Plano de Aula - Idade Média - Sociedade Feudal (Parte I)
Plano de Aula - Idade Média - Sociedade Feudal (Parte I)
Plano de Aula - Idade Média - Sociedade Feudal (Parte I)
Observação preliminar.
• por Idade Média compreende-se arbitrariamente um período de 1000 anos entre o séc.
V e o séc. XV.
• nesse período de 1000 anos houve a convivência, pacífica ou não, de três grandes
sociedades em suas respectivas regiões que foram herdeiras diretas ou indiretas da
sociedade e civilização romana antiga.
• Sociedade Bizantina: na Grécia e região da Ásia menor (Império Bizantino).
• continuação da sociedade e da cultura romana antiga, agregada da cultura do
cristianismo.
• Sociedade Feudal: reinos cristãos na Europa ocidental e central (Feudalismo).
• fusão da herança romana com as tradições "bárbaras" germânicas que conformaram
a sociedade cristã ocidental.
• Sociedade Islâmica: no Oriente Médio e Norte da África (Civilização muçulmana).
• surgimento e expansão de uma nova religião monoteísta, que vai avançar tanto
sobre a sociedade bizantina, como sobre parte da sociedade feudal cristã européia.
I. Sociedade Feudal.
• subdivisão em Alta Idade Média feudal (séc. V ao XII); e Baixa Idade Média feudal (séc.
XII ao XV).
• Igreja Católica Romana (Cristianismo católico romano) como principal força
hegemônica, após a ruína da estrutura política do Estado imperial romano.
Sociedade:
• sociedade estamental, dividida em ordens (ou estamentos), que se estruturavam a partir
do feudo e de relações sociais de fidelidade e servidão.
• componentes:
• oratores: “os que oram” – clero.
• bellatores: “os que guerreiam” – nobreza.
• laboratores: “os que trabalham” – servos.
• relações sociais: dois tipos de relações baseados na troca.
• Fidelidade Militar: Suserania e Vassalagem – concessão de terras por parte de um
suserano em troca de auxílio e apoio militar por parte do vassalo.
• Servidão: relação entre senhores feudais e servos, baseadas na troca de trabalho por
proteção militar; exploração da terra e cumprimento de obrigações por parte dos
servos;
• corveia – trabalho devido pelo servo no manso senhorial;
• talha – entrega de parte da produção agrícola ao senhor feudal;
• banalidade – uso de propriedades do manso senhorial como moinho, forno etc;
• dízimo – 10% da produção destinada à igreja).
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Economia:
• fundamentalmente agrícola, com tendência à autossuficiência, a partir da exploração
das terras aráveis que compunham os feudos.
• baixa intensidade do comércio durante o auge da sociedade feudal; e retomada
significativa das atividades mercantis a partir das modificações das relações feudais.
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• a partir de 768, processo de expansão territorial na região da Europa Ocidental e
Central; formação do Império Carolíngio.
• organização administrativa do império: divisão do território em condados (regiões
mais centrais administradas por um conde) e marcas (regiões mais fronteiriças
administradas por um marquês).
• reflexos na cultura: desenvolvimento cultural - Renascimento Carolíngio; incentivo à
produção artístico-cultural; organização de escolas (scriptorium) sob o controle da
Igreja; preservação do conhecimento e da herança greco-romana.
obs: a expansão do império carolíngio permitiu a expansão e a conversão de inúmeros
povos de origem germânica ao Cristianismo católico, ampliando a hegemonia e o domínio
da Igreja.