Trabalho de Filosofia Política de Aristóteles - 051448

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Escola Secundária Graça Machel

Filosofia

Filosofia Política de Antiguidade na Perspectiva de Aristóteles

12ª Classe
Turno da Tarde
Grupo: 2

Discentes: Docente:
Agda Marcos Machava Carlos Francisco Matavele
Bruno Agnaldo Macie
Edson Piter Ngovene
Fátima Samuel Ngovene
Ileana Cristóvão Mapande

Massingir, 24 de Junho de 2024


Escola Secundária Graça Machel

Filosofia

Filosofia Politica da Antiguidade na Perspectiva de Aristóteles

12ª Classe

Turno da Tarde

Grupo: 2

Trabalho em grupo a ser entregue na


disciplina de Filosofia para efeitos
avaliativos na Escola Secundária Graça
Machel, sob orientação do dr. Carlos
Francisco Matavele

Massingir, 24 de Junho de 2024


Índice
Introdução......................................................................................................................4

1. Contextualização........................................................................................................5

1.1. Vida e Obras de Aristóteles....................................................................................5

2. Filosofia Politica de Aristóteles.................................................................................5

2.1. Origem do Estado...................................................................................................5

2.2. Finalidade do Estado...............................................................................................5

2.3. Formas do Governo................................................................................................6

2.4. Exercício da Cidadania...........................................................................................6

3. Conclusão...................................................................................................................7

4. Referências bibliográficas..........................................................................................8
Introdução

No presente trabalho abordaremos sobre a filosofia política na antiguidade na


perspectiva de Aristóteles. Inicialmente torna-se importante destacar que Aristóteles foi
um filósofo responsável por grande número de produções académicas, principalmente
no âmbito político. A filosofia política de Aristóteles é extremamente vasta e complexa.
Aristóteles abordou questões relativas ao Estado, à justiça, às constituições, às formas
de governos etc. Para Aristóteles a política visa um fim que é útil e bom para o homem
e para a sociedade.

Objectivos

Objectivo Geral

 Compreender a filosofia política na antiguidade na perspectiva de Aristóteles.

Objectivos Específicos

 - Contextualizar vida e obra de Aristóteles;

 - Explicar a origem do Estado em Aristóteles;

 - Esclarecer a finalidade do Estado em Aristóteles;

 - Descrever as formas do governo em Aristóteles; e

 - Explicar o exercício da cidadania na concepção aristotélica.

Metodologia

No que diz respeito a metodologia, este trabalho foi desenvolvido mediante a consulta
bibliografia, uma actividade que consistiu nas leituras de obras científicas do autor, e foi
utilizada a hermenêutica textual que consiste na interpretação das obras e textos que
versam sobre o tema.
1. Contextualização

1.1. Vida e Obras de Aristóteles

Aristóteles foi um filósofo, político, que nasceu em 384/383 a. C na cidade de Estagira


na, fronteira com Macedónia. O pai de Aristóteles, Nicômaco, era médico corajoso.
Com 18 anos Aristóteles viajou para Atenas onde conheceu o seu mestre Platão e logo
ingressou na academia platônica. Foi precisamente na Escola de Platão que Aristóteles
amadureceu e consolidou a própria vocação filosófica de modo definitivo.

Aristóteles foi discípulo de Platão. Este morreu em 322 a. C (aos 62 anos) na cidade de
Calcis.

A obra principal de Aristóteles na qual desenvolve a sua política é: A Politica.

2. Filosofia Politica de Aristóteles

2.1. Origem do Estado

Na perspectiva de Geque & Biriate (2010), o Estado para Aristóteles é produto da


natureza. É evidente que o Estado é uma criação da natureza e que o Homem é um
animal político. O fato de o homem ser capaz de discursar prova a sua natureza política.
Historicamente explica Aristóteles que o Estado desenvolveu-se a partir de uma família:
ao unirem-se, as famílias deram origem a aldeias. Estas desenvolveram-se e formaram
as cidades (Estado) (p. 81).

Em suma, a origem do Estado na óptica de Aristóteles é natural, e não convencional


como defendia seu mestre Platão. O Homem é um animal político. O homem só pode
viver em sociedade e nunca num Estado de agregação. O que distingue o Homem dos
outros animais é o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto, e essas qualidades
são essenciais para a actividade de homem na comunidade política. E dizia “ aquele que
pela sua natureza não for um animal político, ou é uma criatura degradada ou então
superior ao Homem (Deus), ou seja, o Homem que vive fora da sociedade ou é menos
Homem ou mais que Homem. Portanto a noção do Estado em Aristóteles é aplicado ao
animal político.

2.2. Finalidade do Estado

Na óptica de Geque & Biriate (2010), Aristóteles considera que o objectivo do Estado é
proporcionar felicidade aos cidadãos ou por outras para Aristóteles o Estado tem como
finalidade a felicidade. O escopo da vida humana é a felicidade e o escopo do Estado é a
facilitar a consecução da felicidade ou o bem comum (p. 76). Sendo responsável pela
administração da vida social, a política deve sempre ter finalidade o bem comum.
Quando o governante promove o bem comum, seu governo independentemente de
forma específica de que se revista, é justo e bom. Se ao contrário, o governante busca o
seu próprio bem ou outras coisas particulares, seu governo é mau e injusto.

O ideal supremo do Estado em Aristóteles é a autodeterminação, ou seja, viver em paz e


fazer coisas belas. Assim pode dizer que o Estado tem como finalidade a produção de
homens de mentalidade aristocrática e com amor aos estudos e a arte. Para Aristóteles a
sociedade e o Estado existem para garantir a felicidade e virtude dos cidadãos.

2.3. Formas do Governo

De acordo com Geque & Biriate (2010), partindo do pressuposto de que o fim do
Estado é o bem comum, Aristóteles pensava que cada Estado deveria aprovar uma
instituição que respondesse às suas necessidades. Ele concebeu formas de organização
política (constituições) do Estado, as quais se podem também apresentar na forma de
governo corrupto (p. 76).

Segundo Geque & Biriate (2010), Aristóteles concebeu as possíveis três formas do
governo que são as seguinte: Monarquia, Aristocracia e Politia e podem se apresentar de
formas corruptas: Tirania, Oligarquia e Democracia. As primeiras formas são rectas e as
segundas são corruptas.

Monarquia: governo de um só. A sua forma corrupta é tirania que é governo de um só,
que se move por interesse próprio.

Aristocracia, governo de poucos: governo de um grupo de cidadãos virtuosos, os


melhores, que cuida do bem de todos. A sua forma corrupta é oligarquia que é governo
dos ricos, os quais procuram o bem económico.

Politia (república), governo de muitos ou do povo, trata-se de um governo constituído


pelo povo, que cuida do bem da polis (cidade). Quando o povo toma o poder suprime
todas as diferenças sociais em nome da igualdade, este tipo de governo chama-se
democracia e é a forma mais corrupta da república.

Para Aristóteles, a democracia tem um erro em considerar que todos são iguais na
liberdade, todos também podem e devem ser iguais em todo o resto.
A melhor forma para Aristóteles é politia, que é substancialmente uma constituição que
valoriza o sagmento médio. A politia é praticamente caminho intermédio entre
oligarquia e democracia, ou seja, uma democracia temperada pela oligarquia.

2.4. Exercício da Cidadania

De acordo com Aristóteles (1985), cidadão são os únicos que devem participar na vida
do governo. Ser cidadão significa ter gozo de administrar a política e exercer funções
públicas e a partir dai propõe critérios de classificação da cidadania, uma vez que para
ser considerado cidadão, um indivíduo precisava ser filho de pais livres e de origem
grega, excluindo-se os estrangeiros e ter nascido em território nacional (p. 85).

Em conformidade com Aristóteles (1985), a cidadania não resulta no facto de alguém


ter o domicílio em certo lugar, pois os estrangeiros residentes e escravos também são
domiciliados naquele lugar (p. 85)

Na óptica de Aristóteles (1985), os artífices, comerciantes e agricultores, estrangeiros,


escravos são excluídos da cidadania e não devem ter participação alguma na vida
pública (p. 94).
Conclusão

Durante a realização do nosso trabalho concluímos que Aristóteles foi um filósofo


político e discípulo de Platão e a origem do Estado é natural pelo facto de o homem ser
um animal político, animal que tende viver em sociedade por sua própria natureza.
Aquele que necessita viver em sociedade ou é Deus que não depende de ninguém ou é
um animal bestial, isto é um animal irracional.

Concluímos que para Aristóteles o estado tem como finalidade a felicidade ou bem
comum. Para Aristóteles a cidadania não resulta do facto de alguém ter domicílio em
certo lugar, pois os estrangeiros residentes e os escravos também são domiciliados nesse
lugar e não são cidadãos. Um cidadão integral pode ser definido pelo direito de
administrar justiça e exercer funções públicas.

Concluímos ainda que Aristóteles distingue três formas de governos rectos ou correctos
dos corruptos ou degenerados: a monarquia que é o governo recto e a sua forma
corrupto é tirania; a aristocracia a qual sua forma degradada é oligarquia e por fim a
Politia ou república que a sua forma degenerada é a democracia. Para Aristóteles a
melhor forma de governo é a politia.
Referências bibliográficas

GEQUE, Eduardo & BIRIATE, Manuel. Filosofia 12: Pré-Universitário. Maputo,


Longman Moçambique, 2010.

ARISTOTELES. Política. Brasília, Editora Universidade de Brasília. 1985

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