Introdução À Radiologia Veterinária
Introdução À Radiologia Veterinária
Introdução À Radiologia Veterinária
Radiologia Veterinária
⇨ Definição:
Ondas eletromagnéticas, semelhantes à luz, diferindo apenas no comprimento de onda
(λ). Pequeno comprimento de onda (100 a 0,01 Å).
São produzidos pela interação de elétrons fora do núcleo; diferem entre si pelo comprimento de onda
Radiografia: registro fotográfico mediante a ação de raios X sobre estruturas os objetos → imagem
bidimensional
Produção do raio X
2 tipos de ampolas:
Ampola de Crookes → impossibilidade de controlar a quantidade e a intensidade da radiação emitida;
baixa produção e rápido desgaste
Ampola de Coolidge (1913) → cátodo (-) filamento incandescente, ânodo (+) anteparo
Corrente de elétrons que se move em grande velocidade se choca com qualquer tipo de matéria.
Elétrons em alta velocidade atingem metais; um tubo contém o alvo carregado positivamente (anodo) e
um filamento está carregado negativamente (catodo); o tubo de raio x promove a aceleração do elétron (
a fonte de elétrons é criada através de uma corrente elétrica que passa pelo filamento) em direção ao
alvo metálico, uma vez que os elétrons são carregados negativamente e o alvo positivamente (cargas
opostas de atraem).
Número de elétrons: regulado pelo controle de miliamperagem (mA) → aumentar mA equivale a
aumentar a potência de uma lâmpada; 100 W > 60 W.
Diferença de potencial de voltagem entre o filamento e o alvo é controlado através do pico de
quilovoltagem (KV); aumentando o KV ocorre a aceleração dos elétrons e também dispõe mais energia
para os mesmos atingirem o alvo, logo, KV regula a energia/velocidade dos elétrons e a profundidade de
penetração nos tecidos
Os raios atingem o filme fotográfico e registram a imagem de acordo com a densidade (nº atômico) e
forma do objeto
Quanto maior o DDP, maior a velocidade dos elétrons kVp
Quanto menor o comprimento de onda(λ), maior o poder de penetração
Elétrons atingem o alvo e os raios X são produzidos por interações colisionais e radiativas.
Quanto maior o aquecimento, maior o número de elétrons
Quanto maior a mA, menor o tempo de exposição
3. R = 10 ^-19 x Z x V
R: rendimento da produção de raio X
Z: nº atômico do elemento do anodo
V: potencial de aceleração
# maior parte da energia empregada é transformada em calor, não radiação.
Formação da imagem:
1. Energia interage com o corpo 2. Captação e 1. Aquecido, o polo negativo emite elétrons em direção
transformação em luz (imagem) ao polo positivo, liberando os raio-x
3. Imagem mostra a anatomia 4. Exame é analisado e 2. Os raios atravessam a mão e são absorvidos de
laudado formas diferentes 3. Filtrada, a radiação atinge o filme
fotográfico que dps de revelado, mostra sombras em
tons de cinza; quanto mais clara a marca, mais denso
e tecido atravessado.
Densidades
radiológicas:
Radiação dispersa
A absorção da radiação é diferente
em
tecidos enfermos e tecidos normais.
O raio-x interage de diferentes
modos
com os tecidos, e ao interagirem
com
objetos/tecidos, os raios
espalham-se
em diferentes direções, formando a
radiação dispersa.
Para que a radiação dispersa seja
evitada, deve-se focar os raios
apenas
na parte que deve ser analisada, usando
dispositivos limitadores do feixe, como o
cone e o diafragma.
A redução da radiação dispersa resulta
em uma maior qualidade radiográfica e
maior proteção; em regiões espessas (tórax/abdômen de animais grandes) deve-se utilizar grades
antidifusoras, como o potter-bucky.
Efeitos determinísticos: tem limite, abaixo de uma dose não há efeito e acima há
Efeitos estocásticos: não há limite de dose e a gravidade do efeito independe da dose Máximo
de radiação para um técnico: 10 mSv/ano segundo a NRC e 50 mSv/ano segundo a NCRP
Máximo de radiação para
uma pessoa normal: não
deve exceder 1 mSv/ano
Exposição à radiação, absorção da radiação e dose equivalente:
Alguns tecidos absorvem radiação de forma mais eficaz que outros; o efeito biológico da mesma dose
absorvida pode ser diferente
Exposição: quantificada pela quantidade de carga elétrica resultante da ionização do ar produzida pelo
fluxo de radiação; coulomb (C/kg)
Dose absorvida: dose de radiação absorvida em tecidos com diferentes eficiências de absorção será
diferente; gray (Gy) é a quantidade de radiação que leva a uma absorção de 1 joule/kg de tecido.
Dose equivalente: uma grande partícula (alfa) cria muitas ionizações que estão próximas uma das outras,
diferente de uma partícula pequena (elétron)/ Sv (Sievert)
Proteção radiológica:
Distância: a distância entre o funcionário e o tubo de raio-x deve ser maximizada, já que esse é o jeito
mais eficaz de reduzir a dose; dobro da distância = reduz em 4 vezes. Utilizar sempre dispositivos, fitas,
sacos de areia etc.
Tempo: pode ser reduzido utilizando sedação para pacientes não cooperativos e com a familiarização do
funcionário com o equipamento.
Blindagem: aventais, luvas, protetores da tireoide, e óculos com chumbo a 0,5 mm Pb; o uso do
colimador (dispositivo que limita o feixe de RX) não reduz 100% a exposição da radiação na área
O organismo promove uma reparação ate certo grau de radiação, mais importante está dano causado no
DNA; promove alteração na divisão celular, mutação a morte celular → neoplasia, teratogênese (abortos);
acomete tecidos de divisão rápida (genitais, olhos, tireoide e medula óssea)
Regras básicas de segurança da radiação:
1. Apenas o pessoal envolvido no procedimento deve ficar na sala de raio X no momento d exposição 2.
Pessoas menores de 18anos e mulheres gravidas não devem permanecer na salsa durante o exame 3.
As pessoas que auxiliam os exames radiográficos devem trabalhar em esquema de rodizio para
minimizar a exposição
4. Sacos de areia, fitas, esponjas ou outros matérias devem ser usados para contenção em vez de
manual
5. Anestésicos e tranquilizantes devem ser usados para facilitar a contenção
6. Nenhuma parte do corpo do técnico deve estar no feixe principal
7. Aventais, luvas, óculos (proteção de 0,25 mm Pb) e protetores da tireoide devem ser usados 8. O feixe
primário deve ser colimado d modo que cada filme tenha uma margem não exposta, provando que o
feixe primário não exceda o tamanho do cassete
9. Todo pessoal envolvido com a radiografia deve usar crachá de radiação
10. Contenção do paciente = proprietário/tutor
11. ↓ mAs
12. ↑ kV
Equipamentos radiológicos
Aparelhos Portáteis:
⮲ Custo menor
⮲ Construção sólida
⮲ Transporte
⮲ Baixa potência (70-90 KV / 15-30 mA)
⮲ ↑ exposição à radiação
⮲ Uso: grandes animais, serviço volante
Aparelhos Móveis:
⮲ Potência média (90-125 KV / 40-300 mA)
⮲ Limitação - Altura da ampola
⮲ Uso: Hospital de grandes animais
Aparelhos Fixos:
⮲ Potência (300 mA / 120 KV)
⮲ ↑ Preço
⮲ Sala especial (baritada)
⮲ Utilização: rotina hospitalar
Registro de imagem
Imagem temporária
(fluoroscopia):
⮲ Écran Fluorescente = Fluoroscopia
⮲ Ampola de RX fluoroscópica, tubo intensificador de
imagem, monitor e sistema de gravação
⮲ Visualização ao vivo, em tempo real da imagem
radiográfica. Avaliação do movimento das
estruturas
internas do corpo.
1- Função e configuração do esôfago e trato
gastrintestinal
superior
2- Assistir a procedimentos cirúrgicos
3- Mecanismos ventilatórios
4- Função cardíaca
Imagem permanente (película fotossensível):
Películas fotossensíveis = Radiografia
⮲ Écran = faz amplificação das imagens, filme fica em
baixo e é sensibilizado mediante a liberação dos raios
⮲ A absorção completa dos raios X resulta na exposição reduzida do filme ou da placa de imagem sob a
parte do paciente. O fóton de raio X absorvido ejeta um elétron chamado FOTOELÉTRON, que produz
múltiplas ionizações no tecido e é absorvido pelo paciente
⮲ O fotoelétron sai da camada e outro elétron de uma camada periférica preenche a vaga. ⮲ A relação
entre o processo fotoelétrico e o número atômico é importante pois ele amplifica as diferenças na
absorção entre os tecidos (osso x tecido mole), se isso não acontecesse não teria diferença entre a
absorção de um tecido e outro e não existiria o contraste entre os mesmo, todos os tecidos teriam a
mesma opacidade radiográfica.
⮲ Revelação: filme radiográfico com a distribuição de grãos de prata, emite o RX, grãos são
fotosensibilizados e produzem prata metálica se tornando pretas, onde não foi sensibilizados fica sem
cor; na fixação os grão não expostos serão todos removidos; preto = onde o raio atravessou e o filme
foi sensibilizado, logo qnt mais denso maior a absorção do tecido e o raio não será capaz de
fotosensibilizar o filme
Registro da imagem:
Chassi
⮲ Menor custo, menor qualidade
⮲ Prova de luz, proteção, cuidado no manuseio
⮲ Rígido = tem o contato direto e provoca mais desgaste
Radiografia comum
⮲ Requer processamento radiográfico manual ou automático
1- Revelação
2- Fixação
3- Lavagem
4- Secagem
Radiografia digital – DR:
Alto custo, melhor qualidade
Placa de circuitos sensíveis aos RX que gera imagem digital → enviada diretamente ao computador na
forma de sinais elétricos.
1- Medição eletrônica do padrão de transmissão de raios x através do paciente
2- Conversão da medição eletrônica para um arquivo digital de computador
3- Visualização do arquivo digital no monitor do computador
Padrão DICOM
⮲ Imagem criadas no equipamento do fornecedor “a” podem ser visualizadas em uma variedade de
plataformas, não apenas na do fornecedor “a” → maior disponibilidade da radiografia ⮲ Permite a
transmissão de imagens medicas de um dispositivo para outro
Componentes de uma imagem digital
Pixels:
⮲ São arranjados em uma matriz de linhas por colunas; cada pixel tem um tom de cinza especifico ⮲ O
tamanho de cada pixel em uma imagem digital determina a resolução espacial da imagem, o hardware
determina o tamanho da matriz de pixel; QUANTO MAIS PIXELS MELHOR. ⮲ Há outros fatores que
interferem na qualidade da imagem, como o número de tonalidades de cinza disponíveis para cada
pixel, pois isto influenciará no contraste da imagem.
Hardware:
Existe dois tipos de hardware de radiografia digital:
1- Radiografia computadorizada (CR) = Chassi e placa detectora cobertas com fósforo
fotoestimulável flexível
2- Radiografia digital direta (DDR) = placa rígida posicionado em baixo da fonte emissora de RX e
manda automaticamente em poucos minutos a imagem para a tela
A diferença entre as imagens digital e analógica é que o chassi é substituído por um dispositivo de
gravação digital, que na CR é um cassete com uma placa de imagem flexível e no DDR é uma placa
de imagem rígida ou chip de imagem.
Radiografia computadorizada – CR:
Custo menor que DR, qualidade maior que RX comum
Aparelho de radiologia convencional
Contém uma placa de imagem de CR flexível coberta com fosforo fotoestimulável (PSP); a imagem latente
é criada por alterações nas bandas de energia de elétrons que resultam na interação dos raios X com
PSP.
Passos para obter uma radiografia CR:
1- Após a exposição, o cassete é removido da mesa de raio-x e inserido no leitor
2- A placa PSP é removida automaticamente do cassete do CR pelo leitor
3- A placa PSP é iluminada por um laser
4- Luz visível emitida da placa PSP
5- Luz entra em contato com o tubo fotomultiplicador e é convertida em sinal eletrônico
6- O sinal é digitalizado e armazenado como arquivo digital
7- Placa PSP é exposta a uma luz branca para garantir que todos os elétrons estão em baixa energia
8- Placa PSP colocada de volta
9- Cassete ejetado para utilização no próximo paciente
Pode levar de 1 a 2 min para que seja completamente processado, enquanto no sistema DDR a imagem
é imediata
Vantagens: cassetes não são presos ao computador,
possível mais posicionamentos; são baratos.