Analise Sintatica

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Aula 05

Português p/ Prefeitura de Diadema-SP


(Nível Superior) Com Videoaulas -
Pós-Edital - Profª Janaina

Autor:

15 de Janeiro de 2021

34127622881 - CARLOS ALBERTO BRITO DE LIMA


Aula 05

SINTAXE
ORAÇÃO E PERÍODO

Noções Introdutórias .............................................................................................................................. 2


Funções Sintáticas .................................................................................................................................. 2
Frase x Oração x Período:...................................................................................................................... 24
Coordenação x Subordinação: ............................................................................................................... 24
Orações Coordenadas: .......................................................................................................................... 26
Orações Subordinadas Substantivas: ..................................................................................................... 27
Orações Subordinadas Adjetivas ........................................................................................................... 29
Orações Subordinadas Adverbiais ......................................................................................................... 31
Orações Reduzidas x Orações Desenvolvidas ......................................................................................... 34
Paralelismo........................................................................................................................................... 37
Funções da Palavra “QUE” .................................................................................................................... 39
Funções Da Palavra “SE” ....................................................................................................................... 42
Funções Da Palavra “COMO” ................................................................................................................ 44
QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................................................... 46
Resumo ................................................................................................................................................ 58
Lista de Questões.................................................................................................................................. 64
Gabarito ............................................................................................................................................... 70

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SINTAXE
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Olá, pessoal! Vamos riscar mais alguns itens desse edital??
A análise sintática é o assunto que consolida as aulas anteriores. Embora de modo indireto, estivemos
estudando análise sintática desde o início do curso: na aula de classes, em “preposições”, vimos adjuntos
adnominais e complementos nominais, na aula de verbos, vimos um pouco da sintaxe verbal, isto é, a
necessidade de os verbos terem ou não um complemento (objeto direto e indireto); em conjunções, vimos
as orações subordinadas e coordenadas; por fim, lembramos que as classes gramaticais (assunto de
morfologia) não se dissociam das funções sintáticas (assunto de sintaxe). Esses assuntos estão totalmente
interligados.
Nesta aula, vamos organizar esse conhecimento e focar naquelas funções sintáticas que sua banca mais gosta
de explorar. Optei também por não partir a aula porque todos os assuntos são interligados (sintaxe, orações,
funções do QUE e SE) e o entendimento é melhor se vistos como uma unidade. Vamos lá!

FUNÇÕES SINTÁTICAS
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:
Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)
Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios
Chamamos também essa sequência de “estrutura de base” da oração.
Para começar, apresentamos o exemplo acima, que é uma oração na ordem direta (SuVeCa), pois é mais fácil
perceber os componentes da frase (sujeito, verbo, complemento e adjuntos) nessa ordem. Todavia, devo
alertá-lo de que, na prática, esses termos são comumente invertidos e entre eles são intercaladas outras
estruturas, de modo que, muitas vezes, teremos dificuldade de encontrar cada elemento desses. Deixo aqui
a dica para o estudo de toda a língua portuguesa: Sempre tente colocar a sentença na ordem direta e
procurar o sujeito de cada verbo. Na análise sintática e na pontuação, essa dica salva vidas!

Termos Oracionais
Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas também podem aparecer em
forma de oração, de modo que a sua “estrutura” será oracional, sempre com um verbo, mas a análise que
faremos será a mesma. Então, um adjetivo que desempenha função de adjunto adnominal pode aparecer
na forma de uma oração adjetiva. Nesses casos, uma oração exerce uma função sintática na outra, de forma
que são sintaticamente dependentes, subordinadas.
Ex: O menino estudioso passa / O menino que estuda passa.

Por isso, quando falarmos das funções, vamos mencionar também suas principais formas, inclusive a forma
oracional. Fique tranquilo caso não esteja familiarizado: a partir de agora, vamos ver em detalhes cada uma
das principais funções sintáticas que os termos de uma oração podem assumir.

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Sujeito e Predicado
Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre que se declara algo na oração. O predicado é, via de regra, a
declaração feita a respeito do sujeito.
Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, que normalmente atrai a concordância do verbo. Então,
em uma “regra prática”, o sujeito é o termo que “conjuga” o verbo, justifica o verbo estar na primeira pessoa,
no singular, no plural etc.
O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente é um substantivo ou termo
de valor substantivo (pronomes, numerais, verbo no infinitivo). Esse núcleo recebe termos que o
“especificam”, “delimitam”: são os chamados determinantes (artigos, numerais, pronomes, adjetivos,
locuções adjetivas...). Nada disso é exatamente novo, mas vamos ver melhor tais análises nos exemplos.
Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito. Vejamos:
Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um núcleo “estações”; observe que o sujeito
está invertido, isto é, posposto (após) o verbo)
Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o substantivo ‘cães’,
que tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral “dois” e o adjetivo “ferozes”)
Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um núcleo, o verbo
“estudar”, esse é o famoso sujeito oracional)
Observe que, como regra, o verbo se flexiona para concordar em número e pessoa com o núcleo do sujeito.
O restante da sentença foi a ‘declaração’ feita sobre o sujeito, o que chamamos de predicado. Aliás, essa
palavra ”predicado” significa exatamente isto: característica atribuída a um ser; atributo, propriedade.
Aprofundaremos essas análises, mais a frente, no estudo de cada função sintática.
Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo:
Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de determinantes longos,
orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante localizar o "núcleo" para então conferir a
concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do
direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente — se tudo der certo — serão votadas
hoje.
Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos somente: leis serão
votadas.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e pessoa do
sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis. Resumindo: para fazer a análise sintática de
um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele(a), eles(a)) e o número do verbo
(singular/plural).
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em pessoa e número).
Passaremos agora ao estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações. Esse termo é essencial, pois
é a função sintática mais cobrada.

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Sujeito Determinado
O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente quem está
praticando (ou recebendo) a ação expressa pelo verbo. Ele pode tomar diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam. (sujeito composto, mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura com verbo:
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar mais” é uma oração
reduzida de infinitivo, equivalente à forma desenvolvida “É preciso que se exporte mais” > [que se exporte
mais] é preciso. O núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo “Exportar”. Quando o sujeito é oracional, o
verbo fica no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: Então, temos dois verbos e duas orações. O sujeito de “é” tem forma oracional e o sujeito de
“exportar” é indeterminado, pois não sabemos “quem exporta”.)
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica a ação, ele sofre a
ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o sujeito é oracional E
paciente.

Pronome oblíquo como sujeito???


Em regra, pronomes oblíquos têm função de complemento; contudo, destaco que há um caso especial em
que o pronome oblíquo átono (o, a, os, as) pode desempenhar função sintática de sujeito. Isso ocorre quando
tais pronomes ocorrem dentro de um objeto direto oracional dos verbos causativos (deixar, mandar, fazer)
e sensitivos (ver, ouvir, sentir). Vamos entender:
Ex: Eu mandei o menino sair.
Eu mandei o quê? Mandar pede um complemento. Esse complemento (Objeto direto) de “mandei” é a
oração: “o menino sair”, que está numa forma de oração reduzida de infinitivo, equivalente à forma
desenvolvida: “mandei que o menino saísse”. Agora, dentro dessa oração, quem sai? É o menino; então: “o
menino” é sujeito de “sair”.
Agora vamos trocar “o menino” por um pronome oblíquo átono:
Ex: Eu mandei o menino sair. >> Ex: Mandei-o sair.

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Pronto, nesse caso, temos que este “o” é o sujeito de “sair”. Basta pensar que se a oração fosse desenvolvida,
“o menino” seria sujeito. Como o pronome o substitui, também tem a mesma função sintática. Vejamos
outros exemplos:
Ex: Deixe-me estudar / Não se deixe aborrecer / Ela o fez desistir / Mandei-a ir embora.
Outro detalhe importante: como temos duas orações e, em uma delas, o sujeito é o pronome, as formas
deixe aborrecer, fez desistir, mandei ir etc. NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM
PERÍODO COMPOSTO.

1. (STM / ANALISTA / 2018)


A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o comportamento pelo qual se consegue
essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança” exerce a função de sujeito da
forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
Comentários:
Primeiro: marcamos o verbo> "é". Após perguntarmos "Quem/O que É”, saberemos quem é o sujeito, que
segue sublinhado nas frases abaixo, com seu "núcleo" destacado.
A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo
o comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha
A liderança só é sujeito do “é” na primeira sentença. Questão incorreta.

2. (SEFAZ-RS / ASSISTENTE / 2018)


Os direitos humanos são fundados no respeito pela dignidade e no valor de cada pessoa. São universais, ou
seja, são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas. São inalienáveis — e ninguém
pode ser privado de seus direitos humanos —, mas podem ser limitados em situações específicas: o direito
à liberdade pode ser restringido se, após o devido processo legal, uma pessoa for julgada culpada de um
crime punível com privação de liberdade.
No texto 1A2-I, o sujeito da locução “podem ser limitados”, que está oculto, é indicado pelo termo
a) “todas as pessoas” (l.2).
b) “inalienáveis” (l.2).
c) “ninguém” (l.2).
d) “seus direitos humanos” (l.3).
e) “Os direitos humanos” (l.1).
Comentários:

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Na oração “mas podem ser limitados”, o sujeito não apareceu expressamente porque já foi mencionado
antes e está claro no contexto. O referente é “Os direitos humanos”. Gabarito letra E.

Sujeito Oculto / Elíptico / Desinencial


O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela terminação do
verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto/elíptico/desinencial [-mos>nós])
No exemplo acima, sabemos que o sujeito é “nós”, mesmo que a palavra “nós” não esteja escrita, expressa
na oração.
Ex: Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado.
Observe que a oração “disseram que sou culpado” não traz um sujeito expresso, mas sabemos que o sujeito
é “meus advogados”, pelo contexto.

Sujeito Indeterminado
Contrariamente ao sujeito determinado, o sujeito indeterminado é aquele que não se pode identificar no
período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não conseguimos inferir do contexto.
A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do plural, com omissão do
agente que pratica a ação verbal; esse é o sujeito favorito dos fofoqueiros (risos), veja só:
Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)

Indeterminação do sujeito pelo uso da PIS:


O sujeito também pode ser indeterminado pelo uso da estrutura: VTI / VI / VL+SE
Verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação + SE (partícula de indeterminação do sujeito-PIS).
Ex: Desconfia-se de que ela seja violenta.
Verbo Trans. Indireto + SE (Quem desconfia? Não se sabe...)
Muitas vezes, o sujeito indeterminado é uma forma de expressar um sujeito universal, algo que todos fazem,
mas sem individualizar um agente em específico. Veja:
Ex: Vive-se bem em Campinas.
Verbo Intransitivo + SE (Quem Vive? Não está determinado.)
Ex: Sempre se fica nervoso durante um assalto.
Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um sujeito
indeterminado, um agente universal, genérico, não específico).
Dentro dessa regra, temos uma expressão que simplesmente “DESPENCA” em prova: “tratar-se de”
(VTI+SE). Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência ou como uma espécie de substituto do
verbo “ser”, é sempre invariável, indica sujeito indeterminado. Observe os exemplos.
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.

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Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Lembramos que o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo) no seu início. Dessa forma, a
expressão que vem após “tratar-se de” jamais poderá ser um sujeito. Além do mais, a preposição “de” é,
nesse caso, exigida pelo próprio verbo “tratar”, o que indica que esse é um verbo transitivo INDIRETO. Se o
termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Logo, o verbo fica na terceira pessoa do
singular.

3. (STM / ANALISTA / 2018)


Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria necessário
alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção gramatical do texto.
Comentários:
“Tratar-se DE” é expressão invariável, que configura sujeito indeterminado “Verbo Transitivo Indireto+SE”.
Logo, o verbo não vai ao plural. Questão incorreta.

4. (IF-PA–Administrador – 2019) Julgue o item a seguir.


No período, “Apesar do HC ser um quesito legal, o desejo de prisão parecia ser maior que a virtude da lei.”,
o sujeito da primeira oração está preposicionado, de acordo com a norma culta da língua portuguesa.
Comentários:
O sujeito não pode ser subordinado, então não pode estar preposicionado. Dessa forma, como “o HC” é
sujeito de “ser”, devemos separar a preposição:
Apesar de o HC ser um quesito legal
Então, o sujeito preposicionado não está de acordo com a norma culta. Questão incorreta.

Indeterminação do sujeito pelo uso do infinitivo impessoal:


No caso de indeterminação do sujeito pelo uso de um verbo no infinitivo, por não haver concordância com
nenhuma pessoa, a ação verbal é descrita de maneira vaga, sem revelar o agente que pratica a ação. Veja:
Ex: Praticar esportes regularmente é muito importante. (o agente é genérico, indefinido; não
determinamos quem vai “praticar esportes”. O sujeito do verbo “praticar” é, portanto, indeterminado. Já o
sujeito do verbo “ser” vai ser a oração sublinhada.)
Registre-se que as técnicas de indeterminação do sujeito são estratégias textuais para omitir o agente de um
verbo, caso não queira ou saiba precisar a “autoria” de uma ação.

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5. (SEDF / 2017)
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado durante seu
aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para eles, aconteceu
naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
Comentários:
Quem disse isso? Ora, foram os escritores. Então, o sujeito está determinado sim!
Nessa oração “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” o sujeito é oculto, já que, embora
não conste expresso, isto é, escrito, na oração, podemos recuperá-lo do contexto. Questão incorreta.

Oração sem sujeito


A oração sem sujeito pode tomar várias “formas”, vejamos as principais:
Fenômenos da natureza:
Ex: Choveu ontem.
Ex: Anoiteceu.
Verbos ser/estar/fazer/haver/parecer impessoais com sentido de fenômenos naturais, tempo ou estado.
Ex: Faz 2 anos que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
Ex: Parecia cedo demais.
Ex: São 7 horas da manhã, acorde!
OBS: O caso mais cobrado de oração sem sujeito é o uso do verbo “haver” impessoal (com sentido de
“existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”)
Ex: “Há pessoas ruins no mundo”.
Na oração “Há pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo” é apenas “objeto direto” de
“haver” (verbo impessoal), por isso não há flexão. O objeto direto não faz o verbo se flexionar (ir ao plural),
isso é papel do sujeito.
Por outro lado, na oração “existem pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo” é sujeito
do verbo “existir” (verbo pessoal, com sujeito), por isso há flexão.

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IMPORTANTE: Lembre-se de que o verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o substitua) vem sempre
no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam locução com ele:
Ex: Há mil pessoas aqui.
Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Então, na locução, o verbo auxiliar também fica em forma de singular! Se o verbo for pessoal, como “existir”,
aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.
Essa lógica é vista na aula de concordância, mas está estritamente relacionada ao tipo de verbo e à existência
ou não do sujeito.
OBS: Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói muito nas minhas
costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.

6. (TRT-MT / 2016)
“Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...”
O termo “dúvida” exerce a função de sujeito na oração em que ocorre.
Comentários:
O verbo “haver” é impessoal, não tem sujeito. “Dúvida” exerce função de objeto direto do verbo “haver”.
Questão incorreta.
7. (TRT-MT / 2016)
...verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o uso de
barcos para chegar à seção eleitoral. É importante lembrar, ainda, que, quando não havia a urna eletrônica
— facilitadora do voto —, o analfabetismo e os problemas de saúde dos idosos poderiam comprometer a
obtenção de um voto corretamente lançado (escrito a caneta) na cédula de papel.
Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo para
analfabetos...
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função sintática nas orações em
que ocorrem.
Comentários:
É necessário o uso de barcos > O uso de barcos é necessário.
Sujeito
Estabeleceu-se o voto obrigatório > O voto obrigatório foi estabelecido.
Sujeito

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Ambos os termos em destaque exercem função sintática de sujeito, com a distinção de que o segundo

Objeto Direto (OD)


Alguns verbos não pedem complemento nenhum, pois costumam ter seu sentido completo em si mesmo.
São chamados então de intransitivos:
Ex: O tempo passa.
Os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for transitivo direto, seu
complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se for transitivo indireto, seu complemento é
indireto, pede uma preposição (Gosto de carros).
O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo se liga ao
seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o complemento sem “passar” por uma preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons.)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)
O OD também pode ter forma de uma oração:
Ex: Pedi que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou, em termos mais
simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe com esse nome, essas orações são estudadas na aula
de conectivos e serão detalhadas adiante nesta aula.
Objeto Direto Pleonástico:
“Pleonástico” remete a ideia de “repetido”. O OD pleonástico é representado por um pronome que retoma
um objeto direto já existente na oração, com finalidade de ênfase.
Ex: Esta moto, comprei-a na promoção.
Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato:
São objetos diretos que compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo. O núcleo do objeto vem
acompanhado de um determinante.
Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.
Ex: Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.
Observe que, em outros contextos, “dormir”, “viver”, “sangrar” e “chover” são verbos intransitivos, não
pedem nenhum objeto.

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8. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)


Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à presidência do país sob o arranjo
do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de
A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.
Comentários:
“Promulgar” é verbo transitivo direto e pede um objeto direto, sem preposição:
promulgou algo > promulgou a primeira LDB brasileira. Gabarito letra C.
9. (Instituto Rio Branco / 2012)
No período “Que Demócrito não risse, eu o provo”, o verbo provar complementa-se com uma estrutura em
forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um pronome.
Comentários:
Organizando, temos:
Eu provo [que Demócrito risse (ria)]
Eu provo [isto] > eu o provo
Então, percebemos que o objeto de “provo” está na forma de uma oração, e o pronome “o” retoma essa
oração, de forma que temos a repetição do objeto. Portanto, temos um objeto pleonástico. Questão correta.

Objeto Indireto
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto indiretamente, por
via de uma preposição.
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).
O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta):
Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida)
Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)
O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)
Ex: "Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso."
Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas repetem o objeto indireto que
já estava na sentença.

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10. (STM / ANALISTA / 2018)


... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos
piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período em que
ocorrem.
Comentários:
Temos "vir DE+Aí" (vir daí) e "vir DE+A ignorância" (vir da ignorância). Em ambos os casos temos objetos
indiretos do verbo “vir”. Questão correta.

Objeto Direto Preposicionado


Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por
motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas “preposicionado”.
Vejamos os casos mais relevantes para os concursos:
Principais casos:

✓ Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou “quem”:


Ex: “Nem ele entende a nós, nem nós a ele” (“entender” é VTD)

✓ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”:
Ex: Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é objeto direto de
“ensinar”; “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” e, por estar no infinitivo, a preposição “a” também
é obrigatória).

✓ Quando houver dupla possibilidade de referente, ou seja, ambiguidade:


Ex: A onça ao caçador surpreendeu. / À onça o caçador surpreendeu.
(se retirarmos a preposição, teríamos “a onça o caçador surpreendeu” e você poderia se perguntar quem
surpreendeu quem, já que haveria ambiguidade na frase.)

✓ Com alguns pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas:


Ex: “Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?”

✓ Quando o OD for um nome próprio:


Ex: Busquei a José no aeroporto.

✓ Quando o objeto direto for a palavra “ambos”:

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Ex: Contratei a ambos para minha empresa. (“contratar” é VTD)

✓ Quando houver reforço ou exaltação de um sentimento (normalmente com nomes próprios ou por
eufonia):
Ex: Ele ama a Deus e não teme a Maomé.
Há implicações semânticas no uso do OD preposicionado:
Ex: Comi o pão (comi o pão todo) X Comi do pão (comi parte do pão)
Ex: Cumpri o dever X Cumpri com o dever (ênfase)
Outros exemplos importantes: fazer com que ele estude, puxar da faca, arrancar da espada, sacar do
revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço, cumprir com o dever…
Objeto direto preposicionado partitivo: beber do vinho, comer do bolo, dar do leite...

11. (STM / ANALISTA / 2018)


Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de
juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.
Comentários:
O verbo “absolver” não pede preposição; logo, não pede objeto INDIRETO. A preposição que está ali
configura um objeto direto preposicionado. Com o pronome indefinido “todos” como objeto direto,
acrescentamos a preposição, constituindo um objeto direto preposicionado. A propósito, isso também
ocorre com os pronomes “quem” e “ninguém”. Questão incorreta.
12. (TCE-PA / 2016)
Julgue correto ou incorreto o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a lobisomem e
feiticeiras”, a preposição “a” poderia ser suprimida.
Comentários:
O verbo “temer” é transitivo direto, não exige preposição, portanto seu complemento verbal será um objeto
direto. Todavia, existe uma preposição, “a”, entre o verbo e seu objeto. A preposição “a” utilizada no trecho
introduz um objeto direto preposicionado, para reforço ou exaltação de um sentimento. Trata-se do mesmo
caso de “amar a Deus”. Portanto, a preposição, por não ser obrigatória pela regência do verbo, poderia ser
suprimida. Questão correta.

Complemento Nominal
É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com preposição.

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Parece um objeto indireto, com a diferença de que não completa o sentido de um verbo, mas sim de um
nome.
Ex: João era dependente de café. (Dependente é um adjetivo e pede um complemento,
preposicionado. Dependente de quê? DE café).
Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor. (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide
favoravelmente a quem/quê? AO autor).

O complemento nominal (CN) também pode ter forma de uma oração:


Ex: O cão sentia falta de que brincassem com ele.
Ex: João tinha consciência de que precisava passar.

Adjunto Adnominal
Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes características, qualidade ou
estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva, ou seja, modificam termo substantivo.

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse. Observe que esses termos não foram exigidos pelo nome
“carros”, mas sim acrescentados por quem fala ou escreve.
Vejamos outros exemplos de adjunto adnominal:
Ex: Ouro em pó/em barras.
Ex: Barco a vela/a vapor/a gasolina.
ATENÇÃO!
Adjunto adnominal x Complemento Nominal
Esse tema é queridinho de qualquer banca. Vamos entender isso de uma vez por todas!
Na verdade, esses dois termos são bem diferentes! Há um único caso em que ficam parecidos e geram muita
dúvida, mas é esse caso que cai em prova rs...
Diferenças:
✓ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O adjunto adnominal
só se liga a substantivos. Então, se o termo preposicionado se ligar a um adjetivo ou advérbio, não
há dúvida, é complemento nominal.
✓ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não. Então, se
não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto.
✓ O Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação; qualidade; estado e
conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos. Então, se o nome for um
substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✓ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”, normalmente será

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CN. Se a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.


Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato com termo
preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.

 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.

 O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo equivalente:
adjunto adnominal.
✓ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✓ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento nominal é
“como se fosse” o objeto indireto de um nome.
Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria:

O abuso de remédios é prejudicial à saúde da mulher.


000
“de remédios” se liga a substantivo abstrato (“abuso” – derivado de ação) e tem sentido passivo. Por isso,
não pode ser adjunto, é complemento nominal. “à saúde” é termo preposicionado ligado a adjetivo
(“prejudicial”). Se o termo é ligado a adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal. Para
confirmar isso, observe que o sentido é passivo, pois “a saúde é prejudicada".
Já “da mulher” se liga ao substantivo “saúde”, que é abstrato. A mulher é agente, tem a saúde e há claro
sentido de posse; então, temos um adjunto adnominal. Para confirmar isso, poderíamos substituir a locução
“da mulher” pelo adjetivo “feminina”, mantendo exatamente o mesmo sentido e função sintática. Estamos
fazendo um exercício, nem sempre todos os critérios serão satisfeitos ao mesmo tempo. A principal distinção
deve sempre ser: “sentido passivo” (CN) x "sentido ativo/posse" (AA).
Pessoal, sempre tente “matar” a função sintática dos termos pelas diferenças. Se for caso de substantivo
abstrato ligado a termo preposicionado (“de”), aí tente ver se é possível substituir perfeitamente por um
adjetivo.
Se ficar a dúvida, veja se o sentido do termo preposicionado é agente ou paciente. Esse deve ser o último
critério.

13. (PC-SE / DELEGADO / 2018)


A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de atendimento
a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos relativos a crimes contra
o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos e termos circunstanciados e fazem
investigações de queixas.
Os termos “a crimes contra o público” e “de queixas” complementam, respectivamente, os termos

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“relativos” e “investigações”.
Comentários:
Sim. Se houver termo preposicionado ligado a adjetivo, não há dúvida, temos complemento nominal.
“Relativo” é um adjetivo que exige complemento com a preposição “a”:
“Relativo” A algo> “Relativo” A crimes contra o público...
“Investigações”, por sua vez, é um substantivo abstrato derivado de ação e “de queixas” possui valor passivo:
“queixas são investigadas”. Então, temos clássico caso de complemento nominal. Questão correta.
14. (MPU / ANALISTA / 2018)
buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial e dos
direitos humanos
Os termos “de gênero”, “da igualdade racial” e “dos direitos humanos” complementam a palavra “justiça”.
Comentários:
Os termos “da igualdade racial” e “dos direitos humanos” complementam a palavra “garantia”. São termos
preposicionados passivos ligados a substantivo abstrato derivado de ação:
Garantia “da igualdade racial” (a igualdade racial é garantida) e
Garantia “dos direitos humanos” (os direitos humanos são garantidos)
O termo preposicionado “de gênero” não possui sentido passivo, é uma especificação, apenas um adjunto
adnominal de “justiça”. Questão incorreta.

Predicativo do Sujeito
É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por via de um verbo de
ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar. Vejamos os exemplos
mais comuns e as diversas “formas” como aparecem.
Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: O violão é de madeira rara. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional)
Ex: João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome demonstrativo)
Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma qualidade do sujeito,
este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.
Ex: O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo o tempo”
é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não é verbo de ligação!)

15. (PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)


... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...

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Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” funciona como complemento desse termo.
Comentários:
Na verdade, temos um caso de predicativo ligado a sujeito oracional:
dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral é difícil
ISTO é difícil
O “ser” é verbo de ligação. Questão incorreta.

Predicativo do Objeto
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos transobjetivos),
aqueles que pedem um objeto + predicativo.

Ex: Julgaram o réu culpado.


Obj. dir.
Ex: O povo elegeu-o senador.
Ex: Achei o filme bacana.
Ex: A bebida torna o homem verdadeiro.

Predicativo do objeto x Adjunto Adnominal


Semanticamente, o predicativo é uma característica atribuída ao ser, transitória, não é
permanente/inerente. O adjunto adnominal, por sua vez, é uma característica própria do ser, vista como
inerente e definitiva.
Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. (predicativo do objeto: o sujeito atribuiu o
estado de “irritação” à menina, uma característica vista como transitória, é uma “opinião do sujeito
sobre o objeto”)
Ex: A menina irritada da sala implica com todos. (adjunto adnominal: ela é irritada sempre, a
característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por um sujeito).
Sintaticamente, para identificar a diferença entre um predicativo do objeto e um adjunto adnominal,
devemos substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os , as) e verificar se o termo permanece junto
(adjunto) ou se separa do substantivo (predicativo). Isso também pode ser testado na conversão para a voz
passiva. Veja:
Ex: Julguei as perguntas complexas.
Ex: Julguei-as complexas.
Ex: as perguntas foram julgadas complexas.
O adjetivo permanece separado, então é predicativo, que é termo independente. Agora veja um exemplo
hipotético em que teríamos um adjunto:
Ex: Resolveram as perguntas complexas.
Ex: Resolveram-nas.

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Ex: as perguntas complexas foram resolvidas


O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na pronominalização, então é adjunto. Isso significa que o
adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o que confirma sua função sintática de “adjunto adnominal”.
Predicativo do sujeito x Adjunto Adnominal
Além da diferença semântica mencionada acima:
(predicativo: estados / características transitórias x adjunto: estados / características permanentes).
Há outras formas de distinção: o predicativo do sujeito pode aparecer distante do sujeito, separado por
pontuação. O adjunto adnominal deve ficar “junto ao nome”.
Ex: [O menino] chegou desanimado e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”.)
Ex: [O menino], desanimado, chegou e foi dormir.
Ex: Desanimado, [o menino] chegou e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”. A pontuação e o deslocamento também indicam que não é adjunto.)
Ex: [O menino desanimado] chegou e foi dormir. (adjunto adnominal, característica inerente “ele é
desanimado e chegou”, não é um característica limitada ao momento de “chegar’.)
Por fazer parte do sujeito, o adjunto adnominal o acompanha. Se substituirmos por um pronome, o adjunto
“some” com o sujeito; teremos: Ele chegou.
Já o predicativo não faz parte do sujeito, não o acompanha; então, se o substituirmos por um pronome,
teremos: Ele chegou desanimado.

Tipos de Predicado
Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o predicado e seus tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração, tudo que não for o sujeito
será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo, o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-
nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo), que indica “ação”,
“movimento”: correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”, transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”, transitivo indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.
O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma característica,
qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica vai ser ligada ao sujeito SEMPRE por um verbo de
ligação (verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar, andar...).
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Ex: João tornou-se rancoroso.

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Ex: João está empolgado.


O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem verbo de ação e tem também
predicativo.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo (não de ligação) + Predicativo (do sujeito ou do objeto). Para efeito didático, vamos “quebrar” essa
estrutura em duas possibilidades:
1) Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito
Ex: João saiu triste.
Ex: João, cansado, desistiu.
OBS: Aqui, temos não só a ação, mas também um estado/característica atribuído ao sujeito no momento da
ação.
Já podemos tirar algumas conclusões:

Só o predicado verbal não tem predicativo.


Predicativo pode acompanhar também verbos que não sejam de ligação.

Vamos à segunda possibilidade de predicado verbo-nominal, dessa vez com um predicativo ligado ao objeto
do verbo.
2) Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto
Ex: João achou a menina melancólica.
Ex: João julgou o réu culpado.
Ex: Os pais tornaram os meninos atletas.
Ex: O professor precisa da turma motivada.
Observe que se atribui estado/qualidade ao objeto.
16. (TCE-PA – 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
Comentários:
Aqui, o verbo “tornar-se” está sendo utilizado como verbo transitivo direto. A estrutura é: Tornar X alguma
coisa; ou seja, tem um objeto direto e esse objeto vai receber um predicativo:
tornar a lei (OD) mais rigorosa (predicativo do OD). Questão correta.
17. (TRE-PI – 2016)
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função sintática, uma vez que atribuem
característica ao termo “identidade”.

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Comentários:
“Cultural” funciona como adjunto adnominal. “Estável” e “movediça” atribuem qualidade ao sujeito, por via
de um verbo ligação, “é”, o que não ocorre com “cultural”. Temos, então, dois predicativos do sujeito.
Questão incorreta.

Vocativo
O vocativo é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou leitor. É isolado na oração,
sempre marcado por vírgulas ou pausas equivalentes. O vocativo não é considerado um termo interno da
oração, pois se refere ao interlocutor.
Ex: Paulo, preciso de ajuda aqui!
Ex: Mãe, passei para Auditor.

Aposto
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração,
normalmente com uma relação de “equivalência” semântica.
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior; ou pode ser
especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões intercaladas, geralmente
entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz sim “outra forma” de se
referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o termo a que se refere,
assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito; quando se refere
ao objeto direto, pode virar objeto direto...

Ex: Gosto de vários animais - cães, gatos, pássaros.


“cães, gatos, pássaros” é termo explicativo que vem separado dos outros termos e pode substituir o objeto
indireto “de vários animais”. É um aposto de objeto indireto. Isso mostra a “identidade e equivalência
semântica” entre o aposto e o termo a que se refere: Animais=Cães, gatos, pássaros...
Entendeu a lógica?? Vamos avançar...
Outros exemplos comuns de aposto:
Ex: Roupas, móveis e eletrodomésticos, tudo foi destruído pelo tornado.
Ex: Tenho dois desejos, trabalhar e ser reconhecido.
Ex: Chegaram apenas dois alunos: Mário e Ricardo.

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Ex: Ninguém quer estudar, fato que impede a aprovação.


Ex: Ninguém quer estudar, o que impede a aprovação. (nesses últimos dois casos, o pronome
demonstrativo “O” e a palavra “fato” se referem a toda oração anterior...)
OBS: O aposto “especificativo” não vem separado por pontuação e individualiza o seu referente. Sua forma
mais comum se configura em um nome próprio especificando um substantivo comum. Veja:
Ex: O artilheiro Messi é o melhor da história.
Ex: A praia da Pipa é linda.
Ex: A cidade do Rio de Janeiro sofreu com a especulação imobiliária.
Adjunto Adnominal X Aposto Especificativo
── Ah, Felipe! Por que não posso dizer que “da Pipa” é um adjunto adnominal?
── Porque não há valor adjetivo nem de posse. Veja:
O aposto especificativo “nomeia”. “Pipa” é a própria praia, não é que uma “Pipa” tem uma “praia”, não há
sentido de posse, há identidade semântica entre os termos: Pipa=Praia. Pipa é o nome da praia, a preposição
poderia ser até retirada e isso se manteria: A praia Pipa.
Veja uma lógica diferente:
Ex: O clima do Rio de Janeiro.
Nesse caso, temos adjunto adnominal, pois não há identidade semântica entre “Clima” e “Rio de Janeiro”, o
Rio não é um clima. Porém, há sentido de posse, o Rio tem o seu clima.

18. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio da
garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar
saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o resultado último dessa
interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços.
Na linha 4, os dois-pontos introduzem um esclarecimento a respeito do “resultado último dessa
interatuação”.
Comentários:
É clássico o aposto explicativo vir após o sinal de dois-pontos, já que este serve para anunciar um
esclarecimento. O termo “o preço eficiente dos bens e serviços” é justamente o esclarecimento do que é “o
resultado último dessa interatuação”. Questão correta.
19. (ANVISA – 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o Oscar Wilde iconoclasta”,
haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de “Oscar Wilde” e de

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“iconoclasta” permaneceriam inalteradas.


Comentários:
Lembre-se de que se as classes mudarem, o sentido também muda. Bastava isso para saber que o item está
errado.
“o iconoclasta Oscar Wilde” (iconoclasta é a pessoa)
Subst
“o Oscar Wilde iconoclasta” (iconoclasta é a qualidade)
Adj
O aposto especificativo tradicionalmente aparece na forma de um nome próprio substituindo um nome
comum. Então, notamos que “Oscar Wilde” é um aposto especificativo do substantivo comum “iconoclasta”.
No segundo caso (Oscar Wilde iconoclasta), “Oscar Wilde” é núcleo substantivo, sendo modificado pelo
adjetivo “iconoclasta”, com função de adjunto adnominal.
Então, a inversão causa mudança sintática, pois no aposto especificativo, o nome próprio vem depois do
comum, que está sendo especificado. Questão incorreta.

Adjunto Adverbial
É a função sintática do termo que se refere ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como tempo,
modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição.
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
ontem. (adjunto adverbial de tempo)
de fome. (adjunto adverbial de causa)
Não é possível listar ou memorizar todas as possibilidades de adjunto adverbial. Para a prova, se um termo
indicar a circunstância de um verbo, especificar a forma como aquele verbo é praticado, teremos um adjunto
adverbial.
O adjunto adverbial também pode se referir a um adjetivo, um advérbio e até a uma oração inteira.
Ex: Ela é muito bonita. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo “bonita”; sua
função é de adjunto adverbial)
Ex: Ela será aprovada muito provavelmente. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o
advérbio “provavelmente”; sua função é de adjunto adverbial)
Ex: Infelizmente, o governo não vai resolver seus problemas. (“infelizmente” é um advérbio que se
refere à oração como um todo e expressa uma forma de “julgamento/opinião” sobre seu conteúdo;
sua função é de adjunto adverbial)
O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial, com circunstância de
condição, causa, tempo, finalidade etc.
Ex: Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)
Ex: Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração adverbial causal)
Ex: Quando for nomeado, tudo terá valido a pena. (oração adverbial temporal)

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Agente da Passiva
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a pratica é justamente o “agente
da passiva”. Em outras palavras, é o agente do verbo numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da passiva e o objeto direto vira
sujeito paciente.
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva
O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser introduzido pela
preposição “de”.
Ex: O mocinho foi cercado de zumbis.

20. (TRT-MT / 2016)


“A par disso, quando se pensa no processo eleitoral — embora logo venha à cabeça a figura dos candidatos,
partidos e coligações como sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e por
órgãos estatais...”
“Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos morais que impõem a
necessidade de contenção dos vícios eleitorais”
Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função de complemento verbal nos
períodos em que ocorrem.
Comentários:
Uma trama que é vigiada por eles próprios e por órgãos estatais.
Sujeito locução agente da passiva agente da passiva
paciente voz passiva
“por órgãos estatais” exerce função sintática de agente da passiva. “dos preceitos morais” é complemento
verbal preposicionado (OI) do verbo “advir” (VTI; de). Questão incorreta.
21. (EMAP–Cargos de Nível Superior – 2018)
Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta minimamente de um radar com
capacidade de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações
denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de
TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de
dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um radar” (L.1-
2), fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.

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Comentários:
O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “de” no lugar do “por”:
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de (ou por) um radar. Questão correta.

FRASE X ORAÇÃO X PERÍODO:


Geralmente a banca pede para analisar período X ou Y e ver se uma determinada substituição ou reescritura
está correta. Temos que saber essas noções básicas para localizarmos trechos que estão sendo objetos de
cobrança. Vamos, então, diferenciar os conceitos de frase, oração e período.
Frase é qualquer enunciado de sentido completo, que exprima ideias, emoções, ordens, apelos, ou qualquer
sentido que seja plenamente comunicado e compreensível.
Ex: Socorro! / Deus lhe pague / Você está sendo filmado / Morra!
Uma frase pode ter verbo ou não. Se não tiver verbo, será uma frase nominal.
Ex: Que matéria fácil! / Fogo! / Cão Feroz / Arraial do cabo a 50km.
Se tiver verbo, será uma frase verbal, isto é, uma oração.
Ex: Comprei um cachimbo. / Ned Stark foi decapitado!
Oração é a frase verbal. A marca da oração é ter verbo. Por essa razão, nem toda frase é oração.
Ex: Cuidado com o cão.
Como não tem verbo, é frase nominal, não é oração.
Período é a frase vista como um todo, podendo conter uma ou mais orações dentro dele. Um período com
somente uma oração é um período simples e essa oração será chamada de oração absoluta, pois é uma
frase de sentido completo, com verbo e não ligada a nenhuma outra; um período com mais de uma oração
é um período composto e essas orações poderão estar ligadas por coordenação ou subordinação.

COORDENAÇÃO X SUBORDINAÇÃO:
Na prática, o período é a unidade de texto que vai até uma pontuação definitiva, que exija um recomeço
com letras maiúsculas: um ponto final (.), uma exclamação (!), uma reticência (...) ou uma interrogação (?).
Para contarmos orações, o mais prático é contar os verbos!
O período composto pode conter orações coordenadas, subordinadas ou ambos os tipos, quando será
chamado de período misto.
Muita teoria?? Vamos ver isso tudo na prática! Observe o parágrafo abaixo:

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Que dia! 1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café. 1Assim que saí, 2percebi 3que tinha
esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da mesa e 5nem lembrei... 1Apesar de ter esse
contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário. Sou sortudo demais ou não?

Primeiro período Segundo período. Terceiro Período


Frase nominal 2 orações. 5 orações,
Sem verbo unidas por coordenação sendo 3 subordinadas
Quarto Período, Quinto período,
2 orações, 1 oração,
Unidas por subordinação período simples
Vejamos agora como as ligações nos períodos compostos se relacionam. Segue abaixo um período composto
por coordenação:
1Acordei atrasado para o trabalho e 2saí sem tomar café.
Oração Independente Oração Independente
Oração principal Coordenada aditiva
Conjunção coordenativa aditiva
As orações do período acima estão unidas por coordenação, uma não depende sintaticamente da outra,
pois, ainda que separadas, ambas têm sentido completo, autonomia, ou seja, são frases.
Ex: Acordei atrasado para o trabalho. (sentido completo)
Ex: Saí sem tomar café. (sentido completo)
1Apesar de ter esse contratempo, 2cheguei ao trabalho no horário.
Oração subordinada concessiva Oração principal
Oração dependente Oração Independente
Locução Concessiva
As orações do período acima estão unidas por subordinação, a subordinada depende sintaticamente da
principal, pois, quando separadas, a oração dependente não tem sentido completo, é “fragmento”, ou seja,
não forma frase.
Ex: Cheguei ao trabalho no horário. (sentido completo)
Ex: Apesar de ter esse contratempo... (sem sentido; fragmento; falta algo...)
O período misto é aquele que tem orações de ambos os tipos, misturadas.

1Assim que saí, 2percebi 3que tinha esquecido meu celular, 4porque eu tinha deixado em cima da mesa e
5nem lembrei...

Veja a mistura de tipos de orações: A oração 1 é subordinada temporal da 2; a 3 é subordinada substantiva


objetiva direta da 2 (é OD de “perceber”); a 4 é subordinada causal em relação à 3. A oração 5 é coordenada

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aditiva em relação à 2.Temos, então, coordenação e subordinação, ou seja, um período misto.


Essa estrutura complexa é a mais recorrente em prova, temos que treinar nosso olho para ver tais relações.
Um outro detalhe: termos “coordenados” são termos listados, organizados, que têm a mesma função
sintática.
Ex: Comprei 1roupas, 2calçados, 3acessórios.

Os termos “roupas”, “calçados” e “acessórios” são objetos diretos coordenados.


Então, é possível haver orações subordinadas que estejam “coordenadas num período”. Veja esse período
abaixo:
Ex: 1Quero 2que você goste do hotel e 3que volte.

As orações 2 e 3 são subordinadas, pois exercem função sintática na oração principal, “quero”. Observe que
elas são Objetos Diretos do verbo “querer”. Porém, elas estão sendo “organizadas” por uma conjunção
coordenativa, o “e”. Veja bem, não é que a oração deixou de ser subordinada, ela apenas está sendo listada,
coordenada por um elemento coordenativo. Então, duas orações subordinadas estão “coordenadas” no
período.
OBS: Para contar orações, basicamente temos que contar os verbos. Contudo, em alguns casos, teremos
mais de um verbo e apenas uma oração:
1) Quando houver locução verbal: “Tentamos ser felizes”
2) Quanto tivermos um verbo expletivo, como na expressão "ser+que": “Minha mãe é que manda na casa”
É possível também haver duas orações e um verbo estar implícito. Isso ocorre com as orações comparativas:
Trabalho tanto quanto meu concorrente (trabalha).
Cuidado com verbos causativos (deixar, fazer, mandar etc) e sensitivos (ver, ouvir, sentir etc), que formam
falsas locuções verbais. As formas “deixe aborrecer”, “fez desistir”, “mandei ir” etc. NÃO SÃO LOCUÇÕES
VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.

ORAÇÕES COORDENADAS:
Esse conteúdo é estudado na parte de “conjunções e conectivos”. Contudo, precisamos revê-lo, agora com
um olhar mais “sintático”.
Orações coordenadas são independentes, isto é, não exercem função sintática em outra, ao contrário das
subordinadas, que exercem função sintática na oração principal (funções como sujeito, objeto, adjunto
adverbial etc).
Na prática, é como se tivéssemos duas orações principais, perfeitas e completas em seu significado. As
orações coordenadas são ligadas por conjunções coordenativas. Por terem conector (síndeto), são chamadas
de sindéticas. As que não trazem conjunção são chamadas de assindéticas.
As sindéticas podem ser Conclusivas, Explicativas, Aditivas, Adversativas e Alternativas. (Mnemônico C&A).
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado, depois do

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verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do verbo),
porquanto.
Ex: Estude muito, porquanto não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas também,
não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas, como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou, ou... ou, ora... ora, já... já,
quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS:


As orações subordinadas são introduzidas por uma conjunção integrante (que/se) e são dependentes
sintaticamente da oração principal. Serão classificadas como substantivas quando exercem uma função
sintática típica de substantivo, como aposto, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal,
predicativo e agente da passiva.

Oração Subordinada Substantiva Subjetiva


Muito importante. É o cobradíssimo sujeito oracional!
Ex: É importante que se estude sempre. (desenvolvida)
Muito comum aparecer na forma reduzida de infinitivo.
Ex: É importante estudar sempre.
Ex: É proibido fumar.
OBS: Não custa lembrar que o verbo fica no singular com sujeito oracional.

Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta


É a oração que faz papel de complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, é um objeto direto
oracional.
Ex: Disse que ele deveria procurar ajuda. (desenvolvida)
Ex: Mandei-o procurar ajuda. (reduzida de infinitivo)
Um detalhe: interessante essa última sentença, pois é um raro caso em que o pronome oblíquo tem função
de sujeito (como se fosse: mandei ELE procurar).

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A oração introduzida por conjunção integrante “SE” é normalmente objetiva direta:


Ex: Não sei se ele vem.
Ex: Ele não nos informou se vinha.
Em “Fazer com que ele desista”, o “com” é uma preposição enfática e a oração sublinhada é objetiva direta.
Excepcionalmente, a conjunção integrante pode vir implícita: “Esperamos (que) tomem vergonha os
eleitores!”.

22. (SEDF – 2017)


Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função de
complemento do vocábulo “claro”.
Comentários:
A oração exerce função de “sujeito”!
Mas é claro [que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português]
Mas é claro [ISTO] > [ISTO] é claro
Temos então uma oração subordinada substantiva subjetiva, vulgo “sujeito oracional”. Questão incorreta.

Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta


Funciona como um objeto indireto, mas com forma de oração.
Ex: Desconfio de que ela conversa com a tartaruga. (desenvolvida)
Ex: Insisti em falar com o médico. (reduzida de infinitivo)

Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal


Funciona semelhantemente a um objeto indireto, mas complementa nomes que têm transitividade (Volte
um pouco nesta aula e releia o complemento nominal.)
Ex: Tenho desconfiança de que ela conversa com a tartaruga. (desenvolvida)
Ex: Tenho receio de falar com o médico. (reduzida de infinitivo)
OBS: Diversos gramáticos entendem que é possível suprimir a preposição que iniciaria uma oração completiva
nominal ou objetiva indireta:
Ex: “Estava desejoso (de) que ele viesse."
Ex: “Duvidei (de) que ele fosse passar tão rápido."

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Na hora da prova, dê sempre preferência ao uso da preposição, mas saiba que é possível a banca considerar
correta a supressão.

Oração Subordinada Substantiva Apositiva


Funciona como um aposto, termo substantivo que nomeia um substantivo ou pronome substantivo e pode
substituí-lo sintaticamente:
Ex: Tenho um sonho: que eu passe logo no concurso. (desenvolvida)
Ex: Tenho um sonho: passar logo no concurso. (reduzida de infinitivo)

Oração Subordinada Substantiva Predicativa


Funciona como um predicativo, qualidade que se atribui ao sujeito, por via de um verbo de ligação: Fulana é
bonita. “Fulana” é sujeito e “bonita” é seu predicativo.
Ex: A intenção é que eu gabarite a prova. (desenvolvida)
Ex: A intenção é gabaritar a prova. (reduzida de infinitivo)
OBS: Um artigo pode fazer toda a diferença:
Certo é que todos querem passar (= Isto é certo – SUBJETIVA)
O certo é que todos querem passar (= O certo é Isto - PREDICATIVA)
Se houver artigo ou pronome na oração principal, a oração substantiva vai ser classificada como “PREDICATIVA”.

Oração Subordinada Substantiva de Agente da Passiva


Funciona como um agente da passiva em forma de oração.
Ex: As vagas foram conquistadas por quem se preparou.

Orações Subordinadas Substantivas Justapostas


Ocorrem, em geral, nas interrogativas indiretas e são iniciadas por pronomes interrogativos (que, quanto,
que, qual) ou advérbios interrogativos (como, onde, quando, por que). São chamadas de "justapostas"
porque não são introduzidas por conjunção, mas por pronomes ou advérbios. São apenas orações “postas
uma ao lado da outra”, sem uma conjunção que as conecte.
Ignoro [quem/quanto/como/onde/quando/por que economizou]
Ignoro [ISTO]
Também podem ser introduzidas por pronome indefinido ou advérbio. Veja outros exemplos:
Falava a quem quisesse ouvir.
Vejo quão felizes são vocês.
Descobri quando ele começou a desconfiar.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


As orações adjetivas levam esse nome porque equivalem a um adjetivo e exercem função sintática de um

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adjunto adnominal. Elas se referem a um substantivo antecedente e são introduzidas por um pronome
relativo.
Sujeito
Ex: O time vencedor foi vaiado. (“time” é modificado por um adjetivo)
Ex: O time que venceu foi vaiado. (“time” é modificado por uma oração adjetiva)
Sujeito
O detalhe mais relevante sobre essas orações é diferenciar uma oração subordinada adjetiva restritiva de
uma explicativa. Vejamos:

Orações adjetivas: explicativas x restritivas


Orações adjetivas explicativas são aquelas que acrescentam uma informação sobre o antecedente, embora
já definido, ampliando os dados e detalhes sobre ele. São informações acessórias, mas são importantes para
a construção de sentido. Devem ser marcadas com vírgulas.
Orações adjetivas restritivas particularizam, individualizam um ser em relação a um grupo de possibilidades.
O comentário feito se refere a uma parte menor do que o todo, a entidades específicas, não à totalidade do
conjunto. Não são marcadas por pontuação.
Vamos comparar:
Ex: Meu aluno, que mora no interior, estuda on-line.
Observe que é informação acessória, uma explicação, uma ampliação de sentido. "Meu aluno estuda on-line
(e ele mora no interior)" Temos, então, uma oração adjetiva explicativa.
Se retirarmos a vírgula, teremos uma oração restritiva e o sentido vai mudar:
Ex: Meu aluno que mora no interior estuda on-line.
Agora temos vários alunos e somente um deles estuda online, aquele aluno específico que mora no interior.
IMPORTANTE: A banca sempre pergunta se a retirada das vírgulas vai afetar as relações de sentido. Afeta
sim, pois acarreta a passagem de explicativa para restritiva.
Ex: Meu filho, que mora em Brasília, toca violão. (explicativa, COM VÍRGULA)
Ex: Meu filho que mora em Brasília toca violão. (restritiva, SEM VÍRGULA)

23. (PGE-PE–Conhecimentos Básicos 1, 2, 3 e 4 – 2019)


A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, pautada na ética e na
responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de minimizar problemas sociais como
concentração de renda, precarização das relações de trabalho e falta de direitos básicos como educação,
saúde e moradia, agravados, entre outros motivos.
A inserção da expressão que seja imediatamente antes da palavra “pautada” — que seja pautada — não

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comprometeria a correção gramatical nem alteraria os sentidos originais do texto.


Comentários:
Não causa erro nem alteração de sentido, esse “que seja” apenas revela o pronome relativo e deixa a oração
adjetiva mais explícita:
A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, (que seja) pautada na
ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente. Questão correta.
24. (EMAP–Cargos de Nível Médio – 2018)
A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade propriamente dita, cercada por
muralhas, onde ficavam os principais locais de culto e as células dos futuros palácios reais; uma espécie de
subúrbio, extramuros, local que agrupava residências e instalações para criação de animais e plantio; e o
porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e que era utilizado como local de instalação dos
estrangeiros
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse suprimido o trecho “que era”.
Comentários:
Sim, dessa forma deixaríamos as duas estruturas simétricas, paralelas. Questão correta.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


Vimos esse assunto quando estudamos as conjunções. Agora vamos relembrar e sistematizar.
As orações são chamadas de adverbiais quando exercem uma função de advérbio. Elas trarão uma
circunstância adverbial, justamente como faz o advérbio, com a diferença que terão conjunção
subordinativa e verbo.
Ex: Vou levar o cachorro para passear hoje à noite. (advérbio de tempo)
Ex: Vou levar o cachorro para passear quando ela chegar. (oração adverbial de tempo)

Oração Subordinada Adverbial Causal


Tem função de um advérbio de causa e é introduzida por uma conjunção ou locução causal: porque, visto
que, já que, que, como, porquanto...
A causa é a origem de um evento, que necessariamente ocorre antes dele.
Ex: Visto que acabara a luz, acendi uma vela.
Observe que toda causa tem uma consequência.
Ex: Visto que acabara a luz (causa), acendi uma vela (consequência).
Nesse exemplo, acender uma vela é consequência do fato (causa) de a luz ter acabado.
OBS: Aproveito para ressaltar que a expressão “haja vista” tem sentido de causa: equivale ao das locuções
prepositivas devido a, por conta de, por causa de.
Em alguns casos, pode haver séria dúvida ou até confusão por parte da banca quanto à diferenciação de
"causa e explicação". Isso ocorre justamente porque a causa também explica. Mesmo os gramáticos
reconhecem que não há limites claros, então você também não deve perder o sono querendo resolver essa
questão, até porque a banca não pedirá isso. Nas raras questões em que a diferença entre causa e explicação

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é pedida explicitamente, o aluno deve aplicar os critérios vistos na aula de conectivos.

Oração Subordinada Adverbial Consecutiva


Tem sentido de consequência do fato que ocorre na oração principal. São introduzidas pelas conjunções
consecutivas: de sorte que, de modo que, de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho)...
Ex: Comi tanto no rodízio que fiquei 16 horas sem fome.
Ex: A fome era tamanha que o leão comeu salada.

Oração Subordinada Adverbial Condicional


Expressam condição, hipótese, e são introduzidas pelas conjunções condicionais “SE” e outras conjunções
que possam assumir sentido de hipótese, como caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser
que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Ex: Se quiser passar, estude regularmente.
Ex: Caso pague, exija o recibo. (se pagar...)

Oração Subordinada Adverbial Temporal


Equivale a um advérbio de tempo. São introduzidas pelas conjunções temporais: quando, enquanto, antes
que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim
que)...
Ex: Mal (Assim que) ele saiu, o ônibus passou.
Ex: Assim que ela chegar, conte toda a verdade.

Oração Subordinada Adverbial Concessiva


Equivale a uma expressão adverbial com sentido de concessão (expectativa de que o fato não deve se
realizar, mas se realiza mesmo assim). São introduzidas pelas conjunções concessivas: mesmo que, ainda
que, embora, apesar de que, conquanto, por mais que, posto que, se bem que, não obstante, malgrado.
Nas orações concessivas, o verbo normalmente VEM NO SUBJUNTIVO. (Lembrar terminações -A/-E/-SSE)
Ex: Embora fosse mulato, gago e epilético, Machado de Assis fundou a Academia Brasileira de Letras.
Ex: Tenho que aceitar críticas, conquanto não goste.
Ex: Não obstante durma pouco, está sempre animado.
Ex: Os trabalhadores, pobres que sejam, mantêm as contas em dia.
OBS: “Não obstante” também aparece na lista das conjunções coordenadas adversativas, usada com verbo
no indicativo (Ex: Estudei pouco, não obstante fui aprovado). Quando conjunção concessiva, virá com verbo
no subjuntivo (Ex: Não obstante tenha medo, nunca deixo de tentar.)
É possível iniciar essas orações com locuções prepositivas de sentido concessivo: apesar de, a despeito de...
Contudo, a presença da preposição vai levar o verbo para o infinitivo, numa oração reduzida:
Ex: Por mais que fosse engenheiro, errava todas as contas.

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Ex: Apesar de ser engenheiro, errava todas as contas.


Portanto, a substituição só é possível com adaptação do verbo!

25. (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO-DF – 2017)


Embora não possamos desconsiderar o avanço científico a que os últimos séculos assistiram — as revoluções
consideráveis no campo da medicina, da física, da química e das próprias ciências sociais e humanas —, essa
ciência capitalista, androcêntrica e colonial não tem conseguido dar conta de resolver o problema que ela
própria ajudou a construir.
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir.
O conectivo “Embora” introduz no período em que ocorre uma ideia de concessão.
Comentários:
Exato. Na oração concessiva, há um fato que cria a expectativa de um determinado resultado, essa
expectativa é quebrada pela oração principal. Em outras palavras: embora haja avanço científico
(expectativa), a ciência não tem conseguido dar conta de resolver o problema (desfecho oposto à
expectativa)... Questão correta.

Oração Subordinada Adverbial Final


Traz uma circunstância adverbial de finalidade. Indica propósito, motivo, finalidade: para que, a fim de que,
de modo que, de sorte que, porque (quando igual a para que), que.
Ex: Dou exemplos para que você entenda tudo.
Ex: Estude todo dia a fim de que acumule conhecimento ao longo do mês.
Ex: Fiz o que pude porque você passasse logo. (para que você passasse...)

26. (PGE-PE–Ana. Judiciário de Procuradoria – 2019)


Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver o presente,
nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas ajudar a que se compreenda
que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o risco de parecer leviano.
No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” e “para louvar os bons tempos antigos”
exprimem finalidades.
Comentários:

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Sim. O “para” antes de verbo, quase sempre indica finalidade. De forma mais técnica, estamos diante de
orações subordinadas adverbiais finais, reduzidas de infinitivo, sendo introduzidas pela preposição “para”.
Questão correta.
27. (IHBDF–Cargos de Nível Médio Téc. – 2018)
Assim, é comum que pais com baixa escolaridade lutem para que os filhos tenham acesso a um ensino de
qualidade, sem reivindicar para si mesmos o direito que lhes foi violado.
A oração “para que os filhos tenham acesso a um ensino de qualidade” expressa circunstância de
a) finalidade. b) causa. c) modo. d) proporção. e) concessão.
Comentários:
Questão direta. Temos oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo, introduzida pela
preposição para. Nela temos o propósito da luta dos pais de baixa escolaridade. Gabarito letra A.

Oração Subordinada Adverbial Proporcional


Traz uma relação de proporcionalidade com a oração principal: à medida que, à proporção que, ao passo que
e também as correlações quanto mais/menos...mais/menos...
Ex: Quanto mais eu rezo mais assombrações me aparecem.
Ex: À medida que o tempo passa, a confiança vai aumentando.

Oração Subordinada Adverbial Comparativa


Traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal: como, assim como, tal qual, tal como,
mais que, menos, tanto quanto. Nesses pares, as palavras tanto e quanto são correlatas. Por isso, podemos
chamar esses pares de correlações. O mesmo vale para outros pares que possuem função de uma conjunção.
Ex: Essa matéria é mais fácil do que a que estudamos ontem.
Ex: Ele estuda tanto quanto seu tio médico (estuda).
Observe no exemplo acima que o verbo da oração subordinada costuma vir implícito, porque é o mesmo
verbo da principal.

Orações Subordinadas Adverbiais Conformativas


Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro. São introduzidas pelas conjunções
conformativas: como, conforme, consoante, segundo.
Ex: A prova se desenrolou como tínhamos treinado!
Ex: Tudo correu conforme o que planejamos.

ORAÇÕES REDUZIDAS X ORAÇÕES DESENVOLVIDAS


Ao longo da teoria, vimos diversos exemplos de orações reduzidas. Porém, chegou a hora de sistematizar
esse conhecimento e aprender a conversão de uma oração desenvolvida em uma reduzida e também o
caminho inverso. Isso faz parte do conteúdo de sintaxe e também do item de reescritura de frases.
As desenvolvidas terão conjunção integrante, pronome relativo ou conjunções adverbiais. Além disso, o

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verbo estará conjugado.


Por outro lado, as reduzidas não terão esses “conectivos” e os verbos não estarão conjugados, aparecerão
em suas formas nominais: infinitivo (comer), particípio (comido) e gerúndio (comendo). Podem vir com
preposição, mas não vêm com conjunção nem pronome relativo. São menores, pois têm menos elementos.
Basicamente, desenvolver uma oração reduzida é (1) inserir nela uma conjunção (ou pronome relativo) e (2)
conjugar seu verbo. Ok, ok, ok. Vamos ver isso na prática:
Ex: Ao me ver, não me cumprimente! (oração reduzida de infinitivo: sem conjunção; com verbo no
infinitivo e com preposição)
Ex: Quando me vir, não me cumprimente! (oração desenvolvida, com conjunção temporal “quando”,
verbo conjugado no futuro do subjuntivo)
Viram a equivalência? Essa é uma forma de reescritura. Vamos a outro exemplo:
Ex: Vi alguém chorando! (oração reduzida de gerúndio: verbo no gerúndio, sem conjunção)
Ex: Vi alguém que chorava. (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito imperfeito; pronome
relativo “que”)
Vejamos agora uma reduzida de particípio:
Ex: Terminado o serviço, foi embora. (oração reduzida de particípio: verbo no particípio; sem
conjunção)
Ex: Assim que terminou o serviço, foi embora (oração desenvolvida: verbo conjugado, no pretérito
perfeito; conjunção temporal “assim que”)
Cuidado: na conversão, temos que manter o tempo correlato da oração principal e também a voz verbal. Ao
inserir a conjunção “que”, o verbo tende a ir para o subjuntivo.
Vamos ver aqui alguns exemplos de orações reduzidas de infinitivo, pois são as mais cobradas, especialmente
as substantivas, pois desempenham maior variedade de funções sintáticas.
1 - Subordinadas Substantivas
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.
d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.
e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.
2 - Subordinadas Adverbiais
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se emocionou.

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3 - Subordinadas Adjetivas
Ex. Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (...que negligencia)
Ex. Esse é o último livro a ser escrito por Machado de Assis. (...que foi escrito...)
OBS: Nem sempre o sentido de uma oração reduzida é óbvio e indiscutível, de modo que a conversão em
oração desenvolvida (e vice-versa) pode ser feita de mais de uma maneira, tudo vai depender do contexto.
Ex: Em se plantando, tudo dá. (Quando plantamos – tempo/Se plantarmos – hipótese)
Ex: Quando o verão chegar, ficaremos felizes. (Ao chegar o verão/ Chegado o verão/ Chegando o
verão)

28. (TJ-PA / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2020)


No período em que se insere no texto CG1A1-II, a oração “Ao coletar um dado” (2º parágrafo) exprime uma
circunstância de
A) tempo. B) causa. C) modo. D) finalidade. E) explicação.
Comentários:
“Ao coletar um dado” é uma oração temporal reduzida: Quando um dado é coletado. Gabarito letra A.
29. (SEFAZ RS / ASSISTENTE / 2018)
A necessidade de guardar as moedas em segurança fez surgirem os bancos. Os negociantes de ouro e prata,
por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de
seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos passaram, com o tempo, a servir
como meio de pagamento por seus possuidores, por serem mais seguros de portar do que o dinheiro vivo.
Assim surgiram as primeiras cédulas de papel moeda, ou cédulas de banco, ao mesmo tempo em que a
guarda dos valores em espécie dava origem a instituições bancárias.
No período em que se insere, no texto 1A1-II, a oração “por serem mais seguros de portar do que o dinheiro
vivo” exprime um motivo por que recibos passaram a ser utilizados como meio de pagamento.
Comentários:
Esses recibos passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem
mais seguros de portar do que o dinheiro vivo.
Esses recibos passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, porque eram
mais seguros de portar do que o dinheiro vivo.
Então, temos sim o motivo de os recibos passarem a ser usados como pagamento. Questão correta.

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PARALELISMO
Como o nome sugere, paralelismo é o uso de estruturas paralelas, simétricas, com estrutura gramatical
idêntica ou semelhante. Para escrever bem e organizar bem o pensamento, a norma culta recomenda que
só devemos coordenar frases que tenham constituintes do mesmo tipo (adjetivo com adjetivo, substantivo
com substantivo, termo preposicionado com termo preposicionado, oração desenvolvida com oração
desenvolvida...); então, fere o paralelismo sintático o uso de segmentos estruturalmente diferentes em uma
coordenação/enumeração de termos de mesmo valor sintático. Vejamos isso na prática, usando os exemplos
mais relevantes para a prova:
Ex: Tenho um primo inteligente e que tem muito dinheiro.
Algum problema? Aparentemente nenhum, não é?
Porém, essa oração não foi construída com paralelismo, pois coordena dois termos com mesma função
sintática (adjunto adnominal de “primo”), mas que não têm a mesma forma. Temos adjetivo (inteligente) no
primeiro item, mas uma oração adjetiva no segundo (que tem muito dinheiro), uma estrutura diferente,
assimétrica. Ajustando o paralelismo, teríamos uma oração com ambos os termos em forma de adjetivo
simples.
Ex: Tenho um primo inteligente e rico.
Haveria paralelismo também se os dois termos viessem com forma de oração adjetiva.
Ex: Tenho um primo que é inteligente e que é rico.
Veja outro exemplo:
Ex: Estudo por estar desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
Não houve paralelismo, as estruturas são diferentes: o primeiro adjunto adverbial de causa veio em forma
de oração reduzida, e o segundo veio em forma de oração desenvolvida. Reescrevendo com estruturas
paralelas, teríamos:
Ex: Estudo por estar desempregado e por aspirar a uma vida melhor. (estruturas simétricas: duas
orações reduzidas de infinitivo)
Ex: Estudo porque estou desempregado e porque aspiro a uma vida melhor.
(estruturas simétricas: duas orações desenvolvidas)

E aí, pessoal? Entenderam o espírito da coisa? A lógica geral é essa acima, os elementos coordenados devem
ter forma similar, isso vale para enumeração de quaisquer termos, sujeitos, complementos, adjuntos
adverbiais etc. Estudaremos também alguns detalhes sobre paralelismo, contextualizados especificamente
nos assuntos de concordância, regência e crase.
Agora, vamos analisar algumas frases retiradas de prova e avaliar o paralelismo:
1) Mande-me tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e se meu tio encontrou os documentos

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que procurava.
Veja que o segundo termo coordenado não tem a forma necessária para ser complemento de
“Mande-me”, não poderíamos dizer “Mande-me se meu tio encontrou os documentos que
procurava."
Para ajustar, deveríamos, por exemplo, incluir um outro verbo, que aceitasse corretamente os dois
complementos:
Descubra tudo que conseguir sobre as manobras de minha tia e (descubra) se meu tio encontrou os
documentos que procurava.
A propósito, o contrário também é válido. Se tivermos dois verbos com um mesmo complemento, esse
complemento deve ser capaz de atender a regência dos dois verbos. Não podemos usar um mesmo
complemento para verbos com regências diferentes. Por exemplo:
Ex: Esse é o contrato que assinei e concordei.
“Concordar” pede preposição “com”, então seu complemento é um objeto indireto. Já “assinar” pede um
objeto “direto”, para corrigir, teríamos que ajustar de alguma forma a preposição que foi “comida”, por
exemplo:
Ex: Esse é contrato que assinei e com que concordei.
Por essa mesma lógica, seria incorreto dizer: Eu gosto e respeito meu professor.

Paralelismo Semântico
Devemos observar também o paralelismo “semântico”, que se refere à coerência de sentido entre os termos
coordenados.
Ex: O policial fez duas operações: uma no Morro do Juramento e outra no pulmão.
Embora haja paralelismo estrutural, não há paralelismo semântico, pois se coordenam ideias sem relação:
uma referência geográfica e um órgão objeto de cirurgia. Até o sentido de “operação” muda. A frase fica
incoerente porque a lógica seria ligar dois lugares geográficos ou dois órgãos operados.
Ex: Heber tem um carro a diesel e um carro nacional.
Não há coerência nessa correlação entre o combustível do carro e sua origem. A lógica linguística seria
relacionar, por exemplo, um carro nacional e um importado, ou um carro a diesel e um a álcool.

30. (CGM – 2018)


O paralelismo sintático e a correção gramatical do texto CG4A1CCC seriam preservados se o segmento “a
perseguição política, racial ou religiosa” fosse substituído por
a) a perseguição política, de raça, ou por religião.
b) a perseguição por política, de raça ou pela religião.

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c) ser perseguido politicamente, por raça, e de religião.


d) a perseguição por posição política, por raça ou por religião.
e) a perseguição politicamente, de raça e de religiosidade.
Comentários:
Observem que a única opção que traz os membros da enumeração com estrutura semelhante, paralela,
uniforme:
a perseguição por posição política, por raça ou por religião.
Observem a mesma preposição, seguida de um substantivo, indicando causa.
Nas demais opções, há mistura de preposições, advérbios em palavra única alternados com locuções...
Gabarito letra D.

FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE”


O “que” é uma palavra muito comum na língua e pode ter diversos usos e sentidos. Já vimos essas funções
e sentidos ao longo do curso, mas vamos sistematizar os mais importantes aqui:
Pronome relativo:
Ex: O aluno que estuda passa.
Pronome interrogativo:
Ex: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)
Ex: Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. (forma uma interrogativa indireta, sem
[?])
Conjunção explicativa:
Ex: Estude, que o edital já vai sair.
Conjunção alternativa: Equivale ao par alternativo “quer X...quer Y”.
Ex: Que chova, que faça sol, irei à praia.
Conjunção consecutiva:
Ex: Bebi tanto que passei mal.
Conjunção integrante: introduz orações substantivas, aquelas que podem ser substituídas por [ISTO]:
Ex: Quero que você se exploda! = Quero [ISTO]
Ex: É preciso que estudemos. = É preciso [ISTO]

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31. (MPE PI / ANALISTA / 2018)


a confissão do réu constitui uma prova tão forte que não há necessidade de acrescentar outras, nem de
entrar na difícil e duvidosa combinatória dos indícios
O trecho “que não há (...) indícios” exprime uma noção de consequência.
Comentários:
O raciocínio é o seguinte: a confissão é prova robusta, irrefutável. Os indícios são duvidosos.
Então, a confissão é tão forte, que (como consequência) não há necessidade de depender dos duvidosos
indícios.
Observem a combinação de advérbio de intensidade (tão) com o “que” consecutivo. Questão correta.
32. (STM–Analista – 2018)
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre
presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está
trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não
acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “que” recebe a mesma classificação em ambas as ocorrências no trecho “que daí é que vêm os
enganos piores”.
Comentários:
O primeiro “que” é conjunção explicativa; o segundo, palavra expletiva de realce (SER + QUE), veja que sua
retirada não causa prejuízo sintático ou semântico:
daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância.
daí vêm os enganos piores, não da ignorância.
Questão incorreta.
33. (TRE-PI / 2016)
“É a primeira vez, desde a regulamentação da medida em 2011, que o mecanismo é adotado no Brasil.”
No último período do texto Situação de emergência, o vocábulo “que” foi empregado como
a) conjunção integrante. b) conjunção comparativa. c) advérbio.
d) pronome relativo. e) partícula expletiva.
Comentários:
Vamos eliminar o aposto explicativo, entre vírgulas: É a primeira vez que o mecanismo é adotado no Brasil >
É a primeira vez [ISTO] > [ISTO] é a primeira vez.
A conjunção integrante “que” introduz uma oração substantiva, com função de sujeito. Gabarito letra A.

Funções Sintáticas do “QUE” Pronome Relativo


Para efeito de análise sintática, interessa saber as funções que o “QUE” pode assumir quando for pronome
relativo.
O pronome relativo introduz orações adjetivas e retoma o termo antecedente, pois tem função anafórica
e remissiva.

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Para identificarmos a função sintática do pronome relativo, temos que olhar para o termo que ele retoma e
atribuir a mesma função sintática desse referente.
Então basicamente devemos seguir três passos:
1) Isolar a oração adjetiva, iniciada pelo “QUE” pronome relativo.
2) Dentro dessa oração, substituir o “QUE” por seu antecedente.
3) Organizar a oração e analisar a função do antecedente que substituiu o pronome. A função que
esse termo assumir é a função do “QUE”. Vejamos:

A menina [que roubava livros] foi presa.


[que roubava livros]
[A menina roubava livros]
“que” retoma “a menina”> “que” roubava = a menina roubava> menina seria sujeito, então“que” é sujeito.

O filme a [que me referi] é meio chato.


a [que me referi]
a [o filme me referi]
[me referi ao filme]
“que” retoma filme > Me referi a “que” = Me referi a “o filme”. O filme seria objeto indireto, então “que” é
objeto indireto.
Enfim, essa é a lógica aplicável aos outros pronomes relativos e às outras funções sintáticas. Vejamos:

✓ Objeto Direto: Comprei o fone que você queria. (queria o fone)


✓ Complemento Nominal: Estas são as medicações de que ele tem necessidade. (necessidade de
medicações)

✓ Predicativo do Sujeito: Ela era a esposa que muitas gostariam de ser. (ser a esposa)
✓ Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. (atacado pelo animal)
✓ Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (chegaram no dia).

34. (PRF–Policial – 2019)


Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão de atividades
do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas

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entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades
e momentos da história.
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os
indivíduos”, o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção dos objetos”.
Comentários:
Muito cuidado, a questão é avançada. O sujeito sintático da oração adjetiva é o pronome relativo “que”:
Os processos de produção dos objetos [que nos cercam] movimentam relações
A oração adjetiva é esta entre colchetes, o termo “Os processos de produção dos objetos” nem sequer faz
parte da oração. Na verdade, é o sujeito da oração principal:
Os processos de produção dos objetos movimentam relações
Para saber a função do pronome relativo, basicamente o substituímos pelo termo que substitui e analisamos
normalmente a oração adjetiva após a troca:
[que nos cercam]
[Os processos de produção dos objetos nos cercam]
Como o termo SERIA (HIPÓTESE) o sujeito, sabemos que o “que” é o sujeito. Lembre, esse é um artifício de
análise, o termo “Os processos de produção dos objetos” não faz parte de fato da oração adjetiva e não pode
ser sujeito dela, o sujeito é o pronome! Questão incorreta.
35. (PF–Agente da Polícia Federal – 2018)
E, se o delegado e toda a sua corte têm cometido tantos enganos, isso se deve (...) a uma apreciação inexata,
ou melhor, a uma não apreciação da inteligência daqueles com quem se metem. Consideram engenhosas
apenas as suas próprias ideias e, ao procurar alguma coisa que se ache escondida, não pensam senão nos
meios que eles próprios teriam empregado para escondê-la.
No trecho “ao procurar alguma coisa que se ache escondida”, o pronome “que” exerce a função de
complemento da forma verbal “ache”.
Comentários:
Se você trocar o “que” pelo seu antecedente e analisá-lo dentro da oração adjetiva, perceberá que a função
é de sujeito:
alguma coisa [que se ache escondida]
[alguma coisa se ache escondida]
O que se acha escondido? Resposta: alguma coisa
Então, esse termo “seria” sujeito dentro da oração adjetiva, o que significa então que o “que” é sujeito.
Questão incorreta.

FUNÇÕES DA PALAVRA “SE”


A palavra “SE” pode ter muitas funções, vejamos de forma compilada as principais:
Pronome apassivador (PA): Acompanha um verbo transitivo direto e indica voz passiva.
Ex: Vendem-se casas.

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Partícula de indeterminação do sujeito (PIS): Acompanha os verbos que não possuem objeto direto, isto é,
verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação.
Ex: Vive-se bem aqui.
Ex: Trata-se de uma exceção.
Ex: Sempre se está sujeito a erros.
Conjunção integrante:
Ex: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não quero saber isso; introduz uma oração substantiva
objetiva direta)
Conjunção condicional:
Ex: Se eu estudar sempre, serei aprovado.
Pronome reflexivo: Indica que o agente pratica uma ação em si mesmo.
Ex: Minha tia se barbeia.
Ex: O menino feriu-se com a faca.
Nesse caso, “se” tem função sintática de objeto direto, pois o sujeito e o objeto são a mesma pessoa.
Acompanham verbos que indicam ações que podem ser praticadas na própria pessoa ou em outra.
Pronome recíproco:
Ex: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro e o “SE” terá função
sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV):
Ex: Candidatou-se à presidência e se esforçou para ser eleito.
Ex: Certifique-se do horário.
Ex: Ele sempre se queixa da família.
NÃO CONFUNDA: o “SE” reflexivo com o dos verbos pronominais, em que o “se” é parte integrante do verbo,
que não pode ser conjugado sem ele, como atrever-se, alegrar-se, admirar-se, orgulhar-se, levantar-se,
arrepender-se, materializar-se, reconhecer-se, formar-se, queixar-se, sentar-se, suicidar-se, concentrar-se,
afogar-se, precaver-se, partir-se (quebrar)...
Os verbos pronominais são quase sempre Intransitivos ou Transitivos Indiretos. Isso já ajuda a distinguir da
vozes passiva e reflexiva. Além disso, o “SE” dos verbos pronominais não exerce função sintática alguma.
Partícula expletiva de realce:
Pode ser retirada, sem prejuízo sintático ou semântico.
Ex: Vão-se minhas últimas economias.
Ex: Passaram-se anos e ela não voltou.
As bancas gostam muito de cobrar esse “SE” nos verbos “rir” e “sorrir”.
Fique atento, a banca vai te remeter a um trecho e dizer que o “se” destacado é um desses acima, quando,
na verdade, será outro. Por exemplo, vai dizer que o “Se” indica voz passiva, quando na realidade vai indicar
sujeito indeterminado, ou condição, ou reflexividade...

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36. (STJ–Conhecimentos Básicos – 2018)


Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e moral se debruçaram intensamente
em torno dessa questão ao longo do século XX.
Embora a perspectiva analítica de cada um desses autores divirja entre si, eles estão preocupados em
desenvolver formas de promoção de situações de justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a
esse estado de coisas.
Nos trechos “se debruçaram” e “se chegar”, a partícula “se” recebe classificações distintas.
Comentários:
O primeiro é parte integrante de um verbo pronominal; o segundo é índice de indeterminação do sujeito, já
que temos a estrutura VTI + SE, sem identificação clara de quem chega “ao estado de coisas”. Correta.
37. (STM / NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Eles [homens violentos que querem dominar as mulheres] se julgam com o direito de impor o seu amor ou o
seu desejo a quem não os quer.
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a
máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e
grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados
amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” e “se castigam”.
Comentários:
No primeiro caso, eles julgam “a si mesmos”, então o “se” é reflexivo. No segundo, as moças são castigadas,
temos “se” apassivador: “VTD+SE”. Questão incorreta.
38. (TCE PE / 2017)
...o ser humano se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à
sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
No trecho “rendendo-se”, o pronome “se” indica que o sujeito dessa forma verbal é indeterminado.
Comentários:
O sujeito está muito claro no texto: é “o ser humano”. O “SE” faz parte do verbo “render-se”.
Questão incorreta.

FUNÇÕES DA PALAVRA “COMO”


A palavra “como” também traz uma gama de classificações, muitas delas vistas ao longo de nossas aulas.
Vamos sistematizar aqui as mais importantes para nossa prova. A palavra “como” pode ser:

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Conjunção aditiva: normalmente em “correlações aditivas”: tanto...como; não só...como.


Ex: Tanto corro de dia, como nado à noite.
Ex: Juntos na alegria como na tristeza (Houaiss).
Conjunção comparativa: estabelece um paralelo entre qualidades, ações, entidades.
Ex: Ele canta como um anjo.
Conjunção conformativa: indica que um fato ocorre conforme outro.
Ex: Como todos sabem, não existe milagre em concurso público.
Conjunção causal: Vem antecipada, antes da oração que indica a consequência.
Ex: Como choveu, a rua está toda molhada.
Pronome relativo: retoma substantivos como “modo”, “maneira”, “forma”, “jeito” etc.
Ex: A maneira como você fala magoa as pessoas.
Preposição acidental: Normalmente com sentido de “por” ou “na qualidade de”.
Ex: Ele joga como atacante.
Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Advérbio interrogativo:
Ex: Como lidar com as críticas desmedidas? (Advérbio interrogativo de modo em interrogativa direta.)
Como advérbio, também pode iniciar oração substantiva “justaposta” (posta junto, ao lado), um tipo
específico de oração substantiva não introduzida por conjunção integrante:
Ex: Desejo saber como vai. (oração subordinada substantiva objetiva direta)
Ex: Fui convencido de como deveria agir para vencer. (oração subordinada substantiva completiva
nominal justaposta)
Advérbio de Intensidade:
Ex: Como é grande o meu amor por você.

39. (PC-SE / DELEGADO / 2018)


A existência da polícia se justifica pela imprescindibilidade dessa agência de segurança para a viabilidade do
poder de coerção estatal. Em outras palavras, como atestam clássicos do pensamento político, a sua ausência
culminaria na impossibilidade de manutenção de relações pacificadas.
Na linha 2, o termo “como” estabelece uma comparação de igualdade entre o que se afirma no primeiro
período do texto e a informação presente na oração “a sua ausência culminaria na impossibilidade de
manutenção de relações pacificadas” (ℓ. 2 a 3).
Comentários:

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“Como” é conjunção conformativa, com sentido de “de acordo com...” veja:


Em outras palavras, conforme/consoante/segundo atestam clássicos do pensamento político, a sua
ausência culminaria na impossibilidade de manutenção de relações pacificadas. Questão incorreta.
40. (TRE-TO – 2017)
Na época moderna, as eleições estão ligadas ao sistema de governo representativo e ao preenchimento de
28 cargos executivos. É nessa época que se fortalece a ideia de que a eleição é a forma pela qual as pessoas
em uma sociedade escolhem politicamente candidatos ou partidos por meio do voto.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam preservados caso se substituísse “pela qual” por
“como”.
Comentários:
A palavra “como” pode ser pronome “relativo” quando tem como antecedente palavras como forma,
maneira, modo, jeito etc. No texto, “a qual” (em pela qual) retoma “forma”, então é possível trocar pelo
relativo “como”. Questão correta.

QUESTÕES COMENTADAS
1. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de praça.
Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes.
Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de
gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
C) o termo “custoso” (L.3).
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso. Gabarito letra A.
2. (EBSERH / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições, explodem espontaneamente, e tem
sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de
Havana, sem esquecer também o do Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” explicitaria o sentido condicional
do trecho “submetidas a dadas condições” sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical do texto.

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Comentários:
De fato, desenvolver a oração “caso fossem” deixaria o valor condicional de “submetidas” bem mais
evidente. Contudo, haveria um problema de correlação, pois o uso do pretérito imperfeito do subjuntivo
jogaria a condicional para o passado. Seria preciso então ajustar o verbo:
é sabido que certas pólvoras, caso fossem submetidas a dadas condições, explodiriam espontaneamente
Questão incorreta.
3. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quando o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta, chamando-
o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te dos teus pecados?”, vi que, na sua face devastada pela erosão da
morte, a Dúvida começava a redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos e caretas, numa espécie de
ridícula ressurreição.
Em “reanimando-a”, o pronome “a” refere-se a “Dúvida”
Comentários:
O “pronome” a refere-se a “face”, sua “face” que começava a se reanimar. A função sintática do pronome é
objeto direto de “reanimando”. Questão incorreta.
4. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)
Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam próximos à sua casa.
Sidney Herbert, membro do governo inglês e amigo pessoal, pediu-lhe que chefiasse um grupo de enfermeiras
enviadas para o front turco, uma tarefa a que Florence entregou-se de corpo e alma; providenciava comida,
remédios, agasalhos, além de supervisionar o trabalho das enfermeiras.
Nos trechos “Florence preparou-se” e “Florence entregou-se”, a partícula “se” classifica-se como pronome
apassivador.
Comentários:
Em ambos os casos, o “se” possui valor reflexivo. Questão incorreta.
5. (STM / NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Eles [homens violentos que querem dominar as mulheres] se julgam com o direito de impor o seu amor ou o
seu desejo a quem não os quer.
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a
máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e
grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados
amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” e “se castigam”.
Comentários:
No primeiro caso, eles julgam “a si mesmos”, então o “se” é reflexivo. No segundo, as moças são castigadas,
temos “se” apassivador: “VTD+SE”. Questão incorreta.

6. (STM / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)


Mesmo reconhecendo-se que o objetivo das organizações vinculadas ao Estado não deveria ser o lucro,

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demandava-se maior eficiência e transparência quanto ao valor que, efetivamente, elas agregavam à
sociedade. Nesse sentido, as organizações públicas se veem pressionadas a rever suas estruturas e dinâmicas
de funcionamento, a fim de otimizarem seus processos e rotinas, assegurando melhor desempenho e
resultados mais efetivos.
Em “demandava-se” e “se veem pressionadas”, a partícula “se” recebe classificações distintas.
Comentários:
No primeiro caso: “Maior eficiência é demandada”, então temos VTD+SE e o “SE” é apassivador. No segundo
caso, temos o verbo “ver-se” no sentido de “encontrar-se” em determinado estado, no sentido de “estar”:
“as organizações estão pressionadas”. Esse “SE” faz parte do verbo, não é apassivador como o primeiro.
Questão correta.
7. (PC-MA / ESCRIVÃO / 2018)
Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de assédio sexual em ambientes
profissionais — como os que envolvem produtores e atores de cinema—, no Brasil, o número de processos
==14aad3==

desse tipo caiu 7,5% entre 2015 e 2016.


Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho,
considerando-se só a primeira instância.
Os números mostram que o tema ainda é tabu por aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua
auxiliando empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas não falam por medo de serem
culpabilizadas ou até de represálias”.
Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já recebem queixas de
assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já que as pessoas se
sentem mais protegidas para falar”.
A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para tentar
obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há crime, embora tal comportamento
possa dar causa a reparação por dano moral.
No texto, o trecho “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho”
(L. 4) tem a mesma função sintática de
A) "por medo de serem culpabilizadas" (L.7-8).
B) “mais e mais casos de assédio sexual” (L. 1).
C) "mais protegidas para falar" (L. 11).
D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” (L. 12).
E) “queixas de assédio” (L.9-10).
Comentários:
O termo destacado no enunciado é sujeito (posposto) do verbo intransitivo “existir”:
surgem mais e mais casos de assédio sexual
mais e mais casos de assédio sexual surgem
O outro “sujeito” está em:
foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho

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4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho foram registradas


O termo “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” é sujeito paciente da locução passiva
“foram registradas”.
Vejamos as demais:
A) ‘por medo de serem culpabilizadas’– Adjunto adverbial de causa: não falam porque têm medo...
C) ‘mais protegidas para falar’ – predicativo do sujeito “pessoas”.
D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” – objeto direto do verbo “haver”, que não tem sujeito
porque é impessoal no sentido de “existir”.
E) “queixas de assédio” - objeto direto do verbo “recebem”. Gabarito letra B.
8. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar
O sujeito da oração iniciada por “Destaca-se” é indeterminado, portanto não está expresso.
Comentários:
Destaca-se como a principal diferença [o efeito que cada instrumento busca neutralizar]
Questão incorreta.
[o efeito que cada instrumento busca neutralizar] destaca-se
[o efeito que cada instrumento busca neutralizar] é destacado
9. (IFF / 2018)
Vi terras por onde andaram os dozes pares de França, os heróis do meu Carlos Magno, lido e relido como
história de Trancoso. Vi terras do sul, o mar Mediterrâneo, o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios,
dos fenícios, dos romanos.
Tendo em vista que, no texto CG1A1AAA, algumas expressões têm a função de acrescentar uma explicação
ao conteúdo de outras, julgue o item a seguir:
O trecho apresentado (“o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos”) é uma
explicação do segundo — “o mar Mediterrâneo”.
Comentários:
Sim. O termo “o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos” é justamente
um desenvolvimento, uma explicação de “o mar Mediterrâneo”. De fato, esse mar, localizado entre a Europa
e a África, foi um canal entre essas civilizações antigas. Questão correta.
10. (EBSERH / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
A primeira grande epidemia [de dengue] ocorreu em 1995, com 1.462 casos autóctones. Posteriormente, com
a introdução dos demais sorotipos, as incidências (casos/100 mil habitantes/ano) apresentaram aumento
cíclico...
A expressão “com a introdução dos demais sorotipos” exprime ideia de causa.
Comentários:
“Sorotipos” são uma espécie de variação de um vírus. Então, a relação do texto é: mais sorotipos, mais
variações do vírus; como consequência: mais contaminação. Então, a introdução dos demais sorotipos da

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dengue causou sim aumento cíclico nas incidências da doença. Logo, temos um adjunto adverbial de causa,
introduzido pela preposição “com”. Questão correta.
11. (BANRISUL / Escriturário /2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande. Trouxeram a
agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir:
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
O sujeito, em razão do contexto, da forma “Trouxeram a agricultura” é indefinido.
Comentários:
O sujeito é apenas oculto, pois não está escrito na frase, mas pode ser deduzido do contexto; está no período
anterior: “As levas de imigrantes”. Item incorreto.
12. (SEFAZ-BA / AUDITOR / 2019)
Atente para o que se afirma abaixo a respeito do fragmento De tão difícil e cruel, a vida parece impossível e
no entanto o povo vive, luta, ri, não se entrega.
Na sequência de orações coordenadas, a última assinala noção de finalidade.
Comentários:
De fato, temos uma sequência de orações coordenadas, separadas por vírgulas. Contudo, essas orações são
ligadas à ideia de oposição introduzida pelo “no entanto” da primeira oração. Não há sentido de finalidade.
Questão incorreta.
13. (BANRISUL / Escriturário / 2019)
Julgue o item a seguir:
A partir da década de vinte do século XIX, o governo brasileiro resolveu estimular a vinda de imigrantes
europeus, para formar uma camada social de homens livres.
A oração destacada para formar uma camada social de homens livres tem valor causal.
Comentários:
Temos aqui uma oração subordinada adverbial final, que indica propósito, objetivo; não expressa finalidade.
Questão incorreta.
14. (Prefeitura de Recife - PE / Assistente de Planejamento / 2019)
Julgue o item a seguir:
Ocorre voz passiva no item abaixo:
Ao se identificarem nossos objetivos com os dos animais, em nada se reduz a altura da nossa consciência.
Comentários:
Interpretando a primeira oração, teríamos:
Ao serem identificados nossos objetivos... (alguém identifica nossos objetivos, “nossos objetivos” seria
objeto direto na voz ativa)
O “se” em “se reduz” pode ser interpretado como reflexivo ou passivo, a depender da intenção do autor
dizer que a altura da nossa consciência se reduz sozinha ou é reduzida por alguém. As duas leituras são

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possíveis, embora a primeira seja mais coerente. Questão correta.


15. (DETRAN-SP / OF. ESTADUAL DE TRÂNSITO / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
São os atrativos de uma mulher bonita que a propaganda investe para que se atraiam os consumidores.
Comentários:
É NOS os atrativos de uma mulher bonita QUE a propaganda investe para que se atraiam os consumidores.
Aqui foi usada a expressão expletiva “SER+QUE”, que, quando separada, pede que o verbo “ser” faça
concordância.
NOS atrativos de uma mulher bonita É QUE a propaganda investe
É NOS atrativos de uma mulher bonita QUE a propaganda investe Questão incorreta.
16. (ISS MANAUS / TÉCNICO DE TI / 2019)
Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande um pouco.
A frase acima ganha uma nova redação, em que se preservam sua correção e seu sentido básico, na seguinte
versão:
(A) A despeito de ser mais velho que eu, não é de se admirar seu mal funcionamento.
(B) Tendo em vista de que seja mais velho que eu, não causaria espécie se ele desandasse.
(C) À medida que seja mais velho do que eu mesmo, não se admire que ele funcione mau.
(D) Sendo mais velho que eu, não espanta que não trabalhe sempre com regularidade.
(E) Pelo fato de ser mais velho do que eu ninguém se admira se ele vir a desandar.
Comentários:
Aqui temos uma mistura de causa-efeito com orações reduzidas. Interpretando a frase, temos:
(como é/por ser) Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande (recue/ande para trás) um pouco.
Então, está implícita a ideia de que “ser mais velho” é a causa de tresandar. Isso foi reescrito na estrutura
com oração reduzida de gerúndio:
Sendo mais velho que eu, não espanta que não trabalhe sempre com regularidade.
‘não espantar’ e ‘não admirar” são sinônimos, no sentido de não causar surpresa, pois é natural para os mais
velhos tresandar, segundo o contexto analisado.
Vejamos o problema das demais:
a) “a despeito de” indica concessão, não causa.
b) “causar espécie” é expressão antiga para “causar espanto”, mas “desandar” não é sinônimo de
“tresandar”.
c) “à medida que” indica proporção, não causa.
e) A forma correta seria: se ele vIEr a desandar (futuro do subjuntivo do verbo "vir")
Gabarito letra D.
17. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)

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A vida privada não é uma realidade natural, dada desde a origem dos tempos: é uma realidade histórica. A
história da vida privada é, em primeiro lugar, a história de sua definição: como evoluiu sua distinção na
sociedade francesa do século XX? Como o domínio da vida privada variou em seu conteúdo e abrangência?
Afirma-se com correção:
No primeiro período, o segmento de valor adjetivo dada desde a origem dos tempos caracteriza A vida
privada, estrutura esta última que exerce a função sintática de sujeito.
Comentários:
No primeiro período, o segmento de valor adjetivo dada desde a origem dos tempos caracteriza “realidade
natural”, que exerce a função sintática de predicativo do sujeito. Questão incorreta.
18. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
A questão é tanto mais importante na medida em que não é certo que seu contorno tenha o mesmo sentido
em todos os meios sociais. Para a burguesia da Belle Époque1, não há nenhuma dúvida: o “muro da vida
privada” separa claramente os domínios. Por trás desse muro protetor, a vida privada e a família coincidem
com bastante exatidão. Esse domínio abrange as fortunas, a saúde, os costumes, a religião: se os pais que
querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a família de um
eventual pretendente, é porque a família oculta cuidadosamente ao público o tio fracassado, o irmão de
costumes dissolutos e o montante das rendas. E Jaurès2, respondendo a um deputado socialista que lhe
censurava a comunhão solene da filha: “Meu caro colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu
não”, marcava com grande precisão a fronteira entre sua existência de político e sua vida privada.
Afirma-se com correção:
Em os pais que querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a
família de um eventual pretendente, o isolamento da oração adjetiva por meio de vírgulas não alteraria a
relação sintático-semântica que estabelece originalmente com seu antecedente.
Comentários:
Em os pais que querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a
família de um eventual pretendente, o isolamento da oração adjetiva por meio de vírgulas alteraria a relação
sintático-semântica que estabelece originalmente com seu antecedente, pois a oração deixaria de ser
restritiva (sem vírgula) para ser explicativa (com vírgula). Questão incorreta.
19. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
E Jaurès, respondendo a um deputado socialista que lhe censurava a comunhão solene da filha: “Meu caro
colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu não”, marcava com grande precisão a fronteira
entre sua existência de político e sua vida privada.
Sobre o que se tem no trecho acima transcrito, comenta-se com propriedade:
O desenvolvimento da oração reduzida respondendo a um deputado socialista deve gerar a forma “ao
responder”.
Comentários:
Ao responder também é uma oração reduzida; especificamente, é uma oração subordinada adverbial
temporal reduzida de infinitivo. Questão incorreta.
20. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
Julgue o item a seguir.

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Diziam que pelo fato de a presença de um animador ser incômoda, muitos recusariam participar da
confraternização dos veteranos; mas enquanto vigir o respeito ao combatente mais idoso é a ele que todos
seguirão, e tudo indica que, daqui há duas semanas, todos lá estarão.
Comentários:
A expressão “pelo fato de a presença de um animador ser incômoda” deveria vir entre vírgulas, assim como
a oração adverbial temporal “enquanto viger o respeito ao combatente mais idoso...”. O futuro do subjuntivo
de “viger” é “viger” mesmo, não é “vigir”. A forma correta seria “daqui a duas semanas”, pois o tempo
mencionado ainda está por transcorrer. Se fosse tempo já decorrido, usar-se-ia o “haver” impessoal: “há
duas semanas”. Questão incorreta.
21. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Partindo do caso específico das instalações, o autor nos leva a refletir sobre o que considera a força intrínseca
de toda obra de arte.
Comentários:
A vírgula separa uma oração reduzida de gerúndio antecipada, o verbo está no singular concordando com o
núcleo “autor”. Questão correta.
22. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Transpondo-se para o discurso direto, em linguagem adequada, o segmento Disse-me o artista na exposição
que aquela sua instalação deveria comover-nos mesmo sem a sua explicação, obtém-se a construção:
Disse-me o artista na exposição:
(A) – Essa instalação minha deveria comover mesmo que vocês não a explicassem.
(B) – Eis uma instalação minha cuja comoção não necessita mesmo de sua explicação.
(C) – Esta minha instalação deverá comovê-los mesmo que eu não a explique.
(D) – Aquela instalação deveria comover vocês ainda que não a expliquem.
(E) – Aquela minha instalação deve comover-lhes mesmo sem o que a explique.
Comentários:
O discurso indireto transforma uma fala literal em uma estrutura relatada, recontada, reestruturada na
forma de um verbo de elocução (dizer, falar, contar, declarar e outros que indique fala) complementado por
uma oração subordinada com conjunção integrante, oração esta que traz o teor do que foi falado.
Disse-me (verbo de elocução) o artista na exposição que aquela sua instalação deveria comover-nos
mesmo sem a sua explicação (oração subordinada com o teor da fala)
Naturalmente, como não é mais uma fala em primeira pessoa, os verbos, pronomes, advérbios etc devem
passar para a terceira pessoa, causando um distanciamento, já que agora é um terceiro quem fala. Então,
“ele” vira “eu”, “dele/sua” vira “meu/minha”, “aquela” (distante) vira “esta” (próximo), assim por diante:
Esta minha instalação deverá comovê-los mesmo que eu não a explique.
O “los” (terceira pessoa) vira “nos” (primeira pessoa), que inclui o autor.
A opção A manteve o verbo no tempo original no passado e não usou o pronome “este” que indica uma
instalação próxima do artista, a instalação dele.

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A opção B é confusa, adiciona um “eis” que não existe e também sugere que a explicação é da “comoção”,
não da obra de arte.
As opções D e E pecam por manter o pronome “aquele”, de terceira pessoa, o que não bate com o discurso
direto. Gabarito letra C.
23. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Uma nova, clara e correta redação da A crônica foi, para ele, um gênero eminentemente confessional, e os
fatos, nada mais do que os fatos, sua matéria-prima. poderá ser:
O confessionalismo das crônicas, que adotou como gênero, as quais eram marcadas pelos fatos como base
de sua matéria-prima.
Comentários:
Essa redação é um exemplo de “truncamento sintático”, observem que há duas orações adjetivas, mas o
período não “continua”, não tem oração principal. O sujeito “O confessionalismo” ficou sem verbo.
Questão incorreta.
24. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
(A) Sua vida sobreviveu guardada nas mais de 15 mil crônicas.
(B) Resolvi usar as crônicas como se fossem uma longa entrevista que Braga tivesse me concedido.
(C) Grande parte dos relatos do livro não tem a pretensão de ser uma reconstituição fiel dos fatos.
(D) Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
(E) A vida não basta, é preciso dar sentido ao viver, ou tudo se evapora.
Comentários:
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
(A) Sua vida (núcleo do sujeito) sobreviveu guardada nas mais de 15 mil crônicas. (núcleo do adjunto
adverbial)
(B) Resolvi usar as crônicas como se fossem uma longa entrevista (núcleo do predicativo) que Braga tivesse
me (objeto indireto) concedido.
(C) Grande parte dos relatos do livro não tem a pretensão (núcleo do objeto direto) de ser uma reconstituição
fiel dos fatos (núcleo complemento nominal de “reconstituição”)
(D) Toneladas de acontecimentos (núcleo do adjunto adnominal, do determinante de “toneladas”) estão
cimentadas pela força do lirismo. (núcleo do agente da passiva)
(E) A vida não basta, é preciso dar sentido ao viver, ou tudo se evapora. (ambos são núcleos do sujeito).
Gabarito letra E.
Essas questões, ainda mais pelo gabarito na letra E, servem especialmente para o candidato perder tempo!
25. (TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
As vírgulas foram empregadas para isolar um segmento explicativo em:
(A) Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo...

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(B) O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário.
(C) ... os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, servem como arena de
ideias e soluções.
(D) ... de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como
tais.
(E) São líderes comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas.
Comentários:
O “segmento explicativo” a que a banca se refere é a oração adjetiva explicativa:
Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo...
Isso sempre cai em prova: a oração adjetiva explicativa traz vírgula antes do pronome relativo, ao passo que
a restritiva não.
Vejamos as demais:
(B) O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. (temos oração
adverbial concessiva intercalada, com verbo implícito)
(C) ... os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, servem como arena de
ideias e soluções. (temos oração adverbial condicional intercalada)
(D) ... de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como
tais. (temos oração adverbial condicional intercalada)
(E) São líderes comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas. (temos
vírgulas separando termos de uma enumeração) Gabarito letra A.
26. (TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
No contexto, os elementos sublinhados que apresentam a mesma função sintática se encontram em:
(A) o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa // os eleitores haveriam de aprender a exercer a
democracia
(B) A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande // sua capacidade de atingir mais leitores se
multiplica na internet
(C) O jornalismo de verdade (...) é sempre elitista // os veículos (...) servem como arena de ideias e soluções
(D) O que nos remete à questão do início // a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas
(E) conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior // A imprensa, que vive de
cobrir crises, sempre esteve em crise
Comentários:
Questão pesada sobre funções sintáticas. Cuidado, temos que organizar as orações em ordem direta para
fazer a análise:
...conforme a perspectiva (sujeito) se torna visível de universalizar o ensino superior // A imprensa (sujeito),
que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise
Vejamos as demais funções:
(A) o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa (sujeito) // os eleitores haveriam de aprender a

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exercer a democracia (objeto direto)


(B) A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande (predicativo do sujeito) // sua capacidade de
atingir mais leitores se multiplica na internet (adjunto adverbial)
(C) O jornalismo de verdade (...) é sempre elitista (adjunto adverbial) // os veículos (...) servem como arena
de ideias e soluções (predicativo do sujeito)
O “como”, equivalente a “por”, em expressões equivalentes a “na função de, no papel de” (“Jogo como
atacante”/ “Sou visto como um líder”) é preposição acidental e introduz um predicativo do sujeito.
Especificamente, o verbo “servir” (de/como), no sentido de “fazer o papel de, substituir, funcionar de
determinada forma”, é analisado como verbo transitivo indireto seguido de predicativo do sujeito. Veja
exemplos de Celso Pedro Luft:
A despensa lhe serve de/como quarto.
Servir a alguém de/como pai, de/como mãe e de/como guia...
Nesse caso, o objeto não apareceu, mas a análise é a mesma.
(D) O que nos (objeto direto) remete à questão do início // a prática jornalística (sujeito) municia seus
leitores de ferramentas Gabarito letra E.
27. (DPE-RJ / TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO / 2019)
Sobre uma nova espécie de droga, as smart drugs, a chamada para um texto de jornal diz o seguinte:
“Drogas apelidadas de smart drugs por supostamente aumentarem a inteligência ganham cada vez mais
adeptos, apesar de pesquisas desmentirem seus efeitos”.
A substituição de um conectivo que está corretamente realizada é:
(A) “por supostamente aumentarem” / já que supostamente aumentassem;
(B) “por supostamente aumentarem” / visto que supostamente aumentavam;
(C) “apesar de pesquisas desmentirem” / embora pesquisas desmentissem;
(D) “apesar de pesquisas desmentirem” / ainda que pesquisas desmintam;
(E) “apesar de pesquisas desmentirem” / mesmo que pesquisas desmentem.
Comentários:
Esta é uma questão de conectivos: quando usamos “apesar de/a despeito de” no lugar de outros conectivos
concessivos, que pedem o verbo no subjuntivo, é necessário fazer uma adaptação e jogar o verbo para o
infinitivo:
Apesar de desmentirem/Ainda que desmintam
Gabarito letra D.
Em A e B, os conectivos até são semanticamente equivalentes, com ideia de causa, mas o verbo foi utilizado
em tempo pretérito. No texto, os fatos são presentes. Em C, houve o mesmo erro, o verbo deveria estar no
presente: embora desmintam. O mesmo vale para a E: mesmo que desmintam.
28. (DPE-RJ / TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA / 2019)
Numa parede de uma fábrica de cerveja de Tiradentes (MG), estava escrita a seguinte frase: “Há bares que
vêm para o bem”.

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Sobre a estrutura e o conteúdo semântico desse texto, a única afirmativa INADEQUADA é:


(A) a estrutura dessa pequena frase é de caráter intertextual;
(B) a repetição fônica vêm/bem auxilia a apreensão da frase;
(C) a oração “que vêm para o bem” explica o sentido de “bares”;
(D) a forma plural “vêm” concorda com “bares”;
(E) a forma verbal “Há” tem sentido de “existência”
Comentários:
Vejamos:
A) Correto. Intertextualidade é a referência, o diálogo com outro texto. Aqui, fica evidente a alusão ao ditado
popular: “há males que vêm para o bem”.
B) Correto. Há uma rima proposital.
C) Incorreto. Não explica, pois é uma oração restritiva, sem vírgula.
D) Correto. “Bares” é o sujeito plural, daí o acento diferencial.
E) Correto. Este é o verbo haver impessoal: existem bares... Gabarito letra C.
29. (TJ-SC / ANALISTA / 2018)
“Afinal, se queremos algo, além de ter um alto QI, é necessário desenvolver uma sabedoria excepcional”.
A forma adequada de uma oração desenvolvida correspondente à oração reduzida sublinhada (texto 2) é:
(A) o desenvolvimento de uma sabedoria excepcional;
(B) que desenvolvemos uma sabedoria excepcional;
(C) que desenvolvêssemos uma sabedoria excepcional;
(D) desenvolvermos uma sabedoria excepcional;
(E) que desenvolvamos uma sabedoria excepcional.
Comentários:
A oração sublinhada é uma oração reduzida de infinitivo. Se a banca pede uma oração ‘desenvolvida’, ela
deve ter “conjunção’ e “verbo conjugado”: que desenvolvamos uma sabedoria excepcional.
A letra A não traz oração, oração precisa de verbo e “desenvolvimento” é um substantivo”. A letra D não traz
oração desenvolvida, mas sim uma outra reduzida de infinitivo, flexionado no plural.
Na letra B, a conjugação está incorreta, pois a oração pede o verbo no subjuntivo, não no indicativo. Na letra
C, a conjugação no pretérito imperfeito do subjuntivo é incorreta, pois não há referência a fato passado.
Gabarito letra E.

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30. (TJ-SC / ANALISTA / 2018)

Sobre a frase dita por Einstein, é correto afirmar que:


o termo “Galileu”, por ser um vocativo, deveria ser colocado no início da frase.
Comentários:
O vocativo pode aparecem em qualquer posição, não deve necessariamente vir no início da frase:
Galileu, ele já chegou.
Ele já chegou, Galileu.
Ele, Galileu, já chegou. Questão incorreta.

RESUMO
Veremos aqui as principais funções sintáticas e detalhes que são cobrados em prova:

Sujeito
Simples: 1 núcleo / Composto: + de 1 núcleo.
Indeterminado: 3ª Pessoa do Plural (Dizem que ele morreu) ou VI / VTI + SE (Vive-se bem aqui/Gosta-se de
cães na China).
Oculto/Desinencial: Pode ser determinado pelo contexto ou vem implícito na terminação da palavra:
Estudamos hoje (nós).
O sujeito pode ter forma de:
Nome: O menino é importante.
Pronome: Ele é importante. Alguns desistiram. Aquilo é bonito demais.

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Oração: Estudar é importante (oração reduzida).


Que se estudasse mais foi necessário. (sujeito oracional e passivo. A oração está desenvolvia, introduzida por
conectivo).

Oração sem sujeito


Fenômenos da natureza:
Ex: Choveu ontem / Ex: Anoiteceu.
Estar/fazer/haver impessoal com sentido de tempo ou estado.
Ex: Faz tempo que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
O verbo haver impessoal vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam locução
com ele. Ex: Deve haver mil pessoas aqui.

Predicativo do Sujeito
Indica estado/qualidade/característica do sujeito.
Ex: Fulana é bonita (VL) / Ele tornou-se chefe (VL) / João saiu contente (VI)

Objeto Direto
Complemento verbal sem preposição.
Ex: Não vimos a cena. / Espero que estudem.

Objeto Indireto
Complemento verbal com preposição. (a, de, em, para, com).
Ex: Gosto de comida. / Duvidava (de) que ele fosse passar. (Essa preposição pode ser suprimida)

Predicativo do Objeto
Atribui característica ao complemento verbal.
Considerei/Julguei o réu culpado. (predicativo do OD)
Chamei ao médico de mentiroso. (predicativo do OI)

Adjunto Adverbial
Refere-se ao verbo para trazer uma ideia de circunstância, como tempo, modo, causa, meio, lugar,
instrumento, motivo, oposição...
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
ontem (adjunto adverbial de tempo)

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de fome (adjunto adverbial de causa)


Pode vir em forma de oração, então teremos as orações subordinadas adverbiais: finais, temporais,
proporcionais, causais, consecutivas, conformativas, comparativas, concessivas.
Ex: Ele morreu assim que chegou. (oração adverbial de tempo)
porque estava doente. (oração adverbial de causa)

Agente da Passiva
Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva

Adjunto Adnominal

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a ele
características como quantidade, qualidade, posse...

Complemento nominal
Termo preposicionado ligado ao nome (substantivo, adjetivo, advérbio) que possui transitividade. Parece um
objeto indireto, mas não complementa verbo.
Ex: Tenho necessidade de fazer exercícios

Adjunto adnominal x Complemento Nominal

Adjunto Adnominal x Complemento Nominal

Substituível por adjetivo perfeitamente Não pode ser substituído por um adjetivo
equivalente perfeitamente equivalente

Substantivo Concreto. Também pode ser


Só complementa Substantivo Abstrato
Abstrato com sentido ativo, de posse, ou
(Sentimento; ação; qualidade; estado e
pertinência. Se for concreto, só pode ser
conceito).
adjunto.

Refere-se a advérbio, adjetivos e substantivo


Só modifica substantivo: Então, termo
abstratos. Então, termo preposicionado ligado
preposicionado ligado a adjetivo e advérbio
a adjetivo e advérbio só pode ser
nunca será adjunto adnominal.
Complemento Nominal.

Nem sempre preposicionado. Qualquer Sempre preposicionado. Quando o termo é

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preposição, inclusive de pode indicar adjunto ligado a substantivo abstrato e a preposição


adnominal. diferente de “de”, normalmente temos CN.

Classificações da Palavra “SE”


Pronome apassivador (PA): Vendem-se casas.
Partícula de indeterminação do sujeito (PIS): Vive-se bem aqui. Trata-se de uma exceção.
Conjunção integrante: Não quero saber se ele nasceu pobre. (não quero saber isto; introduz uma oração
substantiva objetiva direta).
Conjunção condicional: Se eu posso, todos podem.
Pronome reflexivo: Minha tia se barbeia. Nesse caso, “se” tem função sintática de objeto direto, pois o
sujeito e o objeto são a mesma pessoa. Acompanham verbos que indicam ações que podem ser praticadas
na própria pessoa ou em outra. Não confunda com verbos pronominais, em que o “se” é parte integrante
do verbo, como levantar-se, candidatar-se, suicidar-se, arrepender-se, materializar-se, reconhecer-se,
formar-se, queixar-se...
Pronome recíproco: Irmão e irmã se abraçaram. Nesse caso, equivale a abraçaram um ao outro e o “SE”
terá função sintática de objeto direto.
Parte integrante de verbo pronominal (PIV): Candidatou-se à presidência e se arrependeu/Certifique-se do
horário. Esse “se” não tem função sintática, é parte integrante do verbo!
Partícula expletiva de realce: Vão-se minhas últimas economias. Foi-se embora. Sorriu-se por dentro.

Classificações da Palavra “QUE”


Conjunção consecutiva: Bebi tanto que passei mal.
Conjunção comparativa: Estudo mais (do) que você. (“do” é facultativo)
Conjunção explicativa: Estude, que o edital já vai sair.
Locução conjuntiva final: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
Preposição acidental: Tenho que passar o quanto antes. (equivale a “tenho de passar”)
Pronome interrogativo: (O) Que houve aqui? (“o” é expletivo)
Pronome indefinido: Sei que (quais) intenções você tem com minha filha.
Pronome indefinido interrogativo: Não sei que (quais) intenções você tem com minha filha. (forma uma
interrogativa indireta, sem [?])
Conjunção integrante: Quero que você se exploda! (quero ISTO)

Oração E Período
Frase é o enunciado que tem sentido completo, mesmo sem verbo. Ex: Fogo! Socorro!
Oração é a frase que tem verbo.
Período simples é aquele com uma única oração; composto, aquele que tem mais de uma oração. Na
coordenação, as orações são sintaticamente independentes. Na subordinação, a subordinada é dependente
da oração principal, pois exerce função sintática em relação a ela.

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As orações subordinadas podem estar coordenadas entre si.


Ex: 1Espero 2que os alunos sejam aprovados e 3que sejam nomeados logo.
As orações (2) e (3) estão coordenadas entre si, pois estão unidas pela conjunção coordenativa aditiva “E”.
Contudo, ambas são subordinadas à oração principal (1), pois exercem nela a função de objeto direto.
Orações Coordenadas:
As orações coordenadas sindéticas podem ser conclusivas, explicativas, aditivas, adversativas e alternativas.
(Mnemônico C&A). Teremos:
➢ Orações coordenadas conclusivas, introduzidas pelas conjunções logo, pois (deslocado, depois do
verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim, sendo assim, desse modo.
Ex: Estudei pouco, por conseguinte não passei.
➢ Orações coordenadas explicativas, introduzidas pelas conjunções que, porque, pois (antes do verbo),
porquanto.
Ex: Estude muito, porque não vai vir fácil a prova.
➢ Orações coordenadas aditivas, introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não), não só... mas também,
não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Ex: Comprei não só frutas como legumes.
➢ Orações coordenadas adversativas, introduzidas pelas conjunções mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, no entanto, não obstante.
Ex: Estudei pouco, não obstante passei no concurso.
➢ Orações coordenadas alternativas, introduzidas pelas conjunções ou pares correlatos ou, ou... ou,
ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Ex: Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez. Seja por bem, seja por mal.

Orações Subordinadas
1) Substantivas (introduzidas por conjunção integrante; substituíveis por ISTO; exercem função sintática
típica de substantivo, como Sujeito, OD, OI, CN...)
2) Adjetivas (introduzidas por pronome relativo; se referem ao substantivo antecedente; exercem papel
adjetivo, ou seja, modificam substantivo)
3) Adverbiais (introduzidas pelas conjunções adverbiais — causais, temporais, concessivas, condicionais;
têm valor de advérbio e trazem sentido de circunstância da ação verbal, como tempo, condição...).
As orações reduzidas são formas menores, pois não trazem esses “conectivos” (pronome relativo,
conjunções). Seu verbo vem numa forma nominal: infinitivo, particípio, gerúndio.
1 -Subordinadas Substantivas reduzidas de infinitivo
a) Subjetivas: Não é legal comprar produtos falsos.
b) Objetivas Diretas: Quanto a ela, dizem ter se casado.
c) Objetivas Indiretas: Sua vaga depende de ter constância no objetivo.

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d) Predicativas: A única maneira de passar é estudar muito.


e) Completivas Nominais: Ele tinha medo de reprovar.
f) Apositivas: Só nos resta uma opção: estudarmos muito.
2 -Subordinadas Adverbiais reduzidas de infinitivo
a) Causais: Passei em 1º lugar por estudar muito.
b) Concessivas: Apesar de ter chorado antes, sorriu na hora da posse.
c) Consecutivas: Aprendeu tanto a ponto de não ter outra saída senão passar.
d) Condicionais: Sem estudar, ninguém passa.
e) Finais: Eu estudo para passar, não para ser estatística.
f) Temporais: Ao rever a ex-professora, ele se emocionou.
3- Subordinadas Adjetivas reduzidas de infinitivo
Ela não é mulher de negligenciar os filhos. (que negligencia...)
Este é o último livro a ser escrito por Machado de Assis. (que foi escrito...)
Orações subordinadas substantivas:
Estava claro [que ele era preguiçoso.]
Estava claro [ISTO]
Isto estava claro. A oração tem função de sujeito.
Quero [que você se exploda!]
Quero [ISTO]
Quem quer, quer algo. A oração tem função de objeto direto.
Detalhe!!! O “se” também pode ser conjunção integrante. Veja:
Não sei [se ele estuda seriamente!]
Não sei [ISTO]
Quem sabe, sabe alguma coisa. A oração tem função de objeto direto.
Discordo [de que eles aumentem impostos].
Discordo [DISTO]
Quem discorda, discorda de alguma coisa. A oração funciona como objeto indireto.
A certeza [de que vou passar na prova] me alivia.
A certeza [DISTO] me alivia.
Quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa. Esse substantivo é abstrato, indica um sentimento. Seu
complemento preposicionado tem valor paciente, é alvo da certeza. A oração é um Complemento nominal.
Quero apenas uma coisa: [que você passe!]
Quero apenas uma coisa: [ISTO]
A oração tem função de aposto explicativo do termo “coisa”. É uma oração apositiva, introduzida por dois

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pontos ou até vírgula, único caso em que uma oração subordinada substantiva pode ser separada por
pontuação.
Orações subordinadas adjetivas:
Funcionam como um adjetivo (menino que estuda = menino estudioso). São introduzidas por pronomes
relativos (que, o qual, cujo, onde).
Podem ser restritivas, quando individualizam o nome em relação ao universo:
Ex. Meu amigo que trabalha no TRT me ligou. (restringiu: há vários amigos, um deles é do TRT).
Podem ser explicativas, caso em que virão marcadas por vírgula.
Meu amigo, que trabalha no tribunal, ligou. (não há outros amigos: é explicativa).

LISTA DE QUESTÕES
1. (CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de praça.
Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes.
Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de
gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
C) o termo “custoso” (L.3).
D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
2. (EBSERH / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições, explodem espontaneamente, e tem
sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de
Havana, sem esquecer também o do Aquidabã.
A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” explicitaria o sentido condicional
do trecho “submetidas a dadas condições” sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical do texto.
3. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quando o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta, chamando-
o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te dos teus pecados?”, vi que, na sua face devastada pela erosão da
morte, a Dúvida começava a redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos e caretas, numa espécie de
ridícula ressurreição.
Em “reanimando-a”, o pronome “a” refere-se a “Dúvida”
4. (IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)

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Florence preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam próximos à sua casa.
Sidney Herbert, membro do governo inglês e amigo pessoal, pediu-lhe que chefiasse um grupo de enfermeiras
enviadas para o front turco, uma tarefa a que Florence entregou-se de corpo e alma; providenciava comida,
remédios, agasalhos, além de supervisionar o trabalho das enfermeiras.
Nos trechos “Florence preparou-se” e “Florence entregou-se”, a partícula “se” classifica-se como pronome
apassivador.
5. (STM / NÍVEL SUPERIOR / 2018)
Eles [homens violentos que querem dominar as mulheres] se julgam com o direito de impor o seu amor ou o
seu desejo a quem não os quer.
É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a
máxima liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e
grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados
amor ou coisa equivalente?
O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” e “se castigam”.
6. (STM / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Mesmo reconhecendo-se que o objetivo das organizações vinculadas ao Estado não deveria ser o lucro,
demandava-se maior eficiência e transparência quanto ao valor que, efetivamente, elas agregavam à
sociedade. Nesse sentido, as organizações públicas se veem pressionadas a rever suas estruturas e dinâmicas
de funcionamento, a fim de otimizarem seus processos e rotinas, assegurando melhor desempenho e
resultados mais efetivos.
Em “demandava-se” e “se veem pressionadas”, a partícula “se” recebe classificações distintas.
7. (PC-MA / ESCRIVÃO / 2018)
Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de assédio sexual em ambientes
profissionais — como os que envolvem produtores e atores de cinema—, no Brasil, o número de processos
desse tipo caiu 7,5% entre 2015 e 2016.
Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho,
considerando-se só a primeira instância.
Os números mostram que o tema ainda é tabu por aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua
auxiliando empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas não falam por medo de serem
culpabilizadas ou até de represálias”.
Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já recebem queixas de
assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já que as pessoas se
sentem mais protegidas para falar”.
A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para tentar
obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há crime, embora tal comportamento
possa dar causa a reparação por dano moral.
No texto, o trecho “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho”
(L. 4) tem a mesma função sintática de
A) "por medo de serem culpabilizadas" (L.7-8).
B) “mais e mais casos de assédio sexual” (L. 1).

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C) "mais protegidas para falar" (L. 11).


D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” (L. 12).
E) “queixas de assédio” (L.9-10).
8. (EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar
O sujeito da oração iniciada por “Destaca-se” é indeterminado, portanto não está expresso.
9. (IFF / 2018)
Vi terras por onde andaram os dozes pares de França, os heróis do meu Carlos Magno, lido e relido como
história de Trancoso. Vi terras do sul, o mar Mediterrâneo, o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios,
dos fenícios, dos romanos.
Tendo em vista que, no texto CG1A1AAA, algumas expressões têm a função de acrescentar uma explicação
ao conteúdo de outras, julgue o item a seguir:
O trecho apresentado (“o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos”) é uma
explicação do segundo — “o mar Mediterrâneo”.
10. (EBSERH / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)
A primeira grande epidemia [de dengue] ocorreu em 1995, com 1.462 casos autóctones. Posteriormente, com
a introdução dos demais sorotipos, as incidências (casos/100 mil habitantes/ano) apresentaram aumento
cíclico...
A expressão “com a introdução dos demais sorotipos” exprime ideia de causa.
11. (BANRISUL / Escriturário /2019)
As levas de imigrantes se sucederam, e aos poucos transformaram o perfil do Rio Grande. Trouxeram a
agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
Julgue o item a seguir:
Trouxeram a agricultura de pequena propriedade e o artesanato.
O sujeito, em razão do contexto, da forma “Trouxeram a agricultura” é indefinido.
12. (SEFAZ-BA / AUDITOR / 2019)
Atente para o que se afirma abaixo a respeito do fragmento De tão difícil e cruel, a vida parece impossível e
no entanto o povo vive, luta, ri, não se entrega.
Na sequência de orações coordenadas, a última assinala noção de finalidade.
13. (BANRISUL / Escriturário / 2019)
Julgue o item a seguir:
A partir da década de vinte do século XIX, o governo brasileiro resolveu estimular a vinda de imigrantes
europeus, para formar uma camada social de homens livres.
A oração destacada para formar uma camada social de homens livres tem valor causal.
14. (Prefeitura de Recife - PE / Assistente de Planejamento / 2019)
Julgue o item a seguir:

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Ocorre voz passiva no item abaixo:


Ao se identificarem nossos objetivos com os dos animais, em nada se reduz a altura da nossa consciência.
15. (DETRAN-SP / OF. ESTADUAL DE TRÂNSITO / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
São os atrativos de uma mulher bonita que a propaganda investe para que se atraiam os consumidores.
16. (ISS MANAUS / TÉCNICO DE TI / 2019)
Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande um pouco.
A frase acima ganha uma nova redação, em que se preservam sua correção e seu sentido básico, na seguinte
versão:
(A) A despeito de ser mais velho que eu, não é de se admirar seu mal funcionamento.
(B) Tendo em vista de que seja mais velho que eu, não causaria espécie se ele desandasse.
(C) À medida que seja mais velho do que eu mesmo, não se admire que ele funcione mau.
(D) Sendo mais velho que eu, não espanta que não trabalhe sempre com regularidade.
(E) Pelo fato de ser mais velho do que eu ninguém se admira se ele vir a desandar.
17. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
A vida privada não é uma realidade natural, dada desde a origem dos tempos: é uma realidade histórica. A
história da vida privada é, em primeiro lugar, a história de sua definição: como evoluiu sua distinção na
sociedade francesa do século XX? Como o domínio da vida privada variou em seu conteúdo e abrangência?
Afirma-se com correção:
No primeiro período, o segmento de valor adjetivo dada desde a origem dos tempos caracteriza A vida
privada, estrutura esta última que exerce a função sintática de sujeito.
18. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
A questão é tanto mais importante na medida em que não é certo que seu contorno tenha o mesmo sentido
em todos os meios sociais. Para a burguesia da Belle Époque1, não há nenhuma dúvida: o “muro da vida
privada” separa claramente os domínios. Por trás desse muro protetor, a vida privada e a família coincidem
com bastante exatidão. Esse domínio abrange as fortunas, a saúde, os costumes, a religião: se os pais que
querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a família de um
eventual pretendente, é porque a família oculta cuidadosamente ao público o tio fracassado, o irmão de
costumes dissolutos e o montante das rendas. E Jaurès2, respondendo a um deputado socialista que lhe
censurava a comunhão solene da filha: “Meu caro colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu
não”, marcava com grande precisão a fronteira entre sua existência de político e sua vida privada.
Afirma-se com correção:
Em os pais que querem casar os filhos consultam o notário ou o pároco para “tomar informações” sobre a
família de um eventual pretendente, o isolamento da oração adjetiva por meio de vírgulas não alteraria a
relação sintático-semântica que estabelece originalmente com seu antecedente.
19. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
E Jaurès, respondendo a um deputado socialista que lhe censurava a comunhão solene da filha: “Meu caro
colega, você sem dúvida faz o que quer de sua mulher, eu não”, marcava com grande precisão a fronteira

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entre sua existência de político e sua vida privada.


Sobre o que se tem no trecho acima transcrito, comenta-se com propriedade:
O desenvolvimento da oração reduzida respondendo a um deputado socialista deve gerar a forma “ao
responder”.
20. (ISS SÃO LUIZ / AUD. FISCAL DE TRIBUTOS / 2018)
Julgue o item a seguir.
Diziam que pelo fato de a presença de um animador ser incômoda, muitos recusariam participar da
confraternização dos veteranos; mas enquanto vigir o respeito ao combatente mais idoso é a ele que todos
seguirão, e tudo indica que, daqui há duas semanas, todos lá estarão.
21. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Partindo do caso específico das instalações, o autor nos leva a refletir sobre o que considera a força intrínseca
de toda obra de arte.
22. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Transpondo-se para o discurso direto, em linguagem adequada, o segmento Disse-me o artista na exposição
que aquela sua instalação deveria comover-nos mesmo sem a sua explicação, obtém-se a construção:
Disse-me o artista na exposição:
(A) – Essa instalação minha deveria comover mesmo que vocês não a explicassem.
(B) – Eis uma instalação minha cuja comoção não necessita mesmo de sua explicação.
(C) – Esta minha instalação deverá comovê-los mesmo que eu não a explique.
(D) – Aquela instalação deveria comover vocês ainda que não a expliquem.
(E) – Aquela minha instalação deve comover-lhes mesmo sem o que a explique.
23. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Uma nova, clara e correta redação da A crônica foi, para ele, um gênero eminentemente confessional, e os
fatos, nada mais do que os fatos, sua matéria-prima. poderá ser:
O confessionalismo das crônicas, que adotou como gênero, as quais eram marcadas pelos fatos como base
de sua matéria-prima.
24. (TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados no segmento:
(A) Sua vida sobreviveu guardada nas mais de 15 mil crônicas.
(B) Resolvi usar as crônicas como se fossem uma longa entrevista que Braga tivesse me concedido.
(C) Grande parte dos relatos do livro não tem a pretensão de ser uma reconstituição fiel dos fatos.
(D) Toneladas de acontecimentos estão cimentadas pela força do lirismo.
(E) A vida não basta, é preciso dar sentido ao viver, ou tudo se evapora.
25. (TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
As vírgulas foram empregadas para isolar um segmento explicativo em:

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(A) Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo...
(B) O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário.
(C) ... os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, servem como arena de
ideias e soluções.
(D) ... de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como
tais.
(E) São líderes comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas.
26. (TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
No contexto, os elementos sublinhados que apresentam a mesma função sintática se encontram em:
(A) o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa // os eleitores haveriam de aprender a exercer a
democracia
(B) A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande // sua capacidade de atingir mais leitores se
multiplica na internet
(C) O jornalismo de verdade (...) é sempre elitista // os veículos (...) servem como arena de ideias e soluções
(D) O que nos remete à questão do início // a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas
(E) conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior // A imprensa, que vive de
cobrir crises, sempre esteve em crise
27. (DPE-RJ / TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO / 2019)
Sobre uma nova espécie de droga, as smart drugs, a chamada para um texto de jornal diz o seguinte:
“Drogas apelidadas de smart drugs por supostamente aumentarem a inteligência ganham cada vez mais
adeptos, apesar de pesquisas desmentirem seus efeitos”.
A substituição de um conectivo que está corretamente realizada é:
(A) “por supostamente aumentarem” / já que supostamente aumentassem;
(B) “por supostamente aumentarem” / visto que supostamente aumentavam;
(C) “apesar de pesquisas desmentirem” / embora pesquisas desmentissem;
(D) “apesar de pesquisas desmentirem” / ainda que pesquisas desmintam;
(E) “apesar de pesquisas desmentirem” / mesmo que pesquisas desmentem.
28. (DPE-RJ / TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA / 2019)
Numa parede de uma fábrica de cerveja de Tiradentes (MG), estava escrita a seguinte frase: “Há bares que
vêm para o bem”.
Sobre a estrutura e o conteúdo semântico desse texto, a única afirmativa INADEQUADA é:
(A) a estrutura dessa pequena frase é de caráter intertextual;
(B) a repetição fônica vêm/bem auxilia a apreensão da frase;
(C) a oração “que vêm para o bem” explica o sentido de “bares”;
(D) a forma plural “vêm” concorda com “bares”;
(E) a forma verbal “Há” tem sentido de “existência”

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29. (TJ-SC / ANALISTA / 2018)


“Afinal, se queremos algo, além de ter um alto QI, é necessário desenvolver uma sabedoria excepcional”.
A forma adequada de uma oração desenvolvida correspondente à oração reduzida sublinhada (texto 2) é:
(A) o desenvolvimento de uma sabedoria excepcional;
(B) que desenvolvemos uma sabedoria excepcional;
(C) que desenvolvêssemos uma sabedoria excepcional;
(D) desenvolvermos uma sabedoria excepcional;
(E) que desenvolvamos uma sabedoria excepcional.
30. (TJ-SC / ANALISTA / 2018)

Sobre a frase dita por Einstein, é correto afirmar que:


o termo “Galileu”, por ser um vocativo, deveria ser colocado no início da frase.

GABARITO
1. LETRA A 9. CORRETA 17. INCORRETA 25. LETRA A
2. INCORRETA 10. CORRETA 18. INCORRETA 26. LETRA E
3. INCORRETA 11. INCORRETA 19. INCORRETA 27. LETRA D
4. INCORRETA 12. INCORRETA 20. INCORRETA 28. LETRA C
5. INCORRETA 13. INCORRETA 21. CORRETA 29. LETRA E
6. CORRETA 14. CORRETA 22. LETRA C 30. INCORRETA
7. c LETRA B 15. INCORRETA 23. INCORRETA
8. INCORRETA 16. LETRA D 24. LETRA E

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