0% acharam este documento útil (0 voto)
10 visualizações9 páginas

Relatório Nº1 MB

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1/ 9

Instituto de Engenharias e Ciências do Mar – UTA

Licenciatura em Ciências Biológicas


Unidade curricular: Microbiologia

Relatório nº1
MORFOLOGIA MICROSCÓPICA DE BACTERIA E
COLORAÇÃO PELO METÓDO DE GRAM

Docente: Natalina Spencer


Discentes:
Endrikson Alves
Elainy Ramos
Luana Oliveira
Junho de 2024
Índice geral

Índice geral.......................................................................................................................................1
Objetivos...........................................................................................................................................2
Matérias e métodos..........................................................................................................................3
Materiais.......................................................................................................................................3
Metodologia..................................................................................................................................3
Resultados e Discussão.....................................................................................................................4
Resultados.....................................................................................................................................4
Discussão.......................................................................................................................................5
Conclusão..........................................................................................................................................7
Referências Bibliográficas...............................................................................................................8

1
Objetivos

• Corar uma lâmina pelo método de Gram;


• Reconhecer os principais tipos morfológicos bacterianos;
• Observar os principais arranjos das células bacterianas;
• Reconhecer bactérias Gram positivas e Gram negativas ao microscópio;
• Compreender a importância dessa coloração para microbiologia clínica;
• Compreender cada etapa do processo de coloração, bem como a função de cada substância
utilizada.

2
Matérias e métodos
Materiais

- Meios de cultura contendo crescimento bacteriano


- Lâminas para preparação do esfregaço
- Solução salina
- Alça bacteriológica
- Bico de Bunsen
- Bateria de corantes para o Gram

Metodologia

I. Preparação do esfregaço a partir de cultura prévia


Primeiramente limpou-se uma lâmina de vidro (passar algodão embebido em álcool) e
identificou-se o lado da lâmina onde será feito o esfregaço, assim como sua procedência.
Quando a cultura for em meio sólido, colocou-se uma gota de água destilada esterilizada ou
salina esterilizada sobre a lâmina e com uma alça bacteriológica (estéril descartável), colheu-se
uma pequena quantidade de crescimento bacteriano da superfície do agar e suspendê-la na gota
de água destilada, espalhando suficientemente para obter um esfregaço fino. De seguida deixou-
se a lâmina secar à temperatura ambiente e fixou-se na chama do bico de Bunsen, cortando a
chama por 3x.
Observação: quando se usa alça bacteriológica de plantina, esta deve ser aquecida ao rubro
antes (para não contaminar a cultura bacteriana) e após (para não desprezar contaminada na
bancada) o contato com a cultura bacteriana, tomando-se o cuidado de deixá-la esfriar dentro do
campo de esterilidade da chama (próximo ao bico de Bunsen).

II. Técnica de Gram


Cobriu-se o esfregaço bacteriano com cristal violeta, deixar agir 1 minuto e verter o corante na
cuba. Removeu-se o excesso da solução de cristal violeta da lâmina, lavando-a levemente com
água corrente (opcional). Cobriu-se o esfregaço com solução de lugol, deixar por 1 minuto e
retirar a seguir, lavando com um filete de água. De seguida descorou-se o esfregaço usando uma
solução de álcool acetona, rapidamente 10 seg. e lavando-o com água corrente, imediatamente.
Cobriu-se o esfregaço com a Fucsina, deixando por 1 minuto antes de retirar. Depois lavou-se
com água corrente e pro fim secou-se com papel absorvente.
Para observar a lâmina, colocou-se uma gota de óleo de imersão sobre o esfregaço corado e
analisou-se no microscópio, com objetiva de 100X.

3
Resultados e Discussão

Resultados
Tabela 1 Observação de Lâminas de cultura prévia

Lâminas observadas
Lâmina nº 6 Bacillus Gram-
Lâmina nº 7 Bacillus Gram-
Lâmina nº 8 Cocus Gram+
Lâmina nº 9 Bacillus Gram-

Tabela 2 Coloração de lâminas pelo Técnica de Gram

Lâminas coradas
Lâmina nº 1 Staphylocus Gram+
Lâmina nº 2 Fungos (coloração roxa)
Lâmina nº 3 Diplococus Gram-
Lâmina nº 4 Diplococus Gram+
Lâmina nº 5 Cocus Gram+

Figura 1 Lâminas coradas pela Técnica de coloração de Gram

4
Discussão
A morfologia celular pode ser facilmente reconhecida, observando a célula bacteriana que foi
submetida a um processo de coloração. Geralmente este é um indicador inadequado das demais
propriedades de uma célula bacteriana. Assim, com rarı́ssimas exceções, é impossı́vel prever-se a
fisiologia, ecologia, filogenia, potencial patogênico ou praticamente qualquer outra propriedade de
uma célula procariótica simplesmente conhecendo-se sua morfologia.
Em 1884, o médico dinamarquês Hans Cristian Joaquim Gram observou que bactérias
apresentavam cores distintas quando submetidas a um processo de coloração, o que o fez classificá-
las em dois grupos distintos, Gram-positivas e Gram-negativas (TEIXEIRA, 2001; SANTIAGO,
2003).
O processo inicial de coloração proposto por Gram consiste em colorir as bactérias com corante
violeta e em seguida usar um fixador; posteriormente é feita uma descoloração com uma mistura
alcoólica para posterior novo tingimento com o segundo corante, fucsina. As Gram-positivas se
mantêm na coloração violeta, ao contrário das Gram-negativas, que adquirem nova coloração,
vermelha (TEIXEIRA, 2001).

Figura 2 Estrutrura típica da parede celular de bactérias: a) gram negativa e b) gram positivas.

A morfologia celular pode ser facilmente reconhecida, observando a célula bacteriana que foi
submetida a um processo de coloração. Geralmente este é um indicador inadequado das demais
propriedades de uma célula bacteriana. Assim, com rarı́ssimas exceções, é impossı́vel prever-se a
fisiologia, ecologia, filogenia, potencial patogênico ou praticamente qualquer outra propriedade de
uma célula procariótica simplesmente conhecendo-se sua morfologia.
O método de coloração de Gram é diferencial pois baseia-se na diferença química existente entre as
bactérias e consequentemente na reação diferente que as bactérias podem apresentar frente a um
determinado corante. É utilizada para distinguir diferentes tipos de bactérias. É o mais empregado
na rotina bacterioscópica, pois permite:
- Identificação e classificação das bactérias - dividir as bactérias em dois grupos Gram-positivas e
Gram-negativas;
-Observação da forma celular e o tipo de agrupamento;
-Prestar informações a respeito do comportamento da composição da parede celular (Gram positiva
e Gram negativa) frente aos corantes básicos;

5
-Fácil execução;
- Visualização da morfologia da célula bacteriana: cocos ou bacilos e dos arranjos entre as células
(células isoladas, em cachos, em cadeias).
Não compreendida por muitos anos, a diferença entre os dois tipos de bactéria está na estrutura da
parede celular (HOGG, 2005).As bactérias Gram-positivas (Fig. 2b) possuem, na parede celular,
uma camada de peptidoglicano mais espessa do que as bactérias Gram-negativas (Fig. 2a). Quando
aplicado em células Gram-positivas e Gram-negativas, o corante cristal violeta (violeta de genciana)
e o iodo (Lugol) penetram facilmente. Porém, dentro das células eles se combinam para formar o
complexo violetalugol (iodo-pararosanilina). Nas bactérias Gram-positivas, por causa da maior
quantidade de peptidoglicano, o complexo iodopararosanilina não é removido facilmente pelo
tratamento com álcool e, assim, estas células mantêm a cor roxa. Nas bactérias Gram-negativas, o
álcool penetra a membrana externa e o complexo violeta-lugol é removido da camada fina de
peptidoglicano. Estas células são, em seguida, coradas pelo segundo corante (corante de contraste
ou de fundo), a Fucsina ou Safranina, adquirindo a coloração rosa (HOGG, 2005; Gram Stain
Protocols).
Esta coloração é o ponto de partida na identificação da maioria das bactérias de interesse médico ou
ambiental. Para identificação final da bactéria, deverão ser realizadas provas bioquímicas e outras
provas.

Figura 3 Processo de elaboração da Técnica de coloração de Gram

6
Conclusão
A realização deste relatório descreve o sucesso no alcance dos objetivos inicialmente
propostos, sendo fundamental para o entendimento e a prática da microbiologia clínica,
uma vez que a coloração de Gram é uma técnica essencial na identificação e classificação
de bactérias. Ao corar uma lâmina pelo método de Gram, adquiriu-se habilidades práticas
importantes, como a manipulação adequada de materiais de laboratório e o entendimento
das propriedades químicas das células bacterianas.

Ao reconhecer os principais tipos morfológicos bacterianos, possibilitou diferenciação entre


bactérias com diferentes formas, tamanhos e arranjos celulares. Isso é crucial para a
identificação precisa de patógenos em amostras clínicas.

Observar os principais arranjos das células bacterianas permite o reconhecimento de


padrões comuns, como cocos, bacilos e espirilos, o que é essencial para a identificação
preliminar de bactérias.

Ao distinguir bactérias Gram positivas e Gram negativas ao microscópio, desenvolve-se a


capacidade de identificar características específicas das paredes celulares bacterianas, um
aspecto crucial na diferenciação de diferentes tipos de bactérias.

A compreensão da importância da coloração de Gram para a microbiologia clínica reside


no fato de que essa técnica permite uma rápida identificação preliminar de bactérias, o que
é crucial para orientar o tratamento adequado de infecções bacterianas. Além disso, a
coloração de Gram fornece informações relevantes sobre a resistência a antibióticos e a
virulência bacteriana, auxiliando na tomada de decisões clínicas informadas. Sendo
necessária a compreensão de cada etapa do processo de coloração de Gram, bem como a
função de cada substância utilizada, é fundamental para garantir resultados precisos e
confiáveis. O sucesso na realização dessa técnica demonstra proficiência técnica e
compreensão dos princípios fundamentais da microbiologia clínica.

Em conclusão, a correta execução e compreensão dos objetivos relacionados à coloração de


Gram são essenciais para a prática eficaz da microbiologia clínica, contribuindo para
diagnósticos precisos e tratamentos adequados de infecções bacterianas..

7
Referências Bibliográficas

HOGG, S. Essential Microbiology. Glamorgan, UK: Viruses, 2005. p. 260.


TEIXEIRA, P. R. Técnica de Coloração de Gram. Ministerio da Saúde, 2001. p. 67.
American Society for Microbiology. Protocols: Gram Stain Protocols.
SANTIAGO, Axel Rodolfo. (2003). Hans Christian Joachim Gram. Revista de la Sociedad
Venezolana de Microbiología, 23(2), 200-201.

Você também pode gostar