Entidade Da Administraçao Indireta

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

FUNDAMENTOS : Dec. n. 200/67 (reforma administrativa).


Considera-se administração descentralização indireta: Autarquia; Fundação; Empresa
Pública; Sociedade de Economia Mista.

- administração indireta ( estas entidades não fazem parte da estrutura organizacional do


Estado )
Conceito: seria a pessoa jurídica ou entidade, dotada de autonomia, que não integra e
nem incorpora a administração direta, prestadora de serviço público ou atividade de
competência do Estado ( Fomento, Atividade de Policia , Intervenção no domínio
econômico)

- características da administração indireta


Autonomia: administrativa (não precisa da interferência do Estado para sua
administração) e financeira (o patrimônio da entidade já vem prescrito em lei). Ou seja,
significa dizer que as entidades que compõe a administração indireta possuem
autonomia ( TOTAL não existe ) administrativa e recursos financeiros próprios
oriundos da lei que os instituiu.
➢ Não existe hierarquia funcional ( entre os agentes ) entre o Estado e estas
entidades - possuem liberdade para organizar suas competências e aplicar as
devidas penalidades

Regime jurídico: seria correto afirmar que o regime jurídico da administração indireta
poderá será público ou privado, dependo da natureza da lei instituidora .
• Regime público (autarquias e fundações públicas): são as prerrogativas
(executoriedade, imperatividade, coercibilidade) e sujeições.
• Regime privado DERROGADO (empresa pública, sociedade de economia
mista e fundação pública de regime privado): tais entidades não possuem as
prerrogativas que as entidades de regime público possuem. Ou seja, se
submetem ao regime comum.
Obs.: quanto ao regime jurídico é bem sabido que as entidades da administração
indireta que se submetem ao direito comum, irão exercitá-lo de forma
derrogada.

Continuação de administração pública indireta

Autarquia

1. Evolução – 1.906/67
Obs.: a definição de autarquia que na qual hoje vigora advém do Dec. n. 200/67.

2. Conceito:
Entidade de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração,
com recursos e patrimônio próprios, para o desempenho da função administrativa
( SERVIÇO PUBLICO ) .
Obs.: autarquia advém do latim, que significa autonomia.

3. Características:
a) Criada por lei (art. 37, XIX, CF);
Obs.: A lei que cria vai estabelecer a dotação patrimonial (qual o patrimônio),
bem como as formas de controle e o desempenho de função típica.

Art. 37. A administração pública direta e indireta, de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência e, também,
ao seguinte:
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;

➢ COM A DATA DA PUBLICAÇAO DA LEI A AUTARQUIA ADQUIRE A


PERSONALIDADE JURIDICA

➢ CRIAÇAO DIRETA PELA LEI – define tudo

➢ AUTORIZAÇAO LEGAL :
1. Lei ( não criadora ) autorizando o executivo ( P.J. ) a criar a entidades
2. DECRETO - EXECUTIVO REGULAMENTANDO ( ART. 84, VI C.F. )
3. ESTATUTO
4. DEVIDAMENTE REGISTRADO NO REGISTRO DE PESSOAS
JURIDICAS ( artigo 45 do Codigo Civil )
5. GANHA PERSONALIDADE JURIDICA

➢ EXTINÇAO ? SOMENTE POR LEI

O EXECUTIVO ( UNIAO ) PODE EXTINGUIR CARGOS


DE UMA AUTARQUIA ? SIM, POR DECRETO, ESTANDO O CARGO
VAGO ( ART. 84, VI C.F )

b) Autonomia:
Obs.: autonomia significa dizer que a autarquia terá independência financeira,
pois possui recursos próprios e administrativos (funcional), pois não compõe
o quadro funcional do Estado.
- não existe hierarquia
- existe controle – fiscalização do estado

c) Especialidade da função:
Válido é dizer que a autarquia deu a luz a um principio, no qual diz respeito
ao principio da especialidade.
Obs.: Assim, aduz que os serviços prestados pela autarquia são delimitados
pela lei instituidora, não podendo tal entidade desvirtuar-se de suas atividades
especializadas.
d) Descentralizada – serviços públicos:
Obs.: o Estado é quem deveria realizar os serviços, porem delegou às
autarquias tais funções ( delegação legal )

e) Regime jurídico de direito público:


São atribuídas as autarquias as prerrogativas e sujeições.
Estatutarios( SERVIDOR ) / Celetista – TRABALHISTA – COMUM

f) Controle de acordo com a lei instituidora:


Assim, se a administração direta tiver a pretensão de controlar uma autarquia,
poderá fazê-lo, porém deverá seguir a lei que a criou.
MECANISMO INTENO DE CONTROLE :
➢ Órgãos de fiscalização do Ministério da Pasta Correspondente
➢ Superintendências de controle – dentro da entidade
MECANISMO DE CONTROLE EXTENO :
➢ Tribunal de Contas
➢ Ministério Publico

4. Atributos da autarquia
1. Isenção tributária (art. 150, §2º, CF);

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

2. Impenhorabilidade de bens;
São bens afetos ao serviço publico
3. Prescrição quinquenal;
Prescreve em cinco anos o direito que o particular tem de receber da autarquia
indenizações por eventuais prejuízos ( Art. 54 da Lei 9.784/99 )
4. Prazos judiciais em dobro para contestar e quatro para recorrer
5. Competência (art. 109, I, CF)
Obs.: Tal regra abaixo, só se aplica às autarquias ou entidades de interesse da
União na esfera federal.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:


I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Autarquias em regime especial são aquelas que possuem uma ou algumas
características próprias, que as tornam "especiais", se comparadas com as Autarquias
comuns, como por exemplo, maior autonomia administrativa, técnica ou financeira.
Tais prerrogativas têm que estar previstas na lei de criação da Autarquia. Um exemplo
de Autarquia Especial é o Banco Central, que possui ampla autonomia para conduzir
assuntos monetários no Brasil

Autarquias em regime especial são aquelas que possuem uma ou algumas


características próprias, que as tornam "especiais", se comparadas com as Autarquias
comuns, como por exemplo, maior autonomia administrativa, técnica ou financeira.
Tais prerrogativas têm que estar previstas na lei de criação da Autarquia. Um exemplo
de Autarquia Especial é o Banco Central, que possui ampla autonomia para conduzir
assuntos monetários no Brasil

➢ Agência Executiva
Já o termo Agência Executiva se refere a uma qualificação recebida
por uma Autarquia ou por uma Fundação Pública (de direito público
ou privado) que celebre contrato de gestão com a entidade, geralmente
um ministério, a qual está vinculada, visando ampliar sua autonomia,
nos termos do art. 37 § 8º da CF/88. Tanto faz se a Autarquia ou
Fundação Autárquica é comum ou especial, ao celebrar um contrato
de gestão com o ministério supervisor, recebe a qualificação de
Agência Executiva.
O Contrato de Gestão ou a "contratualização" de resultados é um
instrumento voltado para a consolidação do modelo de administração
pública gerencial, previsto na CF/88, no qual a entidade administrativa
se compromete e entregar certos resultados de desempenho em trocar
de maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

Na prática são estipuladas metas e criados critérios objetivos para


julgamento de seu cumprimento por parte da Autarquia ou Fundação
Pública. Eem contrapartida a entidade política amplia a autonomia
gerencial, orçamentária e financeira da Agência Executiva.

É importante ressalvar que o Contrato de Gestão pode ser celebrado


por órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta, e
até mesmo com entidades privadas, para criação de uma O.S., mas
somente as Autarquias e Fundações Públicas recebem a denominação
de Agência Executiva, conforme previsto no art. 51 da Lei 9.649/98.

➢ Agências Reguladoras
Finalmente, as Agências Reguladoras são uma espécie do gênero
Autarquia em Regime Especial, pois possuem várias características
próprias, sendo a principal delas sua relativa autonomia e
independência na sua área de atuação.
As Agências Reguladoras no Brasil foram criadas na década de 90
segundo o modelo norte americano, com o objetivo principal de
regular e fiscalizar as atividades exercidas por concessionários e
permissionários, surgiram da necessidade criada pelas privatizações,
uma vez que os serviços públicos anteriormente prestados
exclusivamente pelo Estado passaram a ser executados por
particulares.

São exemplos de agências reguladoras: ANATEL (agência nacional


de telecomunicações), ANAC ( agencia nacional de aviação civil),
ANP (agência nacional do petróleo).
Uma característica essencial das Autarquias Especiais é a estabilidade
no mandato de seus dirigentes, que possuem prazo fixo e não podem
ser destituídos "ad nutum", cabendo a lei de criação de cada agência
estabelecer o prazo do mandato.

Finalmente é importante mencionar que a indicação dos dirigentes das


Agências é política, feita pelo Presidente da República com aprovação
do Senado no caso das agências federais.

Exemplificando, a ANP pode ser classificada como Autarquia em


Regime Especial, Agência Reguladora, e caso celebre contrato de
gestão com o ministério supervisor (de minas e energia) será também
Agência Executiva.

Já o Bacen é uma Autarquia em Regime Especial mas não Agência


Reguladora, e pode ou não receber a qualificação de Agência
Executiva.

Como exemplo de Autarquia Comum podemos citar o INSS, que, caso


celebre contrato de gestão com o Ministério do Trabalho e Previdência
Social será além de uma Autarquia, uma Agência Executiva.

Fundação Públicas

- Dec. 200/67
- art. 37, XIX, CF

Art. 37. A administração pública direta e indireta, de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência e, também,
ao seguinte:
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

- espécies

• Fundação publica de direito privado


• Fundação pública de direito público

- conceito: segundo o art. 5º do Dec. n. 200/67, Fundação seria pessoa jurídica com
dotação patrimonial que submete ao regime privado. Atualmente Fundação Publica é
pessoa jurídica, dotada de patrimônio público ou semi-público, para a realização de
atividade estatal de interesse social, autorizada por lei, podendo submeter-se ao regime
jurídico de direito público ou direito privado.

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:


I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa
e financeira descentralizada.
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica
de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da
União, criada por lei para a exploração de atividade econômica
que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou
de conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer
das formas admitidas em direito.
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua
maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude
de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes.
§ 1º No caso do inciso III, quando a atividade for submetida a
regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à
União, em caráter permanente.
§ 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da
Administração Indireta existentes nas categorias constantes deste
artigo.
§ 3º As atividades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem
personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua
constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes
aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às
fundações.

Obs.: para o Ilustre, Celso Antônio Bandeira de Melo, Fundação pública possui
regime jurídico público de direito público. Contudo não é o que prevalece, pois como
visto anteriormente a Fundação pública poderá possuir regime jurídico de direito
público ou de direito privado.

FUNDAÇÕES PUBLICA DE DIREITO PÚBLICO


Prerrogativas e sujeições ( poder de império )

1. Conceito: Pessoas jurídicas de direito publico interno, instituída por lei especifica
mediante a afetação de um acervo patrimonial do Estado a uma dada finalidade
publica . Exemplos: FUNAI, FUNASA , IBGE
➢ DESENVOLVEM ATIVIDES RELACIONADAS AO SOCIAL (
EDUCAÇAO, LAZER , SAUDE etc. )

2. Características :
➢ Pessoas jurídica de direito publico
➢ Criadas por lei especifica – a lei confere a elas a titularidade do serviço
➢ Extintas por lei
➢ Especie do gênero autarquia – AUTARQUIA FUNDACIONAL
➢ Titularizam serviço publico

FUNDAÇÕES GOVERNAMENTAIS DE DIREITO PRIVADO

Direitos e obrigações

Conceito : DEC. LEI 200/67

IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade


jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude
de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes.
1. Características:

1.1. Dotação patrimonial


Semi público: composto por patrimônio público e privado ( outras fontes
).

1.2. Criação autorizada por lei:

Obs.: a lei que autoriza não é exatamente a lei que irá criar, ou seja,
autorizar através de lei significa autorizar o Executivo a criar o estatuto e
registrar no registro civil competente.

• LEI COMPLEMENTAR : definindo as áreas da atuação


• LEI AUTORIZADORA : Lei ordinária autorizando o executivo a
criar a referida fundação.
• Executivo expede DECRETO
• ESTATUDO
• AUTORIZAÇAO DO MP – emitirá parecer sobre a regularidade
do estatuto
• REGISTRO
- Estatuto
- ata da reunião de constituição realizada pelo Conselho de
Administração, com a eleição da primeira diretoria

1.3. Atividade estatal no âmbito social (as fundações exercem atividades de


educação, pesquisa, lazer, etc.)
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de:


(Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015)

I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído


pela Lei nº 13.151, de 2015)

III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do


desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e
conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;


(Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

X – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015)

1.4. Capacidade de autoadministração =

Dispõe de autonomia administrativa e financeira

1.5. Controle
É importante mencionar que o vinculo financeiro existente entre a
administração direta e as respectivas fundações permitem um mecanismo
de controle mais arraigado/rígido. Ou seja, não se fala em total
independência financeira da fundação.
Válido é mencionar que realmente existe um elo de ligação entre a
administração direta e fundação, algo que não existe entre aquela e
autarquia.

1.6. Natureza jurídica:


Possui natureza jurídica privado – derrogada ATENÇAO

1.7 Extinção com a baixa dos seus atos constitutivos no cartório

Lei também deverá prever a sua extinção


Decreto poderia extinguir
Baixa dos atos constitutivos no cartório

Empresas estatais (é o gênero).

➢ Empresa publica
➢ Sociedade de Economia Mista
➢ Concessionarias
➢ Permissionárias
➢ Autorizadas
➢ Subvencionadas

- empresas públicas: art. 173, CF;


Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será
permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em
lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela
sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e
alienações, observados os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de
administração e fiscal, com a participação de acionistas
minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade
dos administradores.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não
poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor
privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o
Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao
aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos
dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade
desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza,
nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e
contra a economia popular.

- sociedades de economia mista – art. 173, CF;


- concessionárias e permissionárias – art. 175, CF.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente


ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de
licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de
serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua
prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização
e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
- poder público acionário – art. 37, XVII, art. 71, II, e art. 165, §5º, II, CF.

Art. 37. A administração pública direta e indireta, de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência e, também,
ao seguinte:
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções
e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente pelo Poder Público;
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
II - o orçamento de investimento das empresas em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
social com direito a voto;

- monopólio do poder público – art. 177 e 176, CF.

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais


e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade
distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento,
e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade
do produto da lavra.
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento
dos potenciais a que se refere o caput deste artigo somente
poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da
União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa
constituída sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as
condições específicas quando essas atividades se desenvolverem
em faixa de fronteira ou terras indígenas.
§ 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos
resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo
determinado, e as autorizações e concessões previstas neste artigo
não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente,
sem prévia anuência do poder concedente.
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o
aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade
reduzida.
Art. 177. Constituem monopólio da União:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e
outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos
resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional
ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem
assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus
derivados e gás natural de qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e
seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção,
comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime
de permissão, conforme as alíneas "b" e "c" do inciso XXIII do
caput do art. 21 desta Constituição Federal.
§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas
a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste
artigo, observadas as condições estabelecidas em lei.
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre:
I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo
o território nacional;
II - as condições de contratação;
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da
União.
§ 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais
radioativos no território nacional.
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio
econômico relativa às atividades de importação ou
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes
requisitos:
I - a alíquota da contribuição poderá ser:
a) diferenciada por produto ou uso;
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe
aplicando o disposto no art. 150, III, "b";
II - os recursos arrecadados serão destinados:
a) ao pagamento de subsídios a preço ou transporte de álcool
combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo;
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a
indústria do petróleo e do gás;
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de
transportes.

Empresa pública
1. Conceito: art. 5º, II, dec. lei n. 200/67.
Obs.: de acordo com a doutrina o conceito de empresa pública foi impropriamente
descrito no art. 5º, II, dec. lei n. 200/67.
Assim, empresa pública é pessoa jurídica criada por força de autorização legal,
com personalidade jurídica de direito privado, para o desempenho de atividades
econômicas, cujo capital e patrimônio é exclusivamente oriundo do poder público.

2. Características.
2.1. Criação autorizada por lei – art. 37, XIX, CF.
➢ LEI AUTORIZADORA

➢ EXECUTIVO EXPEDE DECRETO

➢ CRIAÇAO DO ESTATUTO

➢ REGISTRO DO ESTATUDO

Art. 37. A administração pública direta e indireta, de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência e, também,
ao seguinte:
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;

➢ QUANTO AO CODIGO CIVIL

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de


direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo
registro, precedida, quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas
as alterações por que passar o ato constitutivo.

2.2. Extinção por lei (art. 84, VI, CF).

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Empresa pública só se extingue por lei. Assim o executivo não pode


extingui-la por Decreto.

2.3. Natureza jurídica


Art. 5º, II, dec. lei n. 200/67
Art. 173, §1º, CF.
Obs.: a natureza jurídica da empresa pública é privado.

2.4. Derrogação do direito comum (não se aplica totalmente as regras de direito


comum às empresas públicas e as sociedades de economia mista). Desta
forma, derrogação do direito comum representa alguns privilégios que
sobressaem para as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Obs.: se não tiver a figura da derrogação do direito comum não haverá


empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Essencial
Feita pela constituição
Leis instituidoras

2.5. Vinculação aos fins definidos na lei instituidora.


Só pode exercer as atividades definidas em lei em virtude do principio da
legalidade. Assim o principio da especialidade é verificado quando afirma-
se que as empresas públicas e as sociedades de economia mista só podem
exercer o que está prescrito em suas leis internas, ou seja, aquelas que as
instituíram.
Principio da legalidade.
Principio da especialidade.

2.5.1 – ATIVIDADES TIPICAS : Explorar atividade econômica


➢ Responsabilidade será subjetiva ( comum )

2.5.2 - ATIVIDADES ATIPICAS : Desenvolver atipicamente atividades


publicas – serviço publico
➢ Responsabilidade objetiva ( art. 37 § 6º C.F. )

2.6 Características especiais que só as empresas públicas possuem.

➢ Forma de organização
➢ Art. 5º, II Dec. lei n. 200/67
➢ Qualquer forma civil ou comercial.
LTDA , COMANDITA , SOCIEDADE CIVIL etc.

1.1. composição do capital


Exclusivamente público. Ou seja, os recursos financeiros, o investimento
do capital e o patrimônio devem ser exclusivamente públicos

______________LTDA __________________________

UNIAO 40% AUT. EST. 30% CONCESSIONÁRIA 30%


➢ O Estatuto vai definir que deverá administrar , poder de mando da
empresa.

.Obs.: a terminologia “exclusivamente público” deve ser encarada em


relação à administração pública como um todo, ou seja, de forma ampla,
não importando se a administração é direta ou indireta. Desta forma, os
recursos financeiros, o investimento do capital e o patrimônio devem ser em
sua maioria público, ou seja, pertencente à União.

Sociedade de economia mista

1. Conceito (art. 5º, III, dec. lei n. 200/67 ; art. 173, CF).
Pessoa jurídica de direito privado, cuja a criação é autorizada por lei, constituída
sob a forma de sociedade anônima, cuja as ações em sua maioria pertençam a
União ou entidade de sua administração indireta, sobre o remanescente acionário
de propriedade do particular.

2. Características especiais
2.1. Forma de organização
Art. 5º, dec. lei n. 200/67
Art. 235 a 241 da lei n. 6.404/76 – sociedades anônimas.

Art. 235. As sociedades anônimas de economia mista estão


sujeitas a esta Lei, sem prejuízo das disposições especiais de lei
federal.
§ 1º As companhias abertas de economia mista estão também
sujeitas às normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários.
§ 2º As companhias de que participarem, majoritária ou
minoritariamente, as sociedades de economia mista, estão sujeitas
ao disposto nesta Lei, sem as exceções previstas neste Capítulo.
Constituição e Aquisição de Controle
Art. 236. A constituição de companhia de economia mista
depende de prévia autorização legislativa.
Parágrafo único. Sempre que pessoa jurídica de direito público
adquirir, por desapropriação, o controle de companhia em
funcionamento, os acionistas terão direito de pedir, dentro de 60
(sessenta) dias da publicação da primeira ata da assembléia-geral
realizada após a aquisição do controle, o reembolso das suas
ações; salvo se a companhia já se achava sob o controle, direto ou
indireto, de outra pessoa jurídica de direito público, ou no caso de
concessionária de serviço público.
Objeto
Art. 237. A companhia de economia mista somente poderá
explorar os empreendimentos ou exercer as atividades previstas
na lei que autorizou a sua constituição.
§ 1º A companhia de economia mista somente poderá participar
de outras sociedades quando autorizada por lei no exercício de
opção legal para aplicar Imposto sobre a Renda ou investimentos
para o desenvolvimento regional ou setorial.
§ 2º As instituições financeiras de economia mista poderão
participar de outras sociedades, observadas as normas
estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.
Acionista Controlador
Art. 238. A pessoa jurídica que controla a companhia de
economia mista tem os deveres e responsabilidades do acionista
controlador (artigos 116 e 117), mas poderá orientar as atividades
da companhia de modo a atender ao interesse público que
justificou a sua criação.
Administração
Art. 239. As companhias de economia mista terão
obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à
minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior número
não lhes couber pelo processo de voto múltiplo.
Parágrafo único. Os deveres e responsabilidades dos
administradores das companhias de economia mista são os
mesmos dos administradores das companhias abertas.
Conselho Fiscal
Art. 240. O funcionamento do conselho fiscal será permanente
nas companhias de economia mista; um dos seus membros, e
respectivo suplente, será eleito pelas ações ordinárias minoritárias
e outro pelas ações preferenciais, se houver.
Correção Monetária
Art. 241. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.287, de 23.07.1986).
Falência e Responsabilidade Subsidiária

2.2. Composição do capital


Público: maioria
Privado: minoria.
➢ O seu capital é tanto público quanto privado, sendo que a parte
do capital referente às ações com direito a voto deve pertencer
ao ente público.

UNIA ESTAD PALACIO


MAC
O O DA DONALD COCA ABERT ABERT
20 % 10 % BORRACH
S COLA O O
A 30% 10%
10% PRIVADO PRIVAD 10% 10 %
– O–
ABERTO ABERTO
CAPITAL VOTANTE – FECHADO

definição de capital é: o agrupamento de haveres, como soma de bens ou recursos,


colocados à disposição da entidade (seja pessoa física, jurídica ou organização da
sociedade civil) independentemente desses recursos serem provenientes de proprietários
ou terceiros

➢ PARA COMPOR A SOCIEDADE É NECESSARIO QUE A


ADMINISTRAÇAO EMPRESARIAL SEJA DESENVOLVIDA
PELA ADMINISTRAÇAO PUBLICA.

➢ COMO DEFINIR A NATUREZA DA SOCIEDADE DE


ECONOMIA MISTA :

o VERIFICAR A LEI AUTORIZADORA


- Geralmente a lei que autoriza já determina quem
administrará e por conseguinte a natureza ESTADUAL /
FEDERAL / MUNICIPAL.

o VERIFIFCAR A ENTIDADE COM MAIOR CAPITAL


FECHADO

Excepcionalmente a lei poderá atribuir papel administrativo


a certa entidade da administração, mas determinar a sua
natureza pelo tamanho do capital.

Você também pode gostar