Apostila Petrobras - Ênfase 8 - Operação (2024)
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SUMÁRIO
4 LÍNGUA PORTUGUESA
82 MATEMÁTICA
161 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados
O hábito da leitura é fundamental durante a preparação para qualquer concurso público. Mas para uma
disciplina específica é ponto chave para que os candidatos consigam o maior número de acertos.
A interpretação de textos, tão comum em provas de Português, sempre foi um tópico de grande dificuldade
para os candidatos a concursos públicos ou vestibulares.
As pessoas têm pouca disposição de mergulhar no texto, conseguem lê-lo, mas não aprofundam a leitura,
não extraem dele aquelas informações que uma leitura superficial, apressada, não permite.
Ao tentar resolver o problema, as pessoas buscam os materiais que julgam poder ajudá-las.
Caem, então, no velho vício de ler teoria em excesso, estudar coisas que nem sempre dizem respeito à
compreensão e interpretação dos textos e no final, cansadas, não fazem o essencial: ler uma grande
quantidade de textos — e tentar interpretá-los.
Interpretar um texto é penetrá-lo em sua essência, observar qual é a ideia principal, quais os argumentos
que comprovam a ideia, como o texto está escrito e outras nuanças. Em suma, procurar interpretar
corretamente um texto é ampliar seus horizontes existenciais.
Compreensão
A base conceitual da interpretação de texto é a compreensão. A etimologia, ainda que não seja um recurso
confiável para estabelecer o significado das palavras, pode ser útil aqui, para mostrar a diferença entre
compreender e interpretar. “Compreender” vem de duas palavras latinas: “cum”, que significa “junto” e
“prehendere” que significa “pegar”.
Essa ideia de juntar é óbvia em uma das principais acepções do verbo compreender: ser composto de dois
ou mais elementos, ou seja, abarcar, envolver, abranger, incluir.
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Ler adequadamente é mais do que ser capaz de decodificar as palavras ou combinações linearmente
ordenadas em sentenças. O interessado deve aprender a “enxergar” todo o contexto denotativo e
conotativo. É preciso compreender o assunto principal, suas causas e consequências, críticas, argumentações,
polissemias, ambiguidades, ironias, etc.
Erros de Leitura
Extrapolar
Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando saímos do contexto, acrescentando-lhe ideias que não
estão presentes no texto. A interpretação fica comprometida, pois passamos a criar sobre aquilo que foi lido.
Frequentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram realidade em outros contextos e não
naquele que está sendo analisado.
Reduzir
Trata-se de um erro oposto à extrapolação. Ocorre quando damos atenção apenas a uma parte ou aspecto
do texto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas um fato ou uma relação
que podem ser verdadeiros, porém insuficientes se levarmos em consideração o conjunto das ideias.
Contradizer
É o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma conclusão que se opõe ao texto. Associamos
ideias que, embora no texto, não se relacionam entre si.
Nas provas de concursos públicos, o candidato deve ter o hábito de fazer leituras diárias, pois é através dela
que o indivíduo terá um vocabulário mais amplo e um conhecimento aprimorado da língua portuguesa.
Praticar a leitura, faz com que a interpretação seja mais aguçada e o concurseiro possa entender os
enunciados de outras questões no decorrer de sua prova. Ao estudar, se houverem palavras não entendidas,
procure no dicionário. Ele será seu companheiro na hora das dúvidas.
Em questões que cobram a interpretação de textos como, por exemplo, aquelas que existem textos de
autores famosos ou de notícias, procure entender bem o enunciado e verificar o que está sendo cobrado,
pois é preciso responder o que exatamente está sendo cobrado no texto e não aquilo que o candidato
pensa.
Ao ler um texto procure atingir dois níveis de leitura: leitura informativa e de reconhecimento e leitura
interpretativa.
No primeiro caso, deve-se ter uma primeira noção do tema, extraindo informações importantes e verificando
a mensagem do escritor.
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No segundo tipo de leitura, é aconselhável grifar trechos importantes, palavras-chaves e relacionar cada
parágrafo com a ideia central do texto.
Geralmente, um texto é organizado de acordo com seus parágrafos, cada um seguindo uma linha de
raciocínio diferente e de acordo com os tipos de texto, que podem ser narrativo, descritivo e dissertativo.
Cada tipo desses, possui uma forma diferente de organização do conteúdo.
Tipos de textos
A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num
determinado espaço à medida que o tempo passa.
O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos
são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.
Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:
Esquematizando temos:
– Apresentação;
– Complicação ou desenvolvimento;
– Clímax;
– Desfecho.
Protagonistas e Antagonistas: A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a
importância dos personagens na construção do texto é evidente.
Podemos dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua
contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os adjuvantes ou coadjuvantes,
esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.
Narração e Narratividade: Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos
histórias o tempo todo. Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são considerados
narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito. Podemos dizer que
nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narração.
Os Elementos da Narrativa: Os elementos que compõem a narrativa são:
– Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
– Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
– Narrador (narrador- personagem, narrador observador).
– Tempo (cronológico e psicológico);
– Espaço.
Conta à lenda que um velho funcionário público de Veneza noite e dia, dia e noite rezava e implorava para o
seu Santo que o fizesse ganhar sozinho na loteria cujo valor do premio o faria realizar todos seus desejos e
vontades. Assim passavam os dias, as semanas, os meses e anos.E nada acontecia. Até que no dia do Santo,
de tanto que seu fiel devoto chorava e implorava, o Santo surgiu do nada e numa voz de desespero e raiva
gritou:
Descritivo
“Descrição é a representação verbal de um objeto sensível (ser, coisa, paisagem), através da indicação dos
seus aspectos mais característicos, dos pormenores que o individualizam, que o distinguem.”
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Descrever não é enumerar o maior número possível de detalhes, mas assinalar os traços mais singulares,
mais salientes; é fazer ressaltar do conjunto uma impressão dominante e singular. Dependendo da intenção
do autor, varia o grau de exatidão e minúcia na descrição.
Diferentemente da narração, que faz uma história progredir, a descrição faz interrupções na história, para
apresentar melhor um personagem, um lugar, um objeto, enfim, o que o autor julgar necessário para dar
mais consistência ao texto.
Texto descritivo é, então, desenhar, pintar, usando palavras em vez de tintas. Um bom exercício para levar a
criança a vivenciar o texto descritivo e pedir que ela olhe em volta e escreva ou fale o que está vendo,
descrever objetos como, sua mochila, estojo, etc. Ou que ela conte como é o coleguinha ao lado, (nessa é
bom ter cuidado, pois elas costumam achar defeitos horrorosos).
Algumas das características que marcam o texto descritivo são:
•presença de substantivo, que identifica o que está sendo descrito.
•adjetivos e locuções adjetivas.
•presença de verbos de ligação.
•há predominância do predicado verbal, devido aos verbos de ligação e aos adjetivos.
•emprego de metáforas e comparações, para auxiliar na “visualização” das características que se deseja
descrever.
Essa é a explicação básica e resumida de “como ensinar texto descritivo para crianças”. Lembrando que ao
descrever seres vivos, as características psicológicas e comportamentais, também fazem parte da descrição.
“A árvore é grande, com tronco grosso e galhos longos”. É cheia de cores, pois tem o marrom, o verde, o
vermelho das flores e até um ninho de passarinhos. O rio espesso com suas águas barrentas desliza lento
por entre pedras polidas pelos ventos e gastas pelo tempo.
Dissertativo
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo
pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente ao texto de apresentação científica, o relatório, o texto
didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e
sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista
do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e
modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. O texto dissertativo
argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três partes essenciais.
Introdução (1o parágrafo): Apresenta a ideia principal da dissertação, podendo conter uma citação, uma ou
mais perguntas (contanto que sejam respondidas durante o texto), comparação, pensamento filosófico,
afirmação histórica, etc.
Desenvolvimento (2o aos penúltimos parágrafos): Argumentação e desenvolvimento do tema, na qual o
autor dá a sua opinião e tenta persuadir o leitor, sem nunca usar a primeira pessoa (invés de “eu sei”, use
“nós sabemos” ou “se sabe”).
Conclusão (último parágrafo): Resumo do que foi dito no texto e/ou uma proposta de solução para os
problemas nele tratados.
Exemplo de texto dissertativo:
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Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, os
escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública
exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País.
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As
instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes,
eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam
comprometendo seus programas de gestão.
Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na rua,
ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e sentem, procurem
manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma
democracia floresce dessa maneira.
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da
história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena chama de esperança.
O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da fé e da crença, da esperança e do futuro necessita,
urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova
ordem na ética e na moral.
Lembre-se
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Questões de Concursos
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A crase não existe para
humilhar ninguém". Entenda-se: há normas gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso
escrito, valendo como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para humilhar ninguém",
entendendo-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e
inteligência do mundo, e não para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no
terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam, não aquilo que alguém determina.
Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena discutir: estamos mesmo em
condições de escolher livremente as músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro passa com o som altíssimo
de graves repetidos praticamente sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar:
houve aí uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado
pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece muitos outros ritmos, as
canções de outros países, os compositores de outras épocas, as tendências da música brasileira, os
incontáveis estilos musicais já inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso do “vende porque é bom, é
bom porque vende"?
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do alfabeto; digo que é
importante buscar conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem escolhe um “batidão" se já
ouviu música clássica, desde que tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores
clássicos que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e
Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a música eletrônica das baladas, entre a música
dançante e a que convida a uma audição mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso
antes de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe para humilhar ninguém.
• a) representa uma riqueza cultural para quem foi contemplado com uma inata e especial
sensibilidade.
• b) obriga o público a confiar no mercado, cujos critérios costumam respeitar tal diversidade.
• c) não interessa ao gosto popular, que costuma cultivar as exigências artísticas mais revolucionárias.
• d) constitui uma vantagem para quem se habilita a escolher de acordo com o próprio gosto.
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• e) cria uma impossibilidade de opções reais, razão pela qual cada um de nós aprimora seu gosto
pessoal.
O autor da crônica se reporta ao emprego da crase, ao sentido da arte em geral e ao da música clássica em
particular. A tese que articula esses três casos e justifica o título da crônica é a seguinte:
• a) É comum que nos sintamos humilhados quando não conseguimos extrair prazer de todos os
níveis de cultura que se oferecem ao nosso desfrute.
• b) Costumamos ter vergonha daquilo que nos causa prazer, pois nossas escolhas culturais são feitas
sem qualquer critério ou disciplina.
• c) A possibilidade de escolha entre os vários níveis de expressão da linguagem e das artes não deve
constranger, mas estimular nosso prazer.
• d) Tanto o emprego da crase como a audição de música clássica são reveladores do mau gosto de
quem desconsidera o prazer verdadeiro dos outros.
• e) Somente quem se mostra submisso e humilde diante da linguagem culta e da música clássica está
em condições de sentir um verdadeiro prazer.
I. Têm significação equivalente, no 2° parágrafo, estes dois segmentos: estimular e desenvolver nossa
sensibilidade e separem e hierarquizem as pessoas.
II. O autor se refere ao som altíssimo do que toca num carro que passa para ilustrar o caso de quem, diante
de tantas opções reais, fez uma escolha de gosto discutível.
III. O que importa para a definição do nosso gosto é que se abram para nós todas as opções possíveis, para
que a partir delas escolhamos a que de fato mais nos apraz.
• a) II e III.
• b) III.
• c) II.
• d) I e III.
• e) I.
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• a) clássicos que lhe digam algo (4º parágrafo) = eruditos que lhe transmitam alguma coisa.
Pátrio poder
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À pergunta O investimento faz sentido? o próprio autor responde: “provavelmente sim”. Essa resposta se
justifica, porque
• a) as grandes concentrações humanas estimulam características típicas do que já foi nosso ambiente
ancestral.
• b) a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por desenvolver nos alunos uma subcultura crítica
em relação ao ensino.
• c) a escola, ao contrário do que se imagina, tem efeitos tão poderosos quanto os que decorrem da
convivência familiar.
• d) as influências dos pares de um educando numa escola pública são menos nocivas do que os
exemplos de seus pais.
Com a frase O resultado é formação de nichos com a exacerbação de características mais marcantes (3º
parágrafo) o autor está afirmando que a socialização nas escolas se dá de modo a
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• a) I e III.
• b) I.
• c) III.
• d) II e III.
• e) I e II.
Texto 1 – “A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram cometidos por pessoas bem-
intencionadas que simplesmente tomaram decisões equivocadas e acabaram sendo responsáveis por
grandes tragédias. Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de escolhas
egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis.” (As piores decisões da história, Stephen Weir)
• a) aborda o tema de “erros memoráveis”, que são enumerados nos períodos seguintes;
• d) denuncia a história como uma sequência de erros cometidos por razões explicitadas a seguir;
GABARITO
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está
relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos
fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de
grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua
portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre
que houver dúvida.
A nova ortografia
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Alfabeto
O alfabeto, que antes se compunha de 23 letras, agora se compõe de 26 letras. Há muito tempo as letras
“k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma novidade. Elas já apareciam em unidades de
medidas, nomes próprios e palavras importadas do idioma inglês, como:
km – quilômetro,
kg – quilograma
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
O alfabeto, graficamente, se apresenta:
A–B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S–T–U–V–W–X–Y–Z
Trema
Não se usa mais o trema em palavras do português. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bundchen não vai deixar de usar o trema em seu
nome, pois é de origem alemã. (neste caso, o “u” lê-se “i”)
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As gramáticas costumam ainda classificar os monossílabos (palavras com apenas uma sílaba) em dois tipos:
•Monossílabo átono: palavras de uma sílaba fraca, ou seja, pronunciada sem ênfase. Estes podem ser:
Artigos: o, a, um...
•Monossílabo tônico: palavras de uma sílaba tônica, ou seja, pronunciadas com ênfase, que podem
ser:
Verbos: li, vi, ter, ser, dê...
A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em "Hollywood”, tem som
de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:
•pré-história
•anti-higiênico
•sub-hepático
•super-homem
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•
Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Anti-inflamatório neoliberalismo
Supra-auricular extraoficial
Arqui-inimigo semicírculo
sub-bibliotecário superintendente
Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:
suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)
minissaia antisséptico
contrarregra megassaia
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.
•Sub-reino
•ab-rogar
•sob-roda
ATENÇÃO!
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA.
super-requintado super-realista
inter-resistente
ATENÇÃO!
Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)
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O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo menos uma palavra de cada prefixo.
Quando bater a dúvida numa palavra, compare-a à palavra que você já sabe e escreva-a duas vezes: numa
você usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua memória! Uma delas vai te parecer mais familiar.
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.
Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
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Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados
(enchente, enchimento, preencher...)
Exceção: mecha
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo,
vexame, xadrez,xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada,
fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo
com a origem da palavra. Veja os exemplos:
Emprega-se o G:
Exceção: pajem
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Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera,
monge, rabugento, vagem.
Emprega-se o J:
Exemplos:
Exemplos:
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento
Emprega-se o Z:
Exemplos:
Exemplos:
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Exemplos:
Exemplos:
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz,
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
Exemplos:
Emprega-se o S:
Exemplos:
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Emprega-se Ç:
Exemplos:
Emprega-se o X:
Exemplos:
Emprega-se Sc:
Exemplos:
Emprega-se Sç:
Exemplos:
Emprega-se Ss:
Exemplos:
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Emprega-se o Xc e o Xs:
Exemplos:
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe:
Emprega-se o E:
Exemplos:
Emprega-se o I :
Exemplos:
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cair- cai
doer- dói
influir- influi
Exemplos:
Anticristo, antitetânico
Emprega-se o O/U:
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja os exemplos:
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por
força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua
origem na forma latina hodie.
Emprega-se o H:
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Observações:
1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados como
baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua composição. No entanto,
seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja:
Exemplos:
Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno,
é estar no Paraíso."
Observações
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula.
Por Exemplo:
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.
Por Exemplo:
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
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Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
Exemplos:
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
Exemplos:
Dionísio, Netuno.
Exemplos:
Natal, Páscoa, Ramadã.
Exemplos:
ONU, Sr., V. Ex.ª.
Exemplos:
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc.
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou
indeterminado.
Exemplo:
Todos amam sua pátria.
Exemplos:
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
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Exemplos:
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
Exemplos:
janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc.
primavera, verão, outono, inverno
Exemplos:
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são grafados com letra
maiúscula.
Exemplos:
Nordeste (região do Brasil)
Ocidente (europeu)
Oriente (asiático)
Exemplos:
Crime e Castigo ou Crime e castigo
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças
religiosas.
Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
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Exemplos:
Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas
História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura
Emprego das classes de palavras: substantivos, adjetivos, verbos, conjunções, preposições, pronomes,
advérbios
A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo),
ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o
contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da
palavra.
São 10 classes de palavras: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo,
numeral e pronome.
Colômbia, bola, medo, trovão, paixão, etc. Essas palavras estão dando nome a lugar, objeto, sensação física,
fenômenos da natureza, emoções, enfim as coisas em geral. Esses nomes são chamados SUBSTANTIVOS.
Assim, podemos dizer que substantivo é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser classificados da
seguinte forma:
Concretos
Quando tratam de coisas reais, ou tidas como reais.
homem, menino, lobisomem, fada.
Abstratos
Quando tratam de estados e qualidades, sentimentos e ações.
vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
Simples
Quando formados por um só radical.
flor, tempo, chuva...
Compostos
Quando possuem mais de um radical.
couve-flor, passatempo, guarda-chuva...
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Primitivos
Quando não derivam de outra palavra da língua portuguesa.
pedra, ferro, porta...
Derivados
Quando derivam de outra palavra da língua portuguesa.
pedreira, pedreiro, ferreiro, portaria...
Comuns
Quando se referem a seres da mesma espécie, sem especificá-los.
país, cidade, pessoa...
Próprios
Quando se referem a seres, pessoas, entidades determinados. São escritos sempre com inicial maiúscula.
Brasil, Santos, João, Deus...
Coletivos
Quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie.
álbum (fotografias, selos), biblioteca (livros), código (leis)...
Flexionam-se em gênero para indicar o sexo dos seres vivos. (quanto aos seres inanimados a classificação é
convencional).
Masculino
Quando podem ser precedidos dos artigos o ou os.
Feminino
Quando podem ser precedidos dos artigos a ou as.
Existem ainda substantivos que são uniformes em gênero:
Epicenos
Quando um só gênero se refere a animais macho e fêmea.
jacaré (macho ou fêmea)...
Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.
a criança (tanto menino quanto menina)
Singular
Quando se refere a um único ser ou grupo de seres.
homem, povo, flor...
Plural
Quando se refere a mais de um ser ou grupo de seres.
homens, povos, flores...
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Adjetivos
Adjetivos são palavras que caracterizam o substantivo atribuindo-lhes qualidades, estados, aparência, etc.
Quanto à classificação podem ser:
-Simples
Quando formados por apenas um radical.
claro, escuro...
- Compostos
Quando formados por dois ou mais radicais.
amarelo-claro, azul-escuro...
-Primitivos
Quando não derivados de outra palavra em língua portuguesa.
bom, feliz...
-Derivados
Quando derivados de outros substantivos ou verbos.
bondoso, amado...
- Uniformes
Quando uma única forma é usada tanto para concordar com substantivos masculinos quanto com femininos.
menino feliz, menina feliz...
-Biformes
Quando se flexionam para concordar com o substantivo que qualificam.
menino bonito, menina bonita...
Quanto ao número, podem ser singular ou plural para acompanhar o substantivo que qualificam.
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Flexionam-se em grau para expressar a intensidade das qualidades do substantivo ao qual se referem.
relativo de superioridade
Pronomes
Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Os
pronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas antigas.
Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ou
nenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal completo.
O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das pessoas do
discurso.
PRONOMES PESSOAIS são termos que substituem ou acompanham o substantivo. Servem para representar
os nomes dos seres e determinar as pessoas do discurso, que são:
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Eu aprecio tua dedicação aos estudos. Será que ela aprecia também?
Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos:
São pronomes oblíquos, quando atuam como complemento (objeto direto ou indireto).
Quanto à acentuação, classificam-se em oblíquos átonos (acompanham formas verbais) e oblíquos tônicos
( acompanhados de preposição):
Pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.
Desejo-te boa sorte...
Faça-me o favor...
Em verbos terminados em -r, -s ou -z, elimina-se a terminação e os pronomes o(s), a(s) se tornam lo(s),
la(s).Em verbos terminados em -am, -em, -ão e -õe os pronomes se tornam no(s), na(s).
Pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas.
A mim pouco importa o que dizem...
Os pronomes de tratamento tem a função de pronome pessoal e serve para designar as pessoas do discurso.
PRONOMES POSSESSIVOS - Indicam posse. Estabelece relação da pessoa do discurso com algo que lhe
pertence.
Singular Plural
1ª pessoa meu(s), minha(s) nosso(s), nossa(s)
2ª pessoa teu(s), tua(s) vosso(s), vossa(s)
3ª pessoa seu(s), sua(s) dele(s), dela(s)
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PRONOMES INTERROGATIVOS – São empregados para formular perguntas diretas ou indiretas. Podem ser
variáveis ou invariáveis.
Variáveis: qual, quais, quanto(s), quanta(s).
Invariáveis: que, onde, quem...
Quantos de vocês estudam diariamente? Quem de vocês estuda diariamente?
PRONOMES RELATIVOS – São os que relacionam uma oração a um substantivo que representa. Também se
classificam em variáveis e invariáveis.
Variáveis: o(a) qual, os(as) quais, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s).
Invariáveis:que, quem, onde.
Conseguiu o emprego que tanto queria.
Verbos
Verbo é a palavra que exprime um fato (geralmente uma ação, estado ou fenômeno da natureza) e localiza-o
no tempo, usados também para ligar o sujeito ao predicado. Mas o verbo é identificado principalmente por
ser a classe de palavras que mais admitem flexões em número, pessoa, modo, tempo e voz.
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:
Por exemplo:
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo.
Por exemplo:
33
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fala-r
Por exemplo:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número
(singular ou plural).
Por exemplo:
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ( compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª
conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver desaparecido do
infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação tônica,
percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: opino,
aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na
terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca
alterações no radical.
Por exemplo:
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências.
Por exemplo:
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Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Por exemplo:
Por exemplo:
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar,
gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-
humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal,
empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Por exemplo:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta
detolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica
bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo:
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, se conjugam apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
plural.
Por exemplo:
A fruta amadureceu.
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As frutas amadureceram.
Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns:
bramar: tigre
bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
coaxar: sapo
cricrilar: grilo
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.).
Observe os exemplos:
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Observe os exemplos:
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Por exemplo:
verbo falir
Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
Por exemplo:
verbo computar
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o
uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar,
36
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que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos,
modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse
fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido,
surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
Observe:
Por exemplo:
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou
particípio.
Por exemplo:
Vou espantar as moscas.
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Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
g) Pronominais
São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São
poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais
essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo.
Por exemplo:
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai
sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é
apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o
pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Eles se arrependem
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2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o
objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que
recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva.
A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa.
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não
possuem função sintática.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são
essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se
encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas.
Por exemplo:
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português,
existem três modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes
(substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e
função de substantivo.
Por exemplo:
39
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O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta).
Por exemplo:
Por exemplo:
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída.
Por exemplo:
d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente
o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau.
Por exemplo:
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
função de adjetivo (adjetivo verbal).
Por exemplo:
Tempos Verbais
40
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Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em
diversos tempos. Veja:
1. Tempos do Indicativo
Por exemplo:
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi
completamente terminado.
Por exemplo:
Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi
totalmente terminado.
Por exemplo:
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se
prolongar até o momento atual.
Por exemplo:
Por exemplo:
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com
relação ao momento atual.
Por exemplo:
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento
atual, mas já terminado antes de outro fato futuro.
Por exemplo:
41
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um
determinado fato passado.
Por exemplo:
2. Tempos do Subjuntivo
Por exemplo:
Por exemplo:
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição
ou desejo.
Por exemplo:
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado.
Por exemplo:
Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Por exemplo:
Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao
atual.
Por exemplo:
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo.
Por exemplo:
42
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de
outro fato futuro.
Primitivos:
presente do indicativo
pretérito perfeito do indicativo
infinitivo impessoal
Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal,
qualquer verbo no particípio. São eles:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no
particípio, indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente.
Por exemplo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no
particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido.
Por exemplo:
43
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal
no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples.
Por exemplo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o
principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples.
Por exemplo:
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu
estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o
principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo.
Por exemplo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o
principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo.
Por exemplo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal
no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples.
Por exemplo:
Veja os exemplos:
44
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso,
esperarei "você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha.
Por isso o uso do advérbio "já".
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no
particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala.
Por exemplo:
Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais,
constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase,
desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal,
surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos
verbos auxiliares. Observe os exemplos:
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas
os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais
que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade
ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja:
Por exemplo:
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se
a, ir, vire estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
Aspecto Verbal
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças entre o
pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença entre esses tempos é uma diferença
deaspecto, pois está ligada à duração do processo verbal. Observe:
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período impreciso de
tempo.
O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem
precisos ao processo verbal:
Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias
formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos:
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois
dias antes.
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz respeito à
localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos
localizados num ponto preciso do tempo:
O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal. Veja:
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repetido ou
frequente, que se prolonga até o presente.
- Estou almoçando.
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo que se
prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas também em outros
tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presente e futuro
do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - é a ideia do aspecto perfeito - ao qual
se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma vez realizada a ação.
Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicação do término e do
início do processo verbal.
Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico
ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o
processo verbal.
Por exemplo:
Amar é sofrer.
Veja:
Eu
falar -es Tu
vender Ele
partir -mos Nós
-des Vós
-em Eles
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do
infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido
apenas pelo contexto da frase).
Por exemplo:
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas
perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal mais
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza
ou ênfase.
Observações importantes:
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;
Por exemplo:
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
Por exemplo:
Por exemplo:
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo
auxiliar) deve ser flexionado.
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
48
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distante do verbo da oração
principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o
sujeito (agente) da ação verbal.
Por exemplo:
6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não formam locução
verbal com o infinitivo que os segue;
Por exemplo:
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo
sem flexão.
Por exemplo:
Observações:
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer",
"falar" e sinônimos;
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para eu fazer",
pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito.
Outros exemplos:
Atenção:
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se
apresentar oblíquo tônico.
Infinitivo Pessoal
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo
verbal, flexionando-se.
Por exemplo:
Por exemplo:
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova.
Perdoo-te por me traíres.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
Por exemplo:
Por exemplo:
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o
agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.
DICAS:
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j" aparecerá em todas as outras formas.
Por exemplo:
50
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo, não confundir com o
substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc.
b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "dirigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado por um "j"
apenas na primeira pessoa do presente do indicativo.
Por exemplo:
eu dirijo/ eu ajo
- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. "Parece" é o verbo de
uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo "elas
mentirem". Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração "Parece que elas mentem."
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou
paciente da ação. São três as vozes verbais:
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
O menino feriu-se.
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
Por exemplo:
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a
construção com a preposição de.
Por exemplo:
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.
Por exemplo:
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a
transformação das frases seguintes:
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem
eventualmente funcionar como auxiliares.
Por exemplo:
52
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome
apassivador SE.
Por exemplo:
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.
Por exemplo:
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e
overbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exemplos:
- Eu o acompanharei.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo:
- Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
Saiba que:
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros.
Por exemplo:
O vinho é bom.
Aqui chove muito.
Por exemplo:
53
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados
passivos, logo o sujeito é paciente.
Por exemplo:
Chamo-me Luís.
Batizei-me na Igreja do Carmo.
Operou-se de hérnia.
Vacinaram-se contra a gripe.
Advérbios
Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
Raramente modifica um substantivo. É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação
verbal.
Tipos de Advérbios
DE MODO: Ex.:Sei muito BEM que ninguém deve passar atestado da virtude alheia.
Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde,devagar, ás pressas, às claras, às cegas, à toa,
à vontade, às escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a
lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em -mente:calmamente, tristemente,
propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente,
generosamente
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
externamente, a distancia, à distancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em
volta
DE EXCLUSÃO:
Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente
DE INCLUSÃO:
Ex.: Emocionalmente o indivíduo TAMBÉM amadurece durante a adolescência. Ainda, até, mesmo,
inclusivamente, também
DE ORDEM:
Depois, primeiramente, ultimamente
DE DESIGNAÇÃO: Eis
DE INTERROGAÇÃO:
Ex.: E então?QUANDO é que embarca?
onde?(lugar), como?(modo), quando?(tempo), porque?(causa), quanto?(preço e intensidade), para que?
(finalidade
Palavras Denotativas
Há, na língua portuguesa, uma série de palavras que se assemelham a advérbios. A Nomenclatura Gramatical
Brasileira não faz nenhuma classificação especial para essas palavras, por isso elas são chamadas
simplesmente de palavras denotativas.
APROXIMAÇÃO:
quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de
55
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
- GRAU COMPARATIVO: quando a circunstância expressa pelo advérbio aparece em relação de comparação.
O advérbio não é flexionado no grau comparativo. Para indicar esse grau utilizam as formas tão...quanto,
mais...que, menos...que. Pode ser:
comparativo de igualdade:
Ex.; Chegarei tão cedo quanto você.
comparativo de superioridade:
Ex.: Chegarei mais cedo que você.
comparativo de inferioridade:
Ex.: Chegaremos menos cedo que você.
- GRAU SUPERLATIVO: nesse caso, a circunstancia expressa pelo advérbio aparecerá intensificada. O grau
superlativo do advérbio pode ser formado tanto pelo processo sintético (acréscimo de sufixo), como pelo
processo analítico (outro advérbio estará indicando o grau superlativo).
Quando se empregam dois ou mais advérbios terminados em –mente, pode-se acrescentar o sufixo apenas
no ultimo.
Ex.: Nada omitiu de seu pensamento; falou clara, franca e nitidamente.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Numeral
CARDINAL
Indica quantidade, serve para fazer a contagem.
ORDINAL
Expressa ordem.
MULTIPLICATIVO
Indica multiplicação.
FRACIONÁRIO
Expressa divisão, fração e partes.
COLETIVO
Indica um conjunto. Exemplo: centena, dúzia, dezena, década e milheiro.
*Observação: "zero" e "ambos" são considerados como numerais.
Diferença entre um artigo e o um numeral, um artigo indica indefinição do substantivo e o um numeral
indica quantidade do substantivo.
Flexão dos numerais:
Alguns variam em gênero e número.
Dois – duas
segundo – segunda
Com funções adjetivas são variáveis.
- Ficou em coma por tomar doses triplas de veneno.
Números fracionários.
É meio-dia e meia (hora).
57
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao
primeiro, ou seja, o regente e o regido. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a
substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc.
Tipos de Preposição
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A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro
de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é
uma delas.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente
a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer
concordância em gênero ou em número.
Ex: por + o = pelo
por + a = pela
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição e sim das palavras a que se ela se
une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
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Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
De + aí = daí
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los?
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Ele servirá para determiná-lo como um
substantivo singular e feminino.
- A dona da casa não quis nos atender.
- Como posso fazer a Joana concordar comigo?
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre
eles.
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Oposição
Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço
Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Conjunção
Conjunção é uma das classes de palavras definidas pela gramática general. As conjunções são palavras
invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo
entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.
CLASSIFICAÇÃO
- Conjunções Coordenativas
- Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em:
Observe os exemplos:
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
- ADVERSATIVAS
Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:
ALTERNATIVAS
Expressam ideia de alternância.
CONCLUSIVAS
Servem para dar conclusões às orações. Exemplos:
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Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
EXPLICATIVAS
Explicam, dão um motivo ou razão:
COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que.
CONCESSIVAS
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma ideia de “apesar de”.
CONFORMATIVAS
CONSECUTIVAS
Expressam uma ideia de consequência.
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FINAIS
Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),
PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.
TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e consequência. Realmente, às vezes, fica difícil
diferenciá-las.
Observe os exemplos:
- Correram tanto, que ficaram cansados.
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma consequência.
Ficaram cansados porque correram muito.
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira
definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
Por exemplo:
Eu matei o animal.
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Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
Por exemplo:
Eu matei um animal.
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta
a forma assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
o, os a, as um, uns uma, umas
a ao, aos à, às - -
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas
por (per) pelo, pelos pela, pelas - -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é
conhecida por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per, equivalente
a por.
Interjeição
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir
sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso
de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga!
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a
interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus
elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma
espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras -
locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos:
1.Bravo! Bis!
ai: interjeição
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A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica,
como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de
uma situação particular, um momento ou um contexto específico.
Exemplos:
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala
é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação.
Exemplos:
1.Psiu!
2.Psiu!
puxa: interjeição
puxa: interjeição
Por exemplo:
Por exemplo:
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A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso,
pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido.
Por exemplo:
Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!,
Basta!, Ora!
Desculpa: Perdão!
Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Eh!
Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!,
Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!,
Socorro!, Valha-me, Deus!
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Locução Interjetiva
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição.
Por exemplo :
Observações:
Por exemplo:
2) Além do contexto, o que caracteriza a interejeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras
classes gramaticais podem aparecer como interjeições.
Por exemplo:
3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha pode constituir uma mensagem.
Por exemplo:
Socorro!
Ajudem-me!
Silêncio!
Fique quieto!
Por exemplo:
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que exprime admiração,
alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos depois do "ó" vocativo.
Por exemplo:
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6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de palavras de outras classes, podem aparecer
flexionadas no diminutivo ou no superlativo.
Por exemplo:
A regência enfoca o relacionamento entre os termos da oração, verificando o nível de dependência entre
eles.
Chama-se regente o termo que exige complemento e regido o termo complementar (Ninguém assistiu –
termo regente – ao formidável enterro – termo regido).
Na regência nominal, alguns nomes (substantivo, adjetivo, advérbio) podem apresentar mais de uma
regência, como acontece com os verbos (Estava ansioso para ouvi-lo./ Estava ansioso por ouvi-lo./ Estava
ansioso de ouvi-lo.).
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-
os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja
regência você conhece.
Substantivos
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
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Advérbios
Longe de
Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são
formados:paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
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Verbos que requerem uma ligação direta do complemento. São os VTD, que dispensam auxílio de preposição
(Ver filmes. Parecer cansado.);
Verbos que requerem complemento sempre com a mesma preposição. São os VTI (Depender do carro.
Incorrer em erro.);
Verbos cujo complemento pode variar de preposição, sem alterar o sentido. São também VTI (Contentar-se
de ser feliz – Contentar-se com ser feliz);
Verbos cujo sentido varia conforme o complemento – com ou sem preposição (Aspirar ao cargo – Desejar o
cargo / Aspirar o pó – Sugar o pó).
ASPIRAR
O verbo aspirar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
Transitivo direto: quando significa “sorver”, “tragar”, “inspirar” e exige complemento sem preposição.
- Ela aspirou o aroma das flores.
- Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo.
Transitivo indireto: quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição
“a”.
- O candidato aspirava a uma posição de destaque.
- Ela sempre aspirou a esse emprego.
Obs: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir por
“a ele(s)”, “a ela(s)”.
- Aspiras a este cargo?
- Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”).
ASSISTIR
O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo.
Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a
preposição “a”.
- Assisti a um filme. (ver)
- Ele assistiu ao jogo.
- Este direito assiste aos alunos. (caber)
Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição.
- O médico assiste o ferido. (cuida)
Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”.
- Assistir ao paciente.
Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição “em”.
- O papa assiste no Vaticano. (no: em + o)
- Eu assisto no Rio de Janeiro.
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CHAMAR
O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição.
- O professor chamou o aluno.
É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”.
- Ela chamava por Jesus.
Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo
indireto.
Admite as seguintes construções:
- Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
- Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
- Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
- Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
VISAR
Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição).
Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto.
- O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto)
- O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar)
Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
- Muitos visavam ao cargo.
- Ele visa ao poder.
Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz:
viso-lhe.
Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida.
- Ele visava atingir o posto de comando.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja exigem complemento sem preposição.
- Ele esqueceu o livro.
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São,
portanto, transitivos indiretos.
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
PREFERIR
É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto direto (complemento sem preposição) e um objeto
indireto (complemento com preposição)
- Prefiro cinema a teatro.
- Prefiro passear a ver TV.
Não é correto dizer: “Prefiro cinema do que teatro”.
SIMPATIZAR
Ambos são transitivos indiretos e exigem a preposição “com”.
- Não simpatizei com os jurados.
QUERER
Pode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou transitivo indireto ( no sentido de “ter afeto”,
“estimar”).
- A criança quer sorvete.
- Quero a meus pais.
NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição.
- Maria namora João.
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.
OBEDECER
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a).
- Devemos obedecer aos pais.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva.
- A fila não foi obedecida.
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VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição.
- Ele viu o filme.
Concordância é o mecanismo pelo qual as palavras alteram sua terminação para se adequarem
harmonicamente na frase.
Concordância verbal
Na concordância verbal, o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. A concordância verbal pode
se dar com:
Sujeito simples: antecedendo ou não o seu sujeito simples, o verbo concorda com ele em número e pessoa
(E o vento forte quebra as telhas e vidraças – verbo e sujeito no singular);
Sujeito composto anteposto ao verbo: o verbo pode ir para o plural, estar no singular ou no plural (com
palavras sinônimas, ou caso os núcleos do sujeito expressem uma gradação), ou permanecer no singular
(caso os núcleos do sujeito estejam se referindo à mesma pessoa ou coisa, ou caso os núcleos do sujeito
estejam resumidos por tudo, nada, ninguém);
Sujeito composto posposto ao verbo: o verbo irá para o plural (Explodem, como granadas, os arrozais e as
águas.), é admissível também a concordância do verbo com o núcleo mais próximo (Só cabe no poema o
homem sem estômago);
Sujeito composto de pessoas diferentes: o verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer (O trabalhador e
eu plantamos muita mandioca por esse mundão);
Sujeito representado por um coletivo: o verbo concorda com o coletivo (A manada de touros tomava a
paisagem em largura);
Sujeito constituído de pronomes de tratamento: o verbo não concorda com a segunda pessoa: vai para a
terceira pessoa (Vossa Excelência se enganou).
Concordância nominal
Na concordância nominal, deve haver concordância entre os nomes (substantivos) e as palavras que com
eles se relacionam (adjetivos, artigos, numerais, pronomes adjetivos, particípios). Observe os casos gerais de
concordância nominal:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Concordância do predicado com o sujeito: predicado e sujeito simples (Lindas sombras ficaram opacas na
madrugada) ou predicado e sujeito composto (O ódio e o amor pareciam idênticos);
Concordância do numeral com o substantivo: os numerais cardinais devem concordar com o substantivo a
que se referem (No mercado havia vinte e duas pessoas), se aparecer antes dos numerais, o substantivo irá
para o plural (As pessoas segunda e terceira são alegres);
Concordância ideológica ou silepse: modo especial de concordar as palavras, e não a forma gramatical, pode
ser: de gênero (Extraordinária e bela Recife, Veneza brasileira), de pessoa (Os paulistanos abominados a
violência urbana) ou de número (Memórias de um sargento de milícias satiriza o Rio do tempo do rei).
Sinais de pontuação
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam
reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as
pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:
Vírgula (,)
É usada para:
a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou e,
enfim, dormiu.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de
complemento verbal)
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)
e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois,
porém, mas, no entanto, assim, etc.
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que esperava.
Ponto-final (.)
b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma determinada
situação:
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? (expectativa)
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a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem,
horror, espanto:
* Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, o uso dos
pontos de interrogação e exclamação é permitido. Observe:
* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há problema
algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
É usado para:
- geometria;
- álgebra;
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- trigonometria;
- financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe,
sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
Dois-pontos (:)
É usado quando:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não
responda à professora.
Aspas (“”)
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição,
os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line)
Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava
falando:
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Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de
vírgulas).
Travessão (–)
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste projeto.
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada.
Provavelmente, em sua prova estará assim: "parte do texto pode ser reescrito, sem prejuízo do seu sentido
original e da correção gramatical.”
Nesse caso, basta você compreender que se trata de uma paráfrase que é a reescrita de um texto sem que
haja perda de sentido, a qual pode ocorrer com: mudança de ordem dos termos no período; o uso de
sinônimos;antônimos antepostos ou pospostos por palavras negativas; elipse de termos facilmente
subentendidos; ou ainda, pelo mecanismo da perífrase que é a reescritura por meio de um processo que
consiste em expressar por muitas palavras o que se poderia dizer em poucos termos ou vice-versa.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Outra observação valiosa é ficar atento quanto à concordância e à regência verbal e nominal. Portanto,
resolver questões de reescritura é muito simples. Basta estudar tudo o que lhe foi cobrado no edital e mais
esses dois conteúdos que lhe mostraremos agora: paráfrase e perífrase.
Paráfrase
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre
para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já
foi dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p.
23):
Texto Original
Paráfrase
Portanto, paráfrase é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de ‘tradução’ dentro da
própria língua.
Perífrase
Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de
um fato que o celebrizou. Veja o exemplo:
Exemplos:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
MATEMÁTICA
Teoria dos conjuntos. Conjuntos numéricos. Relações entre conjuntos.
O nome de um conjunto sempre é dado por uma letra maiúscula do nosso alfabeto.
Além disso, um conjunto pode ser unitário, quando possui apenas um elemento:
Ou pode ser vazio, caso não haja nenhum elemento com a característica procurada:
W = {x | x é par e ímpar}.
Há ainda, na resolução de problemas e equações, o conjunto que deve conter todas as soluções possíveis,
o conjunto universo.
Quando um elemento está em um conjunto, dizemos que ele pertence a esse conjunto. Exemplos:
F = {0, 2, 4, 6, 8, ...}
- lê-se: 2 pertence a F.
82
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Já entre conjuntos, é errado usar a relação de pertinência. Assim, utilizamos as relações de inclusão.
G = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
- lê-se: G contém F.
• União
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a união é o conjunto formado pela reunião dos
elementos de A e de B.
• Diferença
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a diferença entre A e B é o conjunto formado pelos
elementos exclusivos de A, isto é, retira-se de A o que for comum com B.
• Intersecção
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a intersecção é o conjunto formado pelos elementos
comuns de A e B, isto é, pelos elementos "repetidos".
Representação: A B = { 2, 3}.
• Produto Cartesiano
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
nessa ordem.
Representação:
ou
• Complementar
É uma
modalidade de
diferença de
conjuntos, que
ocorre quando
um conjunto
está contido em
outro.
Exemplo: dados
A = {0, 1, 2, 3} e
B = {2, 3}, o
complementar
de B em A é a diferença A - B.
Já o complementar de A em B é a diferença B - A.
Representação: CBA = B - A= { }.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Conjuntos Numéricos
Números Naturais
Com a utilização deste conjunto você pode enumerar brinquedos ou simplesmente registrar a sua
quantidade, por exemplo.
Este conjunto é representado pela letra N. Abaixo temos uma representação do conjunto dos números
naturais:
As chaves são utilizadas na representação para dar ideia de conjunto. Os pontos de reticência dão a ideia de
infinidade, já que os conjuntos numéricos são infinitos.
Este conjunto numérico inicia-se em zero e é infinito, no entanto podemos ter a representação de apenas um
subconjunto dele. A seguir temos um subconjunto do conjunto dos números naturais é formado pelos
quatro primeiro múltiplos de sete:
Para representarmos o conjunto dos números naturais, ou qualquer um dos outros quatro conjuntos
fundamentais, utilizamos o caractere asterisco após a letra, veja:
Números inteiros
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Os números inteiros são números reais e representamos pela letra Z, escrevemos assim:
É importante ressaltar que os números inteiros são “fechados”, para as operações de adição, multiplicação e
subtração, ou seja, a soma, produto e diferença de dois números inteiros ainda é um número inteiro.
Há subconjuntos de Z:
•Z* = Z-{0}
•Z- = conjunto dos inteiros não positivos = {... -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Números Racionais
Os números racionais são números reais que podem ser expressos como relação de dois números inteiros.
Por exemplo:
•-2
•-5/4
•-1
•3/5
•1
•3/2
Números Irracionais
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Os números irracionais são os números reais que não são racionais, isto é, o conjunto de números
irracionais é o complemento do conjunto de números racionais. Exemplos de números irracionais são:
√2 = 1,4142135 ...
√3 = 1,7320508 ...
(pi) p = 3,1415926535...
Números Reais
O conjunto de números reais e suas propriedades é chamado de sistema de número real. Uma das
propriedades fundamentais dos números reais é poder representá-las por pontos numa linha reta. Conforme
verificamos na figura abaixo:
Observação
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei
da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0.
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e
Oy.
Exemplo:
Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
x y
0 -1
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a 0, o número real x tal que f(x) =
0.
Temos:
Crescimento e decrescimento
Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a x e observar o que
ocorre com y:
89
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Regra geral:
Justificativa:
•para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2).
•para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2).
Sinal
Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo, os valores de
x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo.
Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa função se
anula pra raiz . Há dois casos possíveis:
Função do 2º grau
90
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Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma
lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada
parábola.
Exemplo:
x y
-3 6
-2 2
-1 0
0 0
1 2
2 6
Observação:
91
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Chama-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c , a 0, os números reais x
tais que f(x) = 0.
Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, as
quais são dadas pela chamada fórmula de Bhaskara:
Temos:
Observação
A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o
•quando é zero, há só uma raiz real (para ser mais preciso, há duas raízes iguais);
Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a
parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
Veja os gráficos:
92
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Imagem
O conjunto-imagem Im da
função y = ax2 + bx + c, a 0,
é o conjunto dos valores que y
pode assumir. Há duas
possibilidades:
1ª - quando a > 0,
2ª quando a < 0,
Construção da Parábola
É possível construir o
gráfico de uma função do 2º
grau sem montar a tabela de
pares (x, y), mas seguindo
apenas o roteiro de
observação seguinte:
1.O valor do
coeficiente a define a
concavidade da
parábola;
3.O vértice V indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);
4.A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
Sinal
93
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os quais
y é negativo e os valores de x para os quais y é positivo.
Conforme o sinal do discriminante = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:
1º - >0
Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 x2). a parábola intercepta o eixo Ox
em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:
2º - =0
3º - <0
Função exponencial
94
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Neste tipo de função como podemos observar em , a variável independente x está no expoente,
daí a razão da sua denominação. É importante também observar que a base a é um valor real constante, isto
é, um número real.
Se teríamos uma função constante e não exponencial, pois 1 elevado a qualquer x real sempre
resultaria em1. Neste caso
No caso de não devemos nos esquecer de que não existe a raiz real de um radicando negativo e
índice par, portanto se tivermos, por exemplo, e o valor de não será um número
real, pois teremos:
Para representarmos
graficamente uma função exponencial, podemos fazê-lo da mesma forma que fizemos com a função
quadrática, ou seja, arbitrarmos alguns valores para x, montarmos uma tabela com os respectivos valores
de f(x), localizarmos os pontos no plano cartesiano e traçarmos a curva do gráfico.
x y = 1,8x
-6 y = 1,8-6 = 0.03
-3 y = 1,8-3 = 0.17
-1 y = 1,8-1 = 0.56
95
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0 y = 1,80 = 1
1 y = 1,81 = 1.8
2 y = 1,82 = 3.24
Abaixo temos o gráfico desta função exponencial, onde localizamos cada um dos pontos obtidos da tabela e
os interligamos através da curva da função:
Isto se dará em função da base a ser maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição da função
exponencial
Se temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y.
Graficamente vemos que a curva da função é crescente.
Função Exponencial
Decrescente
Se temos
uma função exponencial
decrescente em todo
o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos
que a curva da função é decrescente.
96
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Logarítmicas
Toda função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada função logarítmica
de base a. Nesse tipo de função o domínio é representado pelo conjunto dos números reais maiores que
zero e o contradomínio, o conjunto dos reais.
f(x) = log2x
f(x) = log3x
f(x) = log1/2x
f(x) = log10x
f(x) = log1/3x
f(x) = log4x
f(x) = log2(x – 1)
f(x) = log0,5x
Realizando a intersecção das restrições 1, 2 e 3, temos o seguinte resultado: 2 < x < 3 e 3 < x < 4.
97
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Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações:
?a>1
?0<a<1
Função crescente
Características do gráfico da
função logarítmica y = logax
Note que y assume todos as soluções reais, por isso dizemos que a Im(imagem) = R.
Através dos estudos das funções logarítmicas, chegamos à conclusão de que ela é uma função inversa da
exponencial. Observe o gráfico comparativo a seguir:
98
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Podemos notar que (x,y) está no gráfico da função logarítmica se o seu inverso (y,x) está na função
exponencial de mesma base.
Trigonométricas
Função Seno
Dado um ângulo cuja medida é dada em radianos é x, chamamos de função seno à função que associa a
cada x ∈ R o número (senx) ∈ R. Indicamos essa função por:
f(x) = sen(x)
O gráfico da função seno, no plano cartesiano, será uma curva denominada senóide. Atribuindo valores ao
arco x, pode-se chegar ao gráfico.
Propriedades:
- Domínio:
- Imagem: [-1;1]
- Período: 2πrad
Função Co-seno
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Dado um ângulo cuja medida é dada em radianos é x, chamamos de função co-seno à função que associa a
cada x ∈ R o número (cosx) ∈ R. Indicamos essa função por:
f(x) = cos(x)
O gráfico da funcão co-seno, no cartesiano, será uma curva denominada co- senóide. Atribuindo valores ao
arco x, pode-se chegar ao gráfico.
Propriedades:
- Domínio:
- Imagem: [-1;1]
- Período: 2πrad
Função Tangente
Dado um ângulo
cuja medida é dada
em radianos é x,
chamamos de função
tangente à função que associa a cada x ∈ R/x ≠ π/2+kπ o número (tg x) ∈ R. Indicamos essa função por:
f(x) = tg(x)
O gráfico da função tangente, no cartesiano, será uma curva denominada tangentóite. Atribuindo valores ao
arco x, pode-se chegar ao gráfico.
Equação do 1º Grau
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade. A palavra equação tem
o prefixo equa, que em latim quer dizer "igual". Exemplos:
100
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2x + 8 = 0
5x - 4 = 6x + 8
3a - b - c = 0
onde a e b são números conhecidos e a diferente de 0, se resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois
lados, obtemos:
Na equação acima a incógnita é x; tudo que antecede o sinal da igualdade denomina-se 1º membro, e o
que sucede, 2ºmembro.
101
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Termo da Equação
Primeiramente vamos lembrar que o oposto de um número real é igual a este mesmo número com o sinal
trocado. O oposto de 2 é igual a -2. Obviamente o oposto de -2 voltará ao número 2 inicial. Note ainda que
a soma de um número pelo seu oposto sempre resultará em 0.
Precisamos também lembrar o que vem a ser o inverso de um número real diferente de zero. De antemão
sabemos que um número real diferente de zero multiplicado pelo seu inverso resultará sempre em 1.
Segundo este conceito, o inverso de 2 é 1/2, já que 2 . 1/2 = 1. Obviamente o inverso de 1/2 é 2 pelo mesmo
motivo.
102
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Simplificando, se a for um número real inteiro e diferente zero, o seu inverso será 1/a. No caso de frações, o
inverso multiplicativo da fração a/b será b/a, com a e b diferentes de zero.
Vejamos:
A ideia é deixarmos a incógnita x isolada no primeiro membro à direita do sinal de igualdade e a raiz no
segundo membro, à esquerda. Gradualmente iremos passando os números do primeiro membro para o
segundo membro.
Para passarmos o número 10 no primeiro membro, para o segundo membro, iremos recorrer ao princípio
aditivo da igualdade. Vamos subtrair 10 dos dois membros da equação:
Ao subtrairmos 10 nos dois membros da equação, na verdade estamos somando o oposto de 10, que é -
10 em ambos os membros como vemos abaixo, de sorte que o 10 saia do primeiro membro, pois como já
vimos, ao somarmos um número real ao seu oposto o resultado sempre será igual a zero:
Que é equivalente a:
103
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Para tirarmos o coeficiente 2 do primeiro membro, iremos recorrer ao princípio multiplicativo da igualdade,
dividindo ambos os membros por 2:
Na verdade o que estamos fazendo é multiplicando ambos os membros pelo inverso multiplicativo do
coeficiente 2 que é1/2, para que ele saia do primeiro membro, já que será reduzido ao número 1. Na
realidade o cálculo seria este:
Depois de adquirido tais conhecimentos, podemos ver uma forma mais simples de solucionarmos este tipo
de equação. Vejamos:
104
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A ideia agora é passar o termo 10 do primeiro para o segundo membro. Como ele está sendo somado,
passará para o outro lado sendo subtraído, já que a subtração é a operação inversa da adição:
Que se resume a:
Passamos agora o coeficiente 2 para o segundo membro. Como ele está multiplicando, do outro lado ele
estará dividindo. Isto porque a divisão é a operação inversa da multiplicação:
Apenas a título de verificação, vamos substituir a incógnita x por 45 para confirmarmos que este valor torna
a equação verdadeira:
Considere a equação: 2x - 6 = 5 - 3y
105
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Trata-se de uma equação com duas variáveis, x e y, pode ser transformada numa equação
equivalente mais simples. Assim:
2x + 3y = 5 + 6
Na equação ax + by = c, denominamos:
Exemplos:
x + y = 30 -3x - 7y = -48
2x + 3y = 15 2x- 3y = 0
x - 4y = 10 x-y=8
x = 6, y = 1
x - 2y = 4
6-2.1=4
6-2=4
4 = 4 (V)
x = 8, y = 2
x - 2y = 4
8-2.2=4
8-4=4
106
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4 = 4 (V)
x = -2, y = -3
x - 2y = 4
-2 - 2 . (-3) = 4
-2 + 6 = 4
4 = 4 (V)
Assim, os pares (6, 1); (8, 2); (-2, -3) são algumas das soluções dessa equação.
Uma equação do 1º grau com duas variáveis tem infinitas soluções - infinitos (x, y) - , sendo, portanto, seu
conjunto universo
Podemos determinar essas soluções, atribuindo-se valores quaisquer para uma das variáveis, calculando a
seguir o valor da outra.
Exemplo:
3x - y = 8
3 . (1) - y = 8
3-y=8
y = -5
V = {(1, -5)}
107
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Sabemos que uma equação do 1º grau com duas variáveis possui infinitas soluções.
Cada uma dessas soluções pode ser representada por um par ordenado (x, y).
Dispondo de dois pares ordenados de uma equação, podemos representá-los graficamente num plano
cartesiano, determinando, através da reta que os une, o conjunto da solução dessa equação. Exemplo:
1º par: A (4, 0)
2º par: B (0, 4)
Finalmente, unimos os pontos A e B, determinando a reta r, que contém todos os pontos soluções da
equação.
108
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Exemplo:
A resolução de uma equação do segundo grau consiste em obtermos os possíveis valores reais para a
incógnita, que torne a sentença matemática uma equação verdadeira. Tais valores são a raiz da equação.
Para a resolução de uma equação do segundo grau completa ou incompleta, podemos recorrer à fórmula
geral de resolução:
109
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O valor b2 -4ac é conhecido como discriminante da equação e é representado pela letra grega Δ. Temos
então que Δ = b2 -4ac, o que nos permitir escrever a fórmula geral de resolução como:
110
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Portanto para equações do tipo ax2 + bx = 0, onde c = 0, uma das raízes sempre será igual a zero e a outra
será dada pela fórmula
Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos apenas uma única raiz real, que
será sempre igual a zero.
O cálculo do valor do discriminante é muito importante, pois através deste valor podemos determinar o
número de raízes de uma equação do segundo grau.
Como visto acima, o discriminante é representado pela letra grega Δ e equivale à expressão b2 - 4ac, isto
é:Δ = b2 - 4ac.
111
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A partir do estudado acima, podemos esquematizar o conjunto verdade das equações do segundo grau
completas e incompletas como a seguir:
112
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5x=125
36x+1=6x−−√
(12)x=4–√3
A ideia para resolver equações exponenciais se resume em transforma-las em uma igualdade de potencias
de mesma base, ou seja, assumir a forma:
ax=ay⇒x=y
Vamos exemplificar:
4x+1=43
Agora:
x+1=3⇒x=2
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(62)x+1=6x2
Continuando, temos:
62x+2=6x2
O que nos dá:
2x+2=x2
2(2x+2)=x
4x+4=x
4x−x=−4
3x=−4
x=−43
3) Agora, 0,75x=916.
Note na transformação do número decimal para uma fração:
(34)x=3242
Logo:
(34)x=(34)2
Portando,
x=2
4) Agora, um exemplo um pouco menos intuitivo que também pode ser uma introdução aos logaritmos.
Vamos resolver:
32x=3x+12
Note que podemos escrever a equação, pela propriedade de potencias, desta maneira:
(3x)2=33+12
Se fizermos a seguinte substituição 3x=y, podemos reescrever a equação na forma de uma equação do
segundo grau:
y2=y+12
Resolvendo esta equação, temos que existem duas raízes possíveis:
{y1=4y2=−3
Mas, atenção! Quando substituímos as raízes possíveis na identidade 3x=y nós precisamos verificar se ambas
as raízes são válidas, ou seja:
y1=3x=4
y2=3x=−3
No caso da primeira raiz, é possível que exista 𝑥 que satisfaça a igualdade, que no caso será:
x=log34
Mas, a segunda raiz não é possível pois, não existe um número que quando elevado a qualquer outro nos
retorne um valor negativo:
3x=−3⇒•x
114
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Equações Logarítmicas
Toda equação deve possuir uma igualdade e uma variável qualquer. Aquelas em que a variável se encontra
no logaritmando ou na base serão chamadas de equações logarítmicas.
log2(x + 1) = 10
log5(x + 100) = 3
log3x = 2
logbx = a, onde x = ba
Exemplos Resolvidos
1) log4(x+3) = 1
x + 3 = 41
x=4–3
x=1
3) log4(x – 3) = log4(– x + 7)
x–3=–x+7
x+x=7+3
2x = 10
x = 10/2
x=5
4) log0,2(3x – 2) = – 1
3x – 2 = 0,2–1
3x – 2 = (2/10)–1
3x – 2 = (10/2)1
3x – 2 = 51
3x = 5 + 2
3x = 7
x = 7/3
Equações trigonométricas
115
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Uma equação trigonométrica é aquela onde a incógnita aparece na forma da medida de arcos ou nos
ângulos de uma função trigonométrica. São exemplos de equações
trigonométricas: sen(x)=sen(30∘), cos(x)=14 e tg(x)=3–√.
Vejamos as principais formas das equações trigonométricas e algumas formas de resolvê-las, através de
exemplos.
Exemplo
Solução:
Começamos encontrando um ângulo conhecido que sabemos ter seno = 1, ou seja, π2. Em seguida,
igualamos a variável a esse ângulo:* Para o intervalo 0≤x≤π (ou para 1 volta no ciclo trigonométrico, nesse
caso é o mesmo) no ciclo trigonométrico: 3x=π2↔x=3π2.* Para n voltas no ciclo
trigonométrico: 3x=π2+2πn↔x=π6+2πn3 para nϵZ.
Logo temos: S={x∈R∨x=π6+2πn3,para n ϵ Z}.
Observação: Se tivéssemos dois ângulos onde isso é verdade, então a solução seria dada em função dos
dois.
116
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Aqui a ideia é quase a mesma, porém agora vamos igualar diretamente a variável ao arco desejado.
Exemplo
Vamos iniciar descobrindo em qual quadrante o ângulo 7π36 está. Para isso basta converter isso de radianos
para graus, onde encontraremos 7π36=35∘, ou seja, ele está no 1° quadrante.
Vamos lembrar que no 1° quadrante seno e cosseno são positivos, então não precisamos mudar nenhum
sinal. Com isso temos que:* Para 1 volta no ciclo trigonométrico: 7x=7π36↔x=π36* Para n voltas no ciclo
trigonométrico: 7x=7π36+2πn↔x=π36+2πn7,para n ϵ Z.
Logo temos: S={x∈R∨x=π36+2πn7,para n ϵ Z}.
O estudo da análise combinatória nos permite descobrir quais são as diferentes possibilidades de uma
combinação de variáveis.
Então, supondo que um restaurante "À la carte" tenha disponível 2 tipos de bifes, 2 tipos de arroz, 2 tipos de
feijão e 3 tipos de bebidas.
O dono do restaurante queira servir pratos contendo 1 elemento de cada tipo de comida.
Nomeando os tipos de comida da forma "bife 1, arroz 1, arroz 2 ... bebida 1, bebida 2, etc", montamos o
esquema:
117
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Se formos seguir os caminhos descritos pelas linhas, encontraremos 24 caminhos, que são o total de
possibilidades de pratos diferentes. Perceba que quanto mais opções de comidas, maior e mais complexo
118
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fica o esquema. Então, imagine como seria descobrir as possibilidades das placas de carro no sistema
brasileiro? (três letras, 4 algarismos).
Arranjos e permutações
Arranjos
São agrupamentos formados com p elementos, (p<m) de forma que os p elementos sejam distintos entre sí
pela ordem ou pela espécie. Os arranjos podem ser simples ou com repetição.
Simples
Exemplo: Seja Z={A,B,C,D}, m=4 e p=2. Os arranjos simples desses 4 elementos tomados 2 a 2 são 12 grupos
que não podem ter a repetição de qualquer elemento mas que podem aparecer na ordem trocada. Todos os
agrupamentos estão no conjunto:
As={AB,AC,AD,BA,BC,BD,CA,CB,CD,DA,DB,DC}
Com repetição
Fórmula: Ar(m,p) = mp
Exemplo: Seja C={A,B,C,D}, m=4 e p=2. Os arranjos com repetição desses 4 elementos tomados 2 a 2 são 16
grupos que onde aparecem elementos repetidos em cada grupo. Todos os agrupamentos estão no
conjunto:
Ar={AA,AB,AC,AD,BA,BB,BC,BD,CA,CB,CC,CD,DA,DB,DC,DD}
Condicional
Todos os elementos aparecem em cada grupo de p elementos, mas existe uma condição que deve ser
satisfeita acerca de alguns elementos.
119
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Fórmula: N=A(m1,p1).A(m-m1,p-p1)
Exemplo: Quantos arranjos com 4 elementos do conjunto {A,B,C,D,E,F,G}, começam com duas letras
escolhidas no subconjunto {A,B,C}?
Aqui temos um total de m=7 letras, a taxa é p=4, o subconjunto escolhido tem m1=3 elementos e a taxa
que este subconjunto será formado é p1=2. Com as letras A,B e C, tomadas 2 a 2, temos 6 grupos que estão
no conjunto:
PABC = {AB,BA,AC,CA,BC,CB}
PDEFG = {DE,DF,DG,ED,EF,EG,FD,FE,FG,GD,GE,GF}
Usando a regra do produto, teremos 72 possibilidades obtidas pela junção de um elemento do conjunto
PABC com um elemento do conjunto PDEFG. Um típico arranjo para esta situação é CAFG.
Permutações
Quando formamos agrupamentos com m elementos, de forma que os m elementos sejam distintos entre sí
pela ordem. As permutações podem ser simples, com repetição ou circulares.
Simples
Fórmula: Ps(m) = m!
Exemplo: Seja C={A,B,C} e m=3. As permutações simples desses 3 elementos são 6 agrupamentos que não
podem ter a repetição de qualquer elemento em cada grupo mas podem aparecer na ordem trocada. Todos
os agrupamentos estão no conjunto:
Ps={ABC,ACB,BAC,BCA,CAB,CBA}
Com repetição
Dentre os m elementos do conjunto C={x1,x2,x3,...,xn}, faremos a suposição que existem m1 iguais a x1, m2
iguais a x2, m3 iguais a x3, ... , mn iguais a xn, de modo que m1+m2+m3+...+mn=m.
Fórmula: Se m=m1+m2+m3+...+mn, então
Anagrama: Um anagrama é uma (outra) palavra construída com as mesmas letras da palavra original
trocadas de posição.
r(6)=C(6,4).C(6-4,2).C(6-4-1,1)=C(6,4).C(2,2).C(1,1)=15
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Exemplo: Quantos anagramas podemos formar com as 6 letras da palavra ARARAT. A letra A ocorre 3 vezes,
a letra R ocorre 2 vezes e a letra T ocorre 1 vez. As permutações com repetição desses 3 elementos do
conjunto C={A,R,T} em agrupamentos de 6 elementos são 15 grupos que contêm a repetição de todos os
elementos de C aparecendo também na ordem trocada. Todos os agrupamentos estão no conjunto:
Pr={AAARRT,AAATRR,AAARTR,AARRTA,AARTTA,
AATRRA,AARRTA,ARAART,ARARAT,ARARTA,
ARAATR,ARAART,ARAATR,ATAARA,ATARAR}
Circulares
Ocorre quando obtemos grupos com m elementos distintos formando uma circunferência de círculo.
Exemplo: Seja um conjunto com 4 pessoas K={A,B,C,D}. De quantos modos distintos estas pessoas poderão
sentar-se junto a uma mesa circular (pode ser retangular) para realizar o jantar sem que haja repetição das
posições?
Se considerássemos todas as permutações simples possíveis com estas 4 pessoas, teríamos 24 grupos,
apresentados no conjunto:
Pc={ABCD,ABDC,ACBD,ACDB,ADBC,ADCB,BACD,BADC,
BCAD,BCDA,BDAC,BDCA,CABD,CADB,CBAD,CBDA,
CDAB,CDBA, DABC,DACB,DBAC,DBCA,DCAB,DCBA}
ABCD=BCDA=CDAB=DABC
ABDC=BDCA=DCAB=CABD
ACBD=CBDA=BDAC=DACB
ACDB=CDBA=DBAC=BACD
ADBC=DBCA=BCAD=CADB
ADCB=DCBA=CBAD=BADC
Pc={ABCD,ABDC,ACBD,ACDB,ADBC,ADCB}
Combinações
Enquanto os arranjos são caracterizados pela natureza e pela ordem dos elementos escolhidos, as
combinações são caracterizadas pela natureza dos elementos.
121
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Veja:
Em uma festa de aniversário será servido sorvete aos convidados. Serão oferecidos os sabores de morango
(M), chocolate (C), baunilha (B) e ameixa (A) e o convidado deverá escolher dois entre os quatro sabores.
Notemos que, não importa a ordem em que os sabores são escolhidos.
Se o convidado escolher morango e chocolate {MC} será a mesma coisa que escolher chocolate e morango
{CM}.
Nesse caso, podemos ter escolhas repetidas, veja: {M,B} = {B,M}, {A,C} = {C,A} e assim sucessivamente.
Portanto, na combinação os agrupamentos são caracterizados somente pela natureza dos elementos.
Exemplo
Lucas vai realizar uma viagem e quer escolher quatro entre nove camisetas. De quantos modos distintos ele
pode escolher as camisetas?
Temos nove camisetas tomadas quatro a quatro.
Denomina-se progressão aritmética (PA) a sequência em que cada termo, a partir do segundo, é obtido
adicionando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constante r chama-se razão da progressão
aritmética.
122
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a1 = 2
a2 = 2+5 = 7
a3 = 7 +5 = 12
a4 = 12 + 5= 17
Termo geral da PA
A partir da definição, podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an ) da seguinte forma:
a1 = a1
a2 = a1 + r
a3 = a2 + r = a1 + 2r
an = a1+(n-1)r
Propriedades de uma PA
- Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a média aritmética entre o anterior e o posterior.
- A soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.
Na PA
(1,3,5,7,9,11,13,15,17,19,21,23), temos:
3+21 = 1+23 = 24
5+19 = 1+23 = 24
7+17 = 1+23 = 24
123
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9+15 = 1+23 = 24
11+13 = 1+23 = 24
Se ocorrer que uma PA tenha número de termos ímpar, existirá um termo central que será a média aritmética
dos extremos desta PA.
Veja por exemplo que na PA (1,4,7,10,13,16,19) tem 7 termos e que o termo central é 10 logo:
Sabendo que o 1º termo de uma PA é igual a 2 e que a razão equivale a 5, determine o valor do 18º termo
dessa sequência numérica.
a18 = 2 + (18 – 1) * 5
a18 = 2 + 17 * 5
a18 = 2 + 85
a18 = 87
UFBA - Um relógio que bate de hora em hora o número de vezes correspondente a cada hora, baterá , de
zero às 12 horas x vezes. Calcule o dobro da terça parte de x.
Teremos que:
0 hora o relógio baterá 12 vezes. (Você não acha que bateria 0 vezes, não é?).
1 hora o relógio baterá 1 vez
2 horas o relógio baterá 2 vezes
3 horas o relógio baterá 3 vezes
....................................................
124
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
....................................................
12 horas o relógio baterá 12 vezes.
A partir do segundo termo da sequência acima, temos uma PA de 12 termos, cujo primeiro termo é igual a 1,
a razão é 1 e o último termo é 12.
A soma procurada será igual ao resultado anterior (a PA em vermelho acima) mais as 12 batidas da zero
hora. Logo, o número x será igual a x = 78 + 12 = 90.
Logo, o dobro da terça parte de x será: 2. (90/3) = 2.30 = 60, que é a resposta do problema proposto.
Podemos definir progressão geométrica, ou simplesmente P.G., como uma sucessão de números reais obtida,
com exceção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade fixa q, chamada razão.
Podemos calcular a razão da progressão, caso ela não esteja suficientemente evidente, dividindo entre si dois
termos consecutivos.
Numa progressão geométrica de razão q, os termos são obtidos, por definição, a partir do primeiro, da
seguinte maneira:
Assim, podemos deduzir a seguinte expressão do termo geral, também chamado enésimo termo, para
qualquer progressão geométrica.
an = a1 x qn-1
an = 2 x (1/2)n-1
125
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observe que, quando uma progressão aritmética tem a razão positiva, isto é, r > 0, cada termo seu é maior
que o anterior. Portanto, trata-se de uma progressão crescente. Ao contrário, se tivermos uma progressão
aritmética com razão negativa, r < 0, seu comportamento será decrescente.
Observe, também, a rapidez com que a progressão cresce ou diminui. Isto é conseqüência direta do valor
absoluto da razão, |r|. Assim, quanto maior for r, em valor absoluto, maior será a velocidade de crescimento e
vice-versa.
Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, vamos considerar o
que segue:
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an
126
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Exemplo:
Considere uma PG ILIMITADA ( infinitos termos) e decrescente. Nestas condições, podemos considerar que
no limite teremos an = 0. Substituindo na fórmula anterior, encontraremos:
Exemplo:
Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100
O primeiro membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na fórmula, vem:
Para se entender matriz é importante observar primeiramente como as mesmas são formadas. Nas matrizes
existem o que é chamamos de linha (os valores ordenados na horizontal) e o número delas é representado
pela letra “n”. E o que chamamos de coluna (os valores ordenados na vertical), onde o número delas é
representado pela trela “m”.
127
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Então se nos é dado uma sequência de valores, eles devem ser convertidos de cima para baixo nas colunas e
da esquerda para a direita nas linhas. Como mostram as setas azuis e verde na figura.
Quando se é dado um valor para por na tabela, identificamos sua posição na matriz observando os números
que estão no lugar do “i” e “j”. ou seja, “i” significa o número da linha e “j” o número da coluna.
Ex: se nos é dado o seguinte elemento => a[ 2 , 4 ], significa que eles estará localizado na 2ª linha, na 4ª
coluna.
Tipos de matrizes
Matriz quadrada
Dizemos que uma matriz A de ordem m x n é quadrada, quando m = n. Isso significa que o número de linhas
será igual ao número de colunas. Podemos representar este tipo de matriz por An.
Exemplos:
128
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Matriz triangular
Uma matriz de ondem n (quadrada) é triangular quando todos os elementos acima ou abaixo da diagonal
principal são nulos (iguais à zero).
Exemplos:
Observação: O enunciado diz que os elementos acima OU abaixo da diagonal principal, na matriz quadrada,
são nulos, ou seja, somente uma dessas partes (acima ou abaixo) deverá estar nula para caracterizar uma
matriz quadrada. Quando estas duas partes são nulas, temos outro tipo de matriz, a diagonal, como veremos
em seguida.
Matriz diagonal
A matriz, de ordem n (quadrada), diagonal é aquela em que todos os elementos acima e baixo da diagonal
principal são nulos.
Matriz identidade
Matriz identidade é uma matriz quadrada de ordem n cujos elementos da diagonal principal são iguais a 1 e
os elementos acima e abaixo desta diagonal são nulos (iguais a zero). Podemos representar esta matriz por
In.
129
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Matriz nula
Numa matriz nula, todos os elementos são iguais à zero. Podemos representar uma matriz nula m x n por 0m
x n; caso ela seja quadrada, indica-se por 0n.
Matriz linha
É toda matriz que possui apenas uma linha. Numa matriz linha m x n, m = 1.
Matriz coluna
É toda matriz que possui apenas uma coluna. Numa matriz coluna m x n, n = 1.
Responda
130
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
• a) - 6
• b) 0
• c) 6
• d) 10
• e) 42
GABARITO
1-B
Sistemas lineares
Um Sistema de Equações Lineares é um conjunto ou uma coleção de equações com as quais é possível lidar
de uma única vez.
De maneira geral, um Sistema de Equações Lineares pode ser definido como um conjunto de m equações,
sendo m ≥ 1, com n incógnitas x1, x2, x3, ... xn, de forma que:
...
Sendo que: a1, ..., an e b são números reais. Os números aij são os coeficientes angulares e bi é o termo
independente e quando este é nulo a equação linear é chamada homogênea.
Exemplo:
131
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O sistema linear acima possui três equações, três incógnitas (x, y, z) e os termos independentes, que são – 7,
3 e 0. Além disso, no sistema acima há uma equação homogênea (4x + y + z = 0).
Um sistema linear também pode ser escrito em forma matricial. A seguir, a função apresentada no exemplo
anterior será exposta em forma de matriz:
Percebe-se que a forma matricial de um sistema linear é igual ao produto matricial entre a matriz formada
pelos coeficientes angulares e a matriz formada pelas incógnitas, cujo resultado é a matriz formada pelos
termos independentes.
A solução de um sistema linear é um conjunto de valores que satisfaz ao mesmo tempo todas as equações
de um sistema linear, ou seja, a ênupla ordenada (sequência ordenada de n elementos) é solução de um
sistema linear S, se for solução de todas as equações de S.
Exemplo:
132
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Os valores que satisfazem as duas equações são x = 2 e y = 1, logo, a solução do sistema é o par ordenado
(2,1), como mostra a representação gráfica do sistema linear apresentado como exemplo.
Quando um ocorre um Sistema Linear Homogêneo, aquele que possui todas as equações com termos
independentes nulos, ele admite uma solução nula (0, 0, ... , 0) chamada de solução trivial. Mas, um sistema
linear homogêneo pode ter outras soluções além da trivial.
O sistema linear acima é homogêneo, portanto, a priori, já temos a solução trivial dada pelo conjunto (0, 0,
0). Contudo, também se admite como solução desse sistema o conjunto (0, 1, – 1).
A partir de agora, serão apresentados dois métodos para a obtenção do conjunto verdade de um sistema: a
Regra de Cramer e o Escalonamento.
Regra de Cramer
133
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É possível obter o determinante (D) desta matriz e substituindo os coeficientes de x e y que o compõe pelos
termos independentes c1e c2 é possível encontrar os determinantes Dx e Dy para que se aplique a Regra de
Cramer. Abaixo estão os referidos determinantes:
Exemplo:
Então: x = Dx/D = -10/-5 = 2 e y = Dy/D = -5/-5 = 1, portanto, como foi mostrado anteriormente, inclusive
graficamente, o par ordenado (2,1) é o resultado do sistema linear acima.
Escalonamento
Um sistema está escalonado quando de equação para equação, no sentido de cima para baixo, houver
aumento dos coeficientes nulos situados antes dos coeficientes não nulos. Exemplo:
134
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O sistema acima está escalonado e substituindo as incógnitas das equações pelos seus respectivos é possível
encontrarmos o conjunto solução (1,1,1).
Para escalonar um sistema é necessário que se coloque como primeira equação aquela que tenha o
coeficiente de valor 1 na primeira incógnita. Caso não haja nenhuma equação assim, será necessário dividir
membro a membro aquela que está como primeira equação pelo coeficiente da primeira incógnita. Nas
demais equações, é necessário que se obtenha zero como coeficiente da primeira incógnita, somando cada
uma delas com o produto da primeira equação pelo oposto do coeficiente dessa incógnita, até que se
possam verificar os valores de cada uma das incógnitas e, por fim, encontrar o conjunto solução.
Responda
Sabendo-se que o sistema tem solução única para r ≠ 0 e r ≠ 1, então o valor de x é igual a
• a) 2⁄r.
• b) -2⁄r
• c) 1⁄r
• d) -1⁄r
• e) 2r.
GABARITO
1-D
Trigonometria
135
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No triângulo retângulo existem algumas importantes relações, uma delas é o Teorema de Pitágoras, que diz
o seguinte: “A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. Essa relação é muito
importante na geometria, atende inúmeras situações envolvendo medidas.
As relações trigonométricas existentes no triângulo retângulo admitem três casos: seno, cosseno e tangente.
senoB = b/a
cossenoB = c/a
tangenteB = b/c
senoC = c/a
cossenoC = b/a
tangenteC = c/b
Exemplo
A rua Tenório Quadros e a avenida Teófilo Silva, ambas retilíneas, cruzam-se conforme um ângulo de 30º. O
posto de gasolina Estrela do Sul encontra-se na avenida Teófilo Silva a 4 000 m do citado cruzamento.
Portanto, determine em quilômetros, a distância entre o posto de gasolina Estrela do Sul e a rua Tenório
Quadros?
136
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Geometria plana
Conhecer sobre área é conhecer sobre o espaço que podemos preencher em regiões poligonais convexas –
qualquer segmento de reta com extremidades na região só terá pontos pertencentes a esta.
O quadrado
O quadrado é uma
figura geométrica plana regular em que todos os seus lados e ângulos são iguais. Veja um exemplo de
quadrado na figura a seguir:
Exemplo 1
Para pavimentar a sala de sua casa D. Carmem comprou 26 m2 de piso. Sabendo que a sala
tem o formato quadrangular e que um dos lados mede 5 m, diga se o piso comprado por
D. Carmem será suficiente para pavimentar a sua sala.
•A área do quadrado é A = l 2.
O retângulo
137
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O retângulo é uma figura geométrica plana cujos lados opostos são paralelos e iguais e todos os ângulos
medem 90º. Confira o retângulo abaixo:
Para calcular a
área do
retângulo, basta que se multipliquem seu comprimento c pela largura l.
Exemplo 2
Num campeonato de futebol a equipe organizadora do evento está providenciando o gramado que será
plantado em toda área do campo. Para comprar as gramas, a equipe precisa saber a área do campo, pois a
grama é vendida por metro quadrado. Sabendo que o campo tem 115 m de comprimento por 75 m de
largura e ainda que o campo tem o formato retangular, ajude a equipe a solucionar o problema, diga
quantos metros quadrados de área tem o campo de futebol?
O triângulo
O triângulo é uma figura geométrica plana formada por três lados e três ângulos. A soma dos seus ângulos
internos é igual 180º.
138
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo 3
Encontre a área de um triângulo cuja base mede 8,2 cm e a altura 3,6 cm.
O trapézio
O trapézio é uma
figura plana com
um par de lados
paralelos (bases) e
um par de lados
concorrentes.
Exemplo 4
Um fazendeiro quer saber a área de um lote de terra que acabara de comprar. O lote tem o formato de um
trapézio. Sabendo que a frente mede 1020 m, o fundo, 815 m e a distância da frente ao fundo é de 510 m.
Determine a área do lote.
139
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Geometria espacial
A geometria espacial é a análise de sólidos no espaço, ou seja, é a geometria para objetos tridimensionais,
diferente da geometria plana, que é o estudo de figuras bidimensionais. Assim como esta, aquela surge com
base em conceitos primitivos, sendo eles: ponto, reta, plano e espaço.
Prismas
Consideremos o prisma como um sólido geométrico formado pelos seguintes elementos: base, altura,
vértices, arestas e faces laterais. Os prismas podem apresentar diversas formas, mas algumas características
básicas definem esse sólido geométrico. Por exemplo, o número de faces do prisma será exatamente igual
ao número de lados do polígono que constitui suas bases (superior e inferior), dessa forma, sua classificação
quanto ao número de lados pode ser:
Os prismas também podem ser classificados como retos ou oblíquos. Os prismas retos são aqueles em que a
aresta lateral forma com a base um ângulo de 90º, os oblíquos são aqueles em que as arestas formam
ângulos diferentes de 90º.
140
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Todos os prismas possuem área da base, área lateral, área total e volume. Todas essas medidas dependem do
formato do polígono que se encontra nas bases; por exemplo, os prismas acima possuem em sua base um
pentágono, portanto, para calcularmos a área dessa base devemos determinar a área do pentágono. No
caso do prisma pentagonal reto, as faces laterais constituem retângulos e a do prisma oblíquo é formada por
paralelogramos.
A área total de um prisma é calculada somando a área lateral e o dobro da área da base. E o volume é
determinado calculando a área da base multiplicada pela medida da altura.
At = Al + 2.Ab,
Vamos aplicar a fórmula encontrada na resolução de um exemplo. “Calcule a área de um prisma triangular
reto de 15 cm de altura cuja base é um triângulo equilátero com 4 cm de lado.”
141
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pirâmides
Dada uma região poligonal de n vértices e um ponto V fora da região (outro plano), ao traçarmos segmentos
de retas entre os vértices da região poligonal e o ponto V, construímos uma pirâmide que será classificada
de acordo com o número de lados do polígono da base.
Base é um triângulo
Nome: pirâmide triangular
142
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Número de faces: três faces laterais mais face da base, portanto, quatro faces.
Base é um quadrado
Nome: pirâmide quadrangular
Número de faces: quatro faces laterais mais face da base, portanto, cinco faces.
Base é um pentágono
Nome: pirâmide pentagonal
Número de faces: cinco faces laterais mais face da base, portanto, seis faces.
Base é um hexágono
Nome: pirâmide de base hexagonal
Número de faces: seis faces laterais mais face da base, portanto, sete faces.
Altura,
apótema da
base e
apótema da
pirâmide
h: altura da
pirâmide
m’: apótema da pirâmide
m: apótema da base
Área da base
A área da base de uma pirâmide depende da área do polígono em questão, sendo calculada pela expressão:
143
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Área lateral
É a soma de todas as áreas laterais.
Área total
Soma da área lateral com a área da base.
At = Al + Ab
Volume
Cilindros
Sejam α e β
dois planos
paralelos
distintos, uma
reta s secante a esses planos e um círculo C de centro O contido em α. Consideremos todos os segmentos
de reta, paralelos a s, de modo que cada um deles tenha um extremo pertencente ao círculo C e o outro
extremo pertencente a β.
144
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No cilindro circular reto a geratriz forma com o plano da base um ângulo de 90º. No cilindro circular reto a
medida h de uma geratriz é a altura do cilindro.
Cilindro equilátero
A superfície de um cilindro
reto de altura h e raio da base
r é equivalente à reunião de uma região retangular, de lados 2πr e h, com dois círculos de raio r. Observe a
planificação do cilindro.
A área do retângulo
equivalente à superfície
lateral do cilindro é a
área lateral Aℓ do
145
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
cilindro, ou seja:
Aℓ = 2*π*r*h
A área total At do cilindro é igual à soma da área lateral Aℓ com as áreas das duas bases, ou seja:
O volume V de um cilindro circular de altura h e raio da base r é igual ao produto da área da base, πr2, pela
altura h, isto é:
V = π*r2*h
Cones
Dado um círculo de centro O e raio R no plano B, e um ponto P fora do plano. O cone será formado por
segmentos de reta unindo o ponto P aos pontos do círculo.
Outra forma de construir o cone é através da revolução do triângulo retângulo sobre um eixo vertical.
Elementos do cone
Classificação do cone
146
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No cone reto
podemos aplicar
a relação de
Pitágoras para o
cálculo da
geratriz (g), do
raio da base (r) e
da altura (h), pois
vimos que o cone pode ser formado através da revolução do triângulo retângulo. Comparando os elementos
do cone aos do triângulo retângulo temos:
Áreas no cone
Área da base
Por ser uma circunferência, a área da base de um cone é dada pela seguinte expressão:
Área da lateral
A área lateral do cone é dada pela seguinte expressão:
Área total
É dada somando-se a área lateral e a área da base.
At = Al + Ab
At = Πr(g+r)
Volume do cone
O volume do cone é dado pelo produto da área da base pela altura divido por três.
V = (Πr²h)/3
147
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Planificação
A esfera é obtida através da revolução da semicircunferência sobre um eixo. Podemos considerar que a
esfera é um sólido.
Polos
Equador
Paralelo
Meridiano
148
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O plano intersecciona a esfera formando duas partes, se o plano corta a esfera passando pelo centro temos
duas partes de tamanhos iguais.
Volume
Os cálculos matemáticos, envolvendo área e volume de uma esfera, abrangem a medida do raio que é a
distância entre o centro da esfera e sua extremidade e o valor constante do número irracional π (pi), dado
por aproximadamente 3,14. Veja a esfera e seus elementos:
Exemplo:
Outro exemplo
149
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dois pontos definem uma reta. Desta forma, podemos encontrar a equação geral da reta fazendo o
alinhamento de dois pontos com um ponto (x,y) genérico da reta.
Três pontos estão alinhados quando o determinante da matriz associada a esses pontos é igual a zero. Assim
Vamos chamar:
a = (ya - yb)
b = (xb - xa)
c = xayb - xbya
ax + by + c = 0
Exemplo
Encontre uma equação geral da reta que passa pelos pontos A(-1, 8) e B(-5, -1).
150
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Primeiro devemos escrever a condição de alinhamento de três pontos, definindo o matriz associada aos
(8+1)x + (1-5)y + 40 + 1 = 0
9x - 4y + 41 = 0
Podemos encontrar uma equação da reta r conhecendo a sua inclinação (direção), ou seja o valor do ângulo
Para isso associamos um número m, que é chamado de coeficiente angular da reta, tal que:
m = tg θ
O coeficiente angular m também pode ser encontrado conhecendo-se dois pontos pertencentes a reta.
Como m = tg θ, então:
151
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo
Determine o coeficiente angular da reta r, que passa pelos pontos A(1,4) e B(2,3).
Sendo,
x1 = 1 e y1 = 4
x2 = 2 e y2 = 3
Conhecendo o coeficiente angular da reta m e um ponto P0(x0,y0) pertencente a ela, podemos definir sua
equação.
Para isso vamos substituir na fórmula do coeficiente angular o ponto conhecido P0 e um ponto P(x,y)
Exemplo
Determine uma equação da reta que passa pelo ponto A(2,4) e tem coeficiente angular 3.
y - 4 = 3 (x - 2)
y - 4 = 3x - 6
-3x + y + 2 = 0
Coeficiente linear
O coeficiente linear n da reta r é definido como o ponto em que a reta intercepta o eixo y, ou seja o ponto
de coordenadas P(0,n).
y - n = m (x - 0)
152
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo
Sabendo que a equação da reta r é dada por y = x + 5, identifique seu coeficiente angular, sua inclinação e o
m=1
Sendo m = tg θ ⇒ tg θ = 1 ⇒ θ = 45º
O ponto de interseção da reta com o eixo y é o ponto P(0,n), sendo n=5, então o ponto será P(0,5)
Parábola
Considere no plano cartesiano xOy, uma reta d (diretriz) e um ponto fixo F (foco) pertencente ao eixo das
abcissas (eixo dos x), conforme figura abaixo:
Denominaremos PARÁBOLA, à curva plana formada pelos pontos P(x,y) do plano cartesiano, tais que
PF = Pd onde:
PF = distância entre os pontos P e F
PP' = distância entre o ponto P e a reta d (diretriz).
Observando a figura acima, consideremos os pontos: F(p/2, 0) - foco da parábola, e P(x,y) - um ponto
qualquer da parábola. Considerando-se a definição acima, deveremos ter: PF = PP'
153
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Se o vértice da parábola não estiver na origem e, sim, num ponto (x0, y0), a equação acima fica:
(y - y0)2 = 2p(x-x0)
Não é difícil provar que, se a parábola tiver vértice na origem e eixo vertical, a sua equação reduzida
será: x2 = 2py
Analogamente, se o vértice da parábola não estiver na origem, e, sim, num ponto (x0, y0), a equação acima
fica: (x - x0)2 = 2p(y – y0)
Exercícios resolvidos
154
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exercício proposto
Determine a equação da parábola cuja diretriz é a reta y = 0 e cujo foco é o ponto F(2,2).
Resposta: x2 - 4x - 4y + 8 = 0
De acordo com a Geometria Euclidiana, circunferência é o espaço geométrico de uma região circular que
compreende todos os pontos de um plano, localizados a uma determinada distância, denominada raio, de
um ponto chamado centro. Podemos definir o círculo como a região interna da circunferência.
Para calcular o
comprimento de qualquer
circunferência, precisamos
conhecer a medida
do raio (r). Conhecido o
valor do raio, o
comprimento da
circunferência é dado pelo dobro do produto do raio por π(número irracional cujo valor aproximado é 3,14).
Seja C o comprimento da circunferência, temos a seguinte fórmula:
C = 2·π·r
C = π·d
Como já dissemos, o círculo é uma figura plana, por isso podemos calcular sua área. Diferentemente das
áreas limitadas por polígonos, não temos um valor para medidas de base ou de altura em um círculo. Por
isso, para calcular a sua área, utilizamos a única informação que temos a seu respeito: o raio. A área de um
círculo é dada pelo produto de π e do quadrado do raio. Seja A a área do círculo, temos a seguinte fórmula:
A = π·r²
Se o comprimento da circunferência for dado em cm, a área do círculo será dada em cm²; se o comprimento
da circunferência for dado em m, a área do círculo será dada em m² e assim sucessivamente.
155
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
e uma circunferência tem 43,96 cm de comprimento, qual será o tamanho de sua área? (Use π = 3,14)
Solução: Note que não temos a medida do raio da circunferência. Através do comprimento que foi dado,
vamos encontrar a medida do raio. A fórmula do comprimento da circunferência é:
C = 2πr
Assim,
43,96 = 2∙3,14∙r
43,96 = 6,28∙r
r = 43,96/6,28
r = 7 cm
Conhecendo o valor do raio podemos calcular a área.
A=3,14∙72
A=3,14∙49
A=153,86 cm2
Juros
Capital/Principal
Capital ou Principal é o valor de uma quantia em dinheiro "na data zero", ou seja, no inicio de uma aplicação.
Capital poder ser o dinheiro investido em uma atividade econômica, o valor financiado de um bem, ou de
um empréstimo tomado.
O Capital pode ser apresentado sob várias siglas e sinônimos: C (de Capital); P (de Principal); VP (de Valor
Presente); PV (de Present Value); C_0 (Capital Inicial).
Montante
156
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Juros Simples
O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre os
juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente principal é o valor
inicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros. Transformando em fórmula temos:
J=P.i.n
Onde:
J = juros
P = principal (capital)
i = taxa de juros
n = número de períodos
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros
simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão:
M=P.(1+(i.n))
Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.
SOLUÇÃO:
M = P . ( 1 + (i.n) )
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42
Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter
dividido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.
157
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Mais Exemplos:
Determine o valor do capital que aplicado durante 14 meses, a uma taxa de 6%, rendeu juros de R$ 2.688,00.
J=C*i*t
2688 = C * 0,06 * 14
2688 = C * 0,84
C = 2688 / 0,84
C = 3200
Qual o capital que, aplicado a juros simples de 1,5% ao mês, rende R$ 3.000,00 de juros em 45 dias?
J = 3000
i = 1,5% = 1,5/100 = 0,015
t = 45 dias = 45/30 = 1,5
J=C*i*t
3000 = C * 0,015 * 1,5
3000 = C * 0,0225
C = 3000 / 0,0225
C = 133.333,33
O capital é de R$ 133.333,33.
Qual o valor do montante produzido por um capital de R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros simples a
uma taxa mensal de 2%, durante 10 meses?
Capital: 1200
i = 2% = 2/100 = 0,02 ao mês (a.m.)
t = 10 meses
J=C*i*t
J = 1200 * 0,02 * 10
J = 240
M=C+j
M = 1200 + 240
M = 1440
158
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Juros Compostos
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil para cálculos de
problemas do dia a dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos
juros do período seguinte.
1º mês: M =P.(1 + i)
2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i)
3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
M = P . (1 + i)n
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês
para n meses.
Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período:
J=M-P
Exemplo:
Calcule o montante de um capital de R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de
3,5% ao mês.
(use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788)
Resolução:
P = R$6.000,00
t = 1 ano = 12 meses
i = 3,5 % a.m. = 0,035
M=?
159
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log x = log 1,03512 => log x = 12 log 1,035 => log x = 0,1788 => x = 1,509
Qual o montante produzido por um capital de R$ 7.000,00 aplicados a uma taxa de juros mensais de 1,5%
durante um ano?
C: R$ 7.000,00
i: 1,5% ao mês = 1,5/100 = 0,015
t: 1 ano = 12 meses
M = C * (1 + i)t
M = 7000 * (1 + 0,015)12
M = 7000 * (1,015)12
M = 7000 * 1,195618
M = 8369,33
O montante será de R$ 8.369,33.
Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa de 2% ao mês, rendeu em 10 meses a quantia de R$
15.237,43?
M: R$ 15.237,43
t: 10
i: 2% a.m. = 2/100 = 0,02
M = C * (1 + i)t
15237,43 = C * (1 + 0,02)10
15237,43 = C * (1,02)10
15237,43 = C * 1,218994
C = 15237,43 / 1,218994
C = 12500,00
O capital é de R$ 12.500,00.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
BLOCO 1
Também chamadas de álcalis, os ácidos e bases são costumeiramente lembrados como substâncias químicas
perigosas, corrosivos capazes de dissolver metais como se fossem comprimidos efervescentes. Mas a
presença dos ácidos e base na nossa vida cotidiana é bem mais ampla e menos agressiva do que se imagina.
Quem nunca experimentou uma fruta cítrica e teve a sensação de acidez na boca?
Uma das características mais comuns nos ácidos é o sabor azedo. Essa propriedade está presente em
inúmeros alimentos, para descobrir quais são ácidos, é só observar quais deles produzem salivação na boca.
Esse fato se explica pela presença do cátion H+, que diante das células da língua produz mais saliva.
Veja a lista dos ácidos mais comuns e onde podem ser encontrados:
Ácido acético = vinagre.
Ácido tartárico = uva.
Ácido málico = maçã.
Ácido cítrico = laranja, acerola, limão.
Ácido fosfórico = usado na fabricação de refrigerantes à base de cola.
Mas existe uma classe de ácidos muito perigosos, que se forem ingeridos podem levar o indivíduo à morte.
São os chamados ácidos inorgânicos, nesta categoria podemos encontrar o ácido sulfúrico que é encontrado
na solução de bateria dos carros.
Outros exemplos:
Ácido nítrico = usado na identificação de amostras de ouro e ainda na fabricação de dinamites.
Ácido carbônico = sob a forma de gás carbônico, é um dos constituintes das águas minerais gaseificadas e
dos refrigerantes.
Ácido sulfídrico= quando se apresenta na forma de gás sulfídrico tem cheiro de ovo podre.
Ácido cianídrico = pode liberar um gás extremamente tóxico.
Segundo a definição de Arrhenius, ácido é toda substância que se ioniza em presença de água e origina,
como um dos íons, o cátion H+.
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Assim, quando diluído em água, o cloreto de hidrogênio (HCl) ioniza-se e define-se como ácido clorídrico,
como segue:
Já o hidróxido de sódio, a popular soda cáustica, ao se ionizar em água, libera uma hidroxila OH-, definindo-
se assim como base:
Um desdobramento da definição de Arrhenius é a regra de reação para ácidos e bases entre si, segundo a
qual:
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Os ácidos possuem sabor azedo, como o encontrado nas frutas cítricas ricas no ácido de mesmo nome. Já as
base tem gosto semelhante ao do sabão (sabor adstringente). Mas, felizmente, há modos mais eficazes e
seguros de identificar ácidos e bases do que o paladar.
Escala de pH:
Para se medir o pH, usam-se combinações de substâncias indicadoras, como a fenolftaleína, que mudam de
cor conforme a posição da substância testada na escala acima.
Também são usados instrumentos como os medidores de pH por eletrodo indicador, que mede as diferenças
de potencial elétrico produzidas pelas concentrações de hidrogênio e indica o resultado dentro da escala de
0 a 14.
Sais
São compostos capazes de se dissociar na água liberando íons, mesmo em pequena porcentagem, dos quais
pelo menos um cátion é diferente de H3O1+ e pelo menos um ânion é diferente de OH1-.
O mais comum é muito importante para a saúde do corpo humano, o sal de cozinha. E não apenas ele, mas
outros sais tem grande valor na nossa vida cotidiana, o bom desenvolvimento das plantas, por exemplo,
depende de alguns sais presentes no solo. A formação dos dentes e ossos e a produção das hemácias do
sangue também dependem de alguns sais especiais presentes no nosso organismo.
Sais são compostos resultantes da reação de um ácido com uma base, pois todo ácido ao reagir com uma
base produz sempre sal e água.
Exemplos:
NaCl → Na1+ + Cl1-
163
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Óxidos
Óxidos são compostos binários, isto é possuem dois elementos químicos, sendo o oxigênio o elemento mais
eletronegativo.
Então, lembre-se: os óxidos sempre possuem dois elementos químicos e um deles é obrigatoriamente o
oxigênio, o qual aparece do lado direito da fórmula, pois é o átomo mais eletronegativo.
Veja as seguintes substâncias binárias: OF2 , O2F2 elas não são óxidos, pois apesar de possuírem apenas dois
elementos e sendo um deles o oxigênio, o átomo de flúor (F) é o elemento mais eletronegativo e por isso
aparece à direita da fórmula.
Os óxidos ocorrem de forma abundante na Terra e podem ser encontrados nas rochas, na água do mar e no
ar. Atividades extrativas de minérios acontecem no mundo desde a mais remota época. A obtenção industrial
de um óxido pode acontecer por métodos de extração natural, pois muitos deles ocorrem naturalmente. Às
vezes são necessários procedimentos químicos para a obtenção deste compostos que geralmente requerem
altas temperaturas, em reações de decomposição, ou exposição ao oxigênio do ar, em reações de síntese.
Um dos mais importantes óxidos para a indústria é o óxido de cálcio, CaO, conhecido como CAL, que é
obtido pela decomposição térmica do carbonato de cálcio, CaCO3.
Esta reação pode ser descrita assim:
Tal como os sais, a classificação dos óxidos é baseada no comportamento químico destas substâncias:
-Óxido ácido: reage com a água formando ácido, como CO2 e SO3
-Óxido básico: reage com a água formando base, como MgO e CaO.
Reações de óxido-redução
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A oxidação e a redução são fenômenos que ocorrem simultaneamente em reações em que há transferência
de elétrons entre os átomos. Esses fenômenos também são chamados de oxirredução, oxidorredução ou
redox.
A oxidação ocorre quando o elemento perde elétrons e o seu número de oxidação (Nox) aumenta.
Número de Oxidação (Nox), é a carga elétrica que o elemento adquire quando faz uma ligação iônica ou o
caráter parcial que ele adquire quando faz uma ligação predominantemente covalente.
Já a redução ocorre quando o elemento ganha elétrons e o seu número de oxidação diminui.
Veja um exemplo: na formação do sal de cozinha (cloreto de sódio – NaCl), o sódio cede definitivamente um
elétron para o cloro, formando o cátion Na+, ou seja, ele sofre oxidação, pois perdeu um elétron e seu Nox
aumentou de zero para +1. Simultaneamente, o cloro recebe um elétron, formando o ânion cloreto (Cl-), ou
seja, sofre redução, pois seu Nox passou de zero para -1.
Regras para determinação do nox: essas regras ajudam a entender as relações de ganhos e perdas de
elétrons em uma reação de óxido-redução.
Classificação das reações e dos agentes em reações de óxido-redução: se houver uma perda de elétrons
a reação será chamada de reação de oxidação; quando há ganho de elétrons é chamada de reação de
165
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redução.
O elemento que sofre oxidação é chamado de agente redutor e o que sofre redução é chamado de agente
oxidante.
Balanceamento de equações de óxido-redução: a regra é que o número de elétrons perdidos seja igual ao
número de elétrons ganhos.
Embora a quantidade
de elementos está balanceada o número de elétrons não está. Há um núcleo de alumínio no primeiro
membro da reação e um de cobre no segundo; porém, enquanto o cobre recebe 2 elétrons passando de nox
+2 para 0, o alumínio perde 3 elétrons passando de nox 0 para nox +3. Para balancear a equação e igualar o
número de elétrons perdidos e ganhos devemos multiplicar os alumínios por 2 e os cobres por 3 em ambos
os lados, ficando a equação, então:
Estequiometria é a parte da Química que estuda as proporções dos elementos que se combinam ou que
reagem.
A massa atômica indica quantas vezes o átomo considerado é mais pesado que do isótopo C12.
Na natureza, quase todos os elementos são misturas dos seus isótopos com diferentes porcentagens em
massa. Estas porcentagens são chamadas de abundâncias relativas.
166
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A massa atômica do cloro que aparece na Tabela Periódica dos Elementos é a média ponderada destas
massas. O cálculo é feito desta maneira:
Antigamente, utilizava-se o termo "peso atômico". Mas deve-se evitar este termo. Para determinar as massas
atômicas dos elementos é utilizado um aparelho chamado espectrômetro de massas.
É a massa da molécula medida em unidades de massa atômica. Para cálculos estequioméricos, utliza-se a
unidade gramas (g).
O cálculo da massa molecular é feito a partir das massas atômicas dos elementos e a soma dos seus átomos
na molécula.
Assim:
H2O (água)
O = 1x 16 = 16
H=2x1=2
MM = 16 + 2 = 18g ou 18u
Na fórmula da água há 1 átomo de O que é multiplicado pela sua massa atômica (16), resultando em 16.
Há dois átomos de H que é multiplicado pela sua massa atômica (1), resultando em 2.
Estes resultados são somados e desta forma encontramos o valor da massa molecular, 18g ou 18u.
O = 2 x 16 = 32
C = 1 x 12 = 12
MM = 32 + 12 = 44g ou 44u
C12H22O11 (sacarose)
O = 11 x 16 = 176
H = 22 x 1 = 22
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C = 12 x 12 = 144
MM = 176 + 22 + 144 = 342g ou 342u
H=2x1=2
O = 2 x 16 = 32
Mg = 1 x 24 = 24
MM = 2 + 32 + 24 = 58g ou 58u
O = 6 x 16 = 96
N = 2 x 14 = 28
Ca = 1 x 40 = 40
MM = 96 + 28 + 40 = 164g ou 164u
O = 5 x 16 = 80
H = 10 x 1 = 10
O = 4 x 16 = 64
S = 1 x 32 = 32
Cu = 1 x 63,5 = 63,5
MM = 80 + 10 + 64 + 32 + 63,5 = 249,5g ou 249,5u
Fórmula Mínima
Geralmente, as fórmulas mínimas são uma “simplificação matemática” da fórmula molecular. A água
oxigenada pode ser dividida por 2 formando a fórmula mínima acima. Na glicose, a fórmula molecular foi
dividida por 6 e no ácido sulfúrico, não é possível dividir por um número inteiro, então a fórmula mínima fica
igual à fórmula molecular.
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Exemplo:
C: 85,6%
H: 14,4%
Veja como calcular a fórmula centesimal a partir de dados obtidos da análise da substância:
A análise de 0,40g de um certo óxido de ferro revelou que ele possui 0,28g de ferro e 0,12g de oxigênio.
Qual é a sua fórmula centesimal?
MOL
O mol indica quantidade. Um mol de qualquer coisa possui 6,02.1023 unidades. É utilizado em química para
referir-se à matéria microscópica, já que este número é muito grande. Pode ser usado para quantificar
átomos, moléculas, íons, número de elétrons, etc.
O número
6,02.1023 é a
constante de Avogadro.
Exemplos:
O mol indica massa. Um mol de um elemento é igual a sua massa molecular em gramas (g).
Exemplos:
169
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O mol indica volume. Na realidade, indica o volume ocupado por um gás nas CNTP (condições normais de
temperatura e pressão). Para gases que estão nestas condições, o valor de um mol é 22,4L (litros).
CNTP:
T=0°C = 273K
P = 1atm = 760mmHg
Exemplos:
Para gases que não estão nestas condições, utiliza-se a fórmula do Gás Ideal ou Equação de Clapeyron:
P.V = n.R.T
Onde:
P = pressão do gás (atm)
V = volume do gás (L)
n = número de mols do gás (mol)
R = constante de Clapeyron = 0,082atm.L/mol.K
T = temperatura do gás (K)
Os cálculos estequiométricos são cálculos que relacionam as grandezas e quantidades dos elementos
químicos. Utiliza-se muito o conceito de mol nestes cálculos.
É muito importante saber transformar a unidade grama em mol. Pode-se usar a seguinte fórmula:
Onde:
n = número de mol (quantidade de matéria)
m = massa em gramas
MM = massa molar (g/mol)
Exemplo:
170
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Para os cálculos com regra de três, sempre devemos colocar as unidade iguais uma embaixo da outra, como
no exemplo acima.
5 mol = x
x = 3 . 6,02.1023
x = 18,06. 1023 ou
1,806.1024 moléculas
x = 4 x 22,4
x = 89,6L
x = 4 mol
Os cálculos estequiométricos que envolvem uma reação química consiste em encontrar as quantidades de
certas substâncias a partir de dados de outras substâncias que participam da mesma reação química.
Estes cálculos são feitos através de proporções. Deve-se levar em conta os coeficientes, que agora serão
chamados de coeficientes estequiométricos.
Veja alguns passos que podem ser seguidos para montar e calcular:
171
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4. relacionar as grandezas;
5. calcular com regra de três (proporção).
Exemplos:
1) 108g de metal alumínio reagem com o ácido sulfúrico, produzindo o sal e hidrogênio, segundo a reação
abaixo:
x = 588g de H2SO4
Relacionar a massa
de ácido com a
massa de alumínio,
como no 3° passo.
Antes, no 1° e no
2°passo, transformar
o número de mol
em gramas.
O cálculo de pureza
é feito para determinar a quantidade de impurezas que existem nas substâncias.
Estes cálculos são muito utilizados, já que nem todas as substâncias são puras.
Exemplo:
Uma amostra de calcita, contendo 80% de carbonato de cálcio, sofre decomposição quando submetida a
aquecimento, de acordo com a reação:
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x = 358,4g de CaO
Rendimento
É comum, nas reações químicas, a quantidade de produto ser inferior ao valor esperado. Neste caso, o
rendimento não foi total. Isto pode acontecer por várias razões, como por exemplo, má qualidade dos
aparelhos ou dos reagentes, falta de preparo do operador, etc.
O cálculo de rendimento de uma reação química é feito a partir da quantidade obtida de produto e a
quantidade teórica (que deveria ser obtida).
Quando não houver referência ao rendimento de reação envolvida, supõe-se que ele tenha sido de 100%.
Exemplo:
Num processo de obtenção de ferro a partir do minério hematita (Fe2O3), considere a equação química não-
balanceada:
Equação Balanceada:
173
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Dados: 1Fe2O3 =
480g
2Fe = x (m) com 80% de rendimento
MM Fe2O3 = 160g/mol
MM Fe = 56g/mol
x = 268,8g de Fe
Exemplos:
1) Zinco e enxofre reagem para formar sulfeto de zinco de acordo com a seguinte reação:
Dados:
Zn = 30g
S = 36g
174
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Pela proporção da
reação 1mol de Zn
reage com 1mol de S.
Então 0,46mol de Zn
reage com quantos
mols de S?
Pode ser feita uma regra de três para verificar qual regente está em excesso:
x = 0,46mol de S
Então 1mol de Zn precisa de 1mol de S para reagir. Se temos 0,46mol de Zn, precisamos de 0,46mol de S,
mas temos 1,12mol de S. Concluímos que o S está em excesso e, portanto o Zn é o regente limitante.
2) Quantos gramas de ZnS será formado a partir dos dados da equação acima?
x = 44,68g de ZnS
Soluções aquosas
Soluções eletrolíticas
Falamos da propriedade da água dissolver substâncias. Esse fato proporciona algumas peculiaridades às
soluções, por conta do material que é dissolvido. Entre as peculiaridades, a que mais se destaca é a formação
de soluções eletrolíticas. Por exemplo, duas soluções límpidas e incolores, uma com água e açúcar
(sacarose) e a outra com água e sal de cozinha (cloreto de sódio): uma assume características eletrolíticas e a
175
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outra não. A solução com sal de cozinha é condutora de eletricidade, enquanto que a solução com açúcar,
não.
A água não é boa condutora de eletricidade, então o que faz acender a lâmpada é a presença
dos íons (partículas eletricamente positivas e negativas) em solução. Ou seja, os íons transportam as cargas
elétricas de um terminal (eletrodo) para o outro, fechando o circuito. Veja a representação da liberação dos
íons do sal de cozinha (NaCl):
Nessa
representação, o
cloreto de sódio
sólido tem seus íons liberados na forma do cátion Na+ e do ânion Cl-, na presença de água. Isso não ocorre
com a sacarose (C12H22O11), pois suas moléculas em água não formam íons:
A água que
bebemos
contém concentrações (quantidades) pequenas de muitos íons, e a maioria deles resulta da dissolução de
materiais sólidos presentes nos ambientes com os quais a água interage.
A dissolução do sólido iônico resulta da separação dos íons de cargas opostas do material, sendo a água
especialmente boa para dissolver os compostos iônicos, pois cada molécula de água tem uma extremidade
positivamente carregada e outra negativamente carregada.
Assim, uma molécula de água pode atrair um íon positivo (cátion) à sua extremidade negativa e outro
negativo (ânion) à sua extremidade positiva. Quando um composto iônico se dissolve em água, cada ânion
fica cercado por moléculas de água com suas extremidades positivas em direção ao íon, e cada cátion fica
cercado por extremidades negativas de diversas moléculas de água.
Soluções boas condutoras de eletricidade são consideradas eletrólitos fortes, pois têm uma grande
quantidade de íons livres em solução. Outras substâncias, que se solubilizam apenas parcialmente - e que,
portanto, são más condutoras -, são eletrólitos fracos. Então, nem todos os compostos iônicos dissolvem-se
completamente em água.
Reações de precipitação
Os eletrólitos das soluções aquosas possibilitam a ocorrência de muitas reações químicas. Isso é muito
importante, pois esses tipos de reações ocorrem na terra, nas plantas e nos animais.
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Por exemplo: alguns testes sobre a natureza química dos solos são realizados por meio de reações de
precipitação. Estas são reações em que íons de duas substâncias (ou mais) consideradas eletrólitos fortes
reagem entre si, formando um composto insolúvel (pouquíssimo solúvel) em água.
Uma solução incolor de iodeto de potássio (KI), ao interagir com uma outra, de nitrato de chumbo
(Pb(NO3)2, forma um precipitado amarelo de iodeto de chumbo PbI2. Pode-se representar essa reação de
precipitação com as seguintes equações:
Os termos (aq.)
na equação
significam
"aquoso"; e o (s),
"sólido". Logo, a
substância KI, por exemplo, é representada com íons K+ e I- em solução. Os outros componentes da
equação, o reagente (Pb(NO3)2 e o produto formado KNO3, também devem ser representados nas suas
respectivas formas iônicas. Mas o outro composto formado, o PbI2, é praticamente insolúvel, e por esse
motivo é representado como PbI2(s).
Reações de neutralização
Como vimos com a sacarose, existem soluções compostas por substâncias moleculares, ou seja, não iônicas.
Quando um composto molecular se dissolve em água, normalmente as moléculas ficam intactas; em outras
palavras, não são eletrólitos.
Entretanto, existem algumas substâncias moleculares quando se formam íons em soluções aquosas. As mais
importantes delas são as ácidas. Podem, então, existir reações que ocorrem em soluções com materiais
ácidos. Nesses casos, destacam-se as reações ácido-base, mais conhecidas como reações de neutralização.
Por exemplo, a reação entre ácido nítrico (HNO3) e hidróxido de potássio (KOH):
Nessa reação
não há a
formação de
precipitado, mas,
sim, de nitrato
de potássio (KNO3), um sal iônico, portanto solúvel, e água. Para verificar essas reações utilizam-se
indicadores ácido-base.
Concentrações
O comportamento das soluções depende também das suas concentrações. Os químicos adotam o
termo concentração para designar a quantidade de soluto dissolvida em uma determinada quantidade de
solvente ou solução. Quanto maior a quantidade de soluto, maior a concentração da solução.
177
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As concentrações, em termos de cálculos, podem ser determinadas em gramas por litro (g/L) - denominada
concentração comum -, ou em quantidade de matéria (mol) - determinada em mol por litro (mol/L). Existem
também outras formas de determinar as concentrações, como, por exemplo, em partes por milhão (ppm),
em porcentagem, etc.
Mas este artigo abordará as concentrações em g/L e mol/L, pois são as mais estudadas no ensino médio.
A concentração comum (g/L) expressa a massa de soluto em 1 litro de solução. Por exemplo, se
adicionarmos 4 g de sulfato de sódio (Na2SO4), um sal utilizado em diversas aplicações industriais, em 100
ml de água, teremos uma concentração desse sal igual a 40 g/L. Veja o raciocínio matemático:
4 g (sal) ---------------- 0,1 L (conversão de 100mL de água em litros)
X g (sal)----------------- 1 L
X = 4 / 0,1
Para tanto, deve-se começar tendo em mãos a massa molar dos elementos que compõem o sulfato de
sódio, ou seja, a massa equivalente a um mol do sal. Essa massa é determinada a partir dos valores das
massas dos átomos do sulfato de sódio (Na2SO4) encontradas na Tabela Periódica dos elementos químicos.
De acordo com a fórmula Na2SO4 tem-se: (23 x 2) + 32 + (16 x 4) = 142, ou seja 142 g/mol.
Agora podemos determinar a concentração em mol/L das 4 g de sulfato de sódio em 100 mL de água. A
partir da concentração 40 g/L podemos descrever o raciocínio matemático:
40 g.............................................. X mol
X = 40/142
X = 0,28 mol/L
Como X corresponde a mol/L, ou seja, à molaridade (M), e 40 g é a quantidade do sal em 1 L de solução,
temos: M = 0,28 mol/L
178
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Os cálculos envolvendo as concentrações são importantíssimos, pois servem de base para o químico (ou
outro profissional afim) calcular as quantidades envolvidas nas reações químicas em soluções. E servem,
principalmente, para esses profissionais: (a) saberem quanto devem utilizar de materiais (reagentes), a fim de
que não ocorram desperdícios, e (b) preverem as quantidades dos materiais a serem produzidos.
Dispersões
Dispersões são sistemas nos quais uma substância está disseminada, sob forma de pequenas partículas,
numa segunda substância. A primeira substância chama-se disperso ou fase dispersa e a segunda substância
chama-se dispersante ou fase de dispersão.
É feita de acordo com o tamanho médio das partículas dispersas. Veja tabela abaixo.
Na tabela acima
observa-se que as
partículas dispersas de
soluções coloidais são
maiores que as da
solução, mas menores
que as de suspensão.
Exemplos de soluções
coloidais são o leite
(pois consiste em
glóbulos de gordura
dispersos em água), a neblina (líquido em um gás) e a espuma (gás em um líquido).
Michael Faraday em 1834 , mostrou que uma transformação química podia ser causada pela passagem de
eletricidade através de soluções aquosas de compostos químicos. G. J. Stoney, 40 anos mais tarde, com base
nas experiências de Faraday propôs a existência de partículas de eletricidade a que chamou elétrons.
Tubo de descarga de Gás: feitos de vidros, totalmente vedados e com um eletrodo em cada extremidade.
Descarga elétrica: quando uma alta voltagem é aplicada através do eletrodo dentro do tubo de vidro e o ar é
parcialmente removido, observa-se uma descarga elétrica e o ar residual de dentro do tubo ilumina-se.
179
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Quando todo o gás é virtualmente removido, não havia mais produção de luz, mas a descarga elétrica
continua.
Raios Catódicos: se for colocado entre os eletrodos um anteparo coberto com sulfeto de zinco fluorescente
este brilha do lado que está voltado para o eletrodo negativo. Isto demonstra que a descarga se origina no
cátodo(eletrodo negativo) e flui para o ânodo (eletrodo positivo). Características dos raios catódicos:
Partículas Fundamentais: são partículas energéticas, carregadas negativamente que fazem parte da
constituição de todas as substâncias conhecidas.
Ampere: quantidade de carga elétrica que passa por um determinado ponto de um fio.
Em 1859 descobriu-se os raios catódicos. Surgiam então, técnicas mais controladas no estudo de passagem
de corrente, com a substituição de líquidos por gases a baixa pressão. Se em um tubo fechado (ampola de
vidro), contendo dois eletrodos e tendo uma das paredes revestidas com o elemento químico fósforo, for
feito vácuo, ao se aplicar uma diferença de potencial elétrico entre os eletrodos, aparecerá uma
fluorescência. Esta fluorescência é causada pelos raios catódicos.
Mas John Thomson se debatia quanto à questão:
Os experimentos de Thomson foram realizados tendo como "pano de fundo" a controvérsia da natureza
dos raios catódicos e todo o seu estudo foi realizado para esclarecer esta dúvida.
Em 1897, Thomson decidiu medir a razão carga/massa dos raios catódicos para identificar se os raios
catódicos eram íons (se a razão carga/massa não fosse constante) ou se eram uma partícula carregada
universal (se a razão carga/massa fosse constante para todos os gases).
Thomson, em sua famosa experiência de 1897, utilizando um tubo de raios catódicos (Fig.1) para
aplicar simultaneamente campos elétricos e magnéticos aos raios, comprovou que os raios catódicos se
comportavam como partículas negativamente carregadas. Equilibrando o efeito do campo elétrico e o do
campo magnético, e com as leis básicas da eletricidade e do magnetismo, Thomson pôde calcular a razão
entre a carga e a massa das partículas no feixe. Demonstrou que a razão numérica entre carga elétrica (e) e
massa (m) - em unidades do Sistema Internacional (SI), Coulomb (C) para a carga e quilograma (Kg) para a
massa - era da ordem de 1,7 x 1011 para todas as substâncias por ele investigadas. Assim, concluiu que os
raios catódicos eram constituídos por partículas carregadas e que essas partículas (depois chamadas de
elétrons) eram universais, ou seja, eram as mesmas, qualquer que fosse a substância investigada.
Thomson não pôde, porém, determinar, independentemente uma da outra, a massa e a carga.
180
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Coube ao físico americano Robert Andrews Millikan (1868-1953) medir a carga de um elétron e assim
possibilitar o cálculo de sua massa.
O fato de serem produzidos raios consistindo de partículas negativamente carregadas num tubo de
descargas de gás sugeria que raios de partículaspositivamente carregadas também eram formados. Raios
deste tipo foram descobertos por Goldstein (1886), que observou que, quando o cátodo de um tubo de
descargas era perfurado por pequenos buracos, pontos de luz apareciam atrás dele. Ele concluiu que a
luminosidade era causada por raios que se moviam em direção contrária às dos raios catódicos e passavam
através dos furos no cátodo. Estes raios, que eram chamados de raios canal, eram desviados por campos
elétricos e magnéticos, e a partir das direções das deflexões conclui-se que eles consistiam de partículas
positivamente carregadas. Tal resultado deu origem à expressão geralmente mais usada de raios positivos.
Na ausência de informações sobre a maneira pela qual as cargas positivas e negativas estão distribuídas
num átomo, Thomson propôs um modelo simples. Em 1904, Thomson propôs seu modelo atômico, mais
conhecido como “pudim de passas”. Thomson admitia que o átomo era uma esfera com carga positiva
distribuída de forma uniforme, não tendo um caráter de partícula. Dessa forma, os elétrons, fazendo papel
das passas, ficavam espalhados dentro dessa “massa positiva” e permeável, daí o nome do modelo, com o
qual não era mais necessário o átomo ter muitos elétrons para dar conta da massa, sendo, então, o material
positivo a parte mais massiva do átomo.
O físico neozelandês Ernest Rutherford (1871 - 1937) realizou em 1911 um conjunto de experiências e
chegou à conclusão que o átomo é constituído por um núcleo positivo pequeno envolto por uma região
mais extensa, na qual está dispersa a carga negativa. A experiência mais relevante se baseou na
radioatividade: consistia em lançar contra uma finíssima lâmina de ouro, um feixe de partículas de carga
positiva emitidas por uma fonte radioativa. Certos elementos são radioativos e emitem radiação de alta
energia em forma de partículas alfa, partículas beta e raios gama.
Rutherford lançou um fluxo de partículas alfa emitidas pelo elemento radioativo Polônio (Po) em finas
lâminas de ouro, e observou que as partículas alfa atravessavam a lâmina em linha reta, mas algumas se
desviavam e se espalhavam. Daí você pode se perguntar: Por que somente algumas partículas se desviam
enquanto as outras atravessam a lâmina em linha reta?
Essas partículas têm massa quase dez mil vezes maior do que a dos elétrons, e sua velocidade é da ordem de
um décimo da velocidade da luz. Quase todas as partículas alfa conseguem atravessar a lâmina, como se ela
fosse transparente, sendo interceptadas mais a frente por uma placa fluorescente. A chegada de cada
partícula alfa à placa provoca um pequeno lampejo de luz.
Através dessas observações, Rutherford criou seu próprio modelo atômico que acabou substituindo o
181
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
modelo de Thompson.
Um átomo é composto por um pequeno núcleo carregado positivamente e rodeado por uma grande
eletrosfera, que é uma região envolta do núcleo que contém elétrons. No núcleo está concentrada a carga
positiva e a maior parte da massa do átomo.
Modelo de Rutherford-Bohr
O estudo dos espectros eletromagnéticos dos elementos pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962)
permitiu adicionar algumas observações ao modelo
de Rutherford, por isso, o seu modelo passou a ser conhecido como modelo atômico de Rutherford-Bohr:
Só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos nos quais ele se apresenta com valores de energia
múltiplos inteiros de um fóton.
É importante ressaltar que as ideias sobre o que compõe o átomo continuam progredindo e existem outros
modelos atômicos mais modernos. Entretanto, o modelo de Rutherford-Bohr explica a grande maioria dos
comportamentos do átomo que estudados.
Leis de Newton
Na natureza, todos os corpos apresentam certa resistência a alterações no seu estado de equilíbrio, seja ele
estático ou dinâmico. Imagine que você tenha que chutar duas bolas no chão: uma de vôlei e uma de
boliche. É claro que a bola de vôlei será chutada com mais facilidade que a de boliche, que apresenta uma
maior resistência para sair do lugar. maior tendência em se manter em equilíbrio, ou ainda, apresenta uma
maior inércia. Define-se inércia como uma resistência natural dos corpos a alterações no estado de
equilíbrio.
A primeira lei de Newton trata dos corpos em equilíbrio e pode ser enunciada da seguinte forma:
182
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
retilíneo uniforme.
Um objeto que repousa sobre sua mesa, por exemplo, está em equilíbrio estático, e tende a ficar permanecer
nessa situação indefinidamente. No caso dos corpos em movimento, podemos imaginar um carro em
movimento que freia bruscamente. Os passageiros serão lançado para frente porque tendem a continuar em
movimento.
Força Resultante
No nosso cotidiano, é impossível encontrar um corpo sobre o qual não existam forças atuando - só o fato de
vivermos na Terra já nos submete à força da gravidade. Muitas vezes essas forças se anulam, o que resulta
em equilíbrio. Em outros casos, a resultante das forças que atuam sobre um corpo é diferente de zero.
Quando isso ocorre, o resultado dessas forças é definido como força resultante.
A determinação de uma força resultante não é algo simples, já que se trata de uma grandeza vetorial. Isso
quer dizer que uma força é definida por uma intensidade, uma direção e um sentido. Como a força se trata
de uma grandeza vetorial, não podemos determinar a força resultante utilizando a álgebra com que estamos
acostumados. É preciso conhecer um processo matemático chamado de soma vetorial.
A seguir, estão ilustrados os casos mais conhecidos para a determinação da força resultante de duas forças
aplicadas em um corpo.
183
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Quando diversas forças atuam em um corpo e elas não se anulam, é porque existe uma força resultante. E
como se comporta um corpo que está sob a ação de uma força resultante? A resposta foi dada por Newton
na sua segunda lei do movimento. Ele nos ensinou que, nessas situações, o corpo irá sofrer uma aceleração.
Força resultante e aceleração são duas grandezas físicas intimamente ligadas.
A segunda lei de Newton também nos mostra como força e aceleração se relacionam: essas duas grandezas
são diretamente proporcionais. Isso quer dizer que, se aumentarmos a força, a aceleração irá aumentar na
mesma proporção. A relação de proporção entre força e aceleração é mostrada a seguir.
Eletrostática
A eletrostática é a parte da Física responsável pelo estudo das cargas elétricas em repouso.
Dois são os métodos de eletrização mais conhecidos e utilizados: eletrização por condução (ou por "fricção")
e eletrização por indução.
A eletrização por condução se dá quando friccionamos entre si dois materiais isolantes (ou condutores
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
isolados) inicialmente descarregados, ou quando tocamos um material isolante (ou condutor isolado)
inicialmente descarregado com outro carregado. Durante o contato, ocorre uma transferência de elétrons
entre os dois objetos.
Suponhamos que carreguemos desta forma um bastão de borracha atritado com pele de animal e uma
barra de vidro atritada com seda. Se suspendermos o bastão de borracha por um fio isolante e dele
aproximarmos outro bastão de borracha carregado da mesma maneira, os bastões repelir-se-ão. O mesmo
acontece para dois bastões de vidro, nesta situação.
Por outro lado, se aproximarmos a barra de vidro ao bastão de borracha, ocorrerá uma atração entre eles.
Evidentemente constatamos que a borracha e o vidro têm estados de eletrização diferentes, e pela
experiência concluímos que;
Franklin convencionou que a carga da barra de vidro é positiva e a do bastão de borracha é negativa.
Assim, todo o corpo que for atraído pelo bastão de borracha (ou repelido pelo bastão de vidro) deve ter
carga positiva. Da mesma forma, todo o corpo que for repelido pelo bastão de borracha (ou atraído pela
barra de vidro) deve ter carga negativa.
No processo de eletrização por indução não há contato entre os objetos. Através da indução podemos
carregar os materiais condutores mais facilmente. Vejamos como isto é possível.
Suponhamos que aproximemos o bastão de borracha (carga negativa) de uma barra metálica isolada e
inicialmente neutra. As cargas negativas (elétrons) da barra metálica serão repelidas para regiões mais
afastadas e a região mais próxima ao bastão ficará com um excesso de cargas positivas. Se agora ligarmos
um fio condutor entre a barra metálica e a terra (o que chamamos de aterramento), os elétrons repelidos
pelo bastão escaparão por este fio, deixando a barra carregada positivamente tão logo o fio seja removido.
Se, por outro lado, fosse a barra de vidro (carga positiva) aproximada da barra metálica, esta última ficaria
carregada negativamente, pois pelo fio condutor aterrado seriam atraídos elétrons da terra.
Observe que, em ambos os processos, os bastões carregados (indutores) não perderam carga alguma.
Situação parecida ocorre quando aproximamos objetos carregados dos isolantes. Novamente as cargas
serão separadas no material isolante e, uma vez afastado o bastão indutor, as cargas não retornam às suas
posições iniciais devido à pouca mobilidade que possuem no isolante. Dizemos então que o isolante ficou
polarizado. O fenômeno da polarização será estudado em detalhes quando estudarmos os dielétricos.
185
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Os semicondutores apresentam-se agora como uma terceira classe de materiais. Suas propriedades de
condução elétrica situam-se entre as dos isolantes e dos condutores. Os exemplos mais típicos são o silício e
o germânio, responsáveis pelo grande desenvolvimento tecnológico atual na área da microeletrônica e na
fabricação de microchips.
Por fim, temos os supercondutores, materiais que a temperaturas muito baixas não oferecem resistência
alguma a passagem de eletricidade. Foi descoberta 1911 por Kammerlingh ONNES que a observou no
mercúrio sólido (à temperatura de 4,2 K). Atualmente já estão sendo desenvolvidas ligas (à base de Nióbio)
que sejam supercondutoras a temperaturas mais elevadas facilitando, assim, sua utilização tecnológica
Cargas em movimento
O movimento das cargas elétricas ocorre quando existe uma diferença de potencial elétrico entre dois
pontos, seguindo as cargas do ponto de maior para o de menor potencial. Esta diferença de potencial
elétrico é o que cotidianamente chamamos de voltagem, por ela ser medida em Volts.
Corrente elétrica
A corrente elétrica é causada por uma diferença de potencial elétrico (d.d.p./ tensão). E ela é explicada pelo
conceito de campo elétrico, ou seja, ao considerar uma carga A positiva e outra B, negativa, então há um
campo orientado da carga A para B. Ao ligar-se um fio condutor entre as duas os elétrons livres tendem a se
deslocar no sentido da carga positiva, devido ao fato de terem cargas negativas, lembrando que sinais
opostos são atraídos.
Desta forma cria-se uma corrente elétrica no fio, com sentido oposto ao campo elétrico, e este é
chamado sentido real da corrente elétrica. Embora seja convencionado que a corrente tenha o mesmo
sentido do campo elétrico, o que não altera em nada seus efeitos (com exceção para o fenômeno chamado
Efeito Hall), e este é chamado o sentido convencional da corrente.
Para calcular a intensidade da corrente elétrica (i) na secção transversal de um condutor se considera o
módulo da carga que passa por ele em um intervalo de tempo, ou seja:
Considerando |Q|=n e
A unidade adotada para a intensidade da corrente no SI é o ampère (A), em homenagem ao físico francês
Andre Marie Ampère, e designa coulomb por segundo (C/s).
186
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Suponhamos um condutor pelo qual esteja circulando corrente elétrica. Seja S uma secção transversal do
condutor e a carga elétrica que passa por essa secção durante o intervalo de tempo . Por definição,
chama-se intensidade média de corrente elétrica durante o intervalo de tempo ao quociente, por ,
da carga elétrica que passa pela secção durante esse intervalo de tempo. Representaremos por . Então,
A intensidade média da corrente elétrica não é sempre a mesma, em geral. Exemplo: durante 5 segundos
pode passar, por uma secção transversal uma carga elétrica igual a 10 (avaliada com certa unidade); a
intensidade média de corrente será então 2 (avaliada com certa unidade). Mas, durante os 5 segundos
seguintes, pela mesma secção transversal pode passar uma carga elétrica diferente de 10, por exemplo, 30; a
intensidade média de corrente, nesses outros 5 segundos será então 6, e não mais 2.
Se a intensidade média é constante para qualquer valor do intervalo de tempo , significa que a
carga que passa por uma secção transversal do condutor é diretamente proporcional ao tempo de
passagem. . Neste caso chamamos simplesmente intensidade de corrente, em vez de intensidade média.
Sendo t o tempo necessário à passagem da carga q, e i a intensidade de corrente, temos:
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Eletromagnetismo
Os geradores são aplicações práticas dos princípios do eletromagnetismo. Basicamente, um gerador elétrico
é constituído de um enrolamento de fio condutor e de um imã. A diferença de potencial é gerada pelo
movimentação dos pólos norte e sul do campo magnético em relação ao enrolamento, conforme a figura
que segue:
No gerador, fornecemos movimento às partes móveis para que a rotação do enrolamento elétrico entre os
pólos magnéticos produza uma diferença de potencial e uma corrente elétrica.
No motor elétrico, formado pelos mesmos componentes, fornecemos uma diferença de potencial e uma
corrente, obtendo como resultado o movimento fornecido pelo motor.
Radiação eletromagnética
Praticamente toda a troca de energia entre a Terra e o resto do Universo ocorre por radiação, que é a única
que pode atravessar o relativo vazio do espaço. O sistema Terra-atmosfera está constantemente absorvendo
radiação solar e emitindo sua própria radiação para o espaço. Numa média de longo prazo, as taxas de
absorção e emissão são aproximadamente iguais, de modo que o sistema está muito próximo ao equilíbrio
radiativo. A radiação também tem papel importante na transferência de calor entre a superfície da Terra e a
atmosfera e entre diferentes camadas da atmosfera.
A radiação eletromagnética pode ser considerada como um conjunto de ondas (elétricas e magnéticas)
cuja velocidade no vácuo é
As várias formas de radiação, caracterizadas pelo seu comprimento de onda, compõem o espectro
eletromagnético
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O comprimento de onda é a distância entre cristas (ou cavados) sucessivos; a freqüência de onda é o
número de ondas completas (1 ciclo) que passa por um dado ponto por unidade de tempo. A relação
entre l , u e a velocidade c é
Embora o
espectro
eletromagnético seja contínuo, nomes diferentes são atribuídos a diferentes intervalos porque seus efeitos,
geração, medida e uso são diferentes. Por exemplo, as células da retina do olho humano são sensíveis a uma
radiação num estreito intervalo chamado luz visível, com
entre
A maior parte da energia radiante do sol está concentrada nas partes visível e próximo do visível do
espectro. A luz visível corresponde a ~43% do total emitido, 49% estão no infravermelho próximo e 7% no
ultravioleta. Menos de 1% da radiação solar é emitida como raios X, raios gama e ondas de rádio.
Apesar da divisão do espectro em intervalos, todas as formas de radiação são basicamente iguais.
Quando qualquer forma de energia radiante é absorvida por um objeto, o resultado é um crescimento do
movimento molecular e um correspondente crescimento da temperatura.
Noções de Instrumentação
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Amperímetro analógico
Para medir a corrente em um circuito elétrico deve-se ligar o amperímetro em série com o circuito. Contudo,
esse aparelho possui em seu interior uma resistência elétrica, cujo valor deve ser acrescido à resistência do
circuito ao realizar os cálculos. De forma a tornar desprezível a resistência do amperímetro, esse aparelho é
construído com a menor resistência interna possível.
A medida de voltagem
A medida de voltagem é mais conhecida como medida de diferença de potencial. Para realizar a medida de
voltagem utilizamos aparelhos denominados de voltímetros. Assim como no caso do amperímetro, existem
também voltímetros analógicos e digitais. Ambos são muito utilizados, porém o voltímetro digital possibilita
a melhor leitura do valor da ddp como também a certeza do que está sendo medido.
Voltímetro analógico
Para medir a ddp entre as extremidades de um resistor, por exemplo, deve-se conectar o voltímetro em
paralelo com a resistência. Esse aparelho, assim como o amperímetro, também possui uma resistência
interna. Assim é desejável que a corrente que se desvia para o voltímetro seja a menor possível, de forma
que ao introduzir o voltímetro a perturbação causada seja desprezível. Sendo assim, os voltímetros são
construídos com uma resistência interna mais alta possível.
A medida de resistência
Para medir o valor de uma resistência utiliza-se um aparelho chamado ohmímetro, no entanto, se tivermos
um multímetro, aparelho que tem capacidade de medir valores de voltagem, corrente elétrica e também a
resistência do resistor, podemos medir o valor da resistência de um resistor. Para realizar essa medida basta
conectar as ponteiras do multímetro nos terminais do resistor.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Multímetro
Os hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados unicamente por carbono e hidrogênio unidos
tetraedricamente por ligação covalente assim como todos os compostos orgânicos. Os hidrocarbonetos são
a chave principal da química orgânica, visto que são eles que fornecem as coordenadas principais para
formação de novas cadeias e posteriormente para nomenclatura de outros compostos. Praticamente todos
os alcanos ocorrem naturalmente no gás natural do petróleo, enquanto que os mais pesados, alcenos e
alcinos são obtidos no processo de refinação. Podendo também ser sintetizados em laboratório.
O estado físico dos hidrocarbonetos geralmente é gasoso ou líquido, em virtude de seu baixo ponto de
fusão e ebulição, por ser apolares, e unidos por forças intermoleculares fracas, são pouco solúveis em água,
ou seja, seu grau de dissociação é bastante pequeno até que seja atingido o equilibrio. Os hidrocarbonetos
são subdivididos em alcanos, alcenos e alcinos, podendo ser de cadeias ramificadas, cíclicos ou acíclicos,
saturados e insaturados e aromáticos onde:
Saturados: possuem somente ligações simples (σ) sendo saturado de hidrogênios (alcanos e cicloalcanos).
Insaturados: possuem ligações duplas (σπ) e triplas (σππ), em função destas subtrai-se o hidrogênio (alcenos
e Alcinos).
Hidrocarbonetos Saturados
191
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Alcanos
São hidrocarbonetos saturados que possuem somente simples ligações em sua formula estrutural. O alcano
mais comum é o metano CH4, estando presente não só no gás natural, mas também é produzido
bioquimicamente pelos seres microscópicos e que podem viver na ausência de oxigênio, denominados
“metanogênios”, presentes no estômago de bovinos e em lamas oriundas de valas oceânicas, sendo capazes
de produzir o metano a partir do CO2 e do H2. Exemplos de alcanos:
2 Etano CH3CH2
10 Decano CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3
Exemplos de alcanos:
3-metil-heptano
Cicloalcanos
São hidrocarbonetos cíclicos,
de cadeia fechada, cujo
os átomos de carbono estão
ligados entre si e mais 2
hidrogênios.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Hidrocarbonetos insaturados
Alcenos
São hidrocarbonetos insaturados que além das ligações simples possuem também ligações duplas, os mais
importantes alcenos são o eteno e o propeno, e a produção mundial desses compostos supera os 20
milhões de toneladas anuais. O eteno é encontrado na natureza como hormônio de plantas, além de estar
presente em frutas e legumes, está ligado ao amadurecimento destes. O eteno é usado na síntese de
diversos outros compostos químicos tais como etanol, óxido de etileno e acetona. É importante lembrar que
todo alceno que possui 2 duplas ligações em seu esqueleto carbônico é chamado de alcadieno.
Alcinos
Etino ou Acetileno
São hidrocarbonetos insaturados que possuem ligações triplas (σ π π), em sua fórmula estrutural. O mais
simples dos alcinos é o etino conhecido como acetileno amplamente utilizado na síntese de
anticoncepcionais, antifúngicos e como gás de combustão em maçaricos, é um gás altamente inflamável e
com odor de alho. Ocorrem naturalmente como hormônios, porém a maioria é sintetizada a partir do
petróleo.
Hidrocarbonetos Aromáticos
São cíclicos e insaturados, que possuem três duplas ligações alternadas no esqueleto carbônico, cujo
representante principal e mais simples é o benzeno. Esses hidrocarbonetos são chamados de aromáticos em
virtude de possuírem um odor pronunciável. O benzeno é um produto químico muito utilizado, mas vem
sendo substituído por outros com devido a seu potencial cancerígeno.
Nomenclatura dos
hidrocarbonetos
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Um sistema antigo de nomenclatura sugere que a posição 1,2(o – orto), 1,3(m- meta e 1,4(p-para)
acompanhada de xileno, é usada em função da adição de 2 grupos metila ao anel benzênico
origina isômeros (compostos idênticos só diferindo na posição dos radicais).
Noções de Metrologia
Metrologia é a ciência que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer
que seja a incerteza em qualquer campo da ciência ou tecnologia.
Nesse sentido a Metrologia Científica e Industrial é uma ferramenta fundamental no crescimento e inovação
tecnológica, promovendo a competitividade e criando um ambiente favorável ao desenvolvimento científico
e industrial em todo e qualquer país.
194
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A metrologia dimensional é um ramo da metrologia que estuda e analisa a metodologia dos sistemas de
medição de comprimento, compreendendo assim a determinação da distância mais curta entre dois pontos.
Tem como objetivo principal proteger o consumidor tratando das unidades de medida, métodos e
instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais obrigatórias.
Com a supervisão do Governo, o controle metrológico estabelece adequada transparência e confiança com
base em ensaios imparciais. A exatidão dos instrumentos de medição garante a credibilidade nos campos
econômico, saúde, segurança e meio ambiente.
No Brasil as atividades da Metrologia Legal são uma atribuição do Inmetro, que também colabora para a
uniformidade da sua aplicação no mundo, pela sua ativa participação no Mercosul e na OIML - Organização
Internacional de Metrologia Legal.
A Organização Internacional de Metrologia Legal - OIML descreve o termo "Metrologia Legal" como: parte
da metrologia que trata das unidades de medida, métodos de medição e instrumentos de medição em
relação às exigências técnicas e legais obrigatórias, as quais têm o objetivo de assegurar uma garantia
pública do ponto de vista da segurança e da exatidão das medições.
A Metrologia Legal permeia todos os níveis e setores de uma nação desenvolvida. Durante a sua vida as
pessoas terão contato com um grande número de instrumentos de medição sujeitos a regulamentação
metrológica. As ações governamentais no campo da metrologia legal objetivam, por um lado, a
disseminação e manutenção de medidas e unidades harmonizadas, e de outro, a supervisão e exame de
instrumentos e métodos de medição.
Em geral os instrumentos de medição estão na posse de um dos parceiros comerciais o qual tem acesso a
eles, mesmo na ausência da outra parte. É tarefa do controle metrológico estabelecer adequada
transparência e confiança entre as partes, com base em ensaios imparciais.
Atualmente, não só atividades no campo comercial são submetidas à supervisão governamental em países
desenvolvidos, mas também, instrumentos de medição usados em atividades oficiais, no campo médico, na
fabricação de medicamentos, bem como nos campos de proteção ocupacional, ambiental e da radiação são
submetidos, obrigatoriamente, ao controle metrológico.
A exatidão das medições assume especial importância no campo médico face aos vários efeitos negativos
que resultados de menor confiabilidade podem provocar à saúde humana.
A credibilidade da medição é, portanto, especialmente necessária onde quer que exista conflito de interesse,
ou onde quer que medições incorretas levem a riscos indesejáveis aos indivíduos ou à sociedade.
A Metrologia Legal originou-se da necessidade de assegurar um comércio justo e uma de suas mais
importantes contribuições para a sociedade é o seu papel de aumentar a eficiência no comércio mantendo a
confiança nas medições e reduzindo os custos das transações.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A Metrologia Legal atende tais necessidades principalmente através de regulamentos, os quais são
implementados para assegurar um nível adequado de credibilidade nos resultados de medição. Em todas as
suas aplicações, a metrologia legal cobre unidades de medida, instrumentos de medição e outras matérias
tais como os produtos pré-medidos.
Com respeito aos instrumentos de medição, a Metrologia Legal especifica exigências de desempenho,
procedimentos de verificação, meios para assegurar a correta utilização das unidades de medida legalmente
definidas e prescrições obrigatórias para uso.
Medição
Medir é a procedimento experimental pelo qual a valor momentâneo de uma grandeza física (grandeza a
medir) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão.
A grandeza a medir (GM) pode ser a temperatura, força, umidade, intensidade luminosa, ph, comprimento,
etc.. A operação de medição é realizada, genericamente, por um sistema de medição (SM). Vários outros
nomes podem ser encontrados para designar um sistema de medição, tais como máquina de medir,
medidor, instrumento de medição, aparelho de medir, equipamento de medição.
Obtém-se da operação instrumentada a chamada leitura (L) que é caracterizado por um número (lido pelo
operador) acompanhado da unidade da leitura.
A medida (M) é o valor correspondente ao valor momentâneo da grandeza a medir no instante da leitura e
obtida pela aplicação dos parâmetros do sistema de medição a leitura e expressa por um número
acompanhado da unidade da grandeza a medir. A transformação da leitura em medida obedece os
parâmetros do SM que podem ser:
fator multiplicativo;
fator aditivo;
fator aditivo e multiplicativo;
correlação analítica;
correlação tabular;
correlação gráfica e outros.
Resumindo:
M=L. (parâmetros do SM) + unidade da medida
Para o leigo o trabalho de medição, terminaria aqui, afinal, tem-se um número. Para que se pudesse afirmar
isto duas hipóteses deveriam ser cumpridas:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Efetivamente nada é perfeito, portanto o trabalho de medição não termina neste ponto, na verdade, aqui se
inicia o trabalho do metrologista. 0 metrologista deve chegar à informação denominada resultado de
medição (RM).
RM = RB ± IM (unidade da GM)
Por exemplo de uma série de medidas 50,40; 50,37; 50,39; 50,38; 50,36 mm, após um tratamento destes
dados, que podem ser de um comprimento qualquer, o resultado seria:
RM = 50,38 ± 0,04 mm
Como se pode ver não se sabe a valor exato da medida. Só se pode afirmar que o resultado, com uma certa
probabilidade, estará entre 50,34 e 50,42mm.
No RM o RB pode ser uma medida, a media de várias medidas, um valor calculado em função de diversas
outras grandezas medidas, etc.
A IM, caracterizada pelo limite superior e inferior em relação ao RB, aparece devido a:
erros dos SMs;
variação da GM;
Em função dos erros dos SMs e da variação da GM. o procedimento de determinação do RM deverá ser
realizado com base no:
conhecimento do processo que define a GM;
conhecimento do SM;
bom senso.
A determinação do RM não é uma coisa trivial. E necessário que o pessoal envolvido em metrologia esteja
devidamente treinado e dominando estatística básica, conhecer sobre qualificação de sistemas de medição e
ter pleno domínio sobre métodos. Somente assim se pode fazer uma metrologia dimensional correta e com
confiabilidade.
Sistemas de medição
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Atualmente, os dados provenientes de medições são utilizados mais freqüentemente e de maneiras bem
distintas do que eram usados antigamente para a tomada de decisões, como por exemplo, de ajustar ou não
um processo de manufatura. Resultados de medições de características predefinidas de um processo, ou
valores estatísticos calculados a partir deles, são comparados com os limites de controle estatístico do
processo e, se a comparação indica que o processo tende ou está fora de controle algum tipo de ajuste é
então realizado para sanar o problema evitando com isto que o processo continue de uma forma indesejada.
A qualidade dos dados de medições é definida pelas propriedades estatísticas das múltiplas medições
obtidas a partir de um sistema de medição operado sob condições estáveis, como por exemplo, um sistema
de medição sendo utilizado para obter valores de medições de uma dada característica.
Se as medições desta característica estão bem próximas umas das outras do valor considerado como padrão
mestre, podemos dizer que a qualidade destes dados é elevada. Em contrapartida se os resultados das
medições de uma outra característica apresenta valores distantes uns dos outros em relação ao valor padrão
mestre, então podemos inferir que a qualidade destes dados de medição é insatisfatória.
Apesar da metrologia ocupar-se, em princípio, do SM como caixa preta, é importante, neste ponto, analisar
sua constituição básica. Em muitos casos torna-se interessante caracterizar em módulos estes SMs, de forma
independente ou para formar um novo SM pelo acoplamento de módulos diversos. Pode-se caracterizar da
seguinte forma:
Tratamento do sinal: necessário pois na maioria dos casos Os transdutores oferecem um sinal de
baixa amplitude. Além da função de amplificação pode também ter filtros, processamento, etc.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Instrumentos de Medição
É o dispositivo utilizado para realizar uma medição. No âmbito da Metrologia Legal, os instrumentos de
medição são utilizados no comércio, nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente e na definição ou
aplicação de penalidades (efeito fiscal).
Exite uma ampla gama de instrumentos de medição e de acordo com o seu princípio de trabalho podem ser
classificados em:
Paquímetros
Micrômetros
Relógios comparadores
Relógios apalpadores
Rugosímetros
Goniômetros
O paquímetro e o traçador de altura utilizam-se do nônio para ampliar a leitura, o micrômetro utiliza-se do
passo de uma rosca e um tambor graduado e os relógios utilizam-se de um mecanismo de engrenagens e
alavancas.
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O paquímetro associa uma escala, como padrão de comprimento a dois bicos de medição, como meio de
transporte de medidas, sendo um ligado à escala e o outro ao cursor e a um nônio (escala menor), como
interpolador para leitura entre traços da escala principal.
O paquímetro é um instrumento simples, compacto, robusto e fácil de utilizar. A figura 1, a seguir, mostra um
paquímetro com seus elementos constituintes.
Relógios
apalpadores:
Relógios
apalpadores são
instrumentos de
medição
utilizados na
indústria para diversos fins, como a excentricidade de peças, o alinhamento e centragem de peças nas
máquinas, o paralelismos entre faces, medições internas e medições de detalhes de difícil acesso.
Seu funcionamento consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma
ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual pode-se obter a leitura
da dimensão.
Os relógios comparadores são muito utilizados para medir características geométricas específicas das peças,
tais como cilindricidade, ovalização, conicidade e para alinhamentos diversos. Também podem ser utilizados
de forma ampla para medição de peças associado a um padrão de comprimento.
O relógio comparador é um instrumento muito delicado. Choques mecânicos, umidade, ambientes ácidos e
temperaturas elevadas podem causar danos invisíveis a olho nu, mas causadores de elevados erros de
medição. Qualquer travamento ou dificuldade de avanço ou retorno do fuso indicam a necessidade de
manutenção e calibração urgentes.
200
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Micrômetro: O micrômetro
funciona por um parafuso
micrométrico e é muito mais
preciso que a craveira, que
funciona por deslizamento
de uma haste sobre uma
peça dentada e permite a
leitura da espessura por
meio de um nônio ou de um
mecanismo semelhante ao
de um relógio analógico.
Assim, uma volta completa do tambor corresponde ao passo da rosca, meia volta cor- responde à metade do
passo da rosca e assim por diante.
Goniômetros: goniômetro é um
instrumento de medida em forma
semicircular ou circular graduada em 180º
ou 360º, utilizado para medir ou
construir ângulos. Entre os goniômetros
está o transferidor, um semicírculo de
plástico transparente ou um círculo graduado utilizado para medir ou construir ângulos, e o teodolito. Mais
especificamente, um goniômetro é um instrumento que mede o ângulo entre as superfícies refletoras de
um cristal ou prisma.Os dois raios de luz provenientes de um colimador (um sistema de lentes e fendas
201
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
projetado para criar feixes paralelos de luz) são dirigidos sobre duas superfícies adjacentes do cristal: os
feixes são refletidos pelas duas faces e o ângulo entre os dois feixes refletidos (duas vezes o ângulo entre a
superfície do cristal ou prisma) é medido. Um goniômetro é também um dispositivo utilizado juntamente
com transmissores de rádio ou radar. Ele permite que um sinal seja emitido em qualquer direção ou que a
direção de um sinal que chega ao receptor seja determinada sem o apoio de uma antena fisicamente
giratória. É também um instrumento utilizado por fisioterapeutas para mediar a amplitude articular.
Calibração de Sistemas de
Medição
Calibração é um
procedimento experimental através do qual são estabelecidas, sob condições específicas, as relações entre
os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por
uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes
das grandezas estabelecidos por padrões.
A calibração pode ser efetuada por qualquer entidade, desde que esta disponha dos padrões rastreados e
pessoal competente para realizar o trabalho. Para que uma calibração tenha validade oficial, é necessário que
seja executada por entidade legalmente credenciada. No Brasil, existe a Rede Brasileira de Calibração
(RBC), coordenada pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
202
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Esta rede é composta por uma série de laboratórios secundários, espalhados pelo país, ligados a
Universidades, Empresas, Fundações e outras entidades, que recebem o credenciamento do INMETRO e
estão aptos a expedir certificados de calibração oficiais.
Hoje, com as tendências da globalização da economia, a competitividade internacional das empresas é uma
questão crucial. A qualidade dos serviços e dos produtos da empresa têm que ser assegurada a qualquer
custo. As normas da série ISO 9000 aparecem para disciplinar a gestão das empresas para melhorar e
manter a qualidade de uma organização. A calibração tem o seu papel de grande importância neste
processo, uma vez que um dos requisitos necessários para uma empresa que se candidate à certificação
pelas normas ISO 9000, é que os sistemas de medição e padrões de referência utilizados nos processo
produtivo, tenham certificados de calibração oficiais.
Métodos de Calibração
Calibração Direta
O mensurado é aplicado sobre o sistema de medição por meio de medidas materializadas, cada qual com
seu valor verdadeiro convencional suficientemente conhecido. São exemplos de medidas materializadas:
blocos padrão (comprimento), massas padrão, pontos de fusão de substâncias puras, entre outras.
É necessário dispor de uma coleção de medidas materializadas suficientemente completa para cobrir toda a
faixa de medição do instrumento. As indicações dos sistemas de medição são confrontadas com cada valor
verdadeiro convencional e a correção e sua incerteza são estimadas por meio de medições repetitivas.
Calibração Indireta
Não seria fácil calibrar o velocímetro de um automóvel utilizando a calibração direta. O conceito de medida
materializada não se aplica à velocidade. As constantes físicas naturais, como a velocidade de propagação do
som no ar ou nos líquidos, ou mesmo a velocidade da luz, são inapropriadas para este fim. A solução para
este problema passa pela calibração indireta.
O mensurado é gerado por meio de um dispositivo auxiliar, que atua simultaneamente no sistema de
medição a calibrar (SMC) e também no sistema de
medição padrão (SMP), isto é, um segundo sistema de medição que não apresente erros superiores a 1/10
dos erros do SMC. As indicações do SMC são comparadas com as do SMP, sendo estas adotadas como VVC,
e os erros são determinados.
Para calibrar o velocímetro de um automóvel pela calibração indireta, o automóvel é posto em movimento.
Sua velocidade em relação ao solo, além de indicada pelo velocímetro, é também medida por meio de um
sistema de medição padrão, cujos erros sejam 10 vezes menores que os erros do velocímetro a calibrar.
Este SMP pode ser, por exemplo, constituído por uma quinta roda, afixada na parte traseira do automóvel,
ou, hoje é comum a utilização de sensores que usam um raio laser dirigido ao solo e, pela análise do tipo de
sinal que retorna, determinar a velocidade real do automóvel com baixas incertezas. Neste exemplo o
próprio automóvel é o gerador da grandeza padrão, isto é, da velocidade, que é simultaneamente submetida
a ambos os sistemas de calibração. Para levantar a curva de erros, o automóvel deve trafegar em diferentes
patamares de velocidade repetidas vezes.
Algumas vezes não se dispõe de um único sistema de medição padrão que englobe toda a faixa de medição
do SMC. Neste caso, é possível utilizar diversos SMPs de forma complementar. Por exemplo:
203
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Para que o valor da medida materializada, ou o indicado pelo SMP, possa ser adotado como valor verdadeiro
convencional (VVC), é necessário que seus erros sejam sensivelmente menores que os erros esperados no
SMC. Tecnologicamente, quanto menores os erros do padrão melhor. Economicamente, quanto menores os
erros do padrão, mais caro este é. Procurando buscar o equilíbrio técnico-econômico, adota-se como padrão
um elemento que, nas condições de calibração e para cada ponto de calibração, apresente incerteza não
superior a um décimo da incerteza esperada para o sistema de medição a calibrar.
Assim:
Desta forma, o SMP apresentará ao menos um dígito confiável a mais que o SMC, o que é suficiente para a
determinação dos erros deste último. Excepcionalmente, em casos onde é muito difícil ou caro de se obter
um padrão 10 vezes superior ao SMC, usa-se o limite de 1/5 ou até mesmo 1/3 para a razão entre as
incertezas do SMP e o SMC. Este últimos devem ser analisados com cuidado para que a incerteza da
calibração não venha a ser muito elevada.
Em função da mudança do comportamento do instrumento com a velocidade de variação do mensurado,
distinguem-se a calibração estática e a dinâmica. Apenas nos instrumentos de ordem zero a calibração
estática coincide com a dinâmica. Nos demais casos, é necessário determinar a resposta do SM para diversas
freqüências de variação do mensurado.
204
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Qualquer sistema de medição deve ser calibrado periodicamente. Este período é, algumas vezes,
especificado por normas, ou fabricantes de instrumentos, ou outras fontes como laboratórios de calibração,
porém são influenciados pelas condições e/ou freqüência de uso. Para a calibração de um SM em uso na
indústria, são geralmente usados padrões dos laboratórios da própria indústria. Entretanto, estes padrões
precisam ser calibrados periodicamente, o que é executado por laboratórios secundários da RBC. Mas
também estes padrões precisam ser calibrados por outros que, por sua vez, também necessitam de
calibração e assim por diante... Estabelece-se assim uma hierarquia que irá terminar nos padrões primários
internacionais, ou mesmo, na própria definição da grandeza. A calibração periódica dos padrões garante a
rastreabilidade internacional, o que elimina o risco do "metro francês" ser diferente do "metro australiano".
Como exemplo, cita-se a figura, onde se exemplifica a correlação entre os padrões. Isto garante a coerência
das medições no âmbito mundial.
Calibração Parcial
205
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Não é raro, especialmente nas fases de desenvolvimento e fabricação de módulos, ser inviável a calibração
do sistema de medição como um todo. Esta dificuldade pode surgir em função do porte e complexidade do
sistema ou da dificuldade tecnológica de se obter uma grandeza padrão com a qualidade necessária ou de
se manter todas as variáveis influentes sob controle.
Nestes casos, é comum efetuar calibrações separadamente em alguns módulos do sistema, tendo sempre
em vista que estes devem apresentar um sinal de saída definido (resposta) para um sinal de entrada
conhecido (estímulo). A análise do desempenho
individual de cada módulo possibilita a determinação das características de desempenho do conjunto.
Freqüentemente um módulo isolado não tem condições de operar plenamente. É necessário acrescentar
elementos complementares para formar um SM que tenha condições de operar. Para que estes elementos
complementares não influam de forma desconhecida sobre o módulo a calibrar, é necessário que o erro
máximo introduzido por cada elemento não seja superior a um décimo do erro admissível ou esperado para
o módulo a calibrar.
Supondo que o sistema de medição normal (0) tenha módulos com incertezas relativas da ordem de 1% e
desejando-se efetuar a calibração do sensor transdutor isoladamente, é necessário compor um outro sistema
de medição, o SM1. Neste sistema, são empregados uma unidade de tratamento de sinais e um dispositivo
mostrador (1), com incerteza relativa máxima de 0,1%. Garantido estes limites, pode-se afirmar que os erros
do SM1 são gerados exclusivamente no transdutor (0), visto que os demais módulos contribuem com
parcelas de incerteza significativamente menores.
No caso em que se deseje calibrar isoladamente a unidade de tratamento de sinais (0), deverá ser composto
o SM2, formado por um sensor/transdutor e um dispositivo mostrador que apresentem incertezas
insignificantes. Neste caso, em geral, o sensor transdutor é substituído por um gerador de sinais
equivalente. Este sinal, no entanto, não deve estar afetado de um erro superior a um décimo do admitido na
operação da unidade de tratamento de sinais.
206
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Na prática, existem alguns sistemas de medição que fornecem, para grandezas vetoriais, diversas indicações
(ex: as três componentes cartesianas de uma força, as três coordenadas da posição de um ponto apalpado).
A calibração deste sistema é normalmente efetuada para cada uma destas componentes do vetor
isoladamente, da forma usual. Deve-se adicionalmente verificar se há influência da variação de uma das
componentes sobre as demais, ou seja, os coeficientes de influência.
Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efetuada por aqueles que se preparam para tal
fim. É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de medição, mantendo-se
assim, por maior tempo, sua real precisão.
1- Tranquilidade
2- Limpeza
3- Cuidado
4- Paciência
5- Senso de responsabilidade
6- Sensibilidade
7- Finalidade de posição medida
8- Instrumento adequado
9- Domínio sobre o instrumento
207
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um dos mais significativos índices de progresso, em todos os ramos da atividade humana, é a perfeição dos
processos metrológicos que neles se empregam. Principalmente no domínio da técnica, a Metrologia é de
importância transcendental.
Na tomada de quaisquer medidas, devem ser considerados três elementos fundamentais: o método,
o instrumento e ooperador.
Método
a) Medição Direta
Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com instrumentos, aparelhos e máquinas
de medir.
Esse método é, por exemplo, empregado na confecção de peças-protótipos, isto é, peças originais utilizadas
como referência, ou, ainda, quando o número de peças por executar for relativamente pequeno.
Medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça com relação a outra, de padrão ou dimensão
aproximada; daí a expressão: medição indireta.
208
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Instrumentos de Medição
A exatidão relativa das medidas depende, evidentemente, da qualidade dos instrumentos de medição
empregados. Assim, a tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará resultado duvidoso,
sujeito a contestações. Portanto, para a tomada de uma medida, é indispensável que o instrumento esteja
aferido e que a sua aproximação permita avaliar a grandeza em causa, com a precisão exigida.
Operador
O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É ela a parte inteligente na apreciação das
medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão conseguida. Uns bons operadores,
servindo-se de instrumentos relativamente débeis, conseguem melhores resultados do que um operador
inábil com excelentes instrumentos.
Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para adaptar às
circunstâncias o método mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes para interpretar os
resultados encontrados.
Laboratório de Metrologia
Nos casos de medição de peças muito precisas, torna-se necessário uma climatização do local; esse local
deve satisfazer às seguintes exigências:
1 - temperatura constante;
4 - espaço suficiente;
A Conferência Internacional do Ex-Comite I.S.A. fixou em 20ºC a temperatura de aferição dos instrumentos
destinados a verificar as dimensões ou formas.
Em conseqüência, o laboratório deverá ser mantido dentro dessa temperatura, sendo tolerável à variação de
mais ou menos 1ºC; para isso, faz-se necessária a instalação de reguladores automáticos. A umidade relativa
209
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
do ar não deverá ultrapassar 55%; é aconselhável instalar um higrostato (aparelho regulador de umidade); na
falta deste, usa-se o CLORETO DE CÁLCIO INDUSTRIAL, cuja propriedade química retira cerca de 15% da
umidade relativa do ar.
Para se protegerem as máquinas e aparelhos contra vibração do prédio, forra-se a mesa com tapete de
borracha, com espessura de 15 a 20mm, e sobre este se coloca chapa de aço, de 6mm.
No laboratório, o espaço deve ser suficiente para acomodar em armários todos os instrumentos e, ainda,
proporcionar bem-estar a todos que nele trabalham.
Iluminação e Limpeza
A iluminação deve ser uniforme, constante e disposta de maneira que evite ofuscamento. Nenhum
dispositivo de precisão deve estar exposto ao pó, para que não haja desgastes e para que as partes óticas
não fiquem prejudicadas por constantes limpezas. O local de trabalho deverá ser o mais limpo e organizado
possível, evitando-se que as peças fiquem umas sobre as outras.
Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efetuada por aqueles que se preparam para tal
fim.
O aprendizado de medição deverá ser acompanhado por um treinamento, quando o aluno será orientado
segundo as normas gerais de medição.
1 - Tranqüilidade.
2 - Limpeza.
3 - Cuidado.
4 - Paciência.
5 - Senso de responsabilidade.
6 - Sensibilidade.
8 - Instrumento adequado.
210
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Recomendações
Os instrumentos de medição são utilizados para determinar grandezas. A grandeza pode ser determinada
por comparação e por leitura em escala ou régua graduada.
É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de medição, mantendo-se assim
por maior tempo sua real precisão.
2 - misturar instrumentos;
4 - medir peças cuja temperatura, quer pela usinagem quer por exposição a uma fonte de calor, esteja fora
da temperatura de referência;
2 - DEIXE a peça adquirir a temperatura ambiente, antes de tocá-la com o instrumento de medição.
Unidades Dimensionais
Exemplo:
A altura da torre EIFFEL é de 300 metros; a espessura de uma folha de papel para cigarros é de 30
micrômetros.
211
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O metro é definido por meio da radiação correspondente à transição entre os níveis “2 p 10” e “5 d 5” do
átomo de criptônio 86 e é igual, por convenção, a 1.650.763,73 vezes o comprimento dessa onda no vácuo.
O “2 p 10” e “5 d 5” representa a radiação por usar na raia-vermelho- laranja do criptônio 86. Seu
comprimento de onda é de 0.6057 micrômetros.
Metro
Padrão
Universal
O metro-
padrão
universal é a
distância
materializada pela gravação de dois traços no plano neutro de uma barra de liga bastante estável, composta
de 90% de platina e 10% de irídio, cuja secção, de máxima rigidez, tem a forma de um X
Quilômetro - Km - 10 3 - 1 000m
Hectômetro - Hm - 10 2 - 100m
Decâmetro - Dam - 10 1 - 1m
METRO (unidade) - m - 1m
decímetro - dm - 10 -1 - 0,1m
212
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
centímetro - cm - 10 -2 - 0,01m
milímetro - mm - 10 -3 - 0,001m
Os países anglo-saxãos utilizam um sistema de medidas baseado na farda imperial (yard) e seus derivados
não decimais, em particular a polegada inglesa (inch), equivalente a 25,399 956mm à temperatura de 0ºC.
Os americanos adotam a polegada milesimal, cujo valor foi fixado em 25,400 050mm à temperatura de 16
2/3ºC.
Nota: Muito embora a polegada extinguiu-se, na Inglaterra, em 1975, a mesma será aplicada em nossa
apostila, em virtude do grande número de máquinas e aparelhos utilizados pelas indústrias no Brasil
obedecerem a esses sistemas.
Confiabilidade
Metrológica
Confiabilidade
Metrológica constitui-se
em pré-requisito no
desenvolvimento de
qualquer atividade que
envolva medição, não
apenas pela necessidade
de se dispor de números
confiáveis que possam
descrever um determinado
213
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
fenômeno físico ou químico, mas também pela relevância econômica e social associada ao processo de
medição.
Quando a medição passa a ser visualizada como um processo sujeito à variabilidade e, portanto, a
incertezas, percebe-se a necessidade de quantificar as fontes de variação associadas à medição após a
respectiva validação do método.
A confiabilidade de um resultado é avaliada com base em sua incerteza quando comparada com os
requisitos estabelecidos para o uso final. Se os resultados têm consistência e sua incerteza é pequena
quando comparada com os requisitos, são considerados de qualidade adequada; quando variam
excessivamente, ou o nível de incerteza excede as necessidades, são ditos de qualidade inadequada. A
avaliação da qualidade de resultados é, então, uma determinação relativa. O que é considerado como
qualidade adequada em uma determinada situação, pode ser considerado como de qualidade inadequada,
em outra.
A confiabilidade de resultados pode ser avaliada com base em dois aspectos: a acurácia da identificação do
parâmetro medido e a acurácia do valor numérico obtido. A identificação qualitativa deverá estar fora de
qualquer suspeita. O analista deve especificar, precisamente, o que foi medido e ser capaz de provar isto. Os
resultados obtidos em medições empíricas estabelecidas por um dado equipamento ou metodologia,
podem ser úteis em algumas situações, porém devem ser especificados como tal e utilizados com as devidas
considerações de suas limitações.
Medições quantitativas são sempre estimativas do valor da medida e envolve certo nível de incerteza. As
medições devem ser realizadas de modo que os limites de incerteza possam ser encontrados, dentro de
probabilidades pré-estabelecidas. Sem esta incerteza assinalada, nenhuma utilização racional poderá ser
feita com esse resultado, principalmente na tomada de decisão. Para se determinar essa incerteza, as
medições devem ser realizadas de tal modo a prover previsão estatística. A experiência dos metrologistas
tem demonstrado que a incerteza pode ser mais bem encontrada por meio de programas para garantia da
qualidade bem desenvolvidos e consistentemente implementados.
214
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Geralmente é
impossível
avaliar a
qualidade de
resultados
obtidos em
materiais
A produção de resultados com qualidade não ocorre automaticamente e não é garantida simplesmente
seguindo-se os procedimentos preestabelecidos. A qualidade é alcançada quando houver: entendimento do
processo metrológico; entendimento do que é necessário ser medido, e entendimento do que é necessário
ser feito para se obter medições confiáveis.
Na verdade, todos os processos estão sujeitos a variabilidade. Esta variabilidade é proveniente da interação
entre máquinas, métodos, mão de obra, materiais, mensuração e meio-ambiente, de forma que nem sempre
se consegue obter o resultado desejado. O ajuste destas variáveis é o problema básico do controle de
processo.
Embora as variáveis de processos sejam numerosas, é comum pensar que uma delas é dominante, isto é, é
mais importante do que todas as outras juntas. No planejamento de um controle de processo é importante
identificar a variável dominante.
Sobre o que foi dito, as medições devem ser relevantes. Com base em medições confiáveis pode-se dizer
que se está trabalhando corretamente. Obter medidas é, em si, um processo que envolve máquina
(instrumento), mão de obra (operador) e materiais (unidade a ser medida). O produto é o resultado da
medida. Portanto, além de ser relevante, o processo de medição deverá, também, ser estável e capaz
(adequado).
Um processo de medição capaz requer precisão (a variação ao redor da média deverá ser pequena
relativamente aos limites de especificação ou variação do processo) e exatidão (a média deve estar próxima
do valor verdadeiro). Para processos de medição o alvo é o valor verdadeiro da característica que está sendo
medida. A distância entre a média dos valores obtidos e o seu valor verdadeiro é chamada polarização. Parte
da obtenção de um processo de medição capaz é a redução desta polarização. Um processo de medição é
dito ser exato se, esta polarização for pequena (figura abaixo). Exatidão é requerida quando se toma decisão
215
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
para aceitação ou rejeição. Entretanto, em situações onde o objetivo é detectar variações, a exatidão não é
requerida.
A outra parte da
obtenção de um
processo de
medição capaz é
reduzir a variação
ao redor da média.
Esta variação é
frequentemente
chamada de
precisão da
medição ou repetibilidade. Uma dificuldade sempre encontrada é a determinação do limite de precisão: não
existem limites de especificação explícitos. Entretanto, existe sempre um requisito implícito: a variação em
um processo de medição deverá ser pequena quando comparada com a variação do processo produtivo. De
outra forma o processo de medição será inadequado para investigar e controlar o processo produtivo.
Quando não são fornecidos limites explícitos de especificação, a adequabilidade do processo de medição é
determinada comparando-se a variabilidade do processo de medição com a variabilidade do processo
produtivo.
216
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Como regra, o desvio padrão do processo metrológico deve ser menor que metade do desvio padrão do
processo produtivo. Isto assegura que menos de 20 % da variação total é proveniente do processo de
medição. É com base nisto que o Cp para processos metrológicos de 4 ou maior são recomendados para
processos nos quais se deseja obter Seis Sigma de capacidade.
Em suma, um processo de medição deve ser relevante, estável (reprodutível), e capaz. Capaz significa exato
(pequena polarização) e preciso (pequena variação) quando comparado com os limites de especificação ou
com a variação do processo produtivo. Por fim, leia quais as regras básicas da rastreabilidade de John K.
Taylor:
• É imprescindível saber que um dado processo metrológico está sob controle, para se ter confiança
nas medições efetuadas por este processo. O objetivo é a maximização da confiança
simultaneamente com a minimização das repetições do processo.
• Em essência, medições envolvem comparação do mesurando (o que vai ser medido) incógnito, com
padrão apropriado. A conclusão sob controle pode ser evidenciada, por meio de repetições de
medições no padrão, no mesurando incógnito ou por combinações dessas medições.
• Técnicas de confiabilidade metrológica podem recomendar a combinação de resultados, de modo a
relacioná-los em seqüência temporal. Desse modo um resultado qualquer é comprovado por meio
de outros, feitos na mesma ocasião ou, então, em ocasiões diferentes.
• Comparação com padrão certificado, por laboratório reconhecido ao nível nacional, constituí a
rastreabilidade metrológica em si. A incerteza é a do próprio processo.
• Comparação com padrão secundário, isto é, certificado por comparação com padrão primário,
também constituí rastreabilidade metrológica. A incerteza é a combinação das incertezas dos
processos.
• Comparação de propriedade medida com a apropriada, de material certificado, permite obter
rastreabilidade por inferência estatística. A validade dessa rastreabilidade depende da validade da
inferência.
• Somente é rastreável a propriedade medida. Qualquer propriedade, que seja inferida a partir desse
resultado, deve ser corroborada por evidências adicionais que, ainda assim, podem não ser
suficientes para garantir a rastreabilidade.
• A responsabilidade do laboratório certificador, em todos os casos, estende-se apenas ao padrão que
foi certificado. Laboratórios que usam esses padrões ou materiais certificados são responsáveis por
seus próprios processos e em consequência devem assumir as respectivas responsabilidades técnicas
e legais.
• Toda e qualquer medição é valida apenas na ocasião em que é feita. Prolongamento dessa validade,
ao longo do tempo, requer outros tipos de evidências.
• Nenhum resultado é mais confiável do que o operador que o obteve.
Hierarquia Metrológica
E fácil imaginar os inúmeros problemas que podem ocorrer a partir de várias fontes de resultados
incompatíveis. Sabe-se, porém, que a harmonização interna elimina parcialmente os problemas, pois há pelo
menos uma referência. No entanto um único laboratório mestre não tem condições de atender a todos os
217
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
interessados, o que indica que um serviço de harmonização é bastante complexo, tanto mais quanto mais
refinada for a medição. Requer-se, portanto, cuidados especiais com a aplicação de uma hierarquia
metrológica.
Surge, imediatamente, a idéia uma hierarquia com um laboratório mestre, primário, que indicará os
laboratórios compatibilizados com ele, fato que garantirá uma confiabilidade metrológica mais distribuída.
Tais laboratórios, por sua vez, efetuarão serviços de compatibilização para terceiros, garantindo a referência a
valores desse laboratório.A figura abaixo mostra uma hierarquia metrológica.
O diagrama abaixo fornece um exemplo detalhando uma estrutura mais industrial, onde há uma
especificação adicional que indica a diferença entre as precisões obtidas nos vários escalões ou então, as
diferenças de qualidade metrológica.Embora deva sempre existir um harmonizador interno ou externo para
estabelecer correções,referindo os resultados a um certo padrão, os valores devem ser tomados como
corretos somente após essa harmonização.
218
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
TREINAMENTO -Está intimamente associado ao anterior, sendo que um operador consciente da importância
do assunto terá o máximo cuidado para não se aventurar em terreno desconhecido.
PROCEDIMENTO PADRAO -Uma metodologia deve ser fornecida ao operador a fim de minimizar a
ocorrência de erros e diferenças entre medições quase iguais.
Uma das principais atividades do técnico “eletrônico” (nossa intenção não é torná-lo um e sim dar as noções
básicas) é analisar circuitos. Analisar um circuito consiste em determinar as tensões e correntes presentes nos
componentes deste circuito, assim, quando estiver frente a um equipamento com defeito, o primeiro passo
219
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
para consertar este equipamento é entender como ele funciona, para isto o técnico deverá abrir o diagrama
e analisar o circuito do equipamento, depois de entendido o circuito o técnico deverá escolher os melhores
pontos de medição do circuito em função do sintoma apresentado pelo equipamento a fim de determinar a
peça defeituosa. Concluímos que: para consertar um equipamento eletrônico o técnico precisa do diagrama
do equipamento, do instrumento correto e do conhecimento para análise do circuito. Esta apostila aborda
exatamente a questão da análise do circuito.
Sabendo as três leis básicas (Lei de Ohm , Leis de Kirchhoff – Lei das Malhas e Lei dos Nós) o restante do
estudo da eletrônica consiste em conhecer os diversos tipos de componentes e a sua influência no circuito,
que significa o seu comportamento com respeito a tensão e a corrente.
Resistência elétrica:
Como o nome está dizendo, resistência elétrica é a grandeza elétrica daquele componente que se opões
(resiste) a passagem da corrente elétrica. Quanto maior a resistência, maior a oposição a passagem da
corrente, menor a corrente.
Em eletrônica o componente, com resistência elétrica, mais usado é o resistor. A função do resistor é
controlar a corrente elétrica no circuito.
Esse fenômeno de transformação é conhecido como Efeito Joule e é resultado de choques entre os elétrons
que constituem a corrente elétrica e os átomos, o que ocasiona um aquecimento do condutor. Existem
alguns eletrodomésticos que possuem como função básica a transformação de energia elétrica em energia
térmica, tais como: ferro elétrico, chuveiro elétrico, aquecedores, etc.
Em eletrônica a maioria das resistências é da ordem de quilo ohms (k ) ou mega ohms (M ), assim em
nossos exemplos vamos procurar usar resistores de K .
O símbolo da resistência é mostrado abaixo, na figura (a) temos o símbolo da resistência e que ainda é
usado em alguns livros para representar o resistor, o símbolo do resistor descrito na norma brasileira é
mostrado na figura (b).
220
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Para a água fluir pela torneira, não basta termos a caixa de água é preciso que esta caixa esteja posicionada
acima da torneira, para que haja pressão suficiente para empurrá-la para baixo, quanto mais alta a caixa,
maior a pressão que empurra a água. A pressão é proporcional a diferença de altura entre a caixa de água e
a torneira.
Em eletrônica tensão é a grandeza equivalente a pressão, é uma espécie de pressão elétrica que empurra os
elétrons! A caixa de água é a fonte de tensão em eletrônica. Em eletrônica a tensão é proporcional a
diferença de potencial elétrico, que é na verdade a diferença de número de cargas elétricas entre os pólos da
fonte de tensão. Assim a tensão é a diferença de potencial entre os pólos da fonte de tensão. Note que a
diferença de potencial é essencial para que haja corrente elétrica, mas, não é o suficiente, assim como no
circuito hidráulico só a caixa de água alta não basta. Para que haja corrente elétrica (fluxo de elétrons) é
preciso que haja um caminho entre o pólo positivo e o pólo negativo.
A tensão está associada à energia potencial, que é uma energia que está presente pronta para ser usada,
mas, somente será aproveitada quando o circuito for fechado.
A corrente está associado a energia cinética, isto é, a energia do movimento dos elétrons livres.
Circuito elétrico
Um circuito elétrico é composto por uma fonte de energia elétrica e por elementos que irão utilizar esta
energia elétrica, a interligação entre a fonte de energia e o elemento será feito através de condutores
elétricos.
O diagrama elétrico é a representação gráfica do circuito elétrico. A figura abaixa mostra o diagrama de um
circuito com uma fonte e uma resistência. A fonte deve ter a indicação do pólo positivo, para permitir
determinar a sentido da corrente elétrica. A corrente elétrica é indicada por uma seta indicando o
sentido convencional e a direção. Em eletrônica o sentido da corrente elétrica é do pólo positivo para o pólo
negativo.
Lei de Ohm
221
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Você pode entender a Lei de Ohm usando a analogia com a instalação hidráulica, respondendo a seguinte
questão: O que você pode fazer para aumentar o fluxo de água na sua torneira?
Você deve ter notado que existe uma relação entre a corrente, a resistência presente no circuito e a tensão
da fonte de alimentação. A corrente é diretamente proporcional a tensão isto significa que se você aumentar
a tensão da fonte de energia elétrica em um circuito sem alterar a resistência presente neste circuito,
a corrente irá aumentar também. E também que a corrente é inversamente proporcional a resistência, isto
significa que se você aumentar a resistência de um circuito, mantendo a mesma fonte de energia, a corrente
irá diminuir.
Assim ele descreveu este conceito na forma de uma equação, como é mostrado abaixo:
V=RxI
Onde:
Potência Elétrica
A transformação da energia elétrica em outro tipo de energia pode ser medida e é denominada de Potência
elétrica e a sua unidade de medida é o watt (W) e está relacionado à energia elétrica total no circuito, no
caso do resistor à energia térmica.
Note então que a energia elétrica entregue pela fonte em um circuito elétrico é o produto da tensão pela
corrente, que são na verdade as formas de energia elétrica presente no circuito.
A Potência elétrica presente em um circuito é dada pela equação abaixo, que você não deve esquecer, ela é
tão importante quanto a Lei de Ohm.
P=V x I
2a Lei de Ohm
222
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um aspecto importante, levantado por Ohm, foi a descoberta de fatores que influem no valor da resistência
elétrica de um resistor, são eles: a dimensão do resistor (área e comprimento) e o material que constitui este
resistor. Consideremos um fio condutor de comprimento L e área de seção transversal A.
Através da realização
de vários ensaios e
usando
resistências construíd
as com fio, deduziu
que:
Associação de Resistores
Até agora aprendemos a trabalhar com apenas um resistor. Na prática teremos circuitos com vários resistores
ligados entre si, constituindo o que chamamos de uma associação de resistores. Portanto a partir de agora
iremos trabalhar com dois tipos básicos de associação: a associação em série e a associação em paralelo.
223
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Após o estudo minucioso desses dois tipos passaremos a resolver problemas com associações mistas (série
mais paralelo).
Um grupo de resistores está associado em série quando estiverem ligados de tal forma que sejam
percorridos pela mesma corrente
elétrica.
Para determinarmos a
resistência equivalente Req, ou
seja, aquela que submetida a
mesma tensão V é atravessada pela mesma corrente i, devemos proceder da seguinte maneira:
224
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Saiba que na associação série a intensidade de corrente elétrica é igual nos três resistores ou seja: I = I1 =
I2 = I3 e a tensão elétrica é a soma das tensões em cada resistor ou seja: V = V1 + V2 + V3
Um grupo de resistores está associado em paralelo quando todos eles estiverem submetidos a uma mesma
diferença de potencial elétrico (ddp).
225
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
GERADORES
O Gerador é um dispositivo elétrico que possui a função de transformar energia qualquer em energia
elétrica, como exemplo podemos citar a pilha que transforma energia química em energia elétrica.
É importante dizer que o Gerador como sendo um dispositivo elétrico está sujeito a resistência elétrica, ou
seja, energia dissipada. Até agora não considerávamos esta dissipação.
A ddp realmente criada dentro do gerador é chamada de força eletromotriz (ε). Para sabermos quanto é
liberada para fora do Gerador devemos descontar a parte dissipada pela resistência interna (r), logo teremos:
U = - ri
NOMENCLATURA:
226
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
227
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
228
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
229
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Uma forma de onda de um sinal de tensão ou corrente alternada é aquela onde a intensidade e a polaridade
alteram-se ao longo do tempo. Em geral são sinais periódicos como as formas de onda apresentadas:
A forma de onda periódica mais importante e de maior interesse é a alternada senoidal de tensão e de
corrente, porque a energia gerada nas usinas das concessionárias e a maioria dos equipamentos usam
tensão e corrente alternadas senoidais.
A maior parte da energia elétrica consumida é gerada e distribuída na forma de tensão e corrente alternadas
para os consumidores que são as residências, o comércio e principalmente, as indústrias.
A principal razão pela qual a energia elétrica gerada e distribuída em grande escala ser em tensão e corrente
alternadas é que ela apresenta uma facilidade tanto na geração como na transformação dos níveis de tensão
230
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(elevação ou redução). Para transportar a energia a longas distâncias é necessário elevar atensão a níveis que
chegam a 500kV, para reduzir as perdas no transporte (principalmente por Efeito Joule). Nos centros de
consumo a tensão é novamente reduzida e distribuída aos consumidores.
Os motores de corrente alternada são construtivamente menos complexos que os motores de corrente
contínua. Isto é uma grande vantagem, pois reduz custos e cuidados com a manutenção. Por isso são os
mais baratos e os mais usados nos equipamentos.
Além disso, os sinais senoidais de tensão e de corrente são muito estudados porque são, em muitos casos, a
base para vários outros sinais. Isto quer dizer que muitos sinais podem ser analisados pela combinação de
mais de um sinal senoidal.
Um gerador de corrente alternada funciona com base na indução de força eletromotriz num condutor em
movimento dentro de um campo magnético.
Abaixo a tensão
gerada:
Tensão ou Corrente
Alternada Senoidal é
aquela cuja forma de
onda é representada por
uma senóide. Dizemos
que é um sinal senoidal.
231
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Composição da Onda
A região mais alta da onda, isto é, o maior valor de amplitude é denominado de crista ou pico da onda. A
região mais inferior da onda, isto é, o menor valor de amplitude é denominado de vale.
Acima do eixo do tempo, a amplitude é positiva e abaixo do mesmo, a amplitude é negativa. Portanto,
também está correto determinar que a onda tem picos positivos e negativos, que correspondem à crista e ao
vale respectivamente.
Comprimento de Onda
Amplitude da Onda
Entretanto, na prática, não é o valor máximo o empregado, e sim o valor eficaz. Pôr exemplo, um motor
absorve uma corrente de 5A, que é o valor eficaz. Define-se como valor eficaz de uma corrente alternada o
valor de uma corrente contínua que produzisse a mesma quantidade de calor na mesma resistência.
232
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Esse valor é
expresso pôr:
Ciclos da Onda
Em uma onda alternada, temos picos positivos e negativos, os quais também são chamados de fases
positivas e negativas da onda. Um ciclo de onda é determinado por um trecho da onda. Esse trecho se inicia
quando a fase positiva está com valor igual a zero e em seguida a fase positiva atinge o máximo de
amplitude positiva, depois atinge novamente o valor zero, passando a existir nesse momento a fase negativa,
que vai atingir o valor máximo de amplitude negativa e finalmente retorna novamente a zero.
Esse trajeto compõe um ciclo de onda que é caracterizado pelo traçado completo da fase positiva e da
negativa. A essa variação completa, em ambos os sentidos, sofrida pela corrente alternada, dá-se o nome de
ciclo. O número de ciclos descritos pela corrente alternada, na unidade de tempo, chama-se freqüência. Sua
unidade é o Hertz. É medida em instrumentos chamados frequencímetros.
Período da Onda
(T)
É o tempo em
segundos necessário
para se gerar em os
ciclos de onda, que
233
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
podem ser compreendidos como o intervalo de tempo entre o surgimento do primeiro ciclo em relação ao
surgimento do segundo ciclo de onda.
Freqüência (f)
234
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Como a freqüência da rede de energia elétrica é igual a 60 Hz. Então f =60 Hz portanto o período ( T )
desta forma de onda será de:
BLOCO 2
Estática/Hidrostática,
Cinemática e Dinâmica
• Por que em uma mesa sustentada por dois pés, estes precisam estar em determinada posição para
que esta não balance?
• Por que a maçaneta de uma porta sempre é colocada no ponto mais distante das dobradiças dela?
• Por que um quadro pendurado em um prego precisa estar preso exatamente em sua metade?
• Por que é mais fácil quebrar um ovo pelas laterais do que por suas extremidades?
O efeito de uma força não é alterado quando esta é aplicada em diferentes pontos do corpo, desde que esta
seja aplicada ao longo de sua linha de aplicação.
235
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Equilíbrio
Exemplos:
(1) Para que o ponto A, de massa 20kg, esteja em equilíbrio qual deve ser a intensidade da força ?
Sendo:
Mas como a força Peso e a força Normal têm sentidos opostos, estas se anulam.
Chamamos de corpo rígido ou corpo extenso, todo o objeto que não pode ser descrito por um ponto.
Centro de massa
236
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um corpo extenso pode ser considerado um sistema de partículas, cada uma com sua massa.
A resultante total das massas das partículas é a massa total do corpo. Seja CM o ponto em que podemos
considerar concentrada toda a massa do corpo, este ponto será chamado Centro de Massa do corpo.
Para corpos simétricos, que apresentam distribuição uniforme de massa, o centro de massa é o próprio
centro geométrico do sistema. Como no caso de uma esfera homogênea, ou de um cubo perfeito.
Para os demais casos, o cálculo do centro de massa é feito através da média aritmética ponderada das
distâncias de cada ponto do sistema.
Para calcularmos o centro de massa precisamos saber suas coordenadas em cada eixo do plano cartesiano
acima, levando em consideração a massa de cada partícula:
Então o Centro de Massa do sistema de partículas acima está localizado no ponto (1,09 , 0,875), ou seja:
237
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Imagine uma pessoa tentando abrir uma porta, ela precisará fazer mais força se for empurrada na
extremidade contrária à dobradiça, onde a maçaneta se encontra, ou no meio da porta?
Claramente percebemos que é mais fácil abrir ou fechar a porta se aplicarmos força em sua extremidade,
onde está a maçaneta. Isso acontece, pois existe uma grandeza chamada Momento de Força , que
também pode ser chamado Torque.
Esta grandeza é proporcional a Força e a distância da aplicação em relação ao ponto de giro, ou seja:
Como este é um produto vetorial, podemos dizer que o módulo do Momento da Força é:
Sendo:
F= Módulo da Força.
E a direção e o sentido deste vetor são dados pela Regra da Mão Direita.
238
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
Qual o momento de força para uma força de 10N aplicada perpendicularmente a uma porta 1,2m das
dobradiças?
Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, além de não se mover, este corpo não pode girar. Por isso
precisa satisfazer duas condições:
1. O resultante das forças aplicadas sobre seu centro de massa deve ser nulo (não se move ou se move
com velocidade constante).
2. O resultante dos Momentos da Força aplicadas ao corpo deve ser nulo (não gira ou gira com
velocidade angular constante).
Exemplo:
Como o trampolim é uniforme, seu centro de massa é exatamente no seu meio, ou seja, a 0,6m. Então,
considerando cada força:
239
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Até agora estudamos o comportamento dos planos e corpos em um meio onde há ar ou vácuo, ou seja, o
meio não interfere no comportamento.
Mas e se aplicarmos uma força em um corpo que se encontra sobre a água ou outro fluido qualquer?
Sabemos que o efeito será diferente. Se estudarmos as propriedades de um líquido em equilíbrio estático,
estas propriedades podem ser estendidas aos demais fluidos.
Fluido
Fluido é uma substância que tem a capacidade de escoar. Quando um fluido é submetido a uma força
tangencial, deforma-se de modo contínuo, ou seja, quando colocado em um recipiente qualquer, o fluido
adquire o seu formato.
Particularmente, ao falarmos em fluidos líquidos, devemos falar em sua viscosidade, que é a atrito existente
entre suas moléculas durante um movimento. Quanto menor a viscosidade, mais fácil o escoamento do
fluido.
240
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pressão
Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante da
tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta irá
cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a esta força
e inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela
aplicada.
Sendo:
p= Pressão (Pa)
F=Força (N)
A=Área (m²)
Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área 0,3m², qual a
pressão exercida por esta força?
Densidade
Quando comparamos dois corpos formados por materiais diferentes, mas com um mesmo volume, quando
dizemos que um deles é mais pesado que o outro, na verdade estamos nos referindo a sua densidade. A
afirmação correta seria que um corpo é mais denso que o outro.
241
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Onde:
d=Densidade (kg/m³)
m=Massa (kg)
V=Volume (m³)
Exemplo:
Pressão hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido ao seu
peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que ocupa o
recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
242
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
como:
a massa do líquido é:
mas , logo:
Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido, da
altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.
Pressão atmosférica
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é
formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu valor
depende da altitude do local onde é medida.
Teorema de Stevin
As pressões em Q e R são:
243
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto
entre a densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos
pontos."
Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um fluido
homogêneo (que tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.
Teorema de Pascal
Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente em
todas as direções e sentidos.
244
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após a
aplicação da força.
Assim:
Teorema de Pascal:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite integralmente a
todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."
Prensa hidráulica
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu interior
existe um líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e .
Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a todos os
pontos do líquido, inclusive ao êmbolo de área , porém transmitindo um força diferente da aplicada:
Exemplo:
245
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dados:
Empuxo
Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e a
representamos por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto à
força Peso, causa o efeito de leveza no caso da piscina.
246
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Princípio de Arquimedes
Foi o filósofo, matemático, físico, engenheiro, inventor e astrônomo grego Arquimedes (287a.C. - 212a.C.)
quem descobriu como calcular o empuxo.
Arquimedes descobriu que todo o corpo imerso em um fluido em equilíbrio, dentro de um campo
gravitacional, fica sob a ação de uma força vertical, com sentido oposto à este campo, aplicada pelo fluido,
cuja intensidade é igual a intensidade do Peso do fluido que é ocupado pelo corpo.
Assim:
onde:
=Empuxo (N)
Exemplo:
Peso aparente
Peso aparente é o peso efetivo, ou seja,aquele que realmente sentimos. No caso de um fluido:
247
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Força gravitacional
Ao estudar o movimento da Lua, Newton concluiu que a força que faz com que ela esteja constantemente
em órbita é do mesmo tipo que a força que a Terra exerce sobre um corpo em suas proximidades. A partir
daí criou a Lei da Gravitação Universal.
"Dois corpos atraem-se com força proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância que separa seus centros de gravidade."
Onde:
Nas proximidades da Terra a aceleração da gravidade varia, mas em toda a Litosfera (camada em que há
vida) esta pode ser considerada constante, seus valores para algumas altitudes determinadas são:
248
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
tripulado
400 8,70 órbita de um ônibus espacial
35700 0,225 satélite de comunicação
Leis de Kepler
Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas de
plantio e colheita.
Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem um movimento regular, o
que propiciou a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas
este modelo, chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo deste
sistema por milhares de anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que o Sol
estava no centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor.
No século XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando
anotações do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601).
Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas como Leis de Kepler.
Os planetas descrevem órbitas elipticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.
249
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
250
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas distâncias médias do sol é igual a uma
constantek, igual a todos os planetas.
Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora
para percorrer uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do
Sol, mais longo será seu período de translação e, em consequência disso, maior será o "seu ano".
Cinemática
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado tempo.
Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade Instantânea. É
considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção (Ex.: vertical,
horizontal,...) e um sentido (Ex.: para frente, para cima, ...). Porém, para problemas elementares, onde há
deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional, convém tratá-la como um
grandeza escalar (com apenar valor numérico).
No Sistema Internacional (S.I.), a unidade padrão de velocidade é o m/s. Por isso, é importante saber efetuar
a conversão entre o km/h e o m/s, que é dada pela seguinte relação:
Velocidade Média
251
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Indica o quão rápido um objeto se desloca em um intervalo de tempo médio e é dada pela seguinte razão:
Onde:
= Velocidade Média
Por exemplo:
Um carro se desloca de Florianópolis – SC a Curitiba – PR. Sabendo que a distância entre as duas cidades é
de 300 km e que o percurso iniciou as 7 horas e terminou ao meio dia, calcule a velocidade média do carro
durante a viagem:
Então:
Mas, se você quiser saber qual a velocidade em m/s, basta dividir este resultado por 3,6 e terá:
Sabendo o conceito de velocidade média, você pode se perguntar: “Mas o automóvel precisa andar todo o
percurso a uma velocidade de 60km/h?”
A resposta é não, pois a velocidade média calcula a média da velocidade durante o percurso (embora não
seja uma média ponderada, como por exemplo, as médias de uma prova).
Então, a velocidade que o velocímetro do carro mostra é a Velocidade Instantânea do carro, ou seja, a
velocidade que o carro está no exato momento em que se olha para o velocímetro.
252
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Movimento Uniforme
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em um movimento
uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade constante em trajetória
reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade instantânea
deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em nenhum momento do
percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média.
Por exemplo:
Um tiro é disparado contra um alvo preso a uma grande parede capaz de refletir o som. O eco do disparo é
ouvido 2,5 segundos depois do momento do golpe. Considerando a velocidade do som 340m/s, qual deve
ser a distância entre o atirador e a parede?
Então .
É importante não confundir o s que simboliza o deslocamento do s que significa segundo. Este é uma
unidade de tempo. Para que haja essa diferenciação, no problema foram usados: S (para deslocamento)
e s(para segundo).
Diagrama s x t
253
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Existem diversas maneiras de se representar o deslocamento em função do tempo. Uma delas é por meio de
gráficos, chamados diagramas deslocamento versus tempo (s x t). No exemplo a seguir, temos um diagrama
que mostra um movimento retrógrado:
Analisando o gráfico, é possível extrair dados que deverão ajudar na resolução dos problemas:
Sabemos então que a posição inicial será a posição = 50m quando o tempo for igual a zero. Também
sabemos que a posição final s=-10m se dará quando t=2s. A partir daí, fica fácil utilizar a equação horária do
espaço e encontrar a velocidade do corpo:
Diagrama v x t
Em um movimento uniforme, a velocidade se mantém igual no decorrer do tempo. Portanto seu gráfico é
expresso por uma reta:
Dado este diagrama, uma forma de determinar o deslocamento do móvel é calcular a área sob a reta
compreendida no intervalo de tempo considerado.
254
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Velocidade Relativa
Por exemplo:
Considere dois trens andando com velocidades uniformes e que . A velocidade relativa será dada se
considerarmos que um dos trens (trem 1) está parado e o outro (trem 2) está se deslocando. Ou seja, seu
módulo será dado por .
Generalizando, podemos dizer que a velocidade relativa é a velocidade de um móvel em relação a um outro
móvel referencial.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos que este
é um Movimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente Acelerado), ou
seja, que tem aceleração constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física, acelerar
significa basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no cotidiano,
quando pensamos em acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então como
unidade teremos:
Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação de
velocidade em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:
No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se
aaceleração instantânea do móvel.
Isolando-se o :
255
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Então:
A melhor forma de demonstrar esta função é através do diagrama velocidade versus tempo (v x t) no
movimento uniformemente variado.
O deslocamento será dado pela área sob a reta da velocidade, ou seja, a área do trapézio.
logo:
256
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ou
Interpretando esta função, podemos dizer que seu gráfico será uma parábola, pois é resultado de uma
função do segundo grau.
Equação de Torricelli
Até agora, conhecemos duas equações do movimento uniformemente variado, que nos permitem associar
velocidade ou deslocamento com o tempo gasto. Torna-se prático encontrar uma função na qual seja
possível conhecer a velocidade de um móvel sem que o tempo seja conhecido.
(1)
(2)
Isolando-se t em (1):
257
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
(UFPE) Uma bala que se move a uma velocidade escalar de 200m/s, ao penetrar em um bloco de madeira
fixo sobre um muro, é desacelerada até parar. Qual o tempo que a bala levou em movimento dentro do
bloco, se a distância total percorrida em seu interior foi igual a 10cm?
Apesar de o problema pedir o tempo que a bala levou, para qualquer uma das funções horárias, precisamos
ter a aceleração, para calculá-la usa-se a Equação de Torricelli.
Movimento Vertical
Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos a pedra
e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa ou
formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos de
curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:
258
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
g=9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g=10m/s²
Lançamento Vertical
Um arremesso de um corpo, com velocidade inicial na direção vertical, recebe o nome de Lançamento
Vertical.
Sua trajetória é retilínea e vertical, e, devido à gravidade, o movimento classifica-se com Uniformemente
Variado.
As funções que regem o lançamento vertical, portanto, são as mesmas do movimento uniformemente
variado, revistas com o referencial vertical (h), onde antes era horizontal (S) e com aceleração da gravidade
(g).
g é negativo
Como a gravidade aponta sempre para baixo, quando jogamos algo para cima, o movimento será acelerado
negativamente, até parar em um ponto, o qual chamamos Altura Máxima.
259
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
g é positivo
No lançamento vertical para baixo, tanto a gravidade como o deslocamento apontam para baixo. Logo, o
movimento é acelerado positivamente. Recebe também o nome de queda livre.
Exemplo
Uma bola de futebol é chutada para cima com velocidade igual a 20m/s.
(a) Calcule quanto tempo a bola vai demorar para retornar ao solo.
(b) Qual a altura máxima atingida pela bola? Dado g=10m/s².
(a)
Neste exemplo, o movimento é uma combinação de um lançamento vertical para cima + um lançamento
vertical para baixo (que neste caso também pode ser chamado de queda livre). Então, o mais indicado é
calcularmos por partes:
Como não estamos considerando a resistência do ar, a velocidade final será igual à velocidade com que a
bola foi lançada.
260
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observamos, então, que nesta situação, onde a resistência do ar é desprezada, o tempo de subida é igual ao
de decida.
(b)
ou
Vetores
Determinado por um segmento orientado AB, é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes
a AB.
261
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Soma de vetores
v + w = (a+c,b+d)
Diferença de vetores
v - w = (a-c,b-d)
262
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
c.v = (ca,cb)
Módulo de um vetor
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:
Vetor unitário
Existem dois vetores unitários que formam a base canônica para o espaço R², que são dados por:
i = (1,0) j = (0,1)
Para construir um vetor unitário u que tenha a mesma direção e sentido que um outro vetor v, basta dividir o
vetor v pelo seu módulo, isto é:
Observação:
Para construir um vetor u paralelo a um vetor v, basta tomar u=cv, onde c é um escalar não nulo. Nesse
caso, u e v serão paralelos:
Para fazer cálculos de vetores em apenas um dos planos em que ele se apresenta, pode-se decompor este
vetor em vetores unitários em cada um dos planos apresentados.
263
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Sendo simbolizados, por convenção, î como vetor unitário do plano x e como vetor unitário do plano y.
Caso o problema a ser resolvido seja dado em três dimensões, o vetor utilizado para o plano z é o vetor
unitário .
Então, a projeção do vetor no eixo x do plano cartesiano será dado por , e sua projeção no eixo ydo
No caso onde o vetor não se encontra na origem, é possível redesenhá-lo, para que esteja na origem, ou
então descontar a parte do plano onde o vetor não é projetado.
264
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Produto escalar
Dados os vetores u=(a,b) e v=(c,d) definimos o produto escalar entre os vetores u e v, como o número real
obtido por:
Exemplos:
Através desta última definição de produto escalar, podemos obter o ângulo x entre dois vetores genéricos u
e v, como,
265
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Vetor Posição
Se colocarmos um plano cartesiano situado nesta origem, então poderemos localizar o móvel nesta
trajetória por meio de um vetor.
=P-O
Velocidade Vetorial
Vetor Velocidade Média: Considere-se um móvel percorrendo a trajetória do gráfico acima, ocupando
posições e nos instantes e , respectivamente.
Sabendo que a velocidade média é igual ao quociente do vetor deslocamento pelo intervalo de tempo:
266
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observação:
O vetor velocidade média tem a mesma direção e sentido do vetor deslocamento, pois é obtido quando
pelo vetor .
Vetor Velocidade Instantânea: Análogo à velocidade escalar instantânea, quando o intervalo de tempo
tender a zero ( ), a velocidade calculada será a velocidade instantânea.
então:
Aceleração Vetorial
Vetor Aceleração Média: Considerando um móvel que percorre uma trajetória qualquer com velocidade
em um instante e velocidade em um instante posterior , sua aceleração média será dada por:
Observação:
Assim como para o vetor velocidade, o vetor aceleração terá o mesmo sentido e mesma direção do vetor
velocidade, pois é resultado do produto deste vetor ( ) por um número escalar positivo, .
Vetor Aceleração Instantânea: A aceleração vetorial instantânea será dada quando o intervalo de tempo
tender a zero ( ).
267
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Sabendo esses conceitos, podemos definir as funções de velocidade em função do tempo, deslocamento em
função do tempo e a equação de Torricelli para notação vetorial:
Por exemplo:
(a)Qual o vetor velocidade após 10 segundos? (b)Qual a posição do móvel neste instante?
Em x:
Em y:
268
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(b)Sabendo o vetor velocidade, podemos calcular o vetor posição pela equação de Torricelli, ou pela função
horária do deslocamento, ambas na forma de vetores:
Por Torricelli:
Movimento Oblíquo
269
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento de
uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada formando
um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o corpo
sofre apenas a aceleração da gravidade.
O móvel se deslocará para a frente em uma trajetória que vai até uma altura máxima e depois volta a descer,
formando uma trajetória parabólica.
Para estudar este movimento, deve-se considerar o movimento oblíquo como sendo o resultante entre o
movimento vertical (y) e o movimento horizontal (x).
Na direção vertical o corpo realiza um Movimento Uniformemente Variado, com velocidade inicial igual
a e aceleração da gravidade (g)
Observações:
• Durante a subida a velocidade vertical diminui, chega a um ponto (altura máxima) onde ,e
desce aumentando a velocidade.
• O alcance máximo é a distância entre o ponto do lançamento e o ponto da queda do corpo, ou seja,
onde y=0.
• A velocidade instantânea é dada pela soma vetorial das velocidades horizontal e vertical, ou
seja, . O vetor velocidade é tangente à trajetória em cada momento.
Exemplo:
270
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um dardo é lançado com uma velocidade inicial v0=25m/s, formando um ângulo de 45° com a horizontal. (a)
Qual o alcance máximo (b) e a altura máxima atingida?
Para decompor o vetor em seus componentes são necessários alguns fundamentos de trigonometria:
Então:
logo:
e:
logo:
271
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
sendo
temos:
(1)
sendo
temos:
(2)
E o tempo é igual para ambas as equações, então podemos isolá-lo em (1), e substituir em (2):
(1)
e , então:
(2)
mas , então:
272
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
mas
então:
mas
Então
(b) Sabemos que quando a altura for máxima . Então, partindo da equação de Torricelli no
movimento vertical:
273
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Lançamento Horizontal
Trata-se de uma particularidade do movimento oblíquo onde o ângulo de lançamento é zero, ou seja, é
lançado horizontalmente. Por exemplo, quando uma criança chuta uma bola que cai em um penhasco, ou
quando um jardineiro está regando um jardim com uma mangueira orientada horizontalmente.
Por exemplo:
(Cefet-MG) Uma bola de pingue-pongue rola sobre uma mesa com velocidade constante de 0,2m/s. Após
sair da mesa, cai, atingindo o chão a uma distância de 0,2m dos pés da mesa. Considerando g=10m/s² e a
resistência do ar desprezível, determine:
(a)
, e cos0°=1, então:
Porém neste caso, a aceleração da gravidade (g) vai ser positiva, devido ao movimento ser no mesmo
sentido da aceleração.
274
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(b) Sabendo a altura da mesa é possível calcular o tempo gasto pela função horária do deslocamento:
Movimento Circular
Grandezas Angulares
As grandezas até agora utilizadas de deslocamento/espaço (s, h, x, y), de velocidade (v) e de aceleração (a),
eram úteis quando o objetivo era descrever movimentos lineares, mas na análise de movimentos circulares,
devemos introduzir novas grandezas, que são chamadas grandezas angulares, medidas sempre em radianos.
São elas:
Chama-se espaço angular o espaço do arco formado, quando um móvel encontra-se a uma abertura de
ângulo φ qualquer em relação ao ponto denominado origem.
275
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
E é calculado por:
Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença entre a
posição angular final e a posição angular inicial:
Sendo:
Por convenção:
Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o
deslocamento angular pelo intervalo de tempo do movimento:
Também é possível definir a velocidade angular instantânea como o limite da velocidade angular média
quando o intervalo de tempo tender a zero:
276
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade angular, definimos aceleração angular média como:
mas se isolarmos S:
mas a derivada da Posição em função do tempo é igual a velocidade linear e a derivada da Posição Angular
em função do tempo é igual a velocidade angular, logo:
mas a derivada da velocidade linear em função do tempo é igual a aceleração linear, que no movimento
circular é tangente à trajetória, e a derivada da velocidade angular em função do tempo é igual a aceleração
angular, então:
Então:
Linear Angular
S = φR
v = ωR
a = αR
Período e Frequência
277
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno ciclico se repita. Sua unidade é a unidade
de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência(f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade mais
comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a frequência
equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Um corpo está em Movimento Curvilíneo Uniforme, se sua trajetória for descrita por um círculo com um
"eixo de rotação" a uma distância R, e sua velocidade for constante, ou seja, a mesma em todos os pontos do
percurso.
No cotidiano, observamos muitos exemplos de MCU, como uma roda gigante, um carrossel ou as pás de um
ventilador girando.
Embora a velocidade linear seja constante, ela sofre mudança de direção e sentido, logo existe uma
aceleração, mas como esta aceleração não influencia no módulo da velocidade, chamamos de Aceleração
Centrípeta.
Sabendo que e que , pode-se converter a função horária do espaço linear para o espaço
angular:
então:
278
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Quando um corpo, que descreve trajetória circular, e sofre mudança na sua velocidade angular, então este
corpo tem aceleração angular (α).
As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas quando
divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas lineares Grandezas angulares
E, aceleração resultante é dada pela soma vetorial da aceleração tangencial e da aceleração centípeta:
Exemplo:
Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a 2rad/s².
279
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dinâmica
Quando se fala em dinâmica de corpos, a imagem que vem à cabeça é a clássica e mitológica de Isaac
Newton, lendo seu livro sob uma macieira. Repentinamente, uma maçã cai sobre a sua cabeça. Segundo
consta, este foi o primeiro passo para o entendimento da gravidade, que atraia a maçã.
Na cinemática, estuda-se o movimento sem compreender sua causa. Na dinâmica, estudamos a relação
entre a força e movimento.
280
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreendê-lo, pode-se basear em efeitos causados por ela,
como:
Aceleração: faz com que o corpo altere a sua velocidade, quando uma força é aplicada.
Deformação: faz com que o corpo mude seu formato, quando sofre a ação de uma força.
Força Resultante: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um corpo.
Leis de Newton
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que
justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.
• Quando estamos dentro de um carro, e este contorna uma curva, nosso corpo tende a permanecer
com a mesma velocidade vetorial a que estava submetido antes da curva, isto dá a impressão que se
está sendo "jogado" para o lado contrário à curva. Isso porque a velocidade vetorial é tangente a
trajetória.
• Quando estamos em um carro em movimento e este freia repentinamente, nos sentimos como se
fôssemos atirados para frente, pois nosso corpo tende a continuar em movimento.
estes e vários outros efeitos semelhantes são explicados pelo princípio da inércia, cujo enunciado é:
281
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
"Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento tende a permanecer
em movimento."
Então, conclui-se que um corpo só altera seu estado de inércia, se alguém, ou alguma coisa aplicar nele uma
força resultante diferente se zero.
Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de um
corpo pela sua massa, ou seja:
ou em módulo: F=ma
Onde:
A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg m/s² (quilograma metro por
segundo ao quadrado).
Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=ma
12=2a
a=6m/s²
Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e tem
massa desprezível.
282
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .
Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força de ação. mas
conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção iguais, e
sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
"As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de reação."
Força Peso
Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que sempre
atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superficie.
Relacionando com a 2ª Lei de Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade, quando
aplicada a ele o principio fundamental da dinâmica poderemos dizer que:
ou em módulo:
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser váriável, quando a gravidade variar, ou
seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de força peso, que é o
kilograma-força, que por definição é:
283
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Saiba mais...
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do "peso" medido na
balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a
nossamassa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical.
Analisando um corpo que encontra-se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.
Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere sua
velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em sentidos
opostos elas se anularão.
Por exemplo:
(a)
284
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(b)
Força de Atrito
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por onde
este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este
se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será totalmente
livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
• Se opõe ao movimento;
• Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
• É proporcional à força normal de cada corpo;
• Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
Onde:
Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que se
aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Atrito Estático
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste caso,
é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: .
Então:
285
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Atrito Dinâmico
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento,
e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente de
atrito cinético:
Então:
Força Elástica
Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação de
nenhuma força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir,
dependendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que a
deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada Lei de
Hooke:
Onde:
Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é 150N/m.
Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
286
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Força Centrípeta
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela
mudança da direção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton,
calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento
circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é constante,
logo, a força centrípeta também é constante.
Sabendo que:
ou
Então:
A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à trajetória.
Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg, qual é a
intensidade da força centrípeta?
Plano Inclinado
287
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Obviamente, na trajetória inclinada, pois no primeiro caso, teremos que realizar uma força que seja maior
que o peso do corpo. Já no segundo caso, Defermos fazer uma força que seja maior que uma das
componentes de seu peso, neste caso, a componete horizontal, que terá instensidade menor conforme o
ângulo formado for menor.
Por isso, no nosso cotidiano, usamos muito o plano inclinado para facilitar certas tarefas.
A força Peso e a força Normal, neste caso, não tem o mesma direção pois, como já vimos, a força Peso, é
causada pela aceleração da gravidade, que tem origem no centro da Terra, logo a força Peso têm sempre
direção vertical. Já a força Normal é a força de reação, e têm origem na superfície onde o movimento ocorre,
logo tem um ângulo igual ao plano do movimento.
Para que seja possível realizar este cálculo devemos estabelecer algumas relações:
288
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
•Podemos definir o plano cartesiano com inclinação igual ao plano inclinado, ou seja, com o eixo x
formando um ângulo igual ao do plano, e o eixo y, perpendicular ao eixo x;
•A força Normal será igual à decomposição da força Peso no eixo y;
•A decomposição da força Peso no eixo x será a responsável pelo deslocamento do bloco;
•O ângulo formado entre a força Peso e a sua decomposição no eixo y, será igual ao ângulo formado
entre o plano e a horizontal;
•Se houver força de atrito, esta se oporá ao movimento, neste caso, apontará para cima.
Em y:
como o bloco não se desloca para baixo e nem para cima, esta resultante é nula, então:
mas
então:
Em x:
mas
então:
Exemplo:
Um corpo de massa 12kg é abandonado sobre um plano inclinado formando 30° com a horizontal. O
coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e o plano é 0,2. Qual é a aceleração do bloco?
289
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Em y:
Em x:
Sistemas
Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano
inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.
Corpos em contato
290
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Quando uma força é aplicada à corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que atuam entre
eles e que se anulam.
Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que atuam
entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
Exemplo:
291
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um fio ideal é caracterizado por ter massa desprezível, ser inextensível e flexível, ou seja, é capaz de
transmitir totalmente a força aplicada nele de uma extremidade à outra.
Como o fio ideal tem capacidade de transmitir integralmente a força aplicada em sua extremidade, podemos
tratar o sistema como se os corpos estivessem encostados:
Um polia ideal tem a capacidade de mudar a direção do fio e transmitir a força integralmente.
292
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Como as forças Peso e Normal no bloco se anulam, é fácil verificar que as forças que causam o movimento
são a Tração e o Peso do Bloco B.
293
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Trabalho
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja, o
Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um deslocamento
no corpo.
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam ângulo
entre si, calculamos o trabalho:
Exemplo:
294
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração de
1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas componentes
paralelas e perpendiculares:
Ou seja:
Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem trabalho.
Logo:
295
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é paralela
ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força é contrária
ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
Para calcular o trabalho de uma força que varia devemos empregar técnicas de integração, que é uma
técnica matemática estudada no nível superior, mas para simplificar este cálculo, podemos calcular este
trabalho por meio do cálculo da área sob a curva no diagrama
Calcular a área sob a curva é uma técnica válida para forças que não variam também.
Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre o
corpo e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.
Então:
296
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Potência
Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o outro
demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:
Então:
Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:
Exemplo:
297
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?
Energia Mecânica
Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos sistemas
físicos.
• Energia Cinética;
• Energia Potencial Gravitacional;
• Energia Potencial Elástica;
Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe o
corpo em movimento.
298
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Ou seja:
Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s² até
parar?
Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de ser
transformada em energia cinética.
299
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de
referência (solo, chão de uma sala, ...).
Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui, perde
Energia Potencial Gravitacional.
Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
Então:
300
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:
Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você corre,
transforma a energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a conservação de
energia mecânica.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser
abandonada, a pedra tem energia cinética nula ( já que não está em movimento) e energia potencial total.
Quando a pedra chegar ao solo, sua energia cinética sera total, e a energia potencial nula ( já que a altura
será zero).
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia mecânica é
conservada, então:
Exemplos:
301
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
1) Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará ao
solo?
2) Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com velocidade constante igual a 12m/s, ao encontrar uma
mola de constante elástica igual a 2000N/m este diminui sua velocidade até parar, qual a compressão na
mola neste momento?
Impulso
Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja um interação entre dois
corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força constante,
durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:
• Módulo:
• Direção: a mesma do vetor F.
302
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o intervalo de
tempo de interação:
A = F.Δt = I
Quantidade de Movimento
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente ou
parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
• Módulo:
• Direção: a mesma da velocidade.
• Sentido: a mesma da velocidade.
• Unidade no SI: kg.m/s.
Exemplo:
Teorema do Impulso
303
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Como vimos:
então:
"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."
Exemplo:
Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para que
sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?
Assim como a energia mecânica, a quantidade de movimento também é mantida quando não há forças
dissipativas, ou seja, o sistema é conservativo, fechado ou mecanicamente isolado.
304
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Como a massa de um corpo, ou mesmo de um sistema, dificilmente varia, o que sofre alteração é a
velocidade deles.
Exemplo:
Um corpo de massa 4kg, se desloca com velocidade constante igual a 10m/s. Um outro corpo de massa 5kg
é lançado com velocidade constante de 20m/s em direção ao outro bloco. Quando os dois se chocarem
ficarão presos por um velcro colocado em suas extremidades. Qual será a velocidade que os corpos unidos
terão?
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar que a
temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que
ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia térmica do
corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que chamamos calor.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule (J). Uma caloria
equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água pura, sob
pressão normal, de 14,5°C para 15,5°C.
1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples.
Como 1 caloria é uma unidade pequena, utilizamos muito o seu múltiplo, a quilocaloria.
305
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
1 kcal = 10³cal
Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da temperatura
de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz que a
quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa, da variação da temperatura e de uma
constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo denominada calor específico.
Assim:
Onde:
Substância c (cal/g°C)
Alumínio 0,219
Água 1,000
Álcool 0,590
Cobre 0,093
Chumbo 0,031
Estanho 0,055
Ferro 0,119
Gelo 0,550
Mercúrio 0,033
Ouro 0,031
Prata 0,056
Vapor d'água 0,480
Zinco 0,093
Quando:
306
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2kg de 20°C para 200°C?
Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2kg = 2000g
Calor latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos corpos. Em alguns
casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a quantidade de calor calculada de
calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma constante de
proporcionalidade (L).
Assim:
Além de depender da natureza da substância, este valor numérico depende de cada mudança de estado
físico.
Quando:
Exemplo:
307
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água=1g/cm³ e calor latente de vaporização da água=540cal/g.
Assim:
Curva de aquecimento
Ao estudarmos os valores de calor latente, observamos que estes não dependem da variação de
temperatura. Assim podemos elaborar um gráfico de temperatura em função da quantidade de calor
absorvida. Chamamos este gráfico de Curva de Aquecimento:
Trocas de calor
Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um
aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o
ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os
corpos não trocam calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram, toda a energia térmica
passa de um corpo ao outro.
308
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Como, ao absorver calor Q>0 e ao transmitir calor Q<0, a soma de todas as energias térmicas é nula, ou seja:
ΣQ=0
Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto sensível como latente.
Exemplo:
Qual a temperatura de equilíbrio entre uma bloco de alumínio de 200g à 20°C mergulhado em um litro de
água à 80°C? Dados calor específico: água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C.
Capacidade térmica
É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua temperatura varie uma
unidade.
Transmissão de Calor
309
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Em certas situações, mesmo não havendo o contato físico entre os corpos, é possível sentir que algo está
mais quente. Como quando chega-se perto do fogo de uma lareira. Assim, concluímos que de alguma forma
o calor emana desses corpos "mais quentes" podendo se propagar de diversas maneiras.
Como já vimos anteriormente, o fluxo de calor acontece no sentido da maior para a menor temperatura.
• condução;
• convecção;
• irradiação.
Fluxo de Calor
Para que um corpo seja aquecido, normalmente, usa-se uma fonte térmica de potência constante, ou seja,
uma fonte capaz de fornecer uma quantidade de calor por unidade de tempo.
Definimos fluxo de calor (Φ) que a fonte fornece de maneira constante como o quociente entre a quantidade
de calor (Q) e o intervalo de tempo de exposição (Δt):
Sendo a unidade adotada para fluxo de calor, no sistema internacional, o Watt (W), que corresponde a Joule
por segundo, embora também sejam muito usada a unidade caloria/segundo (cal/s) e seus
múltiplos: caloria/minuto (cal/min) e quilocaloria/segundo (kcal/s).
Exemplo:
Uma fonte de potência constante igual a 100W é utilizada para aumentar a temperatura 100g de mercúrio
30°C. Sendo o calor específico do mercúrio 0,033cal/g.°C e 1cal=4,186J, quanto tempo a fonte demora para
realizar este aquecimento?
310
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Condução Térmica
É a situação em que o calor se propaga através de um "condutor". Ou seja, apesar de não estar em contato
direto com a fonte de calor um corpo pode ser modificar sua energia térmica se houver condução de calor
por outro corpo, ou por outra parte do mesmo corpo.
Por exemplo, enquanto cozinha-se algo, se deixarmos uma colher encostada na panela, que está sobre o
fogo, depois de um tempo ela esquentará também.
Este fenômeno acontece, pois, ao aquecermos a panela, suas moléculas começam a agitar-se mais, como a
panela está em contato com a colher, as moléculas em agitação maior provocam uma agitação nas
moléculas da colher, causando aumento de sua energia térmica, logo, o aquecimento dela.
Também é por este motivo que, apesar de apenas a parte inferior da panela estar diretamente em contato
com o fogo, sua parte superior também esquenta.
Convecção Térmica
A convecção consiste no movimento dos fluidos, e é o princípio fundamental da compreensão do vento, por
exemplo.
O ar que está nas planícies é aquecido pelo sol e pelo solo, assim ficando mais leve e subindo. Então as
massas de ar que estão nas montanhas, e que está mais frio que o das planícies, toma o lugar vago pelo ar
aquecido, e a massa aquecida se desloca até os lugares mais altos, onde resfriam. Estes movimentos causam,
entre outros fenômenos naturais, o vento.
Formalmente, convecção é o fenômeno no qual o calor se propaga por meio do movimento de massas
fluidas de densidades diferentes.
Irradiação Térmica
É a propagação de energia térmica que não necessita de um meio material para acontecer, pois o calor se
propaga através de ondas eletromagnéticas.
Imagine um forno microondas. Este aparelho aquece os alimentos sem haver contato com eles, e ao
contrário do forno à gás, não é necessário que ele aqueça o ar. Enquanto o alimento é aquecido há uma
emissão de microondas que fazem sua energia térmica aumentar, aumentando a temperatura.
311
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O corpo que emite a energia radiante é chamado emissor ou radiador e o corpo que recebe, o receptor.
Temperatura
Chamamos de Termologia a parte da física que estuda os fenômenos relativos ao calor, aquecimento,
resfriamento, mudanças de estado físico, mudanças de temperatura, etc.
Fisicamente o conceito dado a quente e frio é um pouco diferente do que costumamos usar no nosso
cotidiano. Podemos definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se muito, ou seja, com
alta energia cinética. Analogamente, um corpo frio, é aquele que tem baixa agitação das suas moléculas.
Ao aumentar a temperatura de um corpo ou sistema pode-se dizer que está se aumentando o estado de
agitação de suas moléculas.
Ao tirarmos uma garrafa de água mineral da geladeira ou ao retirar um bolo de um forno, percebemos que
após algum tempo, ambas tendem a chegar à temperatura do ambiente. Ou seja, a água "esquenta" e o bolo
"esfria". Quando dois corpos ou sistemas atingem o mesma temperatura, dizemos que estes corpos ou
sistemas estão em equilíbrio térmico.
Escalas Termométricas
Para que seja possível medir a temperatura de um corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado
termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que consiste em um vidro graduado com um bulbo de paredes
finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as moléculas de mercúrio aumentam sua agitação fazendo
com que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada altura atingida pelo mercúrio está associada
uma temperatura.
Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo e físico sueco
Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a temperatura de congelamento da
água sob pressão normal (0°C) e a temperatura de ebulição da água sob pressão normal (100°C).
Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708 pelo físico
alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de gelo
e cloreto de amônia (0°F) e a temperatura do corpo humano (100°F).
312
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
0°C=32°F
100°C=212°F
Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson (1824-1907),
também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do menor estado de
agitação de qualquer molécula (0K) e é calculada apartir da escala Celsius.
Por convenção, não se usa "grau" para esta escala, ou seja 0K, lê-se zero kelvin e não zero grau kelvin. Em
comparação com a escala Celsius:
-273°C=0K
0°C=273K
100°C=373K
Para que seja possível expressar temperaturas dadas em uma certa escala para outra qualquer deve-se
estabelecer uma convenção geométrica de semelhança.
Por exemplo, convertendo uma temperatura qualquer dada em escala Fahrenheit para escala Celsius:
313
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Exemplo:
314
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Algumas temperaturas:
Escala Fahrenheit
Escala Celsius (°C) Escala Kelvin (K)
(°F)
Ar liquefeito -39 -38,2 243
Maior Temperatura na superfície da
58 136 331
Terra
Menor Temperatura na superfície da
-89 -128 184
Terra
Ponto de combustão da madeira 250 482 523
Ponto de combustão do papel 184 363 257
Ponto de fusão do chumbo 327 620 600
Ponto de fusão do ferro 1535 2795 1808
Ponto do gelo 0 32 273,15
Ponto de solidificação do mercúrio -39 -38,2 234
Ponto do vapor 100 212 373,15
Temperatura na chama do gás natural 660 1220 933
Temperatura na superfície do Sol 5530 10000 5800
Zero absoluto -273,15 -459,67 0
315
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Para que um dado sistema realize trabalho às custas da energia retirada na forma de calor de certa fonte
térmica por um processo cíclico são necessárias duas fontes térmicas com temperaturas diferentes. Os
dispositivos que realizam tal atividade por processos cíclicos são chamados de máquinas térmicas (M, na
figura). Uma máquina térmica retira certa quantidade de energia na forma de calor (Q 2 ) da fonte quente e
transfere uma parcela desta energia (Q 1 ) para a fonte fria. Em um ciclo completo, o sistema retorna ao
estado inicial, de modo que U = 0, já que a energia interna é função de estado. Então, o trabalho realizado
em cada ciclo fica: W = Q 2 - Q 1 .
O rendimento mede a
eficiência com que uma
máquina térmica
converte o fluxo de
energia na forma de calor
em fluxo de energia na
forma de trabalho. O rendimento é definido como a razão entre o trabalho realizado no ciclo e a quantidade
de energia retirada da fonte quente na forma de calor:
= W/Q 2 ou = 1 - Q 1 /Q 2
Pelo enunciado de Kelvin para a segunda lei da Termodinâmica, Q 1 é sempre diferente de zere e daí, < 1.
Portanto, é impossível construir uma máquina térmica que transforme integralmente a energia retirada de
uma fonte térmica na forma de calor em trabalho por um processo cíclico.
Refrigeradores são dispositivos que retiram energia na forma de calor de uma fonte fria e a transferem para
uma fonte quente (R, na figura). Nesta transferência, é indispensável fornecer trabalho para realizar o ciclo.
Sendo Q 1 a energia retirada como calor da fonte fria e W, o trabalho realizado sobre o sistema, a energia
transferida como calor para a fonte quente é Q 2 = W + Q 1 . Para um refrigerador, define-se a eficiência e
pela relação:
= Q1/W
ou
= Q 1 /(Q 2 - Q 1 )
Pelo enunciado de Clausius para a segunda lei da Termodinâmica, W é sempre diferente de zero. Assim, é
impossível a um refrigerador, operando em ciclos, transferir energia na forma de calor de uma fonte fria para
uma fonte quente sem receber trabalho. O problema, agora, é descobrir qual o máximo rendimento que se
316
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
pode obter com uma máquina térmica que funcione entre duas fontes dadas. A resposta está no teorema de
Carnot:
Todas as máquinas térmicas que funcionam reversivelmente entre as mesmas temperaturas das fontes fria e
quente possuem o mesmo rendimento.
Para demonstrar o teorema, consideremos duas máquinas reversíveis A e B, com rendimentos e ',
respectivamente.
Então W’ > W e Q 1 ’ < Q 1 . Como as máquinas são reversíveis, podemos acoplar uma a outra mas com a
máquina A operando como refrigerador. O resultado efetivo, então, é o seguinte:
Portanto, existe como único efeito a produção de trabalho às custas da energia retirada na forma de calor de
uma única fonte térmica. Como isto viola a segunda lei da Termodinâmica (enunciado de Kelvin), a condição
< ' é falsa.
O mesmo argumento pode ser repetido, apenas trocando entre si os papéis desempenhados pelas duas
máquinas. Assim, a máquina B opera agora como refrigerador. E chegamos a conclusão de que a condição
que > h' é falsa. Como h não pode ser maior nem menor do que ', então = '. Isto demonstra o teorema de
Carnot.
Uma conseqüência imediata deste teorema é o seguinte: uma máquina térmica irreversível sempre tem um
rendimento menor do que uma máquina reversível que opere entre as mesmas temperaturas. Para
demonstrar este fato, suponhamos que a máquina B seja irreversível. Na primeira parte da demonstração do
teorema de Carnot mostramos que a condição h < ' é falsa. Mas, agora, a condição > ' não é falsa. Como
temos W’ < W e Q1’ > Q1, ao acoplar as duas máquinas como antes, o resultado efetivo é o seguinte:
a fonte fria recebe a quantidade (Q 1 ' - Q 1 ) de energia na forma de calor existe o consumo de uma
quantidade (W - W’) de energia na forma de trabalho.
Assim, para que se obtenha o máximo rendimento, os processos envolvidos devem ser reversíveis.
Um argumento interessante para mostrar que o trabalho é máximo (e daí, também o rendimento) quando o
processo em questão é reversível é o seguinte. Consideremos um gás dentro de um cilindro fechado por um
317
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
pistão móvel e sem atrito, sobre o qual repousa um corpo A, de massa m. O gás está isolado termicamente e
em equilíbrio. Para descobrir que processo (adiabático) permite ao gás realizar o máximo de trabalho contra
a vizinhança, como primeira tentativa, deslocamos o corpo A horizontalmente [figura (a)]. Com isso, o pistão
dispara para cima e (depois de algumas oscilações) atinge um estado de equilíbrio a uma certa altura h.
Como o corpo A não foi deslocado verticalmente, o trabalho realizado pelo gás sobre o corpo é nulo.
Como segunda
tentativa (e partindo
do mesmo estado
inicial) deslocamos
metade do corpo A
horizontalmente [figura (b)]. Com isso, o pistão dispara para cima e alcança o equilíbrio a uma altura h/2.
Então, deslocamos horizontalmente a outra metade do corpo A e, com isso, o pistão alcança a posição de
equilíbrio final elevando-se mais h/2. Nesta segunda tentativa, o gás realizou trabalho sobre a metade do
corpo A, elevando-a a uma altura h/2. Então:
W = (m/2)g(h/2) = (1/4)mgh
Como terceira tentativa, dividimos o corpo A em três partes iguais, repetindo o procedimento feito na
segunda tentativa, deslocando-se horizontalmente uma parte de cada vez. Assim, o trabalho realizado pelo
gás fica:
A partir dos resultados destas tentativas podemos perceber que o trabalho realizado pelo gás é máximo
quando o corpo A for dividido no maior número possível de partes e estas forem, uma a uma, deslocadas
horizontalmente. Cada vez que movemos horizontalmente uma dessas partes, o gás sofre uma pequena
mudança com o pistão subindo uma pequena fração da altura h. A última parte do corpo original será
deslocada horizontalmente com o pistão quase na altura h. No final das contas, o trabalho realizado
pelo gás é equivalente ao trabalho de elevar o corpo A até uma altura h/2. E então:
W = W MAX = (1/2)mgh
O processo levado em passos infinitesimais (e sem atrito) é o que permite ao gás realizar o trabalho máximo.
O processo levado em passos infinitesimais é quase-estático e porque não existe atrito, é reversível.
Como a condução de energia na forma de calor é irreversível, as trocas de energia na forma de calor com as
fontes quente e fria devem ser isotérmicas (cada troca à temperatura da respectiva fonte). Pela mesma razão,
os processos onde há variações de temperatura devem ser adiabáticos, sem troca de energia na forma de
calor. Em outras palavras, uma máquina reversível que funcione entre duas temperaturas deve operar
318
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Então, o rendimento de uma máquina de Carnot pode ser expresso em função das temperaturas absolutas
das duas fontes:
= 1 - T 1 /T 2
independentemente da substância de operação na máquina. Assim, fica evidente que todas as máquinas
térmicas de Carnot que trabalham entre as mesmas temperaturas T1 e T 2 têm o mesmo rendimento. Uma
máquina real sempre terá um rendimento menor do que o rendimento das máquinas de Carnot que
trabalham entre as mesmas duas temperaturas.
Do mesmo modo, a eficiência de um refrigerador de Carnot pode ser expressa em função das temperaturas
absolutas das duas fontes:
= T 1 /(T 1 - T 2
Termoquímica
As transformações físicas e as reações químicas quase sempre estão envolvidas em perda ou ganho de calor.
O calor é uma das formas de energia mais comum que se conhece.
A Termoquimica é uma parte da Química que faz o estudo das quantidades de calor liberadas ou absorvidas
durante as reações químicas. A maioria das reações químicas envolve perda ou ganho de calor (energia).
As transformações físicas também são acompanhadas de calor, como ocorre na mudanda de estados físicos
da matéria.
absorção de calor
319
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
liberação de calor
Quando a substância passa do estado físico sólido para liquido e em seguida para gasoso, ocorre absorção
de calor.
Quando a substância passa do estado gasoso para líquido e em seguida para sólido, ocorre liberação de
calor.
Essa energia que vem das reações químicas é decorrente de rearranjo das ligações químicas dos reagentes
transformando-se em produtos. Essa energia armazenada é a ENTALPIA (H). É a energia que vem de dentro
da molécula.
Nas reações químicas não é necessário calcular a entalpia. Devemos calcular, geralmente, a variação de
entalpia (ΔH).
A variação de entalpia é a diferença entre a entalpia dos produtos e a entalpia dos reagentes.
UNIDADE DE CALOR
Tipos de Reações
REAÇÃO ENDOTÉRMICA
320
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
REAÇÃO EXOTÉRMICA
321
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ENTALPIA
Tipos de Entalpias
A Entalpia de formação é a energia da reação quando forma 1 mol de substância, a partir das substâncias
químicas (elemento no seu estado padrão).
Estado Padrão: é a forma mais estável de uma substância a 25°C e a 1atm de pressão. São as substâncias
simples.
As substâncias que participam da reação de formação devem ser simples. Devem informar o estado físico.
Sua variação de entalpia de formação padrão é zero.
322
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Isto quer dizer que para formar 1 mol de NH3 a reção produz 11 kcal de energia.
Este cálculo pode ser feito utilizando a fórmula da variação de entalpia e utilizando alguns dados tabelados.
Exemplo:
Escreva a reação de formação para cada substância abaixo, indicando o valor da entalpia de formação de
SO3(g):
1°) montar a reação de formação:
Entalpia de Combustão
323
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É sempre uma reação exotérmica. É o calor liberado na reação de combustão de 1 mol de uma substância
em presença de gás oxigênio O2(g)
COMBUSTÃO INCOMPLETA: menos quantidade de oxigênio. Produz menos quantidade de energia. Forma
mais resíduos como monóxido de carbono (CO) e água (H2O).
Exemplo:
Qual o valor da entalpia de combustão do benzeno (C6H6)?
Dados:
324
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Entalpia de Ligação
Durante as reações químicas, as ligações químicas dos reagentes e produtos são alteradas. Podemos calcular
o ΔH pela análise desses novos rearranjos.
A entalpia de ligação é a variação de entalpia verificada na quebra de 1mol de uma determinada ligação
química, sendo que todas as substâncias estejam no estado gasoso, a 25° C e 1atm.
325
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A partir desta tabela com dados das ligações de alguns elementos é possível calcular também outras
entalpias, como por exemplo a de combustão e a de formação.
Entalpia de Neutralização
É a entalpia de uma reação de neutralização (entre um ácido e uma base formando sal e água). A reação é
exotérmica.
É a variação de entalpia verificada na neutralização de 1mol de H+ do ácido por 1mol de OH-da base, sendo
todas as substâncias em diluição total ou infinita, a 25°C e 1atm.
Exemplos:
Entalpia de Dissolução
326
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LEI DE HESS
O químico e médico Germain Henry Hess (1802-1850) desenvolveu importantes trabalhos na área de
Termoquímica.
A Lei de Hess é uma lei experimental e estabelece que a variação de entalpia de uma reação química
depende apenas dos estados inicial e final da reação.
A Lei de Hess também pode ser chamada de Lei da Soma dos Calores de Reação. É uma forma de calcular a
variação de entalpia através dos calores das reações intermediárias. Podem ser infinitas variações de entalpia.
Exemplo:
Qual o valor da variação de entalpia da reação a seguir?
Resolução:
______________________________________
327
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observe que a ΔH1e ΔH2 são somadas, obtendo-se o valor da variação de entalpia. As equações químicas
também são somadas, obtendo-se a reação global.
Para montar as equações e aplicar a Lei de Hess, podemos fazer algumas alterações matemáticas, seguindo
as seguintes regras:
1°) as equações intermediárias devem estar de acordo com a reação global. Coloca-se as equações (dados)
na ordem que reagem ou são produzidas. Se não estiverem de acordo, troca-se o sinal da ΔH;
2°) acertar os coeficientes também de acordo com a reação global. Se a equação for multiplicada, a ΔH
também deve ser multiplicada pelo mesmo número.
3°) realizar o somatório para montar a reação global;
4°) somar os valores das ΔH das equações intermediárias para achar a ΔH da reação global.
Exemplo:
Dados:
Resolução:
Deve-se escrever todas as equações intermediárias (dados) de acordo com a reação global. Na primeira
equação, o que há em comum é o C(grafite). Então ele deve ser escrito da mesma forma (como reagente e
1mol).
A segunda equação tem em comum com a reação global o H2(g). Nos dados, esta esécie química não está
exatamente igual como na global. Deve-se multiplicar toda a equação por 2, inclusive a ΔH2
A terceira equação tem em comum com a reação global o CH4(g). deve-se inverter a posição desta equação
e portanto trocar o sinal da ΔH3
328
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Gases são fluidos no estado gasoso, a característica que o difere dos fluidos líquidos é que, quando colocado
em um recipiente, este tem a capacidade de ocupa-lo totalmente. A maior parte dos elementos químicos
não-metálicos conhecidos são encontrados no seu estado gasoso, em temperatura ambiente.
As moléculas do gás, ao se movimentarem, colidem com as outras moléculas e com as paredes do recipiente
onde se encontram, exercendo uma pressão, chamada de pressão do gás.
Ao ter a temperatura aumentada, as moléculas do gás aumentam sua agitação, provocando mais colisões.
Ao aumentar o volume do recipiente, as moléculas tem mais espaço para se deslocar, logo, as colisões
diminuem, diminuindo a pressão.
Onde:
p=pressão
m=massa do gás
V=volume do gás.
Devido às colisões entre si e com as paredes do recipiente, as moléculas mudam a sua velocidade e direção,
ocasionando uma variação de energia cinética de cada uma delas. No entanto, a energia cinética média do
gás permanece a mesma.
329
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Onde:
O número de mols do gás é calculado utilizando-se sua massa molar, encontrado em tabelas periódicas e
através da constante de Avogadro.
Transformação Isotérmica
A palavra isotérmica se refere a mesma temperatura, logo uma transformação isotérmica de uma gás, ocorre
quando a temperatura inicial é conservada.
A lei física que expressa essa relação é conhecida com Lei de Boyle e é matematicamente expressa por:
Onde:
p=pressão
V=volume
Como esta constante é a mesma para um mesmo gás, ao ser transformado, é válida a relação:
Exemplo:
Certo gás contido em um recipiente de 1m³ com êmbolo exerce uma pressão de 250Pa. Ao ser comprimido
isotérmicamente a um volume de 0,6m³ qual será a pressão exercida pelo gás?
330
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Transformação Isobárica
Regida pela Lei de Charles e Gay-Lussac, esta transformação pode ser expressa por:
Onde:
V=volume;
T=temperatura absoluta;
Exemplo:
Um gás de volume 0,5m³ à temperatura de 20ºC é aquecido até a temperatura de 70ºC. Qual será o volume
ocupado por ele, se esta transformação acontecer sob pressão constante?
É importante lembrarmos que a temperatura considerada deve ser a temperatura absoluta do gás (escala
Kelvin) assim, o primeiro passo para a resolução do exercício é a conversão de escalas termométricas:
Lembrando que:
Então:
331
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Transformação Isométrica
A transformação isométrica também pode ser chamada isocórica e assim como nas outras transformações
vistas, a isométrica se baseia em uma relação em que, para este caso, o volume se mantém.
Onde:
p=pressão;
Como para um mesmo gás, a constante é sempre a mesma, garantindo a validade da relação:
Exemplo:
Um gás que se encontra à temperatura de 200K é aquecido até 300K, sem mudar de volume. Se a pressão
exercida no final do processo de aquecimento é 1000Pa, qual era a pressão inicial?
Equação de Clapeyron
Relacionando as Leis de Boyle, Charles Gay-Lussac e de Charles é possível estabelecer uma equação que
relacione as variáveis de estado: pressão (p), volume (V) e temperatura absoluta (T) de um gás.
Esta equação é chamada Equação de Clapeyron, em homenagem ao físico francês Paul Emile Clapeyron que
foi quem a estabeleceu.
Onde:
p=pressão;
V=volume;
332
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
T=temperatura absoluta.
Exemplo:
(1) Qual é o volume ocupado por um mol de gás perfeito submetido à pressão de 5000N/m², a uma
temperatura igual a 50°C?
Dado: 1atm=10000N/m² e
Através da equação de Clapeyron é possível obter uma lei que relaciona dois estados diferentes de uma
transformação gasosa, desde que não haja variação na massa do gás.
333
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
BLOCO 3
A evolução das tecnologias, equipamentos e sistemas de controle de processos industriais, sempre objetivam
a eliminação ou minimização de algum problema gerado pela implementação anterior, entretanto sempre
que se desenvolve uma nova solução buscando a obtenção de maiores vantagens, a mesma traz consigo,
algumas desvantagens intrínsecas. A definição pela utilização ou não da nova solução é sempre baseada em
uma análise da relação custo x benefício disponibilizada.
Com a evolução dos sistemas eletrônicos, os quais ficaram mais robustos, assim como, com o
desenvolvimento das comunicações digitais, pode-se retornar os elementos controladores para o campo,
diminuindo o atraso e a dificuldade de manutenção, sem contudo perder-se as funcionalidades de
monitoramento, ajuste e configuração a partir de uma localização remota, podendo-se, em alguns casos,
efetua-los via internet, inclusive utilizando-se sistemas wireless.
A implementação que permitiu essa evolução foi denominada Rede de Chão de Fábrica, sendo inicialmente
uma tecnologia proprietárias. A tecnologia atual evoluiu dessas implementações, concretizando os
chamados Protocolos Abertos de Comunicação Digital, os quais possuem normas bem definidas e de
334
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
domínio público, que se seguidas, garantem a intercomunicação entre equipamentos certificados, os quais
podem ser fornecidos por vários fabricantes diferentes.
Esses protocolos ficaram conhecidos como Barramentos de Campo ou Fieldbuses, sendo os mesmos,
classificados quanto ao tipo de dispositivo que comunicam e quanto ao formato dos dados que
transportam. Esta classificação abrange as redes Sensorbus, Devicebus e Fieldbus, sendo cada uma destas,
mais vantajosa para uma determinada aplicação específica.
O controle de processos industriais, no início de sua implantação, era totalmente executado de forma
manual, necessitando da interferência constante de um operador, o qual era responsável por monitorar suas
variáveis e intervir de forma corretiva visando à manutenção dos valores das mesmas, dentro de limites pré-
estabelecidos.
Muito rapidamente identificou-se que esse tipo de controle não era eficiente, pois existia um retardo muito
grande na correção do valor da variável, resultando em amplitudes excessivamente grandes de variação. Isso
demonstrou concretamente sua inviabilidade para o controle de processos que priorizavam a qualidade do
produto e/ou a segurança em suas instalações.
Esse por sua vez, efetuava comparações entre esse valor e um valor de referencia, emitindo um comando de
correção, caso os mesmos apresentassem alguma diferença. Este comando de correção era transmitido por
um determinado meio de comunicação até um atuador, o qual se responsabilizaria pela ação de correção da
variável, forçando-a a se aproximar cada vez mais do referido valor de referência.
Com isso, foram desenvolvidas estratégias que, a exemplo do controle PID (Proporcional, Integral,
Derivativo), possibilitaram a realização de um controle da variável do processo, diminuindo a amplitude de
sua variação e estabilizando-a em um tempo suficientemente curto.
335
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O desenvolvimento desse
tipo de controle trouxe várias
vantagens, a citar:
• Aumento da
produtividade;
• Diminuição dos acidentes de trabalho, a partir de uma menor presença humana em áreas insalubres e/ou
perigosas;
• Aumento da qualidade dos produtos, a partir da diminuição do tempo necessário à correção dos
parâmetros e do aumento de precisão no ajuste dos mesmos.
A primeira
metodologia de
transmissão de
informações entre os
componentes dos
sistemas de controle
utilizava, a tecnologia
pneumática, a qual
funcionava através da
emissão de um sinal analógico, modulado proporcionalmente ao valor da variável medida, sendo esta
tecnologia a primeira a receber uma faixa padronizada de valores (3 e 15 psi), podendo ainda hoje se
encontrar, em malhas de controle mais antigas, equipamentos funcionando perfeitamente com esse tipo de
metodologia.
A segunda metodologia de transmissão já utilizava sinais de corrente elétrica, os quais também eram
analógicos e modulados proporcionalmente ao valor da variável medida. Os mesmos foram padronizados na
336
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
faixa de 4 a 20 mA, possuindo como vantagem, uma velocidade de comunicação maior que o da tecnologia
anterior.
Essas metodologias de controle situadas totalmente no campo possuíam, entre outras vantagens, um projeto
simples, um custo reduzido e controle totalmente distribuído. Entretanto, tinham a grande desvantagem de
necessitar que o operador se deslocasse ao campo sempre que o mesmo tinha de efetuar algum ajuste nos
equipamentos.
Com o passar do tempo, as dificuldades no gerenciamento das plantas de processo foram gradativamente
aumentando, conforme aumentavam o tamanho e a complexidade dessas instalações. O desenvolvimento
de processo evolutivo moveu os controladores do campo para um local remoto ao processo, centralizando-
os em uma sala de controle. Essa nova disposição das instalações permitiu a execução da configuração de
vários controladores do processo a partir de um único ponto, sem a necessidade do operador deslocar-se
até o campo. Isso também possibilitou a implementação de um ambiente protegido, tanto para os
operadores quanto para os dispositivos controladores.
Foram as
características do
ambiente da sala de
controle que
possibilitaram a
implantação dos
primeiros
equipamentos
eletrônicos no
controle de processos, pois a tecnologia eletrônica da época, ainda não era capaz de conviver com os níveis
de umidade e temperatura característicos do campo. Entretanto a sala de controle poderia abrigá-los e
mantê-los em perfeitas condições de operação.
Apesar de todas as vantagens obtidas com a implantação das salas de controle, a mesma também possuía
suas desvantagens, como por exemplo: O grande número e comprimento dos cabos de interligação, os quais
acarretavam um aumento tanto na dificuldade quanto nos custos de instalação e manutenção, aumentando
também, a possibilidade de falha de comunicação devido ao rompimento de algum desses condutores.
Outra desvantagem foi o aumento do atraso na comunicação, gerado pelo distanciamento entre os
controladores instalados no interior da sala e os demais dispositivos que continuavam instalados no campo.
Outro aspecto a se considerar é que o operador, apesar da possibilidade de configuração dos controladores
sem sair da sala de controle, acabava tendo que se deslocar ao campo sempre que precisava efetuar algum
ajuste nos transmissores ou posicionadores de válvula lá instalados.
337
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Com essa incorporação os transmissores de campo começaram a poder contar com algum processamento
digital e com uma certa inteligência, a qual era utilizada para melhorar e garantir o desempenho do
transmissor. Entretanto, toda comunicação entre os dispositivos continuava seguindo o padrão de 4 a 20 mA,
ou seja continuava sendo realizada analogicamente.
Um próximo passo na evolução foi a criação dos chamados SDCD (Sistemas Digitais de Controle Distribuído)
os quais se apresentaram como um dos primeiros sistemas utilizados na automação, a possuir comunicação
digital.
As vantagens desses
sistemas estavam
em sua grande
eficiência, robustez e
na possibilidade de
distribuição do
controle em diversas
placas eletrônicas
interligadas pela
rede, de forma que
se uma placa
apresentasse defeito
e não fosse
redundante perder-se-ia somente uma parte do controle da planta. Entretanto, os mesmos apresentaram-se
como uma solução proprietária, onde cada fabricante de SDCD disponibilizava toda a instalação. A
desvantagem dessa alternativa e que os equipamentos utilizados só possuíam compatibilidade de
comunicação entre si mesmos, impossibilitando a instalação de instrumentos fornecidos por outros
fabricantes na planta. Outra desvantagem é que estes sistemas possuíam preços muito elevados e exigiam
mão-de-obra extremamente especializada, o que deixava a empresa compradora em uma condição de
dependência em relação ao fabricante do sistema, implicando em um risco econômico muito grande para a
compradora.
Outro dado importante a ser considerado e que, apesar de já se utilizar a tecnologia de redes digitais para a
interligação das placas do SDCD, a comunicação com os instrumentos de campo continuava sendo analógica
(4-20 mA), utilizando um par de fios para cada instrumento.
Uma outra inovação foi a criação dos CLP´s (Controladores Lógicos Programáveis), os quais, inicialmente, se
dispunham a trabalhar somente com variáveis do tipo on/off tendo pó isso, uma grande aceitação no
338
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
mercado como uma alternativa de substituição dos controladores baseados em relés eletromecânicos.
Posteriormente, foi implementada a capacidade de se efetuar controle de variáveis analógicas, entretanto,
esse desenvolvimento de sua capacidade impôs um aumento considerável em sua complexidade e,
conseqüentemente, em seu custo.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
equipamentos de outros fabricantes. A mesma tendência evolutiva incidiu sobre os transmissores de campo.
A partir da
A implementação deste tipo de transmissor, constituiu um importante avanço no controle de processos, pois
o operador não necessitava mais ir ao campo para efetuar ajustes e configurações. Entretanto, apesar da
efetivação da comunicação digital, ela se restringia a transmissão de dados de configuração, não
contemplando ainda, os valores das variáveis de processo, que continuavam sendo transmitidos na forma de
um sinal analógico de 4 a 20 mA. Inicialmente, os referidos protocolos de comunicação erram proprietários,
mas no decorrer dos anos, acabaram culminando na elaboração do Protocolo HART (Highway Addressable
Remote Transducer), o primeiro padrão onde equipamentos de vários fabricantes diferentes foram capazes
de se comunicar entre si.
O Protocolo Hart, apesar de possibilitar inúmeras inovações, ainda não era o ideal para a troca de dados de
controle entre inúmeros equipamentos em um mesmo par de fios, tanto pela sua velocidade, quanto pela
sua implementação de mensagens.
Os próximos estudos evolutivos visaram à eliminação das desvantagens geradas pela implementação das
salas de controle, partindo de duas diretrizes principais: a diminuição do número de cabos de interligação, o
que aumentaria a confiabilidade do sistema e facilitaria a identificação e correção dos pontos de falha; e da
reaproximação física entre elemento controlador e os demais dispositivos de controle, o que diminuiria o
tempo gasto durante a comunicação entre os mesmos.
A conclusão obtida nesses estudos e que a solução ideal seria o retorno dos dispositivos controladores ao
campo, desde que se pudesse continuar efetuando seus ajustes e configurações remotamente, mantendo-se
a capacidade de intercomunicação entre dispositivos disponibilizados por fabricantes distintos.
A obtenção real dessa solução começou a ser permitida quando do desenvolvimento dos Transmissores
Inteligentes e dos Protocolos Abertos de Comunicação Digitais de Dados para Controle de Processos,
também conhecidos como Barramentos de Campo, Fieldbuses ou Redes de Chão de Fábrica.
Outra vantagem obtida com a utilização de Transmissores Inteligentes conjuntamente com um sistema
Fieldbus é que toda a comunicação realizada é digital, incluindo a transmissão dos valores relativos às
variáveis de processo. Isso repercute em uma maior imunidade aos campos magnéticos existentes nas
proximidades do processo controlado, assim como, na possibilidade de se ter um maior número de
informações de diagnóstico circulando na rede, o que aumenta ainda mais a confiabilidade da mesma.
340
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um outro aspecto importantíssimo a ser considerado é o ganho de precisão e de desempenho obtido com a
comunicação digital. Para esclarecer isso, faz-se necessário uma análise comparativa entre um sistema com
comunicação analógica e um com comunicação digital: Conforme pode ser observado na figura, em um
sistema com comunicação analógica, existe um grande número de conversões de dados analógicos para
digitais (A/D) e de digitais para analógico (D/A).
A variável controlada, vazão no caso do exemplo, possui um valor essencialmente analógico, o qual necessita
ser convertido para um valor digital (conversão A/D) de forma a ser processado pelo transmissor, pois o
mesmo funciona digitalmente. Entretanto, depois de processado pelo transmissor, necessita ser reconvertido
para um valor analógico (conversão D/A), para poder ser transmitido ao controlador, pois o método de
transmissão utilizado funciona analogicamente (4 a 20 mA).
Ao chegar ao controlador, a informação relativa ao valor da variável de processo precisa passar novamente
por uma conversão A/D, antes de ser processada, passando por outra conversão D/A para poder, finalmente,
ser enviada ao posicionador da válvula de controle.
Neste ponto o sinal, que agora representa um comando para a válvula de controle, e novamente convertido
para digital, sendo processado de forma a produzir um valor analógico de deslocamento da haste da referida
válvula.
No caso de um sistema com comunicação digital, somente duas conversões serão executadas, uma do valor
analógico da variável controlada para um valor digital na entrada do transmissor, sendo, esse valor,
processado digitalmente, enviado neste mesmo formato pelo meio de comunicação digital, reprocessado no
posicionador da válvula e somente aí será reconvertido de digital para um valor analógico de deslocamento
da haste da válvula.
Perceba que em um sistema Fieldbus, como os elementos de campo podem executar a função de
controlador, tanto é possível se realizar o processamento do PID no transmissor quanto no posicionador da
válvula, eliminando-se assim, a necessidade de se ter um elemento a mais, única e exclusivamente para a
realização das funções de controle. Entretanto, tendo em vista que tanto o processamento quanto à
transmissão do sinal são digitais, mesmo que existisse um ou mais controladores intermediários no sistema,
nenhuma outra conversão seria realizada.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Transferência de massa
Transferência de massa é o processo de transporte onde existe a migração de uma ou mais espécies
químicas em um dado meio, podendo esse ser sólido, líquido ou gasoso. O transporte das espécies químicas
pode ser feito por dois mecanismos: difusão e/ou convecção. A difusão deve-se à diferença de potenciais
químicos das espécies, ou seja, á diferença de concentrações entre dois locais num dado sistema. A
convecção deve-se às condições de escoamento de um sistema, por exemplo, líquido em movimento sobre
uma placa.
Alguns exemplos de aplicação deste fenômeno são o endurecimento de aços, o tempo total para ocorrer
uma dada reação química em um leito reativo e a operação de filtragem utilizando membranas.
As operações unitárias podem ser classificadas de acordo com critérios variados; aqui elas foram divididas
em quatro grupos de acordo com sua finalidade dentro do processo produtivo :
• Operações preliminares
• Operações de conservação
• Operações de transformação
• Operações de separação
As operações unitárias preliminares, como já diz o próprio nome, são normalmente realizadas antes de
qualquer outra operação. Suas funções estão associadas a uma preparação do produto para o posterior
processamento ou uma melhoria das condições sanitárias da matéria-prima. As principais operações
unitárias preliminares são:
342
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• Limpeza
• Seleção -
• Classificação
• Eliminação
• Branqueamento
Quando se colocam em contato duas fases de composições diferentes, pode ocorrer a transferência de
componentes de uma fase a outra e vice-versa. Este transferência entre as fases ocorre até que o estado de
equilíbrio seja atingido. Dentre as principais operações de transferência de massa destacam-se:
Destilação
É o processo de separação mais amplamente utilizado nas indústrias químicas. A separação dos constituintes
está baseada nas diferenças de volatilidades entre diferentes constituintes químicos.
Na destilação ocorre o contato de uma fase vapor com a fase líquida, e há a transferência de massa da fase
líquida para o vapor e deste para aquele. O líquido e o vapor contêm, em geral, os mesmos componentes,
mas em quantidades relativas diferentes. O efeito final é a concentração maior do constituinte mais volátil no
vapor e o menos, no líquido. Em muitas situações é conveniente realizar a destilação em equipamentos
multiestágios.
Extração líquido-líquido
Extração Sólido-Líquido
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que estavam na fase sólida (no pó de café ou nas ervas) passam para a fase líquida (água). Em todos os
exemplos, a extração é descontínua; isto é possível porque a solubilidade dos componentes extraídos em
água é grande. Porém, nos casos onde a solubilidade do soluto é pequena, ou quando quisermos maximizar
a extração do soluto, utiliza-se a técnica da extração contínua.
Adsorção e Absorção
A Absorção e a fixação de um gás por um sólido ou um líquido, ou a fixação de um líquido por um sólido. A
substância absorvida se infiltra na substância que absorve. Esta operação está limitada as restrições
termodinâmicas assim como a destilação, portanto o conhecimento em termodinâmica é imprescindível para
se projetar ou operar uma coluna de Absorção. Esta operação é utilizada para purificação de gases e para
recuperação de solutos.
Os equipamentos industriais utilizados para troca térmica tanto no aquecimento quanto no resfriamento são
normalmente chamados de trocadores de calor. Esta é uma operação com denominação muito genérica,
assim vamos definir um trocador de calor como um dispositivo que efetua a transferência de calor de um
fluido para outro. A transferência de calor pode se efetuar de quatro maneiras principais:
- A disposição das correntes dos fluidos: correntes paralelas, contracorrente, correntes cruzadas e multipasse.
- Tipo de construção: segundo a construção os trocadores podem ser de tubos coaxiais, casco e tubos e
compactos
• Torres de Refrigeração
• Condensadores
• Evaporadores
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• Leito Fluidizado
• Condicionadores de ar
• Aquecedores
• Alambique
• Radiador Automotivo
Evaporação
É usada quando há interesse somente na fase sólida, sendo liquida então desprezada.
Para produzir cloreto de sódio (Sal) a partir da água do mar, utiliza-se a técnica da evaporação.
Equipamentos industriais para evaporação nada mais são do que recipientes que concentram uma solução
pela evaporação do solvente. Entre os equipamentos há o evaporador de simples efeito e o de múltiplos
efeitos. Entre os equipamentos, têm-se o evaporador de tubos horizontais, verticais, etc.
Cristalização
Às vezes o produto de interesse deve estar na forma de partículas sólidas. Quando o processo de fabricação
leva a uma solução, o sólido pode ser obtido, de forma mais conveniente, pela concentração de uma solução
até a sua saturação e conseqüente formação de cristais. Os equipamentos mais comuns são o cristalizador
de tabuleiros, cristalizadores descontínuos com agitação, entre outros.
Secagem
Por ser uma das operações unitárias mais antigas de que se tem conhecimento existe uma infinidade de
equipamentos (leitos fixos, fluidizados, de jorro, secadores convectivos, de estufas, fornos, liofilizadores,
spray dryer, microondas, etc.) e de técnicas de secagem (secagem solar, convectiva, por microondas, por
radiação, etc).
A técnica mais conveniente de secagem deve ser escolhida em função das características físicas, químicas e
biológicas do produto e da matéria prima, econômicas,volume de produção, tipo de pós-processamento, etc.
345
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Viscosidade de um fluido
A viscosidade desempenha nos fluidos o mesmo papel que o atrito nos sólidos. Este conceito é encontrado
em problemas de escoamento de fluidos e tratado como uma medida da resistência que um fluido oferece a
uma força de cisalhamento aplicada. Para apresentar a explicação da causa microscópica da força de
viscosidade, consideramos um fluido em movimento. Enquanto as moléculas de um fluido em repouso
movem-se em todas as direções com igual probabilidade, as moléculas de um fluido em movimento terão
preferência de orientar suas velocidades no sentido do fluxo, com velocidade média de arraste coincidindo
com a velocidade do fluido. Num fluido ideal as moléculas são consideradas esferas rígidas e, por hipótese,
não exercem forças umas nas outras exceto nas colisões elásticas. Como conseqüência, deveríamos esperar
que uma força de cisalhamento exercida sobre uma camada superficial de fluido, seja para colocá-lo em
movimento, seja pela presença de um meio sólido em torno do qual escorre, não pudesse ser transmitida
para as suas camadas mais internas.
Entretanto, ao passar de uma para outra camada do fluido, uma molécula transfere momentum entre essas
camadas, pois sai de uma camada que tem uma certa velocidade de arraste e chega a outra com velocidade
de arraste diferente. A transferência de momentum ocorre devido à colisão da molécula transferida com uma
molécula da camada de chegada e sua conseqüente captura por esta camada.
O resultado final da passagem ao acaso das moléculas entre as camadas do fluido é diminuir a velocidade
média das moléculas da camada que se move mais rapidamente e aumentar a da camada que se move mais
lentamente.
Os processos normalmente empregados nas refinarias modernas para o processamento do petróleo (óleo
cru) são: destilação, cracking ou craqueamento, polimerização, alquilação, dessulfurização, dessalinização,
desidratação e hidrogenação. O refino do petróleo constitui-se da série de beneficiamentos pelos quais ele
passa para a obtenção de produtos. Refinar petróleo, portanto, é separar as frações desejadas, processá-las e
industrializá-las, transformando-as em produtos vendáveis. Confira:
• O objetivo inicial das operações na refinaria consiste em conhecer a composição do petróleo a destilar, pois
são variáveis a constituição e o aspecto do petróleo bruto, segundo a formação geológica do terreno de
onde ele é extraído. Há tipos leves e claros, outros marrons, amarelos, verdes; alguns pretos e outros, ainda,
verde-escuros.
• Nas refinarias, o petróleo é submetido a diversos processos pelos quais se obtém grande diversidade de
derivados: gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás de cozinha, gasolina, naftas, óleo diesel, gasóleos,
querosenes de aviação e de iluminação, óleo combustível, asfalto, lubrificantes, solventes, parafinas, coque
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
de petróleo e resíduos. As parcelas dos derivados produzidos variam de acordo com o tipo de petróleo
processado.
Petróleos mais leves dão maior quantidade de gasolina, GLP e naftas, que são produtos leves. Já os petróleos
pesados resultam em maiores volumes de óleos combustíveis e asfaltos. No meio da cadeia estão os
derivados médios, como diesel e querosene.
• A primeira etapa do refino é a destilação atmosférica, pela qual passa todo o petróleo a ser beneficiado. Ela
se realiza em torres de dimensões variadas, que possuem, ao longo da coluna principal, uma série de pratos
perfurados em várias alturas, um para cada fração desejada. O petróleo é pré-aquecido na retorta e
introduzido na metade da torre de fracionamento. Como a parte de baixo da torre é mais quente, os
hidrocarbonetos gasosos tendem a subir e se condensar ao passarem pelos pratos.
Nessa etapa, são recolhidos como derivados da primeira destilação, principalmente, gás, gasolina, nafta e
querosene. As frações retiradas nas várias alturas da coluna ainda precisam de novos processamentos para
ser transformadas em produtos ou servir de carga para derivados mais nobres.
• As frações mais pesadas do petróleo, que não foram separadas na primeira destilação, descem para o
fundo da torre e vão constituir o resíduo ou a carga para uma segunda destilação, onde recebem mais calor,
agora sob vácuo. Mais complexo, o sistema segue o mesmo processo dos pratos que recolhem as frações
menos pesadas, como óleo diesel e óleo combustível. Na parte de baixo, é recolhido novo resíduo, que será
usado para produção de asfalto ou como óleo combustível pesado.
• A terceira etapa do refino consiste no craqueamento, que pode ser térmico ou catalítico. O princípio desses
processos é o mesmo e se baseia na quebra de moléculas longas e pesadas dos hidrocarbonetos,
transformando-as em moléculas menores e mais leves. O craqueamento térmico exige pressões e
temperaturas altíssimas para a quebra das moléculas, enquanto no catalítico o processo é realizado com a
utilização de um produto chamado catalisador, substância que favorece a reação química, sem entrar como
componente do produto. Uma série de outras unidades de processo transforma frações pesadas do petróleo
em produtos mais leves e coloca as frações destiladas nas especificações adequadas para consumo.
Nessa etapa são extraídos, por ordem crescente de densidade, gases combustíveis, GLP, gasolina, nafta,
solventes e querosenes, óleo diesel e um óleo pesado, chamado resíduo atmosférico, que é extraído do
fundo da torre.
Esse resíduo é então reaquecido e levado para uma outra torre, onde o seu fracionamento ocorrerá a uma
pressão abaixo da atmosfera. Nesta torre será extraída mais uma parcela de óleo diesel e um produto
chamado genericamente de Gasóleo, que não constitui um produto pronto. Ele servirá como matéria-prima
para produção de gases combustíveis, GLP, gasolina e outros.
O resíduo de fundo da destilação a vácuo é recolhido na parte inferior da torre e será destinado à produção
de asfalto ou será usado como óleo combustível pesado.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CRAQUEAMENTO
O térmico utiliza calor e altas pressões para efetuar a conversão de moléculas grandes em outras menores e
o catalítico utiliza um catalisador que é uma substância que facilita essa conversão, porém em condições de
pressão mais reduzidas. Os catalisadores mais usados são: platina, alumina, bentanina ou sílica.
POLIMERIZAÇÃO
Por meio deste processo ocorre a combinação entre moléculas de hidrocarbonetos mais leves do que a
gasolina com moléculas de hidrocarboneto de densidades semelhante.
O objetivo do processo é produzir gasolina com alto teor de octano (hidrocarboneto com oito carbonos),
que possui elevado valor comercial.
ALQUILAÇÃO
A gasolina obtida por meio da alquilação geralmente apresenta um alto teor de octanagem, sendo de
grande importância na produção de gasolina para aviação.
DESSULFURIZAÇÃO
Processo utilizado para retirar compostos de enxofre do óleo cru, tais como: gás sulfídrico, mercaptanas,
sulfetos e dissulfetos.
DESSALINIZAÇÃO E DESIDRATAÇÃO
O objetivo destes processos é remover sal e água do óleo cru. Por meio dele o óleo é aquecido e recebe um
catalisador. A massa resultante é decantada ou filtrada para retirar a água e o sal contidos no óleo.
HIDROGENIZAÇÃO
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Processo desenvolvido por técnicos alemães para a transformação de carvão em gasolina. Por meio deste
processo, as frações do petróleo são submetidas a altas pressões de hidrogênio e temperaturas elevadas, em
presença de catalisadores.
PETRÓLEO
Todo petróleo, em estado natural, é uma mistura de hidrocarbonetos, que são compostos formados por
átomos de carbono e de hidrogênio. Além de tais hidrocarbonetos, o petróleo contém, em proporções bem
menores, compostos oxigenados, nitrogenados, sulfurados e metais pesados, conhecidos como
contaminantes. Conhecer a qualidade do petróleo a destilar, portanto, é fundamental para as operações de
refinação, pois a sua composição e o seu aspecto variam em larga faixa, segundo a formação geológica do
terreno de onde foi extraído e a natureza da matéria orgânica que lhe deu origem. Assim, há petróleos leves,
que dão elevado rendimento em nafta e óleo diesel; petróleos pesados, que têm alto rendimento em óleo
combustível; petróleos com alto ou baixo teor de enxofre e outros contaminantes, etc., sendo que o
conhecimento prévio destas características facilita a operação do refino.
A relação entre o tipo do petróleo e os rendimentos dos derivados obtidos é direta, pois um petróleo leve
tem maior rendimento de produtos leves (GLP, nafta, óleo diesel) e menos rendimento de produtos pesados
(óleos combustíveis e asfalto) do que um petróleo pesado, onde ocorre o inverso. A instalação de unidades
de conversão, que transformam frações pesadas em frações mais leves, pode atenuar essa diferença em
rendimentos, mas não consegue eliminá-la. Ao longo do tempo, a PETROBRÁS tem sempre procurado
instalar unidades de conversão (craqueamento catalítico, coqueamento retardado, hidrocraqueamento, etc.)
em suas refinarias, com a finalidade de diminuir a influência da natureza do petróleo nos rendimentos dos
produtos obtidos.
Na indústria de refino como um todo o principal objetivo é obter do petróleo processado o máximo possível
de derivados de maior valor de mercado, o que eqüivale a reduzir ao mínimo a produção de óleo
combustível. A PETROBRÁS, por deter o monopólio do refino no País, tem, adicionalmente, o objetivo de
atender o mercado nacional de derivados em qualquer circunstância.
A PETROBRÁS produz, em suas refinarias, mais de 80 produtos diferentes. Abaixo, uma listagem básica de
tais produtos, com a sua utilização principal.
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Refinaria
A refinaria é o nome usual para referir-se as destilarias de petróleo que realizam o processo químico de
limpeza e refino do óleo cru extraído dos poços e minas de óleo bruto, produzindo diversos derivados de
petróleo, como lubrificantes, aguarrás, asfalto, coque, diesel, gasolina, GLP, nafta, querosene, querosene de
aviação e outros. O petróleo bruto (não processado) é composto de diversos hidrocarbonetos, com
propriedades físico-químicas diferentes. Por isso, tem pouca utilidade prática ou uso.
A refinaria é o nome usual para referir-se as destilarias de petróleo que realizam o processo químico de
limpeza e refino do óleo cru extraído dos poços e minas de óleo bruto, produzindo diversos derivados de
petróleo, como lubrificantes, aguarrás, asfalto, coque, diesel, gasolina, GLP, nafta, querosene, querosene de
aviação e outros.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O petróleo bruto (não processado) é composto de diversos hidrocarbonetos, com propriedades físico-
químicas diferentes. Por isso, tem pouca utilidade prática ou uso.
Refino
Principais produtos
• Asfalto
• Nafta
• Óleo combustível
• Gasolina
• Querosene e querosene de
aviação
• Óleos lubrificantes
• Ceras de parafinas
• Coque
• petróleo
• Destilação atmosférica: processo em que o óleo bruto é separado em diversas frações sob pressão
atmosférica.
• Destilação à vácuo: processo em que o resíduo da destilação atmosférica é separado em diversas frações
sob pressão reduzida.
• Hidrotratamento
• Reforma catalítica
• Craqueamento/cracking catalítico: processo em que moléculas grandes (de menor valor comercial) são
"quebradas" em moléculas menores (de maior valor comercial) através de um catalisador.
• Tratamento Merox
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
• Alquilação / alcoilação
Os equipamentos de processo são a parte mais importante e a maior parcela de custo de industrias como:
refinarias, petroquímicas em geral, químicas, farmacêuticas e alimentícias. A exigência de alta performance
normalmente por períodos de longa duração e a crescente preocupação com os aspectos de segurança,
tornam necessário a adoção de metodologias de controle de falhas e da vida útil destes componentes,
implementadas normalmente através de técnicas de ensaios não destrutivos, estudos de análise de tensões e
mecânica da fratura.
A Avaliação de Integridade consiste na identificação e quantificação dos mecanismos de danos ativos que
irão limitar a disponibilidade de equipamentos industriais que tenham operado alem da metade da vida útil
projetada. Como conseqüência é avaliada a probabilidade de oferecer risco de acidente e se calcula a vida
remanescente. Esta metodologia se aplica também para recomendar e especificar as alterações necessárias
para estender a vida útil do equipamento ou a repotencialização do mesmo.
O maior índice, 41% dos acidentes ocorreram em decorrência de falhas mecânicas, passíveis de detecção
através de uma inspeção adequada.
Este é sem dúvida um dos fatores que mais impulsionam a crescente difusão dos conceitos de avaliação de
integridade e o constante desenvolvimento de técnicas de inspeção cada vez mais modernas e eficazes
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
- Intuitivamente, consideramos que o reator possui maior risco e merece maior atenção
- Mas é importante procurar quantificar o risco de cada componente
- Pode haver uma inversão em relação ao que originalmente imaginamos
- Ensaio Visual
- Ensaio p/ Líquido Penetrante
- Ensaio p/ Partícula Magnética
- Ensaio p/ Ultra-Som
- Radiografia
- Termografia
- Iris
- Emissão Acústica
- Flow Scan
-Réplica Metalográfica
Ensaio Por Partículas Magnéticas - Este ensaio é utilizado para detectar descontinuidades superficiais e
subsuperficiais em materiais ferromagnéticos fundidos, forjados, soldados, laminados, extrudados, trefilados,
353
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
usinados e etc.. A peça é magnetizada utilizando uma corrente elétrica que cria ou induz um campo
magnético.
Se uma descontinuidade estiver no sentido perpendicular ao campo magnético, desviará este campo, que
saltará para fora da peça, criando o que chamamos de campo de fuga.
Este campo de fuga formará um dipolo magnético, pólo Norte e pólo Sul. Quando as partículas magnéticas
são aplicadas sobre a peça, os pólos irão atraí-las e uma indicação desta descontinuidade é formada na
superfície. Limitações do ensaio:
• Aplicável apenas para detectar descontinuidades superficiais e sub-superficiais (próximas da superfície),
em peças e materiais ferromagnéticos.
• Requer boa preparação superficial, pois a presença de óxidos e carepas resultam em indicações que se
confundem com descontinuidades.
Ensaio p/ Ultra Som - A principal finalidade do ensaio por ultra som é a detecção de descontinuidades
internas através da introdução de um feixe sônico com faixa de freqüência geralmente entre 0,5 MHz e 20
MHz.
Este feixe sônico se for introduzido numa direção favorável em relação a interface da descontinuidade, será
refletido por esta descontinuidade e será mostrado na tela do aparelho como um pico (eco), que será
avaliado de acordo com a sua amplitude, podendo caracterizar ou não descontinuidades relevantes de
acordo com o critério de aceitação adotado.
Vantagens:
• Permite a determinação tridimensional de descontinuidades lineares provendo dados para análise de
tensões segundo princípios da mecânica da fratura.
O princípio básico do ensaio de ultra-som é também aplicado para medição de espessuras de componentes
e seções de equipamentos, controlando a evolução do processo corrosivo e auxiliando no cálculo da vida
residual destes.
O Ultra-Som é atualmente um dos ensaios mais aplicados na pesquisa de descontinuidades internas, face a
sua facilidade de execução e custo moderado.
Ensaio Radiográfico
Técnicas:
• Radiografia (gerador de RX)
• Gamagrafia (isótopo radioativo)
• Radioscopia
Desvantagens:
Requer grandes isolamentos de área em função das radiações ionizantes emitidas, dificultando desta forma
sua aplicação em unidades operacionais.
Termografia - Utiliza-se de raios infravermelhos, para medir temperaturas ou observar padrões diferenciais
de distribuição de temperatura.
Objetivo e Vantagens:
• Obter informações relativas à condição operacional de um componente, equipamento ou processo.
• Permite realizar medições sem contato físico com a instalação, possibilitando inspeções de equipamentos
em pleno funcionamento sem interferência na produção.
• Permite a avaliação da espessura de revestimentos refratários e o cálculo de trocas térmicas.
É largamente aplicada na manutenção preditiva dos sistemas elétricos de empresas geradoras, distribuidoras
e transmissoras de energia elétrica; monitoramento de sistemas mecânicos como rolamentos e mancais;
vazamentos de vapor em plantas industriais; acompanhamento de performance de placas e circuitos
eletrônicos; etc.
354
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Ensaio de IRIS - Técnica ultrassônica relativamente nova para inspeção de tubos, e emprega o princípio
convencional de pulso-eco para medição de espessuras, porém com recursos mais modernos para
apresentação dos resultados das medições. Todas as medições feitas durante varredura circunferencial
completa do tubo são mostradas na tela do computador ou osciloscópio, produzindo imagens em tempo
real, que permitem informar as reais condições do tubo, auxiliando na definição de sua vida útil.
Esta metodologia permite medir espessuras remanescentes inferiores a 0,5mm.
O ensaio tem sido largamente utilizado na avaliação da integridade física de tubos de trocadores de calor.
Emissão Acústica
Baseado na detecção de ondas acústicas emitidas por um material em função de uma força ou deformação
aplicada nele. Caso este material tenha uma trinca, descontinuidade ou defeito, a sua propagação irá
provocar ondas acústicas detectadas pelo sistema.
Este método não deve ser utilizado para determinar o tipo ou tamanho das descontinuidades em uma
estrutura, mas sim, para se registrar a evolução das descontinuidades durante a aplicação de tensões para as
quais a estrutura estará sujeita, desde que as cargas sejam suficientes para gerar deformações localizadas,
crescimento do defeito, fricção, ou outros fenômenos físicos.
Aplicamos a emissão acústica quando queremos analisar ou estudar o comportamento dinâmico de defeitos,
assim como registrar sua localização.
Réplica Metalográfica - Exame indireto da microestrutura que permite avaliar as propriedades dos materiais
metálicos. Aplica-se na avaliação de transformações metalúrgicas provocadas por utilização continua à
temperaturas elevadas de componentes em Caldeiras, Reatores, Fornos; Tubulações de Processo, bem como
a identificação de mecanismos de degradação, de superfícies com trincas, pittings, etc.
Vasos de Pressão
Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa.
Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de
identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) código de projeto e ano de edição.
Além da placa de identificação, deverão constar em local visível, a categoria do vaso, e seu número ou
código de identificação.
355
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de visita e
indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis.
Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, a instalação deve satisfazer os
seguintes requisitos:
a) dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em direções
distintas;
b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção, sendo que, para
guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
e) possuir sistema de iluminação de emergência.
Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto a instalação deve satisfazer as alíneas "a", "b",
"d" e "e" do subitem anterior.
Permutadores de Calor
Permutador de calor é um equipamento que permite trocar calor entre dois fluídos que se encontram a
temperaturas diferentes. Um permutador de calor é normalmente inserido num processo com a finalidade
de arrefecer ou aquecer um determinado fluído.
Os permutadores de calor existem em várias formas construtivas consoante a aplicação a que se destinam:
• Permutador de calor de carcaça e tubos (shell and tube heat exchanger)
• Permutador de calor de placas (plate heat exchanger)
• Permutador de calor de placas brazadas com alhetas (brazed plate fin heat
exchanger)
Consiste num equipamento integrado por diversas placas metálicas independentes e por onde circulam
fluidos que se contactam mas não se misturam. Ambos os fluxos de ar (ar fresco e ar saturado) passam pelas
placas, mas em lados diferentes, o que permite o processo de transferência de calor do lado aquecido e
saturado para o lado frio e novo.
356
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Caldeiras
Caldeira é um recipiente metálico
cuja função é, entre muitas, a
produção de vapor através do
aquecimento da água. As caldeiras
em geral são empregadas para
alimentar máquinas térmicas.
Tipos
Caldeiras flamotubulares
As caldeiras de tubos de fogo ou
tubos de fumaça, flamotubulares
ou ainda gás-tubulares são aquelas em que os gases provenientes da combustão "fumos" (gases quentes
e/ou gases de exaustão) atravessam a caldeira no interior de tubos que se encontram circundados por água,
cedendo calor a mesma.
Caldeiras verticais
Os tubos são colocados verticalmente num corpo cilíndrico, fechado nas extremidades por placas chamadas
espelhos . A fornalha interna fica no corpo cilíndrico, logo abaixo do espelho inferior. Os gases de combustão
sobem através de tubos, aquecendo e vaporizando a água que se encontra externamente aos mesmos. As
fornalhas externas são utilizadas principalmente para combustíveis de baixo teor calorífico. Podem ser
defornalha interna ou externa
Caldeiras horizontais
Esse tipo de caldeira abrange várias modalidades, desde as caldeiras cornuália e lancashire, de grande
volume de água, até as modernas unidades compactas. As principais caldeiras horizontais apresentam
tubulações internas, por onde passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubos de fornalha. As de 3 e 4
são usadas na marinha.
Caldeiras escocesas
Esse tipo de caldeira foi concebido para uso marítimo, por ser bastante compacta. São concepções que
utilizam tubulação e tubos de menor diâmetro. Os gases quentes, oriundos da combustão verificada na
fornalha interna, podem circular em 2,3 e até 4 passes.
Todos os equipamentos indispensáveis ao seu funcionamento são incorporados a uma única peça,
constituindo-se, assim num todo trans portável e pronto para operar de imediato.
Essas caldeiras operam exclusivamente com óleo ou gás, e a circulação dos gases é feita por ventiladores.
Conseguem rendimentos de até 83%.
Como o próprio nome já diz: nas caldeiras Locomotivas o vapor gerado serve para movimentar a própria
caldeira (e os vagões);praticamente fora de uso hoje em dia,por usar carvão ou lenha como combustível.
A caldeira locomóvel é tipo multitubular, apresentando uma dupla parede metálica, por onde circula a água
do próprio corpo. São de largo emprego pela facilidade de transferência de local e por proporcionarem
acionamento mecânico em lugares desprovidos de energia elétrica. São construídas para pressão de até
21kg/cm2 e vapor superaquecido.
FORNOS
357
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Nos processos de destilação de petróleo é necessário fornos. Os fornos tem a função de aquecer o petróleo
bruto ou reduzido a ser destilado.
Podem ser: aquecedores ou refervedores.
Refervedor - A parte inferior de uma coluna de destilação, por onde se injeta o calor necessário a cada
operação.
BOMBAS CENTRÍFUGAS
Bomba centrífuga é o equipamento mais utilizado para bombear líquidos, transferindo-os de um local para
outro.
Ela funciona da seguinte maneira: Uma fonte externa à bomba, como um motor elétrico, motor a diesel, etc.,
gira um ou mais rotores dentro do corpo da bomba, movimentando o líquido e criando a força centrífuga
que se transforma em energia de pressão.
A entrada do líquido na bomba é chamada de sucção, onde a pressão pode ser inferior à atmosférica (vácuo)
ou superior. O local de saída do líquido da bomba é conhecido como de recalque. A diferença de pressão na
sucção e no recalque da bomba é conhecido com altura manométrica total (Hman)e que determina a
capacidade da bomba em transferir líquido, em função das pressões que deverá vencer, expressa em energia
depressão.
Os principais requisitos para que uma bomba centrífuga tenha um desempenho satisfatório, sem apresentar
nenhum problema, são :
• instalação correta,
• operação com os devidos cuidados e,
• manutenção adequada
Obviamente, nem a lista de condições de falhas mostrada acima é completa, nem as condições são
mutuamente excludentes. Freqüentemente a causa raiz da falha é amesma, mas os sintomas são diferentes.
Um pouco de cuidado, quando os primeiros sintomas de um problema aparecem, pode prevenir a bomba de
defeitos permanentes. Em tais situações, a tarefa mais importante é descobrir se houve falha mecânica da
bomba, se a deficiência é do processo, ou ambos.
Muitas vezes quando uma bomba é enviada à oficina, os encarregados da manutenção não acham nada de
errado ao desmonta-la. Assim, a decisão de retirar uma bomba de operação e envia-la para
manutenção/conserto, só deve ser tomada depois de uma análise detalhada dos sintomas e causas do
defeito. No caso de qualquer falha mecânica ou dano físico interno na bomba, o engenheiro de operação
deverá informar com detalhes à unidade de manutenção.
Qualquer engenheiro operacional, com formação típica em engenharia química, que deseje proteger suas
bombas de falhas freqüentes, além de de um bom entendimento do processo, também deverá ter um bom
358
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
conhecimento da mecânica das bombas. A prevenção efetiva requer a habilidade para observar mudanças
no desempenho, com o passar do tempo, e no caso de uma falha, a capacidade para investigar a sua causa e
adotar medidas para impedir que o problema volte a acontecer.
Em geral, há principalmente três tipos de problemas com as bombas centrífugas:
1. erros de projeto
2. má operação
3. práticas de manutenção ineficientes
Uma bomba centrífuga é, na maioria das vezes, o equipamento mais simples em qualquer planta de
processo. Seu propósito, é converter a energia de uma fonte motriz principal (um motor elétrico ou turbina),
a princípio, em velocidade ou energia cinética, e então, em energia de pressão do fluido que está sendo
bombeado. As transformações de energia acontecem em virtude de duas partes principais da bomba: o
impulsor e a voluta, ou difusor.
359
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
2. A segunda exigência é que um fluxo contínuo mínimo seja sempre mantido, durante a operação.
A compreensão clara do conceito de cavitação, seus sintomas, suas causas, e suas conseqüências são muito
essenciais na análise efetiva e prevenção do problema de cavitação.
Como há muitas formas de cavitação, cada uma exigindo uma solução diferente, há várias condições
desfavoráveis que podem acontecer separadamente ou simultaneamente, quando a bomba é operada a
baixas vazões.
Cada condição pode ditar uma exigência de baixo fluxo mínimo diferente. A decisão final sobre o fluxo
mínimo recomendado é tomada após cuidadosa análise "tecno-econômica" pelo usuário da bomba e o
fabricante.
As conseqüências de condições prolongadas de operação com cavitação e baixo fluxo podem ser
desastrosos para a bomba e para o processo. Tais falhas, quando se opera com hidrocarbonetos,
freqüentemente causam fogos prejudiciais que resultam em perda da máquina, da produção, e pior de tudo,
de vidas humana.
Assim, tais situações devem ser evitadas a todo custo, seja envolvendo modificações na bomba e sua
tubulação ou alterando as condições operacionais.
A seleção e dimensionamento correto da bomba e da tubulação associada, não só eliminam as chances de
cavitação e operação a baixa vazão, mas também diminui significativamente os seus efeitos prejudiciais.
PERMUTADORES CASCO/TUBOS
Os trocadores de calor sempre serão utilizados quando houver necessidade de transferir calor de um meio
de fácil transferência de calor * (água, vapor, etc...), para um meio de difícil transferência (a, gás, etc...), ou
vice versa.
Trocador de calor é o dispositivo que efetua a transferência de calor de um fluido para outro.
A transferência de calor pode se efetuar de quatro maneiras principais:
• pela mistura dos fluidos;
• pelo contato entre os fluidos;
• com armazenagem intermediária; e
• através de um parede que separa os fluidos quente e frio.
360
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• Estacionários e Rotativos.
Troca térmica através de uma parede que separa os fluidos
Neste tipo de trocador um fluido é separado do outro por uma parede, através da qual passa o calor.
Este tipo compreende basicamente os recuperadores, além dos trocadores de calor com leito fluidizado.
neste últimoi uma das superfícies da parede está em contato com um leito de partículas sólidas fluidizadas,
como a areia po exemplo. Coeficiente de película bastante elevados são obtidos do lado do leito fluidizado.
Eles podem ser classificado quanto:
Utilização:
• Permutadores;
• Resfriadores / Aquecedores
• Condensadores
• Evaporadores
• vaporizadores
361
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TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
Conjunto de tubos e seus
acessórios
Aplicações:
- Distribuição de vapor
para força e/ou para
aquecimento;
- Distribuição de água
potável ou de processos
industriais;
- Distribuição de óleos
combustíveis ou
lubrificantes;
- Distribuição de ar
comprimido;
- Distribuição de gases e/ou líquidos industriais.
Em indústrias de processamento, indústrias químicas, refinarias de petróleo, indústrias
petroquímicas, boa parte das indústrias alimentícias e farmacêuticas, o custo das tubulações
pode representar 70% do custo dos equipamentos ou 25% do custo total da instalação.
PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO DE TUBOS
MATERIAIS PARA
TUBOS
É muito grande a
variedade dos materiais
atualmente utilizados
para a fabricação de
tubos.
Só a ASTM especifica
mais de 500 tipos
diferentes.
A seleção e
especificação do
material mais adequado
para uma determinada
aplicação pode ser um
problema difícil cuja
solução depende de
diversos fatores.
362
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Os requisitos gerais de segurança, meio ambiente e saúde constam como exigências no intuito de definir os
deveres e as responsabilidades cabíveis às empresas e estabelecer as orientações e procedimentos
concernentes às atividades de segurança, saúde e meio ambiente, que devem ser cumpridas, com o objetivo
de proteger pessoas, equipamentos e instalações, bem como promover a preservação do meio ambiente e a
aptidão ao trabalho dos seus colaboradores, em decorrência da execução dos serviços ora contratados.
• Responsável pelas ações de SMS da CONTRATADA para avaliação dos aspectos ambientais e riscos de
segurança e saúde inerentes às atividades, produtos e serviços relativas ao contrato.
• Licenciamento Ambiental, junto aos órgãos ambientais competentes, das instalações, unidades e para as
atividades pertinentes ao escopo do contrato, conforme legislação aplicável.
• Alvará do Corpo de Bombeiro para as instalações e unidades pertinentes ao escopo do contrato, conforme
legislação aplicável.
• Outorga para Captação de Água, caso a CONTRATADA utilize ou faça uso de água subterrânea ou
superficial, conforme legislação aplicável.
363
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
• Prova de inscrição nos órgãos competentes, quando aplicável (ex.: Registro do SESMT).
• Prova de comunicação prévia à DRT de início de serviços, conforme legislação aplicável, quando
pertinentes.
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (NR-09 do MTE) e, quando aplicável, Programa de
Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno – PPEOB (NR- 15 – Anexo 13 A – Benzeno) e Programa de
Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção (NR-18 – PCMAT).
• Programa de Proteção Respiratória – PPR (IN 1, do MTE, de 11 de abril de 1994), quando aplicável.
• Relação nominal de cada pessoa da força de trabalho relativa à execução do objeto do contrato, bem como
a comprovação de vínculo empregatício (carteira de trabalho com contrato de trabalho).
• Atestado de Saúde Ocupacional – ASO – de cada pessoa da força de trabalho relativa à execução do objeto
do contrato.
• LAI/LPD fornecido pela empresa contratada, de acordo com as atividades previstas em contrato, no caso de
ausência do levantamento, deverá realizar conforme FOR – MSS – 0020 – Levantamento de Aspectos,
impactos, Perigos e danos, e entregue ao GMASS local.
• Relação nominal dos cargos/funções de cada pessoa da força de trabalho relativa à execução do objeto do
contrato, bem como a respectiva descrição de competência, baseado em educação, experiência e
treinamento.
• Relação dos EPI’s que serão disponibilizados para a força de trabalho relativa à execução do objeto do
contrato.
• Relação de todos os subcontratados que irão participar dos serviços, assim como a comprovação, via
entrega de cópia xerox, da documentação legal de registro trabalhista dos mesmos, bem como de todos os
contratos subcontratação, quando aplicável.
Deve-se seguir todas as determinações e orientações estabelecidas junto a empresa para desenvolvimento e
realização dos serviços, como forma de proteger as pessoas, equipamentos, instalações e preservar o meio
ambiente.
Sendo assim, a empresa deve atender as condições, cujas especificidades podem ser enumeradas como,
condições e levantamento de aspectos, impactos, perigos e danos relativos às atividades, produtos e serviços
364
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
relativos à execução do objeto de contrato. Este levantamento deve ser apresentado segundo sua
identificação a ser realizada através da metodologia definida pela contratante. (MANUAL DE REQUISITOS
MRS, 2010)
Neste caso, cabe às empresas contratadas providenciar atividades de treinamento específico que exijam
certificado de qualificação profissional, porém é recomendado que seja por meio de instituições com
capacidade técnica reconhecida ou através de curso específico ministrado por profissional habilitado,
realizado pela empresa ou por fabricantes de equipamentos, instituições privadas ou públicas. Tais
treinamentos se darão a priore para:
Acrescenta-se que as empresas contratadas devem providenciar ainda, treinamentos específicos para as
atividades críticas quando estiverem envolvidas com tais atividades atentando para os aspectos mínimos
estabelecidos nas instruções de atividades críticas do manual de segurança da empresa, tais como, trabalhos
em altura; veículos automotores, movimentação de carga; bloqueio e sinalização; espaço confinado;
proteção de máquinas; atividades com equipamentos geradores de calor; produtos perigosos; trabalho com
eletricidade, dentre outros.
De acordo com pesquisas realizadas por meio do endereço eletrônico, os requisitos em prol de SMS se
encaixam em um sistema de gestão integrado, ou seja, com responsabilidades em Diretoria Superior,
Diretoria Executiva e Gerência, garantindo o correto desempenho do processo e das atividades envolvidas
com o sistema assegurando, de forma coordenada, o planejamento, a implementação e o controle das ações
requeridas. (MANUAL DE REQUISITOS MRS, 2010)
Nesse sentido, percebe-se que as empresas no seu processo contínuo de melhoria do desempenho dos seus
produtos com relação à qualidade, meio ambiente, segurança e saúde no trabalho, têm implementado em
suas instalações e atividades o sistema de gestão integrado conforme as diretrizes propostas nas normas
NBR ISO 9001 de 2000, NBR ISO 14001 de 2004 e OHSAS 18001 de 1999. A aplicação bem sucedida da
gestão integrada promove o aprimoramento contínuo dos produtos e serviços e da satisfação total do
cliente, aumentando a produtividade e a eficiência, reduzindo custos e consequentemente expandindo sua
participação no mercado. (MANUAL DE REQUISITOS MRS, 2010)
Neste enfoque, vê-se como pertinente citar que empresas exemplos de implantação de sistema de gestão
integrado, descrevem como sistema de gerenciamento da qualidade, ambiental e segurança e saúde no
trabalho devem atender aos requisitos normativos descritos a seguir:
Quanto aos requisitos gerais, esses, incluem-se nas empresas como colaboradores na busca da excelência
em todas as suas atividades e serviços. O sistema de gestão integrado deve estar pautado numa
administração que verse por superar as expectativas dos clientes internos e externos e proporcionar aos seus
funcionários um ambiente de trabalho que assegure qualidade de vida incentivando respeito e confiança.
(MANUAL DE REQUISITOS MRS, 2010)
Os processos necessários para o sistema de gestão integrado podem ser definidos com suas interações em
processos de gerenciamento, ou seja, o processo de gestão do sistema com auditoria e análise crítica; o
processo de realização do produto com processo de controle e execução de projetos; o processo de
planejamento com execução e controle da produção; o processo de compras, o processo de vendas; o
processo de medição; e o Processo de tratamento de não conformidades e reclamação de clientes.
365
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Portanto, de acordo com o Manual de requisitos MRS (2010), observa-se as generalidades dos requisitos de
documentação das empresas, estes devem ser definidos no sentido de descrever os principais elementos do
sistema de gestão e a interação entre eles, assim como para fornecer orientação sobre documentação
relacionada.
O sistema de gestão integrado, segundo o Manual de Requisitos MRS (2010) prevê o planejamento do SIG,
tal procedimento se dá por meio de documentos emitidos quando necessário, para formalizar as práticas, os
recursos e a sequência de atividades relativas à gestão integrada de determinado produto ou serviço;
adequação de pessoal e outros aos respectivos requisitos estabelecidos nas Normas. Para tal planejamento é
preciso que seja designado um representante da direção da empresa para que sejam verificados se os
requisitos do manual de gestão integrado estão sendo implementados e mantidos, bem como seus
procedimentos e instruções, entre outros documentos.
Quanto à gestão de recursos se pode observar que a empresa deve prever sua ação no sentido de melhorar
continuamente a eficácia e aumentar a satisfação dos clientes, através do aprimoramento no atendimento
aos mesmos, objetivando capacitar funcionários envolvidos no sistema de gestão integrado buscando
desempenhar suas atividades. Para isso o treinamento deve ser realizado de acordo com as necessidades
identificadas no processo, visando manter os funcionários comprometidos e atualizados com novas técnicas,
produtos ou serviços, mas de forma adequada às suas funções. Assim, qualquer funcionário que venha a ser
incorporado às atividades que influem na gestão integrada deverá receber treinamento apropriado que
garanta seu engajamento no sistema. (MANUAL DE REQUISITOS MRS, 2010)
Vale sopesar acerca da análise crítica efetivada pela Direção, esta que versa por ser desempenhada com
periodicidade, a fim de propiciar a equalização do sistema de gestão integrado da empresa com as
constantes evoluções da sua estrutura organizacional.
As ações preventivas são executadas com o objetivo de inibir ocorrências de não conformidades através de
verificações periódicas nos processos e operações de trabalho da estrutura organizacional. (MANUAL DE
REQUISITOS MRS, 2010)
Ações corretivas são executadas com o objetivo de eliminar ocorrências de não conformidades através de
verificações periódicas nos processos e operações de trabalho da mesma estrutura.
A etapa da realização do produto deve ser executado segundo a metodologia definida e documentada, de
maneira prática e clara, sob condições controladas, garantindo a repetibilidade dos processos, o controle de
documentos pode estar sob a forma de cópia física, meio eletrônico e outros, visando fornecer informações
atualizadas aos envolvidos no SIG. (MANUAL DE REQUISITOS MRS, 2010)
Neste intere, o referido manual menciona que, no que se refere a comunicação com o cliente, as empresas
objetivam ampliar os serviços prestados aos seus clientes, mantendo um canal de comunicação provido de
pessoal qualificado, de recursos tecnológicos e de informações, tais como, posição atualizada do projeto,
retornos imediatos às possíveis solicitações, requisitos legais e complementares, acordos sobre o nível de
serviço e disponibilidade de suporte técnico durante o período acordado.
As empresas buscam ainda o contentamento de seus clientes por meio de projetos e reuniões com os
mesmos com intuito de percepção do nível de satisfação, bem como prevendo o controle de registro;
identificação e rastreabilidade; preservação do produto; aquisição; objetivos; da gestão integrada;
monitoramento de processos e produtos; controle de produto não conforme; análise de dados; melhoria
contínua; infraestrutura e ambiente de trabalho. (MANUAL DE REQUISITOS MRS, 2010)
366
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Petrobras
Com o objetivo de alcançar padrões internacionais de excelência em SMS, a Petrobras deu continuidade aos
projetos Excelência em SMS e Mudança Climática, que reúnem as principais ações corporativas da
companhia na área e constam do Plano Estratégico 2020.
Ao final, 93% das unidades certificáveis no Brasil e no exterior estavam em conformidade com as normas ISO
14001 (relativa a meio ambiente) e BS 8800 ou OHSAS 18001 (relativas a segurança e saúde), recebendo as
respectivas certificações, concedidas por organismos nacionais e internacionais. Além disso, 52 unidades
operacionais de Brasil, Argentina, Estados Unidos, Peru e Equador passaram pelo processo interno de
avaliação da gestão, que mensura a aplicação das práticas de SMS na companhia.
SEGURANÇA OPERACIONAL
Mantendo a tendência dos anos anteriores e alcançando desempenho comparável ao das referências
internacionais da indústria de petróleo e gás, a Petrobras registrou em 2008 uma redução para 0,59 na Taxa
de Frequência de Acidentados com Afastamento (TFCA), que corresponde ao número de acidentados com
afastamento para cada milhão de homens-horas de exposição ao risco, mesmo em um cenário de aumento
da atividade operacional.
Já a Taxa de Acidentados Fatais (TAF), equivalente ao número de fatalidades por 100 milhões de homens-
horas de exposição ao risco, passou de 2,28 em 2007 para 2,40 em 2008. Ocorreram 18 fatalidades na força
de trabalho, incluindo empregados próprios e terceirizados. Do total de casos, cinco estão relacionados a um
acidente aéreo e quatro a acidentes de trânsito – uma acentuada redução em relação às nove fatalidades em
acidentes de trânsito registradas em 2007, como resultado das diversas ações de prevenção feitas pela
companhia nessa área.
MEIO AMBIENTE
367
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Os projetos nas refinarias Henrique Lage (Revap) e Presidente Getúlio Vargas (Repar) permitiram uma
economia de mais de 7,6 milhões de m3 de água por ano.
RESÍDUOS - A Petrobras adota diversas medidas para gestão e minimização de resíduos. Em 2008,
estabeleceu um limite máximo admissível (LMA) para a geração de resíduos sólidos perigosos em seus
processos. O volume de resíduos gerados foi de 233 mil toneladas, ficando abaixo do LMA de 293 mil
toneladas definido para o ano, mesmo com o aumento da produção de óleo cru e refinados.
A companhia também investe no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para reaproveitamento e
minimização de resíduos, e tem buscado ampliar o percentual de reciclagem e reúso em suas unidades. Em
2008, 30% dos resíduos sólidos perigosos foram reaproveitados.
Além disso, a companhia mantém o Centro de Excelência Ambiental da Petrobras na Amazônia (Ceap), que
até 2012 recebeu cerca de R$ 500 milhões em investimentos. Por meio do Ceap são estabelecidas parcerias
com universidades, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e ONGs, com o objetivo de consolidar
informações e conhecimentos que ajudem a minimizar o impacto das atividades da companhia sobre o
ecossistema da região amazônica.
ATUAÇÃO EM EMERGÊNCIAS - A política de atuação em emergências conta com dez Centros de Defesa
Ambiental (CDAs) em operação permanente, equipados com embarcações especiais, recolhedores de óleo e
barreiras de contenção e absorção, além de profissionais capacitados. Treze bases avançadas dos CDAs dão
cobertura a diversas regiões do País. A companhia também mantém em operação permanente três
embarcações para o combate a emergências na Baía de Guanabara, no litoral de São Paulo e na costa de
Sergipe e Alagoas.
Em 2008, a Petrobras promoveu sete simulados regionais, envolvendo a Marinha do Brasil, Defesa Civil,
Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, órgãos ambientais, prefeituras e comunidades locais, além de quatro
exercícios simulados de grande porte em unidades da Argentina, Colômbia, México e Uruguai.
368
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VAZAMENTO DE PETRÓLEO E DERIVADOS - O volume de vazamentos em 2008 ficou 40% abaixo do limite
máximo admissível (LMA) estabelecido para o ano, mantendo-se em nível compatível com os referenciais de
excelência da indústria mundial de petróleo e gás.
SAÚDE
A Petrobras desenvolve diversas ações para promover a saúde e o bem-estar de seus funcionários,
estimulando práticas organizacionais benéficas e a adoção de um estilo de vida saudável. Em 2012 2013,
organizou uma série de iniciativas para a promoção da alimentação saudável, que se somaram às de
estímulo à atividade física e de prevenção e controle do tabaco, álcool e outras drogas, já em andamento.
Definidas com base no perfil epidemiológico dos empregados, as ações incluíram avaliação nutricional
periódica individual, educação alimentar para funcionários e familiares, e orientação sobre a composição
nutricional das refeições servidas nas unidades, além de orientação sobre as exigências de controle
higiênico-sanitário em instalações da companhia e de empresas prestadoras de serviço. Essas ações se
estendem a todas as situações em que há alimentação fornecida pela Petrobras, incluindo eventos internos e
externos.
Em relação à HIV/Aids, a política da Petrobras tem como princípios a não-discriminação, a confidencialidade,
o aconselhamento e a adoção de medidas de assistência, educação para saúde e vigilância epidemiológica
da doença.
A companhia acompanha os resultados na área de saúde por indicadores como o Percentual de Tempo
Perdido (PTP), referente aos afastamentos de empregados do trabalho por doenças ou acidentes. Em 2012,
foi registrado um PTP de 2,31%.
A mecânica dos fluidos é a parte da física que estuda o efeito de forças em fluidos. Os
fluidos em equilíbrio estático são estudados pela hidrostática e os fluidos sujeitos a
forças externas diferentes de zero são estudados pela hidrodinâmica.
Aplicações:
# Ação de fluidos sobre superfícies submersas. Ex.: barragens.
# Equilíbrio de corpos flutuantes. Ex.: embarcações.
# Ação do vento sobre construções civis.
# Estudos de lubrificação.
# Transporte de sólidos por via pneumática ou hidráulica. Ex.: elevadores
hidráulicos.
# Cálculo de instalações hidráulicas. Ex.: instalação de recalque.
# Cálculo de máquinas hidráulicas. Ex.: bombas e turbinas.
# Instalações de vapor. Ex.: caldeiras.
# Ação de fluidos sobre veículos (Aerodinâmica).
Fluido é uma substância que não tem forma própria, e que, se estiver em repouso, não resiste a tensões de
cisalhamento.
369
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Viscosidade absoluta ou
dinâmica
Princípio da aderência: As partículas fluidas junto ás superfícies sólidas adquirem as velocidades dos pontos
das superfícies com as quais estão em contato.
370
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
uma força tangencial formará tensões de cisalhamento, com sentido contrário ao do movimento, como a
força de atrito. As tensões de cisalhamento agirão em todas as camadas fluidas e evidentemente naquela
junto à placa superior dando origem a uma força oposta ao movimento da placa superior.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Massa específica
Peso específico
Viscosidade
cinemática
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Transmissão e
transmissores
pneumáticos e
eletrônicos
Por finalidade última podemos dizer que quando precisamos de uma pequena força para movimentar
pequenos objetos , leves, usamos a Pneumática, enquanto que quando precisamos fazer uma grande força
para movimentar grandes objetos, pesados, usamos a Hidráulica. Este resultado final da aplicação da força é
resultante da baixa pressão encontrada nos circuitos pneumáticos e da alta pressão encontrada nos circuitos
hidráulicos. Precisamos estar sempre cientes, que tanto a pneumática quanto a hidráulica são Sistemas de
Controle de Força e Movimento.
Pneumática é a ciência que estuda as propriedades físicas do ar e dos outros gases, trata das propriedades
mecânicas dos gases. O termo pneumática é derivado grego “pneumos”ou “pneuma”, que significa
respiração, sopro, e é definido como o segmento da física que se ocupa da dinâmica e dos fenômenos físicos
relacionados com os gases e com o vácuo, bem como estuda a conversão de energia produzida pelo ar em
energia mecânica, através de seus elementos de trabalho.
- SISTEMA PNEUMÁTICO
É um mecanismo que funciona com ar comprimido. É composto de tubulações e válvulas cuja função é
transformar a pressão do fluido ali confinado, em força mecânica com movimento controlado. Os circuitos
pneumáticos normalmente são utilizados para transmitir movimento em equipamentos que não necessitam
de grande esforço de operação, pois sua principal característica é trabalhar com baixa pressão e pouca força
de movimentação. Exemplos de atuação da força pneumática: máquinas de manufaturas, abertura e
fechamento da porta de ônibus, ferramentas pneumáticas (brocas de dentista, martelo, furadeira , a
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parafusadeira, britadeira, dosadora, lixadeira, soldadora, etc.), freio à ar, cilindros lineares e /ou rotativos,
motores pneumáticos, válvulas de controle, injetoras, prensas de impacto, sistemas de pintura, robótica e
outras infindáveis aplicações.
Atualmente, o controle do ar suplanta os melhores graus da eficiência, executando operações sem fadiga,
economizando tempo, ferramentas e materiais, além de fornecer segurança ao trabalho.
O termo pneumática é derivado do grego Pneumos ou Pneuma (respiração, sopro) e é definido como a
parte da Física que se ocupa da dinâmica e dos fenômenos físicos relacionados com os gases ou vácuos. É
também o estudo da conservação da energia pneumática em energia mecânica, através dos respectivos
elementos de trabalho.
Vantagens:
1) - Incremento da produção com investimento relativamente pequeno.
2) - Redução dos custos operacionais.
A rapidez nos movimentos pneumáticos e a libertação do operário (homem) de operações repetitivas
possibilitam o aumento do ritmo de trabalho, aumento de produtividade e, portanto, um menor custo
operacional.
3) - Robustez dos componentes pneumáticos.
A robustez inerente aos controles pneumáticos torna-os relativamente insensíveis a vibrações e golpes,
permitindo que ações mecânicas do próprio processo sirvam de sinal para as diversas sequências de
operação. São de fácil manutenção.
4) - Facilidade de implantação.
Pequenas modificações nas máquinas convencionais, aliadas à disponibilidade de ar comprimido, são os
requisitos necessários para implantação dos controles pneumáticos.
5) - Resistência a ambientes hostis.
Poeira, atmosfera corrosiva, oscilações de temperatura, umidade, submersão em líquidos, raramente
prejudicam os componentes pneumáticos, quando projetados para essa finalidade.
6) - Simplicidade de manipulação.
Os controles pneumáticos não necessitam de operários super especializados para sua manipulação.
7) - Segurança.
Como os equipamentos pneumáticos envolvem sempre pressões moderadas, tornam-se seguros contra
possíveis acidentes, quer no pessoal, quer no próprio equipamento, além de evitarem problemas de
explosão.
8) - Redução do número de acidentes.
A fadiga é um dos principais fatores que favorecem acidentes; a implantação de controles pneumáticos
reduz sua incidência (liberação de operações repetitivas).
Limitações:
1) - O ar comprimido necessita de uma boa preparação para realizar o trabalho proposto: remoção de
impurezas, eliminação de umidade para evitar corrosão nos equipamentos, engates ou travamentos e
maiores desgastes nas partes móveis do sistema.
2) - Os componentes pneumáticos são normalmente projetados e utilizados a uma pressão máxima de
1723,6 kPa. Portanto, as forças envolvidas são pequenas se comparadas a outros sistemas.
Assim, não é conveniente o uso de controles pneumáticos em operação de extrusão de metais.
Provavelmente, o seu uso é vantajoso para recolher ou transportar as barras extrudadas.
3) - Velocidades muito baixas são difíceis de ser obtidas com o ar comprimido devido às suas propriedades
físicas. Neste caso, recorre-se a sistemas mistos (hidráulicos e pneumáticos).
4) - O ar é um fluido altamente compressível, portanto, é impossível se obterem paradas intermediárias e
velocidades uniformes.
O ar comprimido é um poluidor sonoro quando são efetuadas exaustões para a atmosfera. Esta poluição
pode ser evitada com o uso de silenciadores nos orifícios de escape.
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Propriedades Físicas do Ar
Apesar de insípido, inodoro e incolor, percebemos o ar através dos ventos, aviões e pássaros que nele
flutuam e se movimentam; sentimos também o seu impacto sobre o nosso corpo. Concluímos facilmente
que o ar tem existência real e concreta, ocupando lugar no espaço.
Compressibilidade
O ar, assim como todos os gases, tem a propriedade de ocupar todo o volume de qualquer recipiente,
adquirindo seu formato, já que não tem forma própria. Assim, podemos encerrá-lo num recipiente com
volume determinado e posteriormente provocar-lhe uma redução de volume usando uma de suas
propriedades - a compressibilidade. Podemos concluir que o ar permite reduzir o seu volume quando sujeito
à ação de uma força exterior.
Elasticidade
Propriedade que possibilita ao ar
voltar ao seu volume inicial uma
vez extinto o efeito (força)
responsável pela redução do volume.
Difusibilidade
Propriedade do ar que lhe permite
misturar-se homogeneamente
com qualquer meio gasoso que
não esteja saturado
Expansibilidade
Propriedade do ar que lhe
possibilita ocupar totalmente o
volume de qualquer recipiente,
adquirindo o seu formato.
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Peso do Ar
Como toda matéria concreta, o ar tem peso.
Atmosfera
Camada formada por gases, principalmente por oxigênio (O2 ) e nitrogênio (N2), que envolve toda a
superfície terrestre, responsável pela existência de vida no planeta.
Pelo fato do ar ter peso, as camadas inferiores são comprimidas pelas camadas superiores. Assim as camadas
inferiores são mais densas que as superiores.
Concluímos, portanto, que um volume de ar comprimido é mais pesado que o ar à pressão normal ou à
pressão atmosférica.
Quando dizemos que um litro de ar pesa 1,293 X 10-3 Kgf ao nível do mar, isto significa que, em altitudes
diferentes, o peso tem valor diferente.
Pressão Atmosférica
Sabemos que o ar tem peso, portanto, vivemos sob esse peso.
A atmosfera exerce sobre nós uma força equivalente ao seu peso, mas não a sentimos, pois ela atua em
todos os sentidos e direções com a mesma intensidade.
A pressão atmosférica varia proporcionalmente à altitude considerada. Esta variação pode ser notada.
Deslocamento Positivo
Baseia-se fundamentalmente na redução de volume. O ar é admitido em uma câmara isolada do meio
exterior, onde seu volume é gradualmente diminuído, processando-se a compressão.
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Quando uma certa pressão é atingida, provoca a abertura de válvulas de descarga, ou simplesmente o ar é
empurrado para o tubo de descarga durante a contínua diminuição do volume da câmara de compressão.
Deslocamento Dinâmico
A elevação da pressão é obtida por meio de conversão de energia cinética em energia de pressão, durante a
passagem do ar através do compressor.
O ar admitido é colocado em contato com impulsores (rotor laminado) dotados de alta velocidade. Este ar é
acelerado, atingindo velocidades elevadas e consequentemente os impulsores transmitem energia cinética
ao ar. Posteriormente, seu escoamento é retardado por meio de difusores, obrigando a uma elevação na
pressão.
Rede de Distribuição
Aplicar, para cada máquina ou dispositivo automatizado,um compressor próprio, é possível somente em
casos esporádicos e isolados. Onde existem vários pontos de aplicação, o processo mais conveniente e
racional é efetuar a distribuição do ar comprimido situando as tomadas nas proximidades dos utilizadores.
A rede de distribuição de A.C. compreende todas as tubulações que saem do reservatório, passando pelo
secador e que, unidas, orientam o ar comprimido até os pontos individuais de utilização.
Pequena queda de pressão entre o compressor e as partes de consumo, a fim de manter a pressão dentro de
limites toleráveis em conformidade com as exigências das aplicações.
Não apresentar escape de ar; do contrário haveria perda de potência.
Apresentar grande capacidade de realizar separação de condensado.
Ao serem efetuados o projeto e a instalação de uma planta qualquer de distribuição, é necessário levar em
consideração certos preceitos. O não-cumprimento de certas bases é contraproducente e aumenta
sensivelmente a necessidade de manutenção.
Layout
Visando melhor performance na distribuição do ar, a definição do layout é importante.
Este deve ser construído em desenho isométrico ou escala, permitindo a obtenção do comprimento das
tubulações nos diversos trechos. O layout apresenta a rede principal de distribuição, suas ramificações, todos
os pontos de consumo, incluindo futuras aplicações; qual a pressão destes pontos, e a posição de válvulas de
fechamento, moduladoras, conexões, curvaturas, separadores de condensado, etc. Através do layout, pode-
se então definir o menor percurso da tubulação, acarretando menores perdas de carga e proporcionando
economia.
Formato
Em relação ao tipo de linha a ser executado, anel fechado (circuito fechado) ou circuito aberto, devem-se
analisar as condições favoráveis e desfavoráveis de cada uma.
Geralmente a rede de distribuição é em circuito fechado, em torno da área onde há necessidade do ar
comprimido. Deste anel partem as ramificações para os diferentes pontos de consumo.
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Válvulas de Fechamento
na Linha de Distribuição
São de grande importância na rede de distribuição para permitir a divisão desta em seções, especialmente
em casos de grandes redes, fazendo com que as seções tornem-se isoladas para inspeção, modificações e
manutenção.
Assim, evitamos que outras seções sejam simultaneamente atingidas, não havendo paralisação do trabalho e
da produção.
Manômetros
São instrumentos utilizados para
medir e indicar a intensidade de
pressão do ar comprimido, óleo, etc.
Nos circuitos pneumáticos e hidráulicos, os manômetros são utilizados para indicar o ajuste da intensidade
de pressão nas válvulas, que pode influenciar a força, o torque, de um conversor de energia.
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Atuadores Pneumáticos
Os atuadores pneumáticos se
dividem em duas categorias: os
lineares e os rotativos. Os lineares
convertem energia pneumática em
movimento linear, e os rotativos
convertem energia pneumática em
movimento rotativo.
Os atuadores lineares de simples
efeito e de duplo efeito são os
mais usuais, não importando se
são cilíndricos, quadrados ou com
outros formatos. Pela simbologia
adotada pela ISO 1219, esses
atuadores são assim
representados.
Os termopares são dispositivos eletrônicos com larga aplicação para medição de temperatura. São baratos,
podem medir uma vasta gama de temperaturas e podem ser substituídos sem introduzir erros relevantes. A
sua maior limitação é a exatidão, uma vez que erros inferiores a 1 ° C são difíceis de obter. Uma termopilha é
o nome que se dá a um conjunto de termopares ligados em série. Um exemplo da aplicação de termopares e
termopilhas pode ser a medição de temperaturas em linhas de gás.
O funcionamento dos termopares é baseado neste fenômeno, que é conhecido como Efeito de Seebeck.
Embora praticamente se possa construir um termopar com qualquer combinação de dois metais, utilizam-se
apenas algumas combinações normalizadas, isto porque possuem tensões de saída previsíveis e suportam
grandes gamas de temperaturas.
Também é comum um outro tipo de sensor de temperatura, chamado termoresistência, que é constituído de
um bulbo de platina, cuja resistência a zero graus centígrados é 100 ohms. Esta resistência varia
proporcionalmente à temperatura à que é submetido o sensor. Neste caso, o cabo leva um sinal de
resistência e é constituído de 3 fios, sendo o terceiro fio usado para anular a resistência ôhmica resultante do
comprimento do cabo.
- Sinais discretos - são sinais obtidos de contatos que só tem duas possibilidades : aberto ou fechado Esses
sinais são muito comuns em alarmes e sistemas de segurança. Por exemplo : um sensor chamado
pressostato abre um contato, quando a pressão da descarga de um compressor exceder um determinado
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limite. Este sinal pode ser usado para acionar um alarme visual e sonoro (lâmpada piscando e buzina) ou
para acionar um sistema de segurança, por exemplo - desligar o compressor.
Agora estamos discutindo outra face da instrumentação - que é alarme e intertravamento. Neste caso os
sensores que monitoram a variável de processo (pressão, temperatura, vazão, nível) possui um contato, que
se abre (ou fecha), quando o valor monitorado ultrapassa um pré-determinado ponto.
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