Introducaoa Controladoria
Introducaoa Controladoria
Introducaoa Controladoria
ACADÊMICA
• INTRODUÇÃO À CONTROLADORIA
Abril
/
2010
2
CONTROLADORIA ___________________________________
Prof. Nelson Emilio de Barros Barreto, MSc
Abril de 2010
• SUMÁRIO ______________________________________________________________
Introdução, 3
Parte IV – O Controller, 12
Princípios Norteadores da Ação do Controller, 12
Conclusão, 15
Bibliografia, 16
• INTRODUÇÃO ___________________________________________
Nos últimos cem anos, a Administração, a exemplo da economia como um todo,
passou por um processo intenso de desenvolvimento. Aquilo que tínhamos no início do
século passado como “Teoria Científica” preconizada por Taylor e Fayol evoluiu de tal
forma que saiu da necessidade absoluta do controle tangível – avaliações prescritivas de
tempos e movimentos na quantificação produtiva - para o intangível – avaliação da
capacidade intelectual como principal Ativo da organização.
Se por um lado a evolução (ou revolução) industrial nos trouxe à metade do século
com certas premissas de poder econômico baseado em grandes complexos empresariais
com faturamentos enormes e estruturas gigantescas, o final do século XX apresentou-se
com destaque para o faturamento das empresas cujo principal produto está diretamente
relacionado ao intangível e a ênfase é a terceirização. A Microsoft, maior concentração de
faturamento no mundo atual, aponta em suas receitas de vendas um número equivalente à
71 % do PIB Brasileiro, sendo que não há qualquer outro país na América Latina cujo PIB
supere o faturamento da Microsoft. Com destaque, o produto da Microsoft é o
conhecimento. Seu controle está muito mais relacionado com o qualitativo, com o cérebro
de seus integrantes, do que com os controles convencionais fundamentados nos modelos
quantitativos.
O histórico do controle, desde sua origem na época da Teoria Clássica até os dias
atuais, descreve um percurso repleto de conceitos, definições e teses, quase sempre
baseadas em modelos matemáticos, cuja forma de gestão deriva diretamente dos preceitos
de crenças e valores da organização e que vão ser sintetizados num ramo desta ciência
chamado Controladoria.
Discorrer sobre este tema é praticar o exercício da definição administrativa que elege
“organização – direção – controle” como a forma de melhor visualizarmos o conjunto
ideal de empresa. Vamos viajar pela origem histórica do controle, seu crescimento para a
sociedade empresarial moderna e sua chegada ao século XXI. Posteriormente derivamos
do controle para aquela que, como ciência, desenvolve sua gestão; a Controladoria.
No clássico infantil “Alice no País das Maravilhas” a menina Alice pergunta ao Gato
Cherry, “qual o caminho que devo seguir?” ao que ele responde, “depende onde você quer
chegar”, então ela retruca, “não sei!” Ele esclarece, “então não importa qual o caminho!”
Se não sabemos onde ir, como viabilizaremos a forma de lá chegar? Se não sabemos
onde ir e nem como chegar, como controlarmos se nosso caminho está correto e nossa
chegada é no lugar esperado?
Portanto, devemos primeiro definir onde queremos chegar, após, qual o melhor
caminho. Isto é o processo de planejamento. Desencadeado, deveremos utilizar as
ferramentas necessárias para controlar nosso trajeto e verificarmos nossa chegada, os
nossos resultados. Isto é o controle.
Peter Drucker em 1962 definiu o planejamento como sendo “um processo que não
diz respeito às decisões futuras, mas às implicações futuras das decisões presentes”.
Temos pois que este deve ser um processo, jamais um ato isolado. É composto de
ações inter-relacionadas atuando como um todo na organização de forma a provocar um
movimento sinérgico rumo aos objetivos comuns. Desta forma, todas as áreas da
organização são integradas ao processo fazendo-o mais importante enquanto processo do
que o seu resultado final, o plano. Entende-se neste ponto que o plano é fruto do
planejamento, ou seja, as ações das partes integrantes, coordenadas pelos gestores das
áreas componentes da organização, serão resultado daquilo que foi planejado e está
definido no plano geral, seja de produção, mercadológico, logístico, etc., tudo enfim que
seja necessário ao bom andamento destas ações, e isto, tem-se como de maior importância
que o seu resultado, pois este não será o esperado se aquele não for o melhor possível.
Ainda por Ackoff, as filosofias do planejamento são três: da satisfação, que diz
respeito a um planejamento voltado para fazer o suficiente, não tem uma forte
preocupação com o crescimento, destaca-se pela baixa capacitação técnica assim como
pelo baixo custo. Já a filosofia da otimização salienta os modelo matemáticos e
quantitativos como forma de desenvolver os planos tão bem quanto possível, permitindo a
aplicação no todo ou em partes da organização. A filosofia da adaptação, diz respeito à
inovação, a evolução constante, a premissa do conhecimento futuro classificado pela
certeza, incerteza ou ignorância dos cenários futuros, objetiva o melhor desenvolvimento
do processo de planejamento para o melhor plano possível. Esta filosofia também é
denominada de homeostase, a busca do equilíbrio interno e externo da empresa, é a
organização interagindo harmonicamente com o meio onde situa-se.
Assim, podemos definir que o controle é um processo pelo qual a organização avalia
se estão sendo seguidos os planos e as políticas de sua administração. É pois, um
procedimento sem princípio e fim definíveis, é um processo constante e sistêmico.
• OBJETIVOS DO CONTROLE
Podemos considerar que a atividade de controle tem como objetivo geral assegurar
os resultados da organização, assegurar que a missão seja cumprida. Porém, não podemos
desconsiderar que, para alcançar este objetivo principal, algumas etapas deverão ser
atingidas. A isto pode-se chamar de objetivos específicos.
• MISSÃO DA CONTROLADORIA
• FUNÇÕES DA CONTROLADORIA
• CONCLUSÃO __________________________________________________________
Procuramos neste passeio levantar e dispor o tema com a visão centrada nos tópicos
de maior relevância, sem todavia perdermos a noção do quão superficial é este estudo a
luz da profundidade e abrangência do assunto.
“If You Are Not Being Educated in Your Job Today, You
May Be Out of a Job Tomorrow” Stan Davis and Jim
Botkin, Authors of The Monster Under The Bed – How
Business Is Mastering The Opportunity Of Knowledge For
Profit.
• BIBLIOGRAFIA ________________________________________________________
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