Reflexões Sobre Ensino À Distância

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Reflexões/recomendações para o Ensino à Distância

 Aceitar as inquietações e angústias das crianças: falar com elas sobre o medo.
 Aprender a viver e gerir um dia de cada vez.
 Promover um ambiente de tranquilidade e serenidade.
 Aumentar as relações sociais à distância: promover a empatia e a vinculação
afetiva.
 Estabelecer objetivos e expectativas realistas respeitando os ritmos e as
necessidades de todos: o trabalho das escolas deve ser conduzido com
sensibilidade respeitando a diversidade e diferenciação das famílias.
 Conectar o equilíbrio entre um corpo ativo, a alimentação e o sono: comer
bem, dormir bem, diminuir o mais possível o sedentarismo.
 Promover um ambiente familiar positivo, entusiasta e prazeroso.
 Estruturar as aprendizagens por perguntas, desafios e pequenos projetos.
 Privilegiar uma visão participativa e cooperativa nos processos de
aprendizagem com atividades significativas para as crianças: ouvir o que elas
querem dizer, perceber o que lhes desperta interesse e o que querem fazer.
 Trazer a dimensão do encanto para as atividades potenciada pelo envolvimento
emocional: criar a magia de viver saudavelmente melhorando os níveis de
prazer, entusiasmo e curiosidade.
 Promover a Educação Ambiental a partir da consciencialização da situação
atual no mundo: aprender a respirar, criar espaço e abertura para a escuta
interior, fazer sempre que possível um momento de conexão com a natureza,
instituir o brincar e ser ativo como uma rotina quotidiana em casa e na rua,
aumentar a literacia motora, artística, cultural e espiritual.
 Aprender a viver na imprevisibilidade: treinar para o incerto vivendo em
plenitude e desenvolvendo capacidades perante o inesperado e a mudança.
 Melhorar os mecanismos de socialização desenvolvendo as bases de uma
convivência saudável no confinamento: criar um pacto de sustentabilidade
entre a Família, a Escola e o Trabalho dos pais.
 Aprender a viver mais devagar focalizando a atenção nas coisas mais simples: a
relação entre o ruído e o silêncio, por exemplo.
 Aprender a viver em situação de risco desenvolvendo capacidades de gestão
emocional e psicológica, ganhando confiança, disponibilidade, curiosidade,
adaptação e resiliência.
Princípios Orientadores para a Implementação do Ensino a Distância
(E@D)

1) Intenção de chegar a todas as crianças e a todos os alunos, recorrendo aos meios


necessários para tal.
2) Na conceção do horário dos alunos no E@D, deverão ser equacionados os
seguintes aspetos:
i) mancha horária semanal fixa ou flexível;
ii) adaptação da carga horária semanal de cada disciplina/UFCD; ~
iii) definição do tempo de intervalo entre cada tarefa proposta (tarefas com
um máximo de 20/30 minutos, conforme as faixas etárias);
iv) flexibilidade temporal na execução das tarefas;
v) diferentes ritmos de aprendizagem.
3) As metodologias de ensino desenvolvidas no E@D devem ser apelativas e
mobilizadoras dos alunos para a ação.
i) As metodologias de ensino a distância deverão ser diversificadas,
enquadradoras, propiciar a apresentação de exemplos e fomentar a
autorreflexão e o trabalho autónomo.
ii) Desenvolver metodologias de ensino que promovem um papel ativo dos
alunos na procura de novas aprendizagens. A mobilização dos alunos para
as aprendizagens poderá passar pelo desenvolvimento de projetos
interdisciplinares, que levem os alunos a mobilizar as aprendizagens de
várias disciplinas/componentes de formação/UFCD. Por exemplo, poderão
ser apresentadas tarefas centradas em questões-problema, estudos de
caso, projetos, entre outros.
iii) Fomentar o desenvolvimento das áreas de competências do Perfil dos
Alunos, por exemplo:
Informação e comunicação; relacionamento interpessoal; pensamento
crítico e criativo; desenvolvimento pessoal e autonomia; bem-estar, saúde e
ambiente. A este propósito, é de referir que o E@D é uma modalidade que
permite que competências transversais e interdisciplinares sejam
trabalhadas de forma integrada e articulada, através da diversificação de
formas de trabalho.
4) Selecionar os meios tecnológicos de E@D que auxiliam o ensino a distância sem
inundar os alunos de múltiplas soluções de comunicação.
5) Cuidar da comunidade escolar.
i) Desenvolver atividades promotoras do sentimento de pertença à turma.
Manter a ligação à escola e ao grupo/à turma implica construir espaços em
plataformas digitais, para divulgação dos trabalhos efetuados pelas
crianças/pelos alunos, bem como fomentar o estabelecimento de
comunicações regulares entre professores e alunos e entre alunos. Na
educação pré-escolar e no 1.º ciclo, este aspeto assume particular
importância.
ii) Pensar no desenvolvimento do bem-estar emocional dos alunos e na
promoção da confiança face à escola, enquanto se aprende a partir de casa.
O desenvolvimento de atividades a distância com os alunos deve centrar-se
na criação de rotinas de trabalho, que confiram segurança aos alunos, e que
são diferentes das presenciais. Paralelamente, deverão ser desenvolvidas
atividades de carácter lúdico, que promovam o bem-estar emocional do
aluno, tais como o envio de mensagens em suporte vídeo, sms ou papel.
iii) Prevenir situações de isolamento de alunos: As atividades propostas
deverão contemplar espaços de interação e de convívio, promovendo o
trabalho de grupo e quebrando o isolamento em que os alunos se
encontram.
iv) Incentivar a interajuda entre os alunos: Nesta fase, a interajuda é
primordial, devendo ser promovidas técnicas de colaboração entre alunos,
quer ao nível da realização das tarefas quer ao nível da regulação
interpares. Poderão ser atribuídas funções específicas aos alunos de uma
turma, mediante as suas competências.

ORIENTAÇÕES PARA A PLANIFICAÇÃO DE ATIVIDADES COM MEIOS COM MEIOS


DIGITAIS ANALÓGICOS
Utilizar linguagem simples, clara e fornecer instruções concisas. V V
Adequar o número de tarefas atribuídas ao contexto de E@D V V
Prever tempos lúdicos, fornecendo sugestões de atividades. Ex:
sugerir jogos de tabuleiro, jogos ou atividades de destreza para o V V
interior e exterior, exercícios físicos simples, ouvir uma música ou
visualizar um filme.
Encontrar sempre uma forma de dar feedback aos alunos e
concretizá-lo. Se necessário, fazê-lo através de e-mail, telefone ou V V
carta, dirigido ao encarregado de educação ou familiar adulto.
Centrar as atividades nas necessidades do aluno, promovendo a
expressão e o desenvolvimento das suas competências e V V
capacidades
Categorizar os recursos ou materiais distribuídos aos alunos. Ex.:
com nome, data, local; numerar páginas e documentos com V V
referência à semana e ao mês.
Utilizar documentos e recursos de acesso livre e acessíveis aos V
alunos e familiares.
Prever formas de apoio em situação de dificuldade. Ex.: bloqueios
de software, mensagens publicitárias incomodativas em software V
grátis, alertas de segurança dos sistemas computacionais), através
da disponibilização de um contacto regular.
Prestar atenção ao bem-estar emocional inerente à aprendizagem
a distância, tanto nos alunos como nos familiares. Ex.: Averiguar o V V
conforto, saúde, disposição dos alunos.
Reforçar positivamente os progressos na aprendizagem e encorajar V V
nas dificuldades.
Manter um registo do progresso dos alunos, devolvendo-lhes
registos atualizados. Ex.: uma lista de verificação, autoavaliação V V
com emoticons/imagens, gráfico de progresso com barras
pintáveis.
Procurar propostas que tenham em atenção as dimensões do
desenvolvimento cognitivo das crianças e jovens, no domínio do V V
desenvolvimento pessoal, da cidadania digital, da construção de
conhecimento, da criatividade individual, do desenvolvimento do
pensamento computacional, das competências comunicacionais,
da colaboração e da vivência em comunidade.
Evitar atividades cuja concretização se torne dispendiosa para os
alunos. Ex.: reduzir o número de páginas a imprimir, reduzir o V
número de cores, promover o reaproveitamento de recursos e
materiais, fornecer sugestões de reutilização e/ou partilha de
materiais, evitar induzir a aquisição de materiais ou produtos.
Dar espaço às sugestões da família e dos alunos. V V

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