Aula 07 - Bauman E A Modernidade Liíquida: Aprofundamento

AULA 07 – BAUMAN E A MODERNIDADE LIÍQUIDA
APROFUNDAMENTO
A PÓS-
MODERNIDADE
CONCEITUAÇÃO:
QUEM SOMOS?
PARA ONDE VAMOS?
2
MOVE
HTTP://VIMEO.COM/27246366
3 caras, 44 dias, 11 países, 18 voos, 38

mil milhas, um vulcão em erupção, 2
câmeras, 1 terabyte de gravação…
1 minuto
 Ser leve e líquido, fluido, dinâmico, móvel, inconstante...
 Sólidos fixam o espaço, suprimem o tempo
 Líquidos ocupam o espaço por um momento, para eles o tempo é o
que importa
 Desacoplamento das noções de espaço e tempo

 Modernos meios de transporte, tecnologia, redes: mobilidade
 Alongamento do espaço que se pode atravessar em uma unidade de
tempo
 Velocidade, aceleração, variabilidade da relação espaço/tempo
LEVE E LÍQUIDO  O tempo de movimento é instantâneo e o poder é extraterritorial
“O tempo adquire história uma vez que o movimento através do espaço

[...] se torna questão do engenho, da imaginação e da capacidade
humanas”
“Graças à sua flexibilidade e expansividade recentemente adquiridas, o

tempo moderno se tornou, antes e acima de tudo, a arma de conquista
do espaço” (BAUMAN, 2001, p. 16)
“Essa sociedade moderna tem como ícones principais a
produção e o consumo, não como meios, mas como
finalidades a serem atingidas.
É uma nova geração...
Que parece desfilar em uma “pista de dança”...
O individualismo (satisfação dos desejos pessoais) tem
uma posição peculiar dentro do sistema em que se
encontra inserido, qual seja, o do consumo desenfreado,
não apenas como satisfação de seu querer, mas, também,
para a construção de uma imagem social...”
BAUMAN
Valores da Modernidade Valores da Pós-modernidade
O absoluto O relativo
A unidade A diversidade
O objetivo O subjetivo
CONTRASTE O esforço O prazer
O passado/futuro O presente
(trajetória)
A razão O sentimento
A ética A estética
6
- “A pós-modernidade traz o
descentramento do homem,
do sujeito, traz identidades
híbridas, locais e globais,
efêmeras sobre tudo. É a
cultura do efêmero, da
destruição criativa, do “tudo
que é sólido se desfaz no
ar.... Há aqui uma crise do
sujeito.”
7
 “a chamada "pós-modernidade" aparece como uma espécie de Renascimento
dos ideais banidos e cassados por nossa modernidade racionalizadora. Esta
modernidade teria terminado a partir do momento em que não podemos mais
falar da história como algo de unitário e quando morre o mito do Progresso. É a
emergência desses ideais que seria responsável por toda uma onda de
comportamentos e de atitudes irracionais e desencantados em relação à política
SOBRE O FIM DA e pelo crescimento do ceticismo face aos valores fundamentais da modernidade.
Estaríamos dando Adeus à modernidade, à Razão (Feyerabend) Quem acredita
ainda que "todo real é racional e que todo real é racional"(Hegel)? Que
MODERNIDADE esperança podemos depositar no projeto da Razão emancipada, quando

sabemos que se financeiro submetido ao jogo cego do mercado? Como pode o
homem ser feliz no interior da lógica do sistema, onde só tem valor o que
funciona segundo previsões, onde seus desejos, suas paixões, necessidades e
aspirações passam a ser racionalmente administrados e manipulados pela
lógica da eficácia econômica que o reduz ao papel de simples consumidor”.
 VATTINO, V. O fim da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001
8
VIVEMOS NA
“ (...)cultura dominada por imagens, onde a
SOCIEDADE DA mídia tem um papel fundamental na
IMAGEM produção de narrativas que criam um
universo de ilusão. O "espetáculo" midiático
atinge as diversas esferas sociais,
produzindo uma "realidade à parte" ou o
"hiper-real", (BAUDRILLARD,1997)”
9
ARCADE FIRE – MY BODY IS A CAGE
My body is a cage that keeps me I'm living in an age I'm living in an age
From dancing with the one I love Whose name I don't know That screams my
But my mind holds the key Though the fear keeps me name at night
My body is a cage that keeps me moving But when I get to the
From dancing with the one I love Still my heart beats so slow doorway
But my mind holds the key My body is a cage that keeps me There's no one in sight
I'm standing on a stage From dancing with the one I love I'm living in an age
Of fear and self-doubt But my mind holds the key That laughs when I'm
It's a hollow play You're standing next to me dancing with the one I
But they'll clap anyway My mind holds the key love
My body is a cage that keeps me My body is a, But my mind holds the
From dancing with the one I love My body is a cage key
But my mind holds the key We take what we're given You're standing next to
You're standing next to me Just because you've forgotten me
My mind holds the key That don't mean you're forgiven My mind holds the key
I'm living in an age Set my spirit free
That calls darkness light Set my spirit free
Though my language is dead Set my body free
Still the shapes fill my head Set my body free
Set my spirit free
Set my body free
 1. Impacto da mídia e da globalização
MUDANÇAS  2. Cultura da imagem e os seus valores: felicidade,

riqueza e juventude
SOCIOLÓGICAS  3. A aceleração da história: conflito entre gerações
DE NOSSO  4. Alienação e passividade
TEMPO  5. Consumismo como fonte de valoração

 6. Incerteza social e econômica
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AS DOENÇAS DA PÓS - MODERNIDADE
 A doença da era moderna era a histeria, onde ocorria a

teatralização do sujeito incapaz de suportar tanta repressão,
originada no conflito endopsíquico. Freud funda a psicanálise
graças às histéricas que lhe insinuam um gozo impossível. O mal-
estar da cultura pós-moderna é mais complexo, os sintomas
subjetivos se pulverizaram no disfarce coletivo, parecendo que
“estamos todos bem”, tal como auto-enganava o personagem de
Marcelo Mastroianni, no filme italiano de mesmo nome. O mal-estar
pós-moderno é visível e trivial, expressado na linguagem do
cotidiano do trabalho compulsivo, muitas vezes vendido como se
fosse “lazer” ou “ócio criativo”, que gera stress, a perversão, a
depressão, a obesidade, o tédio.
12
AS MUDANÇAS a fragmentação das linguagens,
ENCONTRADAS
NO COTIDIANO E
NA CULTURA SÃO
TAMBÉM do sujeito
ENCONTRADAS
NAS PESSOAS
ausência de historicidade
13
 Separação tempo-espaço é essencial para entender
a fase atual.
 EX: telefone celular – golpe de misericórdia
RELAÇÃO TEMPO simbólico na dependência em relação ao espaço.
E ESPAÇO  Pode-se estar distante e próximo ao mesmo tempo.
 Tempo é mais central que espaço.
14
AS NOVAS
NOÇÕES DO
CONSUMO
Se o consumo é um dos elementos estruturantes das

relações sociais e das identidades, não se limita
apenas ao que habitualmente denominamos como
espera do consumo.
15
“tudo que é sólido se desmancha no ar”....
CRISE DO
SUJEITO?
“a cultura pós-moderna é descentrada e heteróclita,
materialista, pornô e discreta, renovadora e retro,
consumista e ecologista, sofisticada e
espontânea, espetacular e criativa. Ao diversificar
as possibilidades de eleger, ao anular os pontos
de referência, ao destruir os sentidos únicos e os
valores superiores da modernidade, coloca em
marcha uma cultura personalizada ou feita sob
medida...”
16

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 Desacoplamento das noções de espaço e tempo

LEVE E LÍQUIDO  O tempo de movimento é instantâneo e o poder é extraterritorial

“O tempo adquire história uma vez que o movimento através do espaço

“Graças à sua flexibilidade e expansividade recentemente adquiridas, o

MODERNIDADE esperança podemos depositar no projeto da Razão emancipada, quando

 VATTINO, V. O fim da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2001

MUDANÇAS  2. Cultura da imagem e os seus valores: felicidade,

TEMPO  5. Consumismo como fonte de valoração

 A doença da era moderna era a histeria, onde ocorria a

 EX: telefone celular – golpe de misericórdia

RELAÇÃO TEMPO simbólico na dependência em relação ao espaço.

E ESPAÇO  Pode-se estar distante e próximo ao mesmo tempo.

 Tempo é mais central que espaço.

Se o consumo é um dos elementos estruturantes das

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