Spoiler Do Livro Querida Infância - Cartas Que Acolhem A Criança Interior

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Spoiler do livro:

Querida infância - cartas que acolhem a


criança interior
Introdução
Foi em janeiro. Janeiro de 2022 para ser mais exato. Lembro que perguntei
aos meus seguidores, de forma bem despretensiosa, o que eles poderiam
dizer para a infância deles, caso tivessem a oportunidade de dizer. Recebi
um pouco mais de 1.100 textos na minha caixa de entrada do Instagram.
Percebi que escreveram num formato de carta. Como se fosse realmente a
realidade deles. Senti amor, carinho, respeito, empatia e acolhimento. Senti
o que tanto eles mesmos gostariam de sentir, desde a infância. Mas que não
sentiram daqueles que os cercaram durante a jornada de vida, até então. Na
época, produzi um episódio piloto de um podcast. Mais uma vez, de forma
despretensiosa. Começava ali o que hoje tornou-se um livro. Esse livro
aqui. "Querida infância". Ao lançar o episódio piloto, diversas pessoas me
chamaram dizendo que se identificaram com as palavras e reflexões
daquele único episódio. Passaram a pedir mais. Começaram a assistir
outros vídeos que publiquei sobre acolher a criança interior. Passei uma
temporada contextualizando as pessoas sobre o porquê dessa prática, de
acolher a criança interior. Expliquei como os traumas de infância estão
associados com os bloqueios emocionais e como acolher a infância, a
criança interior, é o caminho para a liberdade. Tudo o que nos ocorreu na
infância configurou a forma que enxergamos e lidamos com o mundo ao
nosso redor. Se sentimos rejeição, abandono, humilhação, injustiça e
traição dos nossos pais, o que podemos esperar daqueles que nos cercam?
Se a própria família, com a expectativa que temos de amor, aceitação e
acolhimento, acabara por traumatizar e gerar em nós o medo? Algumas
perguntas ficaram sem respostas. Feridas ficaram abertas. Sentimentos e
emoções desamparadas. Uma infância esquecida e negligenciada. O que
nos levou a sempre esperar mudanças daqueles que nos feriram, ou
daqueles que nem parte fizeram da ocasião que nos feriu. Nos frustramos.
Bloqueios emocionais foram gerados. Ansiedade, depressão, medo da
rejeição, dependência emocional, isolamento, insegurança, perfeccionismo
e por aí vai. Bloqueios que nos impediram de viver, e ainda nos impedem.
Bloqueios que até tentam nos proteger de reviver o passado. Mas que
procrastinam a cura e a liberdade em se viver um presente mais leve e um
futuro de paz. Em Julho de 2022 refiz a pergunta que antes havia feito em
Janeiro. Recebi outras 900 cartas. Dessa vez, fui além de um episódio
piloto. Decidi lançar pelo menos 10 episódios. 2 explicando mais sobre a
relação dos traumas de infância com os bloqueios emocionais; meu papel
como psicanalista numa jornada de cura e superação; nosso papel, como
seres humanos que somos, na missão de acolher e ressignificar nosso
passado e muito mais (deixei vestígios e profundidade desses pontos em
algumas reflexões espalhadas pelos capítulos deste livro). Outros 8
episódios contendo cartas que acolhem a criança interior e reflexões que
curam as feridas emocionais. Foram mais de 19.000 ouvintes. Centenas de
mensagens desses ouvintes dizendo que estavam se identificando com as
cartas e recebendo o acolhimento que tanto precisavam através das minhas
reflexões. Foi então que percebi que poderia convidar, de uma forma
diferente, além dos vídeos e áudios, cada um que me segue e que deseja
viver a liberdade de uma vida com acolhimento, amor e respeito. Foi então
que percebi que precisava convidar essas pessoas, convidar você aí, a
mergulhar nas profundezas, onde fica nossa criança interior. Resgatá-la
para percebê-la. Ouvi-la para acolhê-la e então conviver com ela durante
esse presente que podemos chamar de agora. Esse livro não traz respostas,
traz reflexões. Traz profundidade, singularidade, identificação e
acolhimento. Você não lerá palavras difíceis aqui como forma de expor
uma intelectualidade minha. Isso pouco me importa. Meu papel é te
convidar para mergulhar em você. Pensar e refletir sobre sua jornada.
Acolher sua criança interior. Desfrute de cada palavra, cada pergunta, cada
reflexão, cada afirmação, cada sentimento, que verá pela frente. Não como
um manual de instruções, mas como um mapa que te leva a perceber a
beleza da sua própria jornada de vida.
Comentários à parte, porque eu sou
assim rs ;)
(e também porque não sabia se chamava
de agradecimentos, palavras finais ou
introdução)
Sinto que preciso falar algo muito importante a vocês. Escrever esse livro
não foi nada fácil. Aí você deve pensar, "ah, mas você já tinha gravado os
podcasts, já tinha tudo pronto, era só transcrever aqui para o livro". Pois é
meu amigo, minha amiga, eu também achei que seria simples assim. Mas
não foi. Escrever esse livro não foi sobre escrever esse livro. Foi sobre
revisitar e escrever uma nova história, na minha própria vida. A obra é
também esse livro, mas em primeira instância, é o que estou vivendo
atualmente. Não, não estou falando de fama, dinheiro, status, influência e
poder. Estou falando de profundidade, um olhar profundo para a
subjetividade que existe em cada um de nós. Um olhar que liberta. A
superficialidade nos leva à inércia. Nos leva à dor. Nos leva à frustrações e
falsas percepções de auto realização. Enquanto a profundidade, que
demanda abster-se do seu próprio eu, nos leva à liberdade, à cura, à
autenticidade. Tem hora que nos sentimos sozinhos. Imersos mais uma vez
num vazio que parece doer. Mas que nos leva ao conhecimento da verdade.
Escrever esse livro foi um grande aprendizado. Ao escrever uma obra
surgiu, um novo eu. Um eu que tem limitações, que erra, que vacila, que é
humano. Mas um eu, que independentemente do que tem, sente, faz… É
um eu. Um eu que é "infalável". Não tenho como expor características e
tentar fazer delas quem eu sou. Quem eu sou, quem eu encontrei nesse
mergulho para a profundidade, é "infalável". Não tem o que falar. Espero
mesmo, do fundo do meu coração, dos meus pensamentos, com toda minha
emoção e respeito, que você viva esse início de jornada consigo de uma
forma tão profunda que nem posses, matéria, lugares, títulos ou pessoas
sobreponham o amor que há em ser você. Vem comigo.
Aquela que precisa de cura
"Minha pequena, ainda sinto suas dores. Ainda choro com você. Por você.
As feridas ainda sangram aqui. Eu sinto tanto! Eu sinto muito. Você tem
gritado há tanto tempo para que eu te ouça... Mas é difícil, é insuportável.
Não você, mas a dor. Eu não consigo nem respirar, só de sentir as suas
feridas. Não por ser você, mas por doer. Eu não consigo olhar para você.
Não você, mas olhar para você com dor. Tenho tentado, aos poucos, te
ouvir, te sentir e te ver, mesmo que seja de canto de olho. Algumas coisas
ainda me são intragáveis e pesam na minha caminhada. Mas são as coisas,
não você. Que raiva que me dá de tudo o que te fizeram! Ainda estou
perdida. Me desculpe. Tem sido difícil me conectar com você enquanto
penso em não me ferir mais e ao mesmo tempo curar tantas feridas. Estou
cansada, querida. Exausta. Mas estou aqui! Ao menos tentando. Às vezes
penso que é isso que me cansa. Sim, as feridas doem, precisam de curativo.
Mas sinto que todas as vezes que me volto a curar, por mais que me doa
muito, é pior. É pior porque fico mais frágil. Nesses momentos, parece que
as pessoas se aproveitam para machucar ainda mais. Seria melhor se,
enquanto eu te defendo, alguém te ajudasse a curar o que ainda sangra.
Assim, você só precisaria brincar. Eu não quero mais te abandonar. Não
quero mais deixar alguém te machucar. Mas quero também te curar. Me
diz, criança, o que eu faço? Como não ferir mais enquanto curo as feridas
emocionais?"
Num livro que li recentemente, a autora, Oprah Winfrey diz "não é sobre o
que você fez e se foi real, mas o que fizeram com você e o que você sentiu
a partir do que você interpretou". O que fizeram com você, lá na sua
infância? Sendo real ou não, uma lembrança concreta ou não, como você se
sentiu, e ainda sente, por aquilo que você interpretou? Seria bom se te
ajudassem a compreender que minimamente o que lhe aconteceu não define
quem você é, né? Seria bom se te ajudassem a se dissociar daquilo que
fizeram contra você, das suas dores, dos seus traumas, né? Inclusive, o que
te faz, inconscientemente, reproduzir e reviver os ciclos de dor não é uma
falta de capacidade, mas uma falta de clareza que o que te fizeram, o que
você interpretou, o que você sente, não define sua identidade e muito
menos seu valor.
Carregamos, há tempos, aquilo que nos aconteceu durante a infância. Os
pais que trabalharam demais e não tinham tempo para dar atenção. O pai
que tornou-se ausente. A mãe que fora narcisista e exigente. A família que
julgou quando poderia perceber e apoiar. Aqueles que poderiam cuidar,
mas feriram, traumatizaram, negligenciaram, abandonaram, humilharam e
injustiçaram. Ainda sentimos dores. Ainda pedimos por acolhimento.
Ainda. Hoje achamos que não somos mais crianças. Que o passado é
passado. Mas esquecemos que o que passou configurou a forma que desde
a infância enxergamos e nos relacionamos com o mundo. Ainda existem
dores.

Se você estivesse, com a forma que se relaciona com o mundo e consigo,


atualmente, lá naquela ocasião que tanto te feriu, o que você diria ou faria?
Que postura você assumiria frente ao agressor? Que conduta você teria
contra aquele ou aquela que tanto te traumatizou? Que sentimento faria
parte desse momento? Ódio, raiva, rancor, medo, inconformismo? Qual
sentimento vem à tona ao lembrar das circunstâncias que marcaram sua
história?

A crise de ansiedade, o medo da rejeição, a dependência emocional, a


depressão profunda… São indícios, sinais e expressões de que existem
feridas abertas precisando de curativos. Feridas que foram geradas por tudo
o que te fizeram. Por tudo o que você interpretou. Por tudo o que você
sentiu, e ainda sente. Estes sinais te movem em algumas ocasiões
desfavoráveis. Evitar falar em público, omitir uma opinião, não conseguir
falar não, dificuldade em impor limites na relação, isolamento etc. Eles
bloqueiam e inibem novas situações traumáticas, mas impedem a cura e a
superação.


Nos cansamos. Estamos exaustos. Precisamos de descanso e
descompressão. Mas não sabemos como. Até porque, enquanto
descansamos, quem fará o curativo? Mas, nos cansando em tentar curar,
nos fragilizamos e nos vulnerabilizamos à novas feridas. Um ciclo se
mantém. De dor e sofrimento, cansaço e angústia. Às vezes nos apegamos
na esperança de um acolhimento e de cura. Mas logo nos frustramos ao
perceber que oportunistas aproveitam-se da ferida aberta. Nos isolamos,
com a ferida ainda aberta, agora com a frustração calando a esperança. E
agora?

Será que o adulto sabe mesmo de tudo? Será que a bandeira de maturidade
que tanto levanta traz consigo a verdade que há na profundidade? Ou será
que é a criança, aquela que carrega dor e sofrimento, angústia e
desesperança, que sabe o quanto dói, sente, sente muito, é quem tem
autoridade e profundidade para nos mostrar o que tanto precisamos curar?
Quem machucou, sabe onde dói? Quem observa a dor, sabe como dói? Ou
aquele que está machucado é quem pode apontar o ferimento? Ou aquela
que sente, pode direcionar o curativo? Criança. Me diz, criança? O que eu
faço?
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