Resumo:: Rafaela Beatriz Soares Dos Reis Marcelo Rodrigo de Matos Pedreiro
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doi.org/10.51891/rease.v9i9.11596
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.09. set. 2023.
ISSN - 2675 – 3375
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1 INTRODUÇÃO
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Por isso, o empregador deve assegurar que todos os trabalhadores estejam protegidos
por EPIs durante todo o período de exposição por razões higiênicas e ergonômicas, os
equipamentos devem estar disponíveis para todos os funcionários, o tempo todo
(FERREIRA et al., 2020).
2.OBJETIVO
3. REVISÃO DE LITERATURA
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• Devido aos diferentes tipos de obra, podem surgir diversos pequenos empreiteiros,
aqueles sendo subcontratados para realizar diversos tipos de trabalho próximos uns dos
outros;
• Várias operações ocorrem simultaneamente no canteiro de obras, aumentando
assim a quantidade de perigos específicos durante as atividades. Portanto, o potencial de
exposição aos riscos se estende a todos os trabalhadores que irão passar no período da
construção;
• Naqueles canteiros de obra de pequeno porte a mesma equipe executa tarefas que
são normalmente atribuídas a outras equipes, de forma que os trabalhadores podem não estar
familiarizado com os riscos que envolvem as atividades a serem realizadas, as quais
normalmente não são de sua atribuição;
• Outro detalhe, de suma importância, reside no fato de que as superfícies de
trabalho, os equipamentos, máquinas e andaimes são frequentemente movimentados, sendo
desmontados, montados ou modificados conforme a necessidade, aumentando assim novos
riscos na obra;
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Uma vez que a utilização de EPI é muitas vezes o último recurso para combater os
perigos para a saúde e os riscos para a segurança no local de trabalho, é ainda mais importante
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que proteja de forma fiável os seus colaboradores das fontes de perigo existentes. Portanto,
o uso de equipamentos de proteção individual é acompanhado de algumas obrigações para
os empregadores (SILVA, 2015).
Começando com a seleção dos equipamentos de proteção, estes por sua vez, devem
cumprir os requisitos do Regulamento EPI, oferecendo proteção contra o perigo e
adequando-os para utilização no respetivo local de trabalho. Os resultados da avaliação dos
riscos são cruciais na seleção do equipamento de proteção adequado. Nesse processo, o
especialista em Segurança do Trabalho e o Médico do Trabalho fornece um apoio valioso,
no entanto, a responsabilidade é sempre do empregador (NASCIMENTO et al., 2009).
Este último deve fornecer gratuitamente aos funcionários os EPIs e garantir que
estejam em perfeitas condições em todos os momentos, tomando medidas de manutenção e
reparação. Para que os empregados saibam manusear os, equipamentos devem informar seus
funcionários em tempo hábil sobre o manuseio, uso e armazenamento correto. Ao regular
inspeções no local, os empregadores também devem garantir que os empregados realmente
usem os equipamentos de proteção que lhes são fornecidos (PANTALEÃO, 2023).
No entanto, os funcionários também têm obrigação de usar os EPIs, por exemplo, 4774
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• Capuz de proteção (figura 3): é utilizado por trabalhadores que utilizam o trabalho
com solda ou atividades similares, é essencial o uso do capuz, para que haja proteção do
pescoço e crânio contra riscos térmicos (TEKNOLUVAS, 2018).
• Óculos de segurança (figura 4): Deve ser usado quando exposto a faíscas ou
partículas que possam cair nos olhos, respingos de líquidos corrosivos, ácidos, fumos ou 4776
vapores, metal fundido, poeira e agentes radioativos de equipamentos de soldagem a laser
ou a arco (DELTAPLUS BRASIL, 2019). No caso das lesões oculares, um número
expressivo de trabalhadores não utiliza óculos de proteção, o que implica em
comprometimento da visão dos trabalhadores (SILVA e ASSIS JÚNIOR, 2020).
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• Protetores auditivos (figura 6): Os canteiros de obras são, por natureza, espaços
com altos níveis de ruído. Segundo a OMS, a exposição regular do ouvido a níveis elevados 4777
de ruído (acima de 85 decibéis) pode causar déficit auditivo ou perda auditiva progressiva,
por isso, o uso desses protetores é obrigatório para pessoas que trabalham nesse contexto
(SANTOS, 2018).
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• Luvas (figura 8): Devem ser utilizados quando houver risco de corte, arranhão,
queimadura, perfuração ou exposição a agentes químicos. Ao escolher a luva certa, deve-se
ter certeza de que elas protegem adequadamente o risco ao qual o trabalhador está exposto.
Podem ser confeccionados em poliéster, couro, nylon ou nitrilo (entre outros), e geralmente 4778
são reforçados com outros componentes para melhor proteção (SANTOS, 2018).
• Estudos relatam que as lesões mais comuns entre trabalhadores da construção civil
afetam os dedos, os olhos, lesões oculares e quadris. Dessas lesões, as dos dedos e das mãos
têm a ver com o uso de luvas, que protegem os trabalhadores durante o manuseio e
transferência de objetos e materiais de construção (SILVA e ASSIS JÚNIOR, 2020).
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• Botas de segurança (figura 9): Eles são um tipo especial de calçado que protege o
pé contra a queda de ferramentas ou outros elementos pesados. Estes devem ser com ponta
de aço ou composto, dielétricos, com solado antiderrapante e resistentes a furos, além de
terem boa aderência para evitar escorregamentos (SANTOS, 2018).
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Avental de raspa (figura 12): No que diz respeito à proteção do tronco e dos braços, a
utilização de soldas e outros materiais que possam atingir a camada da pele, causando danos,
é sugerido o uso de aventais, confeccionados em raspa. Este tipo de elemento deve ser sempre
inspecionado antes da utilização, a fim de demonstrar que se encontram em ótimas
condições para a sua correta utilização e segurança. (DELTAPLUS BRASIL, 2019). 4780
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completos com eles e em bom estado, garante proteção essencial à própria vida (FIOCRUZ,
2023).
correspondência com a prevenção de riscos ocupacionais por parte dos trabalhadores, isso
vem sendo mudado de forma gradual (RODRIGUES, 2017).
Os setores da indústria, mineração e construção civil são os mais vulneráveis aos
acidentes de trabalho, como registram estatísticas e reportagens de jornais que contabilizam
constantemente os acidentes por deslizamentos e quedas, principalmente no setor da
construção. Nesses casos, o uso de EPI poderia ter amenizado a morbimortalidade associada
ao setor. No entanto, como inúmeros trabalhadores da construção civil não utiliza os
implementos necessários para realizar seus trabalhos com segurança, as consequências são
muitas vezes trágicas (FILGUEIRAS et al., 2015).
Consequentemente, no Brasil e em toda a América Latina, o desuso de EPIs (figura
13), aumenta a vulnerabilidade do setor. Embora essa vulnerabilidade dos trabalhadores da
construção civil se deva a vários fatores, entre os mais importantes têm sido relatados: a alta
variação da demanda, o baixo nível de desenvolvimento tecnológico, o baixo nível de
escolaridade em alguns setores, qualificação deficiente de pessoal, falta de cultura de
segurança, planejamento deficiente de atividades preventivas, atomização do setor,
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É preciso ressaltar, que os riscos da construção civil, são bem maiores do que em
outros setores, como, por exemplo, o setor público, todavia o número não pode ser
justificado, visto que há procedimentos e equipamentos que podem ser adotados, e que
evitariam acidentes e mortes. A informalidade ocupa um lugar central como causa de
acidentes de trabalho que, somados à terciarização, engendram as condições propícias à
ocorrência de acidentes na construção. De fato, estima-se que existam um número
considerável de trabalhadores sindicalizados da construção civil, entretanto, há números
expressivos de trabalhadores na informalidade. Essa informalidade está relacionada à
subcontratação, que por sua vez, se deve à falta de treinamento dos trabalhadores, ao mau
planejamento do trabalho e à ausência de uma cultura de segurança (ANAMT, 2019).
O objetivo da maioria dos estudos é determinar as causas mais frequentes do desuso
de EPI, verifica-se que entre os motivos que causam o desuso, entre eles alega-se:
desconforto e dificuldade na realização das tarefas são as causas mais relatadas. Mas, além
disso, considera-se que esse binômio desconforto-dificuldade fundamenta como causa
comum a falta de hábito, já que só recentemente (CLT) a lei obriga os trabalhadores a
usarem EPIs e os empregadores a facilitarem (RODRIGUES, 2017).
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Em relação ao desuso dos EPIs, cada um deles reflete um motivo e, por sua vez, uma
necessidade; por isso, uma série de recomendações devem ser feitas aos gestores da empresa
para que promovam o uso correto dos EPIs por seus trabalhadores. Entre essas sugestões,
tem-se: a compra de implementos de segurança em quantidade suficiente para garantir a
proteção de todos os trabalhadores, a elaboração de um plano de segurança antes da execução
de cada obra e a fiscalização constante do cumprimento das normas de segurança (PAULA
et al., 2018).
Por outro lado, tendo em vista que a maior parte dos trabalhadores tem entre 30 e 50
anos e possui apenas o ensino médio, é necessário oferecer treinamento constante aos
trabalhadores, já que boa parte dos trabalhadores da CC não sabem como ou por que usar os
EPIs (PAULA et al., 2018).
Nesse sentido, tendo em vista que ambos os fatores podem afetar a saúde e a
segurança ocupacional, recomenda-se treinamento antes, durante e após a execução dos
trabalhos que abrangem o cumprimento das normas de segurança, a prevenção de acidentes
ocupacionais e o uso de EPIs, bem como, o estresse no trabalho e nas relações humanas dos
funcionários (FILGUEIRAS et al., 2015). 4783
Em síntese, tendo em vista que as causas mais frequentes que motivam o desuso de
EPIs pelos trabalhadores da construção civil são a falta de conforto e a dificuldade que gera
na realização do seu trabalho, pode-se concluir que a ergonomia é um fator essencial; embora
as causas estejam subjacentes à falta de hábito e não a deficiências no desenho dos EPIs, vez
que estes são padrão para todos os trabalhadores (FURLANETO et al., 2007).
A vida útil é o período durante o qual a funcionalidade (efeito protetor) dos
equipamentos de proteção individual é mantida. A vida útil é determinada por várias
influências. Estes incluem, entre outras coisas, tempos de armazenamento, condições de
armazenamento, condições climáticas, estado de cuidado ou tipo de uso e suas condições.
Notas sobre a duração do uso estão contidas nas informações do usuário (BAÚ, 2013).
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• NR 17; Ergonomia;
• NR 18. Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção;
• NR 33. Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
• NR 34. Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e
Reparação Naval;
• NR 35. Trabalho em altura.
Fiscalizar o uso do EPI é primordial tanto para a segurança e saúde do trabalhador,
quanto para as empresas e as organizações, visto que uma empresa que respeite as normas é
bem-vista aos olhos de seus contratantes, mas principalmente de seus funcionários que se
sentem seguros para realizar suas atividades
CONCLUSÃO
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