Vilsão P2
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Vilsão P2
2 – Quais métodos empregados para variar a velocidade e o torque de maquinas de indução, qual o mais completo e
de melhor performance? Variadores mecânicos, com polias e correias, variadores hidráulicos e variadores
eletromagnéticos. O melhor método para controle de velocidade atualmente com melhor performance é o inversor de
freqüência.
3 – Qual o princípio utilizado para o controle escalar em inversores de freqüência? O funcionamento dos inversores de
freqüência com controle escalar está baseado numa estratégia de comando chamada “V/F constante”, que mantém o torque
do motor constante, igual ao nominal, para qualquer velocidade de funcionamento do motor. O estator do motor de indução
possui um bobinado trifásico como mostrado na figura 2.4. Este bobinado tem dois parâmetros que definem suas
características. Um deles é a sua resistência ôhmica R [Ohm] e o outro e a sua indutância L [Henry]. A resistência depende
do tipo de material (cobre) e do comprimento do fio com qual é realizado o bobinado. Já a indutância depende
fundamentalmente da geometria (forma) do bobinado e da interação com o rotor.
4 – Em que princípio é baseado o controle vetorial do inversor de freqüência? Apresente o modelo elétrico do motor
de indução completo e simplificado para sustentar sua resposta. CONTROLE VETORIAL Em aplicações onde se faz
necessária uma alta performance dinâmica, respostas rápidas e alta precisão de regulação de velocidade, o motor elétrico
deverá fornecer essencialmente um controle preciso de torque para uma faixa extensa de condições de operação. Para tais
aplicações os acionamentos de corrente contínua sempre representaram uma solução ideal, pois a proporcionalidade da
corrente de armadura, do fluxo e do torque num motor de corrente contínua proporcionam um meio direto para o seu
controle.
Vantagens do Inversor com Controle Vetorial
Elevada precisão de regulação de velocidade;
Alta performance dinâmica;
Controle de torque linear para aplicações de posição ou de tração;
Operação suave em baixa velocidade e sem oscilações de torque, mesmo com variação de carga.
Os inversores vetoriais recebem este nome devido a que: 1. A corrente que circula no bobinado estatórico de um motor de
indução pode ser separada em duas componentes: Id, ou corrente de magnetização (produtora de
FLUXO) e Iq ou o corrente produtora de TORQUE 2. A corrente total é a soma vetorial destas duas componentes
3. O torque produzido no motor é proporcional ao “produto vetorial” das duas componentes 4. A qualidade com a qual estas
componentes são identificadas e controladas define o nível de desempenho do inversor.
5 – Defina controle em malha aberta e fechada em inversores de frequência. 5-) Controle em malha aberta: não há
realimentação do motor para o controle do motor, sendo apenas controlada alguma grandeza na entrada. Há algumas técnicas
como a conhecida por “V/F constante”, em que variando a corrente, a relação V/F varia proporcionalmente, ou seja: para
variar a freqüência basta variar a corrente (tipo de controle escalar), ou o controle sensorless no tipo de controle vetorial.
Controle em malha fechada: Há a realimentação de uma ou mais grandezas para o controle do torque ou da velocidade em
tempo real, através de encoders ou sensores que fazem leitura várias vezes por segundo, e a realimentação pode ser através da
corrente de campo, freqüência do rotor, tensão no rotor, etc.
Geralmente os motores com malha aberta tendem a ter desempenho pior que os de malha fechada, pois demoram mais a
responder aos estímulos da dinâmica da carga, e têm parâmetros piores em relação à regulação, torque, e variação da
velocidade, porém têm a vantagem de serem mais baratos e mais simples de operar.
6 – Apresente o diagrama em blocos (com suas realimentações) de um inversor de freqüência e com controle vetorial
em malha aberta.
7 – Apresente uma análise comparativa entre o uso de inversores de freqüência e cicloconversores para acionamento
de máquinas síncronas. Inversores de frequência permitem maior amplitude e precisão no controle das máquinas, ja que a
frequência de chaveamento dos dispotivos eletrônicos envolvidos é muito maior. Isso implica em maior flexibilidade em sua
utilização, permitindo funções como controle de rampa de aceleração e desaceleração, bem como "kick-start", etc. Uma outra
desvantagem consíderavel na utilização de cicloconversores é a grande quantidade de harmônicos.
8 – De acordo com as características e particularidades como podem ser agrupados os parâmetros dos inversores de
freqüência?
Os parâmetros podem ser classificados como:
- Parametros de Leitura;- Parametros de Regulação;- Parametros de Configuração;- Parametros do Motor; Parametros das
Funções Especiais.
9 – Qual a vantagem de usar redes industriais para comunicação em inversores de freqüência. Quais os tipos de redes
e topologias mais empregadas.
As redes industriais são muito úteis quando se tem sistemas de automação complexos e que exigem uma forte integração,
mesmo quando a planta é grande. Além disso, estas redes permitem uma maio flexibilização operacional.
10 – Descreva a frenagem por injeção de corrente contínua, reostática e regenerativa no acionamento com inversores
de freqüência.
Injeção CC: Uma corrente contínua de magnitude e período controlado é injetada em duas fases do enrolamento da máquina,
fazendo-a parar, é recomendado para cargas com baixa inércia e pode causar aquecimento excessivo quanto os ciclos de
parada são muito repetitivos. Reostática: É feita colocando um resistor associado ao enrolamento da máquina, de forma a
consumir a energia que retorna e impedir sobretensão no barramento do inversor, é geralmente utilizada para reduzir a
velocidade de cargas com baixas inércias e então, aplica-se corrente contínua, garantindo frenagem rápida e preservando o
inversor. Regenerativa: É feita interligando o barramento à uma unidade retificadora, permitindo total devolução da energia
do motor à rede, de forma a garantir um fator de potência unitário e eliminar as correntes harmônicas na entrada do inversor,
é recomendado em aplicações cíclicas e paradas muito rápidas, como rebobinadeiras e centrífugas.
11 – Descrever os sistemas de entrada e saída empregados nos inversores de frequência?
FRENAGEM
Quando o motor de indução está sendo empregado em processos que exigem paradas rápidas, o tempo de
desaceleração é muito pequeno e deve ser empregado o recurso de frenagem elétrica ou mecânica.
Durante a frenagem a freqüência do rotor é maior que a freqüência do estator, provocando um fluxo reverso da energia do
rotor para o estator. O motor passa a
funcionar então como um gerador, injetando esta energia no barramento DC do inversor, o que provoca uma sobretensão
neste. A frenagem elétrica pode ser feita através de um dos
procedimentos abaixo, ou uma combinação deles:
1. Injeção de corrente contínua
Permite a parada do motor através da aplicação de
corrente contínua no mesmo. A magnitude da corrente contínua, que define o torque de frenagem, e o período durante o qual
ela é aplicada, são parâmetros que podem ser especificados pelo usuário. Este modo é geralmente usado com cargas de baixa
inércia, e de causar um aquecimento excessivo do motor quando os ciclos de parada são muito repetitivos.
2. Rampa de desaceleração
A freqüência diminui até zero, conforme o tempo de desaceleração especificado pelo usuário, podendo ser empregado
quando os requisitos de parada não são muito rígidos.
3. Frenagem reostática
É usada para dissipar a energia que retorna do motor através de um banco de resistores, durante a rápida frenagem do motor,
evitando a sobretensão no barramento DC do driver. Geralmente se utiliza a frenagem reostática para baixar a velocidade até
um determinado valor, a
partir do qual se aplica corrente contínua no motor, conseguindo uma frenagem rápida e preservando o inversor.
14- Por que é necessário aguardar um tempo após o desligamento do inversor de frequência para fazer conexão ou
desligamento? Devido à presença de capacitores para correção de fator de potência, entre outros fatores, o equipamento pode
ainda estar energizado, assim recomenda-se que seja aguardado um tempo antes de tocar e conectar os terminais do inversor
para que não ocorra o risco de choque ou danificação de outros equipamentos. Somente após garantir que o equipamento
esteja descarregado fazer as operações necessárias.
EFEITO DA ALTITUDE
Inversores funcionando em altitudes acima de 1000 m apresentam problemas de aquecimento causado pela rarefação do ar e,
consequentemente, diminuição do seu poder de arrefecimento.
A insuficiente troca de calor entre o inversor e o ar circundante, leva a exigência de redução de perdas, o que significa
também redução de potência. Os inversores tem aquecimento diretamente proporcional às perdas e estas variam,
aproximadamente, numa razão quadrática com a potência.
Segundo a norma NBR-7094, os limites de elevação de temperatura deverão ser reduzidos de 1% para cada 100m de altitude
acima de 1000 m.
A redução da potência (corrente) nominal do conversor de frequência, devido à elevação da altitude acima de 1000 m e
limitada a 4000 m, é dada pela relação e gráfico a seguir:
Fator de redução = 1 % / 100m
18 – Que tipos de transdutores são empregados em controle de velocidade e de posição em inversores de freqüência e
servoconversores?
Inversores de freqüência: Dada sua simplicidade e baixo preço os codificadores angulares ou tacogeradores de pulsos,
chamados normalmente de “encoders”, transformaram-se nos últimos anos, num dos dispositivos mais utilizados para
medição de posição angular e velocidade.
Servoconversores: O grau de precisão está diretamente ligado a forma construtiva da máquina, onde a medição de posição
poderá ser direta ou indireta.
Na medição direta, a posição linear é medida diretamente na mesa da máquina-ferramenta através do deslocamento de um
cursor sobre uma escala. Desta forma eventuais folgas ou imprecisões do sistema de transmissão são eliminados e pode-se
alcançar uma elevada precisão final na mesa, e por conseguinte na peça usinada.
Na medição indireta, a posição linear desejada é obtida a partir de um movimento rotativo. O transdutor rotativo é
representado por um encoder ótico ou por um resolver. Neste caso, a precisão é dependente dos elementos que compõem a
transmissão mecânica, porém são possíveis algumas compensações via CNC.