Comentada - 2º REINADO - QUESTÕES - HISTÓRIA DO BRASIL
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1. (Uerj 2014)
A restituição da passagem
As famílias chegadas a Santos com passagens de 3ª classe, tendo pelo menos 3 pessoas de
12 a 45 anos, sendo agricultores e destinando-se à lavoura do estado de São Paulo, como
colonos nas fazendas ou estabelecendo-se por conta própria em terras adquiridas ou
arrendadas de particulares ou do governo, fora dos subúrbios da cidade, podem obter a
restituição da quantia que tiverem pago por suas passagens.
A publicação da revista O immigrante fazia parte das ações do governo de São Paulo que
tinham como objetivo estimular, no final do século XIX e início do XX, a ida de imigrantes para
o estado. Para isso, ofereciam-se inclusive subsídios, como indica o texto.
Essa diretriz paulista era parte integrante da política nacional da época que visava à garantia
da:
a) oferta de mão de obra para a cafeicultura
b) ampliação dos núcleos urbanos no interior
c) continuidade do processo de reforma agrária
d) expansão dos limites territoriais da federação
e)
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3. (G1 - ifba 2016) Neste país, que se presume constitucional e onde só deverão ter ação
poderes delegados, responsáveis, acontece, por defeito do sistema, que só há um poder ativo
onímodo, onipotente, perpétuo, superior à lei, e à opinião, e esse é justamente o poder
sagrado, inviolável e irresponsável. (Trecho do Manifesto Republicano, publicado no Jornal A
República, do Rio de Janeiro, em dezembro de 1870.)
4. (G1 - ifsul 2016) A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores,
jornalistas e políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e
a questão do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e
buscavam formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava
desses modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.
A campanha abolicionista ganhou força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos, tais
como:
a) a falta de apoio de alguns setores sociais, como o intelectual e o artístico.
b) a noção de escravo como um bem, o que exigia a indenização para os proprietários de
escravos.
c) a reação do proletariado urbano, pelo temor da concorrência da mão de obra escrava.
d) o apoio dos senhores de engenho para a abolição, principalmente do setor açucareiro,
devido à mecanização da agricultura nordestina.
5. (Uece 2016) Em 1850, ano de extinção oficial do tráfico de escravos no Brasil, foi votada a
Lei de Terras. Esta lei, em linhas gerais, determinou que
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6. (Fmp 2016) O Império brasileiro passou por grandes transformações econômicas a partir,
principalmente, de meados do século XIX. Qual das seguintes causas de mudanças na
estrutura econômico-social do país contribuiu diretamente para a crise da Monarquia?
a) Assinatura da Lei Áurea
b) Aprovação da Lei de Terra
c) Promulgação do Código Comercial
d) Financiamento de empresas do Barão de Mauá
e) Instituição das Tarifas Alves Branco
7. (G1 - ifsul 2016) A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição
do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e
obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata.
A charge ironiza o dístico “ordem e progresso”, presente na atual Bandeira do Brasil. A sua
origem e significado remetem a um contexto marcado
a) pela presença do catolicismo romano nas instituições políticas do Império Brasileiro e o
esforço de preservar a ordem social vigente.
b) pela influência do positivismo francês entre os oficiais militares republicanos e uma postura
ideológica das elites dirigentes em evitar radicalismos políticos.
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c) pelo desejo dos oficiais militares republicanos em romper os laços com a sociedade agrária
imperial, inspirando-se no liberalismo norte-americano.
d) pelo esforço das elites agrárias paulista e mineira em manter os seus privilégios sociais e
políticos, mas, ao mesmo tempo, buscando o progresso econômico.
O poeta Wesley Correia sintetiza no poema “Memória a sangue” as dores dos irmãos
escravizados e apresenta, em “sangue coletivo dessas memórias” (v. 9), as diferentes formas
de resistência negra à condição que lhe fora imposta pelo branco dominador, entre os séculos
XV ao XIX. Na História do Brasil, é possível identificar algumas formas de resistência negra,
como a:
a) Rebelião dos Marinheiros cariocas, no início do período republicano, em protesto, contra a
falta de democracia e de participação popular nas decisões políticas do novo regime.
b) luta do povo baiano, na chamada Conjuração Baiana, em defesa do livre comércio, da
liberdade religiosa e do estabelecimento de relações mais liberais com a metrópole.
c) ação dos chamados irmãos da senzala, grupos que, no contexto da luta abolicionista,
invadiam as fazendas, libertando os escravos e aterrorizando as famílias dos senhores.
d) Revolta dos Malês, em que negros islamizados propunham uma aliança com os brancos
baianos para libertar o Brasil de Portugal e estabelecer um regime republicano.
e) Guerra de Canudos, onde os seguidores de Antônio Conselheiro procuraram derrubar o
recém-instalado regime republicano e restaurar a Monarquia e o poder imperial de D. Pedro
II.
10. (G1 - ifsc 2016) Em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queiroz, o tráfico de escravos para
o Brasil foi proibido definitivamente. Sobre a importação de escravos e sua proibição, assinale
a alternativa CORRETA.
a) A Lei Eusébio de Queiroz foi uma resposta à pressão estrangeira, principalmente exercida
pela França sobre o Brasil, após a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
b) O fim do tráfico de escravos baseou-se em mais uma lei sem aplicação no Brasil, pois
quando ela foi promulgada, já não existia mais escravidão no país.
c) O fim do tráfico foi resultado dos crescentes movimentos armados empreendidos pelos
escravos brasileiros.
d) A proibição do tráfico de escravos para o Brasil não surtiu efeito, pois o trabalho realizado
por eles já não era economicamente relevante.
e) A Lei Eusébio de Queiroz levou ao aumento do comércio interno e do preço dos escravos
entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
11. (Udesc 2016) A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista, promulgada, no Brasil, em 28
de setembro de 1871.
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b) Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores, visto que não previa indenização pelo
fim da escravidão das crianças nascidas a partir da publicação da lei.
c) Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir da publicação da lei, mas deixava
a possibilidade dessas crianças permanecerem sob “os cuidados” do antigo proprietário até
a idade de 21 anos.
d) Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais, assim que nasciam essas crianças
eram retiradas do convívio com os pais escravizados e eram destinadas a um abrigo
mantido pelo Estado.
e) De acordo com a lei, os senhores tinham a opção de manter as crianças libertas junto aos
pais escravizados até a maioridade, mas os senhores não podiam usufruir da mão de obra
delas.
12. (Uepg 2015) Entre 1808 e 1822, o Brasil viveu um momento singular. A presença da
Família Real em solo brasileiro, a elevação de colônia a Reino Unido, a transformação do Rio
de Janeiro em sede do Reino lusitano mudou a configuração política e econômica brasileira.
Após a volta de D. João VI para Portugal, as ideias emancipatórias ganharam força e levaram a
independência no dia 07 de setembro de 1822, dando início ao período imperial que duraria até
1889, quando foi proclamada a República. A respeito do Primeiro e do Segundo Reinados,
assinale o que for correto.
01) A escravidão, uma das bases de sustentação do regime de produção durante os séculos
coloniais, foi mantida ao longo de quase todo período imperial brasileiro, tendo seu fim
decretado em 1888, pouco mais de um ano antes do fim do regime.
02) A partir de meados do século XIX são verificadas algumas mudanças importantes na
sociedade e na economia brasileira. O início da construção de ferrovias, a chegada de
levas de imigrantes europeus, o início de um lento processo de industrialização e
urbanização são alguns dos fatores que alteraram as feições do Segundo Império.
04) O período imperial foi marcado pelo enfrentamento a conflitos internos (como a Sabinada)
e externos (como a Guerra do Paraguai), os quais produziram considerável agitação na
sociedade brasileira do século XIX.
08) Outorgada em 1824, a Constituição que vigorou durante todo o período imperial
estabelecia um governo monárquico e hereditário, a existência de 4 poderes (Executivo,
Legislativo, Judiciário e Moderador), o voto censitário e o catolicismo como religião oficial
do Brasil.
16) Num período de 9 anos (1831–1840), que vai da renúncia de D. Pedro I à posse de D.
Pedro II, o Brasil viveu o chamado Período Regencial.
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Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início dos anos de 1850, pouco mais de uma
década após o Golpe da Maioridade. Considerando o contexto histórico em que foram
produzidas e os elementos simbólicos destacados, essas imagens representavam um
a) jovem maduro que agiria de forma irresponsável.
b) imperador adulto que governaria segundo as leis.
c) líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.
d) soberano religioso que acataria a autoridade papal.
e) monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.
14. (Uespi 2012) As novas exigências do Capitalismo que atingiram o Brasil, a partir da
segunda metade do século XIX, se deram em consonância com transformações socioculturais,
políticas e econômicas. Considerando-se essa afirmativa, é correto admitir que essas
transformações corresponderam, entre outras:
a) à ascensão republicana ao poder político, possibilitando o fortalecimento dos setores
militares e agrários relacionados à agroindústria açucareira do Nordeste.
b) ao advento da República no Brasil, que trouxe um período de paz social em contrapartida ao
anterior, de intensa participação popular no combate ao monarca.
c) ao aparecimento de diferentes camadas urbanas, ao fim do escravismo, à utilização do
trabalho livre e à ascensão da burguesia agrária ligada aos novos polos econômicos.
d) à criação pelo Estado brasileiro das Companhias de Comércio, por meio das quais o Brasil
passou a ocupar um papel de relevo nas Câmaras Internacionais.
e) à associação de empresários brasileiros com investidores franceses, do que resultou a
construção das estradas de ferro ligando as cidades interioranas do Norte.
15. (Espm 2012) Ocorrida no Brasil, no século XIX, foi a última das rebeliões provinciais do
Império. Os revoltosos lançaram um manifesto ao mundo em que propunham o voto livre e
universal, a liberdade de imprensa, a independência dos poderes constituídos, a extinção do
poder moderador, o federalismo e a nacionalização do comércio varejista.
16. (G1 - ifce 2011) As acepções abaixo se referem ao período imperial no Brasil, com
exceção de
a) a Constituição Imperial, outorgada por D. Pedro I, mesclava princípios liberais, como
eleições e divisão de poderes, com princípios absolutistas e excludentes, como o voto
censitário e o Poder Moderador.
b) a Rebelião Praieira foi o último grande movimento insurrecional de grandes proporções
ocorrido no Império.
c) o Império adotou, a partir de 1847, o sistema parlamentarista que vigorou até o final do
período.
d) o maior conflito externo que o país vivenciou foi a Guerra do Paraguai.
e) a abolição da escravatura foi obra conquistada unicamente pela mobilização, pela
organização, pela reação e pela pressão dos movimentos negros no país.
17. (G1 - col.naval 2014) Sobre a economia no Segundo Reinado, é correto afirmar que
a) a tarifa Alves Branco foi criada exclusivamente com objetivos protecionistas, isto é, para
favorecer a indústria nacional. Entretanto, a Inglaterra não sofreu os efeitos dessa tarifa.
b) como a tarifa Alves Branco não conseguiu obter os efeitos desejados, foi instituída a tarifa
Silva Ferraz. A Inglaterra, em represália, aprovou a Bill Aberdeen, que combateu o tráfico de
escravos.
c) a tarifa Alves Branco foi criada com o objetivo de aumentar a arrecadação de impostos e de
incentivar o desenvolvimento econômico do país. Essa tarifa aboliu as taxas alfandegárias
preferenciais de 15%.
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d) como consequência das medidas protecionistas contidas na tarifa Silva Ferraz, o café foi
perdendo espaço na economia imperial e, em razão disso, teve início a denominada Era
Mauá.
e) as medidas protecionistas implantadas pela tarifa Alves Branco foram um duro golpe nos
novos empreendimentos industriais e levaram à falência o Barão de Mauá, encerrando a
denominada Era Mauá.
18. (Ufu 2015) Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina
teriam sido manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da época,
para aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor
para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se
concretizar, uma vez que interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por base
informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram um
conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível. Aqui
não há “bandidos” ou “mocinhos”, mas interesses.
DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96.
(Adaptado).
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua história.
Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,
a) tem sido destacada a natureza democrática do governo de Solano López, bem como a
crescente industrialização do Paraguai.
b) tem sido enfatizada a importância do conflito para o fortalecimento do regime monárquico
brasileiro.
c) tem sido valorizada a dinâmica geopolítica interna do continente sul-americano, em oposição
às teorias da responsabilidade externa pela guerra.
d) têm sido destacados os interesses expansionistas brasileiros como a principal causa da
guerra.
19. (Pucrj 2015) Assinale a alternativa que NÃO caracteriza de modo correto o rápido
processo de urbanização e modernização ocorrido nas Américas, entre 1870 e 1920.
a) Os Estados Unidos experimentaram, no período, uma industrialização em grande escala e
altamente concentrada, acompanhada de rápida urbanização. A expansão comercial e
financeira para além de suas fronteiras atingiu países vizinhos da América Central e Caribe.
b) A urbanização e modernização aceleradas foram características visíveis nas capitais dos
países latino-americanos que vinham se beneficiando do sucesso de suas economias
agrário-exportadoras, como o México, a Argentina e o Chile.
c) A sobrevivência da monarquia e a continuação da escravidão até 1888 impediram a
urbanização, o acesso à modernização e ao progresso industrial de fins do século XIX no
Brasil cuja economia ainda dependia da produção cafeeira.
d) A imigração em massa para as Américas de trabalhadores europeus pobres de distintas
nacionalidades foi outro importante aspecto no processo de rápida modernização e
industrialização em fins do século XIX e início do século XX.
e) As propostas civilizatórias eurocêntricas que fizeram da raça um atributo negativo apenas
dos povos não brancos foram admiradas pelas elites governantes das Américas que não
raro adotaram políticas de branqueamento para suas populações.
20. (Uece 2015) Atente para as afirmações a seguir, acerca do Processo de Abolição dos
Escravos no Brasil, e assinale com V as afirmações verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Em 1850, o Brasil foi levado a extinguir o tráfico internacional, porém, surgiu o tráfico
interno com a venda de escravos das áreas mais pobres para as mais desenvolvidas.
( ) Nesse processo, algumas leis foram aprovadas com o objetivo de acalmar os
abolicionistas e ir lenta e gradualmente extinguindo a escravidão, quais sejam: Lei do
Ventre Livre, Lei do Sexagenário.
( ) Nesse movimento não se tem notícias de insurreições ou ações dos próprios escravos em
prol da própria liberdade, em virtude da forte repressão presenciada nos últimos
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HISTÓRIA DO BRASIL - SEGUNDO REINADO
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[A]
A cafeicultura era o carro-chefe da economia do Segundo Reinado brasileiro e, por isso, tinha
total atenção do governo. Devido à pressão inglesa pelo fim da escravidão e à consequente
assinatura da Lei Eusébio de Queiroz, o governo brasileiro passou a incentivar a vinda de
imigrantes europeus para suprir a falta dos escravos nas nossas lavouras.
Resposta da questão 2:
[D]
O texto do historiador Boris Fausto aponta para o fim do tráfico de escravos e os possíveis
desdobramentos para a economia do Brasil. A Lei Eusébio de Queirós de 1850 proibiu o tráfico
de escravos. A partir desta data, o tráfico de escravos era concebido como pirataria. A Lei de
Terras, aprovada na mesma data, dificultava a aquisição de terras no Brasil, só através da
compra, o que dificultava a aquisição por parte de pessoas desprovidas de capital como os
imigrantes. A referida lei diminui drasticamente o fluxo de escravos para o Brasil gerando um
comércio interprovincial de escravos deslocados de várias regiões para a lavoura cafeeira (e
não açucareira).
Resposta da questão 3:
[B]
A questão faz uma crítica ao poder moderador instituído na constituição brasileira de 1824. De
acordo com este poder, o imperador poderia interferir nas demais esferas de poder, ou seja, o
regime era uma monarquia constitucional, mas com uma fachada absolutista. Esta constituição
foi muito centralizadora desagradando às elites locais. No mesmo ano em que a carta foi
outorgada, ocorreu a Confederação do Equador em Pernambuco com caráter separatista e
republicano. Muitas críticas foram feitas a este documento como sugere o Manifesto
Republicano de 1870.
Resposta da questão 4:
[B]
A questão aponta para um grande debate que se estabeleceu no Brasil ao longo do século XIX.
A discussão era sobre a utilização da mão de obra escrava e o desenvolvimento econômico
nacional. Muitos intelectuais e políticos criticavam a escravidão associando-a ao atraso, porém
entendiam a relevância da escravidão para a economia do Brasil. O escravo era um bem, uma
propriedade, acabar com a escravidão poderia exigir indenização.
Resposta da questão 5:
[B]
As afirmativas [I] e [II] estão corretas e as afirmativas [III] e [IV] contrariam o que se afirma em
[I] e [II]. Logo, [III] e [IV] estão incorretas: a Lei de Terras favorecia os grandes proprietários de
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terra, dificultando o acesso à terra por parte dos menos favorecidos, uma vez que o registro de
terras era muito caro.
Resposta da questão 6:
[A]
Somente a proposição [A] está correta. A questão remete ao Segundo Reinado, 1840-1889, em
especial, à crise e ao fim da monarquia no Brasil. A partir da segunda metade do século XIX o
Brasil passou por transformações na economia devido ao café e à Revolução Industrial.
Ferrovias, indústrias e a transição do trabalho escravo para o trabalho livre assalariado
compõem este cenário de modernização econômica do Brasil. Surgiram leis vinculadas à
escravidão como a Lei Euzébio de Queirós de 1850 que proibiu o tráfico de escravos, a Lei do
Ventre Livre de 1871, a Lei dos Sexagenários de 1885 e a Lei Áurea de 13 de maio de 1888
que aboliu a escravidão no Brasil. Esta última lei não indenizou os proprietários de escravos
que, por consequência, abandonaram a monarquia.
Resposta da questão 7:
[D]
Resposta da questão 8:
[B]
Somente a proposição [B] está correta. A questão remete ao conflito que ocorreu no Segundo
Reinado, entre a farda e o paletó, ou seja, entre militares e os políticos. Após a Guerra do
Paraguai, 1865-1870, os militares brasileiros adotaram ideias abolicionistas, republicanas e
positivistas. A ideia era conciliar “Ordem” e “Progresso”. A monarquia entrou em declínio
perdendo suas bases de apoio. A monarquia foi abandonada. Os militares ganharam
consciência de grupo, de corporação e, proclamaram a República em 15 de novembro de
1889.
Resposta da questão 9:
[C]
A questão aponta para a resistência dos negros diante da escravidão e exploração. A partir da
segunda metade do século XIX, no contexto do Segundo Reinado, surgiu a campanha
abolicionista que visava abolir a escravidão no Brasil. Neste cenário, apareceram diversos
grupos que apoiavam a libertação dos negros como os Caifazes em São Paulo e os “irmãos da
senzala”.
Somente a proposição [E] está correta. A questão remete à lei Eusébio de Queiroz aprovada
no Brasil em 1850. Esta lei proibiu o tráfico de escravos para o Brasil. Devido ao café, havia
uma grande demanda por mão de obra, assim, ocorreu um comércio interprovincial de
escravos e, ao mesmo tempo, aumentou o preço cobrado pelo escravo. Neste contexto,
intensificou a imigração para o Brasil.
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A Lei do Ventre Livre previa que toda criança nascida a partir da data da promulgação da Lei
seria considerada livre. Mas previa, também, que o senhor da mãe da criança poderia manter a
mesma sob sua guarda até ela completar 21 anos.
[01] Correto. A escravidão no Brasil só foi abolida no dia 13 de maio de 1888 quando a
princesa Isabel assinou a Lei Áurea.
[02] Correto. A partir da segunda metade do século XIX, no Segundo Reinado, o Brasil passou
por um processo de modernização associado ao café e a Revolução Industrial.
[04] Correto. Ao longo do século XIX ocorreram inúmeros conflitos internos no Brasil como a
Balaiada, Sabinada, Cabanagem, Farroupilha, entre outros. O Brasil se envolveu em um
conflito externo, a Guerra do Paraguai, que imprimiu mudanças internas significativas.
[08] Correto. A Constituição de 1824 foi a primeira do Brasil e vigorou até o fim da monarquia
em 1889. Esta Magna Carta estabeleceu os quatro poderes, o voto censitário (só os
homens ricos votavam), a religião católica era a oficial, senado vitalício, entre outras
medidas importantes.
[16] Correto. No dia 7 de abril de 1831 D. Pedro I abdicou ao trono transferindo o poder para
seu filho de 5 anos, o futuro D. Pedro II, que assumiu em 1840. Entre 1831 e 1840, o Brasil
viveu o chamado Período Regencial, caracterizado por muita tensão social e revoltas.
Como d. Pedro I renunciou quando Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos, o futuro imperador
precisou ser preparado, desde cedo, para assumir o trono. Assim, uma das estratégias
adotadas para mostrar que ele tinha preparo para o futuro cargo era trabalhar a imagem dele
como sendo a de um homem mais velho.
A Praieira foi a última revolta do Império brasileiro (início do governo de Pedro II) e talvez a
mais romântica do Império, pelos ideais expressos no manifesto lançado. O nome refere-se à
Rua da Praia em Recife, onde era editado o seu jornal revolucionário, “O Diário Novo”.
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A Tarifa Alves Branco eliminou a proteção alfandegária dada a alguns países – em especial à
Inglaterra – a fim de aumentar os preços dos produtos estrangeiros para estimular a produção
e a compra de produtos nacionais.
A dinâmica geopolítica interna citada na opção correta diz respeito aos interesses dos países
sul-americanos no controle da Bacia do Rio da Prata. Hoje, essa dinâmica é vista como uma
das principais causas para a ocorrência da Guerra do Paraguai.
A terceira proposição é falsa porque o movimento de luta pela abolição contou com a
participação ativa dos cativos brasileiros, fazendo, inclusive, insurreições e manifestações;
A quarta proposição é falsa porque após a abolição o Governo Imperial brasileiro não criou
nenhum mecanismo de inserção dos negros recém libertos na sociedade brasileira.
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