Transito em Condicoes Seguras
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EDIPUCRS:
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Jorge Campos da Costa – Editor-chefe
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PORTO ALEGRE
2009
© EDIPUCRS, 2009
CDD 341.376
A minha filha Sofia, que nesses 8 meses de existência já faz a história da minha
vida ser muito mais gratificante.
Ao meu filho Pedro, de 1 ano e 9 meses, pela sua alegria e por me recordar,
diariamente, que as nossas principais conquistas surgem com a persistência.
Não conhecemos textos legais que devam permanecer mais vivos na mente de
qualquer pessoa que as normas fundamentais de trânsito.
Waldyr de Abreu
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 9
PREFÁCIO ........................................................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 15
2.1 O ARTIGO 1º, CAPUT, DA LEI 9.503/97 ....................................................... 15
2.2 O PARÁGRAFO 1º DO ARTIGO 1º DA LEI 9.503/97 .................................... 26
2.3 O PARÁGRAFO 2º DO ARTIGO 1º DA LEI 9.503/97 .................................... 32
2.4 O PARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 1º DA LEI 9.503/97 .................................... 49
2.5 O PARÁGRAFO 5º DO ARTIGO 1º DA LEI 9.503/97 .................................... 70
2.6 AS PERDAS NO TRÂNSITO NO RIO GRANDE DO SUL EM CONFRONTO
COM O DIREITO AO TRÂNSITO SEGURO ........................................................ 74
2.7 DO DIREITO COMPARADO .......................................................................... 77
1
Código de Trânsito Brasileiro - Lei Federal n. 9.503/97, publicada no Diário Oficial da União em
24/09/1997 e com entrada em vigor após 120 dias, na forma do art. 340.
2
Código de Trânsito Brasileiro - Lei Federal n. 9.503/97, publicada no Diário Oficial da União em
24/09/1997 e com entrada em vigor após 120 dias, na forma do art. 340.
3
Decreto n. 62.127/66, publicado no Diário Oficial da União em 22/01/1968.
4
Lei n. 5.108/66, publicada no Diário Oficial da União em 22/09/1966.
5
Assim expressava a definição de trânsito (anexo I) do regulamento: Utilização das vias públicas
por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos conduzidos ou não, para os fins de
circulação, parada e estacionamento.
[...] uma disputa pelo espaço físico, que reflete uma disputa pelo
tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos – é uma
negociação permanente do espaço, coletiva e conflituosa. E essa
negociação, dadas às características de nossa sociedade, não se
dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base
ideológica e política; depende de como as pessoas se veem na
sociedade e de seu acesso real ao poder.
6
Sobre essa regularidade, Mitidiero (2005) coloca como exemplo, que os chamados veículos-
brinquedos e de lazer, mesmo estando no trânsito, não o estão de forma regular e nele não
poderiam estar.
7
Sobre as estradas de ferro, vide Decreto 1832/96, publicado no Diário Oficial da União em
05/03/1996. Sobre o transporte metroviário, Mitidiero (2005) afirma estar sob sujeição das regras
da Lei 6.149, de 02/12/1974.
Cabe salientar, porém, que mesmo com essa exceção nas vias terrestres,
os bondes ou similares que transitam sobre trilhos, mas circulam pelas vias
terrestres abertas à circulação!, estão previstos no código de trânsito nacional e
merecem incidência da norma, conforme se observa nos seguintes artigos 29, XII,
96, II, item 10, do Código de Trânsito Brasileiro e na conceituação de bonde no
anexo I do Código de Trânsito Brasileiro.
Nesse sentido, o Promotor de Justiça do Estado de São Paulo, Maurício
Antônio Ribeiro Lopes (1998, p. 24), anota que os bondes são veículos para o
Código de Trânsito Brasileiro, asseverando, em suas anotações ao §1º do artigo
em comento, que “são veículos, para fins do código: automóvel, bicicleta, bonde,
(...)”.
Como já colacionado, no parágrafo único do mesmo artigo 2º, o legislador
pátrio também definiu, somente para os efeitos do Código de Trânsito Brasileiro,
também “as praias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes
aos condomínios constituídos por unidades autônomas” como vias terrestres.
Podemos entender como do território nacional, todo o espaço físico que o
Estado exerce a sua soberania, abrangendo o solo, rios, lagos, mares interiores,
baías, faixa do mar exterior e espaço aéreo (GONÇALVES, 2004, p. 28).
No caso do presente estudo, todo o solo nacional onde a República
Federativa do Brasil exerce sua soberania, sendo via terrestre.
Sobre o próximo ponto a ser analisado, ou seja, a concepção jurídica de
abertas à circulação antecipa-se em dizer que não se vislumbra um consenso
entre os doutrinadores sobre a incidência da norma em locais específicos, v.g.,
estacionamentos de supermercados, postos de gasolina, garagens, mas que o
trânsito nas vias terrestres, regido pelo Código de Trânsito Brasileiro, não precisa
ser somente em vias públicas, como exigia o antigo Código Nacional de Trânsito
(Lei 5.108/66), incidindo nas vias terrestres abertas à circulação.
8
Lei n. 5.108/66, publicada no Diário Oficial da União em 22/09/1966.
9
Decreto n. 62.127/66, publicado no Diário Oficial da União em 22/01/1968.
10
Conforme definição do anexo I do Código de Trânsito Brasileiro.
11
Gimenes, Eron Veríssimo. Prática das infrações de trânsito, 1996, p. 322-323.
12
Lei 5.108/66 e seu regulamento, Decreto 62.127/68.
13
Projeto de lei n. 3.710-A, de 1993, publicado no suplemento n. 19 do Diário do Congresso
Nacional de 11.02.1994, seção I, p. 03-89.
14
Substitutivo adotado pela Comissão Especial, incumbida de apreciar e emitir parecer sobre o
projeto de Lei 3.710/93, publicado no suplemento n. 19, do Diário do Congresso Nacional de
11.02.1994, seção I, p. 626-703.
15
Substitutivo final da Câmara dos deputados ao projeto de lei do executivo n. 3.710, de 1993,
enviado ao Senado Federal em 04/05/1994 (Diário do Senado federal, 09/07/1996 – suplemento
ao n. 123).
16
Sobre os diversos papéis no trânsito, consultar Vasconcellos, Eduardo Alcântra.
17
Mitidiero (2005, p. 23) indica que o conceito de trânsito apresentado no anexo I do Código de
Trânsito Brasileiro “peca por excesso e, ao mesmo tempo, por omissão”.
Em outro trecho, Mitidiero (2005, p.42) coloca que todos os animais podem
movimentar-se ou serem movimentados, mas poucos de forma regular:
18
Para Mitidiero (2005, p. 23), a circulação, a parada, o estacionamento e a operação de carga ou
descarga são subespécies das espécies genéricas “movimentação e imobilização”, todas advindas
do gênero “trânsito”.
19
Trânsito - movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres.
20
Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro, Lei 9.503/97, publicado no Diário Oficial da União em
24/09/1997.
21
Assim dispõem os artigos referidos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...].
o
Art. 6 São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos: [...].
22
Lozer, Juliana Carlesso. Direitos Humanos e interesses metaindividuais; In Direitos
Metaindividuais. São Paulo: LTr, 2004, p. 11.
23
Em que pese o autor da nota anterior entender e classificar como categoria una os direitos
humanos e os direitos fundamentais, cabe expressar, conforme bem expressado pelo Defensor
Público Felipe Kirchner, em e-mail de resposta a este autor, que são distintas, ou seja, “as
categorias de direitos naturais (enquanto direitos suprajurídicos e válidos para todos os povos e
em todos os tempos), direitos humanos (enquanto direitos supranacionais que aspiram à validade
universal, por serem posições jurídicas ligadas à essência do ser humano, independente de sua
vinculação com um determinado direito constitucional) e direitos fundamentais (enquanto direitos
reconhecidos e positivados no direito constitucional de determinado Estado, estando, portanto,
limitados espaço-temporalmente)”
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição. 24
Negritamos.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
igualdade, segurança e propriedade, nos termos seguintes: [...]
24
Constituição Federal da República Federativa do Brasil, publicada no Diário Oficial da União, n.
191-A, em 05 de outubro de 1988.
25
Assim dispõe o referido §2º do art. 5º da Constituição Federal Brasileira, in verbis:
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
26
Supremo Tribunal Federal – Mandado de Segurança n. 22.164/SP – Relator Ministro Celso de
Mello, Diário da Justiça, Seção I, 17.11.95, p. 39.206.
27
Seriam os direitos à democracia, direito à informação, direito ao pluralismo, material genético.
28
Inclusive o estrangeiro em trânsito pelo país pode gozar de direitos fundamentais do ser
humano. (MORAES, 2003, p. 63).
29
Sobre os denominados direitos metaindividuais, obra de LEITE, Carlos Henrique Bezerra
(Coord.).
[...] são aqueles que impõem ao poder público uma conduta ativa,
consistente em realizar em proveito do titular uma prestação de dar
ou fazer. [...] São direitos correlativos do poder-dever de polícia, por
tal entendendo-se, em sentido amplo, a competência geral reservada
à organização estatal para, por via de lei e atos administrativos,
defender particulares contra danos potenciais, iminentes ou efetivos
nas suas relações com os demais indivíduos, grupos ou instituições
públicas e privadas.
[...] Sabe-se que, entre nós, o catálogo de direitos não é exaustivo,
albergando figuras inominadas adicionais que possam ser
deduzidas logicamente dos princípios e do regime constitucionais
(CRFB-88, art. 5. º, §2º). É precisamente o caso: os direitos a tos
de contenção não são mais que projeções particulares do direito
geral à segurança (CRFB-88, arts. 5. º e 6. º), que é a face oposta
do sistema de monopólio estatal da força.
30
Projeto de lei 3.710, de 1993, do Poder Executivo, Mensagem n. 205/93, publicado no Diário do
Congresso Nacional, Seção I, em 25.05.1993, pp. 10592/10624.
31
Projeto de lei n. 3.710-A, de 1993, publicado no suplemento n. 19 do Diário do Congresso
Nacional de 11.02.1994, seção I, pp. 03/89.
§2º.- Omissis. 33
32
Projeto de lei n. 3.684, de 1993, publicado no suplemento n. 19 do Diário do Congresso
Nacional de 11.02.1994, seção I, pp. 91/89.
33
Vide próximo capítulo.
34
Emenda n. 09 apresentada em 26.08.1993 à Comissão Especial, com publicação no
suplemento n. 19 do Diário do Congresso Nacional de 11.02.1994, seção I, p. 262.
35
Substitutivo do relator Beto Mansur ao projeto de Lei 3.710/93, publicado no suplemento n. 19,
do Diário do Congresso Nacional de 11.02.1994, seção I, pp. 309/425.
36
Substitutivo publicado no Diário do Senado Federal em 26.07.1996, suplemento ao n. 136, p.
704-731.
37
Emenda de plenário, oferecida no turno suplementar, apresentada ao art. 1º, § 2º do substitutivo
ao PLC n. 73/94, publicado no Diário do Senado Federal em 26.07.1996, suplemento ao n. 136, p.
02.
38
Ver análise do § 5º do artigo 1º quando sobre a Reserva Ecológica do Taim.
39
Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, de 31/08/1981.
40
Medauar (2004) explana com grande precisão os princípios que regem a Administração, em
especial aqueles mencionados no art. 37, caput, da Constituição Federal.
41
Moraes (2003, p. 315) coloca que mesmo antes da Emenda Constitucional n. 19/98 a doutrina e
jurisprudência já acolhiam esse princípio – eficiência – a também reger a Administração.
[...].
É justo e necessário que o Estado desempenhe fielmente suas
responsabilidades e funções, sujeitando-se a penalizações em
caso de não cumprimento das mesmas. Desta forma
encontraremos equilíbrio nas relações sociais e respeitabilidade
às regras de conduta estabelecidas aos cidadãos. 43
42
Constituição da República Federativa do Brasil, publicada no Diário oficial da União, n. 191-A,
de 05.10.1988.
43
Emenda n. 09 apresentada em 26.08.1993 à Comissão Especial, com publicação no
suplemento n. 19 do Diário do Congresso Nacional de 11.02.1994, seção I, p. 262.
45
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal:
I - (Vetado).
II - (Vetado).
III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do
órgão ou entidade, executivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os
demais agentes credenciados;
IV - (Vetado).
V - (Vetado).
VI - (Vetado).
VII - (Vetado).
Parágrafo único. (Vetado).
46
Para esse mesmo autor (1995, p. 558), pela teoria do risco integral, a Administração ficaria
obrigada a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resultante de culpa
ou dolo da vítima.
47
Emenda n. 09 apresentada em 26.08.1993 à Comissão Especial, com publicação no
suplemento n. 19 do Diário do Congresso Nacional de 11.02.1994, seção I, p. 262.
48
Também denominado patrimonial, que compreende o dano emergente e o lucro cessante
(DINIZ, 2002).
49
Ademais, parte significativa das vítimas no trânsito são pessoas não pertencentes ao sentido
restrito de cidadão (de direitos políticos), como crianças e adolescentes. Igualmente, pessoas
jurídicas e estrangeiros também são passíveis de sofrerem danos decorrentes de ação, omissão
ou erro dos órgãos e entidades de trânsito.
Assim, o erro pode ser entendido como uma ação dos órgãos ou entidades
do trânsito que não corresponda (ou atinja os resultados) com a finalidade
pretendida ou ocasione uma falsa ideia (dúvida) ao destinatário da norma (usuário
do trânsito).
Pelo exposto, verifica-se que o legislador pátrio entendeu que a
responsabilidade objetiva deveria restar bem expressa e, reafirmando a
responsabilidade objetiva da Administração esculpida na Constituição Federal,
nas condutas oriundas de ação, omissão ou erro dos agentes ou autoridades de
trânsito.
Também a norma de trânsito deixou expressa que a responsabilidade
objetiva resulta – nas três modalidades de conduta (ação, omissão ou erro) –
tanto na execução como na manutenção de programas, projetos e serviços.
Nas definições esposadas por Panitz (2003, p. 152) temos execução como
sendo “ato de executar uma tarefa; a atividade de materialização da obra ou ao
realizar serviços previstos nos projetos, dentro de um campo de sua modalidade
profissional; execução de projeto, obra ou empreendimento em base a um
projeto”.
50
Parecer publicado no Diário do Senado Federal, suplemento ao n. 123, em 09.07.1996, p.06.
51
Assim dispunha o §4º do art. 1º do Código de Trânsito Brasileiro: As entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito são aquelas criadas ou mantidas pelo Poder Público competente,
dotadas de personalidade jurídica própria, e integrantes da administração pública indireta ou
fundacional.
Para Rizzardo (1998, p. 38), foram definidas as prioridades das ações para
as entidades e órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, defendendo a vida e para
a humanização do trânsito:
[...].
Procedemos, também, a inserção de parágrafo ao art. 1º do
Projeto no sentido de balizar os fundamentos e prioridades dos
52
Parecer publicado no Diário do Senado Federal, suplemento ao n. 123, em 09.07.1996, p.06.
53
O meio ambiente, incluindo os animais, detém legislação de proteção, como resultado de
consciência mundial sobre a questão ambiental, em especial após a década de 80. Vide leis
6.938/81, Art. 225 da Constituição Federal, Lei 9.605/98.
54
Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, de 31/08/1981. Assim
dispõe o art. 3º:
Art. 3º. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I – meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
[...]
55
Fonte: Detran/RS. CD anuário 2004 (Vítimas fatais em acidentes de trânsito, por Jurisdição, por
ano, Rio Grande do Sul, 1997 a 2004).
56
Os números são referentes às vitimas fatais nas vias gaúchas, contabilizadas pelos dados
oficiais das Polícias Rodoviárias Federal e Estadual, até outubro de 2005, conforme a notícia do
site http://www.clicrbs.com.br/especiais, acessado em 30/12/2005.
57
Seguro obrigatório de veículos automotores, instituído pela Lei 6.194/74 e publicada no Diário
Oficial da União em 20/12/1974.
58
As informações referentes ao seguro obrigatório são elementos a serem considerados no
questionamento das perdas que ocorrem no trânsito, mas podem apresentar distorções –
pequenas – sobre o número de eventos ocorridos no Estado, considerando que são os seguros
efetivamente pagos (os eventos podem ter ocorridos em outros Estados) no Rio Grande do Sul e
podem abarcar anos diversos entre a data do evento e a data que foram solicitados.
59
Fonte: DPVAT – Rio de Janeiro. Os dados referente ao ano de 2005 são até novembro de 2005.
60
Fonte: Detran/RS. CD anuário 2004 (Vítimas não fatais em acidentes de trânsito, por Jurisdição,
por ano, Rio Grande do Sul, 1997 a 2004).
61
Palestra proferida na sede da Associação Nordeste/RS dos Policiais Rodoviários Federais, em
24/09/2005, às 11h, na cidade de Caxias do Sul - RS.
62
As não visíveis seriam aquelas infrações que não se constatam sem a abordagem, v.g., art. 162;
230 V; 232; 233 do Código de Trânsito Brasileiro.
63
Em pesquisa realizada em São Paulo, pela Associação Brasileira de Medicina no Tráfego, foi
constatado que somente 0,01% das condutas passíveis de autuação são flagradas e autuadas
pelos agentes de trânsito. Reportagem em http: jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1044160-
3586,00.html, acessado em 30/09/2005.
64
Fonte: Detran/RS. CD Anuário 2004 (Número de autuações e tipos infracionais, por ano, Rio
Grande do Sul, 1999 a 2004).
65
Sagarna, Fernando A. Ley de transito. Série de textos actualizados La Ley con doctrina y
jurisprudencia. Buenos Aires, Argentina: La Ley, 2000. p. XXII.
66
Reglamento Nacional de Circulación Vial, Decreto 118/84 de 23 de marzo de 1984.
67
Real Decreto Legislativo 339/1990, de 2 de marzo, por el que se aprueba el texto articulado de
la Ley sobre Tráfico, Circulación de Vehículos a Motor y Seguridad Vial, con publicación oficial en
04.03.1990.
68
Real Decreto 1428/2003, de 21 de noviembre, por el que se aprueba el Reglamento General de
Circulación para la aplicación y desarrollo del texto articulado de la Ley sobre tráfico, circulación de
vehículos a motor y seguridad vial, aprobada por el Real Decreto Legislativo 339/1990, de 2 de
marzo, publicado en 23-12-2003.
69
Ordenanza que establece el reglamento General de Tránsito para la ciudad de Asunción, JM/n.
21/94, promulgado en 16.09.1994.
70
[...] en el Código de Circulación Terrestre de Colombia, cuyo art. 1 dispone que sus normas
rigen, además de tránsito en las vías públicas, también <<por las vías privadas que estén abiertas
al uso público>>.
71
O denominado “fator humano” dos acidentes. Entretanto, a própria habilitação para dirigir
veículo automotor pressupõe que o Estado atesta ser o motorista hábil (entenda-se, apto para
dirigir com segurança) para transitar nas vias. Dos demais personagens do trânsito (pedestres,
ciclistas, trabalhadores), a omissão explícita do Estado em não oferecer educação para o trânsito
já desqualifica qualquer tentativa de argumentar exclusividade no “fator humano” nos eventos de
trânsito. Pavarino Filho (2004) também pondera sucintamente, em excelente artigo sobre
educação, sobre o “Mito do fator humano”.
72
Como já expressado, o código de trânsito brasileiro prevê educação para o trânsito como direito
de todos e prioridade dos órgãos e entidades do sistema nacional de trânsito (art. 74) e também
prevê a obrigatoriedade de inserção de educação para o trânsito da pré-escola até o terceiro grau
(Art. 76).
[...] não está em saber quais, quantos são esses direitos, qual a
sua natureza e o seu fundamento, se são direitos naturais ou
históricos, absolutos ou relativos; mas sim qual o modo mais
seguro para garanti-los, para impedir que, apesar das solenes
declarações, eles sejam continuamente violados.
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