Inovação Educacional
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Cw1
Mas por que será que são essas imagens que vêm imediatamente à cabeça e não out
inovações educacionais só existem com esses recursos e artefatos tecnológicos? Nesta
webaula, vamos refletir sobre o que significa inovar em educação. Saviani (1991)
afirma que a “educação contemporânea” tem estreita relação com a humano tem de si
mesmo, e que essa consciência se modifica em função da época o modelo que se tem
de sociedade. É importante perceber o quanto a educação influencia e é, ao mesmo
tempo, influenc isso está sempre em constante mudança. Para compreender o que é
inovação educacional, primeiramente se faz necessário ten “educação” e “inovação”
separadamente, para depois pensar os sentidos possíveis de Acompanhe:
Educação pode ser entendida como o conjunto de ações tomadas pelo ser
humano para a constante construção dos conhecimentos, visando sua
integração na sociedade e relação com a natureza.
INCREMENTAL
SEMIRRADICAL
Fonte: Shutterstock.
Esse tipo de mediação não é algo simples de ser realizado porque requer
uma nova forma de relação entre professor, aluno e conhecimentos. Isso
implica mudar nossa forma de ver o mundo e rever nossos valores e alterar
nossas crenças, isto é, requer outra mentalidade (mindset) sobre a
educação. Nossa mentalidade sobre a educação é que orienta os nossos
passos futuros.
Bons estudos!
Tendências pedagógicas
O conhecimento das tendências pedagógicas é importante por permitir maior
consciência do professor sobre sua prática e seus propósitos. Quando o professor
reconhece a tendência pedagógica que efetivamente segue, mesmo que seja uma
mistura delas, consegue dar maior sentido ao que faz e se sente mais seguro para
implementar as inovações pedagógicas que convergem para o seu propósito.
Para reconhecer uma tendência pedagógica, cinco perguntas clássicas precisam ser
respondidas:
O que ensinar?
Para quem?
Como?
Para quê?
Por quê?
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Libâneo (2001) propõe a classificação das tendências pedagógicas em dois grupos, que
se subdividem em subgrupos:
Fonte: Shutterstock.
Nessa redefinição de papéis, os alunos passam a ser leitores críticos das informações
encontradas e a produzir e compartilhar novas informações, construindo, assim, seu
próprio conhecimento. Diante desse novo papel, os recursos digitais disponíveis têm
grande potencialidade e, por isso, devem ser devidamente utilizados, o que não
significa que os recursos não digitais devam ser descartados. Todo recurso didático
tem suas potencialidades e limitações, as quais devem ser consideradas em função do
objetivo pedagógico definido pelos professores.
Como você sabe, cada aluno aprende em tempos diferentes e todos aprenderão aquilo
que é desejado se tiverem o tempo adequado e estiverem inseridos em um contexto
de aprendizagem igualmente adequado. Mas, o que é esperado que os alunos
aprendam? Com a LDB/96, isso passou a ser especificado por meio da descrição das
competências e habilidades que eles precisam desenvolver no processo de
escolarização. A presença das competências e habilidades pode ser percebida
claramente nas diretrizes educacionais e os documentos que orientam a elaboração
dos currículos escolares, como a BNCC.
Logo, pensar em uma escola com uma organização curricular que considera o
desenvolvimento de competências e habilidades implica o abandono da crença de que
conhecimentos podem ser transmitidos, e a substituição desse conhecimento é
construído e aplicado pelos próprios alunos em seu processo de aprendizagem.
Pensar em tudo o que precisa ser ensinado, definir objetivos pedagógicos e escolher as
estratégias que serão propostas para que esses objetivos sejam cumpridos são ações
inerentes à prática docente. No entanto, adequar-se a essas novas demandas que
colocam o desenvolvimento de competências e habilidades nos alunos se consolida
como a mais recente tendência pedagógica. Essa adequação é um novo desafio para
você e seus colegas. Trata-se de uma inovação educacional!
Esperamos que nesta webaula tenha ficado claro para você que a LDB/96 é um
dispositivo legal que possibilita a implementação de inovações pedagógicas. É na sala
de aula que seus propósitos se materializam, mas isso só ocorre se o foco do professor
for a aprendizagem dos alunos. A opção por uma organização curricular que expressa
as aprendizagens por meio da descrição das competências e habilidades a serem
desenvolvidas nesse processo é uma oportunidade de atribuir significado a essas
aprendizagens, e ela será aproveitada por todos se os papéis ocupados por alunos e
professores, assim como a organização curricular, forem redefinidos.
As inovações na educação
Fonte: Shutterstock.
É impossível falar em inovação educacional sem que ela esteja atrelada à noção
de melhoria da qualidade educacional. Mas a qualidade toma forma com base em
valores e em determinados padrões. Algo que é bom em um momento talvez não o seja
depois; o que é bom para alguns talvez não o seja para outros. Falar em inovação
educacional é, portanto, pensar em que qualidade de ensino e aprendizagem se deseja
oferecer.
Hoje, os alunos com menor nível socioeconômico-cultural são os que mais precisam
dela para terem acesso a conhecimentos construídos pela sociedade ao longo da história.
Deixar os alunos passarem por todo o processo de escolarização sem a devida
construção do conhecimento é promover a “exclusão branda”, descrita por Bourdieu e
Champagne (2001), ou como uma forma de “eliminação adiada”, esclarecida por Freitas
(1991), quando diz que os alunos que mais precisam das escolas permanecem nela por
algum tempo, mas são excluídos em outros momentos da vida, sobretudo quando vão
disputar as vagas no mercado de trabalho. Por isso, as inovações a serem
implementadas nas salas de aula devem ter como objetivo maior a busca pela
equidade na educação.
Isso significa que, com a universalização do acesso ao ensino e com a permanência dos
alunos de diferentes níveis socioeconômico-culturais, a equidade deve ser um atributo
do ensino das escolas, isto é, alunos com diferentes necessidades educacionais requerem
intervenções pedagógicas personalizadas para que sua forma e seu ritmo de aprender
sejam contemplados e, assim, todos os alunos cheguem a um mesmo patamar de
aprendizagem desejado.
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Um ensino equânime é aquele que personaliza o ensino permitindo que os alunos criem
sua rota alternativa de aprendizagem (DEMO, 2014). Por isso, um ensino equânime
requer a flexibilização curricular (de conteúdos e de tempos e espaços escolares) e a
personalização do ensino (rotas individuais de aprendizagem).
Fonte: Shutterstock.
O arco de Maguerez é uma representação gráfica que pode ser usada para
ilustrar as etapas de uma metodologia ativa (BERBEL, 2011).
Fonte: Prado et al. (2012, p. 176)
Assimile:
Fonte: Shutterstock.
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Inovação Educacional
Sua taxonomia, difundida no Brasil por Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015), mostra
que os modelos de ensino híbrido podem ser classificados em:
Modelos de Rotação
Modelos Flex
Modelos à La Carte
Virtuais Enriquecidos
Modelos de Rotação
Os Modelos de Rotação são aqueles em que os alunos alternam entre diferentes tarefas,
sendo que em pelo menos uma delas são envolvidos recursos digitais e que levem à
aprendizagem on-line. Essas alternâncias ocorrem em momentos previamente fixados
ou determinados pelo professor. Acompanhe a segui um mapa mental com as
subdivisões que podem ocorrer em modelos de rotação.
Modelos Flex
Os Modelos Flex são aqueles que as atividades educacionais são feitas
predominantemente por meio dos recursos digitais. Nesse modelo de ensino,
destacamos as seguintes características:
Escolas que disponibilizam cursos organizados dessa maneira permitem que seus alunos
desfrutem de cursos que elas não oferecem.
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Design Thinking
Esta é uma metodologia que veio da área de Design e consiste em uma abordagem
coletiva e colaborativa para solucionar algum problema real. Essa metodologia é
implementada nas aulas nas aulas com maior aproximação à tendência cognitivista,
propondo as Seguintes etapas:
Descoberta
Aqui o foco está ne observação, descrição do problema e no levantamento de dados.
Interpretação
Ideação
Experimentação
Evolução
Metodologia STEAM
A metodologia permite uma abordagem interdisciplinar ou intradisciplinar de Ciência,
Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. Sua aplicação pressupõe a busca de
soluções reais para problemas também reais, requerendo deles pensamento crítico e
criativo, com atitudes científicas. Nessa busca é que os conhecimentos são construídos.
Fonte: Shutterstock.
Enquanto metodologia, suas fases também, assim como deve ser em todas as
metodologias ativas, colocam os alunos como os principais agentes de todo o processo e
o professor assume os papéis de:
Mediador
Organizador
Planejador
Consultor
Suas etapas, também comuns a metodologias ativas, são:
A cultura maker permite o desenvolvimento de tarefas nas quais os erros podem ser
percebidos imediatamente pelos próprios alunos, uma ideia presente no construcionismo
defendida por Papert (1986). Segundo esse autor, à medida que os alunos experimentam
e constroem, se deparam com erros que os levam imediatamente a buscar novos
caminhos.
Fonte: Shutterstock.
Sua aplicação na educação tem a mesma lógica usada em práticas sociais de outras
áreas, requerendo apenas a bonificação quando determinadas etapas de uma trajetória
previamente estabelecida são cumpridas.
Atenção:
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Inovação Educacional
São processos escolares que colocam o aluno como o agente central e responsável pela
solução ou proposição de soluções de problemas que identifica no contexto real no qual
ele está inserido. Essa centralidade do aluno e enraizamento na realidade é que
caracterizam o protagonismo dos alunos no contexto das metodologias ativas.
Fonte: Shutterstock.
O papel do professor nesse contexto seria de planejar ações que constituiriam um
ambiente de aprendizagem criativo, crítico e colaborativo na sala de aula, na escola e
possivelmente fora dela, que torne o aluno em um protagonista.
Vamos agora analisar os elementos que permitirão incorporar nas práticas escolares o
protagonismo do aluno com o uso das metodologias ativas, trazendo para dentro da
escola a produção de informações já existente fora dela, propiciando que ela cumpra sua
finalidade.
A universalização ao acesso
A permanência dos alunos nas escolas de Educação Básica e/ou avanços tecnológicos
Há também todo um aparato normativo jurídico que propicia novas propostas de ensino
que, a depender de como são implementadas, podem ser consideradas inovadoras ou
apenas novas versões de ações conservadores.
Preparar o aluno apenas para sobreviver profissionalmente sem que todos possam ter as
mesmas condições de acessar essas oportunidades não quer dizer que o
empreendedorismo está para uma inovação, mas sim apenas para uma nova forma
conservadora de formação dos alunos para o mesmo mercado de trabalho. Dessa forma
podemos dividir o empreendedorismo educacional em:
Fonte: Shutterstock
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A fórmula do sucesso
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Nesses dois gráficos pode ser observado que há escolas que recebem
alunos com um baixo nível de proficiência e agregam um bom valor
durante o período de escolarização. Porém, há também aquelas que não
fazem o mesmo. Em síntese, essa distribuição permite o agrupamento em
quatro diferentes tipos de escolas.
Desempenho médio (proficiência) versus valor agregado médio
Fon
te: National Research Council and National Academy of Education (2010, p. 7).
Ensino equitativo
O ensino equitativo que requer a personalização do ensino é outra
inovação educacional a estar associada ao uso das metodologias ativas que
incorporam os recursos digitais. Para que elas ocorram, é importante
flexibilizar o tempo disponível à aprendizagem dos alunos, que nesse
tempo devem ter acesso a recursos pedagógicos e propostas de tarefas
que os ajudem a superar suas dificuldades e, consequentemente, melhorar
sua aprendizagem.
Demonstração do aprendizado personalizado
Ensino e feedback
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Letramento digital
Segundo Freitas (2010), o letramento digital pode ser visto sob uma
perspectiva restrita, a partir da qual ele é percebido de maneira mais
instrumental, desconsiderando o contexto sociocultural, histórico e político
inerente ao conceito e ao processo; ou sob uma perspectiva mais ampla,
quando, além da apropriação das técnicas de uso dos recursos digitais,
abrange o pensamento crítico sobre essa apropriação e uso, tornando-o
semelhante ao desenvolvimento da aprendizagem sobre o discurso ou uma
nova língua.
Rotas personalizadas de aprendizagem
Design de aprendizagem
O design de aprendizagem é importante para aqueles que desejam
projetos de ensino personalizados, com ou sem sistemas adaptativos,
porque fornece uma estrutura para o seu planejamento. Em geral,
possuem técnicas de elaboração muito semelhantes, pois consideram,
durante a elaboração das propostas didáticas (ou soluções de
aprendizagem, no jargão usado nessa área), o objetivo pedagógico a ser
atingido (performance desejada), a experiência e o conhecimento do aluno.
Estrutura – design de aprendizagem
Diagnóstico
Permite analisar as características do aluno, o que ocorre pela definição de
indicadores de performance que se desejam alcançar, também usados para
orientar a avaliação inicial. Outros indicadores são definidos para obter as
características dos alunos. Nessa fase, é importante conhecer o que os
alunos pensam e sentem em relação ao projeto que estão envolvidos.
Definição do objetivo de aprendizagem
Definição das tarefas
Essa estrutura pode ser usada em cursos presenciais, semipresenciais
(ensino híbrido) ou puramente virtuais, em sistemas adaptativos ou não.
Plataforma adaptativa
A plataforma adaptativa surgiu para oferecer o conteúdo necessário para
cada aluno, mas eliminando aquilo que é desnecessário para ela. Assim,
possui uma oferta de conteúdos e informações muito mais flexível do que,
por exemplo, um livro didático ou um documentário em vídeo, cujos
conteúdos são fixos e iguais para todos os alunos. Logo, são sistemas
adaptativos, também conhecidos, que tornam possível a aprendizagem
adaptativa.
Quando os alunos entram em plataformas desse tipo, tudo aquilo que por
ele é feito, assim como a forma pela qual eles progridem nos cursos que
estão acessando, elas rastreiam e armazenam todas as informações,
permitindo identificar suas características. Essas características serão
usadas pela equipe do design da aprendizagem, para que ela possa
elaborar, propor e produzir as tarefas mais adequadas a eles em função de
suas necessidades e metas pedagógicas. Portanto, torna possível um
ensino personalizado ou a elaboração de uma rota personalizada de
aprendizagem.
Plataformas adaptativas e rotas personalizadas de aprendizagem
Inovação Educacional
Pesquisa
Identificar e descrever o problema que se deseja resolver após uma
detalhada análise do contexto em que ele está inserido.
Ideação
Definir alternativas para resolver o problema selecionado.
Prototipação
Desenvolver um modelo para a resolução do problema.
Validação
Verificar se o modelo desenvolvido é eficiente e eficaz a ponto de gerar uma
experiência agradável aos que se beneficiaram com a solução proposta.
Gênero textual
Para entender os conceitos ligados a um gênero textual, não importando se
é digital ou não, é importante ir além do conceito de texto. Faz-se
necessário entender os estilos e as retóricas, assim como as estruturas, que
podem variar de autor para autor.
Inovação Educacional –
Inovação, tecnologia e realidade
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POR DENTRO DA BNCC
POR DENTRO DA BNCC A BNCC considera muito importante o uso das tecnologias na
educação, como mostram os seguintes excertos: As experiências das crianças em seu
contexto familiar, social e cultural, suas memórias, seu pertencimento a um grupo e
sua interação com as mais diversas tecnologias de informação e comunicação são
fontes que estimulam sua curiosidade e a formulação de perguntas. O estímulo ao
pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da
capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com
diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e
comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua compreensão de si mesmos, do
mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza.
(BRASIL, 2017, p. 56) Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do
conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação
das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças,
considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam
aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os
interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que
dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a
cultura, com as tecnologias e com o ambiente. (BRASIL, 2017, p. 57) PESQUISE MAIS
Superlogo: Na página do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED, 2000), da
Unicamp, você pode fazer o download gratuito do software SuperLogo, a fim de
desenvolver projetos que envolvem geometria e linguagem de programação. Nele
você encontrará muitas dicas de como usá-lo. Scratch: Acesse gratuitamente o
aplicativo web Scratch (2020), que permite a construção de uma história usando uma
linguagem de programação iconográfica. Nele você encontrará também muitas dicas
de como usá-lo. Inteligência Artificial: No livro Inteligência artificial, de Ruy F. Oliveira,
são apresentados alguns fundamentos da inteligência artificial necessários à resolução
de problemas por meio dessa tecnologia. OLIVEIRA, R. F. Intelig
APRENDIZAGEM UBINGUA
E
Recursos_Educacionais_Digitais