Atualizacao Cheia Projeto e Impacto Na Probabilidade Falha
Atualizacao Cheia Projeto e Impacto Na Probabilidade Falha
Atualizacao Cheia Projeto e Impacto Na Probabilidade Falha
RONALD ALBERTS
CURITIBA
2020
RONALD ALBERTS
CURITIBA
2020
Dedico este trabalho a Deus, que me
deu forças para vencer todas as
dificuldades e que iluminou o meu
caminho para que eu pudesse chegar
até aqui.
AGRADECIMENTOS
– Somatório de números
γ – Peso específico
𝜑 – Ângulo de atrito
c – Coesão
σm – Desvio padrão
σ Tensão normal
τ Tensão tangencial
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 20
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................ 22
1.2 JUSTIFICATIVAS ........................................................................................ 23
1.2.1 Tecnológicas ................................................................................................ 23
1.2.2 Econômicas ................................................................................................. 23
1.2.3 Sociais ......................................................................................................... 24
1.2.4 Ambientais ................................................................................................... 24
1.2.5 Atualizacionais ............................................................................................. 25
1.3 OBJETIVO ................................................................................................... 25
1.4 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO .................................................................. 25
1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .............................................................. 25
REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 27
2.1 BARRAGENS .............................................................................................. 27
2.1.1 Dimensão..................................................................................................... 27
2.1.2 Uso .............................................................................................................. 27
2.1.3 Material de construção................................................................................. 28
2.1.4 Tipo .............................................................................................................. 28
2.1.5 Ruptura de Barragens.................................................................................. 28
2.2 GERENCIAMENTO DE RISCOS................................................................. 29
2.2.1 Planejamento do Gerenciamento ................................................................ 30
2.2.2 Identificação dos Riscos .............................................................................. 31
2.2.2.1 Identificar modos de falha ............................................................................ 31
2.2.2.2 Identificar danos potenciais. ........................................................................ 35
2.2.3 Análise dos Riscos....................................................................................... 35
2.2.3.1 Análise qualitativa ........................................................................................ 37
2.2.3.2 Análise quantitativa ...................................................................................... 46
2.2.4 Planejamento das respostas ........................................................................ 51
2.2.4.1 Evitar............................................................................................................ 52
2.2.4.2 Transferir ..................................................................................................... 52
2.2.4.3 Mitigar .......................................................................................................... 52
2.2.4.4 Aceitar.......................................................................................................... 53
2.2.5 Controle dos riscos ...................................................................................... 54
2.2.5.1 Auscultação ................................................................................................. 54
2.3 MUDANÇAS CLIMÁTICAS .......................................................................... 57
2.4 OCUPAÇÃO DO SOLO ............................................................................... 60
2.5 ESTABILIDADE DE BARRAGENS .............................................................. 62
2.5.1 Níveis de água ............................................................................................. 62
2.5.2 Cheia de projeto da barragem ..................................................................... 62
2.6 AÇÕES DE PROJETO ................................................................................ 62
2.6.1 Cargas permanentes ................................................................................... 63
2.6.1.1 Peso próprio ................................................................................................ 63
2.6.1.2 Cargas diversas ........................................................................................... 63
2.6.2 Pressões e Empuxos Hidrostáticos ............................................................. 63
2.6.3 Pressões Hidrodinâmicas ............................................................................ 63
2.6.4 Pressões de material assoreado ................................................................. 64
2.6.5 Pressões Dinâmicas de material assoreado ................................................ 64
2.6.6 Empuxos de aterro....................................................................................... 64
2.6.7 Pressões Dinâmicas de Aterros ................................................................... 64
2.6.8 Subpressão .................................................................................................. 65
2.7 CONDIÇÕES DE CARREGAMENTO.......................................................... 65
2.7.1 Caso de Carregamento Normal – CCN ....................................................... 65
2.7.2 Caso de Carregamento Excepcional – CCE ................................................ 65
2.7.3 Caso de Carregamento Limite – CCL .......................................................... 65
2.7.4 Caso de Carregamento de Construção – CCC ............................................ 66
2.8 ESTABILIDADE GLOBAL DE ESTRURAS DE CONCRETO ...................... 66
2.8.1 Segurança à Flutuação ................................................................................ 66
2.8.2 Segurança ao Tombamento ........................................................................ 67
2.8.3 Segurança ao Deslizamento ........................................................................ 67
2.9 CONFIABILIDADE E SEGURANÇA ............................................................ 69
2.9.1 Fator de segurança ...................................................................................... 69
2.9.2 Índice de Confiabilidade e Probabilidade de Ruptura .................................. 71
2.9.3 Método de Monte-Carlo ............................................................................... 72
2.10 ESTUDO DE VAZÕES MÁXIMAS ............................................................... 73
2.10.1 Análise local de frequência de cheias .......................................................... 74
2.10.2 Verificação dos dados amostrais ................................................................. 74
2.10.2.1 Representatividades .................................................................................... 74
2.10.2.2 Aleatoriedade ............................................................................................... 74
2.10.2.3 Independência ............................................................................................. 75
2.10.2.4 Homogeneidade .......................................................................................... 75
2.10.2.5 Estacionaridade ........................................................................................... 75
2.10.2.6 Pontos amostrais atípicos ............................................................................ 75
2.10.3 Distribuições estatísticas ............................................................................. 75
2.10.3.1 Distribuição de Gumbel................................................................................ 76
2.10.3.2 Distribuição Exponencial.............................................................................. 77
2.10.3.3 Distribuição Generalizada de Eventos Extremos - GEV .............................. 78
2.10.4 Testes de aderência e Distribuição de Vazões ............................................ 80
2.10.5 Análise regional de frequência de cheias .................................................... 80
2.10.6 Vazões instantâneas.................................................................................... 80
2.10.6.1 Método de Fuller .......................................................................................... 81
2.10.6.2 Método de Sangal ........................................................................................ 82
2.11 VERTEDOUROS DE SOLEIRA LIVRE ....................................................... 82
2.11.1 Perfil do vertedouro...................................................................................... 82
2.11.2 Vazão em vertedouros não controlados ...................................................... 84
2.11.3 Carga de projeto .......................................................................................... 84
2.11.4 Coeficiente de descarga .............................................................................. 85
2.11.5 Coeficiente de contração ............................................................................. 88
ESTUDO DE CASO..................................................................................... 90
3.1 SELEÇÃO DO CASO OU AMOSTRA ......................................................... 90
3.2 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS .............................................................. 90
3.2.1 Área de Drenagem....................................................................................... 92
3.2.2 Reservatório ................................................................................................ 94
3.2.3 Vazões de Projetos ...................................................................................... 94
3.2.4 Barragem / Soleira Vertente ........................................................................ 94
METODOLOGIA .......................................................................................... 96
4.1 HIDROLOGIA .............................................................................................. 96
4.1.1 Dados Fluviométricos Disponíveis ............................................................... 97
4.1.1.1 Estudo de Vazões Máximas – Análise Local ............................................... 97
4.1.1.2 Estudo de Vazões Máximas – Análise Regional ........................................ 102
4.1.1.3 Vazões Máximas Adotadas ....................................................................... 105
4.2 HIDRÁULICA ............................................................................................. 107
4.2.1 Curva de descarga do vertedouro (NAM). ................................................. 107
4.2.2 Curva de descarga no eixo da barragem (NAJ). ........................................ 108
4.3 PARÂMETROS GEOTÉCNICOS .............................................................. 110
4.3.1 Coesão da interface concreto rocha .......................................................... 110
4.3.2 Ângulo de atrito da interface concreto rocha ............................................. 111
4.4 PARÂMETROS DA BARRAGEM .............................................................. 112
4.4.1 Peso específico CCV ................................................................................. 112
4.4.2 Peso específico CCR ................................................................................. 113
4.4.3 Eficiência de drenagem ............................................................................. 114
4.4.4 Ação Sísmica ............................................................................................. 115
4.5 ESTABILIDADE ......................................................................................... 117
4.6 SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO............................................................. 117
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................. 120
5.1 VAZÃO X PROBABILIDADE DE FALHA ................................................... 121
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 125
6.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .............................. 126
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 128
APÊNDICE 1 – VAZÕES MÁXIMAS ANUAIS DOS POSTOS FLUVIOMÉTRICOS
SELECIONADOS.................................................................................................... 136
APÊNDICE 2 – VAZÕES OBTIDAS PELA COPEL E POR ESTA DISSERTAÇÃO
PARA DIFERENTES TEMPOS DE RETORNO NO EIXO DA UHE SANTA CLARA
PARA A SÉRIES DE VAZÕES DISPONÍVEIS EM 1997 ........................................ 138
ANEXO 1 – ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS UTILIZADAS NA ANÁLISE
REGIONAL DE VAZÕES MÁXIMAS ...................................................................... 139
ANEXO 2 – ENSAIOS DE CISALHAMENTO “IN SITU” EM MATERIAIS
BASÁLTICOS ......................................................................................................... 140
20
INTRODUÇÃO
_______________
1 Pessoas, grupos ou organizações que de alguma forma têm alguma ligação com o projeto.
21
_______________
2 Vazão utilizada no dimensionamento das estruturas vertentes da barragem. É determinada de acordo
com o tempo de retorno adotado.
22
barragens devido às mudanças no ambiente em que está inserida. Desta forma este
trabalho busca responder a seguinte pergunta:
Qual o impacto que a atualização da cheia de projeto de uma usina pode ter
na probabilidade de falha de uma barragem?
1.2 JUSTIFICATIVAS
1.2.1 Tecnológicas
1.2.2 Econômicas
1.2.3 Sociais
1.2.4 Ambientais
1.2.5 Atualizacionais
1.3 Objetivo
Todo capítulo é brevemente descrito com o intuito de fornecer uma visão geral
desta dissertação.
26
REVISÃO DE LITERATURA
2.1 BARRAGENS
2.1.1 Dimensão
2.1.2 Uso
20000
15000
10000 20013
5000 9664 7618 7341 4282 2034 2916
0
2.1.4 Tipo
Estimativa do Atividades
recorrentes
Identificação dos modos de risco
falha Reavaliação
periódica
8%
34%
28% Galgamento
Falhas na fundação
Erosão interna e piping
Outros
30%
_______________
3 Quando o nível de água no reservatório supera a altura da barragem, extravasando por cima da
estrutura, sem que ela tenha sido projetada para este fim.
33
ANM
CT = ∑ (a até f) (1)
onde:
CT = Características Técnicas;
a até f = pontos da matriz de características técnicas.
EC = ∑ (g até l) (2)
onde:
EC = Estado de Conservação;
g até l = pontos da matriz de estado de conservação.
PS = ∑ (n até r) (3)
onde:
PS = Plano de segurança da barragem;
n até r = pontos da matriz Plano de Segurança de Barragem.
CRI = CT + EC + PS (4)
onde:
CRI = Categoria de risco;
CT = Características Técnicas;
EC = Estados de Conservação;
PS = Plano de Segurança de Barragens.
onde:
DPA = dano potencial associado;
a até d = pontos da matriz de dano potencial associado.
45
Nota-se que a frequência atual de falha é em torno de 1,5x10-4 por ano, tanto
para barragens de concreto quanto para barragens de terra e enrocamento
(FERRANTE; BENSI; MITMAN, 2012).
48
Neste outro estudo a frequência de falha foi em torno de 1x10-3 por ano.
Ambos os estudos apresentaram frequência de falha acima da diretriz de 1x10-4,
ressaltando a necessidade de se de adotar medidas que reduzam a frequência de
falha de barragens.
1.00E-04
1.00E-05
1.00E-10
1 10 100 1000 10000 100000
Número estimado de mortes
FONTE: (FEMA, 2015).
R Riscos residuais
i Seguros
s Vender a barragem
c Reduzir as consequências
o Reduzir a probabilidade
s Evitar
2.2.4.1 Evitar
2.2.4.2 Transferir
2.2.4.3 Mitigar
2.2.4.4 Aceitar
BRASIL - (2010)
2.2.5.1 Auscultação
2.2.5.1.2 Instrumentação
possível constatar a ocorrência de anomalias. Além disso, deve-se ter ciência que
pelo fato da instrumentação ser instalada em um número limitado de regiões, podem
ocorrer acidentes ou fenômenos inesperados que não sejam detectados pela
instrumentação (DUNNICLIFF, 1988).
Na FIGURA 4 é apresentada uma correlação entre os instrumentos utilizados
no monitoramento de barragens de concreto e os principais tipos de deterioração.
Cobertura
Florestal
35%
FONTE: (PARANÁ, 2017).
_______________
4 Ação do ser humano sobre o meio ambiente. Alteração das características originais.
62
1
H= × γ𝐻2 O × h2 (6)
2
onde:
H = pressão hidrostática, em kN/m;
γ𝐻20 = peso específico da água, em kN/m³;
h = altura da coluna de água, em m.
4
PE = × αh × γ𝐻2 O × h2 (7)
7
onde:
64
1 1 − sin φ
Ps = × γsedimento × h2 × ( ) (8)
2 1 + sin φ
onde:
Ps = força horizontal, em kN/m;
γsedimento = peso específico do sedimento, em kN/m³;
h = altura da camada de sedimento
φ = ângulo de atrito do material, em graus.
O empuxo de aterro deve ser calculado conforme cada caso, podendo ser
para a condição ativa, passiva ou no repouso.
2.6.8 Subpressão
∑V
FSF = (9)
∑U
onde:
FSF = fator de segurança à flutuação;
∑ V = somatório das forças gravitacionais, em kN;
∑ U = somatório das forças de subpressão, em kN;
∑ Me
FST = ( 10 )
∑ Mt
onde:
FST = fator de segurança ao tombamento;
∑ Me = somatório dos momentos estabilizantes, em kN.m;
∑ Mt = somatório das forças de tombamento, em kN.m;
∑ N × tan φ c ×A
×
FSDφ FSDC ( 11 )
FSD = ≥1
∑T
onde:
FSD = fator de segurança ao deslizamento;
c = parâmetros de coesão, em kPa;
φ = parâmetros de ângulo de atrito, em graus;
A = área da superfície de contato, em m²;
ΣN = somatório de forças normais à superfície de deslizamento, em kN;
ΣT = somatório das forças paralelas à superfície de deslizamento, em kN.
68
Uma obra está sujeita a fatores aleatórios e variáveis que fogem do controle
humano. Por isso, uma estrutura é dimensionada para que as resistências (R) não
sejam menores que as solicitações (S). Desta forma, a não ocorrência de ruína exige
que o fator de segurança (FS) seja maior que um, conforme exemplificado na
EQUAÇÃO 12 (AOKI, 2008).
R
FS = ( ) > 1 ( 12 )
S
Dentre várias possibilidades de análise de segurança, Hansen (1965) sugeriu
a aplicação do fator de segurança no dimensionamento de obras geotécnicas. De
acordo com o princípio das ações últimas, as solicitações são majoradas por um
coeficiente de ponderação das ações (𝛾𝑠) e a estrutura deve suportar tal ação.
R
FS = ( )>1 ( 13 )
γs ∗ S
Por outro lado, pode-se minorar as resistências, de acordo com o princípio
das tensões admissíveis, por um coeficiente de ponderação das resistências (𝛾𝑚 ) e
sob carregamento, a tensão alcançada não deve superar o valor admissível.
R
γm
FS = ( ) > 1 ( 14 )
S
R
γm
𝐹S = ( )>1 ( 15 )
γs ∗ S
R k = R m − k σr ( 16 )
Sk = Sm − k σ𝑠 ( 17 )
Rk
γm
FSk = ( )>1 ( 18 )
γs ∗ Sk
A probabilidade de ruptura (𝑃𝑟 ) pode ser obtida por meio do cálculo do índice
de confiabilidade (β) que pode ser definido pela EQUAÇÃO 19 (AOKI, 2008).
𝜇𝑀
β= ( 19 )
σ𝑀
onde:
μM = valor da média da função da margem de segurança;
σM = valor do desvio padrão da função da margem de segurança.
(FSmed − 1) 𝜇𝑠
β= ( 20 )
σ𝑀
onde:
FSmed = valor médio do fator de segurança da distribuição;
1 = valor que corresponde à ruptura;
μs = valor da solicitação média;
σM = valor do desvio padrão da função da margem de segurança.
1.00E-01
1.00E-02
1.00E-03
1.00E-04
1.00E-05
1.00E-06
1.00E-07
1.00E-08
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Índice de Confiabilidade
FONTE:USACE (1997).
A probabilidade de ruptura (Pr) de uma barragem pode ser obtida por meio do
cálculo do índice de confiabilidade (β) e a sua relação está listada na TABELA 10.
pode ser classificada em local ou regional de acordo com o ponto de vista da extensão
espacial das informações envolvidas (NAGHETTINI; PINTO, 2007).
2.10.2.1 Representatividades
2.10.2.2 Aleatoriedade
2.10.2.3 Independência
2.10.2.4 Homogeneidade
2.10.2.5 Estacionaridade
1
x(T) = β − α ln (− ln (1 − )) ( 21 )
𝑇
onde:
α = parâmetro de escala;
β = parâmetro de posição;
T = tempo de retorno, em anos;
77
𝑆𝑥
α= ( 22 )
1,283
β = 𝑥̅ − 0,45 𝑆𝑥 ( 23 )
onde:
𝑥̅ = média da amostra;
Sx = desvio padrão da amostra;
1
x(T) = β − α ln ( ) ( 24 )
𝑇
onde:
α = parâmetro de escala;
β = parâmetro de posição;
T = tempo de retorno, em anos;
α = 𝑆𝑥 ( 25 )
β = 𝑥̅ − 𝑆𝑥 ( 26 )
onde:
𝑥̅ = média da amostra;
Sx = desvio padrão da amostra;
78
α 1 𝑘
x(T) = β + 𝑘 . {1 − [−ln (1 − 𝑇)] } ; k≠0 ( 27 )
onde:
k = parâmetro de forma;
α = parâmetro de escala;
β = parâmetro de posição;
T = tempo de retorno, em anos;
k = 7,8590c + 2,9554c² ( 28 )
onde:
2𝜆2 ln(2)
c= − ( 29 )
𝜆3 + 3𝜆2 ln(3)
𝑘𝜆2
α= ( 30 )
(1 − 2−𝑘 ) 𝛤 (1 + 𝑘))
α
β = 𝜆1 − [1 − 𝛤(1 + 𝑘)] ( 31 )
𝑘
𝜆1 = 𝛽0 ( 32 )
𝜆2 = 2𝛽1 − 𝛽0 ( 33 )
𝜆3 = 6𝛽2 − 6𝛽1 + 𝛽0 ( 34 )
79
𝑛
1 (𝑗 − 1)
𝛽1 = ∑ 𝑥 ( 37 )
𝑛 (𝑛 − 1) (𝑗)
𝑗=2
𝑛
1 (𝑗 − 1). (𝑗 − 2)
𝛽2 = ∑ 𝑥 ( 38 )
𝑛 (𝑛 − 1). (𝑛 − 2) (𝑗)
𝑗=3
𝑛
1 (𝑗 − 1). (𝑗 − 2). (𝑗 − 3)
𝛽3 = ∑ 𝑥 ( 39 )
𝑛 (𝑛 − 1). (𝑛 − 2). (𝑛 − 3) (𝑗)
𝑗=4
onde:
n = tamanho da amostra;
𝜏1 = 𝜆1 ( 40 )
𝜆2
𝜏2 = ( 41 )
𝜆1
𝜆3
𝜏3 = ( 42 )
𝜆2
𝜆4
𝜏4 = ( 43 )
𝜆2
onde:
𝜏2 = Coeficiente de variação-L;
𝜏3 = Coeficiente de assimetria-L;
𝜏4 = Coeficiente de curtose-L;
80
60
50
40
30
20
10
0
0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120
Horas
FONTE: O autor (2019).
Fuller foi um dos primeiros pesquisadores a obter uma fórmula para obter a
vazão máxima instantânea. A EQUAÇÃO 44, desenvolvida por Fuller, usa como única
variável explicativa para a relação entre a máxima média diária e a máxima
instantânea a área de drenagem (AD) do ponto considerado. O método pode
superestimar os resultados para bacias de grandes áreas de drenagem (STEINER;
FILL, 2003).
2,66
QMAX = QDIA × 1 + ( 44 )
AD−0,3
onde:
𝑄𝑀𝐴𝑋 = vazão de pico, em m³/s;
𝑄𝐷𝐼𝐴 = vazão média diária no dia, em m³/s;
AD = área de drenagem, em km²;
82
Y x n
= −K. ( ) ( 46 )
H0 H0
onde:
Y = ordenada, coordenada vertical, em m;
x = abcissa, coordenada horizontal, em m;
H0 = Carga de projeto, em m.
84
TABELA 12 – VALORES DE K E N
Inclinação do Paramento Montante K n
1H:3V 0,517 1,836
2H:3V 0,516 1,810
3H:3V 0,540 1,780
Vertical 0,500 1,85
FONTE: USACE (1977)
3
𝑄 = C. L. H 2 ( 47 )
onde:
C = coeficiente de descarga, em m1/2/s;
L = largura efetiva do vertedouro, em m;
H = carga sobre a crista, em m.
P
C0 = ( 48 )
H0
onde:
C0 = coeficiente de descarga nominal, em m1/2/s;
P = altura da barragem, em m;
H0 = Carga de projeto, em m.
P
Ci = Cv ( 49 )
H0
onde:
Ci = coeficiente de descarga com face inclinada, em m1/2/s;
Cv = coeficiente de descarga com face vertical, em m1/2/s;
P = altura da barragem, em m;
H0 = Carga de projeto, em m.
87
HD
C = C0 ( 50 )
H0
onde:
C = coeficiente de descarga, em m1/2/s;
C0 = coeficiente de descarga nominal, em m1/2/s;
Hd = Carga atuante, em m;
H0 = Carga de projeto, em m.
L = L′ − 2 ∗ (N. Kp + Ka) He ( 51 )
onde:
L = largura efetiva do vertedouro, em m;
L’ = largura geométrica útil, em m;
Ka= coeficiente de contração das ombreiras;
Kp= coeficiente de contração dos pilares;
N= número de pilares;
He= carga no vertedouro = Ho + Vo² /2g, em metros.
ESTUDO DE CASO
A barragem da UHE Santa Clara foi construída entre os anos de 2001 e 2005.
A usina está localizada no rio Jordão, afluente da margem direita do rio Iguaçu em seu
trecho situado no centro-oeste paranaense, nos municípios de Candói e Pinhão,
conforme ilustrado na FIGURA 16. A UHE tem potência instalada de 120 MW, e a
adução da vazão turbinada é realizada por meio de um túnel. Como é criado um
Trecho de Vazão Reduzida (TVR) entre a barragem e o canal de fuga da UHE, é
necessário manter uma vazão mínima neste trecho. Esta vazão é liberada por meio
de uma PCH com 3,6 MW que foi instalada na margem direita da barragem.
91
3.2.2 Reservatório
O barramento da UHE Santa Clara foi construído com CCR e é composto por
um vertedouro sem controle, também conhecido por soleira vertente, formando um
reservatório com cerca de 20 km². A seção típica tem paramento de montante vertical,
crista em formato de ogiva na cota 805,00 e inclinação do paramento de jusante de
0,75H:1,00V, conforme a FIGURA 20.
O paramento de jusante é formado por degraus, com 90 cm de espelho e 67,5
cm de patamar, que atuam na dissipação de energia. Próximo à fundação existe um
defletor para afastar parte do fluxo do pé da estrutura. Além disso, a jusante do defletor
existe uma laje com 60 cm de espessura e 6,00 m de extensão, no sentido de jusante,
com a função de proteger a fundação. Foram previstas juntas de contração verticais
a cada 20 m, com a finalidade de controlar a fissuração da barragem, e um sistema
de galerias de drenagem para alívio da subpressão (COPEL; INTERTECHNE, 2000).
95
Crista
EL. 805,00
CCR
0,75
1
CCV
Dissipador
Defletor
Galeria de
Drenagem Drenagem da Estrutura
Fundação
EL 743,80
METODOLOGIA
4.1 HIDROLOGIA
y = 0.0333x + 1136.9
1250
1000
y = 0.0262x + 861.23
Vazão (l/s/km²)
y = 0.0241x + 778.26
750
y = 0.0192x + 585.6
y = 0.017x + 502.62
500 y = 0.0149x + 419.65 y = 0.0142x + 392.94
y = 0.0121x + 309.96
y = 0.01x + 226.99
250
y = 0.0071x + 117.3
0
2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600 3800 4000
ÁREA DE DRENAGEM (km²)
1250
750
y = 0.0534x + 523.89
y = 0.0438x + 458.38
y = 0.0214x + 306.26
y = 0.0118x + 240.75
250
y = -0.0009x + 154.14
0
2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600 3800 4000
ÁREA DE DRENAGEM (km²)
As vazões máximas para a série com os dados disponíveis até o ano de 1997,
calculadas com base nas equações definidas no GRÁFICO 10, estão ilustradas na
TABELA 18.
TABELA 18 – VAZÕES MÁXIMAS DA ANÁLISE LOCAL DA UHE SANTA CLARA ATÉ 1997
UHE Santa Clara
3900 km²
Máximas médias diárias Máximas instantâneas
TR (anos) m3/s m3/s
2 565 675
5 1037 1239
10 1393 1663
20 1748 2088
25 1863 2225
50 2219 2649
100 2576 3076
500 3402 4062
1000 3757 4486
10000 4940 5899
FONTE: O autor (2019)
TABELA 19 – VAZÕES MÁXIMAS DA ANÁLISE LOCAL DA UHE SANTA CLARA ATÉ 2018
UHE Santa Clara
3900 km²
Máximas médias diárias Máximas instantâneas Variação em relação à
TR (anos) m3/s m3/s série do PB
2 587 701 + 3,9%
5 1118 1335 + 7,8%
10 1520 1815 + 9,1%
20 1923 2296 + 10,0%
25 2052 2451 + 10,1%
50 2454 2930 + 10,6%
100 2855 3409 + 10,9%
500 3789 4524 + 11,4%
1000 4192 5006 + 11,6%
10000 5528 6600 + 11,9%
FONTE: O autor (2019)
102
Nota-se que, pela análise local, a vazão decamilenar no o eixo da UHE Santa
Clara teve um aumento de 11,9%. Além disso, é possível observar que para todos os
tempos de retorno de mais de 20 anos o aumento foi de mais de 10%.
A partir das vazões máximas médias diárias das estações fluviométricas Salto
Curucaca/Fazenda Taguá e Santa Clara foi definido o diagrama de contribuições para
a UHE Santa Clara. Para cada tempo de retorno, foi estabelecida uma equação linear
de acordo com a sua área de drenagem e vazão em litros por segundo por quilômetro
quadrado. No GRÁFICO 12 estão definidas as equações para a série até o ano de
1997.
1200
1000
y = 0.062x + 743.46
y = 0.0544x + 653.08
Vazão (l/s/km²)
800
0
2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600 3800 4000
ÁREA DE DRENAGEM (km²)
1200
800
y = 0.0531x + 477.42
600 y = 0.045x + 412.44
y = 0.0376x + 352.29 y = 0.0353x + 333.84
400 y = 0.0285x + 278.89 y = 0.022x + 226.48
200 y = 0.0132x + 155.79
0
2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600 3800 4000
ÁREA DE DRENAGEM (km²)
TABELA 22 – VAZÕES MÁXIMAS DA ANÁLISE REGIONAL DA UHE SANTA CLARA ATÉ 1997
UHE Santa Clara
3900 km²
Máximas médias diárias Máximas instantâneas
TR (anos) 3
m /s m3/s
2 762 909
5 1121 1338
10 1391 1661
20 1678 2004
25 1775 2119
50 2093 2499
100 2447 2922
500 3374 4029
1000 3843 4588
10000 5753 6869
FONTE: O autor (2019)
105
TABELA 23 – VAZÕES MÁXIMAS DA ANÁLISE REGIONAL DA UHE SANTA CLARA ATÉ 2018
UHE Santa Clara
3900 km²
Máximas médias diárias Máximas instantâneas Variação em relação à
TR (anos) m3/s m3/s série do PB
2 808 965 + 6,1%
5 1218 1454 + 8,7%
10 1521 1816 + 9,3%
20 1839 2196 + 9,6%
25 1946 2323 + 9,6%
50 2293 2738 + 9,6%
100 2553 3048 + 4,3%
500 3669 4381 + 8,7%
1000 4163 4971 + 8,3%
10000 6132 7321 + 6,6%
FONTE: O autor (2019)
4.2 HIDRÁULICA
810
NÍVEL DE ÁGUA NO
809
808
807
806
805
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
VAZÃO (m³/s)
FONTE: O autor (2019)
752
DA BARRAGEM (m)
751
750
749
748
747
746
745
744
743
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
VAZÃO (m³/s)
FONTE: O autor (2019)
onde:
σ = tensão normal, em kg/cm²
τ = tensão tangencial, em kg/cm²
Para o nível de carga vertical máxima na barragem da UHE Santa Clara que
é em torno de 20 kgf/cm², a tensão tangencial esperada de acordo com a EQUAÇÃO
52 é de 23,2 kgf/cm², cuja relação arctg(τ/σ) = 49°, que é a tangente secante no ponto
de carga normal de 20 kgf/cm².
A adoção dos parâmetros de ângulo de atrito também foi baseada nos estudos
de Souza (2017), que adotou um ângulo de atrito na interface de 50°, com desvio
padrão de 13,40° e de Pires et al. (2019) que adotaram ângulo de atrito de 41,99° e
desvio padrão de 11,34°.
112
4.5 ESTABILIDADE
∑ N × tan φ + c × A
FSD = ≥1 ( 53 )
∑T
onde:
FSD = fator de segurança ao deslizamento;
c = parâmetros de coesão, em kPa;
φ = parâmetros de ângulo de atrito, em graus;
A = área da superfície de contato, em m²;
ΣN = somatório de forças normais à superfície de deslizamento, em kN;
ΣT = somatório das forças paralelas à superfície de deslizamento, em kN.
𝑛𝑓
Pf = ( 54 )
𝑁
onde:
Pf = Probabilidade de falha;
nf = número de falhas;
N= número de simulações;
Observa-se que com o aumento da vazão afluente ocorre uma elevação dos
níveis de água, e, consequentemente, um aumento na probabilidade de falha da
barragem. Os resultados da série de vazões atualizadas estão listados no QUADRO
12.
3.6E-04
3.1E-04
Probabilidade de Falha
2.6E-04
2.1E-04
1.6E-04
1.1E-04
5.5E-05
5.0E-06
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Vazão (m³/s)
aumento das vazões. Além disso, quanto maior a vazão, maior foi o incremento na
probabilidade de falha.
A partir dos resultados obtidos e plotados no GRÁFICO 22, foi estabelecido
um polinômio do quarto grau, conforme a EQUAÇÃO 55.
onde:
Pf = Probabilidade de falha;
𝑄𝑎𝑓𝑙 = Vazão afluente;
A4, A3, A2, A1, A0 = Coeficientes;
Nota-se que o aumento nas vazões dos Tempos de Retorno teve um impacto
percentual ainda maior no aumento da probabilidade de falha, como é o caso da vazão
decamilenar em que um aumento de 6,6% na vazão aumentou a probabilidade de
falha em 15,6%.
125
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Why. Reston: American Society of Civil Engineers, 2007.
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Society of Civil Engineers, 1993. p. 95–105.
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Disponível em: <https://www.nrc.gov/docs/ML1319/ML13198A170.pdf>. Acesso em:
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132
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of Engineers, 2005.
Posto: SALTO CURUCACA JUSANTE SALTO CURUCACA FAZENDA TAGUÁ SANTA CLARA
Código: 65815050 65815000 65815100 65825000
Rio: RIO JORDÃO RIO JORDÃO RIO JORDÃO RIO JORDÃO
Área: 2220 2220 2190 3930
ANO
1950 504,20
1951 476,90
1952 574,00
1953 508,10
1954 1074,50
1955 1009,00
1956 535,40
1957 1389,00
1958 457,40
1959 437,90
1960 273,6 615,00
1961 200,0 488,60
1962 194,3 473,00
1963 234,5 461,30
1964 252,2 449,60
1965 298,4 782,80
1966 273,6 512,00
1967 143,4 322,60
1968 105,0 163,80
1969 176,2 395,00
1970 309,1 625,80
1971 264,8 711,90
1972 358,4 724,80
1973 345,0 707,80
1974 162,3 476,90
1975 286,7 746,80
1976 225,3 469,10
1977 114,9 251,80
1978 222,3 523,70
1979 345,0 394,3 871,00
1980 283,5 295 649,80
1981 219,4 206,7 418,40
1982 875,0 554,2 1126,50
1983 2113,3 1400*máx régua 3084,60
1984 427,5 782,80
1985 231,8 418,40
1986 217,1 449,60
1987 842,4 1449,00
137
Posto: SALTO CURUCACA JUSANTE SALTO CURUCACA FAZENDA TAGUÁ SANTA CLARA
Código: 65815050 65815000 65815100 65825000
Rio: RIO JORDÃO RIO JORDÃO RIO JORDÃO RIO JORDÃO
Área: 2220 2220 2190 3930
ANO
1988 478,2 666,60
1989 464,4 427,5 860,20
1990 336 299,5 662,40
1991 318,4 298 607,80
1992 1446,8 1280 2547,00
1993 647,5 583,45 941,20
1994 232,6 231,8 625,80
1995 737,5 703,8 1184,20
1996 360,8 337 645,60
1997 524,4 491,8 871,00
1998 1086,4 924,8 1404,00
1999 356,2 302,5 811,30
2000 589,2 995,80
2001 325 629,40
2002 296,4 607,80
2003 230,4 500,30
2004 294,2 535,40
2005 399,9 675,00
2006 166,4
2007 529,2
2008 404,5
2009 418,3
2010 543,6
2011 785
2012 613,2
2013 925,2
2014 717,5
2015
2016
2017
2018
FONTE: adaptado de ANA (2019).
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