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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE LETRA DA RESPOSTA

FACULDADE DE CIÊNCIAS A B C D E
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA 1
Lógica e Teoria de Conjuntos. Informática 2
Pós-Laboral. Exame Normal. Var. 1. 3
Guião da Correcção 4
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NÚMERO DO PROBLEMA
Duração 100 minutos 20.04.2021
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Para cada um dos problemas 1-20 (aos problemas dife- 7
rentes correspondem as linhas distintas da tabela) es- 8
colha entre as cinco respostas A,B,C,D,E exactamente 9
uma resposta certa. Preenche a tabela ao lado com as 10
respostas de problemas 1-20: marque as respostas cor- 11
rectas com símbolo ×. Sempre N = {1, 2, . . .}. 12
13
As variantes diferentes contêm os mesmos problemas 14
1-20, com alteração de ordem: os problemas das va- 15
riantes 2-20 são obtidos pela translação dos proble- 16
mas da variante 1, tal que o problema M da variante 17
M é igual ao problema 1 da variante 1. Exemplo: 18
os problemas 1, 2, . . . , 20 da variante 5 são os proble- 19
mas 17, 18, 19, 20, 1, 2, 3, . . . , 15, 16 da presente correcção 20
(que é da variante 1).

1. Se ele vai Faltar aulas, então não vai passar nem Álgebra nem Lógica. Na forma simbólica:
A F → (¬A ∧ ¬L) B (¬A ∧ ¬L) → F C F ↔ ¬(A ∧ L) D ¬(A ∧ L) → F E F → ¬(A ∧ L)
Resolução: A , pelas denições de conectivos. E é incorrecto porque se transformar usando
lei de Morgan para F → (¬A ∨ ¬L) temos "não vai passar Álgebra ou Lógica".
2. Escolha a proposição que é equivalente à proposição p → (p ∨ q).
A ¬p ∨ q B q C Tautologia D Contradição E ¬p
Resolução: C , pelas leis de condicional 1, associativa e comutativa, de complemento e de
identidade. p → (p ∨ q) ≡ ¬p ∨ (p ∨ q) ≡ q ∨ (p ∨ ¬p) ≡ q ∨ T ≡ T .
3. A proposição P → (2 > 1) é Falsa. O valor de verdade da proposição P é:
A V ou F B nenhum C VeF D só V E só F
Resolução: B . De facto, se P é verdadeira, então P → (2 > 1)P é verdadeira, se P é falsa,
então P → (2 > 1) também é verdadeira.
4. Escolha a lei de álgebra de lógica incorrecta.
A ¬(¬p ∧ ¬q) ⇔ p ∨ q B (p → q) ∧ p ⇒ q C p → q ⇔ (p ∧ ¬q) → C
D p∧C ⇔p E q ⇒p∨q
Resolução: D . De facto, pela lei de identidade p ∧ C ⇔ C 6⇔ p.
5. A forma normal disjuntiva para a fórmula ¬(a → b) é:
A ¬a ∧ b B a ∨ ¬b C (a ∨ b) ∧ (a ∨ ¬b) ∧ (¬a ∨ ¬b) D ¬a ∨ b E a ∧ ¬b

1
Resolução: E segue da tabela de verdade:
a b a → b ¬(a → b) para FND
F F V F
F V V F
V F F V a ∧ ¬b
V V V F

O método alternativo: ¬(a → b) ⇔ ¬¬(a ∧ ¬b) ⇔ a ∧ ¬b.


6. O conjunto universal é N = {1, 2, . . .}. Escolha a proposição falsa.
A ∃n∀k(n ≤ k) B ∀k∃n(n ≤ k) C ∃n∃k(n ≤ k) D ∀n∃k(n ≤ k) E ∃k∀n(n ≤ k)
Resolução: E . De facto, se k ∈ N então para n1 = k e n2 = k + 1 temos n1 ≤ k e n2 > k .
Mas A é verdadeira, porque para n = 1 temos ∀k(1 ≤ k).
7. O universo é R. Proposição P : existe a tal que a equação f (x) = a não tem soluções. A
Proposição P na forma simbólica é:
A ∀a∃x(f (x) 6= a) B ∀x(f (x) 6= a) C ∃a∀x(f (x) 6= a) D ∃a(f (x) 6= a) E ∀x∃a(f (x) 6= a)
Resolução: C . De facto, existe a tal que (para todo x temos f (x) 6= a), sendo que a expressão
em parêntesis signica que a equação f (x) = a não tem soluções.
8. Teorema 1: Se a proposição p é verdadeira, então a proposição p ∨ q é verdadeira.
Teorema 2: Para que a proposição p ∨ q seja verdadeira é suciente que a proposição p seja
verdadeira. Então:
A O teorema 2 é apenas uma reformulação do teorema 1.
B O teorema 2 é o teorema recíproco em relação ao teorema 1.
C O teorema 2 é o teorema contrário em relação ao teorema 1.
D O teorema 2 é o teorema contra-recíproco em relação ao teorema 1.
E Nenhuma das respostas A-D.
Resolução: A . Reescrevendo o teorema 1 em termos Para que ... é suciente que ... obtemos
ao teorema 2. Ou reescrevendo o teorema 2 em termos Se ..., então... obtemos ao teorema 1.
9. Demonstração de validade do argumento: A expressão ? ? ? na linha 4 é:
1. A ∨ B → D ∧ E (Hipótese) A D∨E
2. A ` E (Hipótese ` Conclusão) B B∧E
3. A ∨ B (2; adição) C ¬(¬A ∧ ¬B)
4. ? ? ? (algumas palavras) D A∨E
5. E (4; simplicação) E D∧E
Resolução: E , a linha é 4. D ∧ E (1,3; Modus Ponens), pelo entendimento das leis de
álgebra de lógica e da demonstração de validade de argumento.
10. Teorema: n2 < 3n−2 (n = 5, 6, . . .). Na demonstração do teorema pelo método de indução ma-
temática, primeiro, verica-se a desigualdade para n = 5. Depois, é suciente (∀k ∈ {5, 6, . . .})
em suposição que k 2 < 3k−2 é verdadeira mostrar a veracidade da proposição:
A k 3 < 3k−1 B 3k+1 > (k + 1)2 C (k + 1)2 < 3k−1 D 3k > k 2 E (k + 2)2 < 3k
Resolução: C . Em suposição P (k) = {k 2 < 3k−2 } deve ser provado P (k +1) = {(k +1)2 < 3k−1 }.
11. Escolha o objecto matemático que não é elemento do conjunto o P(R).
A [0, 1] B {0, 1} C ∅ D {{0}, {1}} E ] − ∞, 0[
Resolução: D . P(R) é a família de todos os subconjuntos de R, então um elemento de P(R) é,
exactamente um subconjunto do conjunto R. Dos objectos apresentados tem-se único que não
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é subconjunto de R, isto é {{0}, {1}}. Realmente, {{0}, {1}} é um conjunto de subconjuntos
de R, isto é um elemento de P(P(R)).
12. O conjunto ] − ∞, 5] r [3, ∞[ é mesmo que:
A ] − ∞, 3[ B ]5, ∞[ C [3, 5] D R r [3, 5] E ]3, 5[
Resolução: A . Pela denição da operação diferença temos ]−∞, 5]r[3, ∞[=]−∞, 3[ (recomenda-
se construir os conjuntos na recta numérica).
13. Sejam A = {1, 2} e B = {3, 4}. Escolha o elemento do conjunto A × B .
A {2, 4} B {(2, 4)} C (2, 4) D ({2, 4}) E {{2, 4}}
Resolução: C Pela denição do produto cartesiano, A × B = {(1, 3), (2, 3), (1, 4), (2, 4)}, tal
que (2, 4) é um elemento de A × B .
14. Escolha a igualdade que não é identidade de conjuntos.
A X ∩ Y = X r (X r Y ) B (X ∪ Y ) r X = Y r X C (X ∪ Y ) r (X r Y ) = X ∩ Y
D (X r Y ) ∪ Y = X ∪ Y E X r (X ∩ Y ) = X r Y
Resolução: C . Este facto estabelece-se por meio dos diagramas de Venn. Notemos que a
identidade com a parte esquerda mesma que em C será (X ∪Y )r(X rY ) = Y . As identidades
em D e E também seguem dos leis 14 e 12, respectivamente.
15. O domínio da relação P = {(x, y) ∈ R × R : x + y = 1} é o conjunto:
A R B [−1, 1] C {−1, 1} D [−1, 1]2 E R \ [−1, 1]
Resolução: A . O axo de P no plano cartesiano é a recta y = 1 − x. Então, gracamente
encontra-se Dom(P ) = Proj Ox (P ) = R.
16. Seja T = {a, b, c}. Escolha a relação R ⊂ T × T tal que R e R−1 não são funções de T em T .
A {(a, a), (b, b), (c, c)} B {(b, a), (b, b), (b, c)} C {(a, a), (a, c), (c, c)}
D {(a, b), (b, b), (c, b)} E {(a, b), (b, c), (c, a)}
Resolução: C . A relação R é uma função de T em T se e somente se (∀x ∈ T )(∃!y ∈
T ) (x, y) ∈ R. A relação R−1 é uma função de T em T se e somente se e (∀x ∈ T )(∃!y ∈
T ) (x, y) ∈ R−1 . Em A , D e E : R é uma função de T em T . Em B : R−1 =
{(a, b), (b, b), (c, b)} é uma função de T em T . Em C ambas relações R e R−1 = {(a, a), (c, a), (c, c)}
não são funções de T em T .
17. Escolha a função f : R → R que é bijectiva.
A f (x) = x2 B f (x) = 2x C f (x) = sen x D f (x) = 1 E f (x) = x3
Resolução: E . De facto, para f (x) = x3 temos x1 6= x2 ⇒ 2x1 6= 2x2 , então f é injectiva, e
também Im(f ) = R, então f é sobrejectiva, portanto f é bijectiva. As funções em A , C e D
não são injectivas e não são sobrejectivas, a função em B não é injectiva mas é sobrejectiva.
18. Escolha a condição equivalente a injectividade de uma função f : X → Y .
A (∀x1 , x2 ∈ X) : (f (x1 ) 6= f (x2 ) → x1 6= x2 )).
B (∀y ∈ Y ) (∃x ∈ X) : y = f (x).
C (∀x1 , x2 ∈ X) : (x1 6= x2 → f (x1 ) 6= f (x2 )).
D (∀x ∈ X) (∃y ∈ Y ) : y = f (x).
E (∀x ∈ X) (∃ ! y ∈ Y ) : y = f (x).
Resolução: C . As proposições A , D e E são válidas para qualquer funções de X em Y , a
proposição em B é equivalente a sobrejectividade de f .

3
x 1 2 3 4
19. Seja A = {1, 2, 3, 4} e a função f : A → A dene-se por . f −1 ({1, 2}) é:
f (x) 4 3 3 2
A ∅ B {1} C {2} D {3} E {4}
Resolução: E , visto que f −1 ({1, 2}) = {x ∈ A : f (x) = 1 ∨ f (x) = 2} = {4}.
20. Escolha o conjunto não contável.
A {−1, 0, 1} B I C Z D Q E N
Resolução: B . Usa-se matéria do Capítulo 12. Os conjuntos em A é nito, logo contável.
Os conjuntos em C , D e E são enumeráveis, logo contável.

Prof. Doutor Yury Nepomnyashchikh

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