Correcção de 2 Teste - 2013 - 012944

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Instituto Superior Politécnico de Songo

Segundo Teste Cursos: Engenharia Eléctrica, Termotécnica e Hidraúlica


Disciplina: Análise Matemática I Duração: 120 min
Data: 13.04.2013 Ano: Primeiro

Nome do aluno Curso:

Atenção!! É permitido, somente, o uso de material de escrita e calculadora. Durante o teste o


estudante está proibido de ir á casa de banho, falar com os colegas e pedir emprestado qualquer
material. BOM TRABALHO!

Correcção

1. (2.5 Valores). Escreva a equação da recta tangente e da normal á curva x2 + y 2 x − 6 = 0,


no ponto com a ordenada y = −1.

Resolução:

Primeiro vamos determinar o(s) valor(es) da(s) abcissa(s) do(s) ponto(s) com ordenada y = −1,
isto é, x2 + (−1)2 x − 6 = 0 ⇔ x2 + x − 6 = 0 ⇒ x1 = −3 e x2 = 2. Deste modo, os pontos são
(−3, −1) e (2, −1).

Derivando a curva x2 + y 2 x − 6 = 0 em relação a x temos 2x + 2yy ′ x + y 2 = 0


y 2 + 2x
⇒ y′ = − . Sabe-se que a equação da tangente é y − y0 = y ′ (x0 )(x − x0 ) e da normal
2xy
1
é y − y0 = − ′ (x − x0 ). Daqui teremos:
y (x0 )
Para o ponto (−3, −1) temos:

(−1)2 + 2(−3) 5 5
y ′ (−3) = − = , Equação da tangente y + 1 = (x + 3) ⇔ 6y − 5x − 9 = 0 e
2(−1)(−3) 6 6
1
a equação da normal y + 1 = − 5 (x + 3) ⇔ 5y + 6x + 23 = 0.
6
Para o ponto (2, −1) temos:

(−1)2 + 2(2) 3 3
y ′ (−3) = − = , Equação da tangente y + 1 = (x − 2) ⇔ 4y − 3x + 10 = 0 e a
2(−1)2 4 4
1
equação da normal y + 1 = − 3 (x − 2) ⇔ 3y + 4x − 5 = 0
4

2. Achar y ′′ , para:

(a) (1.25 Valores). x4 − xy + y 2 = 1

Resolução:

Temos que F (x, y) = x4 − xy + y 2 − 1. Derivemos F (x, y) em relação a x, isto é,


Fx′ (x, y) = (x4 − xy + y 2 − 1)′x ⇔ Fx′ (x, y) = 4x3 − (y + xy ′ ) + 2y ′ y .

Igualemos Fx′ (x, y) a zero e isolemos y ′ , isto é,


y − 4x3
Fx′ (x, y) = 0 ⇔ 4x3 − (y + xy ′ ) + 2y ′ y = 0 ⇒ y ′ = .
2y − x
[ ]′
′′ y − 4x3 (y − 4x3 )′ (2y − 3) − (2y − x)′ (y − 4x3 )
y = =
2y − x x (2y − x)2
′ ′
(y − 12x )(2y − x) − (2y − 1)(y − 4x3 )
2
y ′′ =
(2y − x)2
y − 4x3
Substituindo y ′ por y ′ = , teremos:
2y − x
( ) ( )
y−4x3 2 (2y − x) − 2 y−4x3 − 1 (y − 4x3 )
2y−x − 12x 2y−x
y ′′ =
(2y − x)2
(y − 24x2 y + 8x3 )(2y − x) + (8x3 − x)(y − 4x3 )
Então y ′′ = 
(2y − x)3
{
x = sin2 t
(b) (1.25 Valores).
y = cos2 t
Resolução:

dy y′ (cos2 t)′t 2 cos t sin t


yx′ = = t′ = 2 ′
=− = −1
dx xt (sin t)t 2 sin t cos t
′′ d2 y (y ′ )′ (−1)′t
yxx = 2 = x′ t = = 0
dx xt 2 sin t cos t

3. (2.5 Valores). Achar f (10) (x), se f (x) = (x + 1)3 e−3x .

Resolução:


n
Vamos aplicar a fórmula de Leibniz1 f (n) (x) = Cnk g (n−k) (x)h(k) (x).
k=0
Seja f (x) = g(x)h(x), onde g(x) = (x + 1) e h(x) = e−3x .
3

g (0) (x) = (x + 1)3 , g ′ (x) = 3(x + 1)2 , g ′′ (x) = 6(x + 1), g ′′′ (x) = 6, g iv (x) = 0,

g (n) (x) = 0, n ≥ 4.

h(0) (x) = e−3x , h′ (x) = −3e−3x , h′′ (x) = 9e−3x , h′′′ (x) = −27e−3x , hiv (x) = 81

h(n) (x) = (−3)n e−3x n = 0, 1, 2, 3, . . ..

Assim a partir da fórmula de Leibniz, temos:


[ ](10)
f (10) (x) = (x + 1)3 e−3x
(10)
= C010 g ( 0)(x)h(10) + C110 g (1) (x)h(9) (x) + C2 g (2) (x)h(8) (x) +
(10)
C3 g (3) (x)h(7) (x) + . . . + C10
10
g(10)(x)h(0) (x)
= (−3)
[
10
(x + 1)3 e−3x + 30(−3)9 (x + 1)2 e−3x + 270(−3)8 (x + 1)e−3x]+ 720(−3)7 e−3x
= (−3) (x + 1)3 + 30(−3)9 (x + 1)2 + 270(−3)8 (x + 1) + 720(−3)7 e−3x 
10

1
4. (2.5 Valores). Usando a regra do L’Hospital2 , calcule lim (1 + x2 ) x .
x→ 0

Resolução:

É claro que o limite dado leva-nos a uma indeterminação do tipo 1∞ .


1
Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646–1716) — matemático alemão
2
Guillaume Francois A. de L’Hospital (1661–1704) — matemático francês
1 1 1 ln(1 + x2 )
Seja y = (1 + x2 ) x ⇔ ln y = ln(1 + x2 ) ⇔ lim ln y = lim ln(1 + x2 ) = lim .
x x→ 0 x→ 0 x x→ 0 x
ln(1 + x2 ) ln(1 + x2 )
Vamos analisar o limite lim . Observe que o limite lim dá-nos uma
x→ 0 x x→ 0 x
0
indeterminação do tipo ind.
0
Aplicando a regra de L’Hospital, teremos:
2x
ln(1 + x2 ) [ln(1 + x2 )]′ 2 2x
lim = lim ′
= lim 1+x = lim = 0.
x→ 0 x x→ 0 [x] x→ 0 1 x→ 0 1 + x2
1
Se lim ln y = lim ln(1 + x2 ) = 0, então lim ln y = ln lim y = 0 ⇒ lim y = 1.
x→ 0 x→ 0 x x→ 0 x→ 0 x→ 0
1
Daqui teremos: lim (1 + x2 ) x = 1
x→ 0

5. (2.5 Valores). Determinar os mı́nimos e máximos absolutos no intervalo indicado para a


função f (x) = 2x3 + 3x2 − 12x + 1, [−1, 5].

Resolução:

Sabe-se que o valor mı́nimo ou máximo absoluto de uma função continua num segmento [a; b]
é obtido ou nos pontos crı́ticos da função ou nos extremos do tal segmento. Daqui teremos:

Achemos inicialmente o(s) ponto(s) estacionário(s):

f ′ (x) = 6x2 + 6x − 12 = 0 ⇒ x1 = −2 e x2 = 1. Como x1 = −2 ∈


/ [−1, 5], vamos ana-
lisar o ponto x2 = 1 ∈ [−1, 5].

O maior e o menor valor de f (x) = 2x3 + 3x2 − 12x + 1 poderá atingir-se nos extremos
do segmento [−15], isto é, nos pontos x = −1 e x = 5 ou nos pontos estacionário x = 1.
Assim, calculando f (−1) = 14, f (1) = −6 e f (5) = 266 e comparando-os concluimos que
fmax = 266 e fmin = 2
6. (2.5 Valores). Qual dos cilindros de volume dado, tem menor superfı́cie total.

Resolução:

Seja R, h e V o raio, altura e o volume dado do cilindro respectivamente.

A área total do cilindro é dado por AT (R, h) = 2πR2 + 2πRh e o volume por V = πR2 h.
Como a área depende de duas variáveis, a altura e o raio, vamos escrever a área a depender
duma única varável tomando em consideração o volume dado, isto é,

V 2V
A(R) = 2πR2 + 2πR 2
= 2πR2 + .
πr R
Vamos derivar a função AT e é igualar essa derivada à zero, de modo a acharmos os pontos
estacionários

′ 2V 3 V
AT (R) = 4πR − =0⇒R= ;
R 2π
Agora achemos a segunda derivada de AT , para verificar se o ponto é máximo ou mı́nimo.
Daqui teremos:
(√ ) √
4V 3 V 4V 3 V
A′′T (R)
= 4π + 3 . AT ′′
= 4π + V = 4π + 8π = 12π > 0. Logo R = e
R 2π 2π
√ 2π
3 V
h=2 são os valores que fazem com que a superfı́cie total do cilindro seja menor.

R: Os cilindros de volume dado que fazem com a que a superfı́cie total seja menor, são aqueles
cuja a altura é igual ao diâmetro da base 
x
7. Considere a função f (x) = , determine:
x2 −9
(a) (0.5 Valores). Domı́nio

Resolução:

Df = {x ∈ R : X 2 − 9 ̸= 0} ⇔ Df = R \ {±3}.
(b) (0.5 Valores). Ponto(s) de descontinidade

Resolução:

A função têm dois pontos de descontinuidade que são x1 = −3 e x2 = 3.


(c) (1.0 Valores). As assı́mptotas

Resolução:
x x
lim = −∞, lim = +∞. Então a recta x = 3 é assı́mptota verti-
x→ 3− x2 −9 x→ 3+ x2 −9
cal;
x x
lim = +∞, lim = −∞. Então a recta x = −3 é assı́mptota vertical.
x→ −3− x2 −9 x→ −3+ x2 −9
Deste modo a função têm duas assı́mptotas verticais x = ±3.
x
Assı́mptota horizontal: = 0.
lim
x2 − 9
x→ ±∞
(d) (1.0 Valores). Intervalos de monotonia e extremos locais

Resolução:

Vamos achar os pontos estacionários:

x′ (x2 − 9) − x(x2 − 9)′ x2 − 9x2x x2 + 9


f ′ (x) = = =− 2 ;
(x − 9)
2 2 (x − 9)
2 2 (x − 9)2
x2 + 9
f ′ (x) = 0 ⇒ − 2 = 0 ⇔ x2 + 9 = 0 ⇒ x2 = −9 @x ∈ R : x2 = −9.
(x − 9)2
Vamos fazer o estudo dos intervalos de monotonia e extremos locais da função apar-
tir da tabela abaixo.

x (−∞; −3) -3 (-3;3) 3 (3; +∞)


f ′ (x) - @ - @ -

f (x) ↘ @ ↘ @ ↘
(e) (1.0 Valores). Sentido de concavidade e pontos de inflexão

Resolução:

Resolução

Determinemos a segunda derivada da função


{ }
(x2 + 9)′ (x2 − 9)2 − (x2 + 9)[(x2 − 9)2 ]′ 2x(x2 − 9)2 − [(x2 − 9)]2 (x2 + 9)
f ′′ (x) = − = −
(x2 − 9)4 (x2 − 9)4
(x − 9)[2x(x − 9) − 2(x + 9)2x]
2 2 2 3
2x + 54x
=− =
(x2 − 9)4 (x2 − 9)3

Vamos fazer o estudo sobre o sentido de concavidade e pontos de inflexão da função


apartir da tabela abaixo.

x (−∞; −3) -3 (-3;0) 0 (0;3) 3 (3; +∞)


f ′′ (x) - @ + 0 - @ +
f (x) ∩ @ ∪ 0 ∩ @ ∪

(f) (1.0 Valores). Esboce o gráfico

Resolução:
y

−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−1

−2

−3

−4

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