Contibuições, Benefícios e Calcúlos

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CONTIBUIÇÕES, BENEFÍCIOS E CALCÚLOS

PREVIDENCIÁRIOS

1
Sumário
..................................................................................................................... 4
1-BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO ............................................................... 4
2 – SEGURIDADE SOCIAL ......................................................................... 4
2.1- Previdência Social ................................................................................ 5
2.2- Assistência Social ................................................................................. 5
2.3 - BPC LOAS e a Reforma da Previdência .............................................. 6
2.4- Saúde Pública ....................................................................................... 7
3 – BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS ....................................................... 7
3.1 - Para os Segurados .............................................................................. 7
3.1.1- Aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria por
invalidez) ................................................................................................................ 7
3.1.2- Para mulheres.................................................................................. 10
3.1.3 - Aposentadoria por incapacidade permanente acidentária .............. 11
3.1.4- Para homens e mulheres ................................................................. 11
4- APOSENTADORIA DO TRABALHADOR RURAL E DO GARIMPEIRO
(aposentadoria por idade rural)............................................................................. 11
5- APOSENTADORIA POR IDADE ........................................................... 11
5.1- Valor da aposentadoria por idade na regra de transição .................... 14
6- APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ....................... 16
6.1- Requisitos da Aposentadoria por Tempo de Contribuição .................. 17
6.1.1 - Carência.......................................................................................... 17
6.1.2 – Tempo de Contribuição .................................................................. 18
6.1.3 - Aposentadoria Por Tempo de Contribuição Integral ....................... 18
6.2 - Aposentadoria por Tempo de Contribuição Proporcional................... 19
6.2.1 - Requisitos da Aposentadoria Proporcional ..................................... 19
6.2.2 - Valor da Aposentadoria Proporcional ............................................. 21
7- APOSENTADORIA PROGRAMADA ..................................................... 22
7.1- Aposentadoria programada “comum” ................................................. 22
7.2- Aposentadoria programada do professor ............................................ 23
8- APOSENTADORIA ESPECIAL .............................................................. 23
8.1- Requisitos da aposentadoria especial ................................................ 23
8.2 – Carência ............................................................................................ 24
8.3 - Tempo de contribuição exercido em atividades danosas à saúde ..... 24

1
8.4- Quem tem Direito a Aposentadoria Especial ...................................... 25
8.5- Como solicitar a Aposentadoria Especial ............................................ 26
8.6- Como solicitar a Aposentadoria Especial pela internet ....................... 27
9- APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ......................... 27
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 29

2
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1-BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

Explicando de uma forma simples, benefício previdenciário é um valor


pago mensalmente pelo INSS (Previdência Social) aos seus segurados, ou seja,
pessoas que contribuem com o RGPS (Regime Geral da Previdência Social).

No entanto, para fazer jus ao benefício, o segurado deve cumprir


certos requisitos exigidos para sua concessão, que variam de acordo com cada
espécie de benefício.

Lembrando que benefício previdenciário difere de benefício assistencial.

Os benefícios assistenciais previstos na LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social –


Lei n. 8.742/1993) NÃO possuem caráter contributivo, de modo que podem ser pagos
à qualquer pessoa que cumpra os requisitos, independente de ter contribuído com a
Previdência Social.

2 – SEGURIDADE SOCIAL

No Brasil, a Seguridade Social visa assegurar ao cidadão a garantia de manutenção


de três direitos (o chamado “tripé da seguridade social”): Saúde, Assistência Social e
Previdência Social.

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2.1- Previdência Social

Podemos dizer que a Previdência Social é um “seguro social” mantido por


contribuições mensais e que protege o segurado de alguns riscos, garantindo a
cobertura de contingências decorrentes de doença, invalidez, idade, desemprego,
morte e proteção à maternidade.

Possui caráter contributivo, de modo que só terão direito a receber os benefícios e


auxílios previdenciários aqueles que estiverem contribuindo mensalmente, através
das denominadas contribuições previdenciárias (ou que estiverem dentro do período
de graça).

2.2- Assistência Social

A assistência social é um direito assegurado no art. 203 da Constituição Federal.

Sua principal característica é a destinação ampla, ou seja, seus


destinatários não precisam necessariamente ter contribuído com a seguridade
social para receber os benefícios. Assim, o Estado busca garantir uma maior proteção
justamente àqueles mais necessitados.

O benefício assistencial mais famoso é o BPC (benefício assistencial de prestação


continuada).

A assistência social é um direito assegurado no art. 203 da Constituição Federal.

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

(...)

Sua principal característica é a destinação ampla, ou seja, seus


destinatários não precisam necessariamente ter contribuído com a seguridade
social para receber os benefícios. Assim, o Estado busca garantir uma maior proteção
justamente àqueles mais necessitados.

Dentre os objetivos da assistência social, está a garantia de um salário


mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que

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comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida
por sua família.

Nesse contexto, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) instituiu o Benefício


Assistencial de Prestação Continuada (BPC).

Tal benefício é pago mensalmente pelo INSS, no intuito de garantir a renda de idosos
ou pessoas com deficiência que apresentem limitações para se inserirem no mercado
de trabalho.

ATENÇÃO: não se trata de uma aposentadoria, e sim de um benefício (não têm


direito ao 13º, não conta como tempo de contribuição e nem dá direito à pensão por
morte com o falecimento do beneficiário). Por exemplo, um idoso que não preenche
os requisitos de miserabilidade, não poderá receber o BPC.

LOAS é a sigla utilizada para se referir à Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº
8.742/93).

Já BPC é a sigla para Benefício Assistencial de Prestação Continuada.

Comumente as pessoas acabam utilizando os dois termos para se referirem ao


benefício. No entanto, é preciso ter em mente que o termo correto é BPC (Benefício
Assistencial de Prestação Continuada).

2.3 - BPC LOAS e a Reforma da Previdência

Apesar da Reforma da Previdência haver alterado as regras de aposentadoria, não


houve qualquer modificação quanto ao BPC.

Inicialmente, o texto previa a redução do valor do benefício para parte dos


destinatários (pessoas entre 60 e 70 anos receberiam de forma proporcional à sua
idade, de modo que somente passariam a ganhar 1 salário mínimo ao completarem
70 anos).

Contudo, tal proposta foi retirada da Reforma da Previdência, não havendo novas
regras do BPC na EC 103/2019.

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2.4- Saúde Pública

A saúde também é um direito universal, previsto no art. 196 da Constituição Federal.

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante


políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.

O Estado deve garantir a saúde da população, mediante a adoção de políticas sociais


e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.

Assim como a assistência social, é gratuita e independe de qualquer contribuição do


usuário. Ou seja, mesmo aquelas pessoas que não pagam qualquer tributo ao Estado
podem fazer uso desses serviços.

3 – BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

A Reforma da Previdência trouxe várias alterações em relação a essa matéria,


extinguindo, modificando e criando novos benefícios previdenciários.

3.1 - Para os Segurados


3.1.1- Aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria
por invalidez)

Aposentadoria por incapacidade permanente é um benefício pago mensalmente pelo


INSS à pessoa portadora de doença incapacitante ou que sofreu um acidente que a
incapacitou para o trabalho (tenha o acidente ocorrido dentro do ambiente laboral ou
não).

É a antiga aposentadoria por invalidez (após a Reforma da Previdência, passou a ser


usada esta nova terminologia).

7
O objetivo da aposentadoria por incapacidade permanente é contribuir para o
sustento daquele beneficiário que está incapacitado permanentemente (se a
incapacidade for temporária, deverá ser requerido o auxílio-doença) para o trabalho
ou para exercer qualquer outro tipo de profissão.

Enquanto a incapacidade persistir (comprovada por perícia médica, salvo exceções),


o beneficiário continua fazendo jus à aposentadoria.

Para aposentadoria por incapacidade permanente previdenciária (decorrente de


doença incapacitante), o valor da renda mensal inicial (RMI) será de 60% do salário-
de-benefício (SB), acrescido de 2% para cada ano de contribuição que exceder a um
limite predefinido em lei, que varia para homens e mulheres.

Obs.: Este 60% do salário-de-benefício (SB), acrescido de 2% para cada ano de


contribuição que exceder ao limite, é conhecido como coeficiente da RMI.

Para os homens, será aplicado o disposto no art. 26, §2°, inciso III, da EC n.
103/2019. Desse modo, haverá um acréscimo de 2% para cada ano que exceder 20
anos de contribuição.

Fórmula:

RMI = SB x (60% + 2% para cada ano que ultrapassar 20 anos).

Coeficiente da RMI – art. 26, § 2º:

8
9
3.1.2- Para mulheres

No caso das mulheres, incide o art. art. 26, § 5º, da EC n. 103/2019. Ou seja, haverá
um acréscimo de 2% para cada ano que exceder 15 anos de contribuição.

Fórmula:RMI = SB x (60% + 2% para cada ano que ultrapassar 15 anos).

Coeficiente da RMI – art. 26, §5º:

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3.1.3 - Aposentadoria por incapacidade permanente acidentária

Para aposentadoria por incapacidade permanente acidentária (decorrente de


acidente que a incapacitou para o trabalho), o valor da renda mensal inicial (RMI) será
de 100% do salário-de-benefício (SB), independente se homem ou mulher.

3.1.4- Para homens e mulheres

Conforme mencionado, a fórmula aplicada para ambos os casos é a mesma, nos


termos do art. 26, § 3º, da EC n. 103/2019.

Fórmula:

RMI = SB x 100%.

4- APOSENTADORIA DO TRABALHADOR RURAL E DO


GARIMPEIRO (aposentadoria por idade rural)

É um benefício previdenciário devido ao segurado que comprovar o mínimo de 180


meses trabalhados na atividade rural, além da idade mínima de 60 anos, se homem,
ou 55 anos, se mulher (ou seja, possui uma redução de idade se comparado à
aposentadoria por idade comum).

Pode ser requerida pelo segurado especial (agricultor familiar, pescador artesanal e
indígena) ou por empregados, contribuintes individuais e trabalhadores avulsos
rurais.

5- APOSENTADORIA POR IDADE

A aposentadoria por idade é um benefício previdenciário concedido pelo INSS ao


segurado que completar a idade considerada como risco social (65 anos, se homem,

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ou 60 anos, se mulher) e preencher ao número mínimo de 180 contribuições
previdenciárias.

No entanto, após a Reforma da Previdência, não mais existem, de forma isolada, a


aposentadoria por idade ou aposentadoria por tempo de contribuição. Pelas regras
atuais, existe somente a chamada aposentadoria programada.

Contudo, ainda incidem as regras de transição aos segurados filiados ao INSS antes
da Reforma.

Inicialmente, é preciso ter em mente que há várias regras de transição na Reforma


da Previdência e que a maioria delas abordam a idade de alguma forma.

No entanto, será explanado somente a regra de transição contida no art. 18


da Emenda Constitucional n. 103/2019, que é a norma que trata mais especificamente
da aposentadoria por idade:

Art. 18. O segurado de que trata o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição


Federal filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada
em vigor desta Emenda Constitucional poderá aposentar-se quando
preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:

I – 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de


idade, se homem; e

II – 15 (quinze) anos de contribuição, para ambos os sexos.

§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 (sessenta) anos da


mulher, prevista no inciso I do caput, será acrescida em 6 (seis) meses a cada
ano, até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade.

§ 2º O valor da aposentadoria de que trata este artigo será apurado na forma


da lei.

Desse modo, concluímos que existem 2 requisitos cumulativos na mencionada regra


de transição:

 60 a 62 anos de idade, se mulher; 65 anos de idade, se homem (requisito


etário);
 15 anos de contribuição, para ambos os sexos (requisito de carência).

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Obs.: São 15 anos de contribuição, e não mais 180 meses de carência (como previsto
na norma anterior). Mas será que ainda existe a exigência de carência de 15 anos?
A EC 103/2019 não é juridicamente boa neste aspecto. Mas a carência é plenamente
compatível com a carência do art. 25 da lei 8.213/91.

Obs.: Trabalhadores Rurais (incluído produtor rural, garimpeiro e pescador artesanal)


podem requerer sua aposentadoria com 5 anos a menos, nos termos do art. 201, §
7º, inciso II, da Constituição Federal.

Regra de transição – Aposentadoria por Idade Urbana

ATENÇÃO:

O art. 19, caput, da Emenda Constitucional n. 103/2019, trouxe uma novidade não tão
boa quanto ao requisito de carência para homens que se filiarem ao RGPS (Regime
Geral da Previdência Social) após a publicação da EC: o período mínimo
contributivo para fins de aposentadoria por idade passou a ser de 20 anos. Olha só:

Art. 19. Até que lei disponha sobre o tempo de contribuição a que se refere
o inciso I do § 7º do art. 201 da Constituição Federal, o segurado filiado ao
Regime Geral de Previdência Social após a data de entrada em vigor desta

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Emenda Constitucional será aposentado aos 62 (sessenta e dois) anos de
idade, se mulher, 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, com 15
(quinze) anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20(vinte) anos de tempo
de contribuição, se homem.

Assim, você precisa ter em mente que os segurados que se filiarem ao RGPS após a
entrada em vigor da Reforma da Previdência, deverão cumprir a 2 requisitos
cumulativos para obterem sua aposentadoria por idade:

 60 a 62 anos de idade, se mulher; 65 anos de idade, se homem (requisito


etário);
 15 anos de contribuição, se mulher; 20 anos de contribuição,
se homem (requisito de carência).

5.1- Valor da aposentadoria por idade na regra de transição

O art. 26 da Emenda Constitucional n. 103/2019 traz informações sobre a forma de


cálculo que será utilizada no RGPS (Regime Geral da Previdência Social) até ser
editada lei específica para disciplinar o tema.

Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio de
previdência social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será
utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e das
remunerações adotados como base para contribuições a regime próprio de
previdência social e ao Regime Geral de Previdência Social, ou como base
para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os arts.
42 e 142 da Constituição Federal, atualizados monetariamente,
correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior
àquela competência.

(…)

§ 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta


por cento) da média aritmética definida na forma prevista no caput e no § 1º,
com acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para cada ano de contribuição
que exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição nos casos:

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I – do inciso II do § 6º do art. 4º, do § 4º do art. 15, do § 3º do art. 16 e do §
2º do art. 18;

(…)

§ 5º O acréscimo a que se refere o caput do § 2º será aplicado para cada ano


que exceder 15 (quinze) anos de tempo de contribuição para os segurados
de que tratam a alínea “a” do inciso I do § 1º do art. 19 e o inciso I do art. 21
e para as mulheres filiadas ao Regime Geral de Previdência Social.

§ 6º Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em


redução do valor do benefício, desde que mantido o tempo mínimo de
contribuição exigido, vedada a utilização do tempo excluído para qualquer
finalidade, inclusive para o acréscimo a que se referem os §§ 2º e 5º, para a
averbação em outro regime previdenciário ou para a obtenção dos proventos
de inatividade das atividades de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição
Federal.

§ 7º Os benefícios calculados nos termos do disposto neste artigo serão


reajustados nos termos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência
Social.

Em termos práticos, o valor do RMI (renda mensal inicial, ou seja, aposentadoria que
será paga ao segurado), poderá será calculado de acordo com a seguinte fórmula:

 Para mulheres (art. 26, §2º, I e §5º):

RMI = SB (salário-base) x (60% + 2% para cada ano que ultrapassar 15 anos)

 Para homens (art. 26, §2º, I):

RMI = SB x (60% + 2% para cada ano que ultrapassar 20 anos)

A alteração do requisito etário para concessão da aposentadoria por idade talvez


tenha sido um dos pontos da Reforma da Previdência que mais trouxe insatisfação
aos brasileiros. Afinal, a nova regra aumenta a idade necessária para se aposentar e,
no caso dos homens, majora o período de contribuição.

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Contudo, as regras de transição vieram para tentar amortecer o impacto das novas
normas, de modo que os contribuintes que estão em vias de se aposentar não serão
tão prejudicados pelos novos requisitos etários e de carência.

Para o advogado previdenciarista ou mesmo o contribuinte do INSS que deseja se


aposentar por idade, é muito importante dominar as regras de transição e as
alterações que ocorreram após a reforma.

6- APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Os requisitos da aposentadoria por tempo de contribuição eram:

 Tempo de contribuição – 30 anos para mulheres e 35 para homens;


 Carência – 180 contribuições.

Mas, conforme mencionando, essa espécie de benefício previdenciário não mais


existe após a publicação da EC. n. 103/2019
(Reforma da Previdência).

O que temos agora é a aposentadoria


programada, conforme será explicado.

Obs.: a exceção a isso é a aposentadoria da


pessoa com deficiência, conforme veremos em
item próprio.

A aposentadoria por tempo de contribuição é um


benefício previdenciário devido aos segurados da
Previdência Social que tiverem um número mínimo de contribuição (“carência”) e
também um mínimo de tempo de contribuição.

Aqui, trataremos das regras aplicáveis na aposentadoria por idade do RGPS (INSS)
em 2019.

Lembre-se que, no Direito Previdenciário, existe o princípio do “tempus regit actum“,


ou seja, se o benefício é de uma data diferente, pode ser que regras diferentes sejam
aplicadas.

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A aposentadoria por tempo de contribuição é um tipo de aposentadoria programável
e está prevista na nossa Constituição Federal (art. 201, § 7º, I). Vejamos:

CF, art. 201, § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência


social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:

I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de


contribuição, se mulher;

(…)

A lei 8.213/91 trata deste benefício nos artigos 52 a 56.

6.1- Requisitos da Aposentadoria por Tempo de Contribuição

A aposentadoria por tempo de contribuição tem dois requisitos:

 Carência – 180 contribuições


 Tempo de contribuição – 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.

Observe que a idade NÃO é um dos requisitos para a aposentadoria por tempo de
contribuição. Ou seja, não existe idade mínima para este benefício.

6.1.1 - Carência

O primeiro requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição é a carência. Via


de regra, a carência para a aposentadoria por tempo de contribuição é de 180 meses
(art. 25 da Lei 8.213/91).

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de


Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado
o disposto no art. 26:

(…)

II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e


aposentadoria especial: 180 contribuições mensais.

(…)

17
No entanto, o tempo de carência pode ser menor de acordo com a tabela progressiva
do art. 142 da lei 8.213/91.

Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de


julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos
pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por
tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em
conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias
à obtenção do benefício:

Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos 1991


60 meses 1992 60 meses 1993 66 meses 1994 72 meses 1995 78 meses
1996 90 meses 1997 96 meses 1998 102 meses 1999 108 meses 2000 114
meses 2001 120 meses 2002 126 meses 2003 132 meses 2004 138 meses
2005 144 meses 2006 150 meses 2007 156 meses 2008 162 meses 2009
168 meses 2010 174 meses 2011 180 meses.

6.1.2 – Tempo de Contribuição

O tempo de contribuição necessário para obtenção da aposentadoria por tempo de


contribuição varia conforme o gênero do segurado da seguinte forma:

 35 anos – Homens;
 30 anos – Mulheres.

6.1.3 - Aposentadoria Por Tempo de Contribuição Integral

Os requisitos da aposentadoria por tempo de contribuição integral são os já discutidos


neste item, ou seja:

 180 meses de carência


 35 anos de tempo de contribuição para homens e 30 para mulheres.

Na aposentadoria por tempo de contribuição integral, o valor do benefício (RMI –


renda mensal inicial) é igual a 100% do salário de benefício (SB).

RMI = SB x 100%

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No entanto, existe um detalhe importante: o cálculo do salário de benefício (SB) pode
ser feito de duas formas diferentes:

 Com aplicação do fator previdenciário (quando o segurado NÃO atinge a


pontuação da regra 85/95);
 Sem aplicação do fator previdenciário (quando o segurado atinge a
pontuação da regra 85/95).

6.2 - Aposentadoria por Tempo de Contribuição Proporcional

Na aposentadoria por tempo de contribuição proporcional, o segurado pode


aposentar-se com menos tempo do que a aposentadoria por tempo de contribuição
integral.

Como consequência, o valor do seu benefício também será menor.

É um benefício que foi extinto pela Emenda Constitucional nº 20/1998.

Apenas as pessoas que se inscreveram no INSS até 16/12/1998 (data de publicação


da Emenda Constitucional nº 20) podem aposentar-se proporcionalmente.

Atualmente (regras permanentes), não há previsão deste tipo de benefício nas leis
previdenciárias, pois, como já dito, ele foi extinto.

Ou seja, pessoas que se inscreveram após 16/12/1998 NÃO tem direito à


aposentadoria proporcional

As pessoas que cumpriram os requisitos para a aposentadoria proporcional até


15/12/1998, têm direito adquirido a este tipo de aposentadoria.

Entretanto, para não prejudicar os que se inscreveram no INSS antes dessa data, a
aposentadoria proporcional está prevista nas regras de transição da EC 20/98.

6.2.1 - Requisitos da Aposentadoria Proporcional

A aposentadoria por tempo de contribuição proporcional tem dois requisitos, além da


carência: idade e tempo de contribuição.

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 Idade

A idade mínima para obter este benefício é 53 anos de idade para homens e 48 para
mulheres, nas regras de transição (não havia idade mínima para as regras anteriores
à EC 20/98).

Requisito – idade

 Homens – 53 anos
 Mulheres – 48 anos

EC 20/98:

Art. 9º. Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e ressalvado o direito


de opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas para o regime
geral de previdência social, é assegurado o direito à aposentadoria ao
segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a
data de publicação desta Emenda, quando, cumulativamente, atender aos
seguintes requisitos:

I – contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito


anos de idade, se mulher; e

(…)

 Tempo de contribuição

Antes da modificação nas leis de 1998, neste tipo de aposentadoria, o tempo de


contribuição era diminuído em 5 anos, ou seja, 30 anos para homens e 25 para
mulheres.

Mas, para quem precisa seguir as regras de transição, o tempo de contribuição é


diferente, sendo calculado da seguinte forma:

 Calcular quanto tempo faltaria para a pessoa aposentar-se proporcionalmente


na data de 16/12/1998 (quanto tempo faltava para atingir 30 ou 25 anos de
contribuição);
 Calcular 40% do valor encontrado no item “a” (isso é chamado de “pedágio”);
 Somar o valor encontrado no item “b” (pedágio) a 30 ou 25 anos. Este será o
tempo de contribuição necessário para aposentar-se proporcionalmente.

20
Exemplo: Maria possuía 20 anos de contribuição em 16/12/1998 à Faltavam 5 anos
para a aposentadoria proporcional à 40% de 5 são 2 anos (ou seja, temos um pedágio
de 2 anos) à 25 + 2 = 27 anos à Maria deverá trabalhar 27 anos para aposentar-se
proporcionalmente.

EC 20/98, Art. 9º, § 1º. O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o
disposto no inciso I do “caput”, e observado o disposto no art. 4º desta Emenda, pode
aposentar-se com valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas
as seguintes condições:

I – contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:

a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e

b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do


tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite
de tempo constante da alínea anterior;

(…)

Requisito – tempo de contribuição

 Homens – 30 anos + pedágio


 Mulheres – 25 anos + pedágio

6.2.2 - Valor da Aposentadoria Proporcional

A valor da aposentadoria proporcional é 70% da aposentadoria integral + 5% a cada


ano a mais de contribuição que ultrapasse o pedágio (chegando a 100%, no máximo).

RMI = SB x (70% + 5% a cada ano a mais de contribuição que ultrapasse o pedágio).

Ou seja, o tempo de “pedágio” não conta para este aumento de 5%.

EC 20/98:

Art. 9º, § 1º,II – o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a


setenta por cento do valor da aposentadoria a que se refere o “caput”,
acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a
que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento.

21
Dificilmente um segurado ter mais tempo de contribuição do que o necessário para
“pagar o pedágio”. Via de regra, ele acaba cumprindo os 35 ou 30 anos necessários
para a aposentadoria integral antes.

Consequentemente, o valor do benefício será diminuído em 30% na modalidade


aposentadoria proporcional. É claro que é preciso fazer os cálculos para cada caso
concreto.

Por isso é MUITO importante prestar atenção simulação da RMI.

7- APOSENTADORIA PROGRAMADA

A Portaria n. 450/2020 do INSS prevê que, com a vigência da EC n. 103/2019, as


aposentadorias por idade e por tempo de contribuição foram substituídas por uma
única espécie, a aposentadoria programada, da qual derivam a aposentadoria
especial e a aposentadoria programada do professor.

É devida aos segurados filiados ao RGPS a partir de 13 de novembro de 2019, ou,


se mais vantajosa, aos demais segurados.

Entretanto, as regras de transição referentes às aposentadorias por idade, por tempo


de contribuição, especial e do professor, incidem sobre os requerimentos efetuados
por segurados filiados ao RGPS até o dia 13 de novembro de 2019, respeitado o
direito adquirido, independentemente da data de entrada do requerimento – DER.

7.1- Aposentadoria programada “comum”

Trata-se de benefício previdenciário concedido aos segurados que


cumprirem cumulativamente os seguintes requisitos:

 62 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem;


 15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos, se homem;
 180 meses de carência.

22
7.2- Aposentadoria programada do professor

É um benefício previdenciário devido aos professores segurados do RGPS exigidos,


cumulativamente:

 25 anos, para ambos os sexos, de efetivo e exclusivo exercício nas


funções de magistério na educação infantil e nos ensinos fundamental e
médio;
 57 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem.

8- APOSENTADORIA ESPECIAL

Visa proteger o segurado que trabalha sujeito a condições prejudiciais


à saúde ou integridade física.

Sua concessão exige idade mínima, igual para ambos os sexos, e o tempo mínimo
de contribuição com exposição a agente nocivo durante, no mínimo, 15, 20 ou 25
anos, conforme os seguintes critérios:

 55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de


efetiva exposição;
 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de
efetiva exposição;
 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de
efetiva exposição.

8.1- Requisitos da aposentadoria especial

A aposentadoria especial tem dois requisitos:

 Carência – 180 contribuições;


 Tempo de contribuição exercido em atividades danosas à saúde por 15,
20 ou 25 anos.

Observe que a idade NÃO é um requisito da aposentadoria especial.

23
A idade era um dos requisitos para a aposentadoria especial logo quando ela foi
criada. No entanto, a Lei n. 5.440-A/68 alterou o art. 31 da LOPS, para excluir a
expressão “50 (cinquenta) anos de idade”.

A aposentadoria especial deixou de ter, então, o requisito da idade mínima. No


entanto, a Reforma da Previdência de 2019 busca trazer novamente este requisito
para a aposentadoria especial.

8.2 – Carência

A carência para o benefício de aposentadoria especial é de 180 contribuições


mensais, nos termos da legislação previdenciária:

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de


Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado
o disposto no art. 26:

(…)

II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço


e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais.

A carência pode ser menor para os casos que se enquadrem na regra de transição
do art. 142 da Lei 8.213/91.

8.3 - Tempo de contribuição exercido em atividades danosas à saúde

Para ter direito à a aposentadoria especial, o segurado precisa comprovar que


trabalhou sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, de forma permanente, e não ocasional nem intermitente, com a efetiva
exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos.

Lei 8.213/91:

Art. 57, § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá


de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro
Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem

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intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante o período mínimo fixado.

8.4- Quem tem Direito a Aposentadoria Especial

Para o INSS, somente o empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual


cooperado tem direito à aposentadoria especial. Vejamos:

IN 77/2015:

Art. 247. A aposentadoria especial será devida, somente, aos segurados:

I – empregado;

II – trabalhador avulso;

III – contribuinte individual por categoria profissional até 28 de abril de 1995;


e

IV – contribuinte individual cooperado filiado à cooperativa de trabalho ou de


produção, para requerimentos a partir de 13 de dezembro de 2002, data da
publicação da MP nº 83, de 2002, por exposição à agente(s) nocivo(s).

Vejamos o que diz o site do INSS:

A aposentadoria especial é um benefício concedido ao cidadão que trabalha


exposto a agentes nocivos à saúde, como calor ou ruído, de forma contínua
e ininterrupta, em níveis de exposição acima dos limites estabelecidos em
legislação própria.

É possível aposentar-se após cumprir 25, 20 ou 15 anos de contribuição,


conforme o agente nocivo.

Além do tempo de contribuição, é necessário que o cidadão tenha


efetivamente trabalhado por, no mínimo, 180 meses. Períodos de auxílio-
doença, por exemplo, não são considerados para cumprir este requisito.

No entanto, este benefício deveria ser estendido a todos os segurados, no nosso


entendimento. Neste sentido:

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR


TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DE TEMPO
ESPECIAL. SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. POSSIBILIDADE.

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1. O artigo 57 da Lei 8.213/1991 não traça qualquer diferenciação entre as
diversas categorias de segurados, permitindo o reconhecimento da
especialidade da atividade laboral exercida pelo segurado contribuinte
individual.

2. O artigo 64 do Decreto 3.048/1999 ao limitar a concessão do benefício


aposentadoria especial e, por conseguinte, o reconhecimento do tempo de
serviço especial, ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte
individual cooperado, extrapola os limites da Lei de Benefícios que se propôs
a regulamentar, razão pela qual deve ser reconhecida sua ilegalidade.

3. Destarte, é possível o reconhecimento de tempo de serviço especial ao


segurado contribuinte individual não cooperado, desde que comprovado, nos
termos da lei vigente no momento da prestação do serviço, que a atividade
foi exercida sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou sua
integridade física.

4. Recurso Especial não provido.

(REsp 1793029/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,


julgado em 26/02/2019, DJe 30/05/2019)

Súmula 62 da TNU: “O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento


de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar
exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física.”

8.5- Como solicitar a Aposentadoria Especial

No site do INSS, não existe a opção de agendamento para a aposentadoria especial.

No entanto, o STF decidiu que o prévio requerimento administrativo é necessário para


constituir o interesse de agir em matéria previdenciária em ação de concessão (RE
631.240 MG).

Assim, será preciso agendar como aposentadoria por tempo de contribuição normal
e apresentar um pedido por escrito no dia.

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8.6- Como solicitar a Aposentadoria Especial pela internet

Lembre-se de que não existe a opção de agendamento para a aposentadoria


especial. Assim, será preciso agendar aposentadoria por tempo de contribuição.

Para requerer a aposentadoria por tempo de contribuição pela internet, é preciso


antes cadastrar-se no portal Meu INSS.

Após cadastrar-se, basta fazer o login no portal com seu CPF e senha, vá no menu
“Agendamentos e Requerimentos”.

Após, clique em “Novo Requerimento” e siga as instruções do site.

9- APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Trata-se de benefício previdenciário concedido mediante a comprovação de que o


segurado exerceu a atividade na condição de pessoa com deficiência leve, média ou
grave. Está regulamentada pela Lei Complementar n. 142/2013.

É a única modalidade de benefício que ainda permite a aposentadoria por tempo de


contribuição, mesmo após a Reforma da Previdência. Isso porque o texto da Emenda
Constitucional determina que ainda sejam aplicadas as regras da referida Lei
Complementar (art. 22 da EC 103/2019).

Existem duas modalidades de aposentadoria da pessoa com deficiência:

 Aposentadoria da pessoa com deficiência por idade

Deve-se comprovar o mínimo de 180 contribuições realizadas exclusivamente


na condição de pessoa com deficiência, além da idade de 60 anos, se homem, ou 55
anos, se mulher (art. 3º, IV, da LC 142/2013).

 Aposentadoria da pessoa com deficiência por tempo de contribuição

Deve-se comprovar a carência de 180 contribuições e também observar as


seguintes condições (art. 3º, I a III, da LC 142/2013):

 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no


caso de segurado com deficiência grave;

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 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no
caso de segurado com deficiência moderada;
 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no
caso de segurado com deficiência leve.

Conforme mencionado, existem várias espécies de benefícios previdenciários, sendo


um assunto muito extenso e que sofreu alterações nos últimos anos (e vai continuar
sofrendo).

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BIBLIOGRAFIA

LEMES, Emerson Costa. Manual dos Cálculos Previdenciários: Benefícios e


Revisões. Curitiba: Juruá Editora, 2016. P. 69-70.

Lei n. 8.213/1991;

Lei n. 8.742/1993;

Constituição Federal;

EC. n. 103/2019;

Portaria n. 450/2020 do INSS;

LC 142/2013;

ALENCAR, Hermes Arrais. Cálculo de benefícios previdenciários: regime geral de


previdência social – teses revisionais – da teoria à prática. 9. ed. – São Paulo: Saraiva,
2018.

LAZZARI, João Batista; CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito
Previdenciário. 22 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.

SANTOS, Marisa Ferreira dos, Direito previdenciário esquematizado, – 9. ed. – São


Paulo: Saraiva, 2019.

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