Bioquímica Celular Resumo
Bioquímica Celular Resumo
Bioquímica Celular Resumo
OBJETO DE Bioquímica celular 1- Composição Orgânica das Células: • Carboidratos: Estrutura, função, glicólise •
CONHECIMENTO Lipídios: Metabolismo de ácidos graxos, síntese e degradação de triglicerídeos, membranas lipídicas. •
Proteínas: Estrutura, síntese de proteínas, degradação de proteínas. 2- Composição Inorgânica das
Células: • Íons e Eletrólitos: Importância dos íons (Na+, K+, Ca2+, etc.) na regulação do equilíbrio iônico e
potencial de membrana. • Minerais: Função de minerais essenciais nas células.
HABILIDADES EM13CNT101BIOa/ES - Identificar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de aplicativos
digitais específicos, as transformações e conservações matéria, e da energia para observações e análises
à nível microscópico, relacionados a composição orgânica e inorgânica das células. EM13CNT102BIOa/ES
- Realizar previsões, avaliar intervenções e/ou construir protótipos de sistemas térmicos, como por
exemplo a simulação do funcionamento dos organismos vivos, que visem à sustentabilidade e/ou melhor
funcionamento dos órgãos e sistemas, considerando sua composição e os efeitos das variáveis
termodinâmicas sobre seu funcionamento, considerando também o uso de tecnologias digitais que
auxiliem no cálculo de estimativas e no apoio à construção dos protótipos.
DISCIPLINA DE BIOLOGIA- 2ª SÉRIE V-01-Profª Lussandra Marquez Meneghel
BIOQUÍMICA CELULAR
1- Água e Sais Minerais
:
Água é a substância mais abundante no nosso organismo, sendo essencial para o funcionamento adequado de
todas as células e sistemas do corpo humano.
Sais minerais são nutrientes inorgânicos encontrados nos alimentos e desempenham diversas funções
importantes no organismo, como a regulação do pH sanguíneo e a manutenção do equilíbrio hídrico e
eletrolítico.
O consumo adequado de água e sais minerais é fundamental para a manutenção da hidratação, prevenção de
doenças e garantia do bom funcionamento do organismo.
Alguns exemplos de sais minerais importantes incluem cálcio, ferro, sódio, potássio e magnésio, que podem ser
obtidos através de alimentos como leite, carnes, frutas e vegetais.
O excesso ou deficiência na ingestão de água e sais minerais pode levar a problemas de saúde, como
desidratação, hipertensão, anemia e osteoporose. Por isso, é importante manter uma dieta balanceada e uma
hidratação adequada.
1. Introdução
A Bioquímica é uma área da Biologia que se dedica ao estudo das moléculas e processos químicos que ocorrem
nas células, desde a sua formação até o seu funcionamento e interação com o ambiente externo. O metabolismo
celular é um dos principais objetos de estudo da Bioquímica, que se divide em duas grandes categorias: o
anabolismo, que é o processo de síntese de moléculas complexas a partir de moléculas simples, e o catabolismo,
que é o processo de degradação de moléculas complexas em moléculas simples, liberando energia para as
atividades celulares. O metabolismo celular é fundamental para a sobrevivência e manutenção das funções dos
organismos vivos, desde as células mais simples até os seres mais complexos.
Podemos observar que na natureza existem diversos componentes químicos, encontrados tanto em seres vivos
simples como em seres mais complexos. A distribuição desses elementos segue um padrão, dividindo-se em
componentes inorgânicos e orgânicos.
Fonte: SlidePlay
A água e os sais minerais são fundamentais para o bom funcionamento do organismo, participando de diversas
funções vitais, como a manutenção da hidratação, equilíbrio eletrolítico, transporte de nutrientes e oxigênio,
regulação da pressão osmótica e pH do sangue, entre outros. Por isso, é importante estudar esses componentes
para entender como garantir uma alimentação e hidratação adequadas para o nosso corpo.
2. Água
Fonte: ProjetoBiológico
b) Funções da água
SOLVENTE UNIVERSAL
As propriedades solventes da água são responsáveis por sua capacidade de dissolver diversas substâncias
químicas, o que é essencial para o funcionamento adequado da célula. As substâncias que se dissolvem
facilmente na água são conhecidas como hidrófilas, enquanto aquelas que são insolúveis são denominadas
hidrófobas.
REAÇÕES QUÍMICAS
A água é um componente fundamental para a realização de diversas reações químicas, sendo que duas das mais
conhecidas são a hidrólise, na qual a água é um dos reagentes, e a desidratação, onde a água é um dos produtos
formados. Na hidrólise, a água é utilizada para quebrar uma ligação química, enquanto na desidratação, a água
é liberada durante a formação de uma nova ligação. Essas reações são importantes para diversos processos
biológicos, como a digestão de alimentos e a síntese de proteínas.
REGULADOR TÉRMICO
A água é uma substância com uma importante propriedade física, que é a capacidade de regular a temperatura
do ambiente. Essa propriedade ocorre devido ao elevado calor específico da água, ou seja, a quantidade de
energia térmica que a água é capaz de absorver ou liberar sem alterar sua temperatura. Além disso, a água
também possui um alto calor de vaporização, o que significa que é necessário uma grande quantidade de
energia térmica para evaporar uma determinada quantidade de água.
Essas propriedades permitem que a água seja utilizada na regulação térmica de organismos vivos, como os
animais homeotérmicos (que mantêm a temperatura corporal constante) e as plantas. Por exemplo, os
mamíferos produzem suor para se resfriar em ambientes quentes, e o suor, ao evaporar, absorve o calor do
corpo, contribuindo para a regulação térmica. As plantas também utilizam a água para transpirar e resfriar suas
folhas em dias quentes. A propriedade de regulação térmica da água também tem uma grande importância no
controle do clima global, uma vez que a água é um dos principais elementos que regulam a temperatura do
planeta.
CAPILARIDADE
A capilaridade é uma propriedade da água que permite que ela seja atraída por superfícies sólidas, como os
poros em solo, rochas e em plantas. Isso ocorre devido à combinação de duas forças: a adesão, que é a atração
entre a água e a superfície sólida, e a coesão, que é a atração entre as moléculas de água.
Essa propriedade é fundamental para o transporte de água e nutrientes em plantas, pois permite que a água suba
dos seus sistemas radiculares até as folhas através de finos tubos chamados de xilema. Além disso, a
capilaridade também é importante em processos de filtração de água em solos e materiais porosos, como os
filtros de café.
É importante destacar que a capilaridade é influenciada por diversos fatores, como o tamanho e formato dos
poros, a tensão superficial da água e a presença de outras substâncias.
ATIVIDADE I
PRODUZA UM MAPA MENTAL SOBRE A ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA
3. Sais minerais
Os sais minerais são componentes químicos inorgânicos indispensáveis para o adequado funcionamento do
nosso corpo, atuando como eletrólitos em líquidos corporais, como parte de enzimas e hormônios, além de
serem componentes estruturais de órgãos como ossos e dentes. Embora também possam ser encontrados na
matéria não viva, sua presença nos seres vivos ocorre de forma dissolvida em água na forma de íons ou
imobilizados nas estruturas esqueléticas, sendo pouco solúveis. Como os sais minerais são elementos que têm
origem no solo, não podem ser produzidos pelos organismos vivos, tornando uma alimentação adequada e
equilibrada a única maneira de adquiri-los.
Os minerais, em geral, são classificados em macro e microminerais. Os macrominerais são aqueles que nosso
corpo precisa em quantidades maiores, em geral acima de 100mg/dia, enquanto que os microminerais, como o
próprio nome indica, são necessários em quantidades menores, abaixo de 100mg/dia.
Entre os macrominerais, podemos destacar o cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio e cloro, que são
fundamentais para a manutenção de diversas funções do organismo, como o desenvolvimento ósseo, contração
muscular, equilíbrio hídrico, entre outras.
Já entre os microminerais, temos o ferro, zinco, cobre, manganês, iodo, selênio, entre outros, que apesar de
necessários em menores quantidades, também são essenciais para a manutenção de diversas funções do
organismo, como a síntese de hormônios, proteínas e enzimas, a proteção contra o estresse oxidativo, entre
outras.
Segue abaixo um compilado dos principais sais minerais, sua importância e funções:
Cálcio: formação de ossos e dentes, contração muscular, coagulação sanguínea, transmissão de impulsos
nervosos.
Fósforo: formação de ossos e dentes, produção de energia (ATP), atuação em processos de síntese celular.
Potássio: regulação do equilíbrio hídrico, contração muscular, transmissão de impulsos nervosos, regulação do
batimento cardíaco.
Sódio: regulação do equilíbrio hídrico, transmissão de impulsos nervosos, contração muscular.
Magnésio: atuação em processos de síntese celular, formação de ossos e dentes, regulação do batimento
cardíaco.
Cloro: regulação do equilíbrio hídrico, regulação do pH sanguíneo.
Enxofre: atuação em processos de síntese celular, componente de aminoácidos e proteínas.
Ferro: formação de hemoglobina (proteína do sangue responsável pelo transporte de oxigênio), produção de
energia (ATP).
Zinco: atuação em processos de síntese celular, função imunológica, formação de proteínas.
Iodo: produção de hormônios da tireoide, regulação do metabolismo.
Alimentos onde se encontram:
Cálcio: Queijo, leite, nozes, uva, cereais integrais, nabo, couve, chicória, feijão, lentilha, amendoim, castanha
de caju.
Fósforo: carnes, ovos, grãos, leite.
Potássio: banana, batata, feijão, abacate.
Sódio: sal de cozinha, alimentos processados.
Magnésio: legumes, cereais integrais, chocolate.
Cloro: sal de cozinha.
Enxofre: ovos, carnes, cebola, alho.
Ferro: Fígado, rim, coração, gema de ovo, leguminosas, verduras, nozes, frutas secas, azeitona..
Zinco: carnes, frutos do mar, grãos, nozes.
Iodo: sal iodado, frutos do mar.
Sua falta provoca:
Cálcio: Osteoporose, raquitismo, enfraquecimento dos dentes;
Fósforo: Maior probabilidade de ocorrência de fraturas; raquitismo; fraqueza muscular;
Potássio: fraqueza muscular, arritmias cardíacas.
Sódio: hipertensão, retenção de líquidos, cãibras, retardamento na cicatrização de feridas e hipotensão;
Magnésio: fraqueza muscular, alterações no ritmo cardíaco.
Cloro: desidratação, hipocloremia.
Enxofre: não há evidências de problemas de saúde pela falta de enxofre na dieta.
Ferro: anemia ferropriva.
ATIVIDADE II
PRODUZA UM MAPA MENTAL SOBRE OS SAIS MINERAIS E SUA IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA.
2- CARBOIDRATOS
"Função dos carboidratos”
Os carboidratos apresentam como principal função a função energética. Entretanto, os carboidratos
possuem funções que vão além de garantir a energia para as células, estando eles relacionados também
com a estrutura dos ácidos nucleicos e funções estruturais, por exemplo.
No que diz respeito à função estrutural, podemos citar a celulose e a quitina. A celulose é um importante
componente da parede celular da célula vegetal, enquanto a quitina faz parte do exoesqueleto presente
nos artrópodes.
São exemplos de alimentos que possuem carboidratos simples o mel, a rapadura, balas e doces em geral.
Como exemplo de alimentos que possuem carboidratos complexos, podemos citar pães, massas, feijões
e lentilha.
Exemplos de carboidratos
Glicose: é um carboidrato simples e também o monossacarídeo mais comum. A glicose é fundamental
para a realização do processo de respiração celular, em que a energia será produzida para a célula. Os
principais polissacarídeos são formados pela polimerização da glicose.
Amido: é a principal substância de reserva de energia dos vegetais. Ele é formado por dois tipos de
polímeros de glicose: a amilopectina e a amilose. Os grãos de amido das plantas ficam armazenados no
interior dos plastos, organelas típicas da célula vegetal.
Glicogênio: é a principal reserva energética dos animais e é formado pela união de várias moléculas de
glicose. Esse glicogênio é encontrado armazenado no nosso fígado e também nos nossos músculos.
Quando necessitamos de energia, o glicogênio é quebrado em glicose, que será utilizada pelas células.
Celulose: é encontrada na parede celular da célula vegetal e é formada por unidades de glicose. É um
carboidrato fibroso, resistente e insolúvel em água. Um fato interessante é que a madeira é formada
quase que 50% de celulose, enquanto as fibras de algodão são praticamente 100% celulose.
Quitina: é um polissacarídeo encontrado na parede celular das células de alguns fungos e também na
composição do exoesqueleto de artrópodes, como insetos e crustáceos.
Entre os alimentos ricos em carboidratos podemos citar o milho, arroz, mandioca, batata e inhame. Não
podemos nos esquecer também dos pães, massas e doces. Vale salientar que alimentos derivados do leite
também apresentam carboidratos, bem como o mel.
Carboidratos engordam?
Os carboidratos não são vilões, sendo o principal problema uma dieta inadequada.
Os carboidratos são alimentos que devem estar presentes em nossa dieta, uma vez que são importantes
para o fornecimento de energia para nosso corpo. O recomendado é que cerca de 45% a 65% das
calorias diárias sejam provenientes desse grupo de alimentos, entretanto, deve-se ficar atento à
necessidade metabólica de cada pessoa.
Quando ingeridos em excesso, podem estar relacionados com problemas de saúde, como a obesidade.
Entretanto, uma alimentação pobre em carboidratos pode ser também prejudicial, pois como dito
anteriormente, esse nutriente é fundamental para o fornecimento de energia. Desse modo, é importante
saber dosar a quantidade de carboidratos ingeridos para que esses cumpram adequadamente seu papel."
ATIVIDADE III
FAZER UM INFOGRÁFICO SOBRE CARBOIDRATOS.
3- LIPÍDIOS
Os lipídios são substâncias que se caracterizam pela sua baixa solubilidade em água e alta solubilidade
em solventes orgânicos, como o álcool e o éter. A sua grande maioria deriva ou possui, na sua estrutura, a
presença de ácidos graxos e é caloricamente mais densa que os carboidratos.
Os lipídios são substâncias encontradas em todos os seres vivos, sendo abundantes em vegetais e animais. Eles
desempenham importante papel na sobrevivência dos organismos, além de terem ampla aplicação econômica.
Entre as principais funções dos lipídios, destacam-se:
-Reserva de energia;
-Componente das membranas celulares;
-Transporte de nutrientes e vitaminas lipossolúveis;
-Isolante térmico;
-Isolante que permite a condução do impulso nervoso;
- Protege contra impactos;
-Precursor de hormônios;
-Melhora sabor e textura de alimentos.
Glicerídios – São lipídios que atuam como reserva energética e isolante térmico, além de amenizarem impactos
mecânicos. Óleos e gorduras são exemplos de glicerídios e podem ser classificados de acordo com o seu ponto
de fusão. Gorduras são lipídios sólidos, na temperatura ambiente, obtidos a partir de animais. Já os óleos são
lipídios líquidos, na temperatura ambiente, obtidos a partir de produtos vegetais.
Ceras – Atuam como importantes substâncias impermeabilizantes. São comuns em folhas e frutos, mas
também são produzidas por animais, como é o caso das aves e das abelhas.
Esteroides – Destacam-se por não possuírem ácidos graxos em sua estrutura, sendo bastante diferentes dos
outros lipídios. Como exemplo de esteroides, podemos citar os hormônios sexuais e o colesterol. Sem dúvidas,
o esteroide mais conhecido e mais importante é o colesterol, que, apesar de ser fundamental para o organismo,
está bastante relacionado com problemas cardíacos.
Fosfolipídios – Lipídios que possuem fosfato em sua estrutura e são encontrados nas membranas celulares e
no tecido nervoso.
Carotenoides – São importantes pigmentos fotossintetizantes que, além de participarem desse processo, dão
coloração a frutos, flores e outras partes vegetais. A coloração gerada pelos carotenoides vai do amarelo ao
vermelho.
ATIVIDADE IV
FAZER UM MAPA MENTAL SOBRE LIPÍDIOS
ATIVIDADE V
FAZER UM MAPA MENTAL SOBRE LDL E HDL
4- PROTEÍNAS
"As proteínas são macromoléculas que possuem como unidade básica os aminoácidos. Elas atuam nas mais
variadas funções do organismo, estando relacionadas, por exemplo, com a defesa, aceleração de reações
químicas, transporte de substâncias e comunicação celular.
As proteínas apresentam diferentes configurações tridimensionais, podendo apresentar estrutura primária,
secundária, terciária e quaternária. No que diz respeito à composição, elas podem ser simples, conjugadas ou
derivadas.
Encontramos proteínas em diversos alimentos, sendo as carnes, leite e ovos os mais ricos nessas
macromoléculas.
Estrutura das proteínas
A estrutura tridimensional de cada proteína é determinada pela sequência de aminoácidos que formam cada
polipeptídeo. Veja a seguir os quatro níveis de estrutura das proteínas:
Estrutura terciária: corresponde à forma adquirida por um polipeptídeo depois da interação de suas cadeias
laterais. Observamos, nesse caso, mais dobras e enrolamentos.
Estrutura quartenária: há a associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas.
Desnaturação de proteínas
As proteínas formam uma estrutura tridimensional, a qual pode ser desfeita caso alterações no ambiente
ocorram. Dizemos que ocorreu a desnaturação de uma proteína quando ela se desenrola e perde a sua forma
original. Quando a proteína perde sua conformação, ela também perde sua capacidade de exercer suas funções
no organismo.
Proteínas globulares e fibrosas
As proteínas podem ser classificadas em globulares e fibrosas. As proteínas globulares são aquelas que possuem
formas esféricas e são dobradas várias vezes. As proteínas fibrosas apresentam formato de fibra alongada.
Quando comparamos as proteínas globulares com as fibrosas, percebemos que essas últimas são menos
compactas.
Proteínas simples, conjugadas e derivadas
As proteínas também podem ser classificadas em simples, conjugadas e derivadas.
Proteínas simples: formadas apenas por aminoácidos.
Proteínas conjugadas: quando sofrem hidrólise, liberam aminoácidos e um radical não peptídico. Esse radical é
denominado de grupo prostético.
Proteínas derivadas: não são encontradas na natureza e são obtidas pela degradação, por meio da ação de
ácidos, bases ou enzimas, de proteínas simples ou conjugadas.
ATIVIDADE VI
PRODUZA UM MAPA MENTAL SOBRE PROTEÍNAS
PESQUISE SOBRE FENILCETONÚRIA.
5- VITAMINAS
As vitaminas são moléculas orgânicas necessárias em pequena quantidade para o funcionamento adequado do
organismo. Elas funcionam, principalmente, como catalisadoras de reações químicas dentro do nosso corpo,
ou seja, atuam aumentando a velocidade de uma reação.
Na falta dessas substâncias, nosso organismo pode não conseguir realizar atividades essenciais efetivamente,
havendo, assim, problemas graves de saúde. Para evitar o problema, é fundamental uma dieta saudável, que
inclua, entre outros alimentos, vegetais, carnes, ovos e grãos. À carência de vitaminas dá-se o nome
de hipovitaminose ou avitaminose.
A palavra vitamina foi criada pelo químico Casimir Funk, em 1912, e é uma junção das palavras vital e amina,
uma vez que o pesquisador acreditava que essas substâncias eram em sua totalidade aminas. Ele criou o termo
após estudar a vitamina B1, chamada também de tiamina.
As vitaminas podem ser classificadas em dois grandes grupos: hidrossolúveis e lipossolúveis. As vitaminas
hidrossolúveis são aquelas que são solúveis em água. Elas são armazenadas em pouca quantidade e, por isso, é
necessário ingeri-las diariamente. As vitaminas lipossolúveis, por sua vez, são aquelas solúveis em lipídios
(gorduras). Elas, diferentemente das hidrossolúveis, são armazenadas por mais tempo, não necessitando,
portanto, de ingestão diária.
Vitaminas hidrossolúveis
Vitaminas do complexo B (complexo formado por oito vitaminas): Essas vitaminas destacam-se
pelo seu papel no fornecimento de energia para o corpo, por ajudarem no funcionamento do sistema
nervoso e na manutenção do tônus muscular no sistema digestório. Podem ser encontradas em
cereais, ovos, carnes, hortaliças e frutas.
Vitamina C (ácido ascórbico): Vitamina relacionada com a manutenção dos capilares, formação do
colágeno, produção de hemácias, formação de ossos e dentes e absorção de ferro. Podemos
encontrar essa vitamina em frutas cítricas, como limão e laranja, no brócolis, tomate, couve, entre
outros.
Vitaminas lipossolúveis
Vitamina A (retinol): Essa vitamina atua principalmente na nossa visão, manutenção da pele e
imunidade. Pode ser encontrada em alimentos como fígado, ovos, leite, vegetais folhosos verde-
escuros e vegetais amarelo-alaranjados.
Vitamina D (calciferol): Relaciona-se principalmente com o metabolismo dos ossos, sendo
responsável por evitar o raquitismo. Essa vitamina pode ser encontrada em óleo de fígado de peixe,
gema de ovo e manteiga. Podemos ainda produzir essa vitamina em nosso corpo quando realizada a
devida exposição ao sol.
Vitamina E (tocoferol): Essa vitamina apresenta uma importante ação antioxidante. Pode ser
encontrada em óleo de milho, gérmen de trigo, grãos e laticínios.
Vitamina K (filoquinona): Essa vitamina relaciona-se, principalmente, com a coagulação do
sangue. É encontrada principalmente em vegetais folhosos e legumes.
ATIVIDADE VII
6- ÁCIDOS NUCLEICOS
Função dos ácidos nucleicos:
Os ácidos nucleicos são moléculas complexas responsáveis por armazenar e transmitir as informações
genéticas, bem como garantir sua tradução. O armazenamento e a transmissão dessas informações são
garantidos por meio do DNA. A tradução, por sua vez, é um papel do RNA e nada mais é do que a síntese de
proteínas, a qual é orientada pelas informações genéticas fornecidas pelo DNA. Algumas moléculas de RNA
também apresentam capacidade enzimática, sendo conhecidas como ribozimas.
Estrutura dos ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos são formados pelos nucleotídeos, moléculas compostas por três componentes:
O DNA e o RNA, que são os dois tipos de ácidos nucleicos existentes, apresentam diferenças em seus
nucleotídeos. O açúcar de cinco carbonos pode ser a ribose ou a desoxirribose. Esses açúcares diferenciam-se
pelo fato de que a desoxirribose apresenta um átomo de oxigênio a menos que a ribose. A desoxirribose está
presente no DNA, enquanto a ribose é encontrada apenas no RNA.
As bases nitrogenadas de um nucleotídeo são também variadas. São bases nitrogenadas a adenina, a guanina, a
timina, a citosina e a uracila. Elas estão agrupadas em dois grupos: pirimidinas e purinas. Cada base
nitrogenada possui um ou dois anéis com átomos de nitrogênio.
Nas pirimidinas, observa-se a presença de um anel de seis átomos, incluindo carbono e nitrogênio. Já nas
purinas, verifica-se a presença de um anel de seis átomos fusionado a um anel que contém cinco átomos.
Citosina, timina e uracila são pirimidinas, enquanto a adenina e a guanina são purinas. No DNA, estão
presentes as bases nitrogenadas citosina, guanina, adenina e timina. No RNA, por sua vez, a timina está ausente
e, no seu lugar, encontramos a uracila.
Na figura, alguns nucleotídeos. A letra D representa a desoxirribose, e a letra R, a ribose. As letras T, U, A, C e
G representam, respectivamente, timina, uracila, adenina, citosina e guanina.
Os nucleotídeos ligam-se por meio de ligações fosfodiéster, ou seja, um grupo fosfato ligando dois açúcares de
dois nucleotídeos. Essa ligação é responsável por formar um padrão de unidades de açúcar-fosfato.
Quando os nucleotídeos se ligam, observa-se que as duas extremidades livres do polímero ficam diferentes uma
da outra. Em uma das extremidades, está o grupo fosfato, ligado ao carbono 5´; na outra, temos um grupo
hidroxila ligado ao carbono 3´. Essas extremidades são chamadas de extremidades 5´e 3´. Ao longo da cadeia
de açúcar-fosfato, estão ligadas as bases nitrogenadas.
O DNA
O DNA é o ácido nucleico responsável por armazenar as informações hereditárias. As informações genéticas
nessa molécula estão organizadas em unidades chamadas de genes, os quais são herdáveis.
O RNA
O RNA é um ácido nucleico relacionado com a síntese de proteínas. Além disso, algumas moléculas de RNA
apresentam função catalítica, sendo denominadas de ribozimas.
Além do peso molecular, relativa à quantidade de nucleotídeos (tamanho da molécula), existem outras
diferenças estruturais, como por exemplo:
- A essencial disposição (a sequência) dos nucleotídeos, implicando na diferença mantida entre os genes no
filamento de DNA e dos códons e anticódons no filamento de RNA;
- E a duplicidade complementar (fita dupla) observada no DNA, diferenciada da unicidade (fita única / simples)
do RNA.
ATIVIDADE VII
FAÇA UM MAPA MENTAL SOBRE AS CARCTERÍSTICAS DO DNA E RNA.
Síntese Proteica
A síntese proteica é o mecanismo de produção de proteínas determinado pelo DNA, que acontece em duas
fases chamadas transcrição e tradução.
O processo acontece no citoplasma das células e envolve ainda RNA, ribossomos, enzimas específicas e
aminoácidos que auxiliarão na sequência da proteína a ser formada.
Etapas da expressão gênica ou genética.
Em resumo, o DNA é "transcrito" pelo RNA mensageiro (RNAm) e depois a informação é "traduzida" pelos
ribossomos (compostos RNA ribossômico e moléculas de proteínas) e pelo RNA transportador (RNAt), que
transporta os aminoácidos, cuja sequência determinará a proteína a ser formada.
Expressão Gênica
As etapas do processo de síntese das proteínas é regulado pelos genes. Expressão gênica é o nome do processo
pelo qual a informação contida nos genes (a sequência do DNA) gera produtos gênicos, que são as moléculas
de RNA (na etapa de transcrição gênica) e as proteínas (na etapa de tradução gênica).
Transcrição Gênica
Nessa primeira fase a molécula de DNA se abre, e os códigos presentes no gene são transcritos para a
molécula de RNA. A enzima polimerase do RNA se liga a uma das extremidades do gene, separando as fitas
de DNA e os ribonucleotídeos livres se emparelham com a fita de DNA que serve de molde.
A sequência das bases nitrogenadas do RNA seguem exatamente a sequência de bases do DNA, segundo a
seguinte regra:
Tradução Gênica
Veja na figura a seguir o círculo do código genético, que deve ser lido do meio para fora, assim por exemplo: o
códon AAA está associado ao aminoácido lisina (Lys), GGU é glicina (Gly) e UUC é fenilalanina (Phe).
A síntese da proteína começa com a associação entre um RNAt, um ribossomo e um RNAm. Cada RNAt
transporta um aminoácido cuja sequência de bases, chamada anticódon, corresponde ao códon do RNAm.
O RNAt trazendo uma metionina, orientado pelo ribossomo, se liga ao RNAm onde se encontra o códon (AUG)
correspondente dando início ao processo. Em seguida se desliga e outro RNAt se liga trazendo outro
aminoácido.
Essa operação é repetida várias vezes formando a cadeia polipeptídica, cuja sequência de aminoácidos é
determinada pelo RNAm. Quando enfim o ribossomo chega a região do RNAm onde há um códon de parada, é
determinado o fim do processo.
DNA
Os genes são partes específicas da molécula de DNA, que possuem códigos que serão transcritos para o RNA.
Cada gene determina a produção de uma molécula específica de RNA.
Nem toda molécula de DNA contém genes,há algumas que não tem as informações para a transcrição gênica,
são DNA não-codificante, e sua função não é bem conhecida.
RNA
As moléculas de RNA são produzidas a partir de um molde de DNA. O DNA é uma fita dupla, sendo que
apenas uma delas é usada para a transcrição do RNA.
No processo de transcrição participa a enzima polimerase do RNA. São produzidos 3 tipos diferentes, cada
qual com função específica: RNAm - RNA mensageiro, RNAt - RNA transportador e RNAr - RNA
ribossômico.
Ribossomos
Os ribossomos são estruturas presentes nas células eucarióticas e procarióticas, cuja função é sintetizar
proteínas. Não são organelas pois não possuem membranas, são espécies de grânulos, cuja estrutura é composta
da molécula de RNA ribossômico dobrado, associado a proteínas.
São formados por 2 subunidades e se localizam no citoplasma, livres ou associados ao retículo endoplasmático
rugoso.