Resumo Usinagem P2 Part.1
Resumo Usinagem P2 Part.1
Resumo Usinagem P2 Part.1
Usinabilidade é a facilidade com que um material pode ser usinado. Fatores que a influenciam
incluem propriedades físicas e mecânicas do material, composição química, estrutura
microscópica, condições de corte, forma e geometria da peça, e ferramentas de corte.
O titânio e suas ligas são difíceis de usinar devido à baixa condutividade térmica, alta reatividade
química, aderência à ferramenta e microestrutura complexa.
Para melhorar a usinabilidade, pode-se considerar melhorias na peça (seleção de liga, tratamentos
térmicos), ferramenta (geometria, materiais, refrigeração) e processo (velocidade de corte,
avanço, lubrificação, técnicas suaves).
12) Como o material da peça usinada pode influenciar a temperatura na região de corte?
O material da peça usinada influencia a temperatura na região de corte através de propriedades
como condutividade térmica, temperatura de fusão e propriedades termofísicas. Materiais com alta
condutividade térmica dissipam o calor de forma mais eficiente, enquanto materiais com baixa
condutividade térmica retêm mais calor. Outras propriedades, como capacidade calorífica e
coeficiente de dilatação térmica, também têm um papel na temperatura na região de corte.
13) Sabe-se que mais de 90% do trabalho mecânico na usinagem se converte em calor.
Assim, quais seriam estas fontes de calor?
As fontes de calor na usinagem são a deformação plástica, a fricção e a aresta de corte. Essas fontes
de calor resultam da dissipação de energia durante o processo de corte.
14) Quais as consequências que o calor gerado pode ter sobre a máquina, a ferramenta de
corte e a peça usinada?
O calor gerado durante a usinagem pode causar deformação estrutural na máquina, desgaste
prematuro de componentes, desgaste acelerado da ferramenta de corte, degradação da aresta de
corte, deformação térmica da peça e alterações na integridade da superfície da peça.
As funções do fluido de corte incluem lubrificação, refrigeração, limpeza, proteção contra corrosão,
melhoria da precisão dimensional e melhoria do acabamento superficial das peças usinadas.
18) Explique o que é usinagem com MQF (mínima quantidade de fluido). Quais as
razões e vantagens de sua utilização?
A usinagem com MQF (Mínima Quantidade de Fluido) é um método que utiliza uma
quantidade mínima de fluido de corte durante a usinagem. Suas razões e vantagens
incluem a redução do consumo de fluido, melhoria da sustentabilidade ambiental,
melhoria da saúde e segurança do operador, melhoria da qualidade da superfície
usinada, aumento da vida útil da ferramenta de corte e aumento da eficiência de
usinagem.
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19) Por que é recomendada a usinagem a seco ao se utilizar ferramentas de corte de
cerâmica?
20) Quais os requisitos para que um fluido de corte seja um bom refrigerante? E para
que seja um bom lubrificante?
Um bom fluido de corte refrigerante deve ter capacidade de remover calor, boa
condutividade térmica e estabilidade térmica. Já um bom fluido de corte lubrificante
deve ter baixo coeficiente de atrito, propriedades antiadesivas e propriedades de redução
de desgaste. É importante que um fluido de corte atenda a ambos os requisitos de forma
equilibrada e que seja selecionado de acordo com o processo de usinagem e o tipo de
material utilizado.
25) Dentre as falhas que podem levar ao fim de vida uma ferramenta P20 torneando
um eixo de aço ABNT 1045 sem tratamento térmico (dureza < 45HRC) com
velocidade de corte vc = 350 m/min estão os desgastes de flanco e de cratera.
a) em qual local na ferramente de corte ocorrem esses desgastes?
b) quais são os seus mecanismos causadores?
c) de que modo estes desgastes afetam a qualidade da peça usinada?
d) o que pode ser feito para diminuir estes problemas?
Desgastes de flanco e cratera em uma ferramenta P20 torneando um eixo de aço ABNT 1045 sem
tratamento térmico:
a) Desgastes ocorrem no flanco e na região da ponta da ferramenta.
b) Desgaste de flanco é causado pelo atrito entre a ferramenta e o material usinado, enquanto o
desgaste de cratera ocorre devido à alta pressão e temperatura na região de corte.
c) Esses desgastes afetam a qualidade da peça usinada, aumentando a força de corte, deteriorando
o acabamento superficial, perdendo a precisão dimensional e aumentando o risco de falhas no
processo de usinagem.
d) Para diminuir esses problemas, pode-se utilizar geometria adequada da ferramenta, materiais
mais resistentes ao desgaste, lubrificação adequada, controle dos parâmetros de corte, inspeções
regulares da ferramenta e tratamento térmico no material usinado, quando possível.
29) Explique a formação das trincas de origem térmica e mecância. O que pode ser feito
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para evitar cada uma delas?
As trincas de origem térmica e mecânica são falhas comuns que podem ocorrer durante
a usinagem. Formação das trincas e medidas preventivas:
Trincas de origem térmica: Causadas pelo calor excessivo gerado durante a usinagem.
Evitar com velocidades de corte adequadas, sistemas de refrigeração eficientes,
ferramentas com revestimentos resistentes ao calor e seleção adequada de materiais.
Trincas de origem mecânica: Causadas por tensões mecânicas excessivas na ferramenta
de corte. Evitar com ferramentas de alta resistência, geometrias apropriadas, fixação
adequada da peça e estratégias de corte adequadas.
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a) A norma ISO 3685 estabelece critérios para determinar o fim da vida útil das ferramentas de
corte em operações de desbaste, considerando diferentes tipos de materiais:
Para ferramentas de metal duro, o desgaste de flanco (VB) igual ou superior a 0,3 mm ou o
desgaste de cratera (KB) igual ou superior a 0,4 mm indicam o fim da vida útil.
Para ferramentas de aço rápido, o desgaste de flanco (VB) igual ou superior a 0,2 mm ou o
desgaste de cratera (KB) igual ou superior a 0,3 mm são os critérios.
Para ferramentas de cerâmica, o desgaste de flanco (VB) igual ou superior a 0,15 mm ou o
desgaste de cratera (KB) igual ou superior a 0,2 mm são considerados indicativos de fim de
vida.
b) Em operações de desbaste, os critérios para o fim da vida útil das ferramentas de corte
geralmente levam em conta o desgaste de flanco (VB) ou o desgaste de cratera (KB). Esses
critérios variam dependendo do tipo de material da ferramenta (metal duro, aço rápido ou
cerâmica) e podem ser influenciados pelas especificações e requisitos da aplicação.
c) Em operações de acabamento, os critérios para o fim da vida útil das ferramentas de corte são
mais rigorosos devido aos requisitos de qualidade superficial. Além do desgaste de flanco e de
cratera, outros critérios podem ser considerados, como o surgimento de arestas desgastadas ou
danificadas, deterioração do acabamento superficial da peça e variação dimensional fora das
tolerâncias permitidas.
36) O que é feito na prática para ajudar o operador a definir o fim da vida da ferramenta
de corte? É mais fácil para o operador definir o fim da vida para ferramentas de desbaste
ou acabamento? Qual dessas ferramentas tem uma vida maior e por quê?