Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Etiologia: não é totalmente esclarecida, mas é multifatorial, composta por fatores genéticos,
epigenéticos, hormonais, ambientais e imunológicos.
Genética: alta prevalência da doença entre gêmeos monozigóticos (29x) e nos parentes de 1º
grau (17x); deficiência de proteínas do sistema complemento (C1q e C4); polimorfismos
genéticos como fator predisponente; presença de HLA-DR2 e DR3 que aumentam o risco de
LES em 2-3x; genes ligados à imunidade intata (STAT4, IRF5 e TLR7) estão ligados à sinalização
e produção de IFN-α, que tem sua expressão aumentada no soro de 60-80% dos pacientes.
Hormonal: estrógenos estimulam várias células imunes (macrófagos, linfócitos T e B). Assim,
favorecem a adesão de mononucleares ao endotélio vascular, estimulam a secreção de
citocinas, como IL- 1, e expressão de moléculas de adesão e MHC. A via IFN do tipo I é regulada
positivamente pelo estrógeno e negativamente pelos progestágenos. Os estrógenos têm ação
semelhante às moléculas de BLyS/BAFF (estimulador de linfócitos B/fator de ativação das
células B), reduzindo a apoptose das células autorreativas e acelerando sua maturação,
especialmente das células B com alta afinidade pelo DNA. Os níveis séricos do BAFF estão
frequentemente aumentados nos pacientes, promovendo a formação e a sobrevivência das
células B de memória e dos plasmócitos. Esse aumento persistente dos autoanticorpos não é
controlado adequadamente pelos anticorpos anti-idiotípicos, pelas células T reguladoras CD4+,
ou pelas células T supressoras CD8+.
Ambiental: expressam altos títulos dos anticorpos antivírus Epstein-Barr, apresentam carga
viral circulante desse vírus aumentada e produzem anticorpos antirretrovírus. Outros
microrganismos relacionados são o citomegalovírus e a Mycobacterium tuberculosis. Infecções
por micobactérias e tripanossoma podem induzir a formação de anticorpos anti-DNA ou
mesmo sintomas lúpus-símile. O tabagismo está associado ao desenvolvimento do LES e reduz
o efeito da hidroxicloroquina na terapêutica. A exposição solar determina a apoptose de
queratinócitos com subsequente expressão de moléculas, como RNP, Ro, nucleossoma e
fosfolipídeos nos corpúsculos apoptóticos. Também há secreção de citocinas, como IL-1, IL-6 e
TNF-α, com amplificação da resposta imune e ativação de macrófagos, além de processamento
de antígenos, o que desencadeia uma resposta inflamatória sistêmica.
Fisiopatologia: vários defeitos no sistema imune levam a uma perda de autotolerância. Há
produção anormal de autoanticorpos, prévia ao início dos sintomas, pelos linfócitos B, que são
estimulados e mantém sua sobrevida por ação das moléculas de BLyS/BAFF. Antígenos
próprios (DNA/proteína nucleossômais, RNA/proteína em SM, Ro e La, além de fosfolipídeos)
estão disponíveis para o reconhecimento por parte do sistema imune nas vesículas
apoptóticas. Assim, antígenos, autoanticorpos e complexos imunes persistem por períodos
prolongados, tornando possível a inflamação e a própria doença. Outro fator é a produção
insuficiente de IL-2 e TGF, pelas células T e NK, para a sustentação das células T CD8+ e CD4+
reguladoras, que inviabilizariam a evolução fisiopatológica.
O resultado desse processo é a manutenção e produção de autoanticorpos e imunocomplexos,
que se depositam em órgãos-alvo. As células-alvo lesadas (glomérulos, células endoteliais, pla-
quetas e outras) liberam mais antígenos, que perpetuam o processo. Paralelamente, ocorre
ativação do sistema complemento, levando à liberação de citocinas, quimiocinas, peptídeos
vasoativos, oxidantes e enzimas destrutivas. Ocorre também influxo de células T, monócitos,
macrófagos e células dendríticas para os tecidos-alvo, bem como ativação de macrófagos
residentes e células dendríticas. Durante a inflamação crônica, o acúmulo de fatores de
crescimento e de produtos da oxidação crônica contribui para o dano tecidual irreversível aos
glomérulos, artérias, pulmões e outros tecidos.
LÚPUS É UMA COLAGENOSE, ou seja, é uma doença autoimune voltada contra o colágeno, que
está em todo corpo.
Manifestações clínicas: sintomas gerais como anorexia e perda de peso podem ser
observadas como quadro inicial da doença e preceder o aparecimento de outras manifestações
em meses. Diminuição do apetite, febre, poliadenopatias, mialgia e artralgia também podem
fazer parte do quadro. Cerca de 42% dos pacientes podem ter febre como manifestação do lú-
pus ativo, principalmente crianças e adolescentes. Linfadenopatia generalizada ou localizada,
com predomínio das cadeias cervical e axilar, pode ser observada em + de 1/3 dos casos, assim
como hepato e/ou esplenomegalia.
Pele e anexos: ocorrem em 70% dos pacientes no início da doença e em até 80-90% durante
sua evolução. As principais lesões compreendem o lúpus cutâneo agudo, subagudo e discoide
(crônico).
-A principal lesão cutânea aguda é o rash malar ou eritema em “asa de borboleta” (rash em
vespertílio), identificada em 30 a 60% dos casos, altamente fotossensível. Pode ser transitório
ou persistente. Geralmente poupa o sulco nasolabial e acompanha períodos de atividade da
doença. Pode apresenta-se como erupção maculopapular discreta e descamativa, e cura sem
deixar cicatriz. Sua forma generalizada é o rash maculopapular ou dermatite lúpica
fotossensível e se apresenta como erupção exantematosa ou morbiliforme generalizada.
Outros tipos de lesões agudas são máculas, pápulas ou placas eritematosas, algumas com
tonalidade violácea, que podem apresentar leve descamação. As lesões não são pruriginosas e
primariamente ocorrem em áreas expostas ao sol, como face, tórax, ombros, face extensora
dos braços e dorso das mãos, regredindo sem deixar atrofia. O lúpus bolhoso e necrose
epidérmica tóxica são também outras formas de lesões agudas da doença, juntamente com a
fotossensibildade.
-O lúpus cutâneo subagudo manifesta-se como placas eritematosas em áreas expostas e com
intensa fotossensibilidade, habitualmente associada ao anticorpo anti-Ro. Observam-se 2
variedades de lesão: papuloescamosa e anular. Inicialmente, apresentam-se como pápula ou
pequena placa eritematosa levemente descamativa.
Na variante papuloescamosa, as lesões progridem e confluem formando placas psoriasiformes
em arranjo muitas vezes reticulado.
Na variante anular ocorre progressão periférica das lesões, com eritema e fina descamação na
borda. Pode surgir hipopigmentação e telangectasias no centro das lesões anulares.
-A forma mais comum de lúpus cutâneo crônico é o discoide, com lesões maculosas ou papu-
losas, eritematosas, bem definidas, com escamas firmes e aderentes à superfície das lesões.
Podem ocorrer na ausência de manifestações sistêmicas. Em sua evolução, tornam-se
confluentes, formando placas recobertas por escamas espessas e ceratose, que se estende
para o interior do folículo piloso dilatado. Os locais mais acometidos são: couro cabeludo,
pavilhão auricular, região torácica anterior e porção superior dos braços. Na face, as
sobrancelhas, as pálpebras, o nariz e as regiões mentoniana e malar estão frequentemente
envolvidas. As lesões cutâneas são crônicas, persistentes e podem regredir deixando áreas
cicatriciais discrômicas, além de telangectasias e alopecia cicatricial.
Respiratórias: pleurite é a mais frequente; ocorre em 30 a 60% dos pacientes, sendo que
derrame pleural ocorre em 16 a 40% durante o curso da doença. A hemorragia alveolar difusa
determina dispneia de início súbito, associada à redução dos níveis de Hb. A hipertensão
pulmonar pode ocorrer em decorrência da doença ou secundária a valvopatia cardíaca, doença
intersticial pulmonar ou embolia pulmonar.
OBS:Os quadros de pneumonite aguda e crônica no lúpus são menos frequentes. A Síndrome
do pulmão encolhido é uma complicação rara no LES, caracterizada por dispneia progressiva e
RX de tórax mostra redução significativa dos campos pleuropulmonares sem acometimento do
parênquima, diafragmas elevados e imagens de atelectasia nas bases.
Renais: envolvimento renal é um dos principais determinantes da morbimortalidade. Manifes-
ta-se em 50-70% dos pacientes, mas todos têm doença renal à microscopia eletrônica. Surgem
nos primeiros 2 a 5 anos da doença e, quando são manifestação inicial, pioram o prognóstico.
As manifestações clínicas subestimam a verdadeira frequência do comprometimento renal,
pois alguns pacientes com LES podem ter alterações histopatológicas significativas na biópsia
renal sem qualquer sinal clínico de envolvimento renal.
Além das síndromes nefrítica e nefrótica que ocorrem em quadros de nefrite lúpica, pode
haver hematúria, leucocitúria e cilindros celulares, parâmetros mais importantes para a carac-
terização de glomerulonefrite em atividade. A proteinúria também pode indicar a atividade
inflamatória nos rins. Redução filtração glomerular, proteinúria nefrótica e presença de
hipertensão sugerem maior gravidade e pior prognóstico.
Gastrointestinais: 25-40% dos pacientes, sendo que grande parte são queixas inespecíficas,
como dor abdominal, náuseas e vômitos, que podem traduzir desde uma peritonite estéril até
efeitos colaterais dos medicamentos. A queixa de boca seca pode aparecer secundária como
parte da síndrome de Sjogren secundária. Disfagia pode ocorrer por hipomotilidade
esofagiana, DRGE, e, raramente, ulcerações por vasculite.
A dor abdominal indica um diagnóstico diferencial amplo: peritonite, úlcera péptica, vasculite
mesentérica e infarto intestinal, pancreatite e doença inflamatória intestinal. Icterícia, em
geral, é consequência de hepatite, pancreatite ou hemólise. A enteropatia perdedora de
proteínas tem sido descrita em pacientes com LES e é caracterizada por edema e hipo-
albuminemia na ausência de nefrite. É mais comum em mulheres jovens, e diarreia pode está
presente em 50% dos casos. A biópsia da parede do intestino delgado demonstra depósitos de
C3 na parede dos capilares, o que provoca aumento da permeabilidade capilar.
A maioria dos pacientes (mais de 98%) tem o teste do fator antinuclear (FAN) positivo em
títulos altos, principalmente durante períodos de atividade de doença. A positividade desse
exame não é específica do LES, pode ocorrer em outras doenças autoimunes, doenças
infecciosas e neoplásicas e até indivíduos saudáveis. Desta forma, o teste é relevante pelo seu
alto valor preditivo negativo. 1:80 chama a atenção, mas 1:160 reforça mais ainda.
-Anti-dsDNA: nativo tem importância não só pela sua especificidade no LES, mas também
devido ao fato de altos títulos representarem atividade de doença, principalmente renal.
-Anticorpo anti-Sm: indica especificidade para o LES, apesar de ser positivo em cerca de 30%
apenas.
-Anti-Ro/SS-A: também é encontrado no lúpus e na Síndrome de Sjogren, geralmente
associado ao anti-LA/SS-B. É detectado em cerca de 80% dos pacientes com lúpus eritematoso
cutâneo subagudo.
-Anti-Ro: relacionado com o lúpus neonatal e bloqueio congênito em crianças nascidas de
mães com esse autoanticorpo, mesmo que estas não tenham nenhuma doença evidente.
-Anticorpos antiproteína P ribossomal (anti-P): marcadores específicos de LES, ocorrendo em
10 a 20% dos casos e, possivelmente, apresentando associação com manifestações
neuropsiquiátricas da doença.
-Antifosfolípides: são autoanticorpos que interagem com fosfolipídeos associados a um
cofator no endotélio vascular, provocando tromboses arteriais e venosas, plaquetopenia e
abortos de repetição, além de insuficiência adrenal, pré-eclâmpsia, livedo reticular, valvopatia,
entre outras. Os grupos mais comuns de anticorpos antifosfolípides são o anticoagulante
lúpico (LA) e os anticorpos anticardiolipina (aCL).
-Anticorpos anti-histona: nos casos de lúpus induzido por medicamentos.
ANTI SM.
Esses são de caráter temporário e desaparecem poucos meses após o término do tratamento
com medicação indutora. Outra característica que auxilia no diagnóstico e acompanhamento
do pacientes é a avaliação do sistema complemento. O consumo do complemento (C3, C4 e
complemento hemolítico total) é uma alteração importante.
VDRL: exame não treponêmico que detecta anticorpos, principamente relacionado a lípides,
sendo um deles a cardiolipina.
Coombs positivo: detecta anticorpos ligados aos eritrócitos. Reação cruzada (?).
*Diagnóstico de Lúpus Cutâneo é diferente do LES. As manifestações cutâneas isoladamente
não refletem, necessariamente, a existência de uma doença sistêmica.
Tratamento:
Tratamento medicamentoso: deve ser individualizado para cada paciente e dependerá dos
órgãos ou sistemas acometidos e da gravidade das manifestações. A terapia de pacientes com
comprometimento de múltiplos sistemas deverá ser orientada para o comprometimento mais
grave. Quando houver manifestação que não responda a um medicamento, pode ser
necessário fazer uso associado de diversos medicamentos.
O corticoide é a classe medicamentosa mais utilizada. A dose indicada varia de acordo com a
gravidade. Devido aos múltiplos efeitos colaterais, como catarata e osteoporose, deve ser
utilizado na dose efetiva para o controle da atividade da doença, e, assim que possível, deve
haver redução gradual da dose empregada. Nos pacientes que não conseguem atingir uma
dose de manuntenção <7,5 mg/dia, está indicada a associação com azatioprina ou
metrotrexato (MTX) ou ciclosporina na manifestação cutânea, hematológica e na vasculite.
Novas alternativas para pacientes não responsivo à outras terapias têm sido estudadas,
especialmente medicamentos imunobiológicos. O belimumabe foi aprovado pelas agências
regulatórias para uso na prática clínica. Trata-se de um anticorpo monoclonal cujo mecanismo
de ação se dá pela ligação ao BLyS solúvel, impedindo sua maturação, diferenciação e
sobrevida. É indicado, nos quadros musculoesqueléticos ou cutâneos, que mesmo em uso de
antimalárico associado a doses baixas de corticoide e falha de pelo menos 2
imunossupressores utilizados em doses adequadas por 3 a 6 meses. Considerada a
descontinuação causo não tenha melhora da doença após 6 meses.
-Manifestação cutânea: vai depender do tipo e da extensão das lesões de pele e da gravidade
das manifestações extracutâneas. Considerando a radiação UV como principal causadora de
fotossensibilidade e desencadeante das lesões de pele, protetores solares com FPS de 15 até
30 devem ser utilizados em quantidade generosa pela manhã e reaplicados mais uma vez ao
dia, horário do almoço. Os pacientes também devem ser orientados quanto ao uso de roupas,
chapéus e sombrinhas devido não haver nenhum creme protetor solar que bloqueia toda a
radiação UV.
Nas lesões localizadas, está indicada terapia tópica com corticoide de baixa ou média potência
na face e áreas de flexão. Em lesões mais hipertróficas, está indicado corticoide alta potência
associado ao ácido salicílico para obtenção de efeito ceratolítico. Nos casos refratários, o uso
de talidomida na dose de 100-200 mg/dia mostrou-se eficaz em 75% dos pacientes, mas deve
ser indicada somente para indivíduos do sexo masculino ou para mulheres sem qualquer risco
de gravidez, na pós menopausa ou com anticoncepção definitiva, pois tem efeito teratogênico.
-Manifestações hematológicas: o tratamento de escolha da anemia hemolítica autoimune é
feito com prednisona em dose alta (1mg/kg/dia), por 4 a 6 semanas com posterior redução.
Também pode ser utilizada a pulsoterapia venosa com uso de metilprednisolona por 3 dias
seguidos -> para casos graves, em que se requer resposta mais rápida, e a manutenção é feita
com prednisona por via oral em dose baixa. Nos casos refratários, ou se necessárias altas dose
de manutenção, pode-se associar imunossupressores, com azatioprina, micofenolato de
mofetil, ciclosfamida ou danazol.
Para a leucopenia, o tratamento com prednisona deve ser instituído quando a contagem de
leucócitos < 2.000/ mL. Em situação de grave neutropenia, pode ser indicada a pulsoterapia
com metilprednisolona + fator estimulador de colônia de granulócitos. As plaquetopenias leves
(< 50.000) não requerem tratamento específico. A prednisona em dose alta é o tratamento de
escolha para plaquetopenia sintomática. A pulsoterapia pode ser utilizada para plaquetopenia
grave, quando se requer resposta mais rápida. Nos casos graves e refratários de anemia
hemolítica autoimune ou plaquetopenia pode haver benefício do uso de rituximabe.
Imunoglobulina intravenosa pode ser indicada em pacientes com contraindicação ou
toxicidade a outras terapias.
*Uso de prednisona 5 mg por pelo menos 3 meses -> indicação para profilaxia de osteoporose
induzida por glicocorticoide com suplementação de vitamina D, ingesta diária de cálcio pela
dieta, e exercício físico com carga.
-Manifestação articular: artrites agudas podem ser tratadas com AINES, se não forem
contraindicados. Caso não haja melhora, substituir ou associar prednisona em dose baixa. Nas
artrites com evolução crônica ou com recidivas frequentes, está indicado o uso de
antimalárico. Nos casos não responsivos ou que os antimaláricos sejam contraindicados, pode-
se associar metotrexato.
Gestação e anticoncepção: a gestação nas pacientes com LES deve ser considerada de alto
risco, necessitando acompanhamento multidisciplinar, até o puerpério, devido à possibilidade
de exarcebação da doença. Na gravidez, podem ocorrer eritemas palmar e facial, artralgias e
elevação da VHS, dificultando o diagnóstico diferencial com a atividade inflamatória do lúpus.
A presença do anti-dsDNA e/ou elevação dos seus títulos e consumo do complemento podem
auxiliar na diferenciação entre atividade de doença e pré-eclâmpsia.
Nefrite lúpica: é frequente no LES, uma vez que 74% dos pacientes serão acometidos, sendo
um indicador de pior prognóstico. Essa patologia renal ocorre por depósito de
imunocomplexos circulantes ou formação local desses complexos nos glomérulos levando à
ativação do complemento e subsequentemente recrutamento de células inflamatórias. Além
do processo inflamatório, da necrose e da formação de cicatrizes nos glomérulos, a patologia
renal se caracteriza por lesões vasculares como microangiopatia trombótica e vasculite
extraglomerular, além de acometimento tubulointersticial com atrofia tubular e fibrose
intersticial.
-Fase de indução: tem duração variável, sendo habitual 3 meses a 1 ano, mas em média
apresenta duração de 6 meses. Em pacientes envoluindo com IRA e manifestações extrarrenais
importantes, está indicado tratamento inicial com pulsoterapia de metilprednisolona 0,5 a 1g
por 3 dias para induzir um rápida melhora. Em pacientes com função renal normal,
recomenda-se o tratamento com prednisona 0,5 a 1 mg/kg/dia por um período de 6 a 8
semanas, seguinda de redução progressiva até 0,25 mg/kg/dia. *Diretrizes americana e
europeia recomendam associação com a ciclofosfamida ou micofenolato mofetil.
Classificação:
Leve: fadiga, febre, artralgia, manifestação cutânea, serosite, derrame pleural/pericárdico leve:
AINE, antimalárico. Fotoproteção..
Moderada: artrite que não cede, doença mais complicada, que não responde tão fácil ao tto.
Lesoes cutâneas mais graces que pode levar a quadros infecciosos, pode ter tromobocitopenia.
Já começa a imunossuprimir com corticoide mais fraco, metotrexato, etc.
Grave: alterações renais, cardíacas, pulmonares, psiquiátricas, cutâneas, graves, alterações
hematológicas importantes também. TTO mais agressivo.