Monografia Final Do Celular

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 45

ix

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED


FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Factores que influenciam no fraco domínio de leitura caso dos alunos da 6a Classe da Escola
Primária Completa de Palacue no Distrito de Liupo

Maria Regina De Ângelo Monteiro


Codigo:81200318

Nampula, Dezembro de 2023.


ii

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED


FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Factores que influenciam no fraco domínio de leitura caso dos alunos da 6a Classe da Escola
Primária Completa de Palacue no Distrito de Liupo

Monografia Científica a ser submetida no Departamento De Ciências de Educação do ISCED


como requisito parcial para obtenção do grau académico de Licenciatura em Ensino de Português

A candidata: O supervisor:

________________________________ _____________________________

Maria Regina de Ângelo Monteiro Prof. Doutor (Pos-Doc) Pedro Napido

Maria Regina De Ângelo Monteiro:

Código: 81200318

Nampula, Dezembro de 2023


iii

Folha de Aprovação

Presidente

__________________________________________________

Supervisor

________________________________________________

Oponente

________________________________________________

Decisão do Júri

_____________________________________________________
iv

Declaração de honra

Eu, Maria Regina de Ângelo Monteiro, declaro que a presente Monografia Científica é resultado
da minha pesquisa e das orientações do meu supervisor. O seu conteúdo é original e todas as
fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.

Nampula, Dezembro de 2023

_____________________________________________________
Maria Regina De Ângelo Monteiro
v

Resumo
A leitura sendo uma forma de decodificar símbolos para extrair significados, tornou-se também
uma actividade fundamental no processo educativo para a construção do individuo. Nesse
sentido, o hábito de leitura para o aluno da 6ª classe faz estimula a criatividade e desenvolve o
pensamento critico. O presente trabalho tem como objectivo Analisar os factores que influenciam
no fraco domínio da leitura nos alunos da 6ª classe na Primaria Completa de Palacue. Quanto à
abordagem, o trabalho baseou-se na pesquisa qualitativa, de forma aprofundar de forma
minuciosa o fraco domínio de leitura na Escola Primaria Completa de Palacue. Nesta pesquisa
usou-se como grupo alvo os alunos da mesma classe em estudo, pais e encarregados de educação.
Após a pesquisa e recolhido os dados obteve-se como resultado a falta de incentivo e
acompanhamento dos pais encarregados de educação. Chegou-se a conclusão de que o fraco
domínio da leitura nos alunos na Escola em referência é influenciado pelos pais ou encarregados
de educação.
Palavra-chave: Leitura; Ensino; Aprendizagem; Escola.
vi

Dedicatória

Dedico à minha querida minha mãe Alima José Wehia, cujo empenho em me educar sempre veio
em primeiro lugar. Aqui estão os resultados dos seus esforços. Com muita gratidão.
vii

Agradecimentos
À Deus pelas forças que me tem dado em todas as horas, por me capacitar para cumprir com
excelência aquilo que me destinou.

Ao meu supervisor: Pedro Napido, pelas suas disponibilidades sem restrições no que diz respeito
ao apoio material e técnico-científico e pelas suas incansáveis críticas e contribuições que
melhoraram no Trabalho de Conclusão do Curso e na minha forma de pensar no geral.

Ao meu esposo Jorge Omar Joaquim, aos meus filhos pelo carinho que demonstra por mim, por
entender minhas dificuldades e me ajudar a vencê-las.

Ao meu padrasto Ripas Manuel Mário, à minha mãe Alima José Wehia pelo apoio incondicional
em todos momentos difíceis da minha trajectória académica.

Aos Docentes do Curso de Licenciatura em Ensino de Português da Unisced que jogaram um


papel crucial neste processo.

Agradeço de igual modo a minha família no geral e a todos aqueles que directa ou indirectamente
me apoiaram de todas as formas em todos os momentos estudantis.
viii

Lista de Siglas e Abreviatura


EPC- Escola Primária Completa
PEA - Processo de Ensino e Aprendizagem
SDEJT- Serviços Distritais de Educação Juventude e Tecnologia
DPEC- Direcção Provincial de Educação e Cultura
SNE- Sistema Nacional de Educação
ix

Índice
1. Introduçâo .............................................................................................................................. 11

1.1. Delimitação do tema ........................................................................................................... 11

1.2. Objectivos ........................................................................................................................... 12

1.2.1. Objectivo Geral ................................................................................................................ 12

1.2.2. Objectivos específicos ..................................................................................................... 12

1.3. Justificativa ......................................................................................................................... 12

1.4. Formulação do problema .................................................................................................... 13

1.5. Hipóteses ............................................................................................................................. 13

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 14

2. Leitura .................................................................................................................................... 14

2.1. Dificuldades na leitura ........................................................................................................ 14

2.2. Estratégias do ensino-aprendizagem da leitura ................................................................... 15

2.3. Métodos de ensino da leitura .............................................................................................. 16

2.4. Etapas do ensino da leitura ................................................................................................. 17

2.5. Motivação para o acto de leitura ......................................................................................... 18

3. Espaços da leitura .................................................................................................................. 19

4. Importância da leitura ............................................................................................................ 19

4.1. Para a formação de alunos críticos...................................................................................... 20

4.2. Para a família ...................................................................................................................... 20

4.3. Para a Escola ....................................................................................................................... 21

4.4. Para a sociedade .................................................................................................................. 21

4.5. A contribuição dos professores ........................................................................................... 21

CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................. 23

5.1. Quanto aos procedimentos técnicos .................................................................................... 23


x10

5.2. Quanto à natureza da pesquisa ............................................................................................ 23

5.3. Quanto à abordagem da pesquisa ........................................................................................ 24

5.4. Quanto aos objectivos ......................................................................................................... 24

5.5. Quanto ao tipo de pesquisa ................................................................................................. 24

5.6. Método de pesquisa............................................................................................................. 24

5.7. Técnicas de Colecta de Dados ............................................................................................ 24

5.7.1. Entrevista ......................................................................................................................... 25

5.8. Definição do Universo e da Amostra .................................................................................. 25

5.8.1. População ou universo ..................................................................................................... 25

5.8.2. Técnicas de amostragem .................................................................................................. 25

5.9. Técnicas de análise de dados .............................................................................................. 26

5.10. Limitações ......................................................................................................................... 26

CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ........... 27

6. Localização e Historial da Escola Primária Completa de Palacue ........................................ 27

6.1. Localização e implantação geográfica da Escola................................................................ 28

6.2. Apresentação, análise e discussão dos resultados da entrevista dirigida aos alunos .......... 28

6.3. Apresentação dos resultados da entrevista dirigida aos pais ou encarregados de educação33

Conclusões ................................................................................................................................. 36

conclusões: ................................................................................................................................ 36

Apêndices ................................................................................................................................... 40

Anexos ....................................................................................................................................... 43
11

CAPITULO I

1. Introdução

Os alunos do ensino primário de hoje se tornarão adultos amanhã e serão responsáveis pela
participação das mudanças culturais, técnicas e científicas da nossa sociedade e, para tanto, há
necessidade de irem à escola, para desenvolverem as capacidades que lhes permitam
compreender a realidade natural e social. Nisto quando se verifica fraco domínio de leitura há
uma reacção imediata por parte dos pesquisadores no sentido de buscar respostas sobre essa
situação para que os alunos não entrem no ensino secundário com dificuldades de leitura.
O presente Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Ensino de Português, tem como
tema: <Factores que influenciam no fraco domínio de leitura caso dos alunos da 6aClasse da
Escola Primária Completa de Palacue no distrito de Liupo=.
O fraco domínio de ler não é um problema recente e, há necessidade de efectuar mais um
trabalho de pesquisa relacionado a essa problemática, com intuito de aplicar leitura individual
como referência básica para novas estratégias de aquisição de leitura, visto que até então, grande
parte dos alunos gradua a 6ª classe sem desenvolvimento da competência de leitura.
A leitura constitui um elemento de extrema importância em várias áreas da vida de um indivíduo,
principalmente quando se trata do processo de ensino e aprendizagem. Uma das componentes
para o sucesso escolar é a aquisição das competências em ler, pois é indispensável para o
desenvolvimento de actividades na escola e fora dela.

O presente trabalho, está estruturado em quatro (4) capítulos, onde Capítulo I começará com a
introdução, onde encontraremos a delimitação do tema, o problema, seus objectivos, as
respectivas hipóteses e a justificativa. Capitulo II- É onde teremos a fundamentação teórica do
trabalho. Capitulo III- Neste capítulo teremos a metodologia a usar, que tipos de métodos e
técnicas de pesquisa a serem empregues. O Capitulo IV- Apresentação, análise e interpretação de
dados. E, finalmente a Conclusões, sugestões e bibliografia.
1.1. Delimitação do tema
Delimitação do tema consiste na demarcação do objecto de estudo, na definição do local e do
tempo da pesquisa.
Segundo Richardson (2008), Delimitação do tema é <a determinação do objecto de estudo do
fenómeno, espaço ou local da realização da pesquisa, tempo”.
12

A pesquisa foi delimitada nos alunos da 6a Classe da Escola Primária Completa de Palacue-
distrito de Liupo por onde o pesquisador fez o estágio pedagógico no período de Fevereiro à
Março do ano de 2023. Neste período, o pesquisador leccionou as aulas na disciplina de
português no segundo- turno das 10:20 minutos às 13:00 horas, no período de 06 de Fevereiro à
08 de Abril de 2023.
Durante as aulas, quando o pesquisador pedisse aos alunos lerem um texto no quadro ou no livro,
poucos faziam a leitura perfeitamente, outros, acompanhavam aos que faziam a leitura (apenas
mexiam a boca), outros ficavam de boca fechada e finalmente outros tinham dificuldades na
dicção e pronúncia das palavras. Com o decorrer do estágio, o pesquisador notou que havia fraco
domínio na leitura dai que, surgiu a necessidade de identificar as causas desse factor.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
Uma vez que objectivo geral visa dar resposta ao principal problema apontado , o presente
trabalho, tem como objectivo geral:
 Analisar os factores que influenciam no fraco domínio da leitura nos alunos da 6ª classe
na Primaria Completa de Palacue.

1.2.2. Objectivos específicos


De acordo com o objectivo geral apresentado, o trabalho apresenta os seguintes objectivos
específicos:
 Descrever as principais técnicas de leitura usadas pelos professores que leccionam a 6ª
classe na Escola Primária Completa de Palacue;
 Identificar as causas do fraco domínio da leitura;
 Incentivar os pais e ou encarregados de educação na participação da prática do domínio
da leitura dos seus educandos.
1.3. Justificativa
Na sala de aula por onde o pesquisador estagiou, durante as aulas de língua portuguesa, na
realização de algumas actividades de leitura de textos, observou que poucos alunos sabem ler um
texto. No entanto, há necessidade dos alunos da Escola Primária Completa de Palacue terem o
domínio da leitura porque com a prática frequente da leitura cria no aluno, uma interacção com
outro aluno, com o professor, com a comunidade escolar no geral, ainda cria laços com a família,
com os amigos nas brincadeiras e a sociedade em geral, desenvolvemento desta forma
13

capacidades para conduzi-los melhor no ensino secundário uma vez que a 6ª classe é a última
para o ensino primário actual.
1.4. Formulação do problema
Um problema é uma dificuldade. Contudo, o fraco domínio da leitura está presente no quotidiano
das escolas, sendo que esta situação afecta todo tipo de criança, tornando-se um problema a ser
enfrentado pelos pais e os sectores educativos responsáveis. Buscar respostas sobre o fraco
domínio de leitura é um desafio para qualquer professor, principalmente para a 6ª classe, pois, é a
última classe do ensino primário e, a leitura possibilita a verdadeira inserção da criança na
sociedade. Dai que surge a seguinte questão de pesquisa:
Quais são as causas do fraco domínio de leitura dos alunos da 6ª classe da Escola Primária de
Palacue no Distrito de Liupo?

1.5. Hipóteses
O presente trabalho orientou-se nas seguintes hipóteses:

1.5.1. Hipótese 1:
 Fraca aplicação por parte dos professores da Língua Portuguesa às técnicas de leitura
Contribui para o fraco domínio de leitura nos da 6ª classe da Escola Primária de Palacue.

1.5.2. Hipótese 2:
 Os alunos na sala de aula, têm dificuldades na leitura devido a falta de tempo de estudo
fora da escola;

1.5.3. Hipótese 3:
 A falta de acompanhamento dos alunos por parte dos pais ou encarregados de educação
fora da escola contribui no fraco domínio da leitura;
14

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2. Leitura
Sabemos que os primeiros anos de escolaridade são importantes no que se refere à aprendizagem
da leitura de uma criança. Contudo, aumentam as dificuldades no domínio da leitura nos alunos e,
necessitam desta forma um acompanhamento que visa melhorar a prática de leitura.

Para Foucambert (1994), >? leitura é como a formulação de um juízo sobre a escrita no acto de
questionar e explorar o texto na busca de respostas textuais e contextuais que geram uma acção
crítica do sujeito no mundo; ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa
que certas respostas podem ser encontradas na escrita, significa pode ter acesso a essa escrita,
significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se é ??.

O autor considera que ler significa responder ao mundo as questões escondidas no texto, isto é, a
leitura diz respeito ao processamento das informações extraídas de um texto, dando objectivo a
sua interpretação e assimilação do conteúdo disposto. Dessa forma, por meio do conteúdo
extraído do texto, em conjunto com seus próprios conhecimentos, o leitor alcançará seu
objectivo.

Para Matta (2009) refere que >?a leitura é um requisito para se obter conhecimento, que é muito
importante actualmente para o mercado de trabalho, para o exercício dos direitos e
principalmente, da cidadania, ou seja, é através da leitura que se compreende melhor a função do
indivíduo no meio social em que ele vive. A leitura é então uma ferramenta na busca por
conhecimento??.

Para o autor, é através da leitura que inserimos o individuo na sociedade, mostrando os seus
direitos e deveres como cidadão e, direcciona o sector de trabalho actual.

2.1. Dificuldades na leitura


As crianças apresentam na verdade dificuldades na leitura e nisso, precisa perceber cada situação
da criança para permitir a melhor estratégia a usar no sentido de resolver as tais dificuldades.

Segundo Fernández (1990), >?as dificuldades de aprendizagem são, na verdade, falhas no


processo de aprendizagem, onde se relacionam quatro factores de grande importância, sendo eles,
o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo??.
15

Para a referida autora, as dificuldades de aprendizagem surgem quando o individuo não cria uma
interacção com os objectos a sua volta e, não apresenta a capacidade de manipular esses objectos.

Segundo Citoler (1996), >?as dificuldades de aprendizagem no âmbito da leitura podem resultar
de dificuldade na decodificação, vocabulário limitado, falta de experiências anteriores que podem
auxiliar na compreensão da mensagem, défice de memória, falta de técnicas para captação, e até
mesmo desinteresse por parte do leitor??.

Para o autor acima, as dificuldades na leitura podem resultar de varias formas sendo, erros na
leitura das letras, sílabas e palavras, lentidão na leitura, desinteresse do leitor, défice de memória,
o que acaba por diminuir o interesse pela leitura que a criança possui.

2.2. Estratégias do ensino-aprendizagem da leitura


Pensar nos métodos e estratégias do ensino-aprendizagem da leitura, não só significa desenvolver
mecanismos e procedimentos que visam formar o aluno e garantir o sucesso escolar, mas também
significa no entanto, reflectir sobre a prática docência na sala de aulas.
Para Cantalice (2004), >?estratégias de leitura são técnicas ou métodos que os leitores usam para
adquirir a informação, ou ainda procedimentos ou actividades escolhidas para facilitar o processo
de compreensão em leitura??. Faz referência: a predição, pensar em voz alta, estrutura do texto,
representação visual do texto, resumo e questionamento.
1. A predição: é uma estratégia usada no ensino da leitura sobretudo na parte introdutória, ela
consiste em antecipar, prever factos ou conteúdos do texto utilizando o conhecimento já existente
para facilitar a compreensão. Nesta fase o professor pode relacionar os factos de que o texto faz
referência com a vivência do aluno.
2. Pensar em voz alta: esta estratégia consiste em o aluno verbalizar o seu pensamento enquanto
faz a leitura. Esta estratégia melhora a compreensão textual nos alunos quando a praticam durante
a leitura e também quando professores usam rotineiramente esta mesma estratégia durante suas
aulas.
3. A análise da estrutura do texto: ajuda os alunos a aprenderem a usar as características dos
textos, como cenário, problema, meta, acção, resultados, resolução e tema, como um
procedimento auxiliar para compreensão e recordação do conteúdo lido.
4. A representação visual do texto: facilita aos leitores a entenderem, organizarem e lembrarem
algumas das palavras lidas quando formam uma imagem mental do conteúdo.
16

5. Resumo do texto: facilita a compreensão global do texto, pois envolve a selecção e destaque
das informações mais relevantes do texto.
6. Questionamento do texto: auxilia no entendimento do conteúdo da leitura, uma vez que
permite ao leitor reflectir sobre ele.
2.3. Métodos de ensino da leitura
Método refere-se aos meios para alcançar aos objectivos, processo esse que se caracteriza pela
combinação de actividades de estudo da leitura e sistematizado pelo professor, que tanto no
planejamento como no desenvolvimento das aulas, conjuga objectivos, conteúdos, métodos e
formas organizativas de ensino.
1. Método fónico ou sintético
Para Cruz (2007), método fónico ou sintético é um modelo de ensino no qual as aulas são
estruturadas em torno do ensino sistemático das correspondências letra-som ou grafema-fonema,
e as crianças são ensinadas a ler as palavras usando o conhecimento fonológico, esse método
consiste em ensinar a criança a fazer a relação letra-som ao ler, o principal objectivo é ensinar
como as letras estão relacionadas com os sons da linguagem falada e orienta-los a aprender a
utilizar essa relação na leitura.
Ainda em Cruz (2007), em regras gerais o método fónico respeita essa sequência: estudo das
vogais e consoantes; combinações das letras para formarem as sílabas; junção das sílabas para
formar as palavras; significado das palavras e junção das palavras formando as frases com os
seus significados.
Ainda em Cruz (2007), a criança que aprende a usar a descodificação na leitura de uma forma
fluente apresenta menos problema na compreensão da leitura. Pois para que o leitor compreenda
um texto é necessário estar lendo fluentemente e para ler fluentemente o leitor deve estar
descodificando bem todo o texto.
a) Método Fonémico
Para Cruz (2007), Assim esse método propõe ensinar as letras, não por meio dos nomes das letras
mas sim através dos seus sons, para depois fazer a junção dessas letras, formando as sílabas, e em
seguida a combinação das sílabas formando as palavras. Para os que defendem esse método ele ajuda
a relacionar a linguagem escrita com a falada, porém a ocorrência de consoantes com muitos sons
idênticos quando produzidas separadamente, constitui a grande dificuldade desse método, porém
quando produzida com as vogais a dificuldade é superada.
b) Método Silábico
17

Segundo Cruz (2007), esse método de ensino inicia a partir do ensino das sílabas prioriza o ensino das
consoantes junto com as vogais, para em seguida ser ensinado as palavras e as frases.
Em outras palavras esse método silábico primeiro o docente ensina a junção da consoante com a
vogal que é sílaba, depois as junções das sílabas que são as palavras e por último as frases.
2. Método global ou analítico
O método global ou analítico segundo Citoler (1996), citado por Cruz (2007), sugere que esse
método dá mais importância ao significado das palavras do que com o ensino das letras que
forma as palavras.
Esse método inicia pela frase ou palavra e termina com sílabas e as letras, ou seja, partem das
estruturas mais complexas da linguagem (palavras e frases), para depois chegarem as mais
simples, grafemas e fonemas.
3. Método sociolinguístico
Segundo Mendonça e Mendonça (2013), >?o método sociolinguístico tem por objectivo principal
sistematizar a prática do docente para exploração do universo da escrita para contextualizar as
letras, as sílabas, as palavras, as frases e também os textos. Esse método inicia-se com as palavras
geradoras que são escolhidas de acordo com o contexto dos alunos??.

2.4. Etapas do ensino da leitura


Na perspectiva de Franze (2014) o ensino da leitura de um texto é mais complexo como seria de
simples imaginar, e para tal, para uma abordagem produtiva do texto na aula de português devem
ser respeitadas algumas etapas a saber:
a) Encaminhamento para o texto: onde se coloca com afinidades do texto, relacionamento
dos acontecimentos com os conhecimentos da classe, discussão das ideias e clarificação
de alguns aspectos só vocabulário;
b) Leitura atenta do texto: onde se faz a leitura inicial para apreensão no sentido geral e a
segunda leitura com o objectivo de fazer o levantamento das palavras de difícil
compreensão, de seguida busca-se o significado das palavras levantadas anteriormente e
por fim o professor faz uma leitura modelo (leitura em voz alta);
c) Localização do texto: onde se faz a determinação e caracterização da tipologia textual;
d) Delimitação do tema e do texto: onde se faz a análise das ideias e o seu encadeamento
lógico;
18

e) Detecção da estrutura do texto: determina-se os momentos do desenvolvimento e a


coerência dos diversos momentos entre si;
f) Análise da forma: observa-se o tipo de linguagem usada nos aspectos linguísticos e
literários;
g) Conclusão: faz-se o balanço conjunto das observações feitas em síntese e a reflexão em
termos de posição critica.

2.5. Motivação para o acto de leitura


A motivação para o acto de leitura consiste em criar actividades que possam entreter os alunos
para alcançar aprendizagem da leitura. Como por exemplo, o professor deve criar actividades
com textos que os próprios alunos escolheram, seleccionar textos com histórias animadas e ler
varias versões do mesmo texto, fazendo uma comparação do dia a dia dos alunos na sua
comunidade, promover conversas, debates, levar o aluno a falar do seu dia a dia e a contar
histórias da sua comunidade, como uma forma chamar atenção dos alunos para aprendizagem da
leitura.
De acordo com Pilleti (2004, p.33) >?sem motivação não há aprendizagem??. Nisto, o autor afirma
que existe aprendizagem quando cria-se uma situação motivadora, ou seja, o professor precisa de
conhecer os interesses actuais dos seus alunos para mantê-los ou orientá-los para conseguir do
aluno uma realização interessante e alcançar o objectivo da aprendizagem.
Segundo Sá (2008, citado em Dias 2012) existe outras estratégias de motivação para a leitura a
saber:
 Variar as experiências de leitura dos alunos, associadas a actividades que pressupõem o
recurso a diversas formas de ler o mesmo texto: ler várias versões do mesmo texto, ou o
mesmo tipo de textos comparando semelhanças e diferenças relativamente a linguagem
usada; ler textos de tipos diferentes, que servem de diferentes finalidades (por exemplo,
obter informação precisa para seguir instruções, para aprender, para praticar leitura em
voz alta e por prazer).
 Estimular a partilha de experiencias de leitura, promovendo actividades que permitam aos
alunos partilhar as suas impressões sobre textos ou livros já lidos. Por exemplo, um aluno
escolhe o texto e lê-o em voz alta para a turma e, seguidamente, podem discutir em grupo
o sentido de palavras, expressões ou mesmo de passagem mais marcantes.
19

Refere a autora que a motivação para a leitura deve ser trabalhada fora e entro da sala de aula.
Para o efeito, o professor pode seleccionar de uma forma criteriosa as leituras propostas aos
alunos, tendo a preocupação de as ajustar às necessidades e interesses dos mesmos;
Ainda a autora refere que o professor deve criar um pequeno espaço na sala de aula, equipado
com livros que possam ser consultados livremente;
 Promover idas à biblioteca escolar ou biblioteca pública; promover acções relacionadas
com a leitura que envolvam a comunidade escolar;
 Promover o contacto com os diversos tipos de textos; ensinar a consultar um livro e
incentivar à leitura autónoma de obras integrais.
Todas estas estratégias que o professor pode traçar visam aproximar os alunos para os livros e
incentiva-los à prática da leitura, dado que no mesmo contexto Azevedo (2018, p.9) enfatiza
afirmando que >? está comprovado que crianças que crescem num ambiente com acesso aos livros
têm mais possibilidades de se tornarem leitores para toda a vida??.

3. Espaços da leitura
A biblioteca escolar e um lugar de aprendizagem onde os professores e alunos entram em
contacto com vários livros e praticam a leitura. Como uma forma de promover a aprendizagem da
leitura na comunidade escolar.
Para Araújo (2014), biblioteca escolar é um espaço de trabalho e de lazer, para alunos e para
professores, em condições de tranquilidade e silencio.
O autor refere que a biblioteca é um espaço tranquilo e silencio em que os professores e os alunos
devem estar para fazerem a leitura, permitindo aos alunos o desenvolvimento da prática de leitura
na medida em que fazem o contacto de diversos livros existentes.

4. Importância da leitura
As vantagens que a leitura revela em nossas vidas, remetem às transformações que nos guiam em
diferentes espaços, é uma actividade que desenvolve a capacidade mental, propagando o interesse
pelos textos e dinamizando o hábito da leitura.

De acordo com Nielsen (1999), >?a leitura é de grande importância para a vida do ser humano,
independente do período, pois é através dela que se obtém novos conhecimentos, sendo preciso
verificar atenciosamente os sinais que podem facilitar a identificação de problemas nessa área do
20

aprendizado, pois é este elemento o responsável pela formação de ideias, opiniões e


posicionamentos individuais??.

Para o autor acima, a leitura é um factor que contribui na vida do homem e na sociedade em geral
visto que permite a identificação e resolução de problemas em todas áreas do saber.

4.1. Para a formação de alunos críticos


A importância da leitura na formação de alunos críticos busca compreender os textos para além
das linhas, identificando seu sentido e expondo opiniões e raciocínio próprio sobre o conteúdo
lido.
De acordo com Freire (2001)
>?Ler é progredir, é aprender, é desvendar o mundo, recriá-
lo, colher os frutos da imaginação, da criação e da
perpetuação. Todos devem ter o direito a uma leitura que
satisfaça o espírito, que vá além da mera recepção, mera
aquisição de conhecimentos e do <mero mecanismo da
palavra escrita=. Trabalhar com a linguagem é, sem dúvida,
envolver-se com o homem, é promover a individualidade e
a sua relação com outro e o seu meio, estabelecendo um
conceito global do mundo??.
Para o autor acima, o aluno crítico cria em si, o espírito de leitura, de imaginação, de
envolvimento na sociedade e no mundo no geral. Para isso, ele precisa ter a capacidade de ler,
entender, interpretar, discutir e registar informações a partir da leitura.

4.2. Para a família


A importância da leitura em família é imensa, porque além de oferecer a alegria do prazer de ler,
também pode trazer inúmeros benefícios ao desenvolvimento intelectual e emocional.
Como afirmou Zilberman (1999),
<Crianças que desde os primeiros anos de vida se
habituam a manusear livros infantis e ouvem histórias
contadas pelos pais, avós ou babás e mais tarde lêm
aventuras cujos protagonistas são crianças de sua mesma
faixa etária, provavelmente desenvolverão com mais
rapidez o ofício da leitura. Essas crianças, na fase adulta,
com certeza sentirão um imenso prazer na leitura. São
capazes de ler e escrever mais facilmente desenvolve a
imaginação e amadurecem a sensibilidade mais
rapidamente que outras crianças em situações adversas.=
21

Para o autor, as crianças na fase adulta serão capazes de ler quando nos primeiros anos de vida
tiverem o hábito de leitura de livros infantis e histórias contadas pelos familiares.

4.3. Para a Escola


Ler é importante para fundamentar e aperfeiçoar as diferentes actividades propostas na escola no
seu aspecto informativo e formativo da leitura acompanhada de reflexão crítica. Mas a leitura não
é só importante pela construção de conhecimento que gera. Ela tem também uma grande
importância em termos de desenvolvimento biológico das crianças, o que se reflecte
positivamente nas suas capacidades cognitivas.
Para Silva (2005, p. 24) >?a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor
cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e
também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos
necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz??.
De acordo com exposto a cima, a escola tem a função de desenvolver o estímulo a leitura, a busca
pelo saber oferecendo mais meios que venham a seduzir o aluno para um despertar do saber que,
por sua vez, lhe proporcionará novos métodos no desenvolvimento intelectual e racional no
cenário em que está inserido.

4.4. Para a sociedade


Falando sobre a importância da leitura no seu aspecto social, ela é fundamental na vida das
pessoas, pois é somente através da leitura que nós possamos conhecer outras realidades, outros
pensamentos e outras culturas.
Segundo Popper (1992), <consideram a leitura como um alicerce da sociedade de conhecimento
dado que ela promove a libertação do pensamento e a prática do exercício da cidadania=.
Entretanto, a compreensão do texto vai depender do contexto em que esta inserido o leitor, pois é
a partir daí que o leitor vai poder formular seus questionamentos e, afirmar uma construção de
uma nova ideia baseada em realidade coerente e de experiência adquiridas.

4.5. A contribuição dos professores


O aluno precisa ter alguns indícios de que sua actuação em relação à tarefa de leitura será eficaz
para que se sinta motivado em relação a ela.
22

Segundo Barbosa (2004, p.16), < É preciso que o professor tenha conhecimento sobre o processo
de leitura, bem como sobre as estratégias e habilidades desenvolvidas pelo leitor, para poderem
decidir com eficácia como ensinar leitura=.
Para o autor acima, é necessário que os professores sejam comprometidos com a formação de
alunos leitores, capazes de instruir nas práticas leitoras, buscando através de suas próprias
experiências incentivar a leitura.
23

CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA


Para a realização de qualquer pesquisa, há que ter em conta a apresentação da abordagem
metodológica com vista a alcançar os objectivos traçados para obter resultados satisfatórios no
que diz respeito ao problema da pesquisa.
Segundo Lakatos e Marconi (1991, p.83) >?o método é o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo, conhecimentos
válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista??.
5. Caracterização da pesquisa
Para o presente trabalho, a metodologia está ligada com os procedimentos técnicos, a sua
natureza, a sua abordagem, seus objectivos como quanto ao tipo de pesquisa.
5.1. Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, o trabalho irá se basear na pesquisa bibliográfica, auxiliada
com as pesquisas de campo e documental, visto que o pesquisador vai trabalhar com fontes de
autores que deram uma contribuição sobre o problema em estudo, pois para Gil (2008), >?a
pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos??. O mesmo autor acrescenta que, >?o estudo de
campo procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente por meio da
observação directa das actividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para
captar as explicações e interpretações que decorrem naquela realidade?? e, para Marconi &
Lakatos (2003, p.174) >?A característica da pesquisa documental é que a fonte de colecta de
dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituídos o que se denomina de fontes
primárias. Neste estudo, utilizou-se a pesquisa documental para a descrição da escola e o uso dos
dados de mapas estatísticos 03/03.
5.2. Quanto à natureza da pesquisa
Quanto à natureza da pesquisa, a pesquisa aplicada, visto que o pesquisador pretende estudar o
que causa do fraco domínio de leitura, segundo Appolinário (2011, p. 146), >?é realizada com o
intuito de <resolver problemas ou necessidades concretas e imediatas=. Muitas vezes, nessa
modalidade de pesquisa, os problemas emergem do contexto profissional e podem ser sugeridos
pela instituição para que o pesquisador solucione uma situação-problema.
24

5.3. Quanto à abordagem da pesquisa


Quanto à abordagem, o trabalho baseou-se na pesquisa qualitativa para observar directamente os
factos e quantitativa para quantificar os dados em termos percentuais, visto que de acordo com
Gil (2006), >?considera que tudo possa ser contável, o que significa traduzir em números opiniões
e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas
(percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação e outros). Ainda o
autor acima citado, considera que o ambiente natural é a fonte directa para colecta de dados, e o
pesquisador é o instrumento-chave.
5.4. Quanto aos objectivos
Quanto aos objectivos, o presente trabalho baseou-se na pesquisa descritiva, visto que tem como
objectivo descrever as causas do fraco domínio de leitura dos alunos 6ª classe e, de acordo com
Gil (2002, p. 42) >?As pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações
entre variáveis??.
5.5. Quanto ao tipo de pesquisa
Quanto ao tipo de pesquisa, o presente trabalho baseou-se na pesquisa participante, visto que para
obter melhor informação da colecta de dados, o pesquisador terá que ter uma interacção com o
pessoal investigado.
5.6. Método de pesquisa
Para esta pesquisa, foi usado o método hipotético-dedutivo, com objectivo de comparar as
hipóteses podendo assim inteirar-se na veracidade das mesmas serem submetidas a uma avaliação
ou seja com base neste método será feita a interpretação dos resultados obtidos a partir do roteiro
de entrevista de modo aferir se os resultados ilustram a coerência das hipóteses. Pois de acordo
com Marconi e Lakatos (2010, p. 73). >?O método hipotético-dedutivo consiste em se perceber
problemas, lacunas ou contradições no conhecimento prévio ou em teorias existentes??.
5.7.Técnicas de Colecta de Dados
De acordo com Prodanov (2006), >?procedimentos técnicos referem-se a maneira pela qual
obtemos os dados necessários para a elaboração da pesquisa, o conjunto de preceitos ou
processos utilizados por uma ciência ou arte??. No presente estudo, será usada como técnica de
recolha de dados a entrevista.
25

5.7.1. Entrevista
O pesquisador irá usar a entrevista na recolha de dados suficientes que possam dar informações
que garantem a concretização dos objectivos estabelecidos. Pois segundo Gil (1989, p. 113) <a
entrevista é uma das técnicas de colecta de dados mais utilizadas no âmbito das ciências sociais e
considerada como técnica por excelência na investigação social, é uma técnica eficiente para a
obtenção de dados acerca do comportamento humano=.
5.8. Definição do Universo e da Amostra
5.8.1. População ou universo

O Universo ou população em estudo desta Pesquisa, conta com um total de 196 pessoas. Dos
quais 98 é o número de todos os alunos da 6ª classe das três turmas naquela escola e, 98 é o
número total dos pais ou encarregados de educação dos alunos da mesma classe. Pois de acordo
com GIL (2007), Universo ou População é <um conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características=. Como mostra a tabela a seguir:
Tabela 1: Distribuição dos alunos por turma e género
Género
Turma Homens Mulheres Total

6a A 11 21 32

6a B 13 20 33

6a C 14 19 33

Fonte: Mapa estatístico da escola do mês de Março (2023)


5.8.2. Técnicas de amostragem
Para o presente trabalho, a amostra conta com um total de 36 pessoas. Dos quais 18 é o número
de alunos e, 18 é o número dos pais ou encarregados de educação dos mesmos. Pois Segundo Gil
(2005, p.90) >?amostra é subconjunto do universo ou da população por meio do qual se
estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população??.
Nesta pesquisa, optou-se pela escolha de amostra probabilística aleatória simples que segundo
Martins (2018) >? Amostra aleatória simples, sem reposição, é uma amostra tal que qualquer outra
amostra da mesma dimensão, que se possa extrair da população, tem igual probabilidade de ser
seleccionada??.
26

Uma vez que todos dos alunos queriam participar na entrevista, optou-se em fazer um sorteio que
consistiu em cada aluno escrever seu nome num papel e, em seguida fazer-se o sorteio no sentido
de obter seis (6) alunos para cada turma, como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Distribuição dos alunos por faixa etária e género
Género
Faixa etária Homens Mulheres Total

10-11 3 6 9

11-12 4 3 7

12-13 2 0 2

Fonte: Mapa estatístico da escola do mês de Março (2023)


Na parte dos encarregados, trabalhou-se com os pais cujos filhos foram seleccionados para a
entrevista. Como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Distribuição dos encarregados por profissão e género
Género
Profissão Homens Mulheres Total

Camponês 6 5 11

Professor 1 0 1

Enfermeiro 0 1 1

Comerciante 5 0 5

Fonte: Mapa estatístico da escola do mês de Março (2023)


5.9.Técnicas de análise de dados
Sendo uma pesquisa qualitativa, usar-se-á a técnica interpretativa para colectar os dados. Pois
segundo Fonseca (2002, p.56), >?a análise interpretativa é utilizada basicamente na análise de
dados descritivos, é adequado para analisar entrevistas e observações??.
5.10. Limitações
 Falta de tempo e disposição dos entrevistados em fornecerem as informações necessárias
para o trabalho.
27

CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

No presente capítulo, pretende-se apresentar, analisar e interpretar os dados colectados no terreno


durante a pesquisa. Os dados recolhidos por meio de questionário, entrevista e observação dirigido ao
grupo alvo para apurar-se a veracidade dos factos, no que diz respeito aos factores que influenciam
no fraco domínio de leitura caso dos alunos da 6aClasse da Escola Primária Completa de Palacue
no distrito de Liupo.
6. Localização e Historial da Escola Primária Completa de Palacue
O surgimento da Escola primária do 1º e 2º Grau de Palacue é a mais antiga do Distrito. Ela foi
fundada em 1957 por um português que exercia suas actividades neste Distrito, na altura como
padre da Igreja Católica e, a Escola gozava o estatuto de escola Oficial de Mogincual, pois seguia
o Sistema da educação colonial reservada apenas para os filhos dos brancos e assimilados. Nela
funcionavam três (3) classes sendo: pré-primária, Primeira e segunda classe.

A Escola Oficial de Mogincual situava-se nas actuais instalações do SDEJT e era de tijolo
queimado. Com a libertação do país do jugo colonial em 1975, e com a proclamação de educação
como direito de todos, os moçambicanos, dantes considerados indígenas, ou seja, não
assimilados, também passaram a frequentar, já agora não a escola oficial, embora continuasse
com o Sistema de Educação colonial, mas escola primária de Palacue. A nossa fonte não nos
fornece datas exactas das transições de escola oficial para escola primária. Com a entrada em
vigor em Moçambique em 1983 do Sistema Nacional de Educação, a escola passou a leccionar de
acordo com o actual Sistema Moçambicano de Educação.

De 1983, a quanto a implementação do SNE até 1996, a actual Escola Primaria do 1º e 2º de


Palacue leccionava de 1ª a 5ª classe, aliás, de acordo com a nossa fonte a 5ª classe era o nível
mais alto do Distrito (1º Grau). No entanto com o crescimento constante e acelerado da
população no Distrito, facto que levou o aumento de número dos graduados da 5ª classe, o
Governo Distrital em coordenação com a DPEC viu a necessidade de implementação do 2º grau
do ensino primário, isto é, implementação da 6ª e 7ª classe.

Em 1997 implementa-se o ensino primário do 2º grau, passando deste modo a ser chamada
Escola Primaria do 1º e 2º de Palacue, a actual designação.
28

Com a criação dos Serviços Distritais de Educação em Moçambique, a actual escola primária do
1º e 2º grau de Palacue deixou de funcionar nos edifícios da escola oficial e foi implementada
onde ela se localiza actualmente, pois no edifício passou a funcionar a SDEJT.

A escola era de construção precária e contou com préstimos da população local junto do Governo
local. No entanto em 1997, a escola beneficiou-se de três edifícios de construção convencionais,
no âmbito de expansão de escolas melhoradas aos Distritos. Estes novos edifícios para além de
salas de aulas e gabinetes para a direcção, contemplavam casas de professores do tipo dois e
casas de banhos. Anos depois a escola beneficiou-se de mais um bloco de 4 salas de aulas
gabinetes para directora e seu adjunto e duas casas de banhos e conta com um total de 2553
alunos assistidos por 52 professores,
6.1. Localização e implantação geográfica da Escola
A Escola primária do 1º e 2º Grau de Palacue fica no bairro de Carrupeia e esta situada na
extremidade leste do bairro de Carrupeia que se divide os bairros com estrada nº236 em direcção
ao Distrito de Monapo á 500 metros da administração da sede do distrito de Liupo, na província
de Nampula, limitada por: Ao Sul fica a vila do Distrito de Liupo aos 500 metros, Norte a
residências dos vizinhos da escola, Leste fica o bairro de Carrupeia e Oeste se limita com a
estrada nº 236 que da acesso ao Distrito de Monapo.

6.2. Apresentação, análise e discussão dos resultados da entrevista dirigida aos alunos
1. Você como aluno da 6a Classe sabe ler?
Com base nesta questão, dos dezoito (18) alunos, cinco (5) responderam categoricamente que sabem
ler, nove (9) não sabem, quatro (4) lêm algumas palavras e sílabas, como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Nível de aprendizagem da leitura dos alunos da 6a Classe naquela Escola.
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Sim 5 27,78%

Você como aluno da 6a Não 9 50%


Classe sabe ler?
Algumas palavras e 4 22,22%
sílabas

Fonte: Autora (2023)


29

Com base nas informações acima, podemos ver que a mais de 50% dos alunos da 6a Classe da
Escola Primária Completa de Palacue não sabem ler e isto representa de alguma maneira um certo
grau de degradação do ensino no geral. Nisto, os pais ou encarregados de educação não
participam activamente na aprendizagem da leitura de textos, de leituras orais e silenciosas de
várias histórias.

2. Que dificuldade enfrenta na leitura?

Com base na pergunta acima, constatou-se que dos dezoito alunos, quatro (4) responderam
antigamente tinham dificuldades em lidar com duas consoantes seguidas, troca de palavras, não
observavam os sinais de pontuação, acentuação mas com ajuda dos encarregados actualmente não
têm dificuldades na leitura. Um (1) respondeu que tinha as mesmas dificuldades mas com a
chegada do explicador, já consegue ler um texto. Os treze (13) responderam que é difícil aprender
a leitura porque na sala de aula tudo é normal mas em casa tudo fica difícil, não conseguem lidar
com duas consoantes seguidas, troca de palavras, não observam os sinais de pontuação,
acentuação, dicção melódica. Como mostra a tabela:
Tabela: Dificuldades que os alunos enfrentam na leitura.
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Não têm dificuldades em 5 27,78%


leitura
Dificuldades em duas
Que dificuldade consoantes seguidas, troca de
enfrenta na leitura? palavras, não observam os
sinais de pontuação, 13 72,22%
acentuação, dicção melódica
Fonte: Autora (2023)

Com base nos dados acima, constatou-se que muitos alunos têm dificuldades em lidar com duas
consoantes seguidas, troca de palavras, não observam os sinais de pontuação, acentuação e dicção
melódica. Poucos deles, conseguiram resolver essas dificuldades com ajuda dos encarregados.
Alguns pais sentavam com as crianças e estudavam juntos e, outros contrataram explicadores
para seus educandos que culminaram com bons resultados.
30

3. Na sala de aula, pratica algumas actividades sobre leitura?

Com base nesta questão, dos dezoito (18) alunos, todos foram unânimes respondendo que sim
praticam actividades sobre leitura na sala de aula, como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Prática de actividades de leitura na sala de aula
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Na sala de aula, Sim 18 100%


pratica algumas
Não 0 0%
actividades sobre
leitura? As vezes 0 0%

Fonte: Autora (2023)


Com as informações acima, constatamos que a maioria dos alunos confirmam que os professores
realizam actividades sobre a leitura na sala de aula como uma forma de incentivar o aluno a saber ler.
4. Tem o hábito de ler em casa?
Com base nesta questão, dos dezoito (18) alunos, cinco (5) responderam que sim, treze (13)
responderam que não têm hábito de leitura em casa apenas na sala de aula com ajuda do professor,
como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Hábito de leitura dos alunos fora da Escola
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Tem o hábito de ler Sim 5 27,78%


em casa?
Não 13 72,22%

Fonte: Autora (2023)

De acordo com os dados acima, constatou-se que acima da média dos alunos da 6a Classe naquela
escola não têm aderência no hábito de leitura em casa. Os professores estimulam o hábito pela
leitura na sala de aula e, para uma aprendizagem eficaz da leitura também tinha que haver o
estímulo do hábito de leitura por parte dos encarregados, oque não acontece na maioria das vezes.
31

5. Com quem pratica a leitura em casa?

Com base nesta questão, dos dezoito (18) alunos, três (3) responderam que praticam a leitura em casa
com a participação dos pais ou encarregados. Dois (2) responderam que praticam a leitura em casa
com ajuda de um explicador. Treze (13) alunos responderam que não praticam a leitura em casa,
como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Participação dos pais ou encarregados de educação na prática de leitura
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Com os pais ou encarregados 3 16,67%


de educação
Com quem pratica
a leitura em casa? Com explicador 2 11,11%

Não praticam a leitura em casa 13 72,22%%

Fonte: Autora (2023)


Com base nas informações, notou-se que poucos alunos lêm em casa com acompanhamento dos seus
encarregados tornando assim a leitura um processo de difícil alcance visto que os pais não criam
tempo de estudo com seus educandos. E, os próprios encarregados não criam uma rotina de estudos
como uma forma de ajudar o seu educando a aprender a ler.
6. Quanto tempo por semana dedica-se à leitura?
Com base nesta questão, dos dezoito (18) alunos, cinco (5) responderam que se dedicam entre uma a
duas horas por semana para leitura. Nove (9) não têm tempo e, quatro (4) alunos responderam que
lêm apenas na sala de aula, como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Tempo por semana dedicado a leitura
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Quanto tempo por Uma a duas horas 5 27,78%


semana dedica a
Não tem tempo 9 50%
leitura?

Apenas nas aulas de Língua 4 22,22%%


Portuguesa

Fonte: Autora (2023)


32

Nas respostas da questão acima, constatou-se que muitos alunos não têm tempo dedicado a leitura em
casa, o que faz com que o rendimento da leitura dos alunos seja menor visto que poucos deles apenas
preocupam-se na sala de aula.
7. Qual é o factor que te impede o domínio de leitura?
Com base nesta questão, dos dezoito (18) alunos, cinco (5) responderam que nada lhes impede para o
domínio de leitura porque têm o hábito de leitura na escola assim como em casa. Três (3)
responderam que passam muito tempo no mercado a fazerem negócios com seus pais. Três (3)
responderam que passam muito tempo na machamba com os pais. Dois (2) ficam em casa ocupados
com actividades domésticas e a cuidar dos irmãos mais novos quanto os pais vão a machamba, dois
(2) responderam que a falta de incentivo dos próprios pais alegando a falta de condições para adquirir
material escolar e, três (3) responderam que entendem com dificuldades a língua portuguesa porque
só falam português na sala de aulas, como mostra a tabela a seguir:
Tabela: Factor que impede o domínio de leitura
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Não têm impedimentos 5 27,78%

Fazer negócio 3 13,33%

Qual é o factor que Passam muito tempo na 3 16,67%


te impede o machamba
domínio de leitura? Actividades domesticas e cuidar 2 11,11%
dos irmãos
Falta de incentivo dos pais 2 11,11%

Uso excessivo de línguas 3 16,67%


maternas
Fonte: Autora (2023)
Constatou-se na questão acima que existem vários factores que impedem o domínio da leitura nos
alunos a saber: o excesso de actividades domésticas faz com que não haja tempo para os alunos
estudarem em casa. Há falta de incentivo da parte dos pais ou encarregados de educação, uso
excessivo de línguas maternas.
33

6.3. Apresentação dos resultados da entrevista dirigida aos pais ou encarregados de


educação
1. O seu educando sabe ler?
Com base na questão acima, dos dezoito pais ou encarregados de educação, cinco responderam
que sim, nove (9) responderam que não sabem se seus educandos sabem ler e, quatro (4)
afirmaram que as vezes encontram seus educandos sentados com livro de português.
Tabela: Nível de aprendizagem da leitura dos alunos de acordo com os encarregados
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Sim 5 27,78%

O seu educando sabe Não 9 50%


ler?
Algumas palavras e 4 22,22%
sílabas

Fonte: Autora (2023)


Sobre esta questão, notou-se que 50% dos pais ou encarregados de educação não sabem se seus
educandos sabem ler ou não, oque representa uma situação triste para a aprendizagem da leitura
numa criança. Constatou-se ainda que acima de 30% dos pais somente vêm seus educandos
sentados e não fazem questão de sentar com eles para ouvir quais são as suas inquietações, uma
vez que conseguem ler algumas palavras e sílabas.
2. Ajuda na leitura a pedido do seu educando?
Dos dezoito pais ou encarregados de educação, cinco (5) responderam que ajudam seus
educandos na leitura quando pedem e mesmo não pedindo, todos os dias estão perto deles quando
assunto é sentar com os livros. Treze (13) responderam que não sabem ler por isso não há
vantagem de sentar com eles pior quando voltam exaustos das suas tarefas diárias. Como mostra
a tabela:
34

Tabela: Participação do encarregado na leitura a pedido do seu educando


Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Ajuda na leitura a Ajudam os seus 5 27,78%


pedido do seu educandos
educando?
Não 13 72,22%

Fonte: Autora (2023)


Com base na questão acima, constatou-se que apenas poucos encarregados ajudam na leitura a
pedido dos seus educandos, eles fazem questão de sentarem ou pedirem ajuda alguém que sabe
de modo a ajudarem seus educandos. A maioria dos pais não aproxima seus educandos deixando
assim a criança com sérios problemas na leitura.
3. Contratou um explicador para seu educando?
Nesta questão, dos dezoito encarregados, um (1) afirmou que contratou um explicador de modo
que o seu educando desenvolve-se o domínio de leitura e, ao anoitecer senta com a criança para
fazerem revisão do que viu com explicador. Quatro (4) encarregados não contrataram explicador
mas sim fazem questão de sentar com a criança para tratar assuntos da escola e, os treze (13)
encarregados não contrataram explicador alegando não ter condições financeiras. Como mostra a
tabela:
Tabela: Contratação de um explicador para educando de acordo com os encarregados
Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Contratou um Sim 1 5,56%


explicador para seu
Não, mas faz o papel 4 22,22%
educando?
de explicador

Nao faz nada a 13 72,22%


respeito

Fonte: Autora (2023)


Consta que nesta questão, muitos pais não contratam explicador para seus educandos. Outros por
não terem condições financeiras mas fazem a questão de sentar com seus educandos e discutirem
35

o assunto. Outros pais nada fazem a respeito alegando que os professores têm salário no final do
mês por isso devem trabalhar bastante. Desta forma de pensar prejudica o futuro da criança.
4. Quais são as actividades que praticam as crianças em casa como forma de incentivar
a ter o hábito de ler?
De acordo com a questão, dos dezoito pais ou encarregados de educação, cinco (5) responderam
que criam actividades como ler textos narrativos, jornais e outros tipos de textos que criam
interesse no aluno para o alargamento do hábito de leitura. Os treze (13) encarregados de
educação, responderam que não fazem actividades de leitura para incentivar a criança a ter o
hábito de leitura porque o educando não vai realizar as suas actividades domésticas, de negócio
ou de ida à machamba. Como mostra a tabela:

Tabela: Participação do encarregado na leitura a pedido do seu educando


Pergunta Resposta Entrevistados Percentagem

Quais são as Ler livros, jornais


actividades que ou outros tipos de
praticam as 5 27,78%
textos
crianças em casa
como forma de
incentivar a ter o
hábito de ler?
Não 13 72,22%

Fonte: Autora (2023)


No que diz respeito a questão acima, tem-se que, poucos pais criam actividades de leitura de
vários textos com propósito de incentivar os seus educandos a terem o hábito de leitura em casa
e, a maioria dos pais não fazem isso com as crianças e, elas crescem com dificuldades em ler
tornando desta forma um ensino sem qualidade.
36

Conclusões
A partir do objectivo geral, traduzimos em objectivos específicos onde procurávamos identificar
os factores que influenciam no fraco domínio de leitura caso dos alunos da 6aclasse da Escola
Primária Completa de Palacue no Distrito de Liupo e, após a observação dos dados recolhidos
através da entrevista direccionado aos alunos e os pais ou encarregados de educação chegou-se a
as seguintes conclusões:
A maior parte dos alunos da 6aClasse possuem dificuldades em ler textos escritos em português;
Os pais ou encarregados de educação não cultivam o hábito pela leitura nos seus educandos;
A ocupação excessiva dos alunos nas actividades domésticas, idas constantes a machamba, no
mercado, faz com que não tenham tempo semanal suficiente para desenvolverem o dominó de
leitura;
Os encarregados de educação não procuram se informar com a escola sobre o nível de
aprendizagem dos seus filhos;
Quando a escola solícita a presença dos pais ou encarregados de educação não se fazem presente,
somente no dia de divulgação de resultado anual;
Os próprios pais ou encarregados de educação não criam o hábito pela leitura.
Sugestões
De acordo com todas as conclusões feitas relativamente aos factores que influenciam no fraco
domínio de leitura caso dos alunos da 6a Classe, passa-se a apresentar algumas sugestões julgadas
pertinentes para o melhoramento desta competência:
Para os pais ou encarregados de educação
Participar activamente no processo de ensino e aprendizagem do seu educando;
Orientar um familiar ou um explicador para acompanhar na prática de leitura no seu educando,
caso este pai não saiba ler ou não tenha tempo para a criança;
Observar as amizades do seu educando, se compromete a vida escolar ou não;
Entrar em contacto com a escola sempre que possível para se informar sobre o nível de
aprendizagem da leitura do seu educando.
37

Para o aluno
Que haja dedicação e interesse para que o processo de aprendizagem de leitura se concretize;
Saiba que a leitura não significa somente juntar as letras do alfabeto, é preciso que dê significado
naquilo que lê, que faça uma análise depois da leitura e, por isso não só deve acontecer na sala de
aula, como também em casa com o acompanhamento do pai ou encarregado de educação;
Peça ajuda sempre que tiver dificuldades na aprendizagem de leitura, não só aos pais ou
encarregados de educação, como também ao professor e aos colegas que sabem ler textos.
Para a escola
Continuar a promover no aluno actividades que desenvolvem competências de Leitura,
valorizando e motivando-o através de concursos de leitura e redacção;
Continuar a Promover assistência de aulas entre colegas da mesma disciplina de aprendizagem
como forma de capacitarem-se com propósito de criar um ambiente saudável no seio escolar.
38

Bibliografia
Appolinário, F. (2011). Dicionário de metodologia científica. 2 edição. São Paulo: Atlas.

Araújo, E. A. (2014). Manual de Tronco Comum; Praticas Pedagógicas I. Beira.

Balula, J. P. (2007). Estratégias de leitura funcional do ensino-aprendizagem do português.

Barbosa, D. M. S. O. (2004). Ensino de Leitura: ampliando a habilidade leitora dos alunos, In:
Almeida, Nukácia; Zavam, Aurea. A Língua Na Sala De Aula: Questões Práticas Para Um
Ensino Produtivo. Fortaleza: Perfil Cidadão,

Cantalice, M. L. (2004), Ensino de estratégias de leitura. Psicol. Esc.(impr), Campinas.

Citoler, S. D. (1996). Las dificultades de aprendizaje: un enfoque cognitivo – Lectura,

Escritura, Matemáticas. Málaga: Ediciones Aljibe.

Cruz, V. (2007). Dificuldades de Aprendizagem: Específicas. Lisboa: Lidel

Cruz, V. (2007),Uma abordagem cognitiva da leitura. Lisboa: Lidel

Dias, M. C. P. (2012). Motivação para a leitura: Alunos de uma turma PIEF como mediadores de
leitura. Dissertação apresentada à Escola Superior de Bragança para obtenção do grau de Mestre
em Ensino de Leitura e Escrita.

Freire, P. (2001). A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez.

Freitas, Vera A. de L.; (2012). Mediação: estratégia facilitadora da compreensão Leitora, In:
Bortoni-Ricardo, Stella Maris. Leitura e mediação pedagógica. São Paulo: Parábola

Fernández, A. (1990). A inteligência aprisionada; Abordagem psicopedagógica clínica da criança


e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas

Foucambert, J. A. ( 1994). Leitura em Questão. Porto Alegre: Artes Médicas,

Gil, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

Gil, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
39

Lakatos, E. M. & Marconi, M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. (5 ed.). São


Paulo: Atlas. Brasil.

Martins, E.G. (2018). Amostra aleatória simples. Disponível em http//doi.org/10.2492/rce2018.02

Matta, S. S. (2009). Português: linguagem e Interacção. Curitiba: Bolsa Nacional do Livro Ltda.

Mendonça, O. S.; Mendonça, O. C. (2013). Alfabetizar as crianças na idade certa.

Nielsen, L. (1999). Necessidades Educativas Especiais: um guia para professores. Porto: Porto
Editora.

Pilleti, C. (2004). Didáctica Geral. São Paulo: Ática

Popper, k..(1992). Em busca de um mundo melhor. Lisboa.

Prodanov, C. C. (2006.) Manual de metodologia científica. 3. Edição . Novo Hamburgo, RS:


Feevale.

Richardson, R. J.(2008). Pesquisa Social - Métodos e Técnicas. 3ª Edição. São Paulo, Atlas.

Silva, E. T. (2005) Conferências sobre leitura-trilogia pedagógica. Campinas, São Paulo, Autores
Associados

Vunguire, G. F. & Franze, B. J. (2014). Manual do Curso de Licenciatura em Ensino de


Português: Didáctica de Português I. Beira

Vunguire, G,F & Franze, B. J. (2014). Manual do Curso de Licenciatura em Ensino de Português:
Didáctica de Português II. Beira

Vunguire, G,F & Franze, B. J. (2014). Manual do Curso de Licenciatura em Ensino de Português:
Didáctica de Português III. Beira

Zilberman, R. (1999). Sociedade e Democracia da Leitura. Estado de Leitura. Campinas, SP:


Mercado de Letras.
40

Apêndices
41

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Departamento de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Entrevista
Roteiro da entrevista direccionado aos alunos da 6a Classe da Escola Primária Completa de
Palacue, com a finalidade de recolher informações pertinentes sobre os factores que influenciam
no fraco domínio da leitura.

1. Você como aluno da 6a Classe sabe ler? Sim Não


2. Que dificuldade enfrenta na leitura?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

3. Na sala de aula, pratica algumas actividades sobre leitura?

_____________________________________________________________________________

4. Tem o hábito de ler em casa?


______________________________________________________________________________
5. Com quem pratica a leitura em casa?

______________________________________________________________________________

6. Quanto tempo por semana dedica-se à leitura?

______________________________________________________________________________

7. Qual é o factor que te impede o domínio de leitura?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Obrigada por ter-se disponibilizado a esta entrevista!
42

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Departamento de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Entrevista

Roteiro da entrevista direccionado aos pais ou encarregados de educação dos alunos da 6a Classe
da Escola Primária Completa de Palacue, com a finalidade de recolher informações pertinentes
sobre os factores que influenciam no fraco domínio da leitura.

1. O seu educando sabe ler? Sim Não Algumas palavras e sílabas

2. Ajuda na leitura a pedido do seu educando? Sim Não

3. Contratou um explicador para seu educando?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

4. Quais são as actividades que praticam as crianças em casa como forma de incentivar a ter
o hábito de ler?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Obrigada por ter-se disponibilizado a esta entrevista!


43

Anexos
44
45

Você também pode gostar