Decreto 34 92

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S e g u n d a - f e i r a ,26d e O u t u b r o d e 1992 I S É R I E - N ú m e r o 43

BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

2.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Nestes termos, ao abrigo da alínea e) do n.° 1 do ar-
tigo 153 da Constituição da República, e do artigo 96 da
Lei n.° 28/91, de 31 de Dezembro, o Conselho de Minis-
A V I S O tros decreta:
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser Artigo único. É aprovado o Regulamento da Lei n.° 2 8 /
remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada /91, de 31 de Dezembro, Lei das Instituições de Crédito,
assunto, donde conste, além das indicações necessárias para
esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: em anexo, que faz parte integrante deste decreto.
Para publicação no «Boletim da República».
Aprovado pelo Conselho de Ministros.
Publique-se.
S U M Á R I O O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça Ma-
chungo.
Conselho de Ministros:
Decreto n.° 34/92:
Aprova o Regulamento da Lei n.° 28/91, de 31 de Dezembro,
Lei das Instituições de Crédito. Regulamento da Lei das Instituições de Crédito
CAPITULO I

Pedido de autorização de constituição


CONSELHO DE MINISTROS de instituições de crédito
ARTIGO 1
Decreto n.° 34/92
de 26 de Outubro 1. Os pedidos de autorização de constituição de insti-
tuições de crédito serão apresentados no Banco de Mo-
A Lei n.° 28/91, de 31 de Dezembro, estabelece os ter- çambique e instruídos com os seguintes documentos:
mos de constituição e condições de funcionamento dos
Bancos Comerciais e de investimentos com sede em Mo- a) Exposição fundamentada das necessidades de or-
çambique, bem como a abertura e condições de funciona- dem económico-financeira justificativas da cons-
mento de sucursais, agências e delegações' de instituições tituição;
congéneres sediadas no estrangeiro. b) Caracterização do tipo de instituição a constituir,
sua implantação geográfica e respectiva estru-
O mesmo diploma permite o estabelecimento de Bancos
tura orgânica, com especificação dos recursos
off-shore, de instituições auxiliares de crédito, caixas eco-
financeiros e dos meios materiais, técnicos e
nómicas, cooperativas de crédito, montepios e mutualida-
humanos a utilizar;
des, remetendo estes, porém, a uma disciplina própria de
funcionamento a ser regulamentada, dentro das compe- c) Projecto de estatutos;
tências definidas na lei. d) Balanço e orçamento de tesouraria previsionais
Com a aprovação da referida lei, tornou-se, desde logo, para cada um dos primeiros três anos de acti-
premente a necessidade da sua regulamentação no que vidade;
respeita à constituição e condições de funcionamento de e) Declaração de compromisso de que no acto da
Bancos Comerciais e de investimento, bem assim à aber- constituição e como condição da mesma se mos-
tura e condições de funcionamento de sucursais, agências trará depositado no Banco de Moçambique o
e delegações de instituições bancárias similares estrangeiras. montante do capital social exigível por lei;
f) Identificação pessoal e profissional dos accionis- tivo de se ter constituído, no Banco de Moçambique, um
tas fundadores, com especificação do número depósito prévio indisponível equivalente a 5 % do capital
de acções por cada um subscritas; social.
g) Certificado de registo criminal dos accionistas fun- 2. O depósito prévio relendo no número anterior poderá
dadores da instituição a estabelecer quando pes- ser substituído por uma garantia bancária de igual valor
soas singulares, e dos administradores, direc- emitida por um banco de primeira classe.
tores ou gerentes designados, quando se tratai 3. Em caso de indeferimento do pedido o Banco de
de pessoas colectivas; Moçambique, consoante o caso, devolverá ao requerente
h) Declaração passada pela autoridade competente de o valor do depósito, ou libertaiá a garantia que tiver sido
que nem os accionistas fundadores nem as so- prestada.
ciedades ou empresas cujo controlo tenham asse- 4. Uma vez autorizado o pedido, o tequerente poderá
gurado ou de que tenham sido administradores, dispor do valor do depósito prévio efectuado para efeitos
directores ou gerentes foram declarados em es-
de realização do capital social mínimo, em conformidade
tado de insolvência ou falência;
com o n.° 2 do artigo 33 da Lei n.° 28/91, de 31 de Dezem-
bro.
e o tipo de actividades prosseguidas, para ca-
sos de bancos ou outras entidades colectivas. 5. O depósito prévio referido no n.° 1 deste artigo rever-
terá a favor do Estado quando se verifiquem as situações
2. Os accionistas fundadores, administradores, directo- previstas no artigo 15 e nas alíneas a) e d) do n.° 1 do
res ou gerentes referidos na alínea g) do número anterior, artigo 16 da Lei n.° 28/91, de 31 de Dezembro, quando
quando de nacionalidade estrangeira mas residentes no detectadas antes da constituicão formal da instituição.
País, deverão apresentar para além do certificado de re- 6. Verificando-se as situações descritas nas alíneas a)
gisto criminal do País de origem, o certificado de registo e d) do n.° 1 do artigo 16 da Lei n.° 28/91, de 31 de
criminal passado pelas autoridades moçambicanas. Dezembro, após a constituição formal da instituição, para
além da revogação da autorização do exercício da activi-
ARTIGO 2 dade será também cominada uma multa de 5 % sobre o
capital social que reverterá a lavor do Estado.
Sendo os accionistas fundadores instituições de crédito
ou outras pessoas colectivas, os pedidos de autorização se-
rão ainda instruídos com os elementos seguintes: ARTIGO 5
a) Certificado passado pela entidade competente, de Os pedidos de autorização de constituição de instituições
que a requerente se acha legalmente constituída de crédito serão instruídos em triplicado.
e autorizada a exercer a sua actividade;
b) Estatutos ou pacto social da requerente, último
ARTIGO 6
balanço aprovado, auditado e publicado, ex-
tracto da respectiva conta de lucros e perdas e
Todos os documentos destinados a instruir o pedido
documento comprovativo das reservas e pro- de autorização devem, quando redigidos em língua estran-
visões constituídas; geira, ser acompanhados da respectiva tradução em língua
c) Relação, acompanhada de notas biográficas, das oficial do País e legalizados.
pessoas que constituem os órgãos de administra-
ção e direcção da instituição a estabelecer;
ARTIGO 7
d) Distribuição do capital social da requerente e re-
lação dos accionistas titulares de mais de 5 %
do mesmo capital; Os requerentes designarão de entre si, um que a todos
e) Relação das instituições de crédito e outras empre- represente perante às autoridades encarregadas de apreciar
sas em cujo capital a requerente participa; os pedidos de autorização e terão domicílio em Moçam-
f) Relação das representações da requerente fora do bique, para o efeito de receberem notificações ou corres-
seu país de origem; pondência.
g) Documento de autorização da assembleia geral da CAPÍTULO II
requerente ou de representantes legais com po-
deres bastantes, para participação daquela na Tramitação do processo de autorização
instituição a constituir, ARTIGO 8
h) Certificado, emitido pela autoridade competente do
país da origem, do qual conste que a reque- Recebido o pedido de autorização para a constituição
rente foi autorizada a participar na instituição de instituição de crédito, o Banco de Moçambique,
a constituir ou de que não é necessário tal auto- nos termos do n.° 1 do artigo 11 da Lei n ° 28/91, de 31 de
rização. Dezembro, deverá elaborar o seu parecer e remetê-lo ao
Artigo 3 Ministério das Finanças no priazo máximo dc sessenta dias,
em conformidade com o preceituado no artigo 14 da refe-
O certificado referido na alínea g) do n.° 1 do artigo 1 rida lei.
e nas alíneas a) e h) do artigo anterior, não deverão ter
Artigo 9
sido passados há mais de noventa dias.
ARTIGO 1 Se o pedido de autorização tiver sido acompanhado de
todos os elementos considerados necessários nos termos
1. Para além dos documentos referidos nos artigos 1 dos artigos 1, 2 e 4 deste diploma, a decisão do Conselho
e 2 do presente Regulamento, os pedidos de autorização de Ministros deve ser proferida no prazo máximo de ses-
de constituição de instituições de crédito deverão ainda ser senta dias a contar da entrada do pedido no Ministério das
acompanhados de um documento complementar justifica- Finanças.
A R T I G O 12 g) O lugar e a data de abertura de dependências;
h) As alterações que se verificarem nos elementos re-
Autorizado o pedido e antes do início da actividade, o
feridos nas alíneas anteriores.
Banco de Moçambique, através do Departamento compe-
tente, verificará a adequação das instalações à actividade ARTIGO 16
que a instituição se propôs desenvolver.
Tratando-se de instituições de crédito estrangeiras, o
CAPITULO III registo abrangerá:
a) A denominação da instituição;
Pedidos de autorização de abertura b) A data em que foi autorizada a estabelecer se em
de dependências
Moçambique;
ARTIGO 11 c) O lugar da sede;
d) O capital realizado;
Os pedidos de autorização para a abertura de depen- e) O capital com que opera em Moçambique;
dências de instituições de crédito serão apresentados no f ) O nome dos administradores, directores e/ ou
Banco de Moçambique, acompanhados de memória justi- gerentes em Moçambique;
ficativa, da qual constem os indicadores relativos ao local g) O lugar do estabelecimento principal em Moçam-
onde se pretende instalar a dependência, nomeadamente: bique e das suas dependências;
a) Tipo de operações a realizar; h) As alterações que se verificarem nos elementos
b) Previsão dos resultados financeiros esperados; referidos nas alíneas anteriores.
c) Número de trabalhadores nacionais e estrangeiros
a empregar; ARTIGO 17

d) Outras informações que o requerente julgue ne-


O registo das instituições de crédito no Banco de Mo-
cessárias para apreciação do contributo que a
çambique deve ser requerido no prazo de noventa dias a
dependência poderá vir a dar ao desenvolvi-
contar -da data da constituição definitiva da instituição
mento económico da localidade.
"de crédito, quando esta seja nacional, ou da autorização
ARTIGO 12
para se estabelecer em Moçambique tratando-se de insti-
tuições de crédito estrangeiras mas sempre antes do início
Na apreciação dos pedidos de autorização a que se da actividade.
refere o artigo anterior, ter-se-à em conta: ARTIGO 18

a) A capacidade do requerente; O averbamento das alterações ao registo no Banco de


b) O interesse para a economia local; Moçambique deve ser requerido no prazo do trinta dias a
c) O número è natureza das instituições de crédito contar da data em que elas se verificarem.
já estabelecidas na localidade.
ARTIGO 19
ARTIGO 13
Do registo e das suas alterações poderão ser passadas
É condição da autorização que a soma do capital e fun- certidões sumárias a quem mostre interesse legítimo em
dos de reserva da instituição seja adequada à garantia das requerê-las.
operações a efectuar pela dependência.
CAPÍTULO V

CAPÍTULO IV Assembleia geral das instituições


de crédito
Requisitos do registo das instituições
de crédito ARTIGO 20

ARTIGO 14
Para efeitos de participação na assembleia geral, os
accionistas deverão ter averbados, em seu nome no livro
As instituições de crédito ficam sujeitas ao registo geral de registo próprio da sociedade, ou depositar nos cofres
nos termos da lei comercial para além do registo especial do banco, até quinze dias antes da data marcada para a
previsto no artigo 23 da Lei n.° 28/91, de 31 de Dezem- reunião da assembleia geral pelo menos o número mínimo
bro. de acções exigido nos estatutos para o exercício do direito
ARTIGO 15
de voto.
Dos registos a que se refere o artigo precedente, tra- ARTIGO 21

tando-se de instituições de crédito com sede em Moçam-


Compete ao presidente da mesa da assembleia geral, ou
bique, constarão os seguintes elementos:
ao conselho de administração, no caso de aquele não estar
a) A denominação da instituição; ainda eleito, verificar se o número de accionistas inscritos
b) A data da sua constituição; para a sua participação na assembleia geral excede o limite
c) O lugar da sede; máximo previsto na lei, e, excedendo, organizará uma lista
d) O capital subscrito; dos depositantes com a indicação do número de votos que
e) O capital realizado; cabe a cada um.
f) Os nomes dos administradores, dos componentes ARTIGO 22
dos conselhos de gestão e quaisquer outros man-
datários com poderes de gerência, bem como Obtida a soma dos votos possíveis, será a mesma divi-
os dos membros do conselho fiscal e os dos dida por trezentos e considerados imediatamente apurados
sócios ou proprietários tratando-se de casas ban- como membros da assembleia geral os accionistas que ti-
cárias; verem um número de votos igual ou superior ao quociente.
A R T I G O 12 poderá ultrapassar 15 por cento do valor total das dispo-
nibilidades de caixa.
A cada accionista caberá, sem prejuízo do disposto no ARTIGO 32
parágrafo 3." do artigo 183,° do Código Comercial, um
número de votos igual à parte inteira do quociente que re- Os depósitos a prazo que contenham a cláusula pré-
sultar da divisão do número de acções que possuir ou re- aviso inferior a trinta dias serão considerados na categoria
presentar pelo número mínimo de acções que, nos termos de responsabilidades à vista.
dos estatutos, for exigido para atribuição de voto em
assembleia ARTIGO 33
ARTIGO 24
As instituições de crédito manterão, cm qualquer mo-
Os accionistas que não estiverem nas condições do ar- mento, um rácio de liquidez não inferior ao valor a ser
tigo 22 deste diploma serão convidados a agrupar-se de estabelecido pelo Banco de Moçambique.
forma que cada grupo fique com um número de votos
ARTIGO 34
igual ou superiot ao quociente a que se refere o mesmo
artigo, passando os accionistas procuração a um, que será A parte do valor das responsabilidades à vista que ex-
o seu representante na assembleia. ceda a importância das disponibilidades de caixa referidas
nos artigos anteriores deste capítulo deverá estar garan-
ARTIGO 25
tida pelos valores seguintes:
Para o efeito referido no artigo anterior, pode um accio- a) Ouro amoedado ou em barra;
nista representar vários, não obstante qualquer disposição b) Prata fina e platina;
estatutária em contrário. c) Notas e moedas estrangeiras de convertibilidade
externa assegurada;
ARTIGO 26
d) Créditos exigíveis à vista ou a prazo não superior
a cento e oitenta dias e representados por sal-
A relação dos accionistas agrupados em conformidade
dos de contas abertas sobre bancos de reconhe-
com o disposto no artigo 24 será publicada com antecedên-
cido crédito domiciliados no estrangeiro;
cia mínima de dez dias, contados a partir da data marcada
e) Cheques e ordens de pagamento emitidos por enti-
para assembleia geral, no jornal mais lido na localidade
dades de reconhecido crédito sobre bancos de
da sede da instituição, se o houver, e também num jornal
primeira ordem domiciliados no estrangeiro;
da capital do País.
ARTIGO 2 7
f) Letras em carteira, pagáveis à vista ou à prazo
não superior a cento e oitenta dias, aceites por
As procurações passadas para os fins do artigo 24, serão bancos de primeira ordem domiciliados no es-
apresentadas ao Presidente da mesa da Assembleia Geral trangeiro;
até ao último dia útil antes daquele em que a assembleia g) Títulos do Tesouro e outras obrigações análogas,
houver de reunir-se. com prazo de vencimento não superior a cento
e oitenta dias;
CAPITULO VI
h) Obrigações com garantia do Estado emitidas por
Comissões de confiança quaisquer empresa;
i) Acções e obrigações não garantidas pelo Estado
ARTIGO 28
emitidas por empresas domiciliadas em territó-
Os capitais que forem objecto de comissões de con- rio nacional e cotadas em bolsa;
fiança e bem assim as correspondentes responsabilidades j) Empréstimos ou contas correntes a prazo não su-
inscrever-se-ão no balanço do banco, separadamente, em perior a um ano, caucionados por qualquer
simples contas de ordem. forma admitida em direito;
l) Saldos em outras instituições de crédito domicilia-
CAPITULO VII das no País pagáveis no prazo máximo de cento
e oitenta dias.
Garantias de liquidez e solvabilidade
ARTIGO 35
ARTIGO 29

Não serão contáveis para eleitos de garantia das respon-


São consideradas disponibilidades de caixa dos bancos
sabilidades:
comerciais:
a) Os valores referidos nas alíneas g) e h) do artigo
a) O dinheiro em cofre;
precedente, quando representativos de partici-
b) Os depósitos à ordem no Banco Central e nas ou-
pações financeiras e bem assim os que forem da-
tras instituições de crédito.
dos em caução;
ARTIGO 30 b) A parte correspondente às importâncias que vie-
rem a ser efectivamente utilizadas dos títulos
Os vales do correio e os cheques à vista emitidos por depositados no Banco de Moçambique entregues
entidades de reconhecida idoneidade sobre instituições de em caução por efeito de contratos de emprés-
crédito poderão ser considerados como dinheiro em cofre, timos, entre este Banco e as instituições de cré-
mas apenas pelo tempo estritamente indispensável à sua dito.
cobrança ou compensação, o qual nunca poderá exceder ARTIGO 36

cinco dias.
ARTIGO 31 Os títulos depositados em caução serão valorizados pela
última cotação, quando expressos em moeda estrangeira,
O valor constituído pela soma dos vales de correio o ou quando transaccionáveis em bolsas, e pelo sou valor
dos cheques à vista a que se refere o artigo precedente não nominal se expressos em moeda nacional.
ARTIGO 12 estrangeiras ou internacionais, instituições de
crédito ou instituições especiais de crédito na-
A importância total, em moeda nacional, das respon- cionais.
sabilidades à vista e dos depósitos constituídos nas insti-
tuições de crédito por prazos ou com pré-avisos iguais ou ARTIGO 4 1
superiores a trinta dias deverá estar integralmente garan-
tida, em qualquer momento, pela soma dos seguintes va- Os contratos com instituições financeiras ou de crédito
lores: estrangeiras ou internacionais a que se refere a alínea c) do
artigo anterior estão sujeitos à autorização do Banco de
a) Disponibilidades de caixa referidas nos artigos 29 Moçambique.
e 30 do presente capítulo; ARTIGO 4 2
b) Os activos mencionados no artigo 34;
c) Valores de carteira comercial a prazo superior a Para além dos recursos referidos nas cláusulas prece-
cento e oitenta dias, mas não a dois anos, re- dentes, os bancos de investimentos poderão, em casos es-
presentados por letras, livranças, extractos de peciais:
factura e warrants descontados; a) Receber do Estado para fins específicos de fo-
d) Empréstimos e contas correntes a prazos superio- mento, empréstimos e suprimentos, em aplica-
res a um ano, mas não a dois anos, cauciona- ção de disponibilidades de tesouraria; ,
dos por qualquer forma admitida em direito. b) Utilizar fundos provenientes de empréstimos con-
cedidos pelo Banco de Moçambique.
ARTIGO 3 8
CAPITULO IX
As importâncias dos valores referidos nas alíneas c) e d)
artigo anterior que não resultarem da aplicação de capi- Limites da pena de muita prevista na lei
rais próprios das instituições de crédito nunca poderão ex- ARTIGO 4 3
ceder o montante dos depósitos constituídos nas mesmas
instituições por prazos superiores a noventa dias, salvo 1. As multas a aplicar nos termos do artigo 84 da Lei
nos casos previstos na alínea c) do artigo seguinte. n.° 28/91, de 31 de Dezembro, não poderão ser inferiores
a 5 000 000,00 MT, nem superiores a 100 000 000,00 MT.
ARTIGO 3 9 2. Quando a transgressão consistir na realização de ope-
rações com valor determinado, a multa não poderá ser
O Banco de Moçambique estabelecerá por aviso público: inferior a 10 por cento nem superior a esse valor, sem
a) A alteração do limite referido no artigo 31 deste prejuízo dos limites fixados no n.° 1 deste artigo e salvo
Regulamento; o disposto no artigo seguinte.
b) Os limites e as condições a que devem obedecer
ARTIGO 44
as coberturas mencionadas nos artigos 34 e 37
deste Regulamento; Nos casos de reincidência, a multa poderá ser elevada
c) As condições em que os valores não indicados nos até ao dobro da aplicada ao infractor.
artigos 34 e 37, ou aí referidos mas a prazo su-
periores aos neles estabelecidos, poderão ser CAPÍTULO X
contados nas coberturas das responsabilidades
dos bancos comerciais, em moeda nacional; Cobrança de multas
d) O limite mínimo da relação entre o montante do ARTIGO 4 5
capital e fundos de reserva dos bancos comer-
ciais, por um lado, e o montante dos depósitos Transitada em julgado a decisão, ou no caso de recurso,
e outras responsabilidades efectivas destas insti- se a multa tiver sido depositada, deverá a sua cobrança,
tuições para com terceiros por outro, bem como bem como a das demais despesas ou imposições legais, ser
da relação entre aquele montante,do capital e realizada pelo tribunal competente, servindo de base à
fundos de reserva e das responsabilidades dos execução a certidão emitida pelo Banco de Moçambique
bancos por aceites, avales e garantias concedi- ou do acordão proferido e a certidão da conta.
das.
CAPITULO VIII ARTIGO 4 6

Fundos das operações dos bancos de investimento No caso de recurso, a multa, quando tenha sido deposi-
tada ou cobrada coercivamente, permanecerá em depósito
ARTIGO 4 0
até á resolução do recurso, fazendo-se de harmonia com
Os bancos de investimento financiarão as suas opera- ela qualquer restituição a que tenha lugar.
ções com o capital social, fundos de reservas e ainda com ARTIGO 47
os recursos provenientes de:
a) Emissões de títulos de obrigações a médio e longo Em cada processo em que venha ser proferida a con-
prazos; denação, cobrar-se-á, de cada transgressor, a taxa de 1 por
b) Depósitos a prazo superior a um ano; cento sobre os valores apreendidos ou que tenham sido
c) Fundos obtidos por contratos ou quaisquer ope- expedidos, importados ou exportados, ou sobre a impor-
rações com instituições financeiras ou de crédito tância da operação realizada ou que se tentou realizar.

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