Caderno2DireitoPsicologia 012024
Caderno2DireitoPsicologia 012024
Caderno2DireitoPsicologia 012024
VESTIBULAR
1º/2024 – PUC MINAS
Cursos:
DIREITO (Coração Eucarístico e Praça da Liberdade) - Manhã e
PSICOLOGIA (Coração Eucarístico) - Manhã
CADERNO 2
L Í N G U A P O RT U G U E S A
P R O D U Ç Ã O DE T E X T O
BIOLOGIA
P R O V AS : QUÍMICA
FÍSICA
M A T E M ÁT I C A
L Í N G U A E S T R A NG E I R A (E S P A N HO L / I N G LÊ S )
H I S T Ó RI A
GEOGRAFIA
Prezado(a) candidato(a):
Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço
reservado a cada opção na folha de respostas.
Nº de Inscrição Nome
INSTRUÇÃO: Para as questões 01 e 02, leia o texto retirado da Revista Língua Portuguesa, n. 19, p. 38 e 29, set.
2013.
É notório tanto que o uso do jargão é uma necessidade insuperável dos profissionais de certas áreas quanto
que toda profissão tem seus próprios termos técnicos. Quem atua em determinado campo do conhecimento lida
com um tipo de linguagem a ele pertinente e que tende “encurtar caminho”, dizer a esclarecer com um termo aquilo
para o qual, sem o termo técnico, necessitaríamos de uma frase inteira.
Contudo, há excessos, sempre. No caso do ramo jurídico, em particular, o abuso é evidente. Não raro os
chamados “operadores do Direito” (advogados, juízes, procuradores) fazem uso de uma terminologia que, embora
não seja técnica ̶ virtualmente, muitos desses termos poderiam ser aplicados a qualquer ramo do conhecimento ̶
é muito singular, muito própria e muito estranha para quem não é “do ramo”. Não se cuida do ramo do jargão; trata-
se de uma utilização que seria “normal” do idioma pátrio, porém, realizada de forma singular, muito particular,
distanciada da linguagem usual. A questão é agravada quando se considera que poucas profissões precisam tanto
da palavra escrita como aquelas do Direito. Talvez por isso, a busca pela “originalidade”, de parte, sobretudo, dos
subscritores das petições, bem como o gosto pelos neologismos e por termos em desuso ainda encontrarem lugar
em nossos foros.
ALGUNS EXEMPLOS
Segundo exemplos retirados de petições diversas, constatamos, por exemplo, que o advogado disse que
seu adversário X, na ação de usucapião, não foi “negligente”; foi “indiligente”. Ainda que o significado do termo seja
de fácil compreensão, ele não é de uso regular – e sequer consta do dicionário Aurélio. Verificamos, noutro caso,
que a sentença do juiz não foi “impugnada” pela parte; em vez disso, foi pedida a “modificação da sentença
objurgada”. Mais uma vez, o meio mais difícil para se expressar foi eleito: vale notar que objurgado é palavra de
raríssimo uso e, mais uma vez, não consta no dicionário Aurélio.
Do mesmo modo, constou de outra petição a descrição de um advogado inconformado a respeito do
comportamento de determinada pessoa: “como sói acontecer, Y não atendeu aos termos do decisório vergastado”.
4
Traduzindo: como de hábito, Y não cumpriu a decisão judicial. A vergasta (vara fina, de açoitar) deve ter sido bem
utilizada...
É certo que nosso idioma oferta incontáveis variantes terminológicas. A riqueza e a variedade de sinônimos
são grandes e podem ser usadas seja como um fator de estipulação de um estilo pessoal – como marca própria,
subjetiva – seja para evitar repetições aborrecidas – Z alegou..., alegou ainda que..., alegou, também. De outro lado,
uma faceta dessa variedade é o uso para dificultar o acesso, deliberadamente, do que poderia ou haveria de ser
fácil, talvez pelo sentimento geral de que a informação dificilmente compreendida é erudita ou valiosa. É o uso da
palavra como escudo, como barreira, ao oposto do seu fito primeiro, que é exatamente derrubar barreiras
interpessoais e promover a comunicação.
USO CONSTANTE
Há mais. A insistência no uso do latim ainda permanece, nas petições. Ainda que isso advenha do costume,
também parece uma forma de alienar o leitor dito “comum”. E isso ocorre mesmo que se considere que o Código
do processo Civil diz, em seu artigo 156, que “em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do
vernáculo”.
Que o jargão se use quando necessário, parece-me perfeito, quando feito de modo oportuno. Mas o exagero
ao lançar mão, de forma desnecessária, de termos incomuns, estranhos ou mesmo inexistentes caracteriza mais
do que um estilo pessoal: oculta a intenção de alienar o outro, sobretudo o leitor “comum”, menos acostumado com
tais termos. Caracteriza o uso da palavra como barreira, detrás da qual se colocam os profissionais pelos mais
diversos motivos. Não é um objetivo nobre, certamente. Utilizar-se da linguagem, no processo judicial, como escudo
apenas contribui para disseminar uma noção popular segundo a qual, de regra, “não dá para entender nada” do que
está numa petição jurídica. Se um processo judicial não é, por natureza, leitura popular, nem por isso deve-se
contribuir para que seja antipopular.
QUESTÃO 01
O texto em análise apresenta diversas estratégias que concorrem para comprovar o que se coloca no título: A
LINGUAGEM JURÍDICA COMO ESCUDO, EXCETO:
(A) Há mais. A insistência no uso do latim ainda permanece, nas petições. Ainda que isso advenha do costume,
também parece uma forma de alienar o leitor dito “comum”.
(B) Não raro os chamados “operadores do Direito” (advogados, juízes, procuradores) fazem uso de uma
terminologia que, embora não seja técnica ̶ virtualmente, muitos desses termos poderiam ser aplicados a
qualquer ramo do conhecimento ̶ é muito singular, muito própria e muito estranha para quem não é “do
ramo”.
(C) Quem atua em determinado campo do conhecimento lida com um tipo de linguagem a ele pertinente e que
tende a “encurtar caminho”, a esclarecer com um termo aquilo para o qual, sem o termo técnico,
necessitaríamos de uma frase inteira.
(D) Segundo exemplos retirados de petições diversas, constatamos, por exemplo, que o advogado disse que seu
adversário X, na ação de usucapião, não foi “negligente”; foi “indiligente”. Ainda que o significado do termo
seja de fácil compreensão, ele não é de uso regular – e sequer consta do dicionário Aurélio.
5
QUESTÃO 02
O texto “A LINGUAGEM JURÍDICA COMO ESCUDO - OS EXAGEROS DO MUNDO DO DIREITO SÃO EXEMPLOS
DE QUANDO A LINGUAGEM É USADA PARA PREJUDICAR O ENTENDIMENTO.” é um artigo de opinião
porque:
(A) apresenta dados no estilo formal, além da progressão temática que responde a questões tais como ‘o quê?’,
‘quem?’, ‘como?’, ‘quando?’, ‘por quê?’ e ‘para quê?’.
(B) consta de acontecimentos sociais e culturais e predominam os sentimentos e impressões do enunciador,
ficando evidente a expressão do sujeito que dá vazão a emoções relativamente ao incômodo com a linguagem
jurídica.
(C) estrutura-se em torno de um ponto de vista e de uma argumentação que afirmam que a linguagem jurídica é
constituída de formas que dificultam a compreensão, especialmente a do leitor ‘comum’.
(D) há um estilo de comunicação informal dirigida a um público determinado e uma procura por estabelecer uma
interlocução com um destinatário ausente.
INSTRUÇÃO: Leia o excerto a seguir retirado do livro ‘História da felicidade’, de Peter N. Stearns, para responder
às questões 03 e 04:
Definição básica
Os psicólogos têm tentado ir além da proposição bastante óbvia de que pessoas felizes “se sentem bem”.
Uma pessoa feliz consegue maximizar certas emoções de apoio ou positivas, como alegria e orgulho, e minimizar
emoções mais dolorosas. Mas essa conclusão, embora verdadeira, não necessariamente contribui para o
entendimento.
Em geral, a felicidade envolve uma combinação de circunstâncias externas e internas e reações pessoais.
Esse é um dos motivos pelos quais as emoções variam tanto de uma pessoa para outra. Algumas veem suas vidas
dominadas pelo azar ou por um infortúnio específico, enquanto outras constroem estratégias ativas de
enfrentamento. Um estudo examinou trabalhadores que faziam movimentos repetitivos em uma linha de montagem,
reproduzindo sem cessar procedimentos que poderiam ser extremamente tediosos. Algumas dessas pessoas, em
vez de ceder ao tédio, continuavam testando movimentos de mão mais eficientes ou desenvolviam um orgulho por
exceder o ritmo esperado e ficavam muito felizes com o resultado. “É melhor do que qualquer outra coisa”, relatou
um trabalhador. “É melhor do que assistir TV”. Na verdade, essa é uma visão bem antiga, pois os filósofos vêm
trabalhando nela há muito tempo, diferenciando felicidade “hedônica” de “eudaimônica”. O argumento hedônico vê
a felicidade simplesmente como potencializar o prazer e evitar o máximo possível de sofrimento. Como cada
indivíduo tem suas próprias definições de prazer e dor, essa visão é bastante subjetiva. Na visão de felicidade
eudaimônica, no entanto, há algumas condições objetivas que fazem parte do verdadeiro sentido da felicidade, a
despeito do gosto individual de uma pessoa. Assim, relacionamentos positivos com outras pessoas e atividades
virtuosas são alguns exemplos. Muitos psicólogos, assim como muitos filósofos antes deles, acabam vendo a
felicidade como uma combinação de ambas as visões.
Nas últimas décadas, diversos psicólogos, tentando tornar a felicidade mais mensurável em termos
objetivos, introduziram a ideia de “bem-estar subjetivo”, ou BES. Essa visão permite que se dê alguma atenção a
circunstâncias objetivas, como o número de amigos de uma pessoa ou o quanto ela é saudável, mas se concentra
em relatos das próprias pessoas, ou seja, o que elas dizem sobre sua felicidade ou o quanto um determinado tipo
de experiência as torna felizes (o que ajuda a explicar a empolgação com os dados de pesquisas de opinião, que,
afinal de contas, dependem principalmente de as pessoas declararem que estão felizes). Pesquisadores dessa linha
admitem todos os tipos de problemas sobre a autodeclaração: as pessoas podem ter lembranças imprecisas, podem
tentar agradar ao pesquisador (um problema crucial em culturas que dão muito valor a parecer ser alegre) ou seu
humor pode variar de maneira imprevisível. Mas, em síntese, essa visão afirma que as declarações das pessoas
sobre o quanto elas são felizes representam uma característica inescapável da pesquisa sobre felicidade.
QUESTÃO 03
O texto em análise apresenta diversas estratégias que concorrem para provocar e/ou fazer o leitor refletir sobre o
tema abordado, EXCETO:
(A) O uso de outras vozes, tal como se observa com a presença dos enunciados como “É melhor do que qualquer
outra coisa” e “É melhor do que assistir TV”.
(B) O recurso a questões retóricas com o intuito de promover o desencadeamento de ideias.
(C) A utilização e explicação de termos eruditos, por exemplo “hedônica” e “eudaimônica”, a fim de garantir a
legitimidade ao texto.
(D) A construção de um texto com entrelaçamento de ideias divergentes e convergentes sobre a felicidade.
QUESTÃO 04
(A) A felicidade hedônica estimula o prazer como finalidade da vida humana e o desvio do sofrimento.
(B) O número de amigos que um indivíduo tem determina o seu bem-estar; quanto mais, maior é a felicidade.
(C) Os psicólogos admitem uma única forma de mensurar a felicidade.
(D) Uma pessoa que trabalha realizando movimentos repetitivos tem maior tendência à felicidade porque não
cede ao tédio.
INSTRUÇÃO: Leia:
‘O Cortiço’, romance escrito por Aluísio Azevedo, foi publicado em 1890 e faz parte do movimento naturalista do
Brasil. A obra revela as condições estruturais e higiênicas do Brasil apresentando pelo menos dois espaços. O
primeiro é o cortiço, amontoado de casebres mal-arranjados, onde os pobres vivem. Esse espaço representa a
mistura de raças e a promiscuidade das classes baixas. O segundo espaço, que fica ao lado do cortiço, é o sobrado
aristocratizante do comerciante Miranda e de sua família. O sobrado representaria a burguesia ascendente do século
XIX.
Em seguida, para responder às questões 05, leia dois excertos de um artigo científico que analisa o romance ‘O
Cortiço’, de Aloísio de Azevedo:
O autor (Aloísio de Azevedo) sugere que as doenças infecciosas, uma vez contraídas devido
a esses “descuidos”, espalhavam-se com facilidade nas habitações coletivas malcheirosas,
mal iluminadas e com altos índices de promiscuidade, nas quais os regulamentos sanitários e
de segurança geralmente não eram respeitados. Além disso, a alta natalidade parecia
pretender a manutenção do que o autor denominou “pobreza hereditária”:
Augusta ficara com a família numa destas casinhas do segundo andar, à direita;
estava grávida outra vez; e à noite via-se o Alexandre, sempre muito
circunspecto, a passear ao comprido da varanda, acalentando uma criancinha
ao colo, enquanto a mulher dentro de casa cuidava de outras. A filharada crescia-
lhes, que metia medo. ‘Era um no papo, outro no saco’! (AZEVEDO, Aluísio. O
Cortiço. São Paulo: Biblioteca Zero Hora, 1998, p. 81)
A promiscuidade, a alta natalidade, os surtos epidêmicos apontados pelo autor eram utilizados
por políticos e intelectuais para justificar suas incursões aos cortiços e o combate às moradias
populares. Os “saberes médicos”, investidos de plenos poderes pelos governantes, ordenou
a destruição de vários cortiços, mas a exemplo do que acontecia com as casas de cômodo, a
cada estalagem destruída, aumentava-se o número de moradores em outras, que tinham
diminuídas suas condições higiênicas e de habitabilidade. A modernização empreendida pela
elite brasileira a fim de tornar a capital da república mais atraente para turistas, imigrantes e
investidores, deixou milhares de trabalhadores sem casa e outros tantos em habitações cada
vez mais precárias e insalubres.
QUESTÃO 05
I. As doenças infecciosas, surgidas no final do século XIX e início do século XX, estavam relacionadas
prioritariamente à manutenção de uma população que vivia amontoada em casas de poucos e pequenos
cômodos.
II. As habitações coletivas favoreciam altos índices de promiscuidade e, com isso, alta natalidade e
crescimento de uma população que vivia vulnerável à contração de enfermidades.
III. O fato de doenças e mortes decorrentes do padrão social e político do final do século XIX concentrarem-
se nas populações de baixa renda contribuía para o aumento da elite.
IV. No excerto ‘começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer um mundo, uma coisa viva, uma geração, que
parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco’, o autor
dá ideia de que o cortiço tem vida própria.
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) I, II e IV.
(D) II e IV.
P R O D U Ç Ã O D E T E X T O
Duas publicações recentes da USP ampliam o debate sobre os efeitos das metrópoles na saúde pública
Duas publicações recentes da USP ampliam o debate sobre os efeitos das metrópoles na saúde pública.
Uma delas é a Revista USP, publicada pela Superintendência de Comunicação Social (SCS), que, na sua edição
número 107, traz o dossiê “Saúde Urbana”. Esse dossiê apresenta um panorama da saúde nas grandes metrópoles
e dos desafios a serem enfrentados para garantir a qualidade de vida nelas. A outra publicação é a revista Estudos
Avançados, número 86, do Instituto de Estudos Avançados (IEA), que publica o dossiê “Metrópoles e Saúde”, com
artigos sobre temas como poluição atmosférica, carência de verde, transporte público insuficiente, más condições
de habitação como fator de risco para a população e difusão de doenças infecciosas.
Organizado pelo professor Eliseu Alves Waldman, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o dossiê
“Saúde Urbana”, da Revista USP, reúne artigos de especialistas que possibilitam ao leitor compreender as diferentes
dimensões que envolvem o tema.
Na apresentação do dossiê, Waldman observa que o crescimento rápido e não planejado dos centros
urbanos dos países de baixo e médio desenvolvimento está associado a pobreza, desemprego, moradias
inadequadas, aglomeração, doenças transmitidas por vetores, aumento de tráfego de veículos, degradação e
poluição ambiental. “Por sua vez, a infraestrutura urbana é insuficiente para responder às demandas de
saneamento, educação e saúde dessas populações.”
Uma falta de infraestrutura grave, que o dossiê pontua e alerta. “Tal panorama destaca a diversidade e a
complexidade das questões relativas à saúde nas cidades como uma prioridade em políticas públicas em todo o
globo, ficando claro também que o equacionamento adequado de soluções para tais problemas deve envolver vários
setores, especialmente saúde, ambiente, habitação, energia, transporte e planejamento urbano”, acrescenta
Waldman.
O professor destaca a preocupante incidência do zika vírus, transmitido pelo mesmo mosquito vetor da
dengue e da chikungunya, o Aedes aegypti, presente especialmente em áreas urbanas. Situa o Brasil como o
epicentro de uma pandemia que já atingiu a Oceania, vários países latino-americanos e do Caribe e ainda Cabo
Verde, na África ocidental.
“Sua presença no Brasil foi confirmada em maio de 2015 e, poucos meses depois, o vírus já havia se
disseminado pela maioria dos Estados brasileiros e boa parte dos países da América Latina e Caribe. Vale lembrar
que tal fato ocorreu pouco mais de um ano após a emergência do vírus chikungunya na mesma região.”
Um dos artigos publicados no dossiê “Metrópoles e Saúde”, da revista Estudos Avançados, é “Como as
cidades podem favorecer ou dificultar a promoção da saúde de seus moradores?”, de Paulo Hilário Nascimento
Saldiva, professor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, escrito em parceria com Laís
Fajersztajn e Mariana Veras. No texto, eles mostram que morar próximo a um parque pode reduzir o risco de infarto
do miocárdio, enquanto a exposição à poluição do ar ambiente aumenta esse risco.
Segundo os autores, evidências associam a exposição crônica ao ruído do tráfego ao ganho de peso. “Em
2014, mais de mil pessoas morreram no trânsito de São Paulo. No entanto, recomendar que as pessoas fiquem em
casa com as janelas fechadas é inviável. A adoção de hábitos saudáveis é favorecida ou dificultada pelo ambiente
construído e pelo modo como a cidade está organizada. Além disso, alguns fatores de risco para doenças, como a
exposição à poluição do ar, vão além de escolhas individuais e dependem, em grande parte, de ações
governamentais”, enfatizam.
9
No mesmo dossiê de Estudos Avançados, o artigo “Saúde nas metrópoles – Doenças infecciosas”, de
Aluísio Cotrim Segurado, professor da Faculdade de Medicina da USP, Alex Jones Cassenote, doutorando dessa
mesma faculdade, e Expedito de Albuquerque Luna, professor do Instituto de Medicina Tropical da USP, analisa a
tendência de morbidade e mortalidade associadas a agravos infecciosos nas 17 regiões metropolitanas brasileiras
entre 2001 e 2015 e conclui que algumas doenças infecciosas de notificação compulsória seguem representando
importantes causas de morbidade e mortalidade nas metrópoles brasileiras no período analisado.
Dentre os agravos infecciosos incluem-se doenças de transmissão respiratória, tais como a hanseníase e a
tuberculose, infecções sexualmente transmissíveis, doenças relacionadas ao contato com água, como a
leptospirose, e infecções transmitidas por insetos vetores (dengue). “Nessas enfermidades, o contato próximo ou
mesmo íntimo entre pessoas infectadas e suscetíveis, ou ainda condições externas facilitadoras da transmissão,
tais como a ocorrência de enchentes ou a proliferação de insetos no ambiente peri e intradomiciliar, parecem
contribuir para a persistência da circulação de seus agentes causais”, analisam.
Feita a leitura do texto anterior, reflita sobre a relação das condições de vida e saúde e redija um texto
dissertativo-argumentativo, posicionando-se como um estudante de universidade, passível de ser publicado em
um jornal do seu curso, destinado aos demais graduandos e aos professores.
Por que as condições de vida em um centro urbano podem afetar a saúde individual e coletiva?
ATENÇÃO:
• Não copie fragmentos dos textos. A cópia resultará em anulação da sua redação.
• Dê um título apropriado à abordagem escolhida por você.
• Faça o rascunho de seu texto na página seguinte e, depois, transcreva-o para a folha
própria, à caneta, com letra legível.
• Seu texto deverá ter de 20 a 30 linhas.
10
R A S C U N H O D O T E X T O
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
11
PROVA DE BIOLOGIA
QUESTÃO 06
Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) representam um plano de ação global para eliminar a pobreza
extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover
sociedades pacíficas e inclusivas até 2030. Para que as crianças e os adolescentes possam herdar um planeta mais
sustentável, os ODS requerem a integração das políticas de mudanças climáticas nas estratégias e nos planos
nacionais e a garantia de acesso a serviços de energia acessíveis, confiáveis e modernos para todos até 2030.
É uma ação voltada para a sustentabilidade, por meio de políticas relacionadas à energia:
(A) Diversificar as fontes de energia, dando prioridade àquelas menos dependentes de tecnologia como a queima
do carvão mineral.
(B) Intensificar o uso de energias não renováveis.
(C) Nunca utilizar a energia nuclear e eólica, pois elas representam perigo para o meio ambiente.
(D) Otimizar o uso da energia produzida, gerando menos despedício e utilizando menos recursos do planeta.
QUESTÃO 07
A caatinga é um bioma brasileiro encontrado principalmente na região Nordeste e que ocupa uma área equivalente
a 11% do território nacional. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177
de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas. O clima encontrado na região é o tropical
semiárido, com médias de temperaturas anuais elevadas, geralmente superiores a 25°C, em alguns lugares superior
a 32°C, e por chuvas escassas e irregulares com longos períodos de seca. Da área total original da caatinga, de 1,1
milhão de km², cerca de 800 mil km² sofreram processo de desertificação e salinização do solo. Apesar da sua
importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, especialmente nos últimos anos, devido
principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e
industriais e a conversão do território para pastagens e agricultura. Essa destruição ocasionou, inclusive, o
desaparecimento das populações de ararinhas-azuis que eram encontradas por ali. A ararinha-azul é uma espécie
que se alimenta de frutos, castanhas e sementes, costuma fazer seus ninhos em troncos ocos, colocando de três a
quatro ovos por ninhada.
(Texto adaptado do Portal do Ministério do Meio Ambiente)
(A) 5.
(B) 6.
(C) 1266.
(D) 1487.
12
QUESTÃO 08
As caravelas-portuguesas são animais marinhos pertencentes ao grupo das águas-vivas. Elas são compostas por
vários indivíduos diferentes, cada qual especializado em uma função e são ligados uns aos outros de tal forma que
não podem viver separados.
Desse modo, os indivíduos responsáveis pela defesa do grupo são alongados e possuem tentáculos com células
urticantes. Os indivíduos que cuidam da alimentação apresentam um sistema digestório bastante rudimentar. Há
também aqueles que são responsáveis pela liberação das células para a reprodução. E há ainda os que são cheios
de ar e flutuam. Os animais que compõem o grupo das caravelas não se movimentam de forma independente; mas
são levados, conjuntamente, pelas correntes.
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/01/02/caravelas-portuguesas-surgem-no-litoral-de-sp-
saiba-riscos-ao-toca-las.htm
QUESTÃO 09
No filme “Procurando Nemo”, os ovos com os embriões são devorados por uma barracuda, restando apenas o ovo
que dá origem ao Nemo.
13
(A) Normalmente possuem uma grande liberação de gametas masculinos e femininos, pois a fecundação é
interna.
(B) O desenvolvimento dos embriões ocorre dentro de ovos que ficam protegidos dentro do corpo da mãe.
(C) São animais ovíparos com fecundação externa, o que diminui as chances de sobrevivência de cada embrião.
(D) São animais vivíparos e, por isso, são mais susceptíveis a ataques ou mudanças no meio.
QUESTÃO 10
O sistema de sonar próprio da natureza é denominado ecolocalização e ocorre quando um animal emite uma onda
sonora que rebate em um objeto, produzindo um eco que fornece informações sobre a distância e o tamanho desse
objeto. Mais de mil espécies empregam a ecolocalização, incluindo a maioria dos morcegos. Alguns morcegos usam
esse sistema para capturar mariposas. Contudo, algumas espécies de mariposas são capazes de emitir um
ultrassom que atrapalha o sonar desses animais, impedindo o retorno do som de forma apropriada para seus
ouvidos. Como consequência dos ultrassons produzidos por essas mariposas, os predadores realizam ataques
atrapalhados e confusos, tentando agarrar suas presas em lugares errados, onde não há nada, demonstrando que
as indicações do sistema de ecolocalização podem falhar.
Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2021/02/veja-como-funciona-a-ecolocalizacao-o-sonar-
inerente-da-natureza
Considere uma equipe de pesquisadores que construiu um grande espaço fechado e controlado e inseriu, além
dos morcegos, dois tipos de mariposa:
Após realizarem um monitoramento ao longo da noite, chegaram aos seguintes resultados sobre a porcentagem
de captura das mariposas pelos morcegos:
14
(A) A mariposa tipo A é aquela que emite ultrassons e uma conclusão do experimento é que a emissão de
ultrassons beneficia tanto o predador como a presa.
(B) A mariposa tipo A é aquela que emite ultrassons e uma conclusão do experimento é que a emissão de
ultrassons beneficia apenas o predador.
(C) A mariposa tipo B é aquela que emite ultrassons e uma conclusão do experimento é que a emissão de
ultrassons beneficia apenas o predador.
(D) A mariposa tipo B é aquela que emite ultrassons e uma conclusão do experimento é que a emissão de
ultrassons não beneficia o predador nem a presa.
15
PROVA DE QUÍMICA
QUESTÃO 11
Uma amostra de 20 mL de HCl 0,15 mol/L foi totalmente neutralizada por 10 mL de uma amostra de hidróxido de
magnésio, Mg(OH)2. A equação não balanceada da reação é
(A) 0,15
(B) 0,3
(C) 0,6
(D) 0,75
16
QUESTÃO 12
O gás etano (C2H6) reage com oxigênio (O2) de acordo com a equação:
Essa combustão libera aproximadamente 3267 kJ de energia para cada mol de etano consumido.
Em relação ao esse fenômeno, é CORRETO dizer que a reação é
(A) endotérmica e os produtos possuem mais energia potencial química que os reagentes.
(B) endotérmica e os produtos possuem menos energia potencial química que os reagentes.
(C) exotérmica e os produtos possuem mais energia potencial química que os reagentes.
(D) exotérmica e os produtos possuem menos energia potencial química que os reagentes.
QUESTÃO 13
No diagrama a seguir, a curva X representa o volume de oxigênio obtido na decomposição de 100 mL de H 2O2
(peróxido de hidrogênio) 20 volumes catalisado por dióxido de manganês MnO 2.
QUESTÃO 14
A) 3 carbonos e o II é um isômero E.
B) 3 carbonos e o II é um isômero Z.
C) 5 carbonos e o II é um isômero Cis.
D) 5 carbonos e o II é um isômero Trans.
QUESTÃO 15
A alternativa que apresenta uma reação espontânea em que haverá deposito na placa conforme o esquema
apresentado é:
Metal Solução
(A) Mg Cu2+
(B) Zn Mg2+
(C) Cu Ni2+
(D) Pb Fe2+
18
PROVA DE FÍSICA
QUESTÃO 16
Cobertores espaciais consistem em uma fina camada metálica, comumente de alumínio, e tipicamente são
empregados em naves espaciais para controle térmico. Também são usados por pessoas contra o frio em situações
de emergência devido ao seu baixo preço e à fácil portabilidade.
QUESTÃO 17
As turbulências que se sente durante uma viagem de carro, muitas vezes, são causadas pelas imperfeições no
terreno, que causam vibrações no automóvel.
Considere uma estrada hipotética sem irregularidades e um carro que viaja por essa estrada sem nenhuma vibração.
Um passageiro viajando nesse carro estaria sempre em repouso em relação ao veículo caso se
QUESTÃO 18
O termômetro de mercúrio (Hg) tradicional, denominado também como termômetro de líquido, tem como princípio a
dilatação volumétrica desse líquido de acordo com a temperatura a que ele é submetido.
Fonte: https://realizeeducacao.com.br/wiki/dilatacao-termica/
Se uma pessoa no Rio de Janeiro quiser projetar um termômetro líquido, sensível no alcance de 0ºC a 20ºC, o
líquido NÃO poderia ser água porque
QUESTÃO 19
As ondas de rádio podem propagar-se pelo vácuo na velocidade da luz, podendo ser usadas para transportar
uma grande quantidade de informações para antenas de rádio, televisão, GPS, telefonia móvel e outros. As ondas
de rádio produzidas artificialmente são geradas mediante a aceleração de cargas elétricas, no interior de antenas
transmissoras.
Ondas de rádio são usadas para comunicação entre dois pontos não conectados fisicamente. Quando as ondas são
captadas por um aparelho, uma pequena força eletromotriz é induzida no circuito da antena receptora desse
equipamento devido à variação do campo magnético. A força eletromotriz é, então, amplificada e as informações
originais, contidas nas ondas de rádio, são recuperadas e apresentadas de uma maneira que possa ser entendida,
como na forma de som, em um alto-falante por exemplo.
Observando as informações do texto e com base nos conhecimentos de ondas, podemos afirmar que as ondas de
rádio e as ondas sonoras são, respectivamente, de natureza
QUESTÃO 20
“A intensidade do campo gravitacional no interior de um planeta com densidade uniforme é proporcional à distância
radial a partir de seu centro e atinge seu valor máximo na superfície. Do lado de fora, ela é inversamente proporcional
ao quadrado da distância até o centro do planeta”.
Observe a figura.
Considerando que o planeta Terra tenha densidade uniforme e que o valor do campo gravitacional em sua superfície
seja de 10N/kg, pode-se afirmar que o valor do campo gravitacional na distância de 2 raios terrestres é, em N/kg,
de
(A) 2,5
(B) 5,0
(C) 10
(D) 20
PROVA DE MATEMÁTICA
QUESTÃO 21
Para repor o teor de cálcio de seu corpo, uma criança entre 1 e 3 anos deve ingerir, aproximadamente, 725 mg de
cálcio por dia. Considere que um litro de leite integral contém 1250 mg de cálcio.
Com base nesses dados, é CORRETO afirmar que a quantidade de leite integral, medida em mL, que uma criança
dessa faixa etária deve ingerir diariamente, a fim de repor o teor de cálcio de seu corpo, é aproximadamente igual
a:
(A) 580 mL
(B) 650 mL
(C) 710 mL
(D) 820 mL
21
QUESTÃO 22
O dispositivo que controla a temperatura T de certa estufa é acionado a cada meia hora, ficando ligado durante 10
minutos. A temperatura T, medida em graus centígrados, passa a ser regulada em função do tempo t, contado em
minutos, de acordo com a lei T(t) = – t2 + 9t – 8 , com 0 ≤ t ≤ 10.
Com base nessas informações, no intervalo em que o dispositivo estiver ativo, a temperatura na estufa será maior
que ou igual a 60C durante:
(A) 2 minutos.
(B) 3 minutos.
(C) 4 minutos.
(D) 5 minutos.
QUESTÃO 23
O índice pluviométrico, calculado em milímetros, refere-se à quantidade de chuva por metro quadrado em
determinado local e em determinado período. Certa cidade é dividida em três setores: o setor Sul, com 15 km², o
setor Central, com 10 km² e o setor Norte, com 25 km². A tabela abaixo traz o índice pluviométrico verificado em
cada um desses setores, divulgado após um final de semana.
Com base nos dados exibidos, é CORRETO afirmar que o índice pluviométrico nesse final de semana na cidade
inteira foi igual a:
(A) 19 mm
(B) 25 mm
(C) 26 mm
(D) 29 mm
QUESTÃO 24
De uma tela retangular de base 3m e altura 2m, deve-se recortar um quadrado de lado x e um trapézio isósceles,
conforme a figura. A área da parte sombreada a ser retirada mede a metade da área total desta tela.
Com base nesses dados, é CORRETO afirmar que o valor de x, em metros, é igual a:
22
(A) 1,0
(B) 1,5
(C) 2,0
(D) 2,5
QUESTÃO 25
Pelos programas de controle da febre amarela, sabe-se que o risco R de infecção dessa doença se comporta de
acordo com o modelo R(t) = R0 . 2 – 0,5t, sendo R0 o risco de infecção no início da contagem do tempo t, medido em
anos. Em certa região, o risco de infecção, em 2020, era de 2%.
Com base nessas informações, é CORRETO estimar que, em 2026, o risco de infecção deverá cair para
aproximadamente:
(A) 0,20%
(B) 0,25%
(C) 0,33%
(D) 0,66%
PROVA DE ESPANHOL
Miles de sombras
Cada noxa trae la marea
Navegan cargaos de ilusiones
Que en la orilla se quedan
Historias del día al día
Historias de buena gente
Se juegan la vida candados
Con hambre y un frío que pela
Ahogan sus penas con una
Cándela, ponte tú en su lugar
El miedo que en sus ojos refleja
La mar se eco a llorar
Muxos no llegan
Se hunden sus sueños
Papeles mojaos
Papeles sin dueño
Papeles mojaos
Papeles sin dueño
CUESTIÓN 26
(A) A la decepción de muchos inmigrantes cuando llegan al continente europeo y se dan cuentas de las
dificultades impuestas por la burocracia, hecho que les impide realizar sus sueños.
(B) A la falta de empatía de las personas hacia los inmigrantes que intentan llegar al continente europeo, pero no
lo logran puesto que no llevan documentación acreditadora de su origen.
(C) Al drama de los inmigrantes que, por el mar, dejan el continente africano y en muchos casos no logran llegar
al continente europeo, pues, en virtud de las malas condiciones, mueren durante el traslado.
(D) A los inmigrantes que, al llegar al continente europeo, no logran sacar la documentación necesaria para
ingresar al mercado laboral, puesto que perdieron sus pertenencias a lo largo del traslado.
Lee parte de la introducción de artículo académico a continuación y contesta a las preguntas 27 y 28.
El entrenamiento en las competencias técnicas o “competencias duras” como se les ha denominado a las destrezas
cognitivas necesarias para el desarrollo de una profesión, fueron y en algunos casos siguen siendo el interés central
de las instituciones de educación superior ya que, como lo mencionan Singer, Guzmán & Donoso (2009), la
evaluación de los centros de educación a nivel nacional e internacional se realiza a través de instrumentos que
miden competencias de este tipo, como las pruebas SABER-PRO (Instituto Colombiano para la Evaluación de la
Educación, 2016) y la PISA (Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos, 2016) […]. Sin embargo,
este aspecto resulta ser contradictorio ya que también se ha encontrado que los resultados de estas pruebas y los
informes académicos no necesariamente son predictores de éxito profesional (Singer et al., 2009).
De tal forma, en los últimos años y producto de un acercamiento a la realidad social y pedagógica se ha identificado
que el entrenamiento y desarrollo de habilidades blandas del estudiante universitario debe ser un interés central de
las instituciones de educación superior ya que estas se encuentran estrechamente relacionadas con el bienestar
personal, el ajuste social y la adaptación al contexto laboral (Raciti, 2015). […]
El interés en el área deviene también de dimensionar los cambios sociales a los que se enfrenta el mundo con la
globalización pues, conforme trascurre el tiempo, las personas se ven más frecuentemente enfrentadas a
situaciones hostiles y que retan la capacidad de la persona de adaptarse al medio (de la Fuente, 2012). Por tal
razón, se ha de considerar que la academia que reconoce esta realidad está preparada para trasformar los modelos
clásicos de educación y responder con la enseñanza de estrategias que mitiguen estas dificultades, de modo que
el estudiante universitario recién egresado de hoy en día este formado para resolver problemas cotidianos, liderar y
dirigir grupos, ser proactivo y tener capacidad de generar y emprender ideas ante las adversidades para la
empleabilidad (Agudelo, 2015), por lo que se considera que desarrollar las habilidades blandas en los estudiantes
universitarios es fundamental para asumir estos nuevos retos (Heckman & Kautz, 2012).
CUESTIÓN 27
A partir de la lectura, escribe V para las afirmaciones verdaderas sobre las habilidades blandas y F para las falsas.
Después, marca la secuencia adecuada.
( ) Históricamente, las habilidades blandas han servido como barema para la performance laboral.
( ) El desarrollo de las habilidades blandas puede preparar a los estudiantes para los retos impuestos por una
realidad muchas veces más adversa.
( ) Una educación que contempla, además de las habilidades duras, las habilidades blandas, rompe con
modelos académicos tradicionales.
( ) Desarrollar habilidades blandas significa potencializar competencias duras, tales como la resolución de
problemas, el liderazgo y la creatividad.
(A) F-F-V-F
(B) F-V-V-F
(C) V-F-F-V
(D) V-V-F-V
CUESTIÓN 28
A partir de la lectura del texto, se infiere que la principal diferencia entre habilidades duras y blandas es que
(A) cada una de ellas tiene distintas capacidades de medir las performances de los estudiantes o trabajadores y
ofrecer datos concretos.
(B) se utilizan las segundas para elaborar índices de desempeño de los estudiantes y las primeras, de los
trabajadores.
(C) la propuesta pedagógica de las primeras prioriza aspectos sociales y de las segundas, sociales.
(D) las primeras se refieren al dominio técnico de una o más disciplinas, ya las segundas, a las destrezas
emocionales de estudiantes o trabajadores.
“La gente te decepciona, pero esto no el Tinder de parejas creadas por inteligencia artificial ya ha llegado”
Los creadores de aplicaciones como Replika o Blush creen que el estigma de tener parejas que no existen en la
realidad desaparecerá como desapareció el estigma de buscar pareja a través de internet.
En 2013 Spike Jonze estreno Her, la película que popularizó la posibilidad de un romance ente hombre y máquina
y también los bigotes exentos de ironía. El mismo año, Black Mirror abría su segunda temporada con un laureado
episodio en el que la inteligencia artificial suplía el dolor de un duelo y conseguía que una mujer volviese a hablar
con su marido muerto (para sorpresa de nadie, no acababa bien). Tan solo 10 años después, y demostrando que el
concepto de ciencia ficción tiene una vida cada vez más efímera, una influencer estadounidense de 23 años llamada
Caryn Marjorie se agobió al no poder interactuar personalmente con sus más de dos millones de seguidores en
Snapchat, de modo que se interesó por la oferta que le hacía una startup llamada Forever Voices AI para crear una
versión de sí misma a través de la inteligencia artificial que le ayudase a atender a todos sus admirados (un 98% de
ellos, hombres). A cambio de un dólar por minuto, estos hombres podrían disfrutar de una conversación de 60
segundos con su clon virtual.
[…]
25
El interés por las relaciones virtuales ha avanzado desde aquellas seminales Her y Black Mirror y prueba de ello es
la existencia de Replika, una aplicación que genera a figuras creadas por inteligencia artificial que acompaña a
millones de personas. […]
Sí, la plataforma resultó positiva para muchas personas que se sentían solas […]. Y desde Replika se dieron cuenta
de que había un filón. Sus creadores han dado vida a Blush, el que podría ser denominado el Tinder de la IA. Su
eslogan dice: “¡Citas por inteligencia artificial, sentimientos reales!” y la plataforma se vende como un “simulador de
citas con tecnología de inteligencia artificial que te ayuda a aprender y practicar habilidades para relacionarte en un
entorno seguro y divertido”.
Quienes apoyan este tipo de software creen que es un gran aliado para la epidemia de soledad que nos acecha,
pero los expertos señalan los peligros que entraña que muchos dejen atrás las relaciones reales para zambullirse
en vínculos digitales. […] El uso de sistemas de IA genera incertidumbre en los resultados. Se busca la inmediatez
y la perfección trasladando esta a todos los ámbitos de la vida”, advierte Judith Mesa, terapeuta del método TUaTU
y experta en Vivofácil.
Disponible en: https://elpais.com/icon/2023-10-09/la-gente-te-decepciona-pero-esto-no-el-tinder-de-parejas-
creadas-por-inteligencia-artificial-ya-ha-llegado.html Acceso el: 07 oct. 2023.
CUESTIÓN 29
Los términos destacados en la noticia pueden sustituirse, sin perjuicio de sentido, respectivamente por:
CUESTIÓN 30
(A) Se vale de piezas de entretenimiento exitosas y ampliamente difundidas para crear identificación.
(B) Narra hechos de la vida real relacionados con el asunto para lograr la empatía del lector.
(C) Menciona influencers y expertos en el tema para conferir credibilidad.
(D) Lista las ventajas y los inconvenientes de la innovación tecnológica para desarrollar un punto de vista.
26
PROVA DE INGLÊS
READ THE FOLLOWING TEXT AND CHOOSE THE OPTION WHICH BEST COMPLETES EACH
QUESTION ACCORDING TO THE TEXT:
QUESTION 26
(A) If a popular influencer frequently mentions your product on social media, there is no strong probability that it
may go viral.
(B) It is absolutely irrational to be suspicious of collaborations made by influencers on social media platforms.
(C) Marketers tend to pay attention when influencers on social media platforms become popular among people
from Generation Z.
(D) The majority of people who are following influencers on social media platforms always buy things based on
their recommendations.
27
QUESTION 27
What does the word their in “… part of the appeal of an influencer is that they are supposed to be a real-life person
trying out a product and giving their natural reaction.” refer to?
QUESTION 28
In the following sentence “The UK Advertising Standards Agency (ASA) provides guidance for influencers, but its
research shows social media users still struggle to tell advertising content apart from non-advertising content on
social media.”, the use of the word but conveys an idea of
(A) Cause.
(B) Comparison.
(C) Conclusion.
(D) Contrast.
QUESTION 29
What does the use of the word should in “They should always make it clear when they are partnering for a campaign”
indicate?
(A) A permission.
(B) A prohibition.
(C) A restriction.
(D) A suggestion.
QUESTION 30
(A) Brands seen to be sponsoring campaigns recognized as marketer-controlled may suffer some retaliation.
(B) Fake campaigns tend to be particularly profitable when there are more specific recommendations from
influencers.
(C) Gen Z consumers are usually more prejudiced towards more natural recommendations by social media
personalities.
(D) Influencer campaigns clearly recognized as marketer-controlled make Gen Z consumers extremely receptive.
28
PROVA DE HISTÓRIA
QUESTÃO 31
I. Para Alencar [o escritor José de Alencar, deputado em 1871], o fim da escravidão teria de ser um “fato
natural, como foi a sua origem e desenvolvimento. Nenhuma lei a decretou; nenhuma lei pode derrogá-la”
(adaptado de ALONSO, Ângela. Flores, Votos e Balas: o movimento abolicionista brasileiro (1968-88). São
Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 62)
II. Andrade Figueira [também deputado em 1871] afirmava que a “grande inconveniência de legislar-se sem
dados, que só a estatística podia fornecer, e que talvez, por si sós bastassem para demonstrar a
possibilidade de uma solução lenta e suave, sem abalo da riqueza pública e particular, respeitando todos
os direitos. [...] Além do que, a situação de escravidão produziria indivíduos incapazes, precisados de
regramento e orientação. Deus criara a sociedade com uns no topo e outros na base, o fim de uma hierarquia
apenas iniciaria outra” (adaptado de ALONSO, Ângela. Flores, Votos e Balas: o movimento abolicionista
brasileiro (1968-88). São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 63)
III. A história da escravidão africana na América é um abismo de degradação e miséria que não pode sondar,
e, infelizmente, essa é a história do crescimento do Brasil. No ponto a que chegamos, olhando para o
passado, nós, brasileiros, descendentes ou da raça que escreveu essa triste página da humanidade ou da
raça com cujo sangue ela foi escrita, ou da fusão de uma e de outra, não devemos perder tempo a
envergonhar-nos desse longo passado que não podemos lavar. [...] Devemos fazer convergir todos os
nossos esforços para o fim de eliminar a escravidão do nosso organismo (extraído de O abolicionismo, de
Joaquim Nabuco e citado por BEIGUELMAN, Paula. Joaquim Nabuco. São Paulo: Editora Perspectiva,
1999. p. 69)
Os trechos acima tratam de opiniões divergentes sobre o fim da escravidão: os autores dos trechos I e o II são
deputados contrários à extinção da instituição da escravidão e o autor do trecho III vai defender a extinção da
escravidão. Diante disso, é CORRETO afirmar:
(A) O trecho III inclui os escravizados na luta pela abolição do escravismo no Brasil, tratando-os como soldados
ativos que deveriam se rebelar.
(B) Os discursos indicam o principal espaço da luta pelo fim do escravismo: o poder legislativo. Quando
aprovadas, as leis são sempre cumpridas.
(C) Os trechos exaltam ideias pró e contra a escravidão sob a ótica da desigualdade ou violência entre as raças
e como questão humanitária.
(D) Nenhum dos três trechos defende a escravidão, mas os dois primeiros colocam entraves ao fim dela, tratando-
a como natural e necessária.
QUESTÃO 32
Os anos de 2022 e 2023 foram marcados pela discussão do Marco Temporal das Terras Indígenas. Marco Temporal
é uma tese jurídica segundo a qual os povos indígenas têm direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já
disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição. Parece questão recente, entretanto, a
discussão territorial das Terras Indígenas já aparecia no Decreto 426, de 1845, durante o Império Brasílico. Leia o
trecho que trata do Decreto 426:
29
O Decreto nº 426 era composto por 11 (onze) artigos e 70 (setenta) parágrafos, que discorriam sobre variados
assuntos. O Regulamento revelava-se como um projeto governamental de civilização do índio ao mesmo tempo
em que valorizava a administração leiga dos Diretores e assim os poderes da província, e destacava o papel
primordial do elemento religioso para o desenvolvimento das políticas do Império, com as catequeses e a
preservação do sistema de aldeamento adotado desde o século XVI pelos colonizadores. Propunha a criação de
escolas para crianças nas aldeias, o incentivo ao desenvolvimento dos ofícios e artes mecânicas, o estímulo à
produção de alimentos nas terras das aldeias [...] a prática da propriedade coletiva (terras, ferramentas, roças).
Entretanto, a política de criação de benefícios se dirigia somente aos índios aldeados, ou seja, àqueles índios que
colaboravam com as diretrizes impostas pelas determinações dos aldeamentos, que implicavam manter-se em
paz com os preceitos governamentais. Para a concessão de terras aos indígenas, necessitar-se-ia da demarcação
destas pelo próprio governo, representado pelo Diretor Geral, que irá ―propôr ao Presidente da Provincia a
demarcação, que devem ter os districtos das Aldêas, e fazer demarcar as terras [...] que forem dadas aos Indios.
Se a AIdêa já estiver estabelecida, e existir em lugar povoado, o districto não se estenderá além dos limites das
terras [...], conforme art. 1º, §11º do Decreto nº 426 de 1845.
(Adaptado de MELO, Vinicius Holanda. LIMA, Martonio Mont'Alverne Barreto. Políticas indigenistas no brasil
colonial, imperial e republicano: a evolução do ordenamento jurídico brasileiro. Revista do Programa de Pós-
Graduação em Direito. Salvador. v. 32, p. 1-27, 2022, Data de publicação. 08/01/2023. Disponível em
https://periodicos.ufba.br/index.php/rppgd/article/download/43473/28391/206983. Consulta em: 27 set. 2023).
Sobre a regulamentação da questão indígena e das terras indígenas no Império Brasílico, é CORRETO afirmar:
(A) A percepção de que o índio e sua terra precisavam ser regulados no império estava ligada à expansão
territorial e à preocupação de controlar as terras indígenas e os indígenas em si mesmos.
(B) A questão civilizatória é a justificativa corrente para a decisão da demarcação das terras. Indígenas que se
ocupassem de trabalhar, de serem úteis ao progresso e ao Estado, teriam suas terras demarcadas.
(C) A territorialização indígena era um problema menor a ser resolvido, o importante é que, uma vez aldeados,
tornavam-se aliados na proteção dos colonos brancos de invasões estrangeiras e por outros indígenas
inimigos.
(D) O Império Brasílico se voltava para a aculturação dos povos indígenas por meio da catequese, a partir da
missão da Igreja em levar a fé católica para as Américas e garantir a salvação dos gentios.
QUESTÃO 33
Ainda falando de direitos no Império Brasílico, o texto da Constituição Brasileira de 1824 começa assim:
Manda observar a Constituição Política do Império, oferecida e jurada por sua Majestade o
Imperador
Dom Pedro Primeiro, por Graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e
Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos que tendo-nos requerido os
povos deste Império, juntos em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e devêssemos jurar o
Projeto de Constituição que havíamos oferecido às suas observações para serem depois presentes à
nova Assembleia Constituinte; mostrando o grande desejo, que tinham, de que ele se observasse já
como Constituição do Império, por lhes merecer a mais plena aprovação, e dele esperarem a sua
individual e geral felicidade política. Nós juramos o sobredito. Projeto para observarmos e fazermos
observar como Constituição, que de ora em diante fica sendo deste império, a qual é do teor seguinte:
Em Nome da Santíssima Trindade (Preâmbulo da Constituição Brasileira de 1824)
(A) Define o modelo de governo adotado pela monarquia imperial brasileira: uma monarquia unitária autônoma,
rompida com o processo colonizador português na inauguração de uma nação livre, democrática e igualitária.
(B) Materializa o projeto de nação das elites, na ação pela Independência, que incorpora a noção de que o Brasil
era uma monarquia constitucional, moderna e apoiada nos valores contratualistas do século XIX e na Fé
Católica.
(C) Não limitava o poder de D. Pedro I e essa foi sua intenção desde o início, explícita no ato de dissolver a
Assembleia Constituinte de 1823, ignorando o processo democrático que legitimou o poder aos deputados
eleitos.
(D) No preâmbulo, a Carta afirma ser em nome do requerimento dos povos, colocando-se à sua plena aprovação,
entretanto, não ocorreu nenhuma consulta ou sua tentativa. O texto também tem caráter autoritário do início
ao fim.
QUESTÃO 34
O ano de 2023 mais uma vez trouxe a marca da Guerra: Rússia X Ucrânia, Hamas X Israel. A Cultura da Guerra
está na História humana, mas existem questões interessantes e esperançosas a dividir.
O 'milagre' em que alemães e britânicos saíram das trincheiras para cantar juntos em plena guerra
7 maio 2021
A Primeira Guerra Mundial foi um dos conflitos mais mortíferos da história. Muitas de suas batalhas mais
longas e violentas foram travadas em trincheiras abertas em campos da França e da Bélgica, onde milhões de
soldados perderam suas vidas. [...] Mas no Natal de 1914, ocorreu um pequeno milagre. Soldados alemães e
britânicos interromperam os combates, e juntos, cantaram canções de Natal, trocaram presentes e jogaram futebol.
A trégua espontânea no dia de Natal de 1914 foi observada em vários pontos das frentes de batalha, mas
durou pouco, e logo os violentos combates foram retomados. Mas ela se tornou um poderoso símbolo da boa
vontade entre os povos e do ideal de convivência pacífica.
[...] Na véspera do Natal, aconteceu algo inesperado em uma dessas trincheiras, perto da cidade francesa
de Armentiéres, próxima da fronteira com a Bélgica, como recordou, anos mais tarde, no programa Witness History,
da BBC, o então jovem soldado britânico Graham Williams.
"Eu estava de sentinela nesta noite, olhando para as linhas alemãs do outro lado. E fiquei pensando em
como esse Natal seria diferente dos anteriores. A essa altura, lá em casa, a gente teria preparado a árvore de Natal
e as decorações típicas. De repente, apareceram luzes nas trincheiras alemãs. Eu pensei, que coisa engraçada...
Aí os alemães começaram a cantar Noite Feliz, Noite de Paz. Eu acordei os outros sentinelas, eles acordaram outros
soldados. Todos queriam ver o que estava acontecendo."[...] respondemos cantando The First Noel." [...] A gente
cantava nossas canções, e eles respondiam cantando as deles. Até a gente cantar Come o Ye Faithful, quando os
alemães imediatamente começaram a cantar junto a mesma música com a letra em latim, Adeste Fidelis. [...] Duas
nações cantando junto a mesma canção natalina no meio da guerra.
Cenas como essas descrita pelo soldado Williams foram vistas em vários pontos da frente de batalha.
Homens que por meses tentaram matar um ao outro emergiram cautelosamente de suas posições, apertaram as
mãos, começaram a conversar, dividiram rações e beberam juntos. Em algumas partes da "Terra de Ninguém",
como era chamado o território entre as trincheiras, houve até partidas de futebol. Uma delas terminou Alemanha 3,
Inglaterra 2.
A Primeira Grande Guerra (1924-1918) colocou em lados opostos homens que lutavam por suas nações,
mobilizados por um nacionalismo moderno e agressivo.
Sobre nacionalismo e a reportagem, é CORRETO afirmar:
31
(A) A afronta a uma nação é a resposta suficiente para que os homens ataquem uns aos outros. Para esses
homens, considerados como soldados, a obediência e a manutenção da ordem servem de orientação para
lutar sem questionamento.
(B) As guerras se encerram sozinhas, como indica a reportagem: num momento faz sentido lutar, no outro, não
faz mais e nem se sabe por que se entrou na guerra. Se as pessoas se conhecessem umas às outras antes,
não haveria guerra.
(C) Na configuração nacional do fim do século XIX e início do século XX, as disputas respondiam à soberania
dentro da Europa, assim, lutar para garantir terras e sobrevivência a longo prazo estimulava o egoísmo dos
homens a lutar pelo seu futuro.
(D) O nacionalismo como motivação que orientou a Guerra colocou uma fração da humanidade contra outra.
Apesar de falarem outra língua e das suas especificidades históricas, sociais e culturais, os europeus não
eram tão diferentes assim.
QUESTÃO 35
Veja a reportagem da 1ª Edição da Revista Alterosa, que circulou em Belo Horizonte, em agosto de 1930:
Com o título “Feminismo em Marcha” e fotos de mulheres praticando atletismo, o que dizem os textos?
32
Parte superior: “O América dispensa especial carinho para com seu Departamento Feminino. As senhorias que
compõem, todas da melhor sociedade mineira, exercitam no estádio rubro todos os esportes e, recentemente, foi
realizado um festival interno de atletismo. Dessa forma, ALTEROSA registra em suas páginas os flagrantes “passe-
partout”, onde se veem as moças do clube rubro saltando obstáculos e dando saída às maratonas em volta do
estádio “Otacílio Negrão”.
Parte inferior: Os flagrantes dessa competição atlética do Departamento feminino do América foram apanhados
especialmente para a ALTEROSA.
(A) A descrição na reportagem de que eram todas “senhorias que compõem o melhor da sociedade mineira”
indica o lugar social da mulher, distanciando-se muito da ideia de feminismo atual.
(B) A revista dá destaque, mostrando a valorização das mulheres na capital mineira e comprovando que elas
estavam crescendo em participação na cidade independentemente da classe social.
(C) O feminismo estava em alta na capital mineira, já que foram lançadas competições femininas nos clubes
recreativos da cidade, indicando que, nos esportes, havia igualdade de gênero.
(D) O foco na saúde física tem relação com o contexto da Era Vargas marcado por um “culto ao corpo” como
reforma e como direito e aí está a sua relação com o feminismo como luta.
33
PROVA DE GEOGRAFIA
QUESTÃO 36
A Amazônia enfrenta uma seca que pode bater recordes e superar as estiagens mais devastadoras já registradas.
Só no estado do Amazonas, 24 municípios estão em situação de emergência, e 34 em alerta, segundo boletim
divulgado na terça. [...] A seca atual pode superar a megasseca de 2005, que, segundo Sampaio, foi a mais intensa
na região sudoeste da Amazônia. Naquela época, o estado do Amazonas entrou em calamidade pública devido ao
baixo nível dos rios. Faltaram alimentos, combustível, energia e água. Houve novas estiagens severas em 2010,
2015 e 2016.
De acordo com pesquisadores, prevê-se que a região da Amazônia poderá enfrentar a maior seca de sua história,
cujos efeitos devem ser sentidos até meados de 2024. Tal evento poderá causar uma tragédia tanto humana quanto
ambiental na região, com consequências para o clima em outras partes do país.
Leia a seguir duas afirmativas referentes a essa questão e faça o que se pede:
Afirmativa I – O El Niño é o fenômeno apontado como o grande responsável pela seca na Amazônia, entretanto,
ele não é o principal agente neste momento pela estiagem severa no Sudoeste amazônico, mas sim, a sua
combinação com o aquecimento excepcional do Oceano Atlântico Tropical Norte.
Porque...
Afirmativa II – Com águas oceânicas mais quentes, o padrão de circulação atmosférica intensifica-se. O ar quente
do oceano ascende com mais vigor e, ao se deslocar, desce com força sobre a terra. Esse fenômeno resulta em um
sistema de alta pressão atmosférica que, por compressão, aquece o ar e inibe a formação de nuvens e,
consequentemente, de chuva.
QUESTÃO 37
“Dois terços da população mundial vivem em contextos de baixa fecundidade, incluindo o Brasil, mostra relatório do
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). [...] Segundo a publicação intitulada “8 Bilhões de Vidas, Infinitas
Possibilidades”, 66% da humanidade vivem em países com taxa de fecundidade abaixo do nível de reposição, que
é de 2,1 filhos por mulher. O Brasil está entre eles: o país registrou queda em sua taxa de fecundidade, que no
relatório é estimada em 1,6, o menor índice já registrado.”
As baixas taxas de fecundidade parece ser o destino da sociedade contemporânea. Como procedência da Redução
da Taxa de Fecundidade Total no Brasil, tem-se que:
(A) As transformações econômicas e sociais intensificadas na primeira metade do século XX, motivadas pela
necessidade de mão de obra no campo, incluindo a das mulheres, levaram o país ao status de agrário-
exportador, impactando as taxas de fecundidade.
(B) O processo de urbanização intensificado a partir de meados do século XX promove mudanças no modo de
vida da população brasileira e as mulheres, principalmente devido às dificuldades de conciliar trabalho, vida
social e familiar, têm optado por ter menos filhos.
(C) No século XXI, beneficiada com normas sociais favoráveis, como flexibilidade no trabalho e equiparação
salarial em relação aos homens, a mulher passou a optar por ter um número menor de filhos para poder se
dedicar a uma vida social mais intensa.
(D) No século XXI, percebe-se uma tendência de um mercado de trabalho menos competitivo e exigente, o que
resultou em uma diminuição dos gastos do Estado com questões sociais. Isso permitiu que políticas públicas
voltadas para a população fossem mais efetivas, impactando diretamente na taxa de fecundidade.
QUESTÃO 38
“O tema da revitalização urbana aponta um modo de pensar praticamente a cidade, isto é, a cidade enquanto prática
socioespacial, o que coloca desafios. Em primeiro lugar, a intervenção nos “lugares da metrópole”, através de
processos de revitalização/requalificação, aponta uma relação complexa entre o Estado e o espaço, na medida em
que, não se pode esquecer, o poder político tem possibilidade de intervir, permitir ou coordenar a intervenção no
espaço, como é que ocorre no caso das revitalizações. Esta também se trata de uma ação que se realiza produzindo
contradições”.
(CARLOS, Ana F. A. O Espaço Urbano: Novos Escritos sobre a Cidade. São Paulo: FFLCH, 2007. p. 87).
A partir da problemática levantada pela autora, e sobre o papel dos agentes envolvidos na produção/reprodução do
espaço urbano, é INCORRETO afirmar:
(A) O Estado é o agente responsável por elaborar normas de zoneamento e código de obras.
(B) O Estado, responsável em prover o espaço urbano de serviços públicos, age com imparcialidade, independente
dos interesses individuais de outros agentes envolvidos.
(C) O conflito agudo e violento que se desenvolve no e pelo espaço encontra-se entre o espaço que se transforma
em valor de troca e o espaço que conserva valor de uso;
(D) A grande contradição na produção/reprodução do espaço urbano está na subordinação dos espaços à
dominação da troca para investimento do capital ignorando que o espaço urbano também representa um valor
uso.
35
QUESTÃO 39
“O Marrocos, país do norte da África, foi atingido por um terremoto com magnitude de 6.8 graus na última sexta-
feira, dia 8 de setembro. O abalo sísmico ocorreu perto da cidade marroquina de Oukaimeden, a uma profundidade
de 26 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), instituição
considerada referência mundial na área. O número de mortos e feridos continua aumentando enquanto as equipes
de resgate trabalham nos locais afetados”
Ainda de acordo com a reportagem, o Marrocos é uma região propensa a terremotos. Esse fenômeno pode ser
explicado pela posição geográfica do país, que se encontra na junção da Placa Euroasiática com a Placa Africana.
O recente terremoto tem sua origem associada a uma falha oblíqua reversa rasa nas montanhas do Alto Atlas. Vale
ressaltar que a Cordilheira do Atlas está situada justamente na confluência destas placas, tornando-a uma zona de
atividades sísmicas. Conforme análise do serviço geológico americano, nesta região, a Placa Africana apresenta
um movimento anual aproximado de 3,6 milímetros na direção oeste-sudoeste, em relação à Placa Euroasiática.
Com base na reportagem sobre a atividade sísmica em Marrocos e em seus conhecimentos sobre tectônica de
placas, é CORRETO afirmar:
(A) A origem da atividade sísmica, próxima à cidade de Oukaimeden, indica que os eventos sísmicos em
Marrocos não estão restritos apenas às fronteiras tectônicas, mas também podem ocorrer devido a falhas
intraplacas.
(B) A Cordilheira do Atlas, por sua posição geológica na junção das Placas Euroasiática e Africana, poderia ser
considerada uma barreira natural que previne a ocorrência de terremotos em áreas mais internas de
Marrocos.
(C) As placas litosféricas deslocam-se rapidamente, a uma taxa de alguns metros por ano, resultando em tensões
que se acumulam em vários locais, especialmente nas proximidades de suas bordas.
(D) Terremotos são mais comuns em regiões onde as placas tectônicas estão estáticas e não se movimentam,
pois a ausência de movimento gera uma maior acumulação de energia.
QUESTÃO 40
“Ao longo do período de uma vida, cerca de 40 anos, ocorreram mais da metade das emissões de CO 2 da
humanidade. [...] Cerca de 86% das emissões de dióxido de carbono do mundo vêm da queima de combustíveis
fósseis para a produção de energia e materiais. As primeiras eras da industrialização foram dominadas pela queima
de carvão vegetal. Só no final do século 19 começam a aumentar as emissões por petróleo e gás natural. E, no final
do século 20, as emissões pela produção de cimento e pela chama — um dispositivo de combustão de gases
inflamáveis usado na indústria, se tornam mais significativas. [...] Uma nova pesquisa sobre acumulado histórico de
emissões de CO2 põe o Brasil entre os maiores poluidores do mundo’.
(A) Em 2019, o dado mais recente apresentado no gráfico mostra que o mundo emitiu 36,4 bilhões de toneladas
de CO2.
(B) A maior parte da queima de combustíveis fósseis ocorreu após o fim da Segunda Guerra Mundial, atingindo
seu pico em 2019.
(C) Aproximadamente 52,74% das emissões globais de CO 2 aconteceram a partir de 1990, indicando que mais
da metade das emissões ocorreu nos últimos 30 anos.
(D) Após a Revolução Industrial, a emissão de CO2 aumentou exponencialmente até meados do século 20.
37
38
39
1º SEMESTRE DE 2024
CURSOS:
01 11 21 31
02 12 22 32
03 13 23 33
04 14 24 34
05 15 25 35
06 16 26 36
07 17 27 37
08 18 28 38
09 19 29 39
10 20 30 40
www.pucminas.br
40