Facilitação AVD

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13 Erika Teix inTRODUGAO « reabilitact tem como meta tornar 0 paciente com swmiplegin tao independente quanto poseivel em reu dia ‘a dia, Para 0 paciente adulto, tal independéncia é 0 pri- stom passo importante para voltar a viver como antes do Acdente Vascular Cerebral (AVC)' . A independéncia permite ao proprio paciente escolher onde, quando ¢ com je gostaria de viver, ou ainda se deseja estar s0- uinho’. 0 ato de submeté- Jo a treino, ou efeito de treinar no contexto da reabilitag&o tem outro sentido, que nada rune € que “torné-lo apto a”, ou seja, torné-lo capaz de realizar suas atividades de maneira independente. ‘Algumas consideragies sio importantes quando yensamos na maneira que o paciente executa essas ati- videdes cotidianae': quem + Ainfluéncis da qualidade de seus movimentos em con- junto, * Qualidade do movimento influencia sobre o grau de ‘apacidade para readquirir fungao. * Todos o6 afazeres devem ser executados de maneira ue se evitem reagbes associadas. * As sequéncias de movimento devem ser econdmicas © normais quanto possivel e posturas corretas devem ‘er estimuladas ‘near se o movimento conduzido, em muitos casos, ser iniciado antes de ser estimulado de forma avr tomética, * Opaciente aprende com mais facilidade nav situasiee Sitidianas, Sob circunstancias reais, é mais facil ¥e- correr a capacidades funcionais armazenadas anter Tormente, PACILITAGAO DAS ATIVIDADES SICAS DE VIDA DIARIA No recente documento “Estrutura di Pratica da Te- rapin Ocupacional: Dominio & Proceso”, uma das areas de desempenho de ocupacio sto as ABVDs(Atividades Basicas de Vida Didria), As Atividades da Vida Draria sho todas as atividades orientadas na direcdo de cudar do proprio corpo ¢ de fazer a rotina bisica'. Elas se divi- dem conforme listado no Quadro 13.1 O primeiro passo na reabilitagdo dos pacientes pos- -AVC 6 favorecer a recuperagdo funcional do membro superior comprometido, seja como dominante, ou auxi- liar na realizagéo das atividades do cotidiano’ Na maioria das vezes, esses pacientes acabam mo- dificando a maneira de realizar a tarefa, ficando restrito ‘0 uso de adaptages apenas nos casos em que o membro superior comprometido ndo pode auxiliar nas fungses, nem como apoio’. ‘A “atividade normal’ ndo utiliza meios auxiliares para promover a independéncia, a nao ser em dltimo ca- 0, Os equipamentos auxiliares podem ser usados com 0 objetivo de reduzir 0 esforgo e o grau de deficiéneia para completar ou compensar os padres motores normais® ‘Alguns exemplos de equipamentos podem ausiliar nas atividades, favorecendo o uso do membro comprome- tido ou compensando os padres motores normais. Neste capitulo serio abordadas algumas dicas ¢ estratégias para as seis das 10 AVDs mais comuns aos pacientes hemiplégicos, a saber: alimentar-se, banho, vestir-se, mobilidade funcional, higiene pessoal e autocuidado, v atividade sexual, As Atividades Instrumentais da Vi- ‘da Didria (ALVDs), por serem muito diversificadas ¢ dlopendentes a cada sujeito, no serdo abordadas neste capitulo. Digitalizado com CamScanner capitate 13 F420 como mobil chuveto, bane _1—— ALIMENTAR-SE ia, sio capazes de em sua maioria, sf Os hemiplégicos, ior jon, porém, pa ce alimentar sozinhos com uma da mi nto oe area a troce de dominincia. Os cuidados maores durente a atuagdo da terapia ocupacional no treing ¢ ‘alimentag&o serdo frente aos engasgos € ate hos casos de disfagia, Além do posicionamento, também precisa-se sempre trocar informagées com a equipe, nes- te easo com o fonoaudidlogo, para seguir as orientagdes dadas a cada caso (ver Capitulo 27). Para se obter um resultado funcional nesse proces- 60 é importante observar o posicionamento, favorecendo sempre a simetria do tronco, quadril, joelho e tornozelo, mantendo-os a 90 graus. O ideal é sentar de preferéncia em cadeira comum e conjuntamente com a famflia. Sen- tar ereto e o mais préximo possivel da mesa, com os pés ‘poiados no chéo ou sobre um apoio de pé, ‘0 Membro Superior (MS) comprometido deve sem- pre estar sobre a mesa, para que haja estimulo sensorial @, na medida do possivel, deve ser utilizado funcional- Lan oar que seja como apoio, ombro anteriorizado (Rexao) e antebra (. smo a0 prato favorecom a faciitagdo douse ¢ Keay ob o controle visual. Para que o brago no deslize da meaa, 4 cadeira em diagonal em relacio a mesa poderé melho. rar 0 apoio do MS comprometido (Figura 13,1), Para pacientes pés-AVC, com hemiplegia, a maior difculdade serd a de cortar alimento, muitas vezes por ausénels te fungdo bimanual ou por fraqueza na prosnehe © nat pore ST 510 a eae PTR Desc gs do HPO: m6 ze eng sier-se 18 pOsiGEO ara O us, "jes de menstTuactO € de con® do controle dos movment, controle 38 B98 Ung — go dese)0d®: PSA" 8 ups aa~ res colaca€ AUST OUPAS ey a ia da boca 00 erraggy —~ J boca Cine alimen “5 desempeno das atividades di cadeitas de od8s, C22, CAT, bose, cael transporte de obj = Carne To “p remover cOsmBtICOS lavar, tay a pn at es cldar da ple, ove, 05 e uat Mo dental, rernover,liMpar e rer, os wor ¥ rote par elias —ciia soa experancis de com os ours (Pes, teay a 00 e-em uma série de po’ de auséneia de fungao bimanual é neces ‘rno motor e a medida que tex, etorno de movimento, estimular @ participacs: fangio de apoio no talher © o uso bimanual pars px: o copo e austentar com a outra méo, nao comproas da (Figura 13.2), Nas preensées fracas, um talhere: cabo engrossado favorece a preensdo e 0 uso fin nal desse membro (Figura 13.3). Quando o cliente consegue cortar por plegia do hemicorpo e pretente: torné-lo independente, 6 importante, nesse monet: priorizar a adaptagao de facas em balango ou mest cortador de pizza (Figura 13.4), Isso nao signific « exemplo, que o paciente utilizaré esse recurso deft vamente, mas este servird como recurso temporaria’ por um perfodo maior de tempo, dependendo do rete motor e da estimulagao durante a terapia para re" dessa fungéo, Nas alteragdes cognitivas como apraxia mole! nogligéncia, hemianopsia e alteragdo da atencio, mas estratégias so importantes de ser utilizads® como: No caso rio ir avaliando 0 reto! 4 ; 7 + Apraxias motoras: a condugao com auxilio do tera ta, para reaprendizado do movimento. + Déficit de atendo: evitar muitos estimulos 40 refeicdo, como por exempla, televiséio ou rédio varias pessoas conversando ao mesmo tempo" te do paciente ou com ele. a + Negligéncia e hemianopsia: quando o pacient® ® menta apenas do contexido de um dos lados 4°” ast wn Digitalizado com CamScanner ag 121 Pstionamert 8 ES, Foe: Arquivo Peso figua 13.2 Fungo bimanual. Segurando 0 copo. Fonte: Arquivo Pessoal. crinatéloe estimulé-lo a gira o prato para se certifi car de que ele realmente comeu toda a refeicio. TOMAR BANHO, LAVAR-SE cangeittt banho, lavar-se & uma atividade que de- Sint ndo somente orientagdes, mas em muitoe 2808 0 ee ‘e ensino de técnicas seguras. Como se ans Atvidade que envolve falta ‘de equilibrio e lidade do individuo, além de recurso de Agua ° 88° daaga te Recoundrio trabalhar, noses situagao, meios “iequasio de ambiente, tema fabordado no Capitulo Adaptagao do Ambiente. Figura 13.3 Taher com cabo engrossado. Fonte: Reproducio com per rmissio de Sammons Preston®. Figura 13.4 Faca em balanco. Fonte: Reproducio com permisséo de Sammons Preston®. ‘A postura adotada nessa atividade dependeré do componente de desempenho motor, capacidade de par- ticipagio e equilibrio. Pode-se inicié-la no leito ¢ em seguida sentado ~ j4 no bankeiro — e depois em pé, na nedida em que ee tenha mais controle de movimento equilibrio. Quando iniciada a atividade sentada, precisa-se também avaliar a altura do banco ou cadeira, pois esta poderé facilitar oficar em pé. Isto poderd ser graduado, po passo que se tenha mais controle e fungio do sentar e levantar. “alguns bancos so préprios para essa atividade, in- lusive com graduagéo de altura Figura 18.6), Nos pisos, cig dentro como fora do boxe, deve sempre haver tape- tes antiderrapantes (Figura 13.6). *)'MS hipot6nico deve ficar ao lado do corpo no mo: mento de inclinar-se para a frente, no momento em que Digitalizado com CamScanner Capitulo 1 for lavar o pé ou a perna. Bs que *preso” entre o tronco e 8? esses no ombro. Muitas veres o paciente profere tomar 0 banho, porém part Hvar © corpo, ele deve adi fiver seguranga em pé ¢: para realizagao 0 fato de fiear menta a confianga © mel! deve-se resealtar que 0 i fungdo e a independéncia, for utilizado como apoio, € atividade nio ser realizada. dade nis t5 contralateral ao MS hemiplégion Ao bém uma dificuldade constante, Devos orientar © eermular opaciente a usar omembro hem DICE Co tendo ceri ombro como apoie,& medida que apresente 8) pouco de funcionalidade (Figura 13.7). Caso i800 no se- Ja vidvel, somente estimuls-lo para posicionar luva na ve eihomiplégicaeestregar obrago contralateral sobre & bucha (Figura 13.7) hora a Ps important uma vez que § ‘0 outro néo tive! \des NO banho a: opaciente poderh uti lig, vara eapemier COM ADeNAy yp pos, career o pane MA orneita ou AUXiliar gy feng eompromelid sobre 9 POT 1 |. Em alguns casos 0 04° de escova de cabo longs eipdependncia om 18var MMII 6 18 conta," ‘ya ot pano: col0car 0 sabiy ve um pano #ec0, estregando q Mu, Tima do saboneto, ow wHlizay sabonote liquide," age on objetos de uso 00 aleance Ons soon enaugn, 0 pacont deve Manet na, gomo permanscer sentad ? tu procodimentos, assim 7 ‘bimanual com o proposito do favoreoor a fy pificulds + Torcer # java peauen® juva ou buch fungiio ¢ estimulo, tanto ‘sensorial como funcional do men, hemiplégico. | VESTIR-SE No vestuério é importante, antes de se iniciar q, tionar o individuo sobre qual era a mancira qu tiotiaava a atividade, para entdo avaliar qual 8 jx ra Figura 13.5 A Banco com regulagem de altura Fonte: Re mmons ©, eas gem de altura. 2: Reprodugo com permisséo de Sar 10ns Preston®. B. Cadeira com _ regulagem Fonte: Reproduséo com permissdo de Sammons Preston® Figura 13.6 A eB Tapete anti : antiderrapante, Fonte: Repraducio com nermices 10 COM permicesn dn c= Digitalizado com CamScanner sal que oferoce mais independéncia,levando-se em Sian segurance : i fstura poder eer no Tito, sentado ou em pé Iso snort do controle motor constatado apts avalia, eporzase, compre, vestir-se inicialmente sentado ae Bove pé, quando howver seguranga, edensetem varias maneiras de tirar © colocar a roupa, tog deve verificar como o paciente faz, Caso ainda Ur sje possvel realizar da forma usual do individuo, 0 ws indicado 6 seguir a orientagao de vestir primeiro o fis hemiplégic e, para despir, o lado hemiplégico sem- re por stim. ‘A regra bésica para vestuério, tanto de tronco supe- sorcomo de inferior (sentado e em pé), esta demonstrada nas Figuras 13.8 e 13.9). Dicas vestudrio ~ tronco superior « Difculdade para vestir 0 brago hemiplégico: colocar a nanga entre os MMII e colocar o brago pela manga, deixando-o descer. Alteragées perceptuais: colocar a blusa, na postura em pou sentada, na frente de uma mesa com apoio de travesseiro para maior referéncia. Uso dos cantos: em pé ou sentado, pois auxilia a per- ceppio do meio do corpo, fornecendo maior simetria e seguranga, Sutié: abotod-lo antes de vestir; modelos que fecham na frente ou “top” vesti-los como uma camiseta. Boles, fechos e 2fperes: treinar para segurar com 8 ‘no comprometida um dos lados e com a outra mao ‘entar encaixar, Caso no consiga, pode-se costurar oS ‘neaixes ou adotar uso de Velcro®. Dicas vestuatio - tronco inferior Pode er veada uma mesa na lateral ow & frente do pa Gente para facilitaroficar em pé e como apoio lateral, 4 ba segurar 0 és da calga. dante de tronco ausente: colocar a calea deitado em a ibito dorsal, inclinando o tronco lateralmente ¢ Vr [Rt Pata decibito lateral para puxar ou fazer @ "Por “fim de passar a calga pelas nédegas- + Bom controle de tronco: colocar a calga em pé (exige um bom membro inferior). Utilizar o canto da parede, em caso de déficit de equilibrio. + Dificuldade para amarrar 0 sapato: sapato com Vel- cro®, cadargo de mola ou adaptagao da tarefa com uso de née lago com uma mao #6. Outra maneira de amarrar os sapatos ¢ utilizar-se somente de uma das maos de acordo com a sequéncia a0 lado igura 13.10) MOBILIDADE FUNCIONAL A mobilidade funcional envolve a atuagao do tera- peuta ocupacional dentro das ABVDs, pois para que realize as atividades o individuo precisa se mover de um lugar para outro, como por exemplo levantar-se da cama para ir ao banheiro, ou pegar sua roupa no armério, as- sim como pegar alimento na eozinha, entre outras. Considera-se mobilidade funcional: + Mover-se de uma posigao para outra. ‘Mover-se para outros lugares — durante desempenho das ABVDs. + Mover-se na cama, cadeira de rodas e transferéncias. + Mover-se da cama para cadeira, carro, banheiro, chu- vyeiro e chio. + Inclui deambulagdo funcional e transporte de objetos. Existem varios tipos de equipamentos e suportes que auxiliam nessa mobilidade, tanto no mercado nacional como no internacional. Entretanto, muitas vezes, aos pacientes hemiplégicos no inicio de seu tratamento, ten- ddo em vista o seu retorno neurol6gico, a principio ndo se indica os equipamentos e, sim, a utilizagéo do corpo e ttratégiae que facilitem essa mobilidade funcional. ‘Nas transferéncias e suportes de apoio para mobi- Iidade, as articulagSes que suportam mais apoio sf: qccdpula ¢ quadrl. Apés qualquer mudanga postural, ealizar uma pausd para quo o paciente se organize. Digitalizado com CamScanner F Figura 13.8 Vestindo tronco superior, sentado. ia) Verbalizar o que seré feito, solicitar sua participagdo 6 garantir que a manobra seja realizada com seguranga®, Sao varias as possibilidades e variages ante trans- feréncias e mobilidade funcional. Neste capitulo sord abordado somente o passar de deitado para sentado e sentado para em pé, o que permite estimular a mobilida- de e o suporte para favorecer as ABVDs, FES SE Fonte: Teixeira etal. (2003). af if Figura 13,9 Vestindo tronco inferior sentado, e no final em pé, Fonte: Teixeira et al. (2003)'. Transferéncia de deitado para sentado / ‘Na posi¢do deitado para levantar em diagon™ Quando o paciente tem incapacidade mais terapeuta passa uma das maos por trés do se" apoiando-o na altura da escdpula; a outra mio crista iliaca do paciente, que esta com as pernas Digitalizado com CamScanner gen 1310 Sequéncis de amarrar 0 sapato, Fonte: Biesemeyer in spendentes na cama; finalizando a transferéncia, o tera- swat incina 0 troneo do paciente na diagonal contréria, fnendo como um péndulo, sentando-o'. Naposigao deitado sobre o lado nao hemiplégico Deslocar 0 MI néo parético sobre a beira da cama, antendo o joelho flexionado, facilitado pelo ajudan- te (ado hemiplégico). Depois mover a mao saudavel de fama que 0 apoio no antebraco e depois na extensao éecotovelo levante o tronco pressionando a cama. Le- Tunlase o paciente pressionando a cama para que ele tle, deslocando maior peso para o lado hemiplégico ¢ ‘entireitando, Esta forma 6 mais comum, porém nao @ laa nao estimula o lado hemiplégico na funcdo acon 888 peso nele, Porém a maioria dos casos dos ‘tes que tém dor no ombro hemiplégico s6 conseeue Pesicionado dessa maneira. Nopesica ; my deitado sobre o lado hemiplégico (Figura nit MI parético sobre a beira da cama, man- ters lho flexionado (lado hemiplégico). Depo ata) his do saudavel de forma obliqua diante do corpo loparético, para pressionar a cama. Levanta-s° Figura 13.11 Tansferéncia de deitado para sentado Sob o lado heri- Plégico. Fonte: Desenho por Gabriele Nunes Moraes. pressionando a cama para sentar, impulsionando o mem- bro inferior saudavel para a frente sobre a beira da cama a fim de apoiar o alinhamento por meio do contrapeso!. Transferéncia de sentado para em pé, com pacientes mais dependentes (Figura 13.12 A e B) Nos pacientes mais dependentes devemos verbalizar toda a acdo e solicitar a participacao, neste caso uma se- quéncia de agdes 6 mostrada a seguir’: + Trazer quadril do paciente mais para a frente. + Verificar se os pés estdo bem apoiados e alinhados. «+ Ficar na frente do paciente, do lado hemiplégico. + Um dos pés do terapeuta fica na frente do pé hemiplé- ico. + Uma das macs do terapeuta sob o quadril do lado he- miplégico e a outra na escépula do lado oposto. + OMS hemiplégico nio deve estar apoiado no ombro do terapeuta. + Pedir que o paciente se levante. + Dar tempo para que o paciente inicie o movimento. + Os terapeutas devem usar mais as pernas e menos as costas. Transferéncia de sentado para em pé, com pacientes menos dependentes (Figura 13.13A e B) Deve-se verbalizar toda a agdo e solicitar a participa- dodo paciente, observando a sequéncia de ages abaixo!: | Usar uma referéneia se necessario: mesa na lateral, ‘um banco na frente, a méo do terapeuta. Verificar se os pés estdo na mesma linha. «pode ser dado, se necessério, um estimulo sobre o joe- Iho do lado hemiplégico”. Digitalizado com CamScanner ra 13.12 Ae B Transferring, Oorpara em pe Fonte Deserta B briele Nunes Moraes. Figura 13.13 A e B Transferéncia de sentado para em pé. Fonte: Desenho por Gabriele Nunes Moraes. HIGIENE PESSOAL E AUTOCUIDADO. Essa atividade, de acordo com a AOTA (2020), 6 classificada pelas atividades de: obter e utilizar su- Plementos; depilar-se (p. ex., usando gilete ou pinga); aplicar e remover coeméticos; lavar, secar, pentear, mo delar, escovar e aparar 0 cabelo; cui (das ios e dos pés); euldar da pele, ouvidos, olhos ¢ nariz; passar desodorante; limpar a boca, eecovar os dentes ¢ assar fio dental, remover, limpar e reinserit aps” ¢ préteses dentarias, al! Bssas ABVDs nocossitam da fungio biman™ 60, 0 ideal 6 que se tente colocar 0 MS compro na fungao, desde que este apresente componente? bilidades de desompenho) para tal, ou de outr® que o MS comprometido seja utilizado soment® apoio. Digitalizado com CamScanner pennsterseenren da mio para funcdo ao escovar os den- rte br 8 xuativdade de escovar os dentes, a0 abrir a pasta e luda na e8cova, © USO da mao como apoio é bem favo- otjamentanto, depende da ajuda do lado contralateral aires etapas na funcio (Figura 18.14) ‘No caso do fio dental, prétese © no barbear-se, as ssnagies auxiliam no desempenho ¢ pode-se deixar 0 seamprometido apoiado como estabilizador do tronco de postura em pé, ou mesmo sentado. ‘No caso de o paciente nfo possuir esse componente jen estabilizar a ajudar na fungdo bimanual, algu en edaptagées podem ser necessdrias, conforme dicas atin: Dicas na higiene pessoal e arrumar-se + Limpar as unhas: escova de unhas encaixada na mao comprometida ou escova de unhas com sucgao. + Fazer barba: barbeador elétrico. + lovar a prétese dentdria: escova de unhas com ven- toca (Figura 13.15) ou escova para encaixe nas méos, ependendo do caso. * Fodental adaptado (Figura 13.16). ATVIDADE SEXUAL Engajar-se om uma série de possibilidades para ex Wessio sexual e experiéncias de si com 08 outros (P. x» t, beijar, preliminares, masturbagdo, sexo oral @ iemegptta: Bate assunto 6 delicado porque ainda inttbu, ainda mais quando se refere a pessoas om cia, porém, é necessério abordé-lo apés ter mals cont pasiente,Diversos estudos veferenciados 10 site AOTA 202 sugerem que se deve perguntar ds esas, AVC, logo apés a alta e nas avaliagées 4° ag og Anus, se elas tm alguma preocupagao com * parceiros também devem ter a oportunidade de 6 Figura 13.18 Lavar a protese dentéria. Fonte: Arquivo Pessoal Figura 13.16 Fio dental adaptado. Fonte: Arquivo Pessoal. levantar quaisquer problemas. Pessoas com disfungao sexual apa AVC que desejam mais ajuda devem ser: + Avaliadas para causas trataveis, incluindo uma revi- siio de medicacdo, assegurado que a atividade sexual no 6 contraindicada apés o AVC e é extremamen- te improvavel para precipitar um novo episédio da doenga. « Avaliadas para disfungdo erétil e 0 uso de um inibidor da fosfodiesterase tipo 6 (p. ex., sildenafil); desaconse- Thadas ao uso de um inibidor da fosfodiesterase tipo 5 por trés meses apés o acidente vascular cerebral e / ou ‘até que a pressio arterial seja controlada, | Encaminhadas a um profissional com experiéneia em problemas psicossexuais, em caso de disfunglo sexual persistente. « Orientago quanto ds posturas para favorecer a rela- cdo, principalmente quando o paciente tem um tOnus elevado de MS e MI. Vaso sanitario e higiene no vaso sanitario Obter ¢ utilizar suplementos para 0 uso do vaso anitério, manejar roupas, manter-se na posigho para Digitalizado com CamScanner ida Diane’ vi Capito 18 Faciitagho das Atviades Bosca 4 413.17 Elevacio da base do vaso sanitaio, Fonte: Reproducdo Figura 130 de Sammons Preston®. com permiss uso do vaso, transferéncia do e para 0 Vas: limpar 0 corpo, cuidados com necessidades de menstruacdo @ de Continéneia Gneluindo cateter, colostomia, manele de supositério), manutengao intencional do controle dos de bexiga e para urinar, e, se necessiric, movimentos itrole da be- utilizar equipamentos ou agentes para o cont i xiga (Uniform Data System for Medical Rehabilitation, 1996, pp. IIF-20, I-24) apud AOTA, 2020 vAvaliar @ simular a realizagdo do uso do vaso sa- nitério, simulando o contexto do paciente nos permite entender em cada caso, qual a melhor estratégia de cio: entender os componentes necessérios que faltam para realizar a tarefa ¢ atuar no aprendizado motorde- Jes; entender o quanto o ambiente pode contribuir para autonomia do paciente, ee adaptarmos algumas coisas, como por exemplo 0 uso de barras de apoio, elevacdo da base do vaso sanitdrio ou suporte de elevagao, facilitando osentare levantar, é uma forma de entender qual a me- Thor agao para tornar ease paciente mais independente de forma segura e autonoma. ALTERAGOES COGNITIVAS Nos casos de AVC com alteragdes cognitivas associa- das, além das dicas e sugestées dos treinos das ABVDs, precisa-se inicialmente avaliar quais so as alteragdes especificas de cada individuo. um Combines o tabalho de eatinulasto, presente om cada atividade, com as eatratégias especificas exigidas ¢ recomendadas nas evidéncias sobre alteragiee de fun. vies corti a fim do favorser maior desempenho na atuagio do terapeuta oeupacional, Sobre evidéncias pda -AVC, ¢ interessante Ie ft en ler o Capitulo 6, Pratica Baseada CONCLUSAO Neste capitulo foram abord: lads i cevencni par odesempenho das ADV eens et? requen. te necesshrins 808 individuos pow Aye, torent & hemiparesia/hemiplegia como y, apre: pire motor & 4 uns atividades. mie 08 tens enfocedos nao ey, tay atuagao do terapeuta cupacional nas ABVDs, ma. auiigumas dae ostratéeias @ adaptagies de mt dispositivos, como possibilidades que devera sey" "y das para cada caso. 6 terapeuta ocupacional, 80 trabalhar com ga, po de clientela, deve contemplar 08 vitrios aspee, vida do paciente, tais como: fisicos, emocionais, sc Jaborais e de lazer, assim como pensar eM ery as as dicas, favorogam a autonomig , de cada paciente, levando-se sempy (0 08 desejos e vontades ante, a te, alte hg consequentemente, alteragie, “ nais em 8 Cabe destacar a) que, associad dependéncia consideraracao quais #4 das estabelecidas. ‘Todo individuo, dentro de suas condigdes, tem 9 reito de eseolher sobre sua independéncia ¢ auton Cabe aos terapeutas ocupacionais identificar tas qy toes e adequar o ambiente, bem como estratégias diay de cada necessidade identificada. ‘A avaliagdo da terapia ocupacional, ampla e « plexa, auxilia a identificar necessidades © compor) demandas e metas de trabalho, favorecendo asin; pessoas pés-AVC, qualidade de vida e fungéo, ou men fornecendo orientagdes quanto A facilitagio para qe auxilia esses individuos. 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