Principios Fundamentais Da Termodinâmica - 025455

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO

ISCED-UÍGE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS
SECÇÃO DE QUÍMICA

TRABALHO EM GRUPO
DE
QUÍMICA FÍSICA

TEMA: OS PRINCÍPÍOS FUNDAMENTAIS DA TERMODINÂMICA

GRUPO Nº:01
IIIº ANO
PERÍODIO: Diurno
CURSO: Ensino de Química

ORIENTADO PELO DOCENTE:


___________________________
Dr. Kafunda José

UÍGE/2023
Introdução

No presente trabalho abordaremos sobre os princípios fundamentais da termodinâmica


que pode ser definida como o estudo das relações entre as propriedades que
caracterizam um dado estado do sistema e os processos responsáveis por mudanças em
sua vizinhança. Na química, a compreensão de vários sistemas macroscópicos presentes
em nosso cotidiano envolve o estudo da termodinâmica clássica, cujo pensamento é
predominantemente dedutivo. Esta se desenvolveu em parte a partir de certas premissas
e conceitos fundamentais, de natureza empírica, resultantes de observações
experimentais. Neste trabalho iremos descrever muitos conceitos ; a primeira lei da
termodinâmica, 𝑑𝑈 = 𝑑𝑞 + 𝑑𝑤, que é a lei de conservação de energia; ela estabelece
que haja um fluxo de energia, na forma de trabalho e/ou calor, durante uma mudança de
estado.

Entretanto ela nada diz a respeito da espontaneidade de um processo, isto é, ela não
fornece informação sobre o sentido preferencial deste fluxo de trabalho ou sobre a fonte
de calor do mesmo. As questões não elucidadas pela primeira Lei serão respondidas
pela segunda Lei da Termodinâmica, que estabelece um critério de espontaniedade nas
mudanças de estado. A segunda Lei da Termodinâmica reconhece duas classes de
processos: os espontâneos e os não-espontâneos. Os indícios experimentais apontam
para o fato de que toda mudança de estado espontânea é acompanhada por dispersão
desordenada da energia. A fim de se estudar a termodinâmica, divide-se o universo em
duas partes: o sistema que se deseja estudar e suas vizinhanças.

As leis da termodinamica estudam os sistemas em que ha troca de energia e como esse


clor altera os estados de temperatura,pressao e volume em um processo fisico
Definições de Termodinâmica

Termodinâmica: é uma ciência que estuda a matéria e os fenómenos que envolvem


trabalho, calor e energia em geral.

Termodinâmica é a ciência que trata do calor e do trabalho, e daquelas propriedades das


substâncias relacionadas ao calor e ao trabalho.

Sua base é a observação experimental.

Leis Fundamentais Termodinamica

Lei Zero: Equilíbrio térmico;

1 a Lei: Conservação da energia;

2 a Lei: Irreversibilidade e entropia;

3 a Lei: Propriedades da matéria quando próxima do zero absoluto (0 ´ K, Nernst);

Abordagens

Termodinâmica fenómenolôgica ou macroscópica: Estabelece leis macroscópicas que


procuram resumir resultados experimentais e postulados. Determina propriedades
específicas da matéria por meio de medições. Considera o efeito medio de um conjunto
de moléculas, perceptíıvel por instrumentos.Trata o meio como contíınuo.

Termodinamica estatíıstica: basea-se em considerações moleculares e calculos


probabilísticos. Estabelece leis fundamentais e estuda em profundidade a estrutura da
materia para explicar suas propriedades em termos de leis mais genéricas da natureza.
Aqui encaixa-se, por exemplo, a teoria cinetica dos gases e a mecânica estatística.

Sistema

Totalidade das substâncias contidas numa mesma superfície fechada chamada


fronteira, que por sua vez é uma superfície [geometrica] imaginária. Num sistema o
conjunto de moléculas que o compõe e´ sempre o mesmo.

Todo meio externo a essa quantidade de massa é chamado vizinhança.

Sistema isolado é aquele que não interage com a vizinhança.


Energia pode ”fluir” atraves da fronteira de um sistema.

Volume de Controle

Quando há variação de massa do ”sistema”, este recebe o nome de volume de controle


(VC) e a superfície imaginaria que o envolve e´ chamada de superfície de controle (SC).

A massa e energia podem ”fluir” atraves da SC.

Num VC a massa e energia podem permanecer constantes, aumentar ou diminuir.

Sistema, como definido na transparencia anterior, tambêm recebe o nome de sistema


fechado e VC de sistema aberto.

Fase

Fase é definida como uma quantidade de matéria homogênea que apresenta mesma
estrutura fÍsica; quando mais de uma fase está presente, elas se acham separadas por
meio dos contornos das fases. E a estrutura física (sólida, líquida ou gasosa) que permite
a identificação destes contornos.

O2 +N2 → uma fase gasosa

Água + Álcool → uma fase líquida

Água + Óleo ´ → duas fases líquidas

Água + Gelo ´ → duas fases distintas: líquida e sólida...

Estado

Estado de uma substância é o conjunto de propriedades termodinâmicas que definem


sua condição.

O conceito de estado e mais amplo que o de fase. Um estado é dito estar fixo quando as
propriedades intensivas para um dado sistema forem especificadas.

Mudança de estado ocorre sempre que uma ou mais propriedades de uma substância se
alteram.

Propriedade Termodinamica
Propriedade termodinâmica: é qualquer característica observável (macroscópica) de
uma substância. Muda de valor entre dois estados. É uma diferencial exata: as
propriedades em um dado instante t independem da ”historia” do sistema.

Propriedades intensivas: são aquelas independentes da massa, como temperatura,


pressão, massa específica, etc. Podem ser entendidas como as propriedades que
independem do tamanho do sistema.

Propriedades extensivas : são dependentes da massa, como a própria e o volume, por


exemplo. As propriedades extensivas ao serem divididas pela massa (por unidade de
massa), passam a ser propriedades intensivas. Exemplos: volume específico, energia
interna específica, etc.

Equilíbrio Termodinamico

Equilíbrio pode ser interpretado com relação a transferência de energia entre um sistema
e sua vizinhança.

Pode ser mecânico, térmico, químico, etc...

Teste: isolar um sistema de sua vizinhanc¸a e verificar se ha variac¸ ´ oes ˜ em suas


propriedades. Se nao houver, ent ˜ ao, o sistema est ˜ a em ´ equil´ıbrio.

O estado de não equilíbrio e aquele onde ocorrem variações espaciais de propriedades


intensivas.

Equilíbrio Termodinâmico = Equilíbrio Mecânico + Equilíbrio Térmico + Equilíbrio


Quíımico +

...

No caso do equilíbrio termodinâmico o sistema é incapaz de uma troca espontanea de


estado.

Processo e Ciclo

Processo e o caminho pelo qual o sistema passa, determinado por ´ sucessivas


mudanc¸as de estado, desde um estado inicial ate um final.
Quando uma propriedade se mantem constante num processo o prefixo iso e utilizado.
Assim, um processo ´ isotermico ´ é aquele no qual a propriedade temperatura se
mantem constante. Outros: ´ isobarico ´ ≡ pressao constante; isocorico ´ ou
isovolumetrico ´ ≡ volume constante.

Ciclo: é uma sequência de processos em que o estado inicial é o mesmo que o estado
final.

Processo Quase-estático

Ao tirar um peso o equilíbrio mecânico deixa de existir; o êmbolo sobe até uma nova
posição de equiluíbrio. Propriedades descrevem o estado de um sistema somente se este
esta em equilíbrio.

Então, como descrever os estados de um sistema durante um processo, se o processo


real só ocorrer quando não existe equilíbrio?

Define-se processo de quase-equilíbrio (tambêm conhecido como quase-estático) como


sendo o processo no qual o desvio do equlíbrio termodinâmico é infinitesimal e todos os
os estados pelos quais o sistema passa durante um processo de quase-equilíbrio podem
ser considerados como estados de equilíbrio.

Processos de quase-equilíbrio ocorrem em movimentos suaves.


Processos de nao equilíbrio são bruscos e, nestes casos, só se pode falar de estados
inicial e final (locais de equilíbrio restabelecidos).

Lei Zero da Termodinâmica

ˆ A Lei Zero da Termodinâmica estabelece que se dois sistemas 1 e 2 estao em


equlíbrio térmico com um terceiro sistema 3, então todos estao em equilíbrio térmico.

A medida desse potencial térmico é a temperatura. Assim, quando dois corpos


possuem igualdade de temperatura com um terceiro corpo, eles terão igualdade de
temperatura entre si. Se T1 = T2 e T1 = T3 ⇒ T2 = T3

É lei porque não pode ser derivada de nenhuma outra!

Temperatura

Temperatura: é uma medida da energia cinética média do movimento translacional das


moléculas. Caracteriza a intensidade média do movimento molecular.

Igualdade de temperatura e observável quando corpos em contato não apresentam


mudança de suas propriedades com o tempo. Indica equilíbrio térmico.

Escalas de Temperatura

Fahrenheit (◦F); Celsius (◦C) - antiga escala Centígrada – são escalas relativas, baseadas
na fusão (32 ˜ ◦F, 0 ◦C) e vaporização (212 ˜ ◦F, 100 ◦C) da água á 1 atm (101325 Pa).

Kelvin (K) e Rankine (◦R) são escalas absolutas, para as quais o 0(zero) corresponde a
matéria congelada .

Relações:

TK = T◦C +273,15 ; TR = T◦F +459,67 ; T◦F = 1,8.T◦C +32

∆T sempre possui mesmo valor entre escalas compatíveis

Termometro
Corpos que mudam, pelo menos uma propriedade mensurável, com a temperatura são
utilizados como substâncias termométricas. Propriedade termométrica e´ aquela que
varia com a temperatura e e mensurável.

Pressão

Pressão: é uma tensão normal de compressão. É comum utilizar este térmo para fluídos.
Para sólidos fala-se em tensão normal (compressão ou tração

Pressão é constante independente da direção. Em termodinâmica sempre se trabalha


com a pressão absoluta.

Algumas conversões importantes:

1 atm = 101325 Pa = 101,325 kPa

1 bar = 105 Pa = 100 kPa

1 atm = 760 mmHg.


Volume e Massa específicos

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

O 1º Princípio ou 1ª Lei da Termodinâmica é uma extensão do Princípio da


Conservação de Energia. Surgiu quando percebeu-se que o trabalho poderia ser
convertido em calor, ou seja, o gasto de uma quantidade fixa de trabalho sempre origina
a produção da mesma quantidade de calor. Este princípio introduziu uma nova função
de estado (E), a energia interna do sistema.

TRABALHO E CALOR

São conceitos de fundamental importância na termodinâmica e que precisam ser


completamente entendidos, uma vez que têm significados mais restritos (são
quantidades que podem assumir valores positivos ou negativos).

Trabalho (W) – É qualquer quantidade que escoa através das fronteiras de um sistema
durante uma mudança de estado e é completamente conversível na variação da altura de
uma massa nas das vizinhanças.
Conclusões importantes sobre a definição de W:

1- W aparece apenas nas fronteiras do sistema;

2- W aparece apenas nas mudanças de estado;

3- Os efeitos do W são observados na vizinhança;

4- W = m.g.h (Gravitacional; h = Altura);

W = F . L ( Mecânico ; F = força; L = Comprimento);

W = P. ∆V (Expansão / Comprensão Volumétrica; ∆V = variação de volume);

5- Quantidade algébrica: (+ ou –).

As definições de W e Q ratificam que a verificação do escoamento de energia é


realizada através dos efeitos observados nas vizinhanças.

Exemplos:

Considere um sistema constituído por 10 g de água líquida contida num becker


(recipiente) aberto sob pressão constante de 1 atmosfera. Inicialmente a água está à 25
ºC.
Sendo assim, o estado inicial é caracterizado por P = 1 atm e T = 25 ºC. Numa segunda
etapa o sistema é mergulhado em 100 g de água à uma temperatura de 90 ºC. O sistema
é mantido em contato térmico com as 100 g de água até a temperatura estabilizar em 89
ºC, sendo depois retirado o contato.

Nesta situação a ∆E foi provocada por um escoamento de calor. Efeito observado: a


massa da vizinhança foi resfriada.

Considere um sistema constituído por 10g de água líquida contida num béquer
(recipiente) aberto sob pressão constante de 1 atmosfera. Inicialmente a água está a 25
ºC.

assim, o estado inicial é caracterizado por P = 1 atm e 21 T = 25 ºC.

Numa segunda etapa foi introduzida no sistema a pá de um agitador, movida por uma
massa que se desloca (estado intermediário).

A queda da massa faz com que a agitação provoque um aumento da temperatura do


sistema para 35 ºC, então o estado final é caracterizado por P = 1 atm e T = 35 ºC.

Como monstra a figura(1) abaixa:

Transferência de Energia
Nesta situação a ∆E foi provocada por um escoamento de trabalho. Efeito observado: a
massa da vizinhança foi rebaixada.

Trabalho de Expansão e Compressão

Expansão

Quando 1 mol de um gás altera o seu volume de V1 para V2 pela ação de uma pressão
externa (Pext), o W observado nas vizinhanças é calculado por: W = Pext (V2 – V1).

Nota: ∆V > 0 W > 0

Na figura(2) abaixo, o pistão é idealizado sem atrito e sem peso. A pressão externa é a
massa m na face externa do pistão. A temperatura é mantida constante. Quando o gás se
expande, o pistão se desloca contra a pressão externa até a altura (h).

Expansão de um gás de P1, V1, T para P2, V2, T em um único estágio e área
correspondente ao trabalho W.

A área destacada na figura (1) é o trabalho (W). Matematicamente, podese escrever o


trabalho (W) como dW = Pext. dV, pois o sistema se expande. O trabalho realizado
quando o volume passa de V1 para V2 é a integração de dW = Pext. dV entre os
volumes inicial e final.

Logo, Expressão Geral do Trabalho é:


Expressão Geral do Trabalho. A expansão em vários estágios é mostrada na figura (3).

Expansão em vários estágios: (a) expansão em 2 estágios; (b) expansão em 3 estágios;


(c) expansão em infinitos estágios.

Wtotal = W1 + W2 + W3= Pext1 (dV1) + Pext2 (dV2) + Pext 3 (dV3)

0 ≤ Pext ≤ Pfinal 0 ≤ W ≤ Wmax

A comparação das figuras que mostram a expansão a múltiplos estágios produz uma
quantidade maior de trabalho.

Expansão Livre

A expansão livre é a expansão contra uma força nula e ocorre quando a pressão externa
é igual a zero, portanto dW = 0 e W = 0, ou seja, não há trabalho quando o sistema se
expande no vácuo.

Compressão
Quando ∆V < 0 W < 0 W destruído W = Pext (V2 – V1).

Comparando o W de compressão com o W de expansão, é possível verificar que a


diferença entre eles não é só algébrica. WComp > WExp em um único estágio. O
sistema é análogo ao explicado para expansão.

A massa m deve ser suficientemente grande para produzir uma Pext significativa que
gere compressão.

Ver a figura (4):

Compressão de um gás de P1, V1 e T (a) para P2, V2 e T (b) em um único estágio.

Observar a figura(5):

Compressão em vários estágios: (a) Compressão em 2 estágios; (b) Compressão em 3


estágios; (c) Compressão em infinitos estágios.
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA

A termodinâmica define os efeitos energéticos em duas categorias: W e Q, sendo assim


a energia de um sistema varia quando há uma variação de trabalho e/ou calor.

Processos Reversíveis

Quando a transformação ocorre mediante a restauração das condições iniciais, tanto do


sistema quanto das vizinhanças, não há produção de trabalho líquido. O equilíbrio
interno de um gás é perturbado apenas infinitesimalmente.

O processo reversível requer:

• Balanço de pressão interna ou externa

• Ausência de atrito

• Tempo suficientemente grande para a restauração das condições iniciais, após


variação infinitesimal de volume.

• Processos reversíveis servem de modelo para cálculos termodinâmicos ideais.

Wcic = Wexp + Wcomp ; Wexp = Wcomp

• Os processos são idealizados a temperatura constante.


• A energia acumulada nas vizinhanças no processo de expansão é exatamente igual à
quantidade necessária para comprimir o gás para o estado inicial.

Processos Irreversíveis

Quando o sistema e/ou as vizinhanças não têm as suas condições iniciais restauradas,
exceto com o aporte de energia para o sistema.

Todos os processos reais são irreversíveis, ainda que em alguns casos seja possível fazer
uma aproximação reversível. É POSSÍVEL se aproximar da reversibilidade, mas não
atingi-la.

Como foi visto Wcic e Qcic ≠ 0 (processos reais e irreversíveis); isto indica que tanto
W quanto Q, não são variáveis de estado, pois dependem do caminho. Qualquer variável
de estado (Y) do sistema apresenta a somatória de suas diferenciais igual a zero, ao
longo de um ciclo, pois o sistema retorna ao estado inicial.

Dessa forma quando o sistema é sujeito a qualquer transformação cíclica, observou-se


que o W produzido nas vizinhanças era igual ao calor extraído nas vizinhanças.

TERMOQUÍMICA

É o ramo da termodinâmica que estuda a liberação ou absorção de calor durante uma


reação química e o modo como este calor depende das condições físico-químicas das
espécies químicas envolvidas na reação. Em outras palavras, estuda a aplicação do 1º
Princípio da termodinâmica às reações químicas.

Reações endo-exotérmicas

Durante uma reação química ocorre variação de temperatura. Assim, Essa reação pode
ser classificada como exotérmica ou endotérmica em função do sentido do escoamento
de calor.

• Exotérmica

Quando o sistema aquece durante a reação química, é necessário escoar calor para as
vizinhanças a fim de restaurar a sua temperatura inicial.

• Endotérmica

Quando o sistema resfria durante uma reação química, é necessário escoar calor a partir
das vizinhanças a fim de restaurar a sua temperatura inicial.

Calor de reação
É o calor trocado com as vizinhanças durante uma reação química em condições de
igualdade de pressão e temperatura quando todas as espécies químicas (reagentes e
produtos) envolvidas apresentam as mesmas condições de pressão e temperatura. É
medido em função da variação de temperatura apresentada por um calorímetro de
capacidade calorífica conhecida.

Calorímetro: é um aparelho cuja função é isolar o sistema das suas vizinhanças a fim de
determinar com precisão as variações que ocorrem no seu interior.

Como qualquer outra transferência de calor, o calor de reação depende das condições
existentes durante a realização do processo. Existem duas condições particulares que
relacionam os calores de reação às variações de funções termodinâmicas:

1ª) Pressão constante

→ QP = ∆H 2ª) Volume constante

→ QV = ∆E

Estado padrão

É o estado mais estável do elemento, sob pressão igual a 1 atm e temperatura igual a 25
°C. A fim de se possa comparar os calores de reação de diferentes reações químicas, foi
necessário estabelecer arbitrariamente um estado padrão de referência.

Entalpia padrão de reação (∆H°r)

É a diferença de entalpia entre produtos e reagentes por unidade de reação.


Considerando os produtos e os reagentes em condições padronizadas (estado padrão de
referência).

As entalpias absolutas (H) das substâncias são desconhecidas, mas sendo ∆H r ° uma
diferença, elas podem ser substituídas pelas entalpias relativas (entalpias padrão de
formação → ∆Hf ° ), desde que sejam consideradas nulas as entalpias dos elementos
puros nos seus estados padrão de referência (T = 25 °C e P = 1 atm).

Entalpia padrão de formação (∆Hr ° )

É a diferença entre a entalpia do composto e dos elementos puros que o constituem em


condições de estado padrão de referência (P = 1 atm e T = 25 °C).

Quanto aos calores de formação (∆Hf ° ) deve-se observar que:

• Em algumas reações é muito difícil determinar os calores de formação (entalpias de


formação) diretamente no calorímetro. Ex: óxidos.

• Em situações nas quais os compostos são formados muito lentamente, além de gerar
um grande número de produtos intermediários, o calor de formação é determinado
indiretamente com o auxílio da Lei de Hess.

Lei de Hess Lei da soma constante dos calores de reação.


“O calor desprendido numa reação química não depende das etapas em que ela se
efetua e é igual à soma algébrica dos calores (entalpias) das diversas etapas”. É uma
conseqüência da 1ª Lei da Termodinâmica apesar de ter sido estabelecida antes. Como a
entalpia (calor) é uma função de estado, ela independe do caminho (etapas), apenas dos
estados iniciais (reagentes) e dos finais (produtos). Se considerarmos os reagentes: aA +
bB, sendo convertidos diretamente nos produtos: cC + dD ou indiretamente, através dos
intermediários xX + yY.

A grande utilidade prática da Lei de Hess é permitir o cálculo das entalpias de reação
em situações nas quais a determinação calorimétrica seria difícil ou impossíve.

ENERGIA DE LIGAÇÃO

É um método de determinação indireta de calor de reação utilizado quando se dispõe de


dados calorimétricos. Vários métodos têm sido propostos para estudar os calores de
ligação em processos para os quais não se tem disponível dados experimentais. O mais
usual destes métodos se baseia na entalpia de ligação.

Definição: É o calor de pressão associado com a quebra e formação de ligações


químicas de moléculas gasosas.
Esse método só pode ser utilizado desde que as substâncias apresentem apenas ligações
covalentes e sejam assumidos dois postulados básicos:

1º) Todas as ligações de um tipo particular (Ex: C – H no metano CH4 ) são idênticas.

2º) As entalpias de ligação são independentes dos compostos nos quais elas aparecem.
Embora nenhuma destas duas condições acima seja obedecida estritamente, este método
oferece valores bem satisfatórios para as entalpias de muitas reações.

Ex: Obtenção do valor de entalpia de ligação de C – H Primeiro, toma-se o calor de


formação do metano (CH4) a partir do C(s) e do H2(g).

Em seguida combina-se este calor com o calor de sublimação do carbono (C(s)→C(g))


e o calor de dissociação do H2 (g) → H – H Obtém-se assim o calor de dissociação do
metano dentro dos átomos gasosos. Este resultado é dividido por 4: CH4 a fim de se
obter o valor da ligação C – H.

Dando continuidade a este processo foi possível estabelecer os valores das entalpias de
ligação para vários compostos e reações.

Significado: Sinal positivo: Quebra de ligação → calor absorvido

Sinal negativo: Formação de ligação → calor liberado

Nmhj
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA

A 1ª Lei da Termodinâmica ∆E = q – W estabelece que haja um fluxo de energia (na


forma de trabalho e/ou calor) durante uma mudança de estado, impondo para isto uma
única condição restritiva: a conservação da energia.

Entretanto ela não informa nada sobre o sentido preferencial deste fluxo ou sobre a
fonte de calor do mesmo.

A energia do universo deve permanecer constante.

As questões não elucidadas pela 1ª Lei da Termodinâmica foram respondidas pela 2ª


Lei da Termodinâmica, a qual estabelece um critério de espontaneidade nas mudanças
de estado:

As questões não elucidadas pela 1ª Lei da Termodinâmica foram respondidas pela 2ª


Lei da Termodinâmica, a qual estabelece um critério de espontaneidade nas mudanças
de estado:
Exercícios

1. Considerando o processo reversível, calcular o WMAX e ∆G para o processo descrito


abaixo: 2He (g, 27 °C, 1 atm) → 2He (g, 27 °C, 5 atm) .

2. Calcule a ∆A de 5 mols de gás ideal comprimido de 1atm para 6 atm à 27 °C.

3. Sabendo que a reação: 2H2 (g, 1 atm) + O2 (g, 1 atm) ↔ 2H2O (g, 1 atm), apresenta
uma ∆G 298 = -228,6 kJ. Calcule o valor de ∆G 298 para a seguinte reação: 2H2 (g, 0,1
atm) + O2 (g, 0,2 atm) 2H2O (g, 0,3 atm).

4. Sabendo que 1 mol de vapor d’água é condensado à 100 °C e que a água é resfriada e
solidifica à 0 °C. Calcule a ∆S para a água.

5. Determine a ∆S o de uma mistura de 10 mols de H2 e 2 mols de D2 à 25 °C.

6. Derive a relação Cp – Cv para um gás que obedeça a seguinte equação de estado: RT


= (p + a/V2 ) V

7. Determine ∆E, ∆H, ∆G, ∆S e WMAX de 1 mol de gás que se expande


isotermicamente para 1 bar, partindo de condições iniciais de 300 K e 15 bar.

8. Calcular a ∆S sofrida pelo N2, quando o mesmo é aquecido de 25 °C para 1000 °C,
sob 2 condições: a) P cte, b) V cte.

9. Considerando que 1 mol de gás ideal à 100 °C é comprimido isotermalmente de 1


bar para 5 bar. Determine: a) ∆G o , b) ∆G o se T = 0 °C .

10. Considerando a reação: 2SO2 + O2 SO3. Determine ∆S o 298 e ∆S o em condições


de T = 504 K.
Conclusão

Concluimos que os enunciados da 2ª Lei sempre enfatizam a impossibilidade de certos


tipos de máquinas operarem em processos cíclicos monotérmicos. Kelvin e é
impossível produzir trabalho nas vizinhanças usando um processo cíclico conectado a
um único reservatório de calor. Clausius esclarece que é impossível imaginar uma
máquina que, trabalhando em um ciclo, não produza outro efeito que não a transferência
de calor de um corpo quente para um corpo frio, ou seja, de um reservatório de maior
temperatura para outro de menor temperatura.

Thomson diz que é impossível que uma máquina, ao trabalhar em um ciclo, não produza
outro efeito que não a extração de calor de um reservatório e a execução de uma mesma
quantidade de trabalho. É um método de determinação indireta de calor de reação
utilizado quando se dispõe de dados calorimétricos. Vários métodos têm sido propostos
para estudar os calores de ligação em processos para os quais não se tem disponível
dados experimentais. O mais usual destes métodos se baseia na entalpia de ligação.

É impossível para uma máquina que, operando em ciclos, tenha como único efeito a
produção de trabalho à custa de calor de uma única fonte. Portanto, o 2° Princípio da
Termodinâmica introduz uma restrição ao 1° Princípio (∆E = q – W), o qual prediz que
o trabalho produzido por um sistema durante uma transformação cíclica é igual ao calor
recebido. Um grande número de diferentes escalas de temperatura pode ser imaginado a
fim de satisfazer essa relação. É mais simples considerar a temperatura como sendo
diretamente proporcional à magnitude do calor trocado com o reservatório de calor do
Ciclo de Carnot.
INDÍCE

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