as explicações sobre os fenômenos sociais e naturais eram
dominadas pela religião. Durante esse tempo, tentativas de explicações mais racionais sobre a
sociedade foram perseguidas e suprimidas.
A partir do século XV, o predomínio dos princípios religiosos começou a ser desfeito,
iniciando uma renovação cultural conhecida como Renascimento. Os renascentistas
rejeitaram as explicações da Igreja Católica e questionaram estruturas, valores e afirmações
místicas ou teológicas. O movimento renascentista, que floresceu em muitas partes da
Europa, foi crucial para o surgimento futuro da Sociologia.
O ILUMINISMO E A SOCIOLOGIA
Apesar do avanço da ciência, ela não se tornou a única forma de explicar e entender o mundo,
especialmente no aspecto social. Muitas pessoas ainda mantiveram explicações baseadas na
tradição, mitos antigos ou religião. No entanto, com o Renascimento, a ciência começou a ser
valorizada e abriu-se espaço para romper com uma única forma de conhecimento e
explicação para os fenômenos.
Esse processo continuou no século seguinte, durante o Iluminismo, período em que a ciência
e a racionalidade foram valorizadas no entendimento da vida social. Nesse momento, houve
um combate ao absolutismo e à ideia de que os monarcas e a realeza eram escolhidos
divinamente.
A ciência se apresentava como uma forma de conhecimento e pensamento que se opunha a
essas ideias. Reflexões importantes sobre a estrutura social da época foram produzidas por
autores como Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu.
um novo marco para o desenvolvimento da Sociologia surgiu na França, inspirado nas ideias
dos pensadores iluministas. A Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799, foi um
ciclo revolucionário motivado pela crise que o país enfrentava na época. Além disso, a
Revolução Francesa trouxe uma nova forma de pensar o Estado e o governo, alterando a
lógica social e governamental.
A Sociologia não surgiu de repente, mas teve origem em uma série de acontecimentos e
movimentos que se desenvolveram a partir do século XV, quando ocorreram grandes
mudanças decorrentes da transformação da sociedade. Essas transformações, que incluem a
expansão marítima, as reformas protestantes, a formação dos Estados nacionais e o
desenvolvimento científico e tecnológico, são consideradas alicerces para a alteração nas
formas de explicar a natureza e a sociedade.
Todas essas mudanças econômicas devem ser analisadas em conjunto com outras
transformações políticas, culturais e científicas. Essas mudanças, juntas, formaram a base
para o surgimento de um novo sistema: o capitalismo, que desde o século XVIII até os dias
atuais, constitui a base dominante da vida em sociedade. Dentro desse contexto de
transformações promovidas pelo capitalismo, a Sociologia emergiu como uma instituição.
A Sociologia surgiu como uma ferramenta para ajudar a interpretar esse novo mundo,
permitindo investigar e refletir sobre os novos problemas sociais oriundos da industrialização.
A Sociologia começou a se apresentar como uma ciência capaz de dar respostas mais
elaboradas sobre os novos problemas sociais que emergiam.
Os objetivos de um material didático que visa fornecem a base teórica e metodológica das
principais teorias sociológicas. Ele apresenta temas, escolas de pensamento sociológico e
suas principais referências e influências, além de evidenciar as múltiplas abordagens
possíveis pela Sociologia e suas metodologias.
ESCOLAS PIONEIRAS
Positivista
- Auguste Comte: Comte, que criou o termo “Sociologia”, propôs uma síntese da
produção científica baseada no conhecimento acumulado de ciências como
Matemática, Física e Biologia. Ele defendia que a Sociologia deveria adotar os
métodos dessas ciências. Comte via a sociedade como adoecida, em estado de caos e
desordem, e acreditava na superioridade da ciência para explicar os fenômenos. Ele
defendia que a ciência deveria ser usada para organizar a ordem social, instaurando a
disciplina e a ordem.
- Emile Durkheim: Durkheim, outro fundador da Sociologia, também surgiu da escola
francesa de pensamento positivista. Foi através dele que a Sociologia adquiriu
métodos próprios, como o funcionalismo, e ganhou status de ciência. Durkheim
propôs regras de observação e procedimentos de investigação que permitissem à
Sociologia estudar os acontecimentos sociais de maneira semelhante a outras ciências,
como a Biologia. Ele defendia que os problemas da sociedade moderna estavam
conectados aos problemas de ordem social.
- Surgimento da Sociologia: A Sociologia surgiu no século XVIII, com a Revolução
Industrial e Francesa, que mudaram o mundo. Com a Revolução Industrial, surgiram
os proletários, trabalhadores das indústrias, que necessitavam que esposas e filhos
trabalhassem para sobreviver. A Revolução Francesa mudou a estrutura social da
época. Durkheim e Comte começaram a repensar os aspectos da sociedade,
diferenciando do senso comum. Para formar os ideais base da Sociologia, os dois
juntaram seus estudos e pensamentos.
- Importância das Revoluções: As revoluções foram importantes para a evolução
social, apesar do sofrimento envolvido. A sociedade estava mudando, e mudaria
muito mais.
Sociologia compreensiva
Escola americana
Uma escola bastante influenciada pelas produções francesa e alemã foi a dos Estados Unidos
da América, em que vários pensadores seguiram algumas vertentes desses pensamentos
sociológicos.
A Sociologia do século XX
No entanto, todos os debates ainda partem do conhecimento e das influências dos principais
autores da formação da Sociologia. Após estudar um pouco sobre as escolas de pensamento
sociológicas pioneiras e suas principais referências,
E o Brasil?
A história da Sociologia brasileira teve início a partir da década de 1930, quando as primeiras
obras que apontavam algum interesse na compreensão da sociedade brasileira quanto à sua
formação e estrutura foram desenvolvidas. A produção sociológica brasileira, contendo um
caráter mais investigativo e explicativo, nasce com movimentos que estimulavam uma
postura mais crítica sobre o que acontecia na sociedade brasileira neste momento.
Pensadores e intelectuais brasileiros como Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior, Sérgio
Buarque de Holanda, Fernando de Azevedo, Nelson Werneck Sodré, Raymundo Faoro, entre
outros, contribuíram para a constituição de uma Sociologia brasileira, mesmo que bastante
influenciada por teorias sociológicas importadas.
Na década seguinte, uma nova geração de sociólogos inaugurou, no país, estilos mais
independentes de fazer Sociologia. Surgiram, naquele momento, diferentes escolas de
Sociologia em São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte. Foi um período
extremamente fértil para o desenvolvimento do pensamento sociológico brasileiro e momento
em que autores, como Oliveira Viana, Florestan Fernandes e Guerreiro Ramos, despontavam
no cenário nacional.