E-Book Oficial Sabrina Andrade-Escs
E-Book Oficial Sabrina Andrade-Escs
E-Book Oficial Sabrina Andrade-Escs
1ª edição
Brasília
2023
AVISO DE DIREITOS AUTORAIS
Elaboração
À minha orientadora, Profa. Drª. Manuela, que me conduziu nesta longa jornada de
conhecimento e aprendizagem, pelos ensinamentos, confiança, amizade, dedicação
e competência. Meu grande respeito e admiração por você!
Ao Hospital Regional da Asa Norte que sempre apoiou meus projetos, sonhos e
pesquisa.
Aos meus amigos que me acompanharam ao longo desses anos, me deram forças,
riram e choraram comigo fazendo parte desse capítulo da minha vida.
BC Cloreto de benzetônio
PP Posicionamento em pronação
10
1. INTRODUÇÃO
Lesão por pressão (LP) é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles
subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de
dispositivo médico ou a outro objeto. A lesão pode se apresentar aberta e/ou ulcerada,
dolorosa e também com a pele íntegra (NPUAP, 2016).
A LP é ocasionada pela combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos, onde
os intrínsecos estão associados à idade avançada, desnutrição, doença de base,
sensibilidade reduzida, uso de medicamentos, como o uso de sedativos, entre outros;
enquanto os extrínsecos são os fatores de risco evitáveis, tais como pressão, atrito,
cisalhamento e microclima (Figura 1) (EPUAP/NPIAP/PPPIA, 2019).
Nota-se quanto menor a área do corpo pressionada, maior a intensidade da
pressão, neste grupo estão os pacientes com alterações na percepção sensorial,
indivíduos com paraplegia, coma, os submetidos à cirurgia de grande porte, pós
trauma sedados, restrição mecânica com aparelhos gessados ou trações ortopédicas
(DUARTE et al., 2019).
Fatores intrínsecos
Fatores extrínsecos ● Imobilidade
● Pressão ● Doenças
● Fricção e Neurológicas
Fatores que causam a
Cisalhamento ● Déficit nutricional
lesão por pressão
● Calor ● Incontinência Fecal
● Lesão por Trauma e Urinária
● Postura ● Perfusão tecidual
reduzida
11
A ocorrência da lesão varia de acordo com a intensidade, duração e tolerância da
pele e de estruturas subjacentes para suportá-la. Quando a pressão sanguínea diminui
(desidratação, enfermidade cardiovascular, sepse) pode ocorrer uma compressão
capilar exagerada que impede o suprimento de fluxo sanguíneo ocorrendo a isquemia,
hipóxia, acidose tissular, edema e necrose celular (DUARTE et al., 2019).
Outros fatores que contribuem para o aparecimento da LP é quando o
suprimento sanguíneo cutâneo é reduzido pelo aumento da pressão externa sobre a
pressão capilar (normal capilar arterial 32mmHg e venoso 12mmHg) (Figura 2). Isso
depende da natureza dos próprios tecidos e da habilidade da pele e das estruturas
de suporte (vasos sanguíneos, colágeno, fluido intersticial) em redistribuir a pressão
aplicada na superfície do tecido. O tecido muscular é o mais sensível à pressão e a
isquemia (SNACHES et al., 2018).
CAPILARES
OSSO OSSO
CAPILARES
PELE
PELE
SUPERFÍCIE DA CAMA
12
A LP apresenta-se como pele intacta ou aberta como resultado de pressão
intensa e ou prolongada em combinação com o cisalhamento. O cisalhamento é
causado pela interação da gravidade com a fricção, exercendo forças paralelas na
pele (Figuras 3 e 4). É o que ocorre quando a cabeceira da cama é elevada acima de
30°, na qual o esqueleto tende a escorregar, obedecendo a força da gravidade, mas a
pele permanece no lugar (SNACHES et al., 2018).
Figura 3: Ação das forças de pressão, fricção e cisalhamento que potencializam o aparecimento da
Lesão por Pressão
Fonte: https://www.mdsaude.com/dermatologia/escaras/
13
A fricção é criada pela força de duas superfícies, movendo-se uma sobre a
outra, provocando a remoção das células epiteliais e causando abrasões e lesões
semelhantes a queimaduras de segundo grau. Exemplo, é o fato de arrastar o paciente
no leito ao invés de levantá-lo (CAVALCANTI; KAMADA, 2022).
14
Dessa maneira, torna-se necessário que a equipe de enfermagem inspecione
diariamente a pele dos pacientes, avalie o risco para o desenvolvimento dessas
lesões e implemente intervenções preventivas e/ou de tratamento (SNACHES et al.,
2018). Esses profissionais possuem papel fundamental na prevenção e redução dos
riscos de desenvolvimento da LP, pois exercem uma assistência direta e contínua em
pacientes com risco (TEIXEIRA et al., 2022).
Torna-se relevante destacar o papel do Enfermeiro no cuidado ao paciente,
de risco ou com LP, sendo esse profissional habilitado a traçar um plano de cuidado
para prevenção e tratamento. Considera-se, no entanto, que o Enfermeiro deve ser
imbuído de autonomia em sua atuação visando o bem-estar e o bom tratamento do
paciente, respaldado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). A Resolução
COFEN n. 567/2018, que normatiza a atuação da equipe de Enfermagem e trata das
competências da equipe relacionada ao cuidado e tratamento de todos os tipos de
lesões, reforça ser competência e responsabilidade do profissional de enfermagem
conduzir da melhor forma a prevenção e tratamento da LP (BRASIL, 2018).
15
2. AVALIAÇÃO DE RISCO PELA
ESCALA DE BRADEN
A Escala de Braden é um instrumento norteador mais utilizada no Brasil,
desenvolvida em 1987, por Barbara Braden e Nancy Bergstro, e validada para o Brasil
em 1999. Possui o objetivo de avaliar e medir o risco de desenvolver a LP, orienta
os profissionais de Enfermagem no planejamento da assistência de enfermagem,
gerenciamento do cuidado principalmente os que apresentam alto risco de desenvolver
a LP. A escala de Braden é constituída de seis variáveis para avaliação em seis
subescalas: Percepção Sensorial, Umidade, Atividade, Mobilidade, Nutrição, Fricção,
força e Cisalhamento (JANSEN; SILVA; MOURA, 2020).
Cada subescala é pontuada de 1 a 4, exceto a variável Fricção e Cisalhamento,
que pontua de 1 a 3. O escore total pode variar de 6 a 23 pontos, sendo os usuários
classificados da seguinte forma: risco muito alto (escores iguais ou menores a 9
pontos), risco alto (escores de 10 a 12 pontos), risco moderado (escores de 13 a
14 pontos), baixo risco (escores de 15 a 18 pontos) e sem risco (escores de 19 a 23
pontos) (SALES; WATERS, 2019).
Para a população pediátrica é utilizada a Escala de Braden Q quadro 2 e anexo
3 aplicada a crianças com idade compreendida entre os 21 dias de vida e os 18 anos.
No entanto, a população neonatal (dos 0 aos 21 dias) fica muito desprotegida no que
se refere a utilização de instrumentos para a avaliação do risco de LP, e assim a Escala
de Observação do Risco de Lesão da Pele em Neonatos (NSRAS) é direcionada
para a complexidade dos cuidados com a pele, em neonatologia. É uma população
que exige profissionais bem preparados para a identificação rápida dos problemas e
para a realização eficaz das intervenções de enfermagem relacionado com a pele,
a avaliação do risco de lesão e a identificação de produtos tóxicos que, ao serem
utilizadas diretamente na pele do recém-nascido que podem provocar descamação e/
ou queimaduras da pele (MARTINS; CURADO, 2017).
A NSRAS (Anexo 1) é constituída por seis itens: condição física geral (idade
gestacional), estado mental, mobilidade, atividade, nutrição e umidade, cada um deles
com um formato de medida ordinal com quatro pontos (1 a 4). Os escores dos itens
variam entre 6 e 24 pontos, sendo o escore mais baixo representativo de baixo risco
de lesão da pele e o escore mais alto representativo de risco elevado de lesão da pele
(MARTINS, CURADO; 2017).
A Escala de Braden deverá ser aplicada para todos os pacientes acima de 5
cinco anos (Quadro 1) (ANEXO 2).
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Escala de Braden deverá ser aplicada
a todos os pacientes acima de 5
(cinco) anos
Quadro 1: Escala de Braden (Fatores de risco para Lesão por Pressão) – versão resumida
PONTOS 1 2 3 4
Problema em
Nutrição Muito pobre Adequada Excelente
Potencial
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020.
17
Para crianças de 1 a 5 anos deverá ser utilizada a
Escala de Braden-Q (Anexo 3) conforme quadro
abaixo:
Quadro 2: Escala de Braden-Q (Fatores de risco para Lesão por Pressão) – versão para crianças
PONTOS 1 2 3 4
Todas as
crianças
que são jovens
Deambula
demais para
Grau de Confinado à Ocasionalmente
Acamado deambular
Atividade cadeira (maior parte
ou deambular
leito ou cadeira)
frequentemente
(pelo menos
2x ao dia)
Totalmente Provavelmente Levemente Não apresenta
Mobilidade
imóvel Inadequada limitado limitações
Problema em
Nutrição Muito pobre Adequada Excelente
Potencial
18
Comprometida:
Comprometida: Adequada:
Excelente:
Apresenta normotenso.
Extremamente normotenso.
saturação Apresenta
comprometida: Apresenta
de oxigênio saturação
hipotenso saturação
<95% ou a de oxigênio
(PAM > 50 de oxigênio
Perfusão hemoglobina <95% ou a
mmHg; < 40 > 95%, a
tissular e <10 mg/dl ou o Hemoglobina
mmHg em hemoglobina
oxigenação tempo de <10 mg/dl ou o
recém-nascido) norma e
enchimento tempo de
ou o paciente o tempo de
capilar >2 enchimento
não tolera as enchimento
segundos. O capilar
mudanças capilar
pH sérico > 2 segundos.
< 2 segundos.
< 7,40. O pH sérico é
normal
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020.
19
3. ESCALA DE AVALIAÇÃO DE
RISCO PARA DESENVOLVIMENTO
DE LESÕES DECORRENTES DO
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO (ELPO)
A Escala de Avaliação de risco para desenvolvimento de lesões decorrentes do
procedimento cirúrgico (ELPO) é a escala de avaliação de risco para o desenvolvimento
de lesões decorrentes do procedimento cirúrgico. É um instrumento válido e
confiável para avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões, decorrentes do
posicionamento cirúrgico, em pacientes adultos. Sua aplicação pode auxiliar a tomada
de decisão no cuidado ao paciente, durante o posicionamento cirúrgico, promover
a assistência segura e de qualidade, bem como incentivar o desenvolvimento de
protocolos de cuidados direcionados ao posicionamento cirúrgico do paciente nos
serviços de saúde. Portanto, recomenda-se que a ELPO seja aplicada ao posicionar
o paciente na mesa operatória (GONZAGA et al., 2021) (Quadro 3).
20
Quadro 3: Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico
PONTOS 5 4 3 2 1
Tipo de
posição Litotômica Prona Trendelemburg Lateral Supina
cirúrgica
Tipo de
Geral+regional Geral Regional Sedação Local
anestesia
sem uso de
colchão da colchão da
superfície colchão da mesa colchão da mesa
mesa cirúrgica mesa
de suporte ou cirúrgica de cirúrgica de
de espuma cirúrgica de
Superfície de suportes espuma espuma
(convencional) espuma
suporte rígidos sem (convencional) (convencional)
+coxins feitos (convencional)
acolchoamento +coxins de +coxins de
de campos de +coxins de
ou perniras espuma viscoelástico
algodão viscoelástico
estreitas
elevação dos
elevação dos
joelhos >90º e
joelhos >90º e
abertura dos elevação dos
abertura dos abertura >90º
Posição membros joelhos >90º ou
membros dos membros posição
dos inferiores abertura dos
inferiores >90º inferiores >90º anatômica
membros >90º ou membros
ou pescoço superiores
abertura dos inferiores >90º
sem alinhamento
membros
esternal
superiores
21
úlcera por
pressão ou
neuropatia
obesidade
previamente
ou Sem
Comorbidades diagnosticada diabetes mellitus doença vascular
desnutrição comorbidades
ou
trombose
venosa
profunda
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020.
22
4. RECOMENDAÇÕES DE BOAS
PRÁTICAS NA PREVENÇÃO E
TRATAMENTO DE PESSOAS
ACOMETIDAS PELA LP
A realização de um plano de cuidado na prevenção e tratamento da LP exige
avaliação: dos fatores de risco relacionados, da pele e seus tecidos, cuidados com
a pele, nutrição, reposicionamento e mobilização, e a superfície de apoio (EPUAP/
NPIAP/PPPIA, 2019).
23
• No recém-nascidos avaliar risco (maturidade da pele, oxigenação, perfusão e
presença de dispositivos médicos) e a duração da criticidade;
• Considerar o impacto de fatores de risco adicionais no risco de desenvolvimento
de LP: duração do estado crítico da ventilação mecânica e o uso da terapêutica
vasopressora, escore APACHE II;
• Avaliar o risco de desenvolvimento da LP, de acordo com o escore obtido
(Escala), após a admissão e ou qualquer alteração do estado clínico;
• Desenvolver e implementar medidas de prevenção individualizada para o
indivíduo com risco de desenvolver LP;
• Ao efetuar uma avaliação de risco para LP utilizar uma abordagem estruturada,
exame físico completo da pele, analisar e planejar os cuidados de Enfermagem.
24
4.2. Avaliação da pele e dos tecidos
• No recém-nascidos avaliar risco (maturidade da pele, oxigenação, perfusão e
presença de dispositivos médicos) e a duração da criticidade;
• Considerar o impacto de fatores de risco adicionais no risco de desenvolvimento
de LP: duração do estado crítico da ventilação mecânica e o uso da terapêutica
vasopressora, escore APACHE II;
• Avaliar o risco de desenvolvimento da LP, de acordo com o escore obtido
(Escala), após a admissão e ou qualquer alteração do estado clínico;
• Desenvolver e implementar medidas de prevenção individualizada para o
indivíduo com risco de desenvolver LP;
• Ao efetuar uma avaliação de risco para LP utilizar uma abordagem estruturada,
exame físico completo da pele, analisar e planejar os cuidados de Enfermagem.
25
4.3. Cuidados com a pele
• Manter a pele limpa e hidratada;
• Limpar a pele imediatamente após episódios de incontinência fecal e ou urinária;
• Evitar uso de sabonete com o pH alcalino, preferir sabonete líquido que possua
pH levemente ácido;
• Evitar fricção rigorosa da pele;
• Utilizar produtos para incontinência com alto poder de absorção, por exemplo,
fraldas descartáveis, absorventes;
• Utilizar tecidos de limpeza com baixo coeficiente de fricção;
• Aplicar tecnologia atraumática, que minimize as forças de pressão, cisalhamento
e fricção, por exemplo, Tecnologia de silicone multicamada.
26
4.4. Nutrição na prevenção e tratamento
• Fazer rastreio e avaliação nutricional rigorosa em todos os pacientes identificados
com risco de desnutrição, assim como a todos os adultos desnutridos;
• Estimular a ingestão calórica, nos pacientes com risco, e que se encontrem
desnutridos ou em risco nutricional;
• Providenciar 30 a 35 k calorias/kg por dia e 1.2 a 1.5g de proteína/kg, a adultos
com LP, que estejam desnutridos ou com risco de desnutrição;
• Avaliar o risco-benefício da nutrição entérica ou parentérica quando a
alimentação oral não for suficiente, apesar das intervenções utilizadas. Ex.:
suplementação oral hiperproteica;
• Incentivar a hidratação oral em indivíduos com risco e ou com a LP quando
compatível com os objetivos dos cuidados e com a condição clínica;
• Usar instrumentos de monitorização e avaliação do estado nutricional adequados
nos recém-nascidos e crianças com risco;
• Recém-nascidos e crianças com LP com alimentação oral inadequada fornecer
uma alimentação enriquecida e adequada à idade e ponderar o recurso à
suplementação oral adequada ou à alimentação entérica ou parentérica.
27
4.5. Reposicionamento e mobilização precoce
A realização do plano de cuidado na prevenção e tratamento da LP exige
avaliação: dos fatores de risco relacionados, da pele e seus tecidos, cuidados com
a pele, nutrição, reposicionamento e mobilização, e a superfície de apoio (EPUAP/
NPIAP/PPPIA, 2019).
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4.6. Tecnologias que auxiliam o reposicionamento e
mobilização precoce
Sensor pequeno, leve e vestível que monitora sem fio a posição de um paciente
e sua mobilidade enquanto estiver em um hospital.
Figura 6: O Sistema de Monitoramento de Pacientes LEAF:
1. Atendimento personalizado para cada paciente
2. Receba lembretes de turno digital (no quarto e no posto de enfermagem)
3. Confirme a qualidade dos turnos do seu paciente
4. Gerar relatórios automaticamente
Fonte: https://www.sn-leaf.com/
29
Figura 9: Pressure Ulcer Notification Tool (PUNT). Detector de
Lesão Por Pressão.
30
4.7. Superfície de apoio
• Utilizar colchões associado a superfície piramidal em todos os indivíduos com
risco para desenvolver LP;
• Ao selecionar, a superfície de apoio, deve-se considerar: o nível individual de
mobilidade na cama, o conforto, a necessidade de controle do microclima e
umidade, local e as circunstâncias da prestação de cuidados;
• Não utilizar colchões ou sobreposições de colchões de células pequenas de
alternância de pressão com o diâmetro inferior a 10 cm;
• Usar uma superfície de apoio ativo (colchão pneumático) para os indivíduos
com maior risco de desenvolver LP;
• Usar de superfícies de apoio para a prevenção de LP nos calcâneos;
• Utilizar uma almofada ou travesseiro abaixo das pernas na altura da panturrilha
para elevá-los e mantê-los flutuantes, evitando pressão sobre o tendão de
Aquiles. O joelho deve ter leve flexão;
• Utilizar assento que redistribua pressão, para pacientes com mobilidade
reduzida, e que apresentam risco de desenvolver a LP quando estes estiverem
sentados em uma cadeira;
• Almofadas de ar e espuma redistribuem melhor a pressão, as almofadas de
gel, de pele de carneiro sintéticas e dispositivos, recortados em forma de anel,
causam maior pressão e devem ser contraindicados;
• A descrição do colchão deve ser compatível com peso e altura do paciente;
• No caso de pacientes bariátricos, selecionar superfícies de apoio que
redistribuam a pressão, reduzam as forças de fricção e cisalhamento e controlem
o microclima;
• No bloco cirúrgico, deve-se utilizar superfícies de redistribuição de pressão, em
pacientes com risco de desenvolver LP e/ou de acordo com tempo cirúrgico;
• Utilizar superfície de apoio, específica para bariátricos e ou obesos, que ficarão
acamados por períodos prolongados;
• Retirar o paciente, de um plano duro, logo após a admissão, pelo profissional
de saúde, nas unidades de atendimento de emergência e urgência.
31
5. PREVENÇÃO DE PESSOAS COM
LESÃO POR PRESSÃO: POSIÇÃO
PRONA
32
5.1. Cuidados prévios à manobra de pronação
A equipe responsável pela pronação deve ser composta por 6 membros:
médico, fisioterapeuta, enfermeiro e 2 técnicos, além de uma pessoa que será o
responsável pela leitura e checagem de todos os os itens do checklist (fisioterapeuta/
ou enfermeiro/ ou técnico de enfermagem). Caso o usuário esteja acoplado ao dreno
de tórax, a equipe deve ser constituída por mais um membro, que será responsável
por esse dispositivo.
2. Realizar o envelopamento:
• Posicionar eletrodos e dômus da PAI nos MMSS;
• Alinhar MMSS e MMII;
• Alinhar cabos de monitorização;
• Colocar coxins em tórax e pelve.
33
3. Formar o envelope
• Enrolar a borda dos lençóis o mais próximo possível
do corpo do usuário.
6. Continuar os cuidados:
• Posicionar eletrodos em dorso;
• Realizar Trendelemburg reverso;
• Colocar coxins em pernas e face mantendo o
abdômen livre;
• Elevar membro superior em *posição de nadador.
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RETORNANDO A POSIÇÃO SUPINA:
• Deve-se observar os mesmos pontos do checklist do momento da prona:
posição do TOT, parar infusões e dieta, alinhar membros, posicionar eletrodos,
drenos, PAI, zerar decúbito, pré-oxigenar;
• De forma sincrônica iniciar a manobra para posição supina em três etapas:
deslocar o usuário para o mesmo lado da ventilação mecânica; lateralizar o
usuário e girar para a posição supina.
OBSERVAÇÕES:
• Ao avaliar se o usuário obteve uma boa resposta a posição prona deve-se
observar após 1h se ocorreu um aumento de 10mmHg PaO2 ou de 20mmHg
na relação PaO2/FiO;
• A posição prona pode permanecer por 16 a 20h;
• O intervalo entre as pronações devem ser entre 6 e 8h.
35
5.2. Cuidados prévios à manobra de pronação
4. Preparar a pele com barreiras protetoras em áreas de maior risco de lesões por
umidade e/ ou onde serão colocados adesivos;
6. Revisar e selecionar os dispositivos que geram maior risco para LP: fixação do
tubo orotraqueal... etc.;
13- Evitar que o corpo escorregue devido à posição ou diferença no tamanho dos
coxins sob a pele.
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020.
36
6. INTERVENÇÕES REALIZADAS COM
PESSOAS NA PREVENÇÃO DA LP
A LP pode ser evitada em sua grande maioria através da identificação dos
pacientes em risco e da implementação de estratégias de prevenção direcionadas
para uma assistência segura (BRASIL, 2013).
AS SEIS ETAPAS ESSENCIAIS ESTRATÉGICAS DE PREVENÇÃO DA LP:
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020.
37
ETAPA 4: MANEJO DA UMIDADE E MANUTENÇÃO DO
USUÁRIO SECO E COM A PELE HIDRATADA
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020.
38
ETAPA 6: MINIMIZAR A PRESSÃO
39
6.1. Medidas preventivas para fricção e cisalhamento
Figura 20: Posicionamento Cabeceira elevada a 30º Figura 21: Colchão pneumático
Fonte: https://s3-sa-east-1.amazonaws. Fonte: https://www.santacasadeitapeva.org.
com/99freelas/portfolios/files/540296/3cdd5389- br/noticia/uti-adulto-da-santa-casa-adquire-
da10-4b27-98c6-baffc7112a96/pneumonia- colchao-para-prevencao-de-lesao-por-
associada-a-ventilacao-mecanica.pdf pressao.pdf
40
7. CLASSIFICAÇÃO, PREVENÇÃO E
TRATAMENTO
Há vários sistemas de classificação da LP. O sistema mais utilizado é o National
Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP, 2016), último consenso classifica a LP em
estágios de acordo com terminologia e nomenclatura. A LP é categorizada para indicar
a extensão do dano tissular (NPUAP, 2016).
41
7.2. Tabela 4: classificação características da pele,
cobertura e objetivo da tecnologia
CARACTERÍSTICAS OBJETIVO DA
CLASSIFICAÇÃO TECNOLOGIAS
DA PELE TECNOLOGIA
Estágio 1: Pele íntegra com área 1. Opção: Espuma com 1. Diminuir as forças
Pele íntegra com localizada de eritema que silicone multicamadas com de pressão, fricção e
eritema que não não embranquece e que borda adesiva cisalhamento;
embranquece pode parecer diferente em 2. Opção Espuma de 2. Atraúmático na remoção;
pele de cor escura. Hidropolímero/ hidrocelular 3. Proteger a pele e
Presença de eritema bordas de adesivo; controle da umidade;
que embranquece ou 3. Opção Hidrocolóide 4. Fazer barreira protetora
mudanças na sensibilidade, transparente; contra vírus, bactéria e
42
Estágio 2: O leito da ferida é viável, 1. Opção: Espuma de 1- Absorver o baixo/ médio
Perda da pele em sua de coloração rosa ou silicone multicamadas com exsudato da lesão;
espessura parcial com vermelha, úmido e pode borda adesiva; 2- Diminuir as forças
exposição da derme também apresentar se 2. Opção: Espuma de pressão, fricção e
como uma bolha intacta de hidropolímero ou cisalhamento;
(preenchida com exsudato poliuretano com borda 3- Proteger a pele contra
seroso) ou rompida. adesiva; umidade, bactérias e vírus;
O tecido adiposo e tecidos 3. Opção: Hidrocolóide 4- Fazer barreira protetora
profundos não são visíveis. com espuma de diminuindo impacto da
Tecido de granulação, poliuretano. pressão;
esfacelo e escara não
Fonte: http://enfermagem-
a-arte-de-cuidar.blogspot. estão presentes.
com/2014/10/feridas-
curativos-e-coberturas.html Essas lesões geralmente
resultam de microclima
inadequado e
cisalhamento da pele
na região da pélvis e no
calcâneo.
Esse estágio não deve ser
usado para descrever as
lesões de pele associadas
à umidade (NPUAP, 2016).
43
Estágio 3: Perda da pele em sua Cobertura primária: 1. Absorver o moderado
Perda da pele em sua espessura total na qual 1. Opção: exsudato da lesão;
espessura total a gordura é visível e, Carboximetilcelulose com 2. Utilizar cobertura
frequentemente, tecido de prata iônica; antimicrobiana e
granulação e epíbole (lesão 2. Opção: Alginato de absorvente como primeira
com bordas Cálcio e Sódio; opção;
enroladas) estão presentes. 3. Opção: Carvão ativado 3. Preenchimento de
Esfacelo e/ou escara pode com prata; cavidade, tuneis e
estar visível. A profundidade 4. Espuma de poliuretano bordas descoladas
do dano tissular varia com prata. evitando proliferação de
Fonte: https://www.mdsaude. conforme a localização microrganismo;
com/dermatologia/escaras/
anatômica; áreas com Cobertura Secundária: 4. Proteger a pele contra a
adiposidade Avaliar nível de exsudato; umidade,
significativa podem 1. Opção: Espuma de bactérias e vírus;
desenvolver lesões hidropolimero/poliuretano 5. Evitar maceração
profundas. com borda adesiva formato de borda deixando a
Podem ocorrer escolamento anatômico; hidrofibra 2ª a 3cm além da
e túneis. Não há exposição 2. Coxin em caso elevado margem da ferida;
de fáscia, músculo, tendão, exsudato. 6. Observar sinais de
ligamento, cartilagem e/ou biofilme;
osso. 7. Diminuir as forças
Quando o esfacelo de pressão, fricção e
Fonte: NPUAP, 2016 ou escara prejudica a cisalhamento.
identificação da extensão
da perda tissular, deve-se
classificá-la como
Lesão por Pressão Não
Classificável (NPUAP,
2016).
44
Estágio 4: Perda da pele em sua Cobertura primária: 1. Absorver o elevado
Perda da pele em espessura total e perda 1. carboximetilcelulose com exsudato da lesão;
sua espessura total e tissular com exposição ou prata iônica; 2. Utilização de uma
perda tissular palpação direta da fáscia, 2. Alginato de Cálcio Sódio; cobertura antimicrobiana
músculo, tendão, ligamento, 3. Carvão ativado com como primeira opção;
cartilagem ou osso. prata; 3. Preenchimento de
Esfacelo e/ou escara pode 4. Malha com prata cavidade, tuneis e
estar visível. Epíbole (lesão nanocristalina. bordas descoladas
com bordas enroladas), evitando proliferação de
descolamento e/ou túneis Cobertura Secundária: microrganismos;
ocorrem frequentemente. 4. Proteger a pele contra
A profundidade varia 1. A troca deverá ser umidade, bactérias e vírus;
conforme a localização diária, assim a cobertura 5. Evitar maceração
anatômica. Quando secundária deve ser gaze de borda deixando a
o esfacelo ou escara ou coxin. carboximetilcelulose 2ª a
prejudica a identificação 2. Evitar o contato direto 3cm além da
da extensão da perda da cobertura primária margem da ferida;
tissular, deve-se classificá- com osso e ou tendão, 6. Diminuir as forças
la como lesão por Pressão utilizando o hidrogel (fina de pressão, fricção e
Não Classificável (NPUAP, camada antes de aplicar a cisalhamento.
Fonte: NPUAP, 2016 2016). cobertura de escolha. Obs.: Toda ferida cavitária
deve ser preenchida
evitando proliferação de
microrganismos.
Avaliar presença de
osteomielite (exame
imagem).
Colher cultura de fragmento
da ferida
Para confirmação do
biofilme.
Limpeza rigorosa e
desbridamentos de acordo
avaliação clínica do
paciente.
45
Lesão por pressão Perda da pele em sua 1. Tipos de desbridamento: 1. Absorver o elevado
não classificável: espessura total e perda 1.1 Cirúrgico/Bisturi/ exsudato da lesão;
Perda da pele em sua tissular na qual a extensão Conservador utilizar 2. Utilização de uma
espessura total e do dano não pode ser cobertura absorvente após cobertura antimicrobiana
perda tissular não confirmada porque está procedimento e que realize como primeira opção;
visível encoberta pelo esfacelo ou homeostasia, controle 3. Preenchimento de
escara. de microrganismos cavidade, tuneis e
Ao ser removido (esfacelo e preenchimento de bordas descoladas
ou escara), Lesão por cavidades. evitando proliferação de
Pressão em Estágio 3 ou • Tecnologia pós microrganismos;
Estágio 4 ficará aparente. desbridamento cirúrgico: 4. Proteger a pele contra
Escara estável (isto é, seca, Alginato de cálcio e sódio umidade, bactérias e vírus;
aderente, sem eritema (homeostasia). 5. Evitar maceração
ou flutuação) em membro 1.2 Autolítico: de borda deixando a
Fonte: http://enfermagem-
a-arte-de-cuidar. isquêmico ou no calcâneo • Hidrogel associado a carboximetilcelulo e 2ª a
blogspot.com/2014/10/ não deve ser removida cobertura secundária 3cm além da margem da
feridascurativos-ecoberturas.
html (NPUAP, 2016). hidrocoloide transparente ferida;
ou espuma de poliuretano. 6. Diminuir as forças
• Hidrofibra com prata. de pressão, fricção e
alginato de cálcio e sódio. cisalhamento;
• Carvão ativado com
prata. Obs: Toda ferida cavitária
• Malha com prata deve ser preenchida
nanocristalina. evitando proliferação de
1.3. Enzimático – microrganismos
colagenase/ papaína sob Avaliar presença de
Fonte: NPUAP, 2016
manipulação. Osteomielite (exame
1.4. Químico: imagem). Colher cultura
Uso de limpadores de de fragmento da ferida
feridas e géis surfactantes para confirmação do
de alta ou baixa biofilme. Limpeza rigorosa
concentração que destrói e desbridamentos de
tecidos inviáveis, detritos e acordo avaliação clínica do
microrganismos. paciente.
46
Lesão por pressão Pele intacta ou não, 1. Hidratação da pele com 1. Avaliação diária da
tissular profunda com área localizada e hidratantes a base de água; lesão;
Descoloração persistente de descoloração 2. Proteção para minimizar 2. Os calcâneos deverão
vermelho escura, vermelha as forças de fricção, ficar livres de pressão,
marrom ou púrpura, escura, marrom ou púrpura cisalhamento e pressão. permanecendo
persistente e que não que não embranquece ou flutuantes.
lembranquece separação epidérmica que 3. Utilizar de preferência
mostra lesão com leito hidratantes a base de água
escurecido ou bolha com não aplicar cobertura para
exsudato sanguinolento. observar o local
A descoloração pode 4. Se ocorrer flictema, este
apresentar-se diferente deverá ser rompido quando
em pessoas com pele de exsudato purulento ou
tonalidade mais escura. sanguinolento.
Fonte: NPUAP, 2016 A ferida pode evoluir
rapidamente e revelar a
extensão atual da lesão
tissular ou resolver sem
perda
tissular. Quando o
tecido necrótico, tecido
subcutâneo, tecido de
granulação, fáscia, músculo
ou outras estruturas
subjacentes estão visíveis,
isso indica lesão por
pressão com perda total
de tecido (Lesão por
Pressão Não Classificável
ou Estágio 3 ou Estágio
4). Não se deve utilizar
a categoria Lesão por
Pressão Tissular Profunda
(LPTP) para descrever
condições vasculares,
traumáticas, neuropáticas
ou dermatológicas (NPUAP,
2016).
47
Lesão por Pressão A Lesão por Pressão 1. Prevenção espuma 11. Diminuir a força de
Relacionada a Relacionada a Dispositivo de silicone multicamadas, pressão do dispositivo
Dispositivo Médico Médico resulta do uso hidrocoloide transparente, sobre a pele.
de dispositivos criados espuma de poliuretano/
e aplicados para fins hidropolimeros com 12. Proteção da pele e
diagnósticos e terapêuticos. adesivo hipoalergênico. melhor fixação.
A lesão por pressão
resultante, geralmente 2. Fixador adesivo em 13. Quando usada para
apresenta o padrão ou formato anatômico próprio proteger a pele sob
forma do dispositivo. Essa a para cânulas, tubo, drenos, um dispositivo médico,
Fonte: www.revistaferidas.com.br lesão deve ser categorizada sonda e cateter nasal. selecione uma cobertura
usando o sistema de que: não interfira na
classificação de lesões por 3. Quando houver presença função do dispositivo,
pressão (NPUAP, 2016). da lesão tratar conforme do não aumente a pressão
enfermeiro. sob o dispositivo, ou seja,
que não seja confortável
absorva o excesso de
umidade e/ou transfira a
umidade para o ambiente
(WUWHS, 2016).
Fonte: https://naferida.com.br/
lesao-por-pressao-ou-ulcera-
por-pressao
48
Lesão por Pressão em A lesão por pressão em 1. Quando houver a lesão 1. Regeneração da
Membranas Mucosas membranas mucosas instalada em mucosa tratar mucosa.
é encontrada quando conforme avaliação do
há histórico de uso de enfermeiro.
dispositivos médicos no
local do dano.
Devido à anatomia do
tecido, essas lesões não
podem ser categorizadas
(NPUAP, 2016).
Fonte: http://eerp.usp.br/
feridascronicas/recurso_
educacional_lp_1_4.html
49
Microclima/Dermatite É uma lesão ocasionada Prevenção: Produtos barreira
associada a pela exposição prolongada • Fraldas descartáveis com formando camada
incontinência fecal ou com urina e ou fezes maior poder de absorção impermeável prevenindo
urinária liquidas. • Cremes ou spray barreira a dermatite
A DAI apresenta por incontinência
características como Tratamento:
inflamação da pele • Utilizar limpadores • Sistema de incontinência
evoluindo com hiperemia (lenços) com menor fecal utilizar por 29 dias,
fixa, podendo ocorrer a coeficiente de atrito e que fezes líquidas, evitando
ruptura da pele. contenham substâncias estomia higiênica;
A maceração cutânea calmantes a pele como
Fonte: https://www.gov.br/ebserh/
que evolui para erosão dimeticona, camomila, etc. • Toque retal antes da
pt-br/hospitais-universitarios/ da epiderme, deixa a pele • Associar a cobertura a instalação do dispositivo.
regiao-sudeste/hugg-unirio/
acesso-a-informacao/ susceptível as forças de tecnologias/ dispositivo de
documentos-institucionais/
pops/comissao-de-prevencao- pressão cisalhamento e desvio de fezes ou urinas Contraindicado: a
e-tratamento-de-feridas/pop-
8-6_-prevencao-dedermatite- fricção, aumentando o Sistema de incontinência pacientes menores de
associada-a-incontinencia-dai.
pdf
risco de lesão por pressão fecal. 18 anos ou que tenham
associada (IIAD, 2015). - Dispositivos urinários hemorroidas e ou tumor
para desvio de urina. que impeça a colocação do
dispositivo na ampola retal.
Fonte: Adaptada do Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020.
50
8. CUIDADOS COM O USO DE
TECNOLOGIAS NA PREVENÇÃO
8.1. Recomendações gerais no manejo das
tecnologias para prevenção
• Não utilizar o produto se a embalagem individual estiver aberta e ou danificada
• Preparar e limpar o local antes de aplicar o curativo
• Limpar a área em que a tecnologia será aplicada utilizar o agente de limpeza
padronizado na instituição e a seguir, secar a pele
• Importante que a pele esteja livre de hidratantes, cremes e ou produtos à base
de óleo
• Tecnologias com adesivo de silicone não tem boa aderência em pacientes com:
hipertermia, sudoreicos e ou umidade (WUWHS, 2016).
51
MODIFICAR A PRESSÃO, CISALHAMENTO, ATRITO E MICROCLIMAUSANDO AS
PROPRIEDADES DA TECNOLOGIAS
PROPRIEDADE DA TECNOLOGIA
Fator EXEMPLOS
QUE PODE MODIFICAR O FATOR
*Observação: Uma tecnologia com um coeficiente de atrito muito baixo pode tornar difícil para o paciente
manter a posição, quando aplicado na região sacral, por exemplo.
**A pesquisa in vitro sugeriu que, embora algumas tecnologias possam aumentar, ligeiramente, a
temperatura da pele, o aumento não é suficiente para causar lesões teciduais.
52
9. BIOFILME NA FERIDA
9.1. Conceito
É uma comunidade de microrganismos de diferentes espécies de bactérias e
fungos que causa uma infecção sustentada e subclínica no local da ferida, porém pode
se proteger da resposta imune do hospedeiro e tolerante a antibióticos e antissépticos
(MURPHY et al., 2022).
O biofilme pode se formar, em poucas horas, e atingir a maturidade em 48–
72 horas. É possível que em todas as feridas contenha a presença do biofilme em
diferentes complexidades, que é invisível a olho nu (IWII, 2022).
As feridas de difícil cicatrização estão amplamente associadas à presença de
biofilme resistente uma comunidade de microrganismos de múltiplas espécies. Esses
microrganismos produzem toxinas e enzimas destrutivas que promovem um processo
inflamatório crônico na ferida (MURPHY et al., 2022).
São iniciados por microrganismos planctônicos (bactérias livres) e seguem um
ciclo de desenvolvimento. A marca registrada dos biofilmes é a presença de uma matriz
autoproduzida de material extracelular composta por polissacarídeos, proteínas, DNA
extracelular e íons metálicos de ligação cruzada de suporte, como cálcio, magnésio e
ferro (MURPHY et al., 2022).
53
9.2. Sinais de presença de Biofilme na ferida
(IWII,2022).
• Falha do tratamento tópico com cobertura
antimicrobiana
• Cicatrização retardada após a interrupção do
tratamento com antibióticos
• Cura retardada apesar do tratamento ideal
• Aumento do nível do exsudato
• Processo inflamatório prolongado
• Eritema de baixo nível/ Má granulação
• Hipergranulação friável
Figura 25: Visualização de bactérias ao Microscópio Óptico (Microscopia de imersão, aumento de
1000X).
Fonte: https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-divulgacao/bacteriologia/
bacteriologia-oral/biofilmes-bacterianos-vivendo-em-comunidade/
54
9.5. Gerenciamento da lesão por pressão de difícil
cicatrização (IWII, 2022).
• Limpeza (da ferida e da pele perilesional)
• Desbridamento escolha o mais eficaz
• Reconstrução das bordas da ferida
• Aplicação da tecnologia/cobertura ideal.
55
MODIFICAR A PRESSÃO, CISALHAMENTO, ATRITO E MICROCLIMAUSANDO AS
PROPRIEDADES DA TECNOLOGIAS
Solução Características e benefícios
Não antissépticos
• Ineficaz na redução da carga bacteriana.
• As torneiras podem estar colonizadas com microrganismos viáveis: a presença de
Pseudomonas aeruginosa em canalizações está bem documentada.
Água
• Ineficaz na redução da carga bacteriana.
• Os recipientes esterilizados descartáveis deixam de estar esterilizados depois de
abertos.
• Ineficaz na redução da carga bacteriana;
• Baixa toxicidade;
Soro fisiológico
• Descartável, uma vez que pode ocorrer crescimento; bacteriano dentro de 24
horas após a abertura.
• Devido ao teor de agente tensioativo, foi demonstrado que algumas;
Solução fórmulas destroem a carga microbiana quando é aplicada menos força;
com agente • Algumas fórmulas demonstraram capacidades antibiofilme in vitro ao reduzirem a
tensioativo fixação de microrganismos e a formação de biofilme;
• Suave para células saudáveis e pode restaurar a integridade celular.
Antissépticos
• Devido ao teor de agente tensioativo, foi demonstrado que algumas;
fórmulas destroem a carga microbiana quando é aplicada menos força;
Polihexametileno
• Algumas fórmulas demonstraram capacidades antibiofilme in vitro ao reduzirem a
de biguanida
fixação de microrganismos e a formação de biofilme;
• Suave para células saudáveis e pode restaurar a integridade celular.
*Siga os protocolos locais de utilização de soluções na prática¹ O estudo não incluiu a avaliação de e
não pode ser interpretado para infeção por biofilme (infeção não aguda).
Fonte: : Murphy e col. (2022). Tradução livre.
56
12. DESBRIDAMENTO
A remoção de tecido necrótico inviável e ou corpo estranho (resíduo de curativos,
suturas, biofilme ou esfacelo) que aumenta a resposta inflamatória, impedindo a
cicatrização da ferida. O desbridamento é uma estratégia de interromper a formação
do biofilme permitindo maior eficácia ao tratamento tópico e sistêmico. O impacto dos
diferentes tipos de desbridamentos e sua resposta vai depender do estágio e ou ciclo
de desenvolvimento do biofilme (IWII, 2022).
Não existe desbridamento melhor que outro, porém o desbridamento cirúrgico
removerá os microrganismos mais rapidamente comparado aos outros, sendo assim
teremos que avaliar a condição clínica do paciente, disponibilidade da realização do
procedimento e o plano de cuidado estabelecido (MURPHY et al., 2022).
O desbridamento e a utilização da solução de limpeza, assim como a técnica
utilizada, são estratégias eficazes contra biofilme, que está presente na superfície
da ferida, assim como em tecidos mais profundos. A frequência e a limpeza da ferida
devem ser planejadas de acordo com a evolução clínica (MURPHY et al., 2022).
57
TIPO
DESCRIÇÃO VANTAGENS CONSIDERAÇÕES
DESBRIDAMENTO
CIRÚRGICO Realizado no centro ● Rápido e eficiente ● Não seletivo
cirúrgico ou clínica ● Maximiza a assepsia removendo tecido viável
Especializada por ● Remove o BIOFILME e tecido inviável
profissionais mais profundo ● Requer anestésico/
qualificados e sedação/caro
competentes usando
bisturi estéril, tesoura
ou dispositivo
Fonte: https://enfermagemonline.
com/como-fazer-desbridamento/ hidrocirúrgico.
58
MECÂNICO Desbridamento ● Ruptura do biofilme ● Não seletivo
realizado usando: ● São baratos ● Podem causar dor
● Curativos úmidos a ● Associação a a remoção e
secos outros métodos de sangramento trauma no
● Irrigação terapêutica desbridamento leito da ferida
Fonte: https://blog.ortaleducacao.
● Ultrassom de baixa
com.br/metodos-de- frequência
desbridamento-um-recurso-
terapeutico-no-tratamento-de- ● Gaze umedecida
feridas/
59
A escolha do desbridamento e a solução de limpeza são necessárias para que
a cobertura antimicrobiana e ou antisséptica tenha seu efeito desejado com maior
eficácia no leito da ferida. Há diferença da tecnologia antimicrobiana comparada ao
antibiofilme. A cobertura antimicrobiana destrói as bactérias plactônicas impedindo a
colonização e a formação do biofilme, enquanto a tecnologia antibiofilme é responsável
por penetrar e destruir o próprio biofilme (IWII, 2022).
A escolha da tecnologia antimicrobiana e suas propriedades antibiofilme deve-
se levar em conta (IWII, 2022):
• Avaliar a condição clínica do paciente
• Avaliar o tipo de ferida, o dano tissular visualizado
• Condições ambientais que garantam segurança ao paciente
• O volume da produção do exsudato sinaliza que existe proliferação de
microrganismos e provável formação do biofilme
• Níveis elevados do exsudado aumenta o processo inflamatório e retarda a
cicatrização
• É importante avaliar a ferida e a eficácia do curativo a cada 2-4 semanas
• A melhora progressiva possibilita a suspensão da tecnologia antimicrobiana e
ou antibiofilme
60
Principais agentes antimicrobianos e antibiofilme disponíveis
61
● Estudos de microscopia de força atómica sugerem que a forma como os íons de
prata se liga às bactérias desestabiliza a matriz de biofilme de S. epidermidis séssil
(imóvel).
● Em experiências que compararam a prata com um controlo em superfícies de
plástico e aço inoxidável, não existiam diferenças significativas nos biofilmes entre
a prata e um controlo, embora em alguns casos, o biofilme se formasse mais
rapidamente com o controlo do que com a prata.
● Um estudo laboratorial efetuado com seis pensos com prata constatou o seguinte:
(1) apenas um penso nanocristalino de prata tinha um efeito bactericida contra S.
aureus; (2) um penso matriz de colágeno com prata era
outro penso com redução da concentração bacteriana (3) estes dois pensos e um
penso de alginato com prata produziram zonas de inibição; e (4) os pensos restantes
Prata
(dois pensos de espuma com prata iónica e um penso de sulfato com prata) não
produziram zonas de inibição
● A prata apresenta propriedades antimicrobianas consideráveis face a P. aeruginosa,
com uma concentração inibitória mínima (CIM) de 25 g/ml.
● Numa avaliação da vida real não aleatória que envolvia 113 doentes com feridas
de difícil cicatrização tratadas com cuidados padrão e um penso com prata, 71
feridas (63%) atingiram pelo menos 75% de encerramento, 47 (42%) atingiram
pelo menos gos de encerramento e 19 feridas (17%) cicatrizaram num período de
acompanhamento de 4 semanas. Havia suspeita de biofilme em aproximadamente
três quatros da amostra, conforme determinado pelos investigadores, embora todas
fossem consideradas de difícil cicatrização, conforme definido pelo conceito de
higienização da ferida.
62
13. DESAFIOS NO MANEJO DA
LESÃO POR PRESSÃO DE DIFÍCIL
CICATRIZAÇÃO
• Compreender a condição sócio econômica do paciente
• Acessibilidade aos serviços de saúde
• Fatores intrínsecos e extrínsecos relacionamento a ferida
• Avaliação holística
• Práticas assépticas
• Educação e boas práticas
• Envolvimento família x profissional
• Condução da ferida com foco nas etapas: limpeza, desbridamento, combate ao
biofilme e antimicrobiano tópico
• Trabalho multidisciplinar (MURPHY et al., 2022).
63
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O maior desafio dos profissionais da Enfermagem tem sido obter a informação
sobre prática de qualidade, atualizada em tempo real. Este guia é uma estratégia
educativa para facilitar o acesso a informação técnido-científica de forma didática
e prática, pois existe um grande volume de informações e produção científicas
produzidas a todo momento que exige do profissional tempo, disposição, análise
crítica e entendimento sobre o tema proposto.
A incorporação do e-book nas práticas assistenciais possibilita o profissional
adquirir maior clareza sobre a temática, tanto por parte do conteúdo teórico, como
pelas ilustrações; facilita a comunicação visual e promove o acesso ao conhecimento.
Espera-se que este guia auxilie os profissionais de Enfermagem que cuidam
diariamente dos pacientes com LP na tomada de decisões de forma prática,
segura, interativa, otimizando o tempo dos profissionais, oferecendo assistência de
Enfermagem com qualidade e segurança. Além disso, estimular o pensamento crítico
e reflexivo, levando-os a manifestar opiniões, trocar ideias, beneficiando, assim, o
processo de transformação da cultura diária nos serviços de saúde.
64
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, C. A. F. DE . et al.. Avaliação do conhecimento dos profissionais de
Enfermagem na prevenção da lesão por pressão na terapia intensiva. Escola Anna
Nery, v. 26, p. e20210200, 2022.
CALl, E.; PEDERSEN, J.; BILL, B.; BLACK, J.; ALVES, P.; BRINDLE, C.T.; DEALEY,
C.; SANTAMARIA, N.; CLARK, M. Enhancing pressure ulcer prevention using wound
dressings: what are the modes of action? Int Wound J. vol.2, n.4, p.408-13. 2015.
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R.A.R. Terms of specialized nursing language for people with pressure injury. Rev
Bras Enferm. Vol.72, n.4, p.1028-35. 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-
2018-0492. Acess: 2023 fev 21.
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and Potential Future Opportunities in Pressure Injuries (Bedsores) Management: A
Systematic Review. Int J Environ Res Public Health. Vol.20, n.1. p.796. 2023. DOI:
10.3390/ijerph20010796. Acess: 2023 fev 21.
EPUAP. European Pressure Ulcer Advisory Panel. National Pressure Injury Advisory
Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention and Treatment of
Pressure Ulcers/Injuries: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.). EPUAP/
NPIAP/PPPIA; 2019. Available from: https://npiap.com/page/Guidelines. Acess: 2023
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JANSEN, R.C.S.; SILVA, K.B.A.; MOURA, M.E.S. Braden Scale in pressure ulcer risk
assessment. Rev Bras Enferm. Vol.73, n.6, p.e20190413. 2014. Available from: http://
dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0413. Acess: 2023 fev 21.
LOPES, C.M. de M.; HAAS, V.J.; DANTAS, R.A.S.; OLIVEIRA, C.G. de; GALVÃO, C.M.
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MURPHY, C.; ATKIN, L.; VEGA DE CENIGA, M.; WEIR, D.; SWANSON, T..
International consensus document. Embedding Wound Hygiene into a proactive
wound healing strategy. J Wound Care. Vol.31, n.:S1–S24. 2022. Available from:
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TEIXEIRA, A. de O.; BRINAT;, L.M; TOLEDO, L.V.; SILVA NETO, J.F. da; TEiXEIRA,
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2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2021-0267. Acess: 2023 fev 21.
67
ANEXOS
ANEXO 1: ESCALA DE OBSERVAÇÃO DO RISCO DE
LESÃO DA PELE EM NEONATOS (NSRAS)
68
4. Muito pobre. Jejum 3. Inadequada. 2. Adequada. 1. Excelente.
e/ou com líquidos Não recebe a Alimentação por Mamadeira/
intravenosa (nutrição quantidade ideal de sonda gástrica que amamentação em
parenteral ou terapia dieta líquida para permite satisfazer todas as refeições
de soro). as necessidades as necessidades que satisfazem as
Nutrição (fórmula/ leite nutricionais para o necessidades
materno), tendo que crescimento. nutricionais para o
ser suplementada crescimento.
com fluidos
endovenosos.
Total
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão, Brasília, 2020.
69
ANEXO 2: ESCALA DE BRADEN ACIMA DOS 5 ANOS
70
1. Completamente 2. Muito limitado: faz 3. Levemente 4. Nenhuma
imóvel: não faz pequenas mudanças limitado: faz limitação: faz
ATIVIDADE FÍSICA nenhum movimento ocasionais na mudanças importantes e
MOBILIDADE: do corpo, nem posição do corpo ou frequentes, embora frequentes mudanças
capacidade de mesmo pequenas extremidades, mas pequenas, mudanças de posição sem
mudar mudanças na é incapaz de fazer na posição de corpo auxílio.
e controlar a posição do corpo ou mudanças frequentes ou extremidades sem
posição do corpo extremidades sem ou significantes ajuda.
ajuda. sozinhos.
TOTAL DE PONTOS
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020
71
ANEXO 3: ESCALA DE BRADEN-Q
72
1. Constantemente 2. Frequentemente 3. Ocasionalmente 4. Raramente
úmida: A pele fica úmida: A pele está úmida: A pele está úmida pele: A pele
constantemente frequentemente, mas ocasionalmente geralmente está
UMIDADE: úmida por suor, nem sempre úmida. úmida, necessitando seca, as trocas de
Grau de exposição urina, etc. A umidade A roupa de cama de troca de roupa fraldas são feitas de
da pele à umidade é percebida cada precisa ser trocada de cama a cada 12 rotina e as roupas
vez que o paciente pelo menos a cada 8 horas. de cama necessitam
é movimentado ou horas. serem trocadas
mudado de posição. apenas a cada 24
horas.
TOTAL DE PONTOS
Fonte: Guia Rápido de prevenção e tratamento da lesão por pressão. Brasília, 2020
73
BIOGRAFIA DOS AUTORES
Sabrina Meireles de Andrade
74
A ocorrência de lesões por pressão, em ambientes de saúde, aumenta o risco
de outros eventos adversos para os usuários atendidos nesses locais, além do
gasto dos recursos e custos em saúde para instituir o tratamento. A prevenção
através da identificação precoce do indivíduo em risco e o estabelecimento de
medidas de prevenção, requer um esforço da equipe multidisciplinar para o
sucesso das ações e proporciona economia e diminuição da morbidade para
a instituição.
ALEXANDRA LINO
Enfermeira Estomaterapeuta TiSobest. Mestre em Enfermagem pela UNB.
Especialista em Estomaterapia pela UNB. Especialista em Enfermagem
Cirúrgica pela FEPECS. Coordenadora no Ambulatório de Estomaterapia do
HBDF. Enfermeira assistencial da unidade de Proctologia do HBDF.
75