Aula 5 - Sociologia Viviane Vidigal
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TRABALHO PRIMITIVO
Diferentemente dos outros animais, o ser humano não produz apenas por instinto,
mas, ao fazê-lo, tem uma intenção específica e plena consciência dessa ação, motivo
pelo qual se diz que ele organiza racionalmente o trabalho.
Elas não são remuneradas e perdem sua liberdade de escolha de ir e vir, sendo
submetidas, por meio da força e do poder, a outras pessoas. Civilizações como Egito,
Grécia e Roma mantinham esse regime de trabalho.
Com o fim da Antiguidade e o início do período que conhecemos como Idade Média,
a escravização de pessoas diminuiu e predominou a chamada servidão, que também
constituiu um tipo de trabalho imposto, pois trazia ao servo obrigações em troca do
direito de permanecer nas terras do seu senhor e poder cultivá-las.
Com a queda do Império Romano do Ocidente e a invasão dos povos bárbaros entre
os séculos IV e V, a Europa atravessou um período de ruralização, isto é, os
moradores da cidade se deslocaram para o campo, fugindo da instabilidade
provocada pela movimentação dos bárbaros.
O que é feudalismo?
O feudalismo foi um modelo social e econômico que vigorou dos séculos V ao XV,
na Europa Ocidental, e que marcou profundamente a Idade Média. Esse modelo era
baseado na terra e, por meio dela, constituíam-se a atividade econômica e a estrutura
social.
Origem do feudalismo
CARACTERÍSTICAS DO FEUDALISMO
SOCIEDADE FEUDAL
A sociedade feudal era rural, estruturada nos feudos, e a minoria que estava no topo
da pirâmide social (nobres e clero) era sustentada pela classe de maior tamanho e
a única que trabalhava, a dos servos. Era uma sociedade estamental, que não permitia
a mobilidade social, conforme um ditado da época: “Existem aqueles que lutam
(nobres), aqueles que rezam (clero) e aqueles que trabalham (servos)”.
ECONOMIA FEUDAL
A economia durante a Idade Média era basicamente agrária, o que não significa
afirmar que o comércio tenha desaparecido. Durante a Antiguidade Clássica, o mar
Mediterrâneo foi o principal local do comércio marítimo. Com a expansão árabe a partir
do século VII d.C., o Mediterrâneo foi conquistado por esse povo, e os europeus
ocidentais não tinham alternativa a não ser a agricultura. Além disso, com a fuga das
cidades para o campo, a terra se valorizou.
A prática agrícola exigia cuidado com a terra. Para isso, os servos que trabalhavam
nela utilizavam instrumentos como o arado e a força dos animais domesticados.
POLÍTICA FEUDAL
CONCESSÃO DE TERRAS
CRISE DO FEUDALISMO
Surgia nesse contexto a burguesia, uma classe social formada por comerciantes
que enriqueceram com as trocas comerciais de produtos orientais. Ao redor dos
feudos se formavam as feiras, que faziam as negociações dos produtos; instalava-se
os primeiros bancos para fazer as conversões monetárias, e as moedas voltavam a
circular no Ocidente.
A crise do feudalismo não foi apenas pela retomada dos valores greco-romanos.
A peste negra foi uma doença altamente infecciosa e que se alastrou por toda a
Europa, matando 1/3 da população. Com o excesso de trabalho e desejosos por sair
dos feudos e mudar de vida nas cidades, os servos de revoltaram contra os seus
senhores, encerrando um período de mais de um milênio de obrigações e apego à
terra.
• A crise feudal se deu por conta das mudanças na Europa provocadas pelos
renascimentos cultural, urbano e comercial.
ANTIGUIDADE
Modo de produçã o escravista (trabalho
escravizado)
A frase atribuída ao ex-presidente francês Charles de Gaulle, mas que talvez nunca
tenha sido dita por ele, se tornou famosa no mundo todo. Realmente, a história de
nosso país já começa com uma mentira: não fomos descobertos pelos portugueses
em 1500. Como ensina Caio Prado Júnior, desde os últimos anos do século XV, as
costas brasileiras já vinham sendo frequentadas por navegantes portugueses e
espanhóis; de início, apenas em viagens exploratórias.1
A ideia de povoar esse novo território não ocorreu inicialmente a nenhum dos
“descobridores”. Nos tempos áureos do mercantilismo, somente a extração de metais
preciosos (sobretudo ouro e prata) e o comércio os interessaria. Como Portugal não
descobrira ainda, na parte das terras que lhe cabia, nem um nem outro, desprezou-a
durante algum tempo. Entretanto, o espírito empreendedor e a insistência dos
portugueses em dar utilidade à sua nova conquista fez com que descobrissem, nas
novas terras, o pau-brasil, espécie vegetal que viria a ser traficada por portugueses e
franceses nas costas brasileiras até quase meados do século XVI para uso como
tintura em manufaturas de tecidos de alto luxo na Europa.
Caio Prado Júnior refere que “em troca desta quinquilharia de valor ínfimo para os
traficantes, [os índios] empregavam-se arduamente em servi-los”. Para “acelerar a
produção”, também se presenteavam os indígenas com objetos mais custosos, como
serras e machados. Essa exploração não serviu em nada para fixar qualquer núcleo
de povoamento na recém-descoberta Terra de Santa Cruz. A atividade extrativa do
pau-brasil tinha de ser, necessariamente, nômade. O esgotamento (do indígena e da
natureza) foi rápido. Sua hegemonia não durou mais do que três décadas.
1
PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 10 ed. São Paulo: Brasiliense, 1967, p.
Muito se discutia, à época, acerca da humanidade dos originais habitantes das novas
terras. Não obstante, no ano de 1550, a fim de justificar a sua dominação, o “brilhante
e ferino jurista” Ginés de Sepulveda sustentava que os indígenas não passavam de
uma subespécie de homens, “quase macacos”. Por isso, além de considerar que a
dominação era “justa e natural”, Sepulveda chegou a sustentar que ela ocorria em
benefício dos próprios dominados:
Que coisa poderia ter acontecido a estes bárbaros mais conveniente ou mais saudável
do que ficarem submetidos ao império daqueles cuja prudência, virtude e religião os
haverão de converter de bárbaros - tais que mal e mal mereciam o nome de seres
humanos – em homens civilizados na medida em que podem sê-lo; de torpes e
libidinosos em probos e honrados; de ímpios e servos dos demônios em cristãos e
adoradores do verdadeiro Deus?2
A ESCRAVIZAÇÃO DO INDÍGENA
A enganação do escambo não poderia durar muito tempo. Oliveira Lima observa que
“a cordialidade das primeiras relações” cessou rápida e violentamente.
“Os índios perceberam em breve o que significava a tomada de posse de seu território,
a qual os tinha a princípio divertido. [...] Ordenaram-lhes obedecer, de então em
diante, aos recém-chegados, e na linguagem destes, obediência queria dizer servidão
perpétua.”3
2
RICHARD, Pablo. 1492: a violência de Deus e o futuro do cristianismo. (Concilium – A voz
dasvítimas). Petrópolis: Vozes, 1990, p. 60-1.
3
LIMA, Oliveira. Formação histórica da nacionalidade brasileira. 3 ed. Rio de Janeiro: Topbooks; São
Paulo: Publifolha, 2000, p. 40-1.
Em carta à Câmara do Pará, em meados do século XVII, o Padre Antônio Vieira
resumiria da seguinte forma a “ineficiência” do escravizado indígena, em comparação
com o africano:
Chama a atenção que, ainda hoje, muitos historiadores (especialmente aqueles que
percebem a história a partir da esfera de circulação) simplesmente sigam as linhas
explicativas do Padre Vieira, aceitando-as, sem um exame crítico.
Em bom português, os índios deveriam trabalhar para os portugueses por bem ou por
mal...
Considerando que o preço de compra do indígena foi sempre mais baixo do que o do
escravizado africano, seu proprietário também pouco se preocupava com sua
4
PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 10 ed. São Paulo: Brasiliense, 1967, p
conservação.5 “Nisto residiu uma das causas da mortalidade mais elevada dos
indígenas”.6
Como observa Eduardo Galeano, “os índios morriam como moscas; seus organismos
não opunham defesas contra doenças novas; e os que sobreviviam ficavam
debilitados e inúteis”. Calcula-se que mais da metade da população indígena morreu
logo no primeiro contato com os homens brancos.7
Apesar de todas essas questões que envolvem a escravidão negra, muitos indígenas
foram vítimas desse sistema de produção, abolido oficialmente apenas no final do
século XVIII. Sobretudo nas regiões mais pobres, que não puderam pagar o elevado
preço dos escravizados africanos, o trabalho escravo indígena foi amplamente
utilizado. A “caça aos índios”, realizada pelos bandeirantes, foi um dos principais
fatores que determinaram a atual extensão territorial do Brasil.8
Muitos dos discursos atuais que visam legitimar a exploração nas relações de
emprego sustentam uma “natureza desigual” entre empregado e empregador.
Entretanto, mesmo para o colonizador do século XVI, ela poderia parecer
excessivamente brutal. Além disso, mesmo que servisse para legitimar a exploração
do trabalho indígena na Europa, não tinha o mesmo efeito entre os “selvagens”
escravizados.
5
De acordo com generalização de Simonsen, o valor do escravo índio regulava em média um quinto
do africano”. Em meados do século XVI, quando “um africano adulto não custava menos de 25 mil-
réis”, sua vida valia 25 vezes mais do que a de um escravo índio. GORENDER, Jacob. O escravismo
colonial. 3 ed. São Paulo: Ática, 1980, p. 197-8.
6
Leandro Konder refere que “os quatro ou cinco milhões de índios que habitavam a terra em 1500
falavam mais de mil línguas ou dialetos; ficaram reduzidos a pouco mais de 250 mil e cerca de 90%
das suas línguas e dialetos – que corporificavam ricas experiências humanas, vividas ao longo de
vários séculos, por diferentes culturas – desapareceram sem deixar traço.” KONDER, Leandro.
Ossofrimentos do homem burguês. São Paulo: Senac, 2000, p. 84.
7
GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Tradução de Galeno de Freitas. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2009, p. 35.
8
OS ESCRAVIZADOS AFRICANOS
Não se sabe ao certo quando os primeiros negros chegaram ao país. Caio Prado
Júnior faz referência a relatos de que já haveriam vindo na primeira expedição oficial
de povoadores, em 1532, sendo incontroverso que na metade do século XVI eles já
eram numerosos.9
Isso acarretaria consequências sociais até hoje perceptíveis, como observa Leandro
Konder: a “desvalorização do trabalho, seja porque se trata de uma atividade
desprezível, típica de escravizados, seja porque se trata de uma ocupação dos
‘otários’, vítimas ‘naturais’ do talento e da esperteza dos malandros urbanos.”12
Em uma cultura para a qual o trabalho é visto como indigno, carregar seus próprios
pertences ou até mesmo caminhar nas ruas da cidade poderia ser considerado
9
PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 10 ed. São Paulo: Brasiliense, 1967, p.37.
10
PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. 10 ed. São Paulo: Brasiliense, 1967, p.147 e
151.
11
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. 3 ed. São Paulo: Ática, 1980, p. 454-5.
12
KONDER, Leandro. Os sofrimentos do homem burguês. São Paulo: Senac, 2000, p. 84.
desprezível. Ser carregado e/ou ter seus objetos carregados por escravizados de
ganho, por outro lado, não era, necessariamente, sinal de grande riqueza.
A pessoa que não fosse suficientemente afortunada para ter uma cadeirinha de arruar
ou uma liteira, como também era conhecida, mas ainda assim dispusesse de alguns
escravizados, costumava fazer-se carregar pela cidade ou em pequenas viagens em
uma rede.
As pessoas ainda mais pobres, em geral viúvas, tinham apenas um escravizado, cujo
aluguel era sua única fonte de renda.
Apesar de ter durado quase quatrocentos anos, sempre prevaleceu, no Brasil, uma
visão de curto prazo, como se a escravidão fora negócio apenas para uma geração,
tal era o tratamento dispensado ao escravizado.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravizados fujões. Imaginai uma coleira grossa,
com a haste grossa também à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada
atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal.
Há meio século, os escravizados fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos
gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos
gostavam de apanhar pancada.
13
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 18 ed. Rio de
Janeiro:Civilização brasileira, 2014, p. 54.
14
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1994,p.
10.
15
CANDIDO, Antonio. De cortiço a cortiço. In O discurso e a cidade. São Paulo: Duas cidades,1995,
p. 128.
Considerando que nenhum sistema exploratório se mantém exclusivamente pela força
física, fez-se necessária, também, a existência de uma ideologia para justificar e
legitimar a escravidão. Passemos a analisá-la.
A ideologia que justificou a escravidão foi muito distinta daquela que justifica ainda
hoje a exploração no modelo burguês-capitalista. Enquanto no modo de produção
capitalista todos os seres humanos devem ser considerados como “iguais”, no
escravista, alguns perdem completamente (ou quase completamente) a condição
humana, para passarem a ser propriedade de outrem.
No Brasil, em meados do século XIX, o negro era considerado como uma espécie à
parte da raça humana, “destinado à escravidão pela sua apatia e organização cerebral
inferior”, encontrando-se mesmo quem justificasse a escravidão com o argumento de
que “os africanos representavam uma raça intermediária entre o branco e o gorila:
macacos aperfeiçoados e não homens”. Todos sabemos a odiosa herança cultural
que esse tipo de discurso nos legou até os dias de hoje.
Esse discurso, utilizado pelos jesuítas para justificar a exploração indígena, já era
sustentado por Aristóteles, no que denominava “servidão natural”: “Não é apenas
necessário, mas também vantajoso que haja mando por um lado e obediência por
outro; e todos os seres, desde o primeiro instante do nascimento, são, por assim dizer,
marcados pela natureza, uns para comandar, outros para obedecer. (...) Para eles, é
melhor servirem do que serem entregues a si mesmos.
No Brasil, o Barão do Pati de Alferes via a religião como “um freio que sustentava os
escravos”; enquanto o padre Antônio Caetano da Fonseca oferecia aos fazendeiros
conselhos de uma atormentadora atualidade:
16
SAES, Décio. A formação do Estado burguês no Brasil: 1888-1891. Rio de Janeiro: Paz eTerra,
1985, p. 271.
A confissão é o antídoto da insurreição porque o confessor faz ver ao escravo que o
seu senhor está em lugar de seu pai e, portanto, lhe deve amor, respeito e obediência;
que o trabalho é necessário ao homem para sua subsistência; que esta vida é nada em
comparação com a eternidade; e que o escravo que sofre com paciência o seu cativeiro
tem a sua recompensa no reino do céu, onde todos são iguais perante Deus.17
17
COSTA, Emília Viotti da. Da Senzala à Colônia. 5 ed. São Paulo: Unesp, 2010, p. 295.
18
SAES, Décio. A formação do Estado burguês no Brasil: 1888-1891. Rio de Janeiro: Paz e
19
LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial. 6a ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991, p.42.
QUESTÕES
É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista
É mole de ver
Que para o negro
Mesmo a aids possui hierarquia
Na áfrica a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais
Assinale-a.
A- As diferenças e desigualdades entre os homens são naturais, pois os seres
humanos apresentam múltiplos usos do corpo e da linguagem, de se alimentar
e vestir, por exemplo.
B- Os marcadores sociais da diferença estão articulados à experiência dos
indivíduos em suas relações econômicas e políticas, entre outras.
C- As diferenças e desigualdades são construídas socialmente e precisam ser
contextualizadas em termos de tempo, espaço e relações sociais, para serem
compreendidas.
D- Os sistemas de classificação, sociais, étnicos ou culturais, estão ligados às
relações de poder que existem em uma dada sociedade.
E- As categorias da diferença são relacionais, sendo construídas umas em relação
às outras, como quando associa-se a cor da pele ao conceito de raça, e esta,
a uma forma de trabalho.
A- Padroado
B- Feudalismo
C- Mercantilismo
D- Capitalismo Comercial
E- Modo de produção asiático
5- A herança escravista deitou raízes tão profundas na sociedade brasileira que ainda
hoje se fazem sentir. Além da inabarcável contribuição da cultura negra, são exemplos
importantes as fronteiras mal delimitadas entre as esferas pública e privada e a
semelhança estrutural entre ambas, principalmente até o final do Império. (MALERBA,
1999, p. 39).
De acordo com o trecho acima e considerando a sociedade escravagista e a
construção do estado brasileiro, assinale a alternativa CORRETA:
A - A adaptação dos escravos africanos ao Brasil foi dificultada pelo fato de eles virem
de regiões onde a criação de animais era desconhecida e não se lidava com
metalurgia e outras tecnologias.
B -A expectativa de vida do escravo no Brasil era muito alta, razão pela qual a
importação de escravos se manteve em níveis muito baixos.
C -Devido ao isolamento e à distância em relação a sua terra de origem, os escravos
tinham, no território brasileiro, a fuga como única forma de resistência à escravidão.
D - Os inúmeros quilombos existentes durante o período colonial no Brasil eram
refúgios de negros que escapavam da escravidão.
E - Os escravizados trazidos da África para o Brasil eram de uma mesma região,
Angola, em virtude de os colonizadores portugueses buscarem instalar um grupo
homogêneo de escravos, de mesma língua e com os mesmos hábitos.
GABARITO
1-C
2-A
3-B
4-B
5-A
6-D