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- Revista EDUCAmazônia - Educação Sociedade e Meio Ambiente, Humaitá, LAPESAM/GISREA/UFAM/CNPq/EDUA –

ISSN 1983-3423 – IMPRESSA – ISSN 2318 – 8766 – CDROOM – ISSN 2358-1468 - DIGITAL ON LINE

Vol XXV, Núm 2, jul-dez, 2020, pág. 330-345.

A CIÊNCIA PARA A RESOLUÇÃO DE CRIMES: O PAPEL DA BOTÂNICA


FORENSE NO ÂMBITO CRIMINAL

SCIENCE FOR THE RESOLUTION OF CRIMES: THE ROLE OF FORENSIC


BOTANICS IN THE CRIMINAL SCOPE

Alcilene Bezerra
Felipe Sant’ Anna Cavalcante
Renato Abreu Lima
RESUMO
O biólogo forense é o cientista que lida com vestígios de plantas, aplicando diversas
técnicas de análise às provas recolhidas no local do crime, incluindo pólen, fragmentos
e resíduos de plantas, compostos químicos e DNA das plantas. Foi realizado um
levantamento bibliográfico no qual foram priorizados livros como: Introdução à
Biologia Forense, Botânica e Palinologia Forense, bases eletrônicas de dados como:
SciELO, LILACS, Pubmed e Mendeley, Artigos e Estudo de Caso, no entanto só foram
considerados apenas os artigos publicados no idioma português. Este é um estudo de
caráter teórico, exploratório e descritivo. Os principais termos buscados foram relativos
à “botânica forense”, “local de crime”, “espécies vegetais” e “criminalísticas”. O
conteúdo pesquisado e apresentado provém de um levantamento bibliográfico realizado
nos meses de novembro de 2018 a março de 2019. Cita-se a Botânica Forense como a
aplicação do estudo das plantas e de suas estruturas na resolução de crimes ou outras
questões legais. Esses indícios podem fornecer pistas sobre o paradeiro da vítima ou de
um suspeito, bem como informar sobre a presença de material entorpecente no local do
caso, onde há uma grande variedade de materiais botânicos que podem ser úteis na
elucidação de crimes, como folhas, flores, pólen, algas e madeira.
Palavras-chave: Botânica forense; Local de Crime; Criminalísticas.

ABSTRACT
The forensic biologist is the scientist who deals with traces of plants, applying various
analysis techniques to the evidence collected at the crime scene, including pollen, plant

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fragments and residues, chemical compounds and plant DNA. A bibliographic survey
was carried out in which books were prioritized, such as: Introduction to Forensic
Biology, Botany and Forensic Palynology, electronic databases such as: SciELO,
LILACS, Pubmed and Mendeley, Articles and Case Study, however only only articles
were considered published in Portuguese. This is a theoretical, exploratory and
descriptive study. The main terms searched were related to “forensic botany”, “crime
scene”, “plant species” and “criminalistics”. The researched and presented content
comes from a bibliographic survey carried out from November 2018 to March 2019.
Forensic Botany is mentioned as the application of the study of plants and their
structures in solving crimes or other legal issues. These clues can provide clues as to the
whereabouts of the victim or a suspect, as well as inform about the presence of narcotic
material at the scene of the case, where there is a wide variety of botanical materials that
can be useful in elucidating crimes, such as leaves, flowers, pollen, algae and wood.
Keywords: Forensic botany; Crime scene; Criminalistics.

INTRODUÇÃO
Durante décadas, a Ciência Forense tem sido aliada das agências de aplicação da
lei e, com os avanços da ciência e da tecnologia, essa relação tornou-se essencial para o
desmembramento de inúmeros casos criminais (FISHER, 2014). Esta Ciência é uma
área bastante ampla que tem como principal objetivo auxiliar nas investigações da
justiça, principalmente a criminal. Entretanto, nos últimos anos, a investigação nas
Ciências Forenses tem evoluído imenso com o avanço de outras áreas das Ciências.
A Criminalística, também chamada de Ciência Forense, é responsável pelo elo
entre a ciência e o direito, estudando os indícios deixados no local do crime, que nos
casos mais favoráveis, auxilia a identidade do criminoso e as circunstâncias em que
ocorreu o delito. A prova pericial torna-se indispensável nos crimes que deixam
vestígios, e a perícia criminal requisitada pela autoridade policial ou judiciária é a base
decisória que direciona a investigação policial e o processo criminal (GEORG;
KELNER; JÚNIOR, 2011).
A Botânica é uma área extremamente vasta e de particular importância na
investigação forense. Apesar da não reconhecida importância, a Botânica Forense tem
sido muitas vezes esquecida ou limitada à morfologia sistemática e taxonomia com a
identificação de espécies e de plantas ilegais. No entanto, a Botânica Forense abrange

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áreas tão diversas e especializadas como a Dendrocronologia, Limnologia e a


Palinologia, Ficologia, Ecologia vegetal, Biogeografia, Botânica molecular e
Fitoquímica. Vários são os exemplos, o pólen encontrado em evidências forenses pode
dar informação para associações sazonais ou para a localização geográfica (DAMAS et
al., 2016).
A presença de diatomáceas na medula femoral pode confirmar morte por
afogamento, assim como a sua composição indicar para o possível local ou época. Neste
sentido, é inegável o reconhecimento da Botânica Forense como auxiliar na
investigação e busca de evidências forenses. É, portanto crucial a formação de
profissionais com competências no reconhecimento de plantas e seus vestígios, na
análise e interpretação de dados para uma correta avaliação e verdadeira ajuda na
resolução de casos forenses, criminais ou outras questões legais que possam suscitar
ajuda da Botânica Forense (DAMAS et al., 2016).
O Biólogo Forense é o cientista que lida com vestígios de plantas, aplicando
diversas técnicas de análise às provas recolhidas no local do crime, incluindo pólen,
fragmentos e resíduos de plantas, compostos químicos e DNA das plantas (COYLE,
2009).
Um dos temas atuais que envolvem a Biologia é a Ciência Forense, que pode ser
definida como uma ciência multidisciplinar, uma vez que se utiliza muitas vezes de
outras ciências para a devida análise de um possível vestígio. Assim como o Juiz recorre
a vários elementos para formar sua convicção e aplicar a lei da melhor forma possível, o
profissional forense se vale do conhecimento, nos mais diversos ramos da ciência, para
melhor análise dos indícios encontrados na cena de um crime (CALAZANS, 2010).
A aplicação de técnicas como a Palinologia, as análises macro e microscópica de
anatomia vegetal, os testes histoquímicos, e a extração e identificação de DNA para a
identificação de espécimes, tem colocado as plantas como armas chaves contra o crime
(COYLE, 2009).
Em países reconhecidos pelo seu desenvolvimento, a crescente popularização
dos conhecimentos científicos possibilitou a legitimidade dos vestígios botânicos no
âmbito forense, que passaram a não ser mais somente entendidos como auxiliares, mas
também como determinantes para a convicção do Juiz e do corpo de jurados (LANE,
1990). As possibilidades de se aplicar a Botânica no âmbito criminalístico são, portanto,

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muito mais amplas, podendo servir na investigação de toxinas vegetais e contribuir na


análise do conteúdo estomacal de pessoas envenenadas, além de contribuir no
rastreamento do ponto de origem de um carregamento de drogas e de toxinas em caso
de bioterrorismo.
Um dos temas atuais que envolvem a Biologia é a Ciência Forense, que pode ser
definida como uma ciência multidisciplinar, uma vez que se utiliza muitas vezes de
outras ciências para a devida análise de um possível vestígio. Assim como o Juiz recorre
a vários elementos para formar sua convicção e aplicar a lei da melhor forma possível, o
profissional forense se vale do conhecimento, nos mais diversos ramos da ciência, para
melhor análise dos indícios encontrados na cena de um crime (CALAZANS, 2010).
A Ciência Forense tem se beneficiado da evolução científica da Biologia,
Química e Física, através da aplicação das tecnologias derivadas destas áreas do saber.
As técnicas utilizadas na resolução de crimes, nos últimos 100 anos, refletem esta
evolução. Entre as importantes contribuições destas ciências podem ser citadas, por
exemplo, a Física na balística, a Química na identificação e caracterização de moléculas
químicas e a Biologia na identificação humana com os grupos sanguíneos ABO, RH,
entre outros (SILVA; PASSOS, 2006).
Devido ao caráter multidisciplinar do exame pericial, são necessários que peritos
criminais, médicos e odontologistas associem técnicas periciais tradicionais às análises
em Biologia molecular e exames de DNA com o intuito de apresentar resultados mais
confiáveis, objetivos e específicos (SILVA et al. apud BARALDI, 2008).
A disponibilidade de recursos naturais do Brasil é enorme. Grande parte da
população possui consciência de que o país possui grandes riquezas como a Floresta
Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado, entre outros biomas. No entanto, o
aprendizado envolvendo a flora em termos gerais, carece de exemplificações, e
principalmente visualização.
O termo utilizado por Wandersee; Schussler (2001), “cegueira botânica”, ilustra
algumas razões para a falta de interesse pelos organismos vegetais. Segundo os autores,
ocorre a falta de capacidade das pessoas em perceber a existência das plantas no
ambiente em que vivem o que conduz à inabilidade de reconhecer a importância das
mesmas para biosfera e consequentemente para a humanidade.

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A Botânica Forense tem auxiliado na resolução de evidências científicas para a


solução de casos de assassinatos, em mortes acidentais, ou questionando casos de
mortes por meio de conexões entre a causa e a hora da morte, apontando ligações entre
a identificação do criminoso e o crime, estabelecendo o local do delito e a época da
morte através de pistas vegetais (DICKISON, 2000).
Para que a evidência botânica seja aceita como prova no sistema judicial,
legalmente, é exigido o reconhecimento de provas pertinentes em uma cena de crime, a
adequada coleta e preservação do material probatório, a manutenção apropriada de uma
cadeia de custódia, o entendimento dos métodos dos ensaios científicos e a validação de
novas técnicas forenses (COYLE, 2005).
Ao longo deste tempo, têm passado pela Escola de Polícia Judiciária, em Loures,
alguns dos maiores 64 especialistas nacionais nas diversas áreas do saber científico, a
fim de darem a conhecer o seu trabalho. Deixamos aqui alguns exemplos das áreas
contempladas: Botânica: com abordagens à Palinologia e à flora nacional com potencial
tóxico, mas também ao estudo do ciclo biológico das plantas na perspectiva de servir
como instrumento de datação da morte. Palinologia: é o estudo do pólen, que
corresponde ao gameta masculino vegetal e a identificação de espécies baseada nas
características morfológicas do pólen, incluindo tamanho, origem e estruturas (COSTA;
MACHADO, 2012).
O pólen pode fornecer pistas relacionadas ao horário em que foi aderido ao
corpo da vítima, auxiliando também na localização exata da cena do crime. O clima e o
período do dia interferem no desenvolvimento e na liberação do grão de pólen,
fornecendo informações relacionadas às variações sazonais, o que permite inferências
quanto ao período do ano em que ocorreu o homicídio (COYLE, 2005).
Os critérios essenciais para a determinação do potencial forense do pólen
incluem os métodos de dispersão, os níveis relativos de produção e o seu potencial de
conservação. A sua permanência no solo, em objetos no local ou em detritos de folhas
pode ser possível por anos dependendo do clima do local. Esta resistência à degradação
também indica que a evidência forense recolhida é armazenada corretamente por muitos
anos ainda pode conter pólen, sendo possível relacionar a evidência ao local do crime
(NUNES, 2005).

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A análise polínica consiste na identificação da espécie de planta e permite


estimar o percentual de cada uma presente na amostra da prova. Depois de identificada
a espécie a qual pertence o pólen, é feita a correlação da planta com o local do crime
(HORROCKS, 1999).
Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar a importância das
espécies vegetais como material biológico usado na constituição de provas científicas
para elucidar vários tipos de crimes, usando a técnica em Botânica Forense. Esta técnica
é mais uma área dentro da Biologia que merece destaque, uma vez que a cada dia se
torna mais presente na resolução de crimes.

MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho propõe um levantamento bibliográfico no qual foram
priorizados busca em manual de livros periódicos brasileiros como: Introdução à
Biologia Forense, Botânica e Palinologia Forense, as buscas foram realizadas em duas
bases de dados bibliográficas – SciELO, LILACS, Pubmed e Mendeley. Priorizaram-se
artigos em periódicos científicos e resumos em congressos científicos e estudo de caso
em língua portuguesa, este é um estudo de caráter teórico, exploratório e descritivo. “Os
principais termos buscados foram relativos à “botânica forense”, “local de crime”,
“espécies vegetal” e criminalística”. O conteúdo pesquisado e apresentado provém de
um levantamento bibliográfico realizado nos meses de novembro de 2018 a março de
2019.
Dessa maneira, o método proposto neste estudo teve por base a revisão
bibliográfica que permitiu retomar os discursos de outros pesquisadores fornecendo
assim uma visão geral sobre determinado assunto que servirão de base para a descrição
do problema de investigação científica. Nesse sentido, a revisão bibliográfica é parte de
um projeto de pesquisa, que revela explicitamente o universo de contribuições
científicas de autores sobre um tema específico (SANTOS; CANDELORO, 2006).
Os critérios de exclusão foram: dissertações, teses, monografia, 14 artigos foram
excluídos que não tinham o texto completo disponível e estudos que fugiam do tema
proposto por esta revisão. Enquanto que os critérios de inclusão foram: artigos
publicados compreendendo o período de busca na área da botânica forense no Brasil.
No entanto, só foram considerados apenas os artigos publicados no idioma português.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram selecionados 25 artigos, dos quais 11 atendiam ao tema em estudo,
atendendo palavra- chave: Botânica forense, Local de Crime, Espécies vegetais,
Criminalística, ano de publicação.
Além disso, considerou documentos publicados de 1999 a 2016. Este recorte
temporal foi escolhido em função da maior disponibilidade de bibliografia e o crescente
avanço que a investigação forense tem alcançado. O assunto abordado apresenta um
número significativo de estudos, o que possibilitou elencar a eficiência das principais
áreas e das diferentes técnicas hoje utilizadas.
Com base na pesquisa realizada, notou-se que a Botânica forense trata da análise
feita nas sementes, plantas ou vestígios botânicos encontrados na cena do crime. Esses
indícios podem fornecer pistas sobre o paradeiro da vítima ou de um suspeito, bem
como informar sobre a presença de material entorpecente no local do crime, a partir da
análise dos tecidos vegetais encontrados na vítima, a identificar a planta que interferiu
na morte em questão e dizer se esta se encontra no local onde o corpo foi encontrado.
Quando há na cena do crime há vestígios de material vegetal, a importância do
conhecimento de botânica é evidenciada em diversas formas de análise forense. Com a
verificação do conteúdo gástrico das vítimas, por exemplo, é possível determinar o
horário do óbito, identificar se a causa da morte é proveniente da ingestão de
contaminantes, bem como estabelecer se o corpo encontrado é resultado de homicídio
ou suicídio. Outro aspecto importante é a identificação de uma possível mudança do
local onde a vítima foi assassinada para onde o corpo foi encontrado, de acordo com as
características dos fragmentos de vegetação do local do homicídio aderidas ao corpo
(CHANDRA; SHARMA, 2014). Há uma grande variedade de materiais botânicos que
podem ser úteis na elucidação de crimes, como folhas, flores, pólen e madeira. As
subespecialidades da Botânica Forense estão brevemente descritas abaixo, a fim de
esclarecer sua relevância na área criminal.
Muitos estudos comprovaram que a Botânica Forense pode desempenhar um
papel importante nas investigações criminais. A identificação de estruturas da planta, da
sua localização geográfica e da prevalência de determinada espécie em um local pode se

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configurar como peça-chave para a resolução de crimes. Portanto, essa técnica e


bastante útil, pois tem como principais motivos, fazer busca para alcançar provas do
crime e comprovar acusações e testemunhos por meio de vestígios de plantas e
sementes recolhidos no local do crime.
Há uma grande variedade de materiais botânicos que podem ser úteis na
elucidação de crimes, como folhas, flores, frutos, sementes, caule, raízes, pólen, algas, e
madeira. Sem dúvidas, são muitos modos, solução de evidências científicas e muitos
vestígios, todos inseridos em linhas de investigação denominada botânica forense.
Atualmente, os vestígios vegetais passaram a não ser mais somente entendidos como
auxiliares, mas também como cruciais para a convicção do juiz e do corpo de jurados.
No Brasil, os poucos estudos já demonstraram inequivocamente o alto potencial de
elucidações de crimes (OLIVEIRA; SUGUIO, 2005).
A botânica também é uma área explorada na biologia forense, destaca-se, nesse
campo, a palinologia forense que observa os grãos de pólen encontrados nas fossas
nasais, cabelo, roupas, sapatos, carros, objetos roubados, entre outros materiais das
vítimas. A partir daí é possível saber se o corpo foi encontrado no local original do
crime, o caminho percorrido pelo criminoso e até a época do ano em que o crime foi
realizado, ressaltando que à Palinologia e à flora nacional com potencial tóxico, mas
também ao estudo do ciclo biológico das plantas na perspectiva de servir como
instrumento de datação da morte (COYLE, 2001). Os principais casos envolvendo a
botânica forense são apresentados a seguir:

Caso Lindbergh
O primeiro caso da Era Moderna a utilizar a Botânica Forense na resolução de
um crime foi o do bebê Charles Lindbergh Junior, em 1932. Uma escada de madeira foi
usada para obter acesso ao segundo andar da residência da família e seqüestrá-lo. A
identificação da madeira foi necessária e eficaz para fornecer evidências contra Bruno
Richard Hauptman condenado pelo crime de seqüestro e assassinato do bebê.
Arthur Koehler, um especialista em identificação de madeira do Laboratório de
Produtos Florestais do Serviço Florestal dos EUA, identificou as quatro espécies de
árvores coníferas usadas para construir a escada, por meio de uma análise microscópica
dos padrões das fibras da madeira. Em seguida, as marcas de ferramentas deixadas na

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madeira durante a construção da escada foram analisadas. Koehler utilizou luz oblíqua
em uma sala escura para observar as incisões na madeira.
As marcas na escada combinavam exatamente com aquelas feitas pela
ferramenta de moldar madeira encontrada na casa de Hauptman. Finalmente, Koehler
comparou os anéis de crescimento anuais e os padrões de nó na madeira do 16º degrau
da escada com uma parte de madeira cortada no sótão de Hauptman. O padrão de nós e
os anéis de crescimento no 16º degrau correspondiam exatamente à extremidade
exposta de madeira no sótão, apoiando a acusação da promotoria de que uma parte da
madeira tinha sido removida para construir a escada. Este caso exemplifica o uso da
anatomia das plantas, da sistemática vegetal e o estudo de dendrologia no fornecimento
de evidências, o que foi determinante para provar o envolvimento de Hauptman no
sequestro do bebê Lindbergh (COYLE, 2001).

Caso Magdeburg
Em fevereiro de 1994, na cidade de Magdeburg, na Alemanha, trinta e dois
esqueletos humanos do sexo masculino foram encontrados em uma vala. A identidade
de todas as vítimas e de seus assassinos era desconhecida, então foram sugeridas duas
situações: as vítimas foram mortas na primavera de 1945, no final da Segunda Guerra
Mundial pela polícia secreta do Estado, ou as vítimas eram soldados soviéticos
assassinados pela polícia secreta após a revolta da República Democrática Alemã,
ocorrida em junho de 1953. Para tal, a identificação da época do ano em que os
assassinatos ocorreram (entre a primavera e o verão) seria fundamental para resolver o
caso. Desta forma a análise polínica foi realizada em vinte e um crânios e, nas cavidades
nasais de sete deles, havia quantidades elevadas de grão de pólen de espécies vegetais
que liberam pólen durante os meses de junho e julho. Essa análise contribuiu com a
hipótese de que os esqueletos pertenciam a soldados soviéticos que haviam sido
assassinados pela polícia secreta em junho de 1953 (COYLE, 2005).

Caso em connecticut
Em 1991, dois meninos foram brutalmente atacados por assaltantes enquanto
pescavam em um lago, no Subúrbio de Connecticut. Os meninos foram ameaçados com
faca, amarrado com fitas adesivas brutalmente espancadas e jogados no lago para se

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afogarem. No entanto, um deles conseguiu se soltar e salvar o amigo. Depois de horas


de investigação, três suspeitos foram detidos. Para relacioná-los às vítimas e ao local do
crime, os investigadores utilizaram sedimentos encontrados nos tênis dos dois meninos
e dos suspeitos e analisou se as espécies de algas e diatomáceas combinavam com as
localizadas no lago. Uma análise microscópica das amostras dos pares de tênis
comparadas às amostras retiradas do lago mostrou a presença das mesmas espécies e do
mesmo padrão de distribuição destas espécies. Esses resultados comprovaram, então,
que as amostras retiradas tanto dos tênis das vítimas quanto dos acusados eram do
mesmo lugar, ou seja, do local do crime (SIVER, 1994).

Caso Hoepplinger
Uma jovem mulher foi assassinada por seu marido na sala de estar de sua casa.
Sua cabeça tinha sido atingida por um objeto contundente, e vestígios de plantas e
escoriações estavam em seu corpo e roupas. Inicialmente, o marido insistiu que ela foi
encontrada no sofá, mas quando o material vegetal combinou com outros tipos de
vegetação na entrada da garagem, ele mudou sua história. Outras investigações levaram
à identificação de um tijolo na lagoa atrás da casa, contendo cabelo e tecido da vítima.
A ligação do marido à arma e ao local do crime foi devido à mancha na camiseta
que ele estava usando quando disse que encontrou o corpo de sua esposa. As análises
microscópicas forenses realizadas identificaram as espécies de algas na camisa como
sendo as mesmas encontradas na lagoa, estabelecendo, assim, a ligação entre o marido e
a arma do crime (COYLE, 2005).

Caso Mércia Nakashima


O desaparecimento da advogada Mércia Mikie Nakashima ocorreu em maio de
2010, em Guarulhos, no Estado de São Paulo. Após 19 dias, seu corpo foi encontrado na
represa de Nazaré Paulista, em São Paulo. O autor do crime foi seu ex-namorado Mizael
Bispo, advogado e policial militar reformado com auxílio do vigia Evandro Bezerra da
Silva.
De acordo com a polícia, Mércia se encontrou com Mizael, que teria entrado no
carro da vítima e seguido com ela para a represa de Nazaré Paulista. Chegando ao local,
Mércia foi atingida por tiros disparados por Mizael, e, em seguida, seu veículo foi

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empurrado, por ele, para dentro da água com a vítima ainda viva, ocasionando, então,
sua morte por afogamento.
Um dos principais recursos utilizados foi à análise do sapato de Mizael baseada
nos conhecimentos da Limnologia e Sistemática de Algas. Na casa de Mizael, os
policiais encontraram sapatos sujos de terra com vestígios de algas que, posteriormente,
também foram encontrados no aspirador. Este, provavelmente, deve ter sido utilizado
para remover os vestígios dos sapatos.
A fim de realizar exames periciais, a polícia recolheu os sapatos de Mizael.
Foram feitas análises e comparados os vestígios às espécies de algas existentes na
margem da represa de Nazaré Paulista e foi constatado tratar-se da mesma espécie
encontrada no sapato do suspeito. Tal constatação não teria relevância se fosse analisada
isoladamente, porém, ao ser associada aos demais indícios, mostra-se um fator
importante que aponta Mizael como possível executor do crime. Este foi o primeiro
caso no Brasil onde os conhecimentos botânicos foram primordiais para encontrar o
autor do crime (ASSIS, 2015).
Observou-se no contexto geral que a botânica forense atuou no esclarecimento
de inúmeros casos importante. A Botânica, ciência que estuda as plantas, e um campo
de pesquisa muito rico e com muitas subáreas. Pode se estudar a origem e evolução das
plantas, a sua fisiologia, a sua anatomia, sua composição química, dentre muitas outras
coisas. E, como os seres humanos dependem totalmente das plantas para viverem,
existem muitas aplicações da botânica em nossas vidas.
Contudo, uma área ainda bastante subtilizada e ate desconhecida da botânica e,
justamente, a botânica forense. Ou seja, o uso das plantas e algas para ajudar a
solucionar crimes e outros assuntos legais (nem só de crimes vivem os legistas).
As plantas, por geralmente não poderem se mover, têm a anatomia de seus
corpos e mesmo a sua bioquímica estreitamente relacionada ao lugar onde vivem. Desse
modo, muitas plantas vivem somente em locais específicos, pois dependem da
qualidade do solo, da quantidade de luz que recebem da umidade e assim por diante.
Saber a maneira como as plantas vivem e compreender a sua anatomia e fisiologia pode
ser muito útil quando uma planta aparece numa cena de crime. A taxonomia, a
anatomia, a fisiologia vegetal e a ecologia são disciplinas que auxiliam na identificação
da planta e de seu local de origem, e isso pode ter valor de prova em um julgamento,

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indicando, por exemplo, onde a vítima estava quando foi morta, ou se foi movida de um
lugar a outro.
O estudo das algas também pode contribuir para análises forenses. De especial
valia são as diatomáceas, minúsculas algas unicelulares que possuem belíssimas
carapaças de sílica. Como a sílica é um mineral, não se degrada tão facilmente,
permanecendo no corpo de uma vítima por muitas horas depois de o crime ter ocorrido
e, por isso, essas algas são muito úteis para a criminalística. Por exemplo, se a vítima foi
afogada, ou se afogou ela irá acabar inalando água. Com a água vêm milhares de
diatomáceas que acabam indo para os pulmões e, a partir daí, para a corrente sanguínea
através de minúsculos ferimentos nos alvéolos pulmonares. Por fim, vão parar em
órgãos internos e na medula óssea. Assim, se forem identificadas diatomáceas na
medula de uma vítima, isso indica que ela estava viva quando entrou na água e que
sua causa mortis foi afogamento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com a literatura consultada, nos últimos anos houve um grande
crescimento da investigação forense no Brasil, assim como, enorme avanços
relacionados às técnicas de biologia é botânica forense. Ao perito cabe um papel
fundamental em todo o processo, desde a coleta do vestígio biológico até a apresentação
do laudo pericial. Por esse motivo, é necessário que o mesmo esteja sempre atualizado
no que se refere às novas técnicas e novas metodologias forenses. É do perito a principal
responsabilidade no resultado apresentado, e assim sendo é extremamente importante
que se evite o famoso erro humano.
Muitos estudos comprovaram que a Botânica Forense pode desempenhar um
papel importante nas investigações criminais. A identificação de estruturas da planta, da
sua localização geográfica e da prevalência de determinada espécie em um local pode se
configurar como peça-chave para a resolução de crimes. Além disso, através da
identificação do perfil químico da droga apreendida pode-se confirmar a origem
geográfica da planta utilizada para o seu refino, identificar as rotas de distribuição e
comparar as diferentes amostras apreendidas.
No Brasil, entretanto, esta ciência ainda não tem sido muito utilizada devido à
falta de conhecimento botânico dos profissionais que atuam nas investigações criminais.

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As possibilidades de se aplicar a botânica forense no âmbito criminalístico são,


portanto, muito mais amplas e comprovadamente eficientes e eficazes, já que a
criminologia mundial registra vários casos que foram resolvidos graças à contribuição
dos especialistas em vegetais como; como folhas, flores, pólen, algas e madeira, mas
para que esta ciência continue sendo utilizado e possa obter novos avanços, para
desvendar crimes, é recomendável, uma maior integração entre os profissionais afins à
botânica forense e mais formação cientifica especifica nas ciências biológicas, pois são
extremamente importantes para o estudo de uma ampla gama de vestígios levando a
elucidação de crimes.
Sendo assim, o estudo das algas também pode contribuir para análise forense.
Observando esses casos percebe-se que o estudo de plantas e algas pode ser muito
valioso para ajudar a solucionar crimes e outros casos forenses. No entanto, essa
ferramenta ainda é pouco utilizada, talvez porque as pessoas sempre tendem a
subestimar a importância das plantas para o seu cotidiano. Quando ocorrer um crime
novamente espera-se que os legistas se lembrem de perguntar, também, às plantas sobre
o que ocorreu. Por vezes elas têm respostas surpreendentes.

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Recebido: 10/5/2020. Aceito: 30/6/2020.

Sobre autores e contato:

Alcilene Bezerra, Instituto de Pós-Graduação (IPOG), Porto Velho, Rondônia;


E-mail: [email protected]

Felipe Sant’ Anna Cavalcante, UFAM-Programa de Pós-Graduação em Ciências


Ambientais;
E-mail: [email protected]

Renato Abreu Lima, docente do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente


(IEAA), Universidade Federal do Amazonas atuando na graduação e pós-graduação.
E-mail: [email protected]

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