Legislação Do Psicanalista
Legislação Do Psicanalista
Legislação Do Psicanalista
PSICANALISTA
LEGISLAÇÃO QUE AMPARA O EXERCÍCIO DA OCUPAÇÃO DE
PSICANALISTA NO BRASIL
1. APRESENTAÇÃO
Diretor Presidente
Aprova a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO/2002, para uso em todo território nacional
e autoriza a sua publicação.
Art. 1º - Aprovar a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, versão 2002, para uso em todo o
território nacional.
I. nas atividades de registro, inscrição, colocação e outras desenvolvidas pelo Sistema Nacional de
Emprego (SINE);
II. na relação anual de Informações Sociais - (RAIS);
III. nas relações dos empregados admitidos e desligados - CAGED, de que trata
Caso.
Desde a sua primeira edição, em 1982, a CBO sofreu alterações pontuais, sem modificações
estruturais e metodológicas. A edição 2002 utiliza uma nova metodologia de classificação e faz a
revisão e atualização completas de seu conteúdo.
A nova versão contém as ocupações do mercado brasileiro, organizadas e descritas por famílias.
Cada família constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de
trabalho mais amplo que aquele da ocupação.
Uma das grandes novidades deste documento é o método utilizado no processo de descrição, que
pressupõe o desenvolvimento do trabalho por meio de comitês de profissionais que atuam nas
famílias, partindo-se da premissa de que a melhor descrição é aquela feita por quem exerce
efetivamente cada ocupação.
A nova CBO tem uma dimensão estratégica importante, na medida em que, com a padronização
de códigos e descrições, poderá ser utilizada pelos mais diversos atores sociais do mercado de
trabalho. Terá relevância também para a integração das políticas públicas do Ministério do Trabalho
e Emprego, sobretudo no que concerne aos programas de qualificação profissional e intermediação
da mão-de-obra, bem como no controle de sua implementação.
Características do Trabalho
Títulos:
Psicoterapeuta, Terapeuta
2515-45 - Neuropsicólogo
Descrição sumária:
Formação e experiência:
Para os trabalhadores dessa família é exigido o nível superior completo e experiência profissional
que varia segundo a formação. Para os psicólogos, de um modo geral, pede-se de um a quatro
anos, como é o caso do psicólogo clínico. Para o psicanalista é necessário, no mínimo, cinco
anos de experiência. Os cursos de qualificação também variam de cursos básicos de duzentas a
quatrocentas horas-aula, como no caso do psicólogo hospitalar, mais de quatrocentas horas-aula
para os psicólogos jurídicos, psicanalistas e neuropsicólogos, até cursos de especialização para os
psicólogos clínicos e sociais. A formação desses profissionais é um conjunto de atividades
desenvolvidas por eles, mas os procedimentos são diferentes quanto a aspectos formais
relacionados às instituições que os formam.
2.515-50 – PSICANALISTA
Triar casos
Entrevistar pessoas
Sistematizar informações
Elaborar diagnósticos
Dar alta
Assessorar instituições
Participar de audiências
Ministrar aulas
Supervisionar profissionais da área e áreas afins
Formar psicanalistas
Pesquisar bibliografia
Coletar dados
Organizar dados
Compilar dados
Preparar reuniões
Coordenar reuniões
Organizar eventos
Buscar parcerias
Redigir pareceres
Redigir relatórios
Agendar atendimentos
Receber pessoas
Organizar prontuários
Criar cadastros
Redigir ofícios, memorandos, despachos
Prestar contas
Manter sigilo
Trabalhar em equipe
Ser psico-terapeutizado
Manter-se atualizado
Amar a verdade
Recursos de Trabalho:
No que tange a psicanálise o papel regulador da atividade é, no mundo inteiro, representado pelas
sociedades psicanalíticas, tese esta explicitada pelo parecer da Câmara dos Deputados em 2000
(instância maior neste particular), recusando Projeto de Lei propondo a regulamentação da
atividade.
Exercer o legado de Freud é mais que uma profissão - é um privilégio, é um raro caminho seguro,
para o tão buscado autoconhecimento. Só demanda
estudo árduo, aplicação, honestidade, dignidade, dedicação e muito amor pelos que nos cercam,
aceitando suas fragilidades e inseguranças.
Sempre aprimorando o processo da “escuta”, até que este se torne fortemente interno e, finalmente,
consigamos ouvir a voz de nossa alma.
A psicanálise é uma atividade singular, a outorga para seu exercício não acontece no ato da entrega
do certificado de conclusão de curso, essa autorização é interna, produto da aquisição do
conhecimento, e do resultado transformador da análise.
REGISTRO PROFISSIONAL
Orientação para o psicanalista em formação que ao final de sua formação, com a conclusão da
análise didática, conclusão de estágio supervisionado, deve observar:
a) Após ter concluído sua formação profissional e de posse do certificado de conclusão de curso,
registrá-lo em cartório de títulos e documentos, para que se torne documento de pública forma, ou
seja, transformar-se-á um simples certificado em um documento dotado de fé pública;
b) Cadastrar-se junto à prefeitura local (CIM/ISS), como psicanalista, usando o código 2515-20
(CBO/MT). Por mera incapacidade administrativa nem todas as prefeituras sabem o que é
Psicanálise – nem Freud explica! Nesse caso, existe o código aplicável a todas as categorias não
encontradas e que se intitula "e outros".
O QUE É PSICANÁLISE?
Ao conjunto de teorias e normas em que são sistematizados os dados introduzidos pelo método
psicanalítico.
No dizer de Freud, “é uma profissão de pessoas leigas que curam almas e educam emoções, sem
que necessariamente sejam médicos ou sacerdotes”.
Não é medicina, nem tão pouco psicologia. Entretanto o médico e o psicólogo podem ser
psicanalistas e o psicanalista, pode também, ser formado em medicina, psicologia ou outras áreas
do conhecimento. Cumpre salientar, porém, que o diploma de médico ou psicólogo não constitui
por si só, condição “sine qua non” para o exercício da clínica psicanalítica. Há uma obrigatoriedade
de “formação em psicanálise”, para tal.
É A PSICANÁLISE PROFISSÃO REGULAMENTADA?
Psicanálise é uma profissão livre, sem regulamentação oficial. Inexiste diplomação de psicanalista
e sim certificação, atestando que ele logrou êxito no Curso Livre de Formação de Psicanalista, o
que não obsta seu exercício em consultórios, clínicas particulares, hospitais, etc., em todo o
Território Brasileiro.
Não. Nem tão pouco os demais cursos de formação em Psicanálise existentes no País. Inexistem,
também, cursos de Psicanálise no âmbito universitário e sim Especialização Lato Sensu em teoria
psicanalítica. Concluído, o psicanalista recebe um Certificado expedido pela Sociedade. No
entanto, há sociedades que não emitem sequer uma comprovação de conclusão de curso. Nossa
ABEPE cumpre a risca essa necessidade.
São sociedades civis de direito privado, registradas em cartório, de acordo com o Novo Código Civil
Brasileiro, tendo Estatutos aprovados por Assembléias, igualmente registradas, e que se
congregam para estudar Psicanálise e promover a formação de novos profissionais para o
promissor mercado de trabalho.
Nos tempos de Freud a formação consistia em assistir conferências e aulas do mestre de Viena
e/ou dos pioneiros. A seguir, aqueles que se consideravam capacitados, iniciavam na clínica.
Posteriormente, através de Sandor Ferenczi, foi iniciada a conhecida Análise Didática. Entretanto
Freud nunca empregou este método. A expressão que ele usava era “auto-análise”. Com o passar
dos tempos, as sociedades psicanalíticas desenvolveram metodologias próprias criando processos
de formação mais ou menos sistemáticos. Algumas continuam com o sistema de conferências,
palestras e análise didática.
POR QUE O CURSO É ABERTO ÀS VÁRIAS PROFISSÕES?
É aberto porque nenhuma Lei especificou o contrário. Vale dizer, que desde o princípio era uma
profissão aberta a quem se interessasse e que atraiu não só médicos - como Jung e Adler - mas
também advogados, filósofos, literatos, educadores e teólogos, sociólogos e pedagogos. Por isso
restringir a Psicanálise a essa ou àquela profissão é absolutamente contrário à ciência, ilegal e
inconstitucional, pois “todos são iguais perante a Lei”.