Transmissões Mecânicas

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TRANSMISSÕES MECÂNICAS

INTRODUÇÃO
• Cada máquina é equipada de órgãos motores ( motores eléctricos,
turbinas, motores de combustão interna etc. , que comandam o
movimento dos órgãos ou a transmissão necessária ao seu
fornecimento.
• Na maioria dos casos o motor transmite o movimento aos órgãos
principais da máquina através de mecanismos intermédios de
transmissão que consiste em sistemas de rotismos ou por meio de
sistemas de roldanas com correias, enquanto que a transmissão
directa é realizada com Juntas.
• Portanto chama-se transmissões mecânicas aos mecanismos que se
utilizam para transmitir a energia desde o motor aos órgãos de
trabalho de uma máquina; em regra geral, com transformação das
velocidades, das forças ou dos momentos e da lei de movimento.
Tipos de Transmissões
1. Transmissões por roçamento: Com contacto directo (por fricção ou
atrito) ou com enlace flexível ( correias ).
2. Transmissões por engrenagem: Com contacto directo ( por dentes e
sem fim) ou com enlace flexível ( por corrente e roda dentada )
3. Transmissões por parafuso de axionamento e porca ( macacos,
grampos e prensas ).
• A escolha dos órgãos que transmitem o movimento do veio que dá
a potência ( veio motor ) ao veio que recebe ( veio accionado )
depende da distância relativa dos dois veios e de particulares
necessidades de funcionamento.
• Vantagens das transmissões:
1. Poucas perdas por atrito
2. Possibilidade de realizar o movimento continuo e uniforme
3. Possibilidade de criar construções simples e compactas.
TRANSMISSÕES COM CORREIAS E
ROLDANAS
• As correias são utilizadas para transmitir o
movimento entre eixos relativamente afastados
entre si e quando não se requer uma rigorosa
relação de transmissão.
• As transmissões por correia, relativamente às
transmissões por engrenagens, são mais
económicas e práticas.
• São geralmente empregues para ligar o motor
eléctrico e os órgãos das máquinas ferramentas,
nos automóveis para o comando do motor, do
ventilador, do dínamo ou alternador etc.
• A correia aderindo, conforme os ângulos de
enrolamento ou abraçado, a duas rodas chamadas
roldanas, unidas rigidamente nos veios, transmite
potencia e movimento por efeito do atrito existente
entre roldana e correia.
• Para que o movimento seja transmitido sem patinar
a correia é mantida em tensão durante o
movimento por um rolo chamado galopin que
exerce uma pressão sobre a correia mediante
contrapesos ou molas e aumenta o ângulo de
enrolamento das roldanas.
• Entende-se por ângulo de enrolamento o ângulo
correspondente ao arco da roldana ao longo da qual
adere a correia.
CORREIAS PLANAS DE SECÇÃO
RECTANGULAR
• Este tipo de transmissão não permite transmitir
potencias elevadas e o movimento pode ser
transmitido quer por veios paralelos quer por veios
inclinados. As correias planas podem ser em couro
ou em algodão gomado.
• As correias de couro foram utilizadas nas máquinas
de tipo antigo e foram substituídas pelas menos
caras e mais resistentes correias em algodão
gomado.
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO
• A relação de transmissão é determinada pelas dimensões
dos diâmetros exteriores das roldanas. O numero de
rotações que as roldanas executam na unidade de tempo
são inversamente proporcionais aos seus diâmetros. Se D1
e D2 são os diâmetros das respectivas roldanas motora e
da conduzida, a relação de transmissão é:
• I = n2 / n1 = D1 / D2
• Actualmente existem três tipos de correias:
1- Correias planas de secção rectangular.
2- Correias de secção trapezoidal
3- Correias planas dentadas de secção rectangular
LEGENDA
1- Tecido de cobertura feito de algodão engomado
resistente ao atrito para evitar o desgaste rápido.
2- Camada de goma que serve para dar flexibilidade.
3- Tecedura especial de algodão, fios de aço ou nylon
que serve para sustentar as solicitações de tracção
que sofre a correia.
• As roldanas empregues para estas correias são de
coroa lisa com perfil ligeiramente convexo para o
centro como indicado na figura, para evitar
deslizamentos axiais da correia.
CORREIAS DE SECÇÃO TRAPEZOIDAL
• Relativamente às correias planas podem transmitir
potências elevadas também com menor ângulo de
enrolamento.
• São correias fechadas em anel a secção trapezoidal
sendo relativamente rígidas devem empregar-se só
para veios paralelos. Para transmitir grandes
potências montam-se várias correias lado a lado e
os veios podem ficar relativamente próximos.
Legenda
Y – Espessura da correia
X – Largura da base superior
A – Estratos de goma
B – Núcleo central de algodão gomado
C – Revestimento resistente ao atrito
• As roldanas para as correias trapezoidais têm a forma das
destinadas às correias planas com excepção da coroa que
apresenta uma série de encaixes de forma apropriada que
servem para alojar as correias.
• As roldanas são geralmente fabricadas de ferro fundido ou
em alumínio
CORREIAS PLANAS DENTADAS DE SECÇÃO
RECTANGULAR
• É uma correia plana que apresenta na superfície
interna uma dentadura; esta é constituída por uma
fila de entalhes em aço de alta resistência
montados em hélice, disposto segundo o
desenvolvimento da correia, revestidos de material
sintético resistente aos hidrocarbonetos.
• A relação entre uma correia plana dentada e
roldana apropriada é semelhante à de uma roda
dentada interior com o seu pinhão.
• Com as correias planas dentadas podem transmitir-
se potencias pequenas e elevadas com
uniformidade de movimento, silenciosamente e
com alto rendimento.
• As roldanas são geralmente em ferro fundido ou em
alumínio. O pinhão deve ser normalmente munido
de duas aletas laterais para manter no lugar a
correia.
• Este tipo de transmissão por correias e utilizado na
industria automobilística nos comandos de arvore
de cames; na industria petrolífera, na transmissão
entre motor eléctrico e a ventoinha dos radiadores.
TRANSMISSÕES MECÂNICAS

TRANSMISSÃO COM CORRENTE E


RODAS DENTADAS
• A transmissão com correntes é um meio para
transmitir a potencia de um veio rotativo para um
outro.
• A transmissão com corrente é composta por uma
roda dentada motora, uma roda conduzida e uma
corrente
• Pode transmitir o movimento entre veios
relativamente próximos sem patinar mais não
permite velocidades elevadas. A demais quando
não é possível efectuar-se a transmissão por
engrenagem ( grande distancia entre eixos )
• As correntes são formadas por chapinhas em aço
unidas com eixos e casquilhos.
Na industria são geralmente usados dois
tipos de correntes:
• Corrente de rolos
• Corrente silenciosas.
As correntes podem ser construídas por duas,
três ou quatro filas de rolos, segundo a potencia
que deve ser transmitida
• As correntes tem uma larga utilização na industria
mecânica quer com cargas uniformes, quer com cargas
pulsantes ( veios de transmissão múltiplos, gruas, maquinas
ferramentas etc.) quer com carga a esticões ( dragas,
bancos de estirar arame, tesouras mecânicas, maquinas de
puncionar, etc..
• As correntes de rolos quando a elevada velocidade são
numerosas e foram substituídas por correntes silenciosas
devido ao contacto permanente dos dentes da corrente
com os dentes do pinhão mesmo quando o desgaste dos
mesmos é evidente.
• As correntes silenciosas são utilizadas, na industria
automobilista, nos comandos de distribuição.
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO
• Em todas as transmissões por corrente, as
suas relações cinemáticas são iguais a
transmissão por engrenagens que estabelece
que as velocidades das rodas condutora e
conduzida são inversamente proporcional aos
seus números de dentes.
i = n1 / n2 = Z2 / Z1
VANTAGENS DA TRANSMISSÃO POR
CORRENTE
1. Menor espessura das rodas dentadas com respeito
as de engrenagem
2. Maior rendimento comparado com as por
engrenagens, devido a menor pressão exercida
sobre os dentes.
3. Possibilidade de dispor os eixos a qualquer
distancia ( dentro de certo limite ).
4. Assegura a regularidade da transmissão eliminando
o deslizamento.
Manutenção
• De modo geral as correntes são incensiveis as
acções do meio ambiente ( a humidade, calor,
acidez, etc. , mais os materiais abrasivos (
poeiras, diversas, areias, carvão e escorias )
aumenta-lhe o desgaste. As avarias nas
correntes resumem-se praticamente a rotura
de uma malha e é de facil substituição.
CLASIFICAÇAÕ DAS TRANSMISSÕES COM
RODAS DENTADAS
• Transmissões por engrenagem:
• Quando os veios são paralelos ( rodas de cadeias ou
correntes; rodas cilíndricas e cremalheira).
• Quando os veios se cortam ( rodas cónicas ).
• Quando os veios se cruzam ( rodas cilíndricas; rodas
cónicas ; rodas e parafuso sem fim )
TRANSMISÃO COM RODAS DENTADAS
• A transmissão com rodas dentadas é utilizada quando os veios são
relativamente próximos e se deseja obter uniformidade de
movimento.

• Mediante o acoplamento de duas rodas dentadas com diâmetro


diferente, é possível não só transmitir o movimento entre dois veios,
mas também variar a relação entre a velocidade de rotação do veio
motor e a do veio conduzido.

• Quando o par é constituído por uma roda grande e por uma roda
muito mais pequena, esta assume o nome de pinhão.

• A escolha do tipo de par de rodas dentadas é determinada pela


posição relativa dos dois veios. Se são paralelos utilizam-se rodas com
dentes rectos(direitos), ou helicoidais de sentido contrário.
• Se são inclinados utilizam-se rodas com dentes
helicoidais com hélices no mesmo sentido e em
alguns casos de veios inclinados ortogonais, usa-se
um acoplamento particular o par com parafuso sem
fim ( P.S.F ) roda helicoidal.
• Se os veios são incidentes, isto é se convergem para
um ponto, utilizam-se rodas cónicas com dentes
rectos e cónicas com dentes helicoidais
• A cremalheira é uma engrenagem rectilínea que
pode engrenar num pinhão.
Características de uma roda dentada
• Um par de rodas dentadas engrenadas entre si e
caracterizado pelo passo P, pelo modulo m e pela relação
de transmissão i.
• O valor do passo ou do modulo determina se há
possibilidade ou não que entre duas rodas dentadas se
transmita o movimento.
• O passo de uma roda dentada é indicado com a letra P,
modulo é indicado com a letra m, o numero de dentes é
indicado com a letra Z
• A relação de transmissão estabelece a velocidade que se
obtêm no veio conduzido relativamente à velocidade do
veio motor; isto depende do numero dos dentes de cada
uma das duas rodas e é indicado com a letra i
Passo da dentadura
• O passo é o comprimento do arco compreendido entre os
eixos de dois dentes consecutivos, medidos sobre uma
circunferência virtual, de comprimento Dp = π chamada
primitiva.
P = circunferência primitiva / numero de dentes = Dp . π / Z
Dp = diâmetro primitivo
As circunferências primitivas de um par de rodas dentadas
correspondem às circunferências externas de duas rodas
sem dentes que transmitem o movimento por fricção com
a mesma relação de transmissão do par efectivo de rodas
dentadas.
Modulo de dentadura
• O passo está sempre representado por um numero com
muitas decimais, porque calculado mediante π que é um
numero irracional, e por isso é pouco prático no
desenvolvimento dos cálculos. Se por exemplo Dp = 50 mm
e Z = 20 o passo será:
• P = 50 . π / 20 = 7,8537
• Dividindo o passo por π obtém-se o modulo m, que
caracteriza a dentadura e constitui a unidade de medida,
teremos então:
• P / π = Dp / Z = m
• Os módulos mais utilizados são: 1; 1,25; 1,5; 1,75; 2; 2,25;
2,5; 2,75; 3; 3,25; 3,5; 3,75; 4; 4,5; 5.
DIMENSÕES DA DENTADURA
→Para um par de rodas dentadas com
dentes rectos
• m = modulo = P / π = Dp / Z
• P = passo = m . π = Dp . π / Z
• a = adenda = m
• d = dedenda = m
• h = a + d = 13 . m / 6
• e = folga na base = m / 6
• s = espessura do dente = P = 2 = 1,5708m
• b = largura do dente = ( 8 / 12 ) . m
• Z = numero de dentes
• Dp = diâmetro primitivo = m . Z
• De = diâmetro externo = Dp . 2 a
• Di = diâmetro interno = Dp – 2d
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO
• Na transmissão de duas rodas dentadas pode-se
individualizar sempre uma roda condutora ou
motora e uma roda chamada conduzida. Por outras
palavras, o veio motor e a roda motora transmitem
o movimento rotatório a roda conduzida e ao veio
conduzido.
• Se as duas rodas são iguais, quer dizer têm o
mesmo numero de dentes e por isso o mesmo
diâmetro, a cada rotação da roda motora
corresponde uma rotação da roda conduzida. Neste
caso as duas rodas rodam a mesma velocidade.
• Se uma roda tem um numero de dentes superiores ao da
outra e portanto também um maior diâmetro, a velocidade
dos dois veios será também diferentes.
• Se sobre o veio motor está montada uma roda com um
numero duplo de dentes relativamente à conduzida, o veio
conduzido rodará com uma velocidade dupla.
• Quando a roda motora tem um numero de dentes superior
à roda conduzida chama-se multiplicador.
• Se sobre o veio motor está montada uma roda com metade
do numero de dentes da conduzida, o veio conduzido
rodará com uma velocidade igual à metade da do veio
motor.
• Quando a roda motora tem um numero de
dentes inferior à roda conduzida chama-se
redutor.
• Pelas considerações e exemplos anteriores deduz-se
que a velocidade de rotação do veio motor e
conduzido são inversamente proporcionais aos
números dos dentes da roda condutora e
conduzida.
• Se indicarmos com n1 o numero de rotações de
roda condutora, com n2 o numero de rotações da
roda conduzida e com Z1 o numero de dentes da
roda condutora e com Z2 o numero de dentes da
roda conduzida, teremos:
• i = n2 / n1 = Z1 = Z2
RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO COM VÁRIAS
RODAS DENTADAS
• A transmissão entre veio motor e veio conduzido
pode também ser realizada através de um ou mais
veios intermédios sobre os quais estão montadas
umas ou mais rodas dentadas intermédias.
Relação de transmissão
no/n1 = Z1/Z2 e n2/no = Z3 / Z4
n1= no . Z2 / Z1 n2 = no . Z3 / Z4

i = n2/n1 = no/n1 . n2/no = Z1/Z2 . Z3/Z4


INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO
• RODA OCIOSA
• As vezes é necessário inverter o sentido de rotação do veio
conduzido.
• Isto é realizado interpondo entre a roda motora e a roda
conduzida uma roda dentada chamada ociosa, montada
sobre um veio intermédio e que não influi na relação de
transmissão qualquer que seja o seu numero de dentes.
• Se indicarmos com Z0 o numero de dentes da roda ociosa e
aplicamos a formula da relação de transmissão, teremos:
i = n2/n1 =Z1.Z0/Z0.Z2 = Z1/Z2
• Resulta evidente que o único efeito da roda ociosa é
o de inverter o sentido de rotação da roda
conduzida e consequentemente do veio onde está
montada.
• As vezes é necessário montar mais rodas ociosas, se
forem em numero impar o sentido de rotação do
veio conduzido será igual ao do veio motor. Se
forem em numero par o sentido de rotação do veio
conduzido é contrário ao do veio motor.
TRANSMISSÃO DO MOVIMENTO ENTRE
VEIOS PARALELOS
• A transmissão do movimento obtêm-se utilizando rodas cilíndricas com dentes
rectos ou rodas cilíndricas com dentes helicoidais.
• São com dentes rectos quando os dentes estão dispostos paralelos ao eixo e às
geradoras do cilindro.

• Nos espaços entre um dente e o outro de uma roda inserem-se sucessivamente os


dentes da outra roda, que tem o mesmo passo e o mesmo modulo.

• Os dentes que engrenam trocam-se as solicitações tangenciais, realizando a


transmissão do movimento de uma roda para a outra.

• São com dentes helicoidais quando os dentes estão dispostos transversalmente às


geradoras do cilindro, seguindo o desenvolvimento de uma hélice cilíndrica e por
isso são definidos dentes helicoidais.
• O passo P de uma hélice é a distancia medida entre
dois sucessivos pontos de intersecção da mesma
hélice; o ângulo de inclinação α da hélice é o ângulo
que o dente forma com a geradora que passa pelo
seu ponto médio.
• Duas rodas helicoidais para que possam acoplar-se
devem ter o mesmo módulo m, a mesma inclinação
mas de sentido contrário.
• Com a utilização de rodas helicoidais obtém-se
transmissões mais uniformes e silenciosas em
relação às rodas cilíndricas.
• A inclinação do dente helicoidal em relação às
geradoras do cilindro, permite ao dente suportar
maiores solicitações com a vantagem de as tornar
praticamente continuas e uniformes.
• A inclinação da dentadura helicoidal origina uma
força axial que aumenta em proporção ao aumento
da inclinação da hélice.
• Para equilibrar esta força axial é necessário montar
uma chumaceira de impulso, ou montar sobre o
mesmo veio duas rodas helicoidais com dentadura
com inclinação da hélice α inversa, ou melhor
ainda, com uma só roda com dentadura simétrica. (
figura )
TRANSMISSÃO DO MOVIMENTO ENTRE
VEIOS INCLINADOS
• A transmissão do movimento entre dois veios que não
estam no mesmo plano ( inclinados ) é realizada com rodas
cilíndricas com dentes helicoidais (Figura 21 )
• As rodas devem ter o mesmo modulo e a inclinação da
hélice dos dentes no mesmo sentido, enquanto que os
ângulos de inclinação podem ser iguais ou diversos. (
Figura 22 )
• Um par muito usado é o parafuso sem fim roda helicoidal
que representa um par ortogonal irreversível porque o
elemento motor deve ser sempre o parafuso sem fim que
pode ter uma ou mais roscas. Geralmente é usado como
redutor. ( Figura 23 )
• A relação de transmissão e igual a relação entre o
numero das roscas do parafuso sem fim e o numero
dos dentes da roda helicoidal.
i = n2 / n1 = nº roscas p.s.f / nº dentes roda
• O par roda helicoidal-parafuso sem fim realiza
uma forte relação de redução.
Exemplo:
Nº de roscas do p.s.f = 2 ; n1=1400 RPM
Z= nº de dentes da roda helicoidal = 50 dentes
• n2 = n1 x Nº roscas p.s.f / Nº dentes rodas= 1400 . 2 /
50
• N2 = 56 RPM
• Para realizar a mesma redução com um par de
rodas dentadas cilíndricas, deveria acoplar-se a uma
roda dentada com 35 dentes uma roda conduzida
de:
• n1/n2 = Z2/Z1
Z2 = n1.Z1 / n2 = 1400rpm.25 / 70rpm = 625dentes
De aqui resulta clara a vantagem económica oferecida
pela transmissão p.s.f – roda helicoidal.
TRANSMISSÃO DO MOVIMENTO ENTRE
VEIOS INCIDENTES
• A transmissão do movimento entre veios incidentes
quer dizer entre veios cujos eixos se encontram
num ponto, é realizada utilizando rodas dentadas
cónicas.
• O modulo e o passo são calculados em
correspondência com a circunferência primitiva
máxima. ( Figura 24 )
• As rodas dentadas cónicas podem ter os dentes
rectos, os dentes inclinados e espiral. ( figura )
• Os dentes inclinados em espiral consentem uma
transmissão mais silenciosa, continua e uniforme
relativamente à que se obtêm com os dentes rectos
e além disso, permite transmitir esforços elevados.
• O par mais comum deste tipo é chamado hipoide e
é utilizado especialmente no grupo diferencial dos
automóveis.
• A construção destes engrenagens é efectuada por
máquinas especiais. ( figura 26 )
REDUTORES E MULTIPLICADORES
• Um tipo particular de acoplamentos entre dois
veios mediante rodas dentadas é o que procura
reduzir ou multiplicar o numero de rotações entre
veio motor e o veio conduzido.
• No primeiro caso o grupo toma o nome de redutor,
no segundo toma o nome de multiplicador.
• Os redutores podem ser de três tipos:
1. Redutores com rodas cilíndricas ou cónicas
2. Redutores p.s.f roda helicoidal
3. Redutores com rodas eficicoidais.
• As engrenagens dos redutores estão contidos numa
carcaça ou cárter em ferro fundido ou aço soldado que
serve também de contentor do óleo de lubrificação.
• As engrenagens são normalmente em aço forjado a alta
resistência e tratados termicamente.
• A dentadura é realizada com máquinas e utensílios de
precisão. Conforme as necessidades a dentadura pode
ser com dentes rectos, com dentes helicoidais, com
dentes helicoidais simétricas.

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