Objeções À Doutrina Da Eleição
Objeções À Doutrina Da Eleição
Objeções À Doutrina Da Eleição
Umas das objeções comuns à doutrina da eleição é que Deus não faz acepção de pessoas,
portanto Ele não pode escolher salvar alguns e condenar outros. Mas essa objeção parte de
uma falso entendimento dessa palavra dentro do seu contexto Bíblico. A Bíblia em várias
passagens afirma que Deus não faz acepção de pessoas e que nós não devemos fazer acepção
de pessoas (Lv. 19:15; Dt. 1:17; 10:17; 16:19; II Cr. 19:7; Jó 34:19; Pv. 24:23; 28:21; Mt. 22:16;
At. 10:34; Rm. 2:11; Gl. 2:6; Ef. 6:9; Cl. 3:25; Tg. 2:1,9; I Pe.
1:17).
Uma escolha diferenciada claramente mostra uma preferência. Contudo é clara a verdade
bíblica que diz: “Ter respeito a pessoas no julgamento não é bom”
(Pv. 24:23). Todavia, também é verdade bíblica que na escolha pessoal, individual, particular
ou preferencial, em misericórdia e graça, não há nenhum resquício de possibilidade em ferir a
verdade de que Deus não faz acepção de pessoas. ¹
Devemos entender sobre quais atributos de Deus está baseada a salvação do homem. A
salvação não é uma questão de justiça, mas de misericórdia e graça. A salvação não é uma
dívida de Deus para com pecadores, mas um favor imerecido. Todos pecaram e merecem a
condenação, não a salvação. Entendo isso, devemos analisar os textos Bíblicos que falam sobre
acepção. Nós textos bíblicos onde esse termo aparece,
Observe que a ordem de não fazer acepção de pessoas é muitas vezes o conselho dado como
aviso importante aos juízes de Israel para que julguem com consciência e
Nota que as referências bíblicas que enfatizam que Deus não faz acepção de pessoas associam-
se, na sua plena maioria, com o assunto de julgamento (por exemplo: Lv. 19:15; Rm. 2:10-12;
Ef. 6:9; Cl. 3:25 e I
Pe. 1:17). Existem poucas referências que mencionam “acepção de pessoas” em outro
ambiente que não é o de julgamento (At. 10:34; Tg. 2:1,9). Essas passagens
ensinam que não devemos fazer distinção entre todos os que igualmente merecem um
tratamento positivo. Não devemos praticar uma preferência entre quem devemos entregar a
mensagem de Cristo (At. 10:34), ou seja, devemos pregar a todos, não escolhendo alguns, pois
não sabemos quem são os eleitos, mas pregar para todos não significa que Deus quer salvar a
todos, nem que todos merecem serem salvos, pois ninguém merece a salvação. Também não
devemos preferir uma pessoa à outra quando todas merecem igualmente o mesmo
tratamento, pois todos são iguais perante Deus (Tg. 2:1).
Quando se trata de julgamento de Deus, ele não faz acepção de pessoas, pois ele julga
retamente, seja quem for o trangressor.
Enfatizamos que é uma verdade bíblica, que no julgamento divino, não há nenhuma acepção
de pessoas, pois cada uma será julgada segundo as suas obras (Ec. 12:14; Ap. 20:13). Mas, na
misericórdia, da qual boa ação ninguém tem direito ou merecimento, uma distinção de
pessoas pode existir e existe. Ninguém merece uma distinção positiva pois todos merecem um
julgamento justo pelos pecados que têm feito. Entre os salvos esse julgamento divino e justo
dos seus pecados se faz pela pessoa e obra de Jesus Cristo. Os não-salvos conhecerão o
julgamento divino e justo no lago de fogo. Considere que a eleição não é uma escolha divina
entre os bons e maus mas uma escolha entre todos que são
maus, ninguém buscando a Deus (Rm. 3:10-18). Deus não faz acepção de pessoas, pois julga a
todos com equidade, todos são punidos pelos seus pecados, os eleitos são punidos em Cristo,
por isso recebem a graça da salvação. Os ímpios são punidos por seus próprios pecados de
forma justa, pois é isso que Merecem, sendo assim, todos são julgados e condenados. Deus é
justo, ele não faz acepção de pessoas.
Quem recebe a misericórdia são os que Deus, soberanamente e segundo o beneplácito da Sua
vontade, escolheu. Nos
Vale uma repetição pois uma dúvida insiste em vir à tona, quando a eleição é ensinada: Deus é
injusto em fazer distinção entre pessoas. É geralmente pensado que todas
são merecedoras da atenção positiva de Deus. A dúvida é eliminada quando é entendida que,
entre os pecadores,
não há ninguém que merece qualquer atenção favorável de Deus (Is. 59:1,2; Rm. 3:10-23). É
claro que todos os
pecadores necessitam da misericórdia divina, mas também deve ser claro, não há ninguém
que a merece.
Se, como alguns querem supor, entre todas as pessoas que mereciam uma atenção positiva,
ou entre todas que clamavam em arrependimento e a fé pela
salvação, fosse dada uma distinção preferencial, assim, sim, seria uma terrível injustiça da
parte de Deus. Mas, quando todas são verdadeiramente inimigas e rebeldes (Rm. 8:6-8) e
condenadas (Jo. 3:19), e ninguém está buscando a Deus (Sl. 14:1,2), a misericórdia pode ser
estendida a um desses malfeitores em particular sem a
mínima injustiça. Resumindo: entre pessoas com merecimentos iguais, uma distinção
preferencial seria injusta. Todavia, a eleição foi feita entre pessoas sem quaisquer
merecimentos. A condenação é dada por causa do homem pecar (Gn. 2:17; 3:6; Ez. 18:20; Rm.
6:23). Os pecadores não são culpados por não serem escolhidos mas por não obedecerem aos
mandamentos de Deus (I Jo. 3:4). É o pecado, e não a eleição, que condena. A escolha que
Deus faz, somente opera que uns pecadores são salvos,
ou seja, que alguns tenham o fim justo dos seus pecados colocado em Cristo.
Todo pecador tem a responsabilidade de se arrepender dos seu pecados e crer no Filho de
Deus, o Jesus Cristo, para ter a remissão dos pecados (At. 17:30). Deus fará
a Sua obra da salvação nos que o buscam com todo o coração (Is. 55:6,7). Então a mensagem
é: Busque o misericordioso Deus pelo Salvador enquanto é dia! Em Cristo, “A misericórdia e a
verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram”. (Sl. 85:10; Tg. 2:13, “a misericórdia
triunfa do juízo”). Thiago da Silva Vieira
2. Posso fazer o que eu quero já que sou predestinado. A eleição tira o valor da busca pela
santidade.
A salvação não é apenas um ato único na história. A salvação é efetuada por Deus, através de
etapas. Essas etapas foram predestinadas por Deus. Romanos 8: 29 "Porque os que dantes
conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que
ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30. E aos que predestinou a estes também
chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também
glorificou." Em Romanos 8.29-30, temos uma exposição sobre a ordem da salvação. Deus não
predestinou os eleitos somente para a justificação, ou seja, já que a pessoa creu em Cristo, já
esta salva independentemente de como ela viva, mas Deus predestinou todas as etapas:
Chamado( regeneração), Justificação, santificação e glorificação. O termo santificados não está
explícito no texto, mas devemos entender que essa etapa se encontra entre a justificação e a
glorificação. Temos exposto no verisculo 29, que os eleitos foram predestinados para serem
conformados segundo a imagem de Cisto, ou seja, Santos assim como Ele é Santo. Esse é o
nosso destino, sermos semelhantes a Cristo. No texto exposto, o apóstolo Paulo nos mostra
que a salvação ocorre em etapas, ou seja, os mesmos que foram eleitos, também são
predestinados a serem semelhantes a Cristo, esses mesmos também são chamados,
justificados e glorificados. Isso significa que ninguém pode afirmar ser um eleito, se não está
sendo santificado. Se alguém não está buscando ser semelhante a Cristo, é uma prova de que
ele não é um eleito, ou que ainda não foi regenerados e justificado. Sendo assim, essa pessoa
apenas possui uma falsa segurança da salvação.
A doutrina da eleição, não nos deixa inoperantes contra o pecado, com uma falsa certeza da
salvação, mas nos motiva a buscarmos a santidade. Pois, foi para isso que fomos
predestinados, para sermos conformes a imagem de Cristo. Deus é soberano na salvação, Ele
não só elege e predestina, mas também regenera, justifica, santifica e glorifica.
Efésios 1: 4. Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos
santos e irrepreensíveis diante dele em amor.
Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, amados do Senhor, porque Deus
vos escolheu desde o princípio para a santificação do espírito e a fé na verdade, 2 Ts 2:13
...que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas
segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos
eternos," 2 Tm 1:9
1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos peregrinos da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia,
Ásia e Bitínia. 2 eleitos segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para a
obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas." 1 Pe
1:1-2. Thiago da Silva Vieira
Se desde a eternidade Deus escolheu algumas pessoas, mas não outras, para a salvação, de
acordo com o seu soberano querer, o homem não é responsável. Ele não pode mudar o curso
de seu destino, mesmo se desejasse fazê-lo. O seu destino está determinado, pois ele não tem
vontade própria quanto a este assunto. O homem não é “um agente moral livre”, não
importando o que isto signifique, e, portanto, não é responsável.
“Que diremos, pois?” A objeção à primeira vista parece ser séria ou, então, existe um grande
engano a seu respeito. É evidente que existe. A dificuldade não está na escolha por parte de
Deus, e sim na má compreensão humana sobre a relação entre a responsabilidade do homem
e a salvação divina. A objeção baseia-se na presunção de que a responsabilidade do homem
descansa sobre algo fora dele mesmo; que ele é responsável apenas por algum ato especial de
Deus; que, se Deus não o escolhe para a salvação, ele não pode responder por coisa alguma
que ele faz ou deixa de fazer como um ser racional. Mas o fato é que a responsabilidade do
homem e sua salvação são duas coisas muito diferentes, tão diferentes que a primeira pode
existir (e existe) sem a segunda. O homem não é responsável por sua salvação, e sim pelos
seus pecados. Ele é um agente livre quanto à sua conduta como um ser racional e no final será
julgado a respeito do bem ou do mal que praticou e não pela sua salvação. Sua salvação talvez
não será mencionada, quando ele se apresentar diante do tribunal de Deus; porém, os seus
maus feitos ou o bem que praticou em nome do Senhor virão à luz. “Ao Senhor pertence a
salvação” e o homem, portanto, não pode ser responsável por aquilo que não lhe pertence.
Mas todo homem deve responder diante do tribunal de Deus pela sua conduta individual. O
pecado é uma violação do relacionamento entre o Criador e suas criaturas racionais, e este
relacionamento constitui o princípio fundamental da responsabilidade do homem. Se ninguém
foi salvo, apesar disso, todas as criaturas inteligentes serão responsáveis – “Pois todos
pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23).
Embora as Escrituras sejam claras sobre o fato de Deus ter predestinado eternamente todas as
coisas, elas são igualmente claras em manter a plena responsabilidade do pecador. Há vários
exemplos que
invadiu e destruiu Judá. Esse evento tinha sido ordenado por Deus há muito
tempo: “Porventura não ouviste que já há muito tempo eu fiz isto, e já desde
os dias antigos o tinha formado? Agora porém o fiz vir, para que tu (Senaqueribe) fosses o que
destruísse as cidades fortificadas, e as reduzisse a montões de ruínas” (Isaías 37:26). Mas o
fato da predestinação de Deus escusa
Senaqueribe por sua impiedade e puniu-o por isso, embora ele tivesse pré-
teu entrar, e o teu furor contra mim. Por causa do teu furor contra mim, e
porque a tua arrogância subiu até aos meus ouvidos, portanto porei o meu
anzol no teu nariz e o meu freio nos teus lábios, e te farei voltar pelo caminho
Pentecostes, Pedro declarou: “A este (Cristo) que vos foi entregue pelo
Mas isso de modo algum escusou ou minimizou a culpa das “mãos dos
livre ou não, dele certamente “se espera ou está obrigado a prestar contas” por suas
ações a Deus. Diz a Bíblia: “Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o
que está escondido, seja bom, seja mau” (Eclesiastes 12.14). Ele recompensará o justo e punirá
o ímpio; logo, o homem é responsável. O homem é responsável precisamente porque Deus é
soberano, visto que ser responsável significa nada mais do que ser considerado alguém que
presta contas de suas próprias ações, que vai ser recompensado ou punido de acordo com um
dado padrão de certo e errado. A responsabilidade moral tem tudo a ver se Deus decidiu julgar
o homem e se ele tem o poder e a autoridade para fazer cumprir uma tal decisão, mas isso não
depende de qualquer “livre arbítrio” no homem. Esse é
responsável porque Deus recompensará a obediência e punirá a rebelião, mas tal não
supõe em hipótese alguma que esteja livre para obedecer ou se rebelar. Diz Romanos 8.7: “a
mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode
fazê-lo.” O homem é responsável por seus pecados não porque seja livre ou capaz de não
cometê-los; esse versículo diz que ele não o é. Mas o homem é responsável porque Deus
decidiu julgá-lo por seus pecados. Portanto, a responsabilidade humana não pressupõe a
autonomia humana ou o livre arbítrio, mas
Pedro ensinou que todos os crentes, embora rejeitados e perseguidos pelo mundo, foram
escolhidos por Deus para serem o seu povo: "Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de
Deus, peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na
Bitínia..." – 1Pedro 1.1 Pedro identificou os crentes exilados aos quais estava escrevendo como
“eleitos”. Ao dizer isso, ele empregou uma palavra grega (eklektos), que significa “destacar” ou
“selecionar” dentre algumas possibilidades. Dessa forma, a salvação desses crentes estava
enraizada e fundamentada na vontade soberana de Deus, tendo sido determinada antes do
princípio do tempo. D. Edmond Hieber nos propicia uma percepção exegética, escrevendo: O
adjetivo verbal “eleito” é passivo, marcando os leitores como objetos da ação eletiva de Deus.
[...] Eles foram escolhidos por Deus para serem seus, afim de que fossem feitos participantes
da herança celestial... a iniciativa de Deus fez deles o que ele eram. Pedro observa que esses
crentes escolhidos tinham sido “dispersos” pelo mundo afora – expulsos de seus lares e
corridos de suas cidades pela perseguição movida pelo Império Romano. Naquele tempo, Nero
estava no trono do império, e a perseguição dos crentes estava sendo intensificada. Bem podia
ser que os leitores de Pedro logo estariam entre aqueles crentes que seriam usados como
tochas de fogo nos jardins de Nero e como comida para os leões. Reagindo a isso, Pedro
procurou encorajar os crentes lembrando-lhes que, apesar dessas violentas rejeições, eles, não
obstante, tinham sido intencionalmente escolhidos por Deus. Ele procurou reforçar-lhes a fé
com a doutrina da eleição. Pedro explicou também que a eleição é conforme o pré-
conhecimento divino. Noutras palavras, Deus escolheu soberanamente os seus eleitos antes
do princípio do tempo com um amor especial e salvífico: ..."escolhidos de acordo com o pré-
conhecimento de Deus". – 1Pedro 1.2a Como foi observado acima, pré-conhecimento não
significa simplesmente que Deus olhou pelo túnel do tempo para ver o que aconteceria no
futuro. Há alguns na igreja que ensinam que Deus olhou para o futuro para ver quem o
receberia. Segundo essa estropiada explicação, Deus escolheu aqueles que previu que se
decidiriam por Cristo. Desse jeito, a vontade de Deus seria, na verdade, a vontade do homem.
Mas esse conceito faz grave injustiça à doutrina bíblica sobre pré-conhecimento, termo que
significa “amar antecipadamente”. Essa meiga palavra descreve o forte afeto do Pai por seu
povo escolhido, um amor que começou na eternidade pretérita – daí, pré-conhecimento.
MacArthur escreve: Qualquer tipo de definição de pré-conhecimento centralizada no homem é
incompatível com a soberania absoluta de Deus sobre todas as coisas. [...] [Pré-conhecimento]
refere-se ao amor eterno e predeterminado de Deus e à sua intenção salvífica. [...] O pré-
conhecimento envolve a predeterminação de Deus de ter relação com alguns indivíduos, com
base em seu plano eterno. É o propósito divino que leva a salvação dos pecadores a
cumprimento. [...] Portanto, pré-conhecimento, envolve a predeterminação de Deus de
conhecer alguns por meio de uma relação íntima e salvífica, escolhendo-os, então, desde a
eternidade pretérita, para receberem o seu amor redentor. Quer dizer que Deus colocou seus
afetos nos escolhidos, numa relação de amor, antes da fundação do mundo.
5. Mas se tudo está fixado e acertado, por que orar, evangelizar, ou fazer qualquer coisa
afinal?
"Essa objeção é míope. Em primeiro lugar, se tudo não fosse planejado por um Deus santo e
amoroso, ficaríamos absolutamente aterrorizados até com a perspectiva de nos levantarmos
de manhã. Nossas ações (sempre feitas com pouquíssima compreensão) poderiam ter
consequências terríveis. Tudo dependeria de nós! Se tudo não fosse planejado por um Deus
santo e amoroso, haveria uma enorme pressão sobre os cristãos quando evangelizamos.
Saberíamos que nossa falta de capacidade persuasiva poderia resultar em uma pessoa perder
sua única “oportunidade” de salvação. Seria uma perspectiva horrível.
Além disso, não devemos por em causa o que Deus faz. Nunca, jamais devemos tentar
adivinhar quem é “eleito”! Deus chama todos ao arrependimento e nós devemos fazer o
mesmo. Na verdade, a doutrina da eleição deve dar-nos muito mais esperança sobre como
trabalhar com pessoas. Por que? Porque ninguém é um caso perdido! Do ponto de vista
humano, muitos parecem totalmente endurecidos e perdidos, mas como a salvação é pela
eleição de Deus, devemos tratar a todos e a qualquer pessoa com esperança, uma vez que
Deus chama os mortos à vida através de nós.
"Devemos ser gratos por Deus usar nossa pregação como o meio pelo qual ele chama aqueles
que escolheu para salvação (2 Timóteo 2.10). É verdade que Deus não necessita de nós: “Ele
não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a
todos a vida, o fôlego e as demais coisas” (Atos 17.25). Seus mandamentos para nós nunca
refletem sua necessidade, visto não ter ele nenhuma, mas seu preceptivo querer para as
nossas vidas." Vincent Cheung; Teologia Sistemática
Alguém comentou comigo que sente falta de ver calvinistas evangelizando, pois, conhece
alguns que afirmam não evangelizar porque tanto faz, já que eles foram predestinados e serão
salvos de qualquer forma.
Respondi que nem todos deixam de evangelizar só porque tem um falso entendimento sobre a
predestinação, mas porque são tímidos, tendo dificuldades em expor sua fé, mesmo tendo o
desejo de fazer isso. Os primeiros precisam nascer de novo, arrependerem-se para que possam
viver segundo a vontade de Deus. Os outros precisam com arrependimento, clamarem a Deus
para que sejam revestidos de poder para testemunharem.
A predestinação não é um empecilho para o evangelismo, visto que a Bíblia em Mt 28: 18-20
nos revela a ordem clara do nosso Senhor Jesus Cristo para pregarmos o Evangelho. Portanto,
pregar o Evangelho é obedecer o nosso Senhor Jesus Cristo. Segundo a Bíblia o evangelismo é
o meio determinado por Deus para chamar eficazmente os seus eleitos, aplicando a graça
salvadora neles. A predestinação não nos faz ficarmos de braços cruzados, mas nos impulsiona
a trabalhar e orar pela salvação de pecadores, sabendo que Deus ouvirá nossas orações e fará
a sua Palavra pregada ser eficaz ( At 18. 9-10). Mesmo que a nossa pregação e oração não
tivessem nenhum efeito para trazer alguém a fé, o mandamento de Deus de pregar o
evangelho é suficiente para nos impulsionar a pregarmos o Evangelho. Deus é glorificado
quando obedecemos. Deus é glorificado quando pregamos o Evangelho. Pregar o Evangelho é
ter o privilégio de ser participante da obra soberana de Deus, em salvar pecadores.