Apontamentos MCP 2024

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DIVISÃO DE ENGENHARIA

Curso de Engenharia informática


Microprocessadores e Computadores Pessoais

1. Componentes básicos de um computador

2. Processador (ou microprocessador

É um circuito integrado (ou chip). É considerado o cérebro do computador. É ele que executa os
programas, faz os cálculos e toma as decisões, de acordo com as instruções armazenadas na
memória.

Os microprocessadores formam uma parte importantíssima do computador chamada


de UCP (Unidade Central de Processamento), ou em inglês CPU (Central Processing Unit).
Antes da existência dos microprocessadores, as CPUs dos computadores eram formadas por um
grande número de chips, distribuídos ao longo de uma ou diversas placas. Um microprocessador
nada mais é que uma CPU inteira, dentro de um único chip.

Ligando-se um microprocessador a alguns chips de memória e alguns outros chips auxiliares,


construiu-se um computador inteiro em uma única placa de circuito, chamada placa mãe dos
microcomputadores.

A CPU realiza as seguintes tarefas:

1. Busca e executa as instruções existentes na memória. Os programas e os dados que ficam


gravados no disco (rígido ou disquete) são transferidos para a memória. Uma vez estando
na memória a CPU pode executar os programas e processar os dados.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


2. Comanda todos os outros chips do computador

A CPU é composta por:

 unidade de controle (UC)


 unidade lógica e aritmética (ULA)
 registradores

A unidade lógica e aritmética (ULA) assume todas as tarefas relacionadas às operações


lógicas (and, or, not, etc.) e aritméticas (adições, subtrações, ...)

A unidade de controle (UC) assume toda a tarefa de controle das ações a serem
realizadas pelo computador, comandado todos os demais componentes de sua arquitetura.
É a UC que deve garantir a correta execução dos programas e a utilização dos dados
corretos nas operações que as manipulam.

Os registradores

A CPU contém internamente uma memória de alta velocidade que permite o armazenamento
de valores intermediários ou informação de comando. Esta memória é composta por
registradores (ou registros) na qual cada registro possui uma função própria. Uma registro
memoriza um número limitado de bits, geralmente uma palavra de memória. Os registros mais
importantes:

 contador de programa (PC) que aponta para a próxima instrução a executar;


 registro de instrução (IR) que armazena a instrução em execução;
 outros registros que permitem o armazenamento de resultados intermediários.

Clock

Clock é um circuito oscilador que tem a função de sincronizar e ditar a medida de velocidade
de transferência de dados entre duas partes essenciais de um processamento, por exemplo,
entre o processador e a memória principal. Esta frequência é medida em ciclos por segundo,
ou hertz .

3. Memória

Constitui de um conjunto de circuitos capazes de armazenar os dados e os programas a serem


executados pela máquina. Temos as seguintes categorias de memória:

a ) A memória principal (ou memória de trabalho)

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


É onde normalmente devem estar armazenados os programas e dados a serem
manipulados pelo processador. Este tipo de memória aparece como um conjunto de chips
que são inseridos na placa mãe do computador.

Tipos de memória

Os chips de memória podem ser divididos em duas grandes categorias:

RAM (memória de leitura e escrita)

São chips de memória que podem ser gravados pela CPU a qualquer instante. A CPU usa
a RAM para armazenar e executar programas vindos do disco, para ler e gravar os dados
que estão sendo processados. É uma memória volátil ( quando o computador é desligado,
todos os seus dados são apagados). Por esta razão, os dados e programas devem ficar
gravados no disco, que é uma memória permanente.

Memórias não voláteis

São memórias cujas informações mantidas não são perdidas caso o computador seja
desligado.

Exemplo: BIOS (basic input-output system – sistema básico de entrada e saída). Está
gravado em uma memória permanente localizada na placa mãe. Tipos de memórias
permanentes:

ROM

São chips que podem ser lidos pela CPU a qualquer instante, mas não podem ser
gravados pela CPU. A gravação é feita pelo fabricante. Este tipo de memória foi
usada para armazenar a BIOS.

PROM

É uma ROM programável. A gravação pode ser feita apenas uma vez, pois utiliza um
processo irreversível.

EPROM

É uma ROM programável e apagável. Pode ser programada comportando-se com o


uma ROM. A EPROM pode ser apagada com raios ultravioletas de alta potência.

EEPROM

É um tipo de memória ROM mais flexível. Pode ser apagada sob controle de
software. Utilizada para armazenar as BIOS atuais.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Memória fora da placa mãe

A placa mãe contém quase toda a memória de um microcomputador, mas outras placas também
podem conter memórias, do tipo RAM e do tipo ROM. As placas de vídeo contém uma ROM
com a sua própria BIOS e uma RAM chamada de memória de vídeo

b) A memória secundária (ou memória de massa)

Não é acessada diretamente pela CPU. O acesso é feito através de interfaces ou


controladoras especiais. É uma memória do tipo permanente. Possui alta capacidade de
armazenamento e um custo menor que o da memória principal. A memória secundária não
é formada por chips, e sim por dispositivos que utilizam outras tecnologias de
armazenamento (magnética ou ótica).

Exemplos: disco rígido, disquete, fita magnética e cd-rom.

Placas controladoras

 SCSI (small compact system interface) permite a conexão de diversos periféricos;


 IDE (intelligent drive electronics)

3. A memória cache

É uma área reservada de memória que possui duas funções:

 Aumentar o desempenho do computador


 Aumentar o tempo de vida das unidades de disco

Temos dois tipos de memória cache:

 A que vem incorporada à máquina, dessa forma é mais rápida que a memória RAM;
 A que é implementada via software na memória RAM, aumentando o desempenho do
acesso ao disco.

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4. Barramentos

Um barramento ou bus, é um caminho comum pelo qual os dados trafegam dentro do


computador. Este caminho é usado para comunicação e pode ser estabelecido entre dois ou
mais elementos do computador.

O tamanho do barramento determina quantos dados podem ser transferidos em uma única
vez (16 bits, 32bits, ...)

Um PC possui muitos barramentos, que incluem:

 Barramento do processador

É o barramento que o chipset (chips de suporte adjacentes contidos na placa mãe) usa
para enviar/receber informações do processador.

 Barramento de cache

É um barramento dedicado para acessar a cache. Usado pelos Pentium Pro e Pentium III.

 Barramento de memória

Conecta o sub-sistema da memória ao chipset e ao processador.

 Barramento local de entrada/saída (E/S)

Usado para conectar periféricos de alto desempenho à memória, chipset e processador.


Exemplo: placas de vídeo, interface de redes de alta velocidade. Os mais comuns:

 Vesa local bus (VLB)

 Peripheral component inter connect bus (PCI)

 Barramento padrão de entrada/ saída(E/S):

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Usado para periféricos lentos (mouses, placas de som) e também para compatibilidade
com dispositivos antigos.

 Industry standard architecture (ISA)

Todos os barramentos possuem duas partes: um barramento de endereçamento (que transfere a


informação de onde o dado se encontra) e um barramento de dados (que transfere os dados em
si, ou seja, o valor de memória).

5. Dispositivos de Entrada e Saída ou Periféricos

São equipamentos utilizados como portadores das informações que o computador irá
processar. Através desses dispositivos, o computador pode armazenar, ler, transferir e receber
dados.

Dispositivos de entrada:

 Teclado
 Mouse
 Drive de CD-ROM
 Microfone
 Scanner

Dispositivos de saída:

 Vídeo
 Impressora
 Alto-falante

Dispositivos de entrada e saída:

 Disco rígido
 Drive de disquete
 Unidade de fita magnética
 Modem

Tipos de comunicação com os dispositivos:

A CPU comunica-se com os periféricos através de circuitos chamados interfaces ou portas de


E/S, que implementam a transmissão de dados segundo duas políticas:

 comunicação paralela: impressora;


 comunicação serial: mouse, modem.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


O que são processadores e quais os tipos usados em celulares, PCs e câmeras?

CPUs, GPUs e NPUs são tipos de processadores usados em eletrônicos de consumo, como
celulares; entenda quais são as principais arquiteturas e demais atributos destes componentes

Processadores servem para controlar funções e executar operações em smartphones, PCs,


câmeras e outros eletrônicos. Chips especializados, como GPUs e NPUs, podem realizar
cálculos, processar gráficos, treinar inteligências artificiais, entre outras tarefas, enquanto uma
CPU é um processador de uso geral.

Os processadores são definidos por suas propriedades, incluindo litografia, quantidade de


núcleos, velocidade do clock, arquitetura e conjunto de instruções. A seguir, entenda mais sobre
os principais tipos de processadores presentes em eletrônicos de consumo, os atributos em
comum e suas respectivas funções.

Quais são os principais tipos de processadores?

CPU (Unidade Central de Processamento), GPU (Unidade de Processamento


Gráfico), NPU (Unidade de Processamento Neural) e ISP (Processador de Sinal de Imagem) são
alguns dos principais tipos de processadores encontrados em celulares, câmeras e computadores.

Para que serve a Unidade Central de Processamento (CPU)?

A CPU serve para executar instruções gerais de programas, funcionando como o “cérebro” do
computador. Ela é dividida em três componentes principais: a Unidade Lógica Aritmética
(ULA), a Unidade de Controle (UC) e os Registradores. Por ser a unidade central de
processamento, é muitas vezes chamada apenas de “processador”.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Para que serve a Unidade de Processamento Gráfico (GPU)?

A GPU serve para processar gráficos de forma eficiente, sendo fundamental para renderização
de jogos, edição de vídeo e outras aplicações visuais. Baseia-se no processamento paralelo para
executar múltiplas operações gráficas simultaneamente e pode ter centenas ou milhares de
núcleos de processamento independentes.

Placa de vídeo com GPU Nvidia instalada em um desktop (Imagem: Emerson


Alecrim/Tecnoblog)

Para que serve a Unidade de Processamento Neural (NPU)?

A NPU serve para acelerar tarefas relacionadas à inteligência artificial, como deep learning,
redes neurais e visão computacional em celulares e computadores. Também chamada de Unidade
de Processamento Inteligente (IPU), pode melhorar a qualidade de imagens em Smart TVs por
meio de uma técnica conhecida como upscaling.

Para que serve um Processador Digital de Sinal (DSP)?

Um DSP serve para processar sinais digitais, como áudio e vídeo, em tempo real. É útil em
aplicações como codificação e decodificação de vídeos de alta resolução, cancelamento ativo de
ruído (ANC) em fones de ouvido e filtros de melhoria de qualidade de imagem.

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Para que serve um Processador de Sinal de Imagem (ISP)?

Um ISP serve para processar as imagens capturadas por câmeras. Trabalha em conjunto com
outros processadores do SoC (System-on-a-chip), como o DSP e a CPU, para gerenciar as cores,
reduzir o ruído e melhorar a nitidez das cenas fotografadas e filmadas pelo celular, notebook,
câmera digital e outros eletrônicos com sensores de imagem.

Galaxy Z Fold
5 tem ISP Spectra, do Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy, para processar imagens das câmeras
(Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)

O que é a litografia de um processador?

Litografia é a tecnologia de fabricação usada na produção de um semicondutor, como um


processador de silício. Ela afeta diretamente fatores como a densidade de transistores, a
velocidade de processamento, a eficiência energética e o gerenciamento de calor do chip.

O que são nanômetros no processador?

A litografia de um processador é expressa em nanômetros (nm). Quanto menor o valor em


nanômetros, maior tende a ser o número de transistores dentro do processador em uma mesma
área física.

O que são transistores de um processador?

Transistores são componentes semicondutores, normalmente feitos de silício, que controlam a


corrente elétrica. Em um processador, transistores agem como interruptores, controlando o fluxo
de eletricidade e, consequentemente, a execução das instruções e dos cálculos.

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O que é a arquitetura de um processador?

A arquitetura de um processador se refere ao projeto do chip e à forma como ele processa os


dados. Há dois tipos de arquiteturas: a von Neumann, mais comum em processadores modernos,
e a Harvard.

 Arquitetura von Neumann: usa uma memória única para armazenar tanto os dados quanto as
instruções que estiverem sendo executadas. Ela consiste em um processador que realiza os
cálculos, uma unidade de controle que coordena as operações e um barramento que interliga
todos os componentes.
 Arquitetura Harvard: tem memórias separadas para dados e programas, o que significa que o
processador pode acessar instruções e manipular dados ao mesmo tempo. É mais usada em
sistemas embarcados e pequenos microcontroladores, como os usados em eletrodomésticos, por
ser mais eficiente para tarefas muito específicas.

O conjunto de instruções se refere às operações que o processador é capaz de executar. Pode


ser do tipo RISC (Reduced Instruction Set Computer), que se baseia em instruções simplificadas
e em menor quantidade, ou CISC (Complex Instruction Set Computing), que traz instruções
mais complexas para aplicações específicas.

O que é o conjunto de instruções de um processador?

O conjunto de instruções é uma parte da arquitetura que especifica quais operações um


processador pode executar. Uma instrução pode ser uma operação de soma, subtração,
multiplicação e divisão, ou um comando para carregar e armazenar dados.

A arquitetura do conjunto de instruções (ISA) serve como ponte entre o hardware e o


software do computador. Um programa deve ser escrito de acordo com as especificações da ISA
para que seja executado de maneira nativa, com a maior eficiência possível, sem necessidade de
técnicas como emulação ou virtualização.

A microarquitetura é a forma como a ISA é implantada no processador. Chips diferentes


podem ter a mesma ISA e entender o mesmo conjunto de instruções. No entanto, se tiverem
microarquiteturas diferentes, eles executarão as instruções de maneiras diferentes, o que
interferirá no desempenho e na eficiência energética.

Qual é a diferença entre RISC e CISC?

A diferença entre RISC e CISC está na abordagem do conjunto de instruções:

 RISC (Computador com um conjunto reduzido de instruções): tem um conjunto de


instruções simples e otimizadas. Sua ideia principal é executar mais instruções em menos tempo.
Tem um pipeline mais eficiente, já que menos etapas são necessárias para cada instrução, o que
tende a reduzir o consumo de energia;

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 CISC (Computador com um conjunto complexo de instruções): tem conjunto de instruções
variadas e complexas. Sua ideia principal é minimizar o número de instruções por programa, já
que uma única instrução pode executar várias operações complexas de baixo nível. Pode
consumir mais energia.

Ou seja, RISC é um tipo de arquitetura de processador com um conjunto menor e mais simples
de instruções, enquanto o CISC possui um conjunto maior e mais complexo de instruções.

Qual é a diferença entre processador Arm e x86?

A diferença entre Arm e x86 é o conjunto de instruções. Processadores Arm são facilmente
encontrados em dispositivos móveis e são projetados com ênfase em eficiência energética,
enquanto os modelos x86 são comuns em desktops e servidores, nos quais o desempenho bruto é
mais importante.

Qual é a diferença entre processador 64 bits e 32 bits?

A diferença entre processadores de 64 bits e 32 bits está no endereçamento de memória e no


processamento de dados. Um chip de 32 bits pode endereçar até 4 GB (232 bytes) de memória e
processar dados em pedaços de 32 bits. Já um chip de 64 bits pode endereçar até 18,4 EB
(264 bytes) de memória e processar dados em pedaços de 64 bits, o que permite maior
desempenho em operações complexas.

O que é o clock do processador?

O clock do processador estabelece o número de ciclos que o chip executa em um segundo. É


medido em Hertz (Hz), geralmente na escala de megahertz (MHz) ou gigahertz (GHz). Quanto
maior a frequência, mais operações um processador pode executar a cada segundo, o que tende a
aumentar seu desempenho.

O que é overclock do processador?

Overclock é a prática de aumentar o clock de um processador além do limite pré-estabelecido


pela fabricante. Quando uma CPU com clock base de 3 GHz é configurada pelo usuário para
operar a 4 GHz, dizemos que foi realizado um overclock.

O overclock pode elevar o consumo de energia e a temperatura do processador. Se o sistema de


resfriamento for insuficiente para atender à frequência mais alta, o chip pode ser danificado
permanentemente.

Para que serve o núcleo do processador?

O núcleo do processador, também chamado de “core”, é responsável por executar as operações


e cálculos em um computador. Cada núcleo físico ou virtual de um chip pode operar de maneira

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independente, o que permite executar múltiplas tarefas simultaneamente e melhora o
desempenho.

O que é um processador multicore?

A tecnologia multicore permite que um processador tenha múltiplos núcleos. São exemplos os
processadores quad-core (4 núcleos) e octa-core (8 núcleos), comuns em dispositivos como
smartphones e notebooks. O objetivo do multicore é aumentar a velocidade de processamento ao
executar mais de uma operação ao mesmo tempo.

O que são threads do processador?

Threads de um processador são sequências de instruções que fazem parte de um processo


principal. Um programa é organizado em processos, e cada processo é dividido em threads.
Quando um processador suporta multithreading, ele pode executar dois ou mais threads
simultaneamente, o que melhora o desempenho.

O que é a tecnologia Hyper-Threading?

Hyper-Threading (HT) é a tecnologia de multithreading simultâneo da Intel que aumenta a


eficiência ao permitir que cada núcleo físico da CPU execute dois threads ao mesmo tempo. Foi
lançado pela primeira vez em um processador doméstico em novembro de 2002, no Pentium 4
HT de microarquitetura Northwood.

O nome Hyper-Threading é de propriedade da Intel, mas há outras fabricantes que usam


tecnologias similares, como o AMD Simultaneous Multi-Threading (SMT), presente na família
de microarquiteturas Zen.

O que é o TDP de um processador?

TDP (Thermal Design Power) representa a quantidade máxima de calor que um processador
gera em condições normais. É expresso em watts (W) e serve para entender as necessidades de
resfriamento de um chip, como uma CPU em um notebook ou uma GPU em uma placa de vídeo.
Saber o TDP é importante para evitar o superaquecimento do chip.

O que é um microprocessador?

Microprocessador é um circuito integrado compacto que executa operações lógicas e cálculos


matemáticos. O nome é comumente usado para se referir à Unidade Central de Processamento
(CPU), que é o principal responsável por executar programas em um computador.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Quem inventou o primeiro microprocessador?

O primeiro microprocessador, Intel 4004, foi inventado por uma equipe de engenheiros da Intel
composta por Ted Hoff, Federico Faggin e Stanley Mazor.

O Intel 4004 foi anunciado em 15 de novembro de 1971. Ele foi o primeiro microprocessador
vendido ao público, por US$ 60 em valores da época.

Intel 4004, o primeiro microprocessador (Imagem: Divulgação/Intel)

Quais eram as especificações do primeiro microprocessador?

O Intel 4004 tinha clock de 740 a 750 kHz (kilohertz) e arquitetura BCD de 4 bits. Era fabricado
em um processo de 10 micrômetros, ou 10.000 nanômetros, e tinha 2.300 transistores mais finos
que um fio de cabelo. Processadores modernos podem ter bilhões de transistores com 5
nanômetros ou menos.

O chip foi usado na calculadora Busicom 141-PF, que tinha memória, 4 funções (soma,
subtração, multiplicação e divisão) e impressão de resultados com até 15 dígitos.

O que diz a Lei de Moore sobre processadores?

A Lei de Moore é uma observação feita por Gordon E. Moore, cofundador da Intel, em 1965. A
versão mais atualizada da previsão dizia que o número de transistores em um processador
dobraria a cada 2 anos, ou seja, o desempenho dos chips evoluiria de forma exponencial.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


A previsão está sendo desafiada nos últimos anos porque a miniaturização dos transistores está se
aproximando dos limites físicos. À medida que se eles se tornam tão pequenos quanto átomos,
surgem problemas técnicos que dificultam a continuidade da miniaturização no mesmo ritmo das
últimas décadas.

Quais são as principais linhas de processadores?

 Intel Core: lançada em 2006, tem como características sua alta performance em PCs. A linha
Core é subdividida em Core i3 (entrada), Core i5 (intermediário), Core i7 (alto desempenho) e
Core i9 (performance extrema);
 Intel Pentium: lançada originalmente em 1993, a linha Pentium se tornou voltada para o
segmento de entrada, oferecendo desempenho básico a um preço menor. Era a principal marca de
CPUs da Intel antes da linha Core;
 Intel Xeon: é a linha de processadores da Intel para servidores e estações de trabalho
(workstations). Foi lançada em 1998 e tem foco em alto desempenho, podendo operar em
conjunto com outros processadores do mesmo modelo no mesmo computador;
 AMD Ryzen: lançada em 2017, é a marca de processadores de alto desempenho da AMD para
PCs. A linha Ryzen é subdividida em Ryzen 3 (entrada), Ryzen 5 (intermediário), Ryzen 7 (alto
desempenho) e Ryzen 9 (performance extrema);
 AMD Athlon: criada originalmente em 1999, a linha Athlon se tornou voltada para os
segmentos de entrada e intermediário, oferecendo desempenho básico para tarefas cotidianas. O
Athlon foi o principal concorrente do Intel Pentium até o final da década de 2000;
 AMD Epyc: é a linha de processadores da AMD projetada para servidores de alto desempenho.
Geralmente conta com um grande número de núcleos e suporte a altas quantidades de memória;
 AMD Radeon: reúne os processadores gráficos (GPUs) da AMD. Foi criada em 2000 pela ATI
Technologies, empresa comprada pela AMD em 2006;
 Nvidia GeForce: reúne os processadores gráficos (GPUs) da Nvidia. É a principal marca da
Nvidia para placas de vídeo voltadas ao usuário doméstico e muito usada em aplicações de
GPGPU (Unidade de Processamento Gráfico de Propósito Geral);
 Qualcomm Snapdragon: lançada em 2007, é uma linha de System-on-a-Chip (SoC) muito
popular em smartphones e tablets com Android. Reúne CPU, GPU, modem e outros
componentes dentro do mesmo chip;
 Samsung Exynos: linha de SoCs da Samsung criada em 2010. É comum em celulares e tablets
da linha Samsung Galaxy;
 MediaTek Helio e Dimensity: linhas de processadores voltados para dispositivos móveis com
Android, desde celulares e tablets básicos até modelos premium com conexão 5G e alto
desempenho para games;
 Apple Silicon: são os processadores da Apple usados principalmente em Macs. Os chips da linha
Apple M1, M2 e sucessores têm arquitetura Arm e substituíram os processadores da Intel, com
arquitetura x86, em desktops e laptops da Apple.

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Processador de notebook serve em PC (desktop)?

Não, pois processadores de notebooks geralmente são soldados diretamente na placa-mãe e têm
soquete diferente das CPUs para desktops, que são especificamente projetadas para serem
removíveis e substituíveis.

Novos chips Intel Core de 14ª geração são anunciados na CES 2024

Fabricante lança processadores desktop não overclockados, CPUs de alto desempenho para
notebooks e nova geração para ultrafinos

A Intel divulgou nesta terça-feira (9) os novos processadores Intel Core de 14ª geração. Durante
a CES 2024, a fabricante anunciou a chegada dos CPUs HX e U para notebooks e completou a
linha para desktops. Neste último caso, a fabricante apresentou os processadores Intel Core que
não integram a série K de CPUs — com overclock de fábrica.

Os novos processadores para desktop que foram anunciados pela Intel são Processor 300, i3, i5,
i7 e i9 das linhas F, T e “base” — sem letra no nome. Os processadores Intel Core com a letra F
indicam que são processadores sem gráficos integrados, enquanto os modelos com a letra T
possuem menor consumo energético. Em outubro, a Intel já apresentara os Intel Core 14ª geração
das linhas K e KF.

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Processadores desktop são atualização da 13th Gen

Os novos processadores Intel Core são uma atualização da 13ª geração. Eles trazem o mesmo
soquete LGA 1700 e melhorias pontuais em relação ao seu antecessor. Como sempre, os
processadores i9-14900 são o topo de linha do anúncio. O modelo base e F tem clock máximo de
5,8 GHz no modo Intel Thermal Velocity Boost — o i9-14900T não tem esse recurso. Ele traz a
configuração híbrida de 8 núcleos de performance (núcleos P) com 16 núcleos de eficiência
(núcleos E).

Os processadores Intel Core i7 14th Gen trazem configuração de 20 núcleos híbridos, sendo 8
núcleos P e 12 núcleos E. As versões base e F tˆm clock máximo de 5,3 GHz no modo Turbo,
enquanto o i7 da linha T chega até 5,0 GHz de frequência. Apenas os processadores i9 da linha F
e base contam com o recurso Intel Thermal Velocity Boost.

Os processadores Intel Core i5 contam com versões de 14 ou 10 núcleos. O modelo i5-14500,


com 14 núcleos, possui a configuração 6P + 8E, enquanto o i5-14400 traz 6P + 4E. Os Intel Core
i3 e Processor 300 não contam com núcleos de eficiência.

Especificações dos processadores Intel Core 14ª geração da linha base (Imagem:
Divulgação/Intel)

CPUs HX e U 14th Gen chegam para notebooks e ultrafinos

Obviamente, não é só de processadores para desktops que vive a Intel. A fabricante trouxe para a
CES 2024 novos CPUs para laptops e ultrafinos. Para os primeiros, a Intel apresentou a linha
HX, dos processadores high-end para notebooks. A estrela do anúncio é o i9-14900HX de 24
núcleos (8P + 16E), clock máximo de 5,8 GHz no modo Turbo e 55 W de média de consumo.

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Processadores Intel Core HX de 14ª geração trazem consumo médio de 55 W(Imagem:
Divulgação/Intel)

Para a linha U, a Intel já está usando a sua nova nomenclatura. A fabricante apresentou os
processadores Intel Core 7, Intel Core 5 e Intel Core 3. Esta linha da Intel é voltada para os
laptops ultrafinos, que exigem um baixo consumo de energia para dar mais tempo de uso do
dispositivo.

Com exceção do Core 3, que possui seis núcleos (2P + 4E), os outros processadores trazem 10
núcleos na configuração 2P + 8E. O consumo médio desses chips é de 15 W. Os processadores
trazem suporte para Wi-Fi 7 e equiparão laptops ultrafinos ainda neste primeiro trimestre.

A Evolução dos microprocessadores

O microprocessador foi um componente que fez a diferença na evolução da computação.


Foi crucial na miniaturização do hardware e conseqüente redução do custo. A evolução
do microprocessador determinou uma mudança na vida da humanidade em geral, que
passou a dispor de equipamentos nunca antes imaginados.

O microprocessador evoluiu a uma velocidade incrível, e ainda continua, porém o


hardware em geral mudou pouco. Isso nos faz pensar que a informática como um todo
mal chegou na maturidade e ainda tem um longo campo de desenvolvimento, mais
fantástico do que aconteceu desde o primeiro transístor até hoje. E o microprocessador é
uma peça fundamental nesse desenvolvimento.

Este trabalho tenta de um modo geral mostrar a história e evolução deste componente que
mudou uma geração: o microprocessador.

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
Os primeiros computadores utilizavam circuitos eletromecânicos e válvulas. O
aparecimento do transístor trouxe a redução do tamanho e da potência consumida em

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


relação as válvulas, além de serem dispositivos mais robustos e confiáveis.Os
computadores usando essa tecnologia estão classificados como de segunda geração. O
domínio da tecnologia da física do estado sólido permitiu a integração de vários
transístores em uma única embalagem com aproximadamente as mesmas dimensões de
um único transístor. Surgiram então os circuitos integrados que foram responsáveis pelo
aparecimento dos computadores de terceira geração. Estes computadores tinham maior
potência de cálculo, eram mais rápidos, confiáveis e menores fisicamente de que seus
antecessores de segunda geração.

Atualmente, o processo de integração tem praticamente o mesmo custo para se integrar


centenas, milhares ou milhões de transístores em uma única pastilha. Pode-se falar então
na quarta geração de computadores pela utilização da integração eem altíssima escala
(VLSI).

Graças ao desenvolvimento da microeletrônica é possível construir toda uma Unidade


Central de Processamento em uma única pastilha de silício. Essa pastilha, ou chip,
denomina-se microprocessador, sendo conhecido pelo nome de seu fabricante seguido de
um determinado número.Exs: INTEL 8080, INTEL 8088, Z80, MOTOROLA 6800, etc.

Os microprocessadores são classificados pelo tamanho da palavra - ou comprimento, em


bits, da unidade de informação - que são capazes de processar de uma só vez. Os
primeiros microprocessadores foram de 8 bits, seguidos pelos de 16 bits e, mais
recentemente, pelos de 32 bits.

O microprocessador é, portanto, a Unidade Central de Processamento de um


microcomputador.

EVOLUÇÃO CRONOLÓGICA DOS MICROPROCESSADORES

1969
-A Intel projeta um chip de circuito integrado que poderia receber instruções e executar funções
de dados simples. Esse projeto se tornou o microprocessador 4004.

1970
-Gilbert Hyatt patenteou uma aplicação que seria o primeiro microprocessador da história.
-A Intel criou um layout de circuitos, que era o microprocessador 4004.

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Intel 4004, o primeiro

A primeira CPU com chip simples foi o intel 4004, um processador 4-bits destinado para ser uma
calculadora. Ele processava dados em 4 bits, mas suas instruções eram 8 bits longos. As
memórias de programas e dados eram separadas, 1K de memória de dados em 12 bit PC e 4K de
memória de programa (na forma de quatro stacks). Havia também dezesseis registros de
propósitos gerais de 4 (ou oito de 8 bits).

O 4004 tinha 46 instruções, velocidade de 108 KHz, e tinha somente 2300 transistores. O
4040 foi uma versão superior ao 4004, nele foram acrescentadas 14 instruções, mais
stacks (oito) e 8K de espaço para programas. Seu preço inicial era U$200. E usava 2300
transístores que podiam endereçar 640 bytes. Os manuais foram escritos por Adam
Osborne. A Eletronic News publicou e ajudou na promoção do chip. A Intel ganhou o
direito de comercializar seu chip abertamente.

1972

-Scelbi Computer Consulting inicia o trabalho de design naquele que poderia ser o processador
Scelbi-8H;
-Intel lança o seu chip 8008, com 108 KHz, o primeiro microprocessador de 8 bits que acessava
1 KB de memória. O processador foi originalmente desenvolvido pela Computer Terminal
Corporation (mais tarde chamada DataPoint). Usava 3500 transístores;
-National Semicondutor apresenta seu microprocessador IMP-16.
-Intel lança o seu chip 8080 com 2 MHz, um microprocessador de 8 bits, que podia acessar 64
KB de memória e usava 6000 transístores. O primeiro microcomputador a usá-lo foi o MARK-8.

O Intel 8080

O 8080 foi o sussessor do 8008 (1972, similar ao 4040 - tinha 14 bits de endereçamentos PC), ele
tinha barramento de 16 bit de endereçamentos e 8 bits de dados. Internamente, tinha sete
registros de 8 bits (A,B,C,D,E,H,L - pares BC, DE e HL foram combinados como registros de 16
bits), um stack pointer de 16 bits ocupava o lugar do de 8 bits que o 8008 possuia e, também
tinha um programa de contagem de 16 bits. Ele também tinha várias portas I/O, porém podiam
ser modificadas sem retirar ou interferir no espaço de endereçamentos, e um simples pino
permitia que o stack ocupasse um banco separado na memória.

Intel melhorou o projeto com o 8085 (1976), foram adicionadas duas instruções para suas
interrupções, e somente requeria uma fonte de +5V. Possuia alguns detalhes extras de
entrada/saída.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


-Motorola apresenta o chip 6800, um microprocessador de 8 bits usado em microcomputadores,
indústrias e serviços de controle automotivo.

Motorola 6800

O 6800 e 6809, e séries 6502, usavam clock de ciclo simples para gerar timing para quatro
estágios de execução interna, embora essas instruções eram executadas em um único 'ciclo'
externo (esta é a diferença para o clock-doubling, que usa uma fase para gerar um clock interno
rápido, sicronizado com um clock externo). Outras CPUs como o 8080 usavam o clock externo
diretamente, com instrução equivalente à dos quatro ciclos, isso significava que 2 MHz do 6809
era equivalente a 8 MHz do 8080. Mais tarde, a Motorola produziu CPUs nessa linha com um
clock de quatro ciclos.

Texas Instruments introduz o chip TMS1000 para microcomputadores.


Surge o RCA 1802 de 6.4 MHz, considerado um dos primeiros chips com tecnologia RISC. -
Logo após surge o Altair 8800, com 1 KB de memória, e vendido por U$375. O Altair usa um
processador de 8 bits (Intel 8080) com endereçamento de 16 bits. Tem 78 instruções básicas de
máquina com mais de 200 variações. Pode endereçar diretamente 65 K de memória. Seu ciclo de
intrução básica dura 2 ms.

1975

MOS anuncia o MC 6501 por vinte dólares e o MC 6502, por 25 dólares, ao mesmo tempo que o
8080 da Intel custava 150.

IBM começa a trabalhar no projeto "801", para desenvolver um chip que poderia ser usado tanto
em pequenos como em grandes computadores.

1976

É fundada a Apple Computer Company.

O SC/MP, microprocessador de 8 bits aparece, com avançado multiprocessamento. Também o


MCP-1600.

Zilog introduz o Z80, um chip de 8 bits.

O Zilog Z-80

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O Z-80 foi o aperfeiçoameto do 8080, e foi vastamente aperfeiçoado, ele também usava 8 bit de
dados e 16 bit de endereçamento, e executava todos os códigos op do 8080 (não do 8085), mas
com 80 a mais, suas instruções eram operadas em 1, 4, 8 e 16. Os registros foram duplicados,
com dois bancos de registros (incluindo A e F)que podiam ser trocados entre eles. Isto permitiu
operação rápida do sistema operacional. No Z-80 foram acrescentados dois registros de indíce
(IX e IY). A velocidade do Z-80 era de 2.5mhz, para o Z80-H era 6mhz.

O que realmente fez o Z-80 popular, foi a sua interface de memória - a CPU gerava sua própria
RAM refresh signals (reativar sinais convertidos), isso significa simples projeto e baixo custo.
Sua compatibilidade com o 8080 ,e CP/M, o primeiro modelo de microprocessador com sistema
operacional padrão, fez dele a primeira escolha entre muitos outros sistemas.

Foram também produzidas variantes do Z-80 como o Z-180 (também avaliavel como o Hitachi
64180, com componentes adicionados (dois timers 16 bit, dois controladores DMA, três portas
seriais, e uma MMU(unidade de gerenciamento de memória) segmentada com mapeamento 20
bit. 1M de espaço para endereçametos e três segmentos de mapeamento de memória com
tamanho variável em 16 bits(64K)), e o Z-280, versão 16 bits que foi introduzida em julho de
1987, com MMU 24 bit (16M), multitarefa, cache de 256 bytes, e vários novos códigos op foram
acrescentados. O clock externo era 2 ou 4 vezes mais rápido que o clock interno (ex.: 16 Mhz da
CPU com 4 Mhz de bus). Uma versão Z-380 - 16/32 bits também existiu.

O Z-8 (1979) foi um processador inspirado no Z-80, porém em seu chip estavam: RAM
(atualmente têm-se 124 para registros gerais e 20 para registros especiais) e ROM (muitas vezes
um interpretador BASIC), e era disponível uma grande variedade de configurações que
ultrapassavam os 20 Mhz.

1978
A Intel lança o chip 8086.dólares e pode acessar 1 MB de memória. Era baseado no design do
8080/8085.

Intel 8086, o primeiro 80x86

Era um chip de 16 bits. Usava registradores de 16 bits e 29000 transístores. Preço de 360 dólares
e pode acessar 1 MB de memória. Era baseado no design do 8080/8085. E foi o primeiro da
família 80x86.

1979
Intel produz o microprocessador 8088,

Intel 8088, o XT

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Conhecido como o XT. Possuia a mesma arquitetura e os mesmos programas do 8086, mas
possuía um barramento de 8 bits, o que o tornava mais lento, porém mais barato que o 8086. E
logo se tornou o padrão da insústria para computadores pessoais.

Zilog mostra o processador Z8000 de 16 bits.

Microsoft libera sua linguagem Assembler para os microchips 8080 e Z80.

O chip 68000 da Motorola é lançado.

Motorola 68000

Era uma pastilha completamente nova, não era compatível nem com o 6800, nem com o 6809.
Foi uma mudança radical em relação ao passado. Embora o barramento de dados possuísse 16
bits, todos os registradores que o programador via eram de 32 bits, e a má quina pode somar ou
subtrair (não multiplicar ou dividir) números de 32 bits em apenas uma instrução, o que
transformava o 68000 um híbrido entre 16 e 32 bits. Seu sucesso deu origem a outros
processadores, da família 680x0.

1980
Apple Computer lança o Apple III, que usa o processador 6502A de 2 MHz.
Intel 8086, Zilog Z8000, Motorola M68000 e o chip PDP-11 da Digital Equipment começam a
usar o Microsoft XENIX OS, uma versão do sistema operacional UNIX (multiusuario e
multitarefa)..
Intel anuncia o iAPX-432, um microprocessador de 32 bits. Mais tarde, a Intel constrói o 80286
como um passo entre o 8086 e o 432.

Motorola apresenta uma linha de estações de trabalho usando o Motorola 68000.

1981
Intel apresenta o iAP-432 na Conferência Internacional de Circuitos.
IBM apresenta o seu primeiro computador desktop, o Datamaster, que usava um chip 8086 de 16
bits.
O chip 8088 de 4.7 MHz, é usado no computador pessoal 5150 da IBM.
National Semiconductor apresenta o chip 32000, o primeiro de 32 bits comercial.

1982
A Radio Shack apresenta o TRS-80, modelo 16, usando o chip Motorola MC 68000 de 16 bits.
Intel apresenta os processadores 80186, 80188.

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Intel introduz o 80286 de 16 bits, usando 134 mil transístores. Seu preço inicial era de U$360 e
podia acessar 16 MB de memória.

Intel 80286

Microprocessador de 16 bits, usando 134 mil transístores. Seu preço inicial era de U$360 e podia
acessar 16 MB de memória, ao contrário do 8086/8088, que não podiam endereçar mais que 1
megabyte de memória.

Lançado em 1982, tinha como características 80x86 pinos, o que viria a se tornar padrão para a
Intel, e um espaço para endereçamento de 24 bits. Tinha ainda atributos para um Suporte Virtual
de Memória.

1983
O computador TI 99/2 da Texas Instruments usa o microprocessador TI9995 de 16 bits.
National Semiconductor coloca em amostra o NS32032 de 32 bits e 6 MHz.

1984
Motorola lança o chip 68010, logo após o 68008.

Motorola 68008, 68010

O 68008 era idêntico ao 68000, só que tinha barramento de 8 bits, para produtos simples. Já o
microprocessador 68010, foi criado para poder suportar memória virtual, o que não acontecia
com os chips 68000/68008. Podia endereçar 16 mega de memória.

Seu antecessor, o 68012, apenas tinha a diferença de poder endereçar 2 Gb de memória.

1985
Intel apresenta o chip 80386 de 16 MHz. Usa registradores de 32 bits e 275 mil transístores. Seu
preço inicial era de 299 dólares e podia acessar 4 GB de memória.

Intel 80386

Era o primeiro de bits. Possuia 275 mil transístores. Seu preço inicial era de 299 dólares e podia
acessar 4 GB de memória.

Foi uma evolução sobre o 80286, pois até aí o acesso à memória estava restrito a 16384
segmentos de 64 K.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Incluia um endereçamento mais normal (registros de 32 bits), com mais números de
processamento (incluindo paginação separada) adicionadas para compatibilidade com o design
original. De fato, códigos escritos para o 8008 podem ainda rodar no mais recente P entium-pró.

O 80386 também adicionou uma MMU (Unidade de Gerenciamento de Memória) de novos


códigos, semelhante ao Z-280.

O Advanced RISC Machine (ARM), da Acorn, é lançado. Era um processador de 32 bits para
uso doméstico.

Sun Microsystems trabalha em seu processador SPARC.

MIPS Technology apresenta o primeiro chip RISC disponível comercialmente, o R2000 (32 bits
e 8 Mhz). Era pretendido para simplificar do design de processadores eliminando o travamento
do hardware entre uma tarefa e outra.

1986
Motorola começa a trabalhar no processador 88000. NexGen começa a trabalhar sobre a quinta
geração de processadores x86. Motorola apresenta o processador 68030.

1987
A Zilog introduz uma versão de 16 bits para CPU do Z80, a Z280. A Commodore lança a
primeira máquina IBM-PC compatível, usando um microprocessador 8088. Advanced Micro
Device lança o AMD 29000.

AMD 29000

O 29000 tem um grande número de registros separados em conjuntos globais e locais. Permite
tamanho variáveis de janelas, de 1 a 128 registros. Essa flexibilidade torna a alocação de
registros mais fácil.

Todos os registros podem ser protegidos, em blocos de quatro, do acesso. Isso torna o AMD
29000 mais útil para aplicações embutidas, que é onde esses processadores são usados. O AMD
também inclui uma MMU( unidade de gerenciamento de memória).

1988
Motorola lança o chip 88000.

Motorola 88000

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


O Motorola 88000 é um processador de 32 bits, um dos primeiros CPUs de arquitetura RISC.
Cada bus tem um cache separado, que simultaneamente acessa dados e instruções, sem causar
conflitos.

Com exceção disso, é similar à arquitetura da Hewlett Packard Precision. Embora o 88000 seja
mais modular, tem um pequeno o elegante conjunto de instruções, apenas falta endereçamento
(limitado a 32 bits). O 88000 tem 32 bits, com 8 distintas funções internas - e uma unidade de
ponto flutuante.

Mas o seu desenvolvimento foi atrasado quando a Motorola favoreceu o PowerPC em conjunto
com a IBM.

Intel introduz 80386SX, como o 80386, mas com a diferença que tem 16 bits no barramento de
dados.
IBM apresenta o PS/2 30 286, usando bus AT. Apple introduz o computador Macintosh IIx,
usando os processadores Motorola 68030 e 68882.

1989
Digital Equipment começa a desenvolver um microprocessador de 64 bits. O chip vai estrear
com o Alpha 150 MHz 21064 em 1992.

Intel apresenta o chip 80486.

Intel 80486

Ele integra o 80386 e o coprocessador aritmético 80387 e adiciona um cache primário. Usa 1.2
milhões de transistores, com preço inicial de U$900.

O 80486 adiciona plena ramificação, 8 K de cache, FPU ( Unidade de Ponto Flutuante) integrada
e versões de duplicação de clock .

Motorola anuncia o microprocessador 68040, e uma versão 50 MHz do 68030.

Motorola 68040

Como o 80486, contém um coprocessador de ponto flutuante, uma unidade de gerenciamento de


memória e um cache no chip. Possui 1,2 milhões de transístores.

Apricot Computer lança o primeiro PC-486, que usa o chip 80486 de 25 MHz.
IBM demonstra a nova linha de estações de trabalho RISC System/6000.

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Sun Microsystems anuncia a SPARCstation 1 de 20 MHz.

Intel descobre o chip i860

Intel i860

O Intel 80860 era um chip impressionante, capaz de obter uma performance perto de 66
MFLOPS em aplicações reais, comparado aos 5 a 10 MFLOPS das outras CPUs da época. Mas
isso não passava de marketing. O chip nunca se tornou popular, pois era mais lento do que as
mais novas CPUs.

O 860 tinha muitos usos, como executar duas funções por ciclo. Ele podia usar 8 K de cache de
dados. Instruções e barramento de dados eram separados, com 4 GB de memória segmentados.
Isto também inclui um gerenciador de unidade de memória para armazenamento virtual.

O i860 tinha 32 bits. Era uma dos primeiros microprocessadores a conter não apenas uma FPU
(unidade de ponto flutuante) como também uma ALU(unidade de aritmética e lógica) inteira. Era
o primeiro capaz de fazer uma operação com inteiro, uma multiplicação e adicionar uma
instrução de ponto flutuante, pelo equivalente a três instruções, mas tudo ao mesmo tempo. Mas
para ter o chip à velocidade máxima, requeria o uso de linguagem assembler: usado com os
compiladores padrões tinha uma velocidade próxima aos outros microprocessadores. Por causa
disso, ele foi usado como um coprocessador, para aceleração de ponto flutuante - como uma
adição paralela para estações de trabalho.

Outro problema do 860 era a dificuldade de interrupções manuais: tinha quatro operações
reunidas em uma, então quando ocorria interrupções, poderia haver perda de dados, ao menos
que um complexo código fosse usado para reparar o erro. E isso ocasionava perda de 62 ciclos
até 2000 ciclos (50 microssegundos).

1990
A Motorola anuncia a disponibilidade do seu microprocessador de 32 bits 25 MHz, o 68040. Ele
incorpora 1.2 milhões de transistores e inclui caches de dados e instruções.
A patente básica dos microprocessadores foi concedida a Gilbert Hyatt, 20 anos após a primeira
aplicação da sua patente.

Motorola anuncia uma nova linha de processadores RISC, e o primeiro desta linha é o 88110. No
88110, gravação e pesquisa ficam no buffer, então o processador não precisa esperar, tornando o
processamento mais rápido.

O processador INMOS T-9000 é designado para computação paralela.

INMOS T-9000

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


É um processador designado para ser acoplado a outros processadores para maior velocidade de
processamento paralelo. O conjunto de instruções é minimizado, como no design RISC. A
característica mais importante é que cada chip contém quatro conexões em série para ser
conectado a uma estação de trabalho.

O CPU possui muitos níveis de caches de alta velocidade. O cache principal possui 16 K, e é
designado para três leituras e uma gravação simultaneamente. As instruções são com bytes,
consistindo em quatro bits operacionais e quatro bits de dados, mas podem carregar dados extras,
4 bits por vez.

Essa arquitetura faz instruções muito compactas, mas executando um byte de instrução por ciclo
pode ser devagar para instruções de múltiplos bytes, então o T-9000 une esses bytes, que podem
ser executado em paralelo e em cinco estágios.

1991
O microprocessador Motorola 68040 fica disponível, após um ano de dificuldades técnicas.
MIPS Technologies lança o processador R4000, de arquitetura RISC.
Intel estréia o chip i486SX de 20 MHz, com o coprocessador aritmético i487SX.
A Intel produz o chip 80486 de 50 MHz MIPS Techologies introduz oficialmente o R4000, um
processador RISC de 64 bits.

MIPS R4000

O R4000 é uma nova versão do R2000, mas com controle de cache melhorado, expandido para
64 bits e é super ramificado (permitindo um maior clock e duas vezes mais instruções, ao custo
de aumento da latência.

1992
Intel anuncia uma tecnologia duplicadora de clock para seus microprocessadores, permitindo que
a velocidade do CPU (MHz) continue aumentando, sem precisar de uma placa-mãe e
componentes mais rápidos, e estréia o 486DX2.
Digital Equipments descobre o Alpha 21064, um microprocessador de 64 bits.

Alpha 21064

A arquitetura Alpha, segundo a DEC, foi designada para uma vida operacional de 25 anos. É
uma arquitetura de 64 bits, mas permite conversões. O Alpha 21064 foi introduzido com uma
unidade de ponto flutuante e uma unidade de busca/armazenamento.

Ele adiciona uma unidade de ponto flutuante e aumenta a velocidade do clock de 200 para 300
MHz.

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1993
A Intel introduz o processador Pentium de 60 MHz.

Intel Pentium

A Intel lançou no primeiro semestre de 1993 o microprocessador Pentium, que até naquele
momento se supunha viria a chamar-se 586. O chip marca a quinta geração do PC, que surgiu em
1981 com o processador 8088, e elevou o computador à categoria de mainframe ao integrar o
estado da arte da tecnologia de produção de circuitos integrados em um pequeno quadrado
plástico de poucos centímetros de lado.

Quando lançado, o chip chegou com desempenho até dez vezes superior ao do processador
486DX 33 MHz em operações matemáticas de ponto flutuante e devia ameaçar ainda mais a
posição dos computadores de grande porte ao ser usado para construir poderosos servidores de
rede e sistemas multiusuários. Ao anunciar esse chip, a Intel deu o empurrão final para "matar" o
386 como micro básico e mudar o cenário da indústria.

O processador Pentium concentra a força de um mainframe num pequeno quadrado de 5,5cm de


lado. Os primeiros modelos(60 e 66 MHz) integravam 3,1 milhões de transistores - praticamente
o triplo de seu antecessor - e executavam até 112 milhões de informações por segundo. Esses
Pentiuns davam ao usuário quase quinze vezes mais poder de processamento que um chip 386SX
de 25 MHz e praticamente o dobro do poder da CPU mais potente disponível até então(486 DX2
de 66 MHz).

Hoje já há os processadores Pentium de 133 e 150 MHz, topos de linha da família de


processadores da Intel. Micros equipados com eles ainda são caros, mas têm desempenho 80%
superior ao dos modelos de 75 MHz e por isso são usados como servidores ou estações de
trabalho gráficas. Para tirar proveito de toda a capacidade de um Pentium 133 MHz é importante
que toda a configuração seja bem dimensionada: ela deve incluir no mínimo 16 MB de memória,
1 GB de disco rígido, drive de CD-ROM de quádrupla velocidade e monitor de 15 polegadas. A
altíssima performance do Pentium deve-se a um coquetel de tecnologias feito para tirar o
máximo de aproveitamento do silício. Um de seus truques é ser o primeiro da família a usar a
arquitetura superescalar, privilégio de máquinas Risc e de mainframes, que lhe permite processar
até duas instruções simultâneas por ciclo de clock. Para isso, ele possui pipeline(duto interno
para tráfego de instruções)duplo que funciona como se o chip tivesse dois 486 embutidos. Cada
vez que duas instruções dependentes chegam ao processador, ele consegue processá- las ao
mesmo tempo, passando cada uma delas por um pipeline.

A idéia de duplicidade foi implantada pela Intel em outros pontos do chip, como no
barramento(bus) de dados que trafegam da memória para o processador, que é de 64 bits, contra
os 32 bits do 486. Isso significa que, no mesmo período de tempo, o Pentium é capaz de buscar o

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dobro da quantidade de dados na memória do micro, o que resulta em ganho de performance. A
unidade de processamento de ponto flutuante (cálculos com números fracionários) permite que o
chip consiga executar aplicações 5 a 10 vezes mais rápido que um 486SX de 33 MHz.

O sucessor do 486 ostenta ainda uma novidade chamada Branch Prediction, ou Previsão de
Desvios. Essa área contém um buffer que armazena e analisa os últimos 256 desvios executados
no processamento e tenta antecipar-se ao programa e adivinhar qual estrada ele vai seguir. Se
acertar, a aplicação anda mais rápido. Se errar, não há perda de performance. O resultado é um
aumento médio de 20% no desempenho. Finalmente, os dois caches internos de 8KB cada um
para dados e instruções servem como um atalho para que o chip ganhe tempo buscando as
instruções e os dados mais usados diretamente em sua memória, sem precisar acessar a memória
principal do micro.

A coleção de recursos do Pentium o transforma num chip com o que se pode chamar de estado
da arte da tecnologia de processador, ideal para usar os novos softwares e sistemas operacionais
de 32 bits.

RADIOGRAFIA - as principais novidades do Pentium

I. O Pentium tem dois caches de 8KB cada um, para dados e instruções. Eles agem como
uma memória intermediária que guarda as informações mais usadas pela CPU, evitando
que ela tenha de acessar a memória principal. Isso acelera o desempenho do micro.
II. O barramento (bus) externo que faz a comunicação com a memória é de 64 bits. Com
isso, a quantidade de informações transferida da memória para a CPU alcança a
velocidade de até 528 MB por segundo.
III. O coração do Pentium é a unidade de processamento superescalar, que usa dois pipelines
independentes para executar duas instruções por ciclo de clock.
IV. A unidade de ponto flutuante (FPU) processa operações com números fracionários a uma
velocidade até dez vezes maior que um 486 DX de 33 MHz.
V. No Pentium, a área de compatibilidade com o 386 ocupa apenas 5% da área útil do chip,
contra os 20% necessários ao 486. Faz com que o chip possa usar todos os softwares
feitos para os outros processadores Intel.
VI. A nova unidade de previsão dos desvios analisa o programa que está sendo executado
pela CPU e procura antecipar o caminho que a próxima instrução do software vai seguir.
Pode aumentar a performance do processador em até 20%.

Motorola começa o primeiro chip PowerPC 601.

PowerPC 601

É o primeiro de 32 bits da linha de PowerPCs-Risc ( Reduced Instruction Set Computer). O 601


fornece altos níveis de performance para computadores desktop, estações de trabalho e sistemas
de computadores com multiprocessamento simétrico. Tem um desenho superescalar que pode

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executar até 3 instruções por ciclo de clock. Executa em paralelo instruções emitidas para
múltiplas unidades, e pode completar fora de ordem enquanto preserva programas corretamente.

Tem 3 unidades de execução de inteiros (IU), uma BPU (Branch Processing Unit), uma unidade
de ponto flutuante (FPU), e uma unidade de gerenciamento de memória (MMU). A habilidade
para executar múltiplas instruções em paralelo e o uso de instruções simples com rápida
execução trazem máxima eficiência aos sistemas PowerPC.

1994
Lançamento do processador Pentium de 90 MHz pela Intel. No mesmo mês houve o lançamento
do chip de 100 MHz. IBM e Motorola apresentam o processador PowerPC 601 com 100 MHz.
Logo após apresentam o PowerPC 604 de 100 MHz.

PowerPC 604

Tem um design superescalar capaz de executar 4 instruções por ciclo de clock para seis unidades
de execução independentes, incluindo:

 Duas unidades inteiras de ciclos simples;


 Uma unidade inteira de ciclos múltiplos;
 Unidade de processamento ramificada;
 Unidade de armazenamento/busca;
 Unidade de ponto flutuante.

O microprocessador PowerPC 604 usa prognóstico de ramificação dinâmica para melhorar a


precisão do monitoramento de instruções. Isso combinado com a incrível habilidade de executar
através de duas ramificações indefinidas, permite múltiplas execuções com alto nível de
eficiência.

MIPS Technologies apresenta o microprocessador R4400 de 64 bits e clock de 200 MHz.


O Dr. Thomas R. Nicely nota que o processador Pentium algumas vezes produz resultados falhos
em ponto flutuante, trabalhando com apenas 4 a 8 casas decimais com precisão.
Digital Equipment Corporation produz o AXP1064A de 64 bits e 275 Mhz, usando processador
Alpha RISC em grande número, custando U$1083 por chip. Após apresenta formalmente sua
nova geração de processadores Alpha AXP, incluindo uma versão de 300 MHz, que pode
executar um bilhão de instruções por segundo.
Sun Microsystems anuncia o processador RISC UltraSPARC de 64 bits.
IBM e Motorola apresentam e introduzem o protótipo do processador PowerPC 620, operando
em 133 MHz.

MIPS Technologies apresenta o microprocessador RISC R10000 e a Intel o Pentium 75 MHz.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


MIPS R10000

A versão R10000 traz a FPU( unidade de ponto flutuante) em um chip, e adiciona todas as
características modernas, avançadas, às características da CPU, incluindo cache I/D separado
(duas vias de 32 K cada), uma controladora a ias no chip, execução superescalar (despacha
quatro instruções -possivelmente fora de ordem- para cada um dos inteiros, dois pontos
flutuantes e uma unidade de busca/armazenamento).

Possui renomeação de registros dinâmica, um cache de instruções, onde estas são praticamente
decodificadas quando carregadas para o cache, simplificando o estágio de decodificação do
processador.

1995
Intel introduz o processador Pentium de 120 MHz. Também anuncia disponibilidade mediata dos
processadores Pentium de 133 MHz.
Mais tarde demonstra um sistema usando um chip P6 de 150 MHz, rodando o Windows 95. E
diz que o nome oficial para seu chip P6 será Pentium Pro. Também mostra o 80486SXSF e o
GXSF 486. O GX tem barramento de 16 bits e o SX de 32 bits. Ambos tem 33 MHz, operando
em 2.0-3.3 volts.
Digital Equipment apresenta o processador Alpha 21164 rodando com 333 MHz.
Cyrix anuncia o 6X86/100 MHz e o 5x86/120 MHz.
Intel apresenta o microprocessador Pentium Pro com velocidades entre 150 e 200 MHz.

Pentium Pro

Lançado pela Intel em novembro de 1995, o processador Pentium Pro começa a equipar
máquinas para aplicações que exigem alto desempenho, como servidores de rede corporativas,
grandes bancos de dados, estações de trabalho de CAD, desktop publishing e autoria em
multimídia.

Além da velocidade de processamento - de 150 a 200 MHz - o novo chip tem recursos com
execução dinâmica ( que permite o processamento de até três instruções por ciclo de clock) e
memória cache interna de 256 ou 512 KB. Essas características permitem um desmpenho
superior ao de servidores e estações de trabalho baseados em tecnologia Risc*. É um sistema
escalável e aberto, compatível com os padrões do mercado em hardware (placas de vídeo, disco e
memória) e software.

A mais nova versão do Pentium Pro, cujo codinome é Klamath, foi projetada para incorporar os
circuitos MMX (MultiMedia Extensions) que são na verdade um processador matemático
matricial que quadruplicará o desempenho do chip em muitas aplicações gráficas. O Klamath
também abandona o cache L2, que torna o desenvolvimento do chip mais barato.

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O Klamath vai ser construído usando um processo de 0,28 mícron, o que está perto do estado da
arte. O próximo processo que os fabricantes de chip discutem é o de 0,25 mícrom e, depois, o de
0,20 mícron, supostamente o último até o ano 2000, quando será necessária uma tecnologia de
fabricação totalmente nova, usando raios X para criar pequenos transistores e trilhas eletrônicas.
A velocidade dos chips para o Klamath e os outros processadores Pentium Pro atingirá a faixa de
300 a 333 MHz.

RISC: chips que usam um conjunto reduzido de instruções. A tecnologia CISC usa chips com
um conjunto completo de instruções. Também há a tecnologia "CRISC", isto é, um Cisc que
ganha poder graças a muitas implementações RISC.

1996
Intel anuncia a imediata disponibilidade do Pentium P55C de 150 MHz e também o P55C de 166
MHz.

A família Intel até o 80486

Largura dos Largura do Espaço de


Nome: Ano: Comentários:
registradores barramento: endereçamento:

Prim eiro
4004 1970 4 4 1K processador em uma
pastilha.

Prime iro
8008 1972 8 8 16K microprocessador de
8 bits

Prime ira Cpu de uso


8080 1974 8 8 64K geral em uma
pastilha

8085 1978 8 8 64K 8080 reencapsulado

Primeir a CPU de 16
8086 1978 16 16 1M
bits

Proces sador
8088 1979 16 8 1M
utilizado no IBM PC

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8086 mai s suporte
80186 1982 16 16 1M
de entrada/saída</td

8088 mai s suporte


80188 1982 16 16 1M
de entrada/saída

Espaço de
endereçamento
80286 1982 16 16 16M
aumentado para 16
megabytes

Verdadei ra CPU de
80386 1985 32 32 70T
32 bits

386 com bar


80386SX 1988 32 16 70T
ramento de 286</td

Versão m ais rápida


80486 1989 32 32 70T
do 386</td

O Contexto atual

Tipos de processadores - fonte: https://razorcomputadores.com.br/blog

Nesse sentido, os processadores apresentam diversos modelos e especificações, que variam de


acordo com a quantidade de núcleos, capacidade de processamento, frequência e suporte
ao overclock, Segue abaixo a classificação desses componentes de acordo com os critérios
supracitados.

Single-core ou multi-core: esta característica indica a quantidade de núcleos de processamento


que um processador pode ter, ele varia de apenas 01 núcleo até mais de 32 núcleos. Quanto
maior o número de cores, maior é a capacidade de processar tarefas ao mesmo tempo e acelerar
as aplicações da sua workstation.

Arquitetura 32 ou 64 bits: essa característica remete à capacidade de processamento de


informações que um processador pode ter. Apenas com chips de arquitetura 64 bits é possível
que o computador aproveite quantidades superiores a 3GB de memória RAM, além de
processarem blocos maiores de dados de maneira ágil.

Compatibilidade com overclock: esta é uma técnica utilizada para aumentar a velocidade
nominal do processador e conceder um desempenho além do normal ao usuário. Processadores

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que possuem esta capacidade são identificados como “Unlocked”, no caso de Intel, ou “Black
Edition”, para AMD.

É preciso estar ciente que a exigência excessiva de processamento dos chips pode fazer com que
esses componentes se desgastem mais rápido, além de obrigar o usuário a equipar a máquina
com sistemas de resfriamentos mais eficientes para evitar um superaquecimento dos dispositivos.

Características dos processadores Intel

A Intel é muito popular e está no mercado como principal marca de processadores há um bom
tempo. Isso é justificado pela sua adequação a diversas opções de placa mãe. Nesse sentido,
torna-se mais viável adotar as versões mais simples e baratas desses tipos de processadores, pois,
comumente, servirão para oferecer o desempenho esperado.

Quando o usuário tem a necessidade de obter mais performance, há modelos específicos, que são
mais caros para suprir a demanda. Nesse sentido, ter o preço como principal aspecto levado em
conta na hora da escolha pode ser um erro, pois nem sempre o mais caro irá corresponder na
melhor entrega.

Reduzir custos, sempre que possível, é excelente. No entanto, muitas vezes, sacrificar o
desempenho operacional do seu principal instrumento de trabalho, pode gerar perdas bem
maiores.

Para saber qual é o melhor para você, é necessário conhecer as “famílias” de processadores da
Intel:

 Intel Core;
 Intel Pentium;
 Intel Celeron;
 Intel Xeon;
 Intel Xeon Phi;
 Intel Itanium;
 Intel Atom;
 Intel Quark SoC.

Dessas linhas, as que mais se destacam são a Core e a Xeon, as quais vamos detalhar nos
próximos parágrafos.

LINHA CORE

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i3

Processador desenvolvido para as tarefas do dia a dia, tal como acessar a Internet, escrever um
documento em um editor de texto, assistir a um filme etc. Tem o melhor custo-benefício de
todos os processadores desta família. Seu uso está focado principalmente em notebooks de modo
que a economia de bateria é essencial, mas também é utilizado em desktops de uso familiar.

Seus processadores geralmente contêm 4 núcleos. O diferencial do I3 é que ele utiliza a


tecnologia de threads, chamada de hyperthreading, que simula, em cada núcleo,
2 threads diferentes. Isso faz o computador achar que o processador tem o dobro de núcleos,
aumentando bastante o seu desempenho quando comparado a outros processadores similares.

i5

É utilizado tanto em computadores residenciais quanto em comerciais. O I5 é conhecido como


um processador de alto desempenho, capaz de lidar com jogos modernos e alguns programas
de edição pesados.

Seus modelos podem vir em duas configurações diferentes: 2 núcleos com hyperthreading ou 4
núcleos sem hyperthreading. No entanto, seu grande diferencial para os modelos I3 é a
tecnologia Turboboost que possibilita que o processador trabalhe em uma maior frequência.

Existem hoje 17 versões de Cores I5 para notebooks e desktops.

i7

É considerado o modelo mais potente da família Core, sendo amplamente usado para rodar
jogos de última geração e softwares de produção de conteúdo, projetos e edição de imagens. Seu
foco é a alta velocidade e o desempenho máximo. Ao contrário dos demais, o I7 apresenta uma
variedade de configurações, partindo de 6 núcleos até incríveis 10. Todas as versões do I7
apresentam as tecnologias de hyperthreading e TurboBoost disponibilizadas nos modelos
anteriores. Além disso, o grande diferencial desse processador é contar com uma quantidade
maior de cache L3, a cache de uso comum dos núcleos, o que aumenta muito a capacidade de
processamento deste modelo.

Existem hoje 13 versões de Cores I7 para notebooks e desktops disponíveis no mercado.

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i9

A série I9 é focada em produzir os processadores para workstations mais poderosos da Intel.


Esse processador é voltado para profissionais de áreas como a engenharia e arquitetura que
necessitam de desempenho e qualidade em seus projetos. Assim como, para editores de vídeo e
imagens, também para pesquisadores da área, que usam o processador para fazer overclock e
quebrar recordes de velocidade e para um público entusiasta que gosta de jogar games de última
geração em 4K.

Essa linha contém de 10 até 18 núcleos e 36 threads. Além disso, eles funcionarão em
um chipset, com suporte para SSD NVMe , três SSDs M.2, dez SATAs e portas de rede 10Gbps,
garantindo a última geração em todos os outros componentes que acompanham o processador.

Processadores Intel 10ª geração

Os novos processadores Intel Cor da 10ª Geração contam com atualizações de desempenho
incríveis para melhorar a produtividade do equipamento e proporcionar um desemprenho
surpreendente, incluindo até 5,3 GHz, Intel Wi-Fi 6 (Gig+), tecnologia Thunderbolt 3, HDR 4K,
otimização de sistema inteligente e muito mais.

Linha Xeon

Xeon E3

Os processadores Xeon E3 priorizam o desempenho de recursos visuais e adequam-se às


necessidades de uso profissional. Além disso, atuam com até 4 núcleos. Possuem também
uma dissipação térmica superior (ou seja, não super aquecem), uma estabilidade melhorada e
suporte à memória ECC.

Xeon Scalable

Os modelos Scalable fazem parte do grupo com maior adequação para demandas alinhadas
ao processamento gráfico, como renderização e simulação. Oferecem até 28 núcleos por
processador e permitem a utilização de mais de um simultaneamente, com a possibilidade de
utilizar até 8 processadores físicos em um único computador.

O grande diferencial desta linha está relacionado às novas tecnologias introduzidas como o Intel
VMD e Intel VROC. O VMD fornece gerenciamento ininterrupto do armazenamento PCI
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Express, enquanto o VROC fornece um software de gerenciamento de RAID utilizando a PCI
Express.

Características dos processadores AMD

A AMD (Advanced Micro Devices) é uma empresa estadunidense fabricante de circuitos


integrados, especializada em processadores. Seus produtos concorrem diretamente com os
processadores fabricados pela Intel.

Com menor custo, sem comprometer tanto o desempenho. A AMD é bastante conhecida pela
grande participação mundial no mercado de processadores, sempre liderando este ramo
juntamente com a Intel.

Para que seja possível aproveitar todo o potencial dos diversos hardwares disponíveis no
mercado, a AMD possui vários tipos de processadores distintos, cada um se adaptando de melhor
forma à um tipo de máquina específica.

No entanto, como já sinalizamos, essa decisão precisa ser criteriosa para que o barato não saia
caro. Além do mais, a AMD está investindo pesado em modelos com maior número de
núcleos, elevando o desempenho operacional.

A AMD produz, atualmente, 6 categorias de diferentes tipos de processadores:

 AMD Ryzen;
 AMD Ryzen com vídeo integrado Radeon Vega;
 AMD Ryzen PRO;
 AMD Ryzen Threadripper
 AMD A-Series
 AMD FX;
 AMD A-Series PRO;

Confira as características dos principais modelos da AMD a seguir.

Processadores AMD Ryzen

Destacam-se pelo desempenho superior. Além disso, vindo com até 16 núcleos no caso dos
threadripper’s e atendem a diferentes demandas, sendo considerados modelos “megatarefas”.
Dividem-se entre Ryzen 3,5 e 7, sendo que cada um terá um uso específico, assim como, a linha
Core da Intel.

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Processadores AMD A-Series

São modelos mais de entrada, com uma performance um pouco mais baixa, porém com um
excelente custo benefício, muito utilizado em notebooks por ter um baixo consumo energético.

Processadores AMD Ryzen Pro

Iguais aos processadores Ryzen convencionais, porém com a possibilidade de utilização de


memória RAM ECC e com um foco mais para a durabilidade e estabilidade.

Processadores AMD FX

Também se destacam pela quantidade de núcleos e têm um apelo forte como processadores
direcionados para games. Ademais, oferecem modelos com 4, 6 e 8 núcleos.

Não recomendamos a utilização dos modelos FX por serem de uma geração já datada e por
serem conhecidos por sofrerem de problemas de super aquecimento. Além disso, todos os
processadores da linha AMD FX são totalmente desbloqueados para facilitar o overclock. A
AMD parece ter avançado bastante nesse tipo de tecnologia.

Processadores AMD Phenom II X6

Todos os modelos da série Phenom X6 II se baseiam no núcleo “Thuban”, possuindo tecnologia


de 45nm baseados em socket AM3, se utilizam de uma tecnologia similar à Turbo Boost da
Intel, quando o processador percebe que três ou mais núcleos estão ociosos, ele aumenta o
clock dos núcleos ativos.

Por exemplo, no modelo Phenom II X6 1055T o clock é aumentado de 2,8 GHz a 3,2 GHz,
enquanto que no Phenom II X6 1090T o clock é aumentado de 3,2 GHz a 3,6 GHz. Chegando a
ter média de experiência do usuário no Windows 7, entre 7,5 e 7,9 se torna também uma boa
opção para centrais multimídias, que geralmente são usadas na execução de filmes em alta
definição, edição de vídeo, de imagem, e gerenciamento de mídia em geral, realmente é incrível
o poder de processamento deste poderoso processador, aparentemente nada pode com ele, o
tornando assim imbatível e com um preço tentador.

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Comparações entre Intel e AMD

Foi possível notar que as propostas de processadores são distintas. Inclusive, dentro de uma
mesma marca, há opções variadas para você escolher. Alguns pontos, no entanto, devem ser
destacados.

Os processadores Intel valem a pena quando:

 Há necessidade de desempenho superior.


 Quando se busca uma maior estabilidade e durabilidade.
 Serão utilizados programas mais pesados, sem perder eficiência.

Os processadores AMD valem a pena quando:

 A intenção é encontrar um processador com bom custo-benefício;


 Não serão aplicados na execução de programas por prazos longos, como no caso de
renderizações prolongadas.

Ao decidir, é importante compreender bem quais são as demandas do usuário e dos softwares a
serem utilizados no computador. As configurações da máquina, portanto, precisam ser
verificadas no todo.

Só assim, é possível entender de que forma o processador pode contribuir para melhorar o
desempenho. Ou, pelo contrário, em quais condições o processador passa de solução ao
problema.

Muitas vezes, usuários e empresas adotam uma solução padrão que, na análise geral, apresenta
excelentes vantagens. No entanto, há uma grande diferença entre atividades analíticas e gráficas.

Algumas distinções importantes entre algumas áreas profissionais para escolher o melhor
processador para a sua empresa:

 Edição de texto e planilhas: não exigem elevada capacidade de processamento (na


maioria dos casos), mas devem ser energeticamente eficientes;
 Design: para obter o desempenho necessário na execução de softwares exigentes, como
Photoshop, InDesign e Corel Draw, devem ter o maior número de núcleos possível e uma
alta taxa de frequência;
 Mídia: o desempenho também precisa ser superior para permitir a plena utilização de
programas, como Adobe Premiere, por isso, é recomendado que tenha até 10 núcleos,
mais que isso normalmente reduz o desempenho ao invés de aumenta-lo;

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 Arquitetura e engenharia: são áreas que mais dependem da capacidade de processamento,
pois usam recursos de projeção e renderização, devendo ser melhores contempladas por
modelos superiores de processadores, sejam da Intel, sejam da AMD.

O que é micro programação?

Microprogramação é programar de forma estratégica a unidade de controle de um processador a


nível de operações. Microcódigo permite a projetistas tornar as versões de máquinas mais atuais
compatíveis com as antigas. A arquitetura que usa microprogramação é a CISC.

O que é uma Microinstrução?

A finalidade da microinstrução é especificar os sinais de controle necessários para controlar a


microarquitetura. Todos os sinais podem estar presentes na microinstrução, da maneira que eles
são usados, ou os mesmos podem estar codificados.

O que é Microcódigo ou micro programação?

O microcódigo, é uma camada de hardware em nível de instruções, envolvidos na


implementação da linguagem de maquina dos processadores. Reside em memória especial, de
alta velocidade e traduz instruções de maquina em sequencias de operações a nível de circuitos.

Que tipo de processador utiliza Microprogramação?

Os computadores que usam microprogramação são ditos da família CISC - Complex Instruction
Set Computer. Exemplos: IBM 360, DEC VAX, Motorola 68030, família Intel como 8088,
80386, Pentium etc.

Qual a relação de uma arquitetura com a Microprogramação?

O microprograma, para a arquitetura proposta, deve realizar a busca, decodificação e execução


da instrução do programa de nível convencional de máquina. O registrador AMASK é a máscara
de endereço (Ox007777) usada para separar os bits de endereço do restante da instrução.

Quem é dito ter inventado a Microprogramação?

A invenção da Microprogramação

Em 1951, Maurice Wilkes sugeriu a idéia de acoplar um interpretador (microprograma) para


executar programas do nível ISA (por interpretação).

O que é Monoprogramação e multiprogramação?


✓ Monoprogramação: executa apenas 1 programa/vez.

✓ Multiprogramação: trabalha mais de um programa/vez.

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✦Fim dos anos 40 a meados dos anos 50.

✦Computadores sem Sistema Operacional.

O que é um microprograma e como ele controla o caminho de dados?


Ele é baseado na ideia geral de buscar microinstruções de baixo nível de um armazenamento de
controle e derivar os sinais de controle apropriados para serem ativos em um único ciclo de
clock, bem como informações de sequenciamento de microprogramas, de cada microinstrução.

O que é uma micro arquitetura de processador?


A microarquitetura é a forma como a ISA é implantada no processador. Chips diferentes podem
ter a mesma ISA e entender o mesmo conjunto de instruções. No entanto, se tiverem
microarquiteturas diferentes, eles executarão as instruções de maneiras diferentes, o que
interferirá no desempenho e na eficiência energética.

Quais instruções podem ser realizadas pela UC?


A unidade de controle (UC) assume toda a tarefa de controle das ações a serem realizadas pelo
computador, comandado todos os demais componentes de sua arquitetura. É a UC que deve
garantir a correta execução dos programas e a utilização dos dados corretos nas operações que as
manipulam.

O que é CISC e RISC?


Arquiteturas do tipo CISC, como a x86, são projetadas para executar mais operações com menos
linhas de código de baixo nível. Ou seja, enquanto o RISC pode exigir várias instruções para
determinada tarefa, o CISC pode fazer o mesmo trabalho com uma única instrução.

Para que serve Microinformatica?


Microinformática é tudo o que trata dos dados que estão por trás das ações dos computadores,
permitindo que possamos executar funções aparentemente simples, mas que, na verdade, são
bem mais complexas no sistema. Para exemplificar, podemos fazer uma comparação com nosso
próprio cérebro.

O que é a arquitetura CISC?


CISC (sigla para Complex Instruction Set Computer, ou, em uma tradução literal, "Computador
com um Conjunto Complexo de Instruções"): é uma linha de arquitetura de processadores capaz
de executar centenas de instruções complexas diferentes sendo, assim, extremamente versátil.

O que é o caminho de dados?


O caminho de dados contém: Um conjunto de registradores de 32 bits, (PC, SP, MDR ....), que
só podem ser acessados pelo microprograma. Um barramento B, onde os registradores podem
colocar suas informações. Uma UAL, cujas entradas estão ligadas aos barramentos A e B.

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Qual é a função do registrador mar?
Qual a função do registrador conhecido como MAR? a. Manter os componentes da unidade
central de processamento sincronizados.

Quanto custa o i9?


O valor para comprar processador intel core i9 pode variar de acordo com as características de
cada produto. Mas, de maneira geral, o preço de processador intel core i9 fica entre R$ 1.999,99
(25.000 MT) e R$ 4.957,00 (64.000 Mt).

Qual é a função da memória cache?


A memória cache do processador é uma memória de acesso rápido localizada próximo ou dentro
do núcleo do chip. A função do cache é servir como armazenamento temporário de dados.

Qual é a função da memória RAM?


Resumidamente, a função da memória RAM é guardar temporariamente toda a informação que o
computador precisa, seja para aquele momento ou para um futuro próximo. Isso é um fator que a
diferencia de um HD, por exemplo.

Para que haja funcionamento dos microprocessadores são necessárias três unidades
básicas?
A lógica interna do microprocessador é extremamente complexa, estando distribuída por três
unidades básicas: a unidade de controle e temporização, a unidade de armazenamento interno e a
ULA.

Qual a composição de um processador de dados hoje?


Um processador é um chip feito de material semicondutor — normalmente, o silício — que
responde pela execução de tarefas cabíveis a um computador. Esse tipo de chip também é
chamado de CPU, sigla para Central Processing Unit (Unidade Central de Processamento).

Qual o componente de hardware que é responsável pelo processamento de dados e pelo


controle de todos os dispositivos da máquina?
Microprocessador - Responsável pelo pensamento do computador. O microprocessador
escolhido, entre as dezenas de microprocessadores disponíveis no mercado, determina a
capacidade de processamento do computador e também os sistemas operacionais que ele
compreende (e, portanto, os programas que ele é capaz de executar).

Qual a função da multiprogramação?


Enquanto os sistemas operacionais mono programados/mono tarefa permitiam apenas a execução
de um único programa, uma única tarefa, os sistemas multiprogramados/multitarefas permitem
que vários programas sejam executados compartilhando os recursos do computador tais como
discos, impressora, memória e processador.

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Quais são os tipos de gerenciamento de memória?
Os Sistemas de Gerenciamento de Memória podem ser divididos em duas classes: aqueles que
levam e trazem processos entre a memória principal e o disco durante a execução (fazendo troca
de processos e paginação) e aqueles que mantém os processos fixos em memória primária.

Para que foi criado o microprocessador?

O primeiro microprocessador comercial foi projetado pela Intel em 1971 para atender uma
empresa japonesa que precisava de um circuito integrado especial para as suas atividades.

O que é uma CPU?

Uma unidade central de processamento (CPU) é um componente de hardware que é a unidade


computacional principal em um servidor. Servidores e outros dispositivos inteligentes convertem
dados em sinais digitais e executam operações matemáticas neles. A CPU é o principal
componente que processa os sinais e torna a computação possível. Ela atua como o cérebro de
qualquer dispositivo de computação. Ela busca instruções na memória, executa as tarefas
necessárias e envia a saída de volta para a memória. Além disso, lida com todas as tarefas de
computação necessárias para executar o sistema operacional e as aplicações.

Como a tecnologia de CPU avançou ao longo do tempo?

Os primeiros computadores usavam tubos de vácuo para processamento. Máquinas como a


ENIAC e a UNIVAC eram grandes e volumosas, consumiam muita energia e geravam calor
significativo. A invenção dos transistores no final da década de 1940 revolucionou a tecnologia
de CPU. Os transistores substituíram os tubos de vácuo, tornando os computadores menores,
mais confiáveis e mais eficientes em termos de energia. Em meados da década de 1960, foram
desenvolvidos circuitos integrados (ICs), que combinavam vários transistores e outros
componentes em um único chip de computador. As CPUs se tornaram ainda menores e mais
rápidas, levando ao surgimento de microprocessadores.

MICROPROCESSADORES

Os microprocessadores combinaram toda a CPU em um único chip IC, o que tornou os


computadores mais acessíveis e levou ao desenvolvimento de computadores pessoais.
Inicialmente, as CPUs podiam lidar com 16 a 32 bits de dados por vez. No início dos anos 2000,
surgiram CPUs de 64 bits, o que permitiu um maior endereçamento de memória e suportou um
processamento de dados mais extenso.

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Com o aumento da densidade do transistor, tornou-se um desafio aumentar ainda mais o
desempenho da CPU de núcleo único. Em vez disso, os fabricantes de CPU começaram a usar
arquiteturas de processadores com vários núcleos para integrar vários núcleos em um único chip.

Processadores modernos

Com o surgimento dos dispositivos móveis, a eficiência energética se tornou crucial. Os


fabricantes de CPU agora desenvolvem CPUs de baixo consumo de energia e com baixo
consumo de energia para dispositivos portáteis modernos, como smartphones e tablets.

À medida que a inteligência artificial (IA) e as tarefas com uso intenso de gráficos se tornaram
mais predominantes, CPUs especializadas, como unidades de processamento gráfico (GPUs) e
aceleradores de IA, agora são usadas para lidar com as workloads.

A pesquisa e o desenvolvimento contínuos em nanotecnologia e ciência dos materiais abriram o


caminho para transistores microscópicos e CPUs mais potentes. A computação quântica e outras
tecnologias emergentes têm o potencial de desenvolver ainda mais a tecnologia de processadores
de computador.

Quais são os componentes de uma CPU?

Uma CPU corresponde a um circuito eletrônico complexo que compreende vários componentes
principais que processam dados e executam instruções. Os principais componentes de uma CPU
são mostrados a seguir.

Unidade de controle

A unidade de controle gerencia o processamento de instruções e coordena o fluxo de dados


dentro da CPU e entre outros componentes do computador. Ela tem um componente
decodificador de instruções que interpreta as instruções obtidas da memória e as converte em
micro-operações que a CPU pode executar. A unidade de controle direciona outros componentes
da CPU para executar as operações necessárias.

Registradores

Os registradores são pequenos locais de armazenamento de memória de alta velocidade dentro da


CPU. Eles mantêm os dados nos quais a CPU está trabalhando no momento e facilitam o acesso
rápido aos dados. As CPUs têm vários tipos de registradores, como estes:

 Registradores de uso geral que armazenam dados operacionais.


 Registradores de instrução que armazenam a instrução que está sendo processada no momento.
 Um contador de programa que contém o endereço de memória da próxima instrução a ser
buscada.

Os registradores fornecem tempos de acesso mais rápidos do que outros níveis de memória,
como a RAM ou a memória do cache.

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ULA

A unidade lógica aritmética (ULA) realiza operações aritméticas básicas (adição, subtração,
multiplicação e divisão) e operações lógicas (AND, OR e NOT) nos dados. Ela recebe dados de
registradores dentro da CPU, processa-os com base nas instruções da unidade de controle e
produz o resultado.

Unidade de gerenciamento de memória

Dependendo da arquitetura da CPU, pode haver uma unidade de interface de barramento


separada ou uma unidade de gerenciamento de memória. Esses componentes lidam com tarefas
relacionadas à memória, como o gerenciamento da interação entre a CPU e a RAM. A unidade
também lida com a memória do cache, uma unidade de memória pequena e rápida que está
localizada dentro da CPU, e a memória virtual que a CPU requer para o processamento de dados.

Relógio

A CPU depende de um sinal de relógio para sincronizar suas operações internas. O relógio gera
um pulso constante em uma frequência específica e esses ciclos de relógio coordenam as
operações da CPU. A velocidade do relógio é medida em hertz (Hz) e determina quantas
instruções a CPU pode executar por segundo. As CPUs modernas têm velocidades de relógio
variáveis, que se ajustam com base na workload para equilibrar a performance e o consumo de
energia.

Como funciona uma CPU?

Os processadores de computador funcionam com outros componentes de hardware e programas


de software para processar dados e gerenciar o fluxo de informações em dispositivos eletrônicos.
Eles normalmente funcionam em ciclos, com cada ciclo de instrução representando três etapas
principais.

Ciclo do processador principal

As etapas básicas de um ciclo de instrução são apresentadas a seguir.

Busca de instruções

A CPU obtém instruções da memória. As instruções são códigos binários que representam
tarefas ou operações específicas para a CPU. A unidade de controle interpreta a instrução e
determina a operação a ser executada. Ele também identifica os componentes específicos da CPU
necessários para a tarefa.

Processamento de instruções

A CPU executa a operação especificada nos dados buscados. Executa cálculos matemáticos,
comparações lógicas, manipulação de dados ou transferência de dados entre registros ou locais
de memória.

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Armazenamento de resultados

Depois de executar as instruções, a CPU pode precisar armazenar os resultados na memória ou


atualizar registros específicos com os novos dados. O contador de programas (PC) é atualizado
para apontar para o endereço da próxima instrução a ser buscada. A CPU repete o ciclo e busca,
decodifica e executa instruções sequencialmente.

Funções adicionais do processador

A CPU também pode lidar com instruções de fluxo de controle, como saltos e ramificações, além
de interrupções, sinais gerados por dispositivos externos ou eventos que exigem atenção
imediata. Quando ocorre uma interrupção, a CPU suspende temporariamente a tarefa atual, salva
seu estado e passa para uma rotina de serviço de interrupção. Depois de processar a interrupção,
a CPU retoma a tarefa anterior.

As CPUs modernas geralmente usam técnicas como paralelismo e pipeline de instruções para
melhorar o desempenho. Várias instruções podem estar em diferentes estágios do ciclo
simultaneamente, o que permite um uso mais eficiente dos recursos da CPU.

Quais são alguns dos atributos avançados da CPU?

A melhor CPU se destaca em desempenho, eficiência e flexibilidade, permitindo que ela realize
com eficácia uma ampla variedade de tarefas de computação. A seguir, apresentaremos alguns
atributos avançados.

Núcleos

Embora um processador de núcleo único fosse padrão no passado, todas as CPUs têm vários
núcleos físicos atualmente. Um núcleo é uma unidade de processamento individual dentro de

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uma CPU. Mais núcleos permitem que a CPU lide com vários threads (sequências de instruções)
em paralelo, melhorando significativamente o desempenho geral. Os aplicativos podem tirar
proveito do design de vários núcleos dividindo as tarefas em subtarefas menores que podem ser
concluídas simultaneamente.

Hyperthreading

Hiperthreading é uma implementação de multithreading simultâneo desenvolvida pela Intel que


permite que cada núcleo da CPU execute múltiplas threads simultaneamente. Permite que cada
núcleo físico apareça como dois núcleos virtuais no sistema operacional. O software usa os
recursos de hardware disponíveis com mais eficiência.

Conjuntos de instruções avançadas

As CPUs modernas também apresentam conjuntos de instruções e tecnologias avançadas


projetadas para acelerar tarefas específicas. Esses conjuntos de instruções vão além das
operações aritméticas e lógicas fundamentais, fornecendo recursos adicionais para lidar com
cálculos complexos com mais eficiência.

Por exemplo, as CPUs podem incluir conjuntos de instruções especificamente para essas tarefas:

 Tarefas multimídia, como decodificação de vídeo, codificação de áudio e processamento de


imagens.
 Algoritmos de criptografia e descriptografia, como o Padrão de Criptografia Avançada
(Advanced Encryption Standard, AES) e o Algoritmo de Hash Seguro (Secure Hash Algorithm,
SHA).
 Tarefas de instrução única, vários dados (SIMD) que exigem que a CPU execute
simultaneamente a mesma operação em grandes conjuntos de dados. São tarefas como
renderização gráfica, simulações científicas e processamento digital de sinais.
 Virtualização, permitindo que máquinas virtuais (VMs) funcionem com mais eficiência.
 Workloads de IA, como operações de rede neural.

Microprocessador

O microprocessador, geralmente chamado apenas de processador, é um circuito integrado que


realiza as funções de cálculo e tomada de decisão de um computador. Todos os pomcutadores e
equipamentos eletrônicos baseiam-se nele para executar suas funções, podemos dizer que o
processador é o cérebro do computador por realizar todas estas funções.
Um microprocessador incorpora as funções de uma unidade central de computação (CPU) em
um único circuito integrado, ou no máximo alguns circuitos integrados. É um dispositivo
multifuncional programável que aceita dados digitais como entrada, processa de acordo com as

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instruções armazenadas em sua memória, e fornece resultados como saída. Microprocessadores
operam com números e símbolos representados no sistema binário.

Arquitetura interna de um microprocessador dedicado para processamento de imagens de


ressonância magnética, a fotografia foi aumentada 600 vezes, sob luz ultravioleta para se
enxergar os detalhesVista inferior de um Athlon XP 1800+ núcleo Palomino, um
microprocessador.

O microprocessador é um circuito integrado formado por uma camada chamada de mesa


epitaxial de silício, trabalhada de modo a formar um cristal de extrema pureza, laminada até uma
espessura mínima com grande precisão, depois cuidadosamente mascarada por um processo
fotográfico e dopada pela exposição a altas temperaturas em fornos que contêm misturas gasosas
de impurezas. Este processo é repetido tantas vezes quanto necessário à formação da
microarquitetura do componente.
Responsável pela execução das instruções num sistema, o microprocessador, escolhido entre os
disponíveis no mercado, determina, em certa medida a capacidade de processamento
do computador e também o conjunto primário de instruções que ele compreende. O sistema
operativo é construído sobre este conjunto.
O próprio microprocessador subdivide-se em várias unidades, trabalhando em altas freqüências.
A ULA (Unidade Lógica e Aritmética), unidade responsável pelos cálculos aritméticos e lógicos
e os registradores são parte integrante do microprocessador na família x86, por exemplo.
Embora seja a essência do computador, o microprocessador diferente do microcontrolador, está
longe de ser um computador completo. Para que possa interagir com o utilizador precisa
de: memória, dispositivos de entrada/saída, um clock, controladores e conversores de sinais,
entre outros. Cada um desses circuitos de apoio interage de modo peculiar com os programas e,
dessa forma, ajuda a moldar o funcionamento do computador.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


HISTÓRIA

Intel 8008, um dos primeiros microprocessadores comerciais.

O primeiro microprocessador comercial foi projetado pela Intel em 1971 para atender uma
empresa japonesa que precisava de um circuito integrado especial para as suas atividades. A Intel
projectou o 4004, que era um circuito integrado programável que trabalhava com registradores
de 4 bits, 46 instruções, clock de 740 kHz e possuía cerca de 2 300 transistores. Percebendo a
utilidade desse invento a Intel prosseguiu com o desenvolvimento de novos
microprocessadores: 8008 (o primeiro de 8 bits) e a seguir o 8080 e o microprocessador 8085. O
8080 foi um grande sucesso e tornou-se a base para os primeiros microcomputadores pessoais na
década de 1970 graças ao sistema operacional CP/M. Da Intel saíram alguns funcionários que
fundaram a Zilog, que viria a lançar o microprocessador Z80, com instruções compatíveis com o
8080 (embora muito mais poderoso que este) e também de grande sucesso. A Motorola possuía
o 68000 e a MOS Technology o 6502. A Motorola ganhou destaque quando implantou o
MC68000P12, de 12 MHz com arquitetura de 32 bits (embora seu barramento de dados fosse de
24 bits e o de endereços de 16 bits), no Neo-Geo, um poderoso Arcade da SNK que
posteriormente ganharia a versão AES (console casero) e CD (versão CD), todos eles com o
mesmo hardware inicial.
Todos os microprocessadores de 8 bits foram usados em muitos computadores pessoais
(Sinclair, Apple Inc., TRS, Commodore, etc).
Em 1981 a IBM decidiu lançar-se no mercado de computadores pessoais e no seu IBM-
PC utilizou um dos primeiros microprocessadores de 16 bits, o 8088 (derivado do seu irmão
8086 lançado em 1978) que viria a ser o avô dos computadores atuais. A Apple nos seus
computadores Macintosh utilizava os processadores da Motorola, a família 68000 (de 32 bits).
Outros fabricantes também tinham os seus microprocessadores de 16 bits, a Zilog tinha o Z8000,
a Texas Instruments o TMS9900, a National Semiconductor tinha o 16032, mas nenhum
fabricante teve tanto sucesso como a Intel, que sucessivamente foi lançando melhoramentos na
sua linha 80X86, tendo surgido assim (por ordem cronológica) o 8086,
8088, 80186, 80188, 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium Pro, Pentium MMX, Pentium
II, Pentium III, Pentium IV, Pentium M, Pentium D, Pentium Dual Core, Core 2 Duo, Core 2
Quad, Core i3, Core i5, Core i7 e Core i9. Para o IBM-AT foi utilizado o 80286, depois um
grande salto com o 80386 que podia trabalhar com memória virtual e multitarefa, o 80486
com coprocessador matemático embutido e finalmente a linha Pentium, com pipeline de
processamento.
Como grande concorrente da Intel, a AMD aparece inicialmente como fabricante de
microprocessadores da linha x86 alternativa mas a partir de um certo momento deixou de correr

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atrás da Intel e partiu para o desenvolvimento de sua própria linha de microprocessadores:
K6, Athlon, Duron, Turion, Sempron, Phenom.
Paralelamente à disputa entre Intel e AMD, a IBM possuía a linha PowerPC utilizada
principalmente pelos microcomputadores da Apple.
A evolução tecnológica envolvida é surpreendentemente grande, de microprocessadores que
trabalhavam com clock de dezenas de KHz e que podiam processar alguns milhares de instruções
por segundo, atingiu-se clocks na casa dos 7 GHz e poder de processamento de dezenas de
bilhões de instruções por segundo. A complexidade também cresceu: de alguns milhares de
transístores para centenas de milhões de transístores numa mesma pastilha.
O CPU tem como função principal unificar todo o sistema, controlar as funções realizadas por
cada unidade funcional, e é também responsável pela execução de todos os programas do
sistema, que deverão estar armazenados na memória principal.

COMPONENTES

O processador é composto por alguns componentes, cada um tendo uma função específica no
processamento dos programas.

Unidade lógica e aritmética


A Unidade lógica e aritmética (ULA) é a responsável por executar efetivamente as instruções dos
programas, como instruções lógicas, matemáticas, desvio, etc.

Unidade de controle
A Unidade de controle (UC) é responsável pela tarefa de controle das ações a serem realizadas
pelo computador, comandando todos os outros componentes.

Registradores
Os registradores são pequenas memórias velozes que armazenam comandos ou valores que são
utilizados no controle e processamento de cada instrução.
Os registradores mais importantes são:

 Apontador de Instruções (PC) – Guarda o endereço da próxima instrução a ser executada;


 Registrador de Instrução (RI) – Armazena a instrução que está sendo executada;
 Apontador de Pilha (SP) – Guarda o endereço da pilha de execução do programa.

Unidade de Gerenciamento de Memória


A MMU (em inglês: Memory Management Unit) é um dispositivo de hardware que transforma
endereços virtuais em endereços físicos e dá suporte para o sistema operacional administrar a

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alocação da memória principal do computador entre os diversos programas em execução no
computador.

Unidade de ponto flutuante


Nos processadores atuais são implementadas unidades de cálculo de números reais. Tais
unidades são mais complexas que ULAs e trabalham com operandos reais, também chamados de
ponto flutuante, com tamanhos típicos variando entre 32, 64 e 128 bits.

FREQUÊNCIA DE OPERAÇÃO

O relógio do sistema (Clock) é um circuito oscilador a cristal (efeito piezoelétrico) que tem a
função de sincronizar e ditar a medida de tempo de transferência de dados no computador. Esta
freqüência é medida em ciclos por segundo, ou Hertz.
A capacidade de processamento do processador não está relacionada exclusivamente à
frequência do relógio, mas também a outros fatores como: largura dos barramentos, quantidade
de memória cache, arquitetura do processador, tecnologia de co-processamento, tecnologia de
previsão de saltos (branch prediction), tecnologia de pipeline, conjunto de instruções, etc.
O aumento da frequência de operação nominal do processador é denominado overclocking.

ARQUITETURA

Existem duas principais arquiteturas usadas em processadores:

 A arquitetura de Von Neumann. Esta arquitetura caracteriza-se por apresentar um


barramento externo compartilhado entre memória de dados e memória de programa. Embora
apresente baixo custo, esta arquitetura apresenta desempenho limitado pelo gargalo do
barramento;
 A arquitetura de Harvard. Nesta arquitetura existem dois barramentos externos
independentes (e normalmente também memórias independentes) para dados e instruções.
Isto reduz de forma sensível o gargalo de barramento, que é uma das principais barreiras de
desempenho, em detrimento do encarecimento do sistema como um todo.

MODELOS DE COMPUTAÇÃO

Existem dois modelos de computação usados em processadores:

 CISC (em inglês: Complex Instruction Set Computing, Computador com um Conjunto
Complexo de Instruções), usada em processadores Intel e AMD; possui um grande conjunto
de instruções (tipicamente centenas) que são armazenadas em uma pequena memória não-

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volátil interna ao processador. Cada posição desta memória contém as microinstruções, ou
seja, os passos a serem realizados para a execução de cada instrução. Quanto mais complexa
a instrução, mais microinstruções ela possuirá e mais tempo levará para ser executada. Ao
conjunto de todas as microinstruções contidas no processador denominamos microcódigo.
Esta técnica de computação baseada em microcódigo é denominada microprogramação;
 RISC (em inglês: Reduced Instruction Set Computing, Computador com um Conjunto
Reduzido de Instruções) usada em processadores PowerPC (da Apple, Motorola e IBM),
SPARC (SUN), MIPS, ARM e RISC-V; possui um conjunto pequeno de instruções
(tipicamente algumas dezenas) implementadas diretamente em hardware. Nesta técnica não é
necessário realizar a leitura em uma memória e, por isso, a execução das instruções é muito
rápida (normalmente um ciclo de clock por instrução). Por outro lado, as instruções são
muito simples e para a realização de certas tarefas são necessárias mais instruções que no
modelo CISC.
Com o passar do tempo, as características de um modelo passaram também a serem incorporadas
ao outro, tanto aumentando o número de instruções das arquiteturas RISC, em especial com as
extensões vetoriais como NEON do ARM, quanto simplificando o processo de execução das
arquiteturas CISC, onde mais de um tipo de decodificador de instrução permite a decodificação e
execução rápida das instruções simples, deixando o microcódigo apenas para as instruções mais
complexas.

Exemplos de microprocessadores

Uma microcontroladora, um exemplo de microprocessador.

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Uma GPU.

 Microprocessadores — São utilizados nos computadores pessoais, onde são chamadas


de Unidade Central de Processamento (CPU), workstations e mainframes. Podem ser
programados para executar as mais variadas tarefas.
 Processadores Digitais de Sinal (DSP do inglês Digital Signal Processor) — são
microprocessadores especializados em processamento digital de sinal usados para processar
sinais de áudio, vídeo, etc., quer em tempo real quer em off-line. Estão presentes, por
exemplo, em aparelhos de CD, DVD e televisores digitais. Em geral, realizam sempre uma
mesma tarefas simples.
 Microcontroladores — Processadores relativamente flexíveis, de relativo baixo custo, que
podem ser utilizados em projetos de pequeno tamanho. Podem trazer facilidades
como conversores A/D embutidos, ou um conjunto de instruções próprias para comunicação
digital através de algum protocolo específico.
 GPU — (ou Unidade de Processamento Gráfico), é um microprocessador especializado em
processar gráficos. São utilizadas em placas de vídeo para fazer computação gráfica.

Propósito geral e dedicado

Durante o processo de desenvolvimento do design de um processador, uma das características


que se leva em conta é o uso que ele se destina. Processadores gráficos e controladoras por
exemplo não tem o mesmo fim que um processador central.
Processadores de propósito geral podem executar qualquer tipo de software, embora sua
execução seja mais lenta que o mesmo sendo executado em um processador especializado.
Processadores dedicados são fabricados para executarem tarefas específicas, como criptografia,
processamento vetorial e gráfico, sendo nesse caso bem mais rápidos do que processadores de
propósito geral em tarefas equivalentes.
No caso do processamento gráfico, existem as GPUs, que são microprocessadores geralmente
com memória dedicada e especialmente desenvolvidos para cálculos gráficos.
Nem sempre os processadores seguem definidamente esses dois modelos, sendo o motivo disso
que muitos processadores modernos incorporam processadores especializados (co-processador),
para cálculos de criptografia, processamento de vetores, etc..

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Processadores multinucleares

Até há poucos anos usaram-se microprocessadores para atividades domésticas ou de negócios


com simples núcleo. Atualmente são utilizados microprocessadores de múltiplos núcleos para
melhorar a capacidade de processamento. Espera-se que no futuro os sistemas operacionais
domésticos sejam compilados para trabalhar com processadores de múltiplos núcleos
corretamente, realizando assim inúmeras tarefas ao mesmo tempo (como já acontece com os
supercomputadores).

Sistemas multiprocessador

Em muitos sistemas o uso de um só processador é insuficiente. A solução nesses casos é usar


dois ou mais processadores em multi processamento, aumentando assim a quantidade de
processadores disponíveis ao sistema operacional.
Sistemas multiprocessados podem ser de basicamente dois tipos:

 Multiprocessamento simétrico (SMP): os processadores compartilham a mesma memória,


embora possam ter caches separadas. O sistema operacional deve estar preparado para
trabalhar com coerência de caches e, principalmente, evitar condições de corrida na memória
principal.
 Acesso não uniforme à memória (NUMA): a cada processador é associado um banco de
memória. Nesse caso, o sistema operacional trata cada banco separadamente, pois cada
banco tem um custo de acesso diferente, dependendo de qual o processador a que está
associado e onde está sendo executado o processo que tenta acessar a memória.

Capacidade de processamento

A capacidade de processamento de um microprocessador é de certa forma difícil de medir, uma


vez que esse desempenho pode se referir a quantidade máxima teórica de instruções que podem
ser executadas por segundo, que tipos de instruções são essas, em Flops (instruções de ponto
flutuante por segundo), podendo essa ser de precisão simples, dupla, quádrupla, dependendo do
contexto, e em MIPS (milhões de instruções por segundo), sendo essas operações com números
inteiros.
Somente a capacidade máxima teórica de um microprocessador não define seu desempenho,
somente dá uma noção da sua capacidade, uma vez que sua arquitetura, barramento com a
memória, entre outros, também influenciam no seu desempenho final. Sendo assim, sua
capacidade de processamento é medida comparando-se a velocidade de execução de aplicativos
reais, podendo-se assim, testar seu desempenho em atividades comuns.

Gerações de computadores
A arquitetura de um computador depende do seu projeto lógico, enquanto que a sua
implementação depende da tecnologia disponível.

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As três primeiras gerações de computadores refletiam a evolução dos componentes básicos do
computador (hardware) e um aprimoramento dos programas (software) existentes.

Os computadores de primeira geração (1945-1959) usavam válvulas eletrônicas, quilômetros de


fios, eram lentos, enormes e esquentavam muito.

A segunda geração (1959-1964) substituiu as válvulas eletrônicas por transistores e os fios de


ligação por circuitos impressos. Isso tornou os computadores mais rápidos, menores e de custo
mais baixo.

A terceira geração de computadores (1964-1970) foi construída com circuitos integrados,


proporcionando maior compactação, redução dos custos e velocidade de processamento da
ordem de microsegundos. Tem início a utilização de avançados sistemas operacionais.

A quarta geração, de 1970 até hoje, é caracterizada por um aperfeiçoamento da tecnologia já


existente, proporcionando uma otimização da máquina para os problemas do usuário, maior grau
de miniaturização, confiabilidade e velocidade maior, já da ordem de nanosegundos (bilionésima
parte do segundo).

Modelo de von Neumann


O modelo lógico de computador proposto por von Neumann pode ser descrito pela seguinte
figura.

Unidade de controle
A unidade de controle controla o funcionamento da unidade lógica e aritmética e da memória.
Além disso, ela distribui e organiza tarefas, transfere informações da entrada para a memória e
da memória para a saída.

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Memória
A memória é o dispositivo de armazenamento de informação do computador. Nela são
armazenados tanto as instruções de um programa quanto os dados necessários para a sua
execução.

A memória é dividida em espaços com endereços.

Unidades de entrada e saída


A unidade de entrada traduz informação (por exemplo, letras, números, imagens, marcas
magnéticas) de uma variedade de dispositivos de entrada em impulsos elétricos que a CPU
entenda.

A unidade de saída traduz os dados processados, enviados pela CPU em forma de impulsos
elétricos, em palavras ou números, que são impressos por impressoras ou mostrados em
monitores de vídeo.

Diferenças entre microcontrolador e microprocessador

Este artigo apresenta as características e diferenças entre microcontroladores e


microprocessadores, dois termos muito utilizados em sistemas embarcados.

Os sistemas embarcados estão presentes em nosso cotidiano, seja em uma impressora, um


eletrodoméstico ou até mesmo em um veículo. Em um sistema embarcado há pelo menos um
sistema contendo microprocessador ou microcontrolador, que executa funções específicas que
foram programadas para um propósito.

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Essas funções podem ser comando de motores, leitura de sensores e muito mais. Cada projeto
possui seu hardware e, consequentemente, uma funcionalidade. Imagine um carro moderno:
quantos sistemas diferentes conversando entre si existem para que tudo funcione de forma correta:
freios, injeção eletrônica, ré, entretenimento e tantos outros?

Todos esses módulos contidos em um veículo possuem seu próprio sistema eletrônico, e todos
“conversam” entre si utilizando uma rede CAN.

Quem desenvolve um sistema embarcado precisa conhecer o que são microcontroladores e


microprocessadores, para a melhor escolha conforme o projeto. A seguir, serão apresentados os
microprocessadores.

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Microprocessadores
Consiste em um circuito integrado (CI ou chip) que realiza cálculos computacionais. Este CI
contém várias portas lógicas e executa comandos com linguagem de comando específica.

Estes cálculos são operações lógicas ou aritmética entre bits, ou seja, microprocessador entende
somente zeros e uns. Para entender o funcionamento de um microprocessador, é feita uma analogia
entre ele e um cozinheiro.

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Para o cozinheiro fazer uma receita, é necessário que ele possua ingredientes, utensílios, livro de
receitas e uma folha de rascunho para caso ele queira dobrar a receita e fazer cálculos temporários.
O cozinheiro precisa “conversar” entre todos estes elementos e seguir a receita na ordem para que
tudo ocorra de forma correta.

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No caso do microprocessador, ocorre da mesma forma. Correlacionando, o cozinheiro é o
microprocessador, os ingredientes e utensílios são os periféricos, o livro de receitas é a memória
permanente (onde estão os programas) e a folha de rascunho é a memória temporária (onde ficam
os dados temporários). O microprocessador é quem comanda estes elementos e faz com que os
programas sejam executados de forma correta.

A seguir temos a arquitetura de um microprocessador.

A CPU é quem orquestra todos os elementos, ou seja, é o cérebro do sistema – realiza os cálculos e
comanda a comunicação entre elementos. Já o barramento é a via de comunicação entre os
elementos, exceto entre memória de programa e interface de entrada e saída, elementos que se
comunicam de forma direta. O oscilador dita a velocidade e sincronismo do microprocessador.

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A memória de dados é temporária, onde ficam os dados e torna possível o trabalho da CPU. A
memória do programa contém o programa que será processado e é permanente. Por fim, a interface
de entrada e saída faz integração com o mundo exterior – os periféricos são conectados através
desta interface.

O microprocessador é um chip que necessita de outros periféricos para seu funcionamento. Precisa
ser integrado a memórias, interfaces de comunicação e outros itens. Portanto, deve ser
desenvolvido uma ou mais placas de circuito impresso (PCB ou PCI) que contenham estes
elementos conversando entre si através de circuitos eletrônicos.

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/_eZBSGtaneQ/maxresdefault.jpg

Para o desenvolvimento de sistemas embarcados, existem plataformas que são computadores


completos que contém microprocessador. Uma plataforma de desenvolvimento bastante conhecida
entre os makers é a Raspberry Pi.

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Fonte: https://www.hackster.io/news/meet-the-new-raspberry-pi-4-model-b-9b4698c284

A Raspberry Pi apresentada na imagem é a 4 modelo B. Consiste em um computador de placa


única que foi criado com propósito de aprendizado de programação em Python (por isso o Pi
em seu nome). Possui entradas USB para conectar teclado, mouse e outros periféricos, duas
entradas micro HDMI, alimentação 5V por porta USB tipo C, porta Ethernet, WiFi e Bluetooth
integrados, além de conectores para câmera e display.

O microprocessador da Raspberry Pi 4 é o Broadcom BCM2711B0 1.5 GHz 64 bits quad-core


Cortex A72. A memória RAM pode ser de 2, 4 ou 8 GB. Suporta sistemas operacionais no cartão
micro SD, geralmente baseados em Linux. A versão mais utilizada é a Raspberry Pi OS ou
Raspian, fornecida gratuitamente no site da Raspberry Pi Foundation.

Diferente de um computador pessoal comum, possui a funcionalidade de fazer projetos com


hardware, tendo um conjunto de pinos de entrada/saída onde são conectados LEDs, sensores e
muitos outros itens. As possibilidades de projetos são imensas e há uma comunidade mundial que
compartilha seus projetos em sites, fóruns, blogs e vídeos.

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Nem todos os projetos precisam de uma plataforma com grande processamento como uma
Raspberry Pi. Alguns projetos podem ser supridos com uso de microcontroladores, tema do tópico
a seguir.

Microcontroladores
Consiste em um circuito integrado (CI ou chip) que contém um microprocessador embutido
juntamente com periféricos dentro de um único encapsulamento. Estes periféricos são memórias
EEPROM, Flash, SRAM, temporizadores, comparadores, conversores e muito mais.

Fonte: https://www.elprocus.com/

Como um único chip de um microcontrolador contém todos estes periféricos dentro dele, faz com
que seu processamento seja menor e mais limitado do que um microprocessador que trabalha com
os itens separados.

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Diferente de um microprocessador que roda jogos, gráficos e outras tarefas com grande
processamento, o microcontrolador é utilizado para tarefas mais simples, como controle de
luminosidade, temperatura, temporização, leitura de sensores, etc. Diversos sistemas embarcados
fazem uso de microcontroladores, como, por exemplo, uma máquina de arroz.

Fonte: https://electronics.stackexchange.com/questions/306607/unknown-component-in-rice-
cooker-designated-os

Na imagem, temos uma placa controladora de uma máquina de arroz. O microcontrolador realiza o
controle de temperatura, display, tempo de cozimento dentre outras tarefas. Neste caso, não é
necessário um alto processamento, pois as tarefas são simples.

Os microcontroladores são mais baratos que os microprocessadores. São programáveis através de


diversas linguagens (C, Python, Assembly, etc) e possibilita vários projetos conforme suas
configurações. Há diversos fabricantes que produzem microcontroladores de várias famílias, com
quantidade de pinos de entrada/saída, memórias e arquiteturas distintas. A fim de facilitar o uso de
microcontroladores, foram desenvolvidas plataformas para prototipagem, dentre elas, a mais
conhecida é a plataforma Arduino.

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A Raspberry Pi Foundation lançou uma plataforma microcontrolada, chamada Raspberry Pi
Pico, em detalhes na figura a seguir.

Fonte:https://www.raspberrypi.org/documentation/pico/getting-
started/static/15243f1ffd3b8ee646a1708bf4c0e866/Pico-R3-Pinout.svg

Esta placa possui um microcontrolador desenvolvido pela própria Raspberry Pi Foundation,


chamado RP2040. Trata-se de um Arm Cortex M0+, com 26 pinos de entrada/saída, comunicação
SPI, I2C e UART, três conversores analógico/digital, 16 canais PWM, 264 kB de memória SRAM
e 2 MB de memória Flash.

A programação é feita usando linguagem C e microPython. No site oficial da Raspberry Pi, é


possível encontrar toda a documentação, assim como em nosso blog em que explicamos tudo
além de como começar a programação da Pico.

Para escolher uma plataforma para seu projeto, é necessário se atentar a algumas dicas:

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 Microcontrolador é uma coisa, microprocessador é outra. São arquiteturas diferentes
para propósitos diferentes. Um microcontrolador contém um microprocessador, mas não
o contrário;
 Se seu projeto necessita de maior poder de processamento, tem gráficos e outros
recursos, utilize uma plataforma com microprocessador;
 Se seu projeto executa tarefas simples, sem necessidade de grande processamento, utilize
uma plataforma com microcontrolador;
 Os preços de uma plataforma microcontrolada são mais baixos. Enquanto a Raspberry Pi
Pico custa US$ 4, uma Raspberry Pi 4 Modelo B custa a partir de US$ 35.

O que são os nanômetros em processadores? Entenda a litografia na fabricação de chips

Entenda o que é a litografia do processador, medida em nanômetros (nm). Saiba como ela
influencia o desempenho, a geração de calor e o consumo de energia dos chips.

Intel Pentium D, um processador dual-core com arquitetura CISC x86 (Imagem: Everton
Favretto/Tecnoblog)

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Litografia é o nome dado ao processo de fabricação de chips de silício. Quanto menor é a
litografia, medida em nanômetros (nm), maior é a quantidade de transistores que podem ser
colocados em um mesmo espaço físico.

O processo de fabricação de uma CPU, GPU ou outro tipo de processador tem forte relação com
seu desempenho. Entenda, a seguir, qual é o papel dos nanômetros nos processadores e a
influência da Lei de Moore.

O que significa nanômetro (nm)?

Nanômetro é uma unidade de medida do sistema métrico que corresponde a 1 bilionésimo de 1


metro, ou seja, 1 metro dividido por 1 bilhão. Seu símbolo no Sistema Internacional de Unidades
é nm.

Trata-se de uma medida com escala microscópica, bastante usada pela indústria de
semicondutores. Segundo a National Nanotechnology Initiative, um fio de cabelo pode ter entre
entre 80 mil e 100 mil nanômetros. Já uma fita de DNA humano pode ter apenas 2,5 nm.

Isso significa que, quando falamos de uma litografia de 14, 10 ou 7 nm, nos referimos a uma
medida na escala dos átomos.

O que são os nanômetros nos processadores?

Os fabricantes usam a medida em nanômetros para indicar a distância entre os transistores que
compõem o chip. Quanto menor a distância entre os transistores, mais unidades podem ocupar o
mesmo espaço. Se há mais transistores, o desempenho do chip tende a aumentar.

Nos chips, um transistor consiste em um minúsculo componente semicondutor que permite ou


não a passagem de corrente, além de amplificar sinais elétricos. Os processadores
modernos contam com bilhões deles.

Além de permitir que mais transistores ocupem a mesma área de um chip, a redução do espaço
entre eles pode resultar em menor consumo de energia. Isso porque os elétrons terão que
percorrer distâncias menores durante o processamento (quando a CPU está trabalhando).

Por fim, essa abordagem facilita a implementação de transistores de baixa potência, que
demandam menos energia para alternar de estado (ligado ou desligado).

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Transistores em chip conceitual de 2 nm da IBM (imagem: divulgação/IBM)

Quanto menos nanômetros, melhor?

Normalmente, sim. Se a distância entre os transistores é menor, mais unidades podem ser
colocadas no mesmo espaço. Isso favorece a construção de chips com mais núcleos. O aumento
de desempenho pode se dar também pelo fato de a proximidade de transistores tornar a
“comunicação” entre eles mais fácil.

Outro efeito possível com a diminuição dos nanômetros é a fabricação de processadores


menores, que são úteis em celulares e outros eletrônicos com limitação de espaço físico.

Além disso, a redução do consumo de energia contribui diretamente para o processador gerar
menos calor, ou seja, com menor TDP (Thermal Design Power). Com isso, o chip pode
funcionar com um sistema de refrigeração mais simples e que também requer menos energia.

O tamanho dos transistores é diferente de uma fabricante para outra?

Sim, pois a tecnologia de fabricação de uma empresa não é necessariamente equivalente ao da


outra. O processo de 10 nm da Intel, por exemplo, oferece uma densidade de transistores
comparável à litografia de 7 nanômetros da TSMC.

Por que os nanômetros demoram para diminuir?

A redução no número de nanômetros exige mudanças nas fábricas, que são muito caras de se
manter. Além disso, um novo processo de fabricação pode demorar até amadurecer. Por isso,
uma mesma litografia costuma ser usada em chips por vários anos.

Os processadores são fabricados a partir de uma espécie de “pastilha” de silício, que é um


material semicondutor. Os transistores são montados sobre essa pastilha, mas atualmente eles são

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tão pequenos que esse processo exige o uso de tecnologias especiais, como a EUV (Extreme
Ultraviolet Lithography).

Além disso, os transistores podem ficar tão próximos entre si que, não havendo uma otimização
da tecnologia, um pode interferir no funcionamento do outro.

O que é a litografia EUV (Extreme Ultraviolet Lithography)?

EUV (Extreme Ultraviolet Lithography) é uma tecnologia de litografia que usa laser e
elementos como o gás xenônio para gerar um luz com um comprimento de onda muito curto. É a
mais usada atualmente e permite a produção de processadores de 10, 7, 5 ou menos nanômetros.

No EUV, um laser funde pequenas quantidades de materiais como o estanho para que o vapor
resultante gere a luz ultravioleta necessária para o processo. Quanto menor o padrão de
nanômetros do processo, mais difícil é executar esse procedimento.

A holandesa ASML é uma das poucas empresas que produz maquinário para fabricação em
EUV. Um dos sistemas mais avançados da companhia é o Twinscan EXE:5000, cujo preço pode
passar de US$ 400 milhões.

Máquina da ASML com tecnologia de EUV (imagem: divulgação/ASML)

Quem fabrica os processadores?

Intel e Samsung são duas marcas de processadores que fabricam seus próprios chips. No entanto,
a maioria das empresas conhecidas é do tipo fabless, ou seja, elas desenvolvem o projeto do chip
e terceirizam a fabricação para outras companhias, as foundries.

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AMD, Qualcomm, Nvidia, MediaTek e Apple são empresas do tipo fabless. Em geral, a
fabricação de seus chips é realizada por foundries como TSMC (Taiwan Semiconductor
Manufacturing Company), Samsung Semiconductor, UMC e GlobalFoundries.

Por que processadores com muitos nanômetros ainda são fabricados?

Uma litografia mais moderna não “mata” tecnologias anteriores, pois chips com tecnologias mais
antigas ainda encontram bastante espaço no mercado.

A demanda do mercado pela tecnologia mais recente envolve computadores de alto desempenho
ou modelos de última geração. No entanto, chips antigos são mais baratos e podem atender a PCs
que não precisam de muito desempenho, como thin clients (PCs compactos usados normalmente
por empresas).

Além disso, processadores com litografias antigas, de 28, 40, 65 nm ou mais, dão conta de
muitas atividades. Eles são usados para equipar painéis de carros, máquinas industriais, sistemas
de aviões, TVs, impressoras, equipamentos médicos, entre outros.

Como esses chips têm um processo de fabricação menos complexo em relação aos padrões mais
recentes, eles tendem a custar menos e dão conta das atividades para os quais são direcionados.

Entre as empresas que desenvolvem chips dedicados a tarefas específicas estão Texas
Instruments, Broadcom e HiSilicon.

Fábrica de chips da GlobalFoundries (imagem: divulgação/GlobalFoundries)

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Qual a relação dos nanômetros com a Lei de Moore?

A Lei de Moore faz referência a um artigo publicado na Electronics Magazine em 1965 por
Gordon E. Moore, cofundador da Intel. No texto, ele afirmava que o número de transistores
colocados nos chips dobraria anualmente. Depois, a previsão foi revisada e passou a estabelecer
que a quantidade dobraria a cada dois anos.

A teoria é bastante difundida na indústria de semicondutores e é válida até os dias atuais. A


primeira versão do processador Pentium 4, lançado pela Intel em 2000, tinha litografia de 180
nm e 42 milhões de transistores. Já o Intel Core i9-13900K, de 2022, tem 10 nm e 14 bilhões de
transistores.

Ou seja, enquanto a progressiva redução de nanômetros levar a um aumento considerável na


densidade de transistores, a Lei de Moore terá validade.

No entanto, a Lei de Moore pode estar perto do fim. Como cada processo de miniaturização de
um chip é mais complexo que o anterior, a tendência é a de que, em algum momento, não seja
mais possível ou viável diminuir a distância entre os transistores.

MINIATURIZAÇÃO: O QUE SÃO OS NANÔMETROS (NM) DOS PROCESSADORES

Introdução
Ao comprar um notebook, um celular ou escolher um processador (CPU) para o seu PC, você
pode se deparar com termos como "10 nanômetros" e "5 nm". Eles expressam o nível
de litografia do chip, no sentido de indicar a distância entre os transistores que o compõem.

Essa medida é informada porque determina o patamar de sofisticação da CPU. Em linhas gerais,
quanto menor o número de nanômetros do chip, melhor. Você vai entender os motivos nos
próximos parágrafos.

Antes, é recomendável conhecer conceitos como núcleos, frequência e cache, se você não estiver
familiaridade com eles.

O que são nanômetros?


Um nanômetro (nm) é uma medida que corresponde a um milímetro dividido por um milhão ou
a um bilionésimo de metro. Isso significa que os nanômetros expressam dimensões em escala
atômica (ou seja, no nível dos átomos).

Nos processadores, os nanômetros são usados para indicar o tamanho dos transistores e,
sobretudo, a distância entre eles. Faz sentido. Esses componentes têm tamanho microscópico.
Lúcio Bonifácio, MSc ©2024
Assim, se um chip é descrito como tendo 10 nm, isso significa que a distância entre os seus
transistores tem essa medida.

Parte inferior de uma CPU

O que são transistores?


Nos processadores, transistores são componentes semicondutores que permitem ou não a
passagem de corrente elétrica, ou amplificam sinais elétricos.

Chips antigos ou de estrutura simples têm apenas algumas centenas de transistores. É o caso do
Intel 4004. Lançado em 1971, esse chip contava com 2.300 transistores.

Já CPUs modernas podem ter bilhões de transistores. Tome como exemplo o Intel Core i9-
13900K, processador de alto desempenho que conta com mais de 14 bilhões de transistores.

Cada transistor funciona como uma chave de liga e desliga. Basicamente, a combinação de
estados das chaves a cada momento representa uma operação em execução pelo processador. É
por isso que, quanto maior o número de transistores, mais desempenho o chip tende a ter.

Mas como colocar tantos transistores em um dispositivo tão pequeno? Alguns chips, como os
que equipam celulares, cabem na ponta do dedo. O segredo está na miniaturização.

A miniaturização nas CPUs


A capacidade de processamento das CPUs aumentou exponencialmente no decorrer das últimas
décadas. Porém, essa evolução não resultou em aumento proporcional do tamanho do chip. Se
um processador com bilhões de transistores fosse feito com uma tecnologia de fabricação da
década de 1970, ele ocuparia uma sala inteira.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Os processadores ficam progressivamente mais potentes, mas permanecem pequenos por causa
da nanotecnologia. É ela que permite que os transistores tenham miniaturização na escala dos
nanômetros. Além disso, a nanotecnologia permite que a distância entre os transistores seja cada
vez menor.

A lógica é a de que, quanto menores os transistores e as distâncias entre eles, mais unidades
cabem no chip, sem que ele tenha que aumentar de tamanho. O efeito pode até ser contrário: uma
nova CPU contar com capacidade de processamento similar à de um chip de geração anterior,
mas ser fisicamente menor.

É daí que vem expressões como "10 nm" ou “7 nm”. Elas informam que o chip foi produzido
com um processo de fabricação (ou nó de processo) que mantém uma largura de pelos 10
nanômetros nas vias entre os transistores por onde a corrente elétrica flui. Em outras palavras, os
nanômetros indicam a distância mínima entre os transistores.

Snapdragon 8 Gen 2, um chip com nó de processo de 4 nm — imagem: Qualcomm

Teoricamente, se um processador tem litografia de 10 nanômetros, por exemplo, ele pode ser
formado por mais transistores que um chip de 14 nanômetros com as mesmas dimensões físicas.
Essa dinâmica se repete com escalas menores, como 7 nm e 5 nm.

Mas a quantidade maior de transistores não é a única vantagem da miniaturização.

Vantagens da miniaturização (redução de nanômetros)


A miniaturização do processo de fabricação dos chips é progressiva. Tomemos como exemplo as
arquiteturas de CPUs Intel lançadas entre 2012 e 2022 que introduziram uma nova litografia:

 22 nm: Ivy Bridge, 2012


 14 nm: Broadwell, 2014

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


 10 nm: Palm Cove, 2018
Diminuir os nanômetros dos processadores é um trabalho complexo, que requer muitos esforços
de pesquisa e desenvolvimento. Contudo, quando alcançada, a miniaturização traz vantagens
importantes, como estas:

- Mais desempenho: quanto menor a distância entre os transistores, mais unidades cabem em
determinado espaço, o que leva ao aumento da capacidade de processamento. Além disso, o
espaço menor entre os transistores permite que os sinais elétricos circulem entre eles mais
rapidamente;

- Menor consumo de energia: o espaço reduzido entre os transistores faz os elétrons


percorrerem distâncias menores, o que diminui o consumo energético. Além disso, transistores
menores podem alternar entre os estados ligado e desligado demandando menos energia;

- Menor geração de calor: o consumo reduzido de energia faz o chip gerar menos calor. Isso
permite o uso de mecanismos de resfriamento mais simples ou, em determinados casos, até a
dispensa deles;

- Chips fisicamente menores: a indústria também consegue desenvolver chips menores em


relação a gerações anteriores, mas que mantêm patamares satisfatórios de desempenho. Isso é
importante para dispositivos compactos, como celulares e smartwatches.

Embora a indústria continue progredindo na miniaturização, um processo de fabricação novo não


"aposenta" tecnologias antigas. Frequentemente, as anteriores são mais baratas de se fabricar e
podem atender a diversos setores industriais, como o automotivo e o de sistemas embarcados.

Transistores (os pontos elevados na imagem) com espaçamento de 22, 14 e 10 nm — imagem


original: Intel

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Cada fabricante tem uma miniaturização diferente
Processadores são dispositivos tão complexos que poucas empresas têm tecnologia e recursos
para fabricá-los. É por isso que companhias como AMD, Apple, Qualcomm e MediaTek
desenvolvem as próprias CPUs, mas terceirizam a produção delas.

Entre as companhias que fabricam chips para terceiros, TSMC, Samsung


Foundry, UMC e Globalfoundries são as mais conhecidas. Com sede em Taiwan, a TSMC é a
líder desse mercado.

E a Intel? A companhia segue um modelo de negócio que, hoje, é incomum: ela não só
desenvolve como fabrica os próprios processadores.

Por causa disso, um processo de fabricação de uma empresa nem sempre é equivalente ao de
outra com o mesmo número de nanômetros. Um exemplo disso está na tecnologia de 5 nm da
TSMC que, tecnicamente, é tida como equivalente ao nó de 7 nm da Intel.

Por que existe essa diferença? Para produzir CPUs com um nível de miniaturização muito
avançado, as duas companhias recorrem à tecnologia Extreme Ultraviolet Lithography (EUV).
Nela, o chip é montado com o auxílio de um feixe de laser com comprimento de onda muito
curto combinado com gás xenônio e outros elementos.

Tanto a Intel quanto a TSMC usam a tecnologia EUV, mas em escalas diferentes. Essa é uma das
razões para os processos de ambas as companhias não serem equivalentes.

É por isso que o número de nanômetros não deve ser o único indicador do nível de sofisticação
de um chip. Outros atributos, como quantidade de transistores e demais tecnologias usadas na
fabricação, também devem ser considerados para essa avaliação.

O limite da miniaturização (e a Lei de Moore)


Em maio de 2021, a IBM anunciou um feito notável: a criação do que ela afirma ser a primeira
tecnologia de 2 nanômetros para chips. Mas note que, à medida que a indústria de
semicondutores avança na miniaturização, ela se aproxima do momento em que isso não será
mais possível.

Especialistas do setor entendem que, quando esse dia chegar, será o fim do que é conhecido
como Lei de Moore.

A Lei de Moore consiste em uma teoria estabelecida em 1965 por Gordon Earle Moore,
cofundador da Intel, que previa que a quantidade de transistores dos circuitos integrados dobraria
aproximadamente a cada dois anos.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Chip Core de 13 geração com tecnologia de 10 nanômetros — imagem: Intel

De fato, o número de transistores dos chips aumentou exponencialmente no decorrer das últimas
décadas, como já ficou claro neste texto. Mas, quando não houver mais espaço a ser diminuído
entre os transistores, a Lei de Moore deixará de fazer sentido.

Como o setor se adequará a esse cenário? Ninguém sabe ao certo. Há pesquisas focadas em
novos modelos computacionais, a exemplo da computação quântica. Mas é cedo para afirmar
que a solução vem daí: computadores quânticos estão sendo desenvolvidos para resolver
eficazmente problemas muito complexos, e não necessariamente substituir a Lei de Moore.

Por ora, o que vemos ainda são esforços de miniaturização. Além da IBM, outro exemplo notável
vem da própria Intel. A companhia já fala em substituir as medidas em nanômetros por
angstroms em chips a serem produzidos a partir de 2024.

Ainda não está claro qual será o nível de miniaturização desses chips, mas espere por algo
bastante reduzido, afinal, um angstrom corresponde a 0,1 nanômetro.

Lúcio Bonifácio, MSc ©2024


Referências

MANUEL MARTINS, J., Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e Microcontroladores

https://tecnoblog.net/responde/o-que-e-um-processador-e-quais-sao-os-tipos-usados-em-celular-
computador/

https://www.maxpezzin.com.br/aulas/1_ESW_Arquitetura_de_Computadores/Microprocessador
es.htm

https://www.portalinsights.com.br/perguntas-frequentes/o-que-e-micro-programacao

https://aws.amazon.com/pt/what-is/cpu/

http://professores.dcc.ufla.br/~monserrat/icc/Capitulo2.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Microprocessador

https://www.ime.usp.br/~macmulti/historico/histcomp1_2.html

https://www.makerhero.com/blog/diferencas-entre-microcontrolador-e-microprocessador/

https://tecnoblog.net/responde/o-que-significam-os-nanometros-em-processadores-litografia/

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Lúcio Bonifácio, MSc ©2024

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