Manual de Transfusao - 3 Edicao 2023
Manual de Transfusao - 3 Edicao 2023
Manual de Transfusao - 3 Edicao 2023
1. Introdução .......................................................................................... 03
9. Hemoglobinopatias ............................................................................. 26
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1. Introdução
3
b) Coleta Automatizada por Aférese: Utilizando-se um equipamento
automatizado específico é possível se obter um ou mais componentes
sanguíneos (CP, CH e PF) de um único doador, numa mesma doação, sem
necessidade da coleta de sangue total.
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A irradiação gama é realizada para a prevenção da doença do enxerto contra
o hospeiro associada à transfusão (DECH-AT). Esta é uma complicação imune
mediada, usualmente fatal, causada pela enxertia e expansão clonal dos
linfócitos do doador em receptores susceptíveis.
5
• Concentrado de Hemácias Lavado (CHL): É o CH submetido à lavagem
manual ou automatizada com solução salina estéril. O objetivo é eliminar
a maior quantidade possível de plasma originalmente presente na bolsa.
É indicado em pacientes com antecedentes de reações alérgicas graves
associadas a transfusões não evitadas com uso de medicamentos, como
também em pacientes com deficiência de IgA, haptoglobina ou transferrina com
seus respectivos anticorpos. Como o processo de lavagem leva à abertura do
sistema e ainda remove a solução anticoagulante/preservante da unidade,
o CH lavado tem validade de 24 horas após o procedimento de lavagem,
independentemente da data original da coleta.
6
• CP Irradiados: São aqueles que foram submetidos à irradiação gama.
O objetivo da irradiação e a dose são os mesmos discutidos ante-
riormente para CH.
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não necessita ser utilizada em conjunto com equipo padrão de transfusão. Por outro
lado, hemocomponentes leucorreduzidos pré-estoque devem obrigatoriamente ser
transfundidos com a utilização de equipos com filtros específicos para sangue.
4. Reação Transfusional
8
4.1 Sinais e Sintomas da Reação Transfusional Aguda
Os sinais e sintomas que mais frequentemente estão associados a essas ocorrências
são:
• Febre (temperatura ≥ 38ºC) e aumento de pelo menos 1ºC em relação ao
valor pré-transfusional;
• Tremores e calafrios associados ou não à febre;
• Alterações cutâneas (pápula, prurido, urticária, edema localizado
ou generalizado);
• Alterações agudas na pressão arterial (hipertensão ou hipotensão);
• Alterações respiratórias (dispneia, taquipneia, hipóxia e sibilos);
• Náusea (com ou sem vômito);
• Dor no local da infusão, dor torácica, dor abdominal ou dor lombar; e
• Manifestações hemorrágicas.
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Nota 2: Falência circulatória, sem febre, tremores e/ou calafrios, sugere anafilaxia.
10
• Realizar uma história pré-transfusional detalhada, incluindo história
gestacional, transfusional, diagnóstico e tratamentos anteriores;
• Atenção em todas as etapas relacionadas à transfusão;
• Atenção redobrada na conferência da bolsa e do paciente à beira do leito;
• Infundir lentamente os primeiros 50 mL da unidade;
• Conforme o tipo e a frequência da reação transfusional, usar
pré-medicações, hemocomponente leucorreduzido, irradiado ou lavado.
11
Nota 6: Estas recomendações acima não se aplicam para pacientes com doença
coronariana aguda e anemias crônicas dependentes de transfusão.
Nas situações clínicas abaixo não há evidências até o momento de qual é a melhor
estratégia de gatilho transfusional, restritiva ou liberal:
12
Nota 8: O volume de transfusão para neonatos é de 10-20 ml/kg, habitualmente
15 ml/kg. Volume superior a 20ml/kg em pacientes sem sangramento ativo pode
aumentar o risco de sobrecarga circulatória.
5.1.6.1 Indicações
Os CH grupo O RhD negativo devem ser reservadas para a transfusão
conforme segue:
- Obrigatórias:
Mulheres O RhD Negativo com potencial para engravidar (<49 anos de idade);
Homens e mulheres O RhD Negativo com anti-D;
Transfusão intrauterina;
Indivíduos Rh-negativos (qualquer idade) candidatos a receber transfusões
crônicas (por exemplo, indivíduos com hemoglobinopatias , mielodisplasia
e aplasia de medula).
- Geralmente aceitáveis
Homens O RhD negativo não candidatos a transfusão maciça (> 4-6 unidades);
Mulheres O RhD negativo sem potencial para engravidar (> 49 anos de idade)
e não candidatos a transfusão maciça (> 4-6 unidades);
Crianças não O RhD negativo com menos de 1 ano de idade, em que unidades
grupo específicas não estão disponíveis.
- Provavelmente desnecessárias
Pacientes do sexo masculino O RhD negativo sem anti-D que necessitem de
transfusão de grande volume (> 4-6 unidades);
13
Mulheres O RhD negativo sem potencial para engravidar (>49 anos de idade) e que
necessitem de transfusão de grande volume (> 4-6 unidades);
Pacientes não O RhD Negativo porque a unidade está prestes a vencer;
Nas transfusões de emergência é importante que a definição do tipo sanguíneo do
paciente seja realizada o mais rapidamente possível para adequar as transfusões ao
tipo específico e, assim, evitar a depleção dos estoques do grupo O RhD negativo.
14
5.2.2 Indicação de Transfusão Profilática em Adultos
(Sem sangramento ou sangramento grau I da OMS)
• P1: Pacientes estáveis, hospitalizados, com contagem plaquetária ≤ 10.000/mm3;
• P2: Pacientes com fatores de risco adicionais para sangramento (ex. sepse, febre
alta, anormalidades da hemostasia, etc.), com contagem plaquetária ≤
20.000/mm3;
• P3: Pacientes com falência medular crônica para prevenir sangramento grau ≥2,
com contagem plaquetária ≤ 5.000/mm3, considerar introduzir uma estratégia de
profilaxia, como por exemplo 2 vezes por semana; e
• P4: Leucemia Promielocítica Aguda (M3) e contagem plaquetaria ≤ 30.000/mm3
• P5: Pré-procedimento invasivo (vide Quadro 4 a seguir).
15
5.2.4 Condições Especiais
A transfusão de plaquetas pode ser necessária em pacientes
portadores de Disfunção Plaquetária. A transfusão está indicada
principalmente na presença de sangramento importante ou não
responsivo a outras medidas como antifibrinolitico,estrógeno
e DDAVP. Pode ser indicada também para prevenção de sangramento
em procedimentos invasivos.
Em pacientes portadores de Tromboastenia de Glanzman e Bernard-
Soulier o fator VII recombinante deve ser considerado na vigência de
sangramento e presença de aloimunização plaquetária..
Disfunção Plaquetária Adquirida: Drogas anti-plaquetárias: Os dados
disponíveis em literatura, no momento, não permitem demonstrar
o benefício da transfusão de plaquetas em pacientes recebendo
antiagregante plaquetário com sangramento severo, devendo ser
considerado risco x benefício da transfusão.
No caso de necessidade de procedimento invasivo deve ser
considerado antes da indicação de transfusão a intensidade da
antiagregação antes da suspensão do(s) antiagregantes.
Utilizar medidas hemostáticas gerais para tratar o sangramento nos
pacientes em uso de aspirina, antagonista de P2Y12 ou inibidor de
glicoproteína IIa/IIIb. Se necessário, considerar interromper
a administração da droga;
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT): Transfusão de plaquetas
só indicada se houver risco de morte decorrente do sangramento;
Trombocitopenias Imunes (Púrpura Trombocitopênica Imunológica,
Trombocitopenia Induzida por Heparina (tipo II), Púrpura Pós-
Transfusional): Pré-procedimento quando outra terapia for ineficaz;
o procedimento é urgente ou há risco de morte devido
a sangramento. Considerar os gatilhos acima. No entanto, os
gatilhos podem ser inalcançáveis. Nestes casos, aplicar uma
avaliação individualizada. Em PTI, considerar administração conjunta
de imunoglobulina endovenosa e em púrpura pós-transfusional (PPT),
imunoglobulina é o tratamento de escolha.
16
Nota 13: Não é recomendada a transfusão profilática de concentrado de
plaquetas para cirurgia de catarata.
Nota 15: Todas as transfusões de plaquetas devem ser precedidas por uma
contagem laboratorial recente (no mesmo dia).
Nota 16: Concentrados de plaquetas obtidos por ST ou por aférese têm a mesma
eficácia no controle do sangramento.
Mais de 80% das causas da refratariedade plaquetária são por fatores não
imunológicos. Dentre as causas imunológicas, a aloimunização HLA é a prin-
cipal responsável, seguida da aloimunização por antígenos plaquetários
específicos (HPA).
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Muitos fatores podem interferir na resposta inadequada à transfusão de
plaquetas (refratariedade plaquetária) e, portanto, na sua eficácia terapêutica.
CCI = IP x SC x 1011
N
Onde:
IP= incremento na contagem de plaquetas (x109/L) (contagem pós-
transfusional - contagem pré-transfusional)
SC= superfície corpórea (m2)
N= número de plaquetas transfundidas (x 1011/L) (contagem plaquetária
do “pool” ou concentrado de plaquetas por aférese x volume do
hemocomponente)
Se o CCI for <5000 = Refratariedade Plaquetária
18
5.2.7.2 Transfusão Profilática em Idade Superior a 4 Meses
Para as crianças maiores considerar:
Gatilho de 50.000 a 100.000/mm3 para pacientes em membrana de
circulação extracorpórea (ECMO), circulação extracorpórea (CEC), cirurgias
de grande porte (neurocirurgia) ou em locais delicados (oftalmológicas); e
Gatilho de 50.000/mm3 antes de procedimentos invasivos como EDA,
broncoscopia, biópsia hepática, extração dentária.
Punção lombar : gatilhos entre 20.000-50.000/mm3. Muitos serviços
adotam gatilho de 30.000/mm3
Em pacientes estáveis, com plaquetopenia hipoproliferativa e sem risco
associado, podemos tolerar contagens de 10.000/mm3;
Independentemente da plaquetometria, a transfusão profilática de
concentrado de plaquetas (CP) deve ser evitada em PTI, hiperesplenismo,
plaquetopenia induzida por heparina e PTT, devido ao baixo rendimento nas
três primeiras situações e ao risco de piora clínica no caso da última. Se as
crianças portadoras desses quadros clínicos apresentarem sangramento
grave (> grau II), a transfusão de concentrado de plaquetas (CP) terá
caráter terapêutico.
19
ajustada pelo percentual de redução de atividade funcional, quando
conhecido.
5.2.7.4 Contraindicações
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
o Exceto se houver sangramento com risco de morte.
20
• RNI elevado em pacientes sem sangramento e sem programação
de procedimento invasivo;
• Reversão da ação da heparina e da Heparina/LMWH; e
• Reversão da ação de inibidor de Fator Xa ou Fator IIa.
Nota 24: Não é necessário considerar o tipo Rh(D) para transfusão de com-
ponente plasmático.
5.4 Crioprecipitado
5.4.1 Indicações
• C1: Repor fibrinogênio em pacientes com hemorragia ou indicação de
procedimento invasivo na deficiência isolada, congênita ou adquirida
de fibrinogênio, quando não houver disponibilidade do concentrado
de fibrinogênio industrial;
• C2: Repor fibrinogênio em pacientes com sangramento maciço, se concentração
de fibrinogênio <1,5g -2,0/dL, quando não se dispuser do concentrado
de fibrinogênio industrial;
• C3: Repor Fator XII em pacientes com hemorragia ou com indicação
de procedimento invasivo por deficiência deste fator, quando não se dispuser
do concentrado de fator XIII industrial;
• C4: Fase aguda de LMA promielocítica se concentração de fibrinogênio <1-
1,5g/dL;
• C5: Hemorragia intracraniana secundária ao uso de ativador tissular
do plasminogênio, caso a concentração de fibrinogênio seja <2g/dL; e
• C6: Tratamento de sangramento em pacientes com doença de von Willebrand
ou hemofilia A, na ausência de concentrado de fator industrial e se DDVAP é
inacessível ou ineficaz.
5.4.2. Contraindicação
• CID na ausência de sangramento ou procedimento invasivo programado.
21
• Portador de imunodeficiência congênita grave;
• Transplante de células progenitoras hematopoéticas, autólogo ou alogênico;
• Pacientes tratados com análogos da purina, fludarabina, cladribina
e deoxicoformicina;
• Receptor de transplante multivisceral, de coração e de pulmão;
• Portadores de linfomas, leucemia mieloide aguda (LMA) e anemia aplástica,
em tratamento quimioterápico ou imunossupressor;
• Receptor de plaquetas HLA compatíveis;
• Transfusão de hemocomponentes de doadores aparentados, com qualquer
grau de parentesco;
• Neuroblastoma e sarcoma; e
• Transfusão de concentrado de granulócitos.
Nota 25: A leucorredução pode ser realizada pré-estocagem ou até 48 horas após
a estocagem. As plaquetas podem ser leucorreduzidas por filtração ou durante
a coleta por aférese.
22
6.5 Indicações de Aquecimento de Hemocomponentes
• Transfusões de grandes volumes;
• Adulto: superior a 50 mL/kg/hora;
• Crianças: superior a 15 mL/kg/hora;
• Transfusões maciças;
• Paciente com altos títulos de anticorpo hemolítico frio com alta amplitude
o
térmica, que reagem a 37 C; e
• Exsanguíneotransfusão.
Porém existe muita limitação para a definição acima e por esse motivo
foram estabelecidos outros critérios para alto risco de óbito por
hemorragia:
“Critical Administration Threshold for 1 hour (CAT-1)”: administração de
≥3 concentrados de hemácias em 1 hora.
“Resuscitation Intensity (RI) Score”: administração de ≥4 componentes
em 30 minutos (correspondem a 1 componente: 500 ml de colóide,
1000 ml de soro fisiológico, 1 concentrado de hemácias, 1 plasma
fresco congelado)
23
unidade de plaqueta para cada unidade de concentrado de hemácias,
lembrando que 1 pool de plaquetas equivale a 4 ou 5 unidades
individuais.
b) utilização de testes point of care (POC), os quais monitoram em tempo real as
propriedades viscoelásticas da coagulação através da tromboelastometria rotacional
(ROTEM) e a tromboelastometria (TEG)
• Uma opção é ter unidades “líquidas” de plasma fresco para uso imediato em
casos de emergência, preferencialmente AB; e
• Na falta destas unidades, uma outra opção pode ser descongelar
inicialmente unidades A, que são compatíveis com aproximadamente
80% dos pacientes. Feito isso, utilizar plasma fresco isogrupo.
24
8. Transfusão Maciça em Pediatria (TM)
Posto isto, os protocolos de transfusão maciça com CH, PFC e CP com uso
associado de ácido tranexâmico devem ser iniciados também mais precocemente
que em adultos.
25
(palidez, hipotensão, taquicardia, taquipneia e alteração do nível de
consciência) podem orientar a necessidade transfusional.
9. Hemoglobinopatias
Uma situação rara, porém dramática, na qual estão sujeitos os pacientes com
hemoglobinopatias hereditárias (falciformes e talassêmicos) é a síndrome de
hiperemólise ou hemólise Bystander. A situação é reconhecível quando
o rendimento da transfusão de CH é negativo, ou seja, o nível de Hb pós-
transfusional é inferior ao pré-transfusional, sem sinais de perda e com sinais de
agravo da hemólise após a transfusão. Algumas teorias ainda tentam explicar
a fisiopatologia do fenômeno e a condução clínica requer grande proximidade entre
26
Hematologista e hemoterapeuta, pois todos os esforços devem ser feitos para
evitar transfusão de CH: eritropoietina, oferta de ferro, imunoglobulina endovenosa
(IVIG), combinada ou não a outras medidas imunossupressivas e medidas
alternativas de suporte para evitar o colapso hemodinâmico dos pacientes,
além de extremo rigor na compatibilidade entre os fenótipos eritrocitários de
doador e receptor, idealmente baseados em genotipagem de ambos.
27
CPDA-1 - solução preservativa e anticoagulante contendo ácido
cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina.
PCC- Complexo protrombínico
CPP- conteúdo de plaquetário do produto
CPI- concentrado de plaquetas irradiado
Crio- crioprecipitado
DDAVP- desmovasopressina
AHAI- anemia hemolítica autoimune
AVC- acidente vascular cerebral
ATG- globulina antitimocítica
CEC- Circuito extracorpóreo
CCI- correct count increment – incremento plaquetário
CH- concentrado de hemácias
CHAF- concentrado de hemácias aférese
CHF- concentrado de hemácias filtradas
CHFI- concentrado de hemácias filtradas e irradiadas
CHI- concentrado de hemácias irradiadas
CHL- concentrado de hemácias lavadas
CHLR- concentrado de hemácias leucorreduzidas
CID- coagulação intravascular disseminada
CMV- citomegalovírus
CP- concentrado de plaquetas
CPAF- concentrado de plaquetas por aférese
CPDA-1 - solução preservativa e anticoagulante contendo ácido
cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina.
PCC- Complexo protrombínico
CPP- conteúdo de plaquetário do produto
CPI- concentrado de plaquetas irradiado
Crio- crioprecipitado
DDAVP- desmovasopressina
DECH-AT- doença do enxerto contra o hospedeiro associada
à transfusão
AHAI- anemia hemolítica autoimune
AVC- acidente vascular cerebral
ATG- globulina antitimocítica
CEC- Circuito extracorpóreo
CCI- correct count increment – incremento plaquetário
CH- concentrado de hemácias
CHAF- concentrado de hemácias aférese
CHF- concentrado de hemácias filtradas
CHFI- concentrado de hemácias filtradas e irradiadas
CHI- concentrado de hemácias irradiadas
CHL- concentrado de hemácias lavadas
CHLR- concentrado de hemácias leucorreduzidas
CID- coagulação intravascular disseminada
CMV- citomegalovírus
CP- concentrado de plaquetas
CPAF- concentrado de plaquetas por aférese
28
CPDA-1 - solução preservativa e anticoagulante contendo ácido
cítrico,
citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e adenina.
PCC- Complexo protrombínico
CPP- conteúdo de plaquetário do produto
CPI- concentrado de plaquetas irradiado
Crio- crioprecipitado
DDAVP- desmovasopressina
DECH-AT- doença do enxerto contra o hospedeiro associada
à transfusão
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