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REP’s - Revista Even. Pedagóg.

Número Regular: Educação e Literatura: saberes, cultura e leitura


Sinop, v. 10, n. 1 (26. ed.), p. 377-392, jan./jul. 2019
ISSN 2236-3165
http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/index
DOI: 10.30681/2236-3165

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO CENTRO DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA


SOCIAL (CRAS)1

THE PEDAGOGUE WORK IN THE SOCIAL ASSISTANCE REFERENCE


CENTER (CRAS)

Margarete Alves da Silva

RESUMO

O artigo discorre sobre a educação não formal e a Pedagogia, com foco na


atuação do pedagogo em espaços não formais. O objetivo foi identificar as
contribuições pedagógicas no Centro de Referência de Assistência Social do
Município de Sinop, Mato Grosso. A pesquisa, de cunho descritivo e qualitativo,
envolveu entrevistas com professores e observações. Autores como Paulo Freire e
Jose Carlos Libâneo contribuíram para os resultados possibilitando compreender a
importância deste profissional neste espaço de atuação. Constatou-se que o
pedagogo faz parte da equipe técnica da assistência social e contribui nas ações
das equipes interdisciplinares atuando no Serviço de Convivência e fortalecimento
de vínculos.

Palavras-chave: Educação Não-Formal. Atuação do Pedagogo. Pedagogia Social.


Pedagogos. Abordagem qualitativa.

ABSTRACT2

1
Este artigo é um recorte do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
NO CENTRO DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS), sob a orientação do Dr. Marion
Machado Cunha, Curso de Pedagogia, Faculdade de Educação e Linguagem (FAEL) da
Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Câmpus Universitário de Sinop, 2018/2.
2
Resumo traduzido pela Professora Mestra Betsemens Barbosa de Souza Marcelino. Professora
interina do curso de Letras da UNEMAT/Sinop. Mestra em Estudos de Linguagem pela UFMT/Cuiabá,
2015. Graduada em Licenciatura Plena em Letras, Português/Inglês pela UNEMAT/Sinop, 2013.
Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada,
que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta
revista..http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
Revista Even. Pedagóg.
Número Regular: Educação e Literatura: saberes, cultura e leitura
Sinop, v. 10, n. 1 (26. ed.), p. 377-392, jan./jul. 2019

The articule discurses non-formal education and Pedagogy, with a focus on


the pedagogue role in non-formal espaces. The objective was to identify the
pedagogical contributions for the Social Assistance reference center (CRAS) of
Sinop city, Mato Grosso State. The descriptive and qualitative research involved
interviews with teachers and also some Field observations. Authors as Paulo Freire
and Jose Carlos Libâneo contributed for the results, making it possible to understand
the importance of this professional in this performance area. It was verified that the
pedagogue is part of the technical team of the social assistance and contributes in
the Interdisciplinary teams actions specially when comes to Coexistence and bonds
Strengthening.

Keywords: Non-formal education. Pedagogue’s role. Pedagogy. Social.


Pedagogues. Qualitative Approach.

Correspondência:
Margarete Alves da Silva. Graduanda em Pedagogia, Faculdade de Educação e
Linguagem (FAEL), Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT). Sinop,
Mato Grosso, Brasil. E-mail: [email protected]

Recebido em: 09 de maio de 2019.


Aprovado em: 31 de maio de 2019.
Link: http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/view/3507/2475

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo abrange as práticas e a atuação do pedagogo em um local


não formal, como o Centro de Referência e Assistência Social (CRAS). Este tema
partiu de uma pesquisa de campo que foi realizada durante o curso de Pedagogia,
onde observou-se as necessidades de um pedagogo em uma instituição não formal.
Neste trabalho discutimos e problematizamos as atuações e atribuições do
pedagogo dentro dos Centros de Referência e Assistência Social (CRAS).
Apresentamos como objetivo de pesquisa a atuação do Pedagogo no CRAS, ou
seja, abordando as práticas pedagógicas em um espaço não formal. A pesquisa foi
realizada nos CRAS do município de Sinop, Mato Grosso, em outubro de 2018, com

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os Pedagogos que atuam diariamente nos CRAS. Foi de ordem qualitativa, devido a
sua postura investigativa, que implica na abrangência de um todo, ou seja, partindo
da realidade concreta, em que se encontra um Pedagogo no CRAS. Pautamo-nos
em discussões teóricas, centralmente, de Paulo Freire (1996), Libâneo (1999),
Gadotti (2005) e vários outros que se encontram nas referências bibliográficas.
Esses novos espaços educacionais, fora da sala de aula, levantaram
indagações e curiosidades, surpreendendo muitas pessoas que estavam inseridas
nesta educação não formal, assim contribuindo para uma sociedade mais justa e
humanizada, através de uma Pedagogia Social.

2 A PEDAGOGIA SOCIAL NA EDUCAÇÃO

Ao dialogarmos sobre a Pedagogia em espaços escolares e não escolares,


torna-se necessário compreender o histórico da Educação, sua origem e suas
intencionalidades. Diante disso, pretende-se neste capítulo promover reflexões
sobre o tema proposto, diante de ações pedagógicas voltadas para o
desenvolvimento e preparação da cidadania.
Segundo Gadotti (2005, p. 12), a educação é tratada como uma mercadoria
de Estado, atuando cada vez mais omisso e implementando ações que esvaziam a
população trabalhadora de seus direitos, inclusive o da Educação Pública. Com a
‘Mercantilização da Educação’ só se permite o acesso ao conhecimento aos que
poderão pagar por este direito adquirido. Consequentemente, várias ‘indústrias do
conhecimento’ hoje disputam seus espaços, possuindo cursos de todos os níveis, e
assim fazendo da educação um ‘negócio’. E nesta perspectiva que conceituamos, a
Educação Intencional e Não Intencional, ou seja, Educação Formal da Educação
Não-Formal, com o objetivo de tentar fugir desse cenário mercantilista, onde
adentram só pessoas que possam pagar por um direito que deveria ser oferecido
com qualidade pelo governo de Estado.
É com base na Educação, que Libâneo (2007, p. 89), nos orienta a progredir
profissionalmente e nos tornarmos cidadãos com senso crítico próprio e desfrutar
dos direitos que nos cabe em nossa sociedade.Porém, nos relata que a educação
acontece fora do âmbito escolar, ou seja, é deliberado através do convívio com
diferentes povos e culturas é uma maneira de aprender em convívio de outras

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pessoas além das instituições de ensino, portanto, na educação informal não há


objetivos estabelecidos, não há consciência das finalidades das ações educativas,
pois segundo Libâneo (2007, p. 91):

[...] a educação informal perpassa as modalidades de educação formal e


não-formal. O contexto da vida social política econômica e cultural, os
espaços de convivência social na família, nas escolas, nas fábricas, na rua
e na variedade de organizações em instituições sociais, formam um
ambiente que produz efeitos educativos, embora não se constituam
mediante atos conscientemente intencionais [...].

Esta Educação segundo Libâneo (2007, p. 27) tem como finalidade contribuir
da melhor forma possível, na constituição e construção do ser humano. Na
especificidade do curso de Pedagogia, a formação deve formar pedagogos stricto
sensu, ou seja, um profissional qualificado para atuar em diversos campos
educativos para atenderas demandas socioeducativas, seja do tipo formal e não
formal e informal, atendendo as decorrências dos grandes avanços tecnológicos,
inovando e buscando novos caminhos para a educação a qual é um direito de todos,
e não apenas ficar preso a um sistema operacional de ensino.
Seguindo essa linha de pensamento de Libâneo (2007), parte da ideia que a
Pedagogia é uma área de conhecimentos e ações que investiga/atua sobre/na
realidade educativa, tanto na educação formal e não formal, ela vem compartilhando
conhecimentos científicos, metodológicos e na mediação das práticas pedagógicas.
Dessa perspectiva, o profissional ‘pedagogo’ está direta ou indiretamente ligado a
mediação e assimilação deste contexto histórico. Seguindo essa linha de
pensamento:

[...] é o conjunto das ações, processos, influências, estruturas, que intervêm


no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa
com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre
grupos e classes sociais. (LIBÂNEO, 2007 p. 30).

Neste sentido, para Freire (2006, p. 55) “a educação deve ser mobilizada
como um instrumento de mudança no mundo, conscientizando e humanizando”,
para que possa se transformar sucessivamente, pois este processo não finaliza e
leva ao desenvolvimento de um espírito crítico o qual não deve ser deixado de lado

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ou até mesmo esquecido após essas transformações para que sejam evitadas
novas opressões.

2.1 CRAS: conceito e o campo de atuação do Pedagogo

O CRAS é uma entidade pública estatal, vinculada à Secretaria Municipal de


Promoção Social, que tem como finalidade atender as necessidades básicas da
sociedade, principalmente, nas periferias do município e, assim, prevenir as
ocorrências de situações de vulnerabilidades e riscos sociais. Além de ser referência
para o desenvolvimento de todos os serviços sócio assistenciais de proteção básica
do Sistema Único da Assistência Social - SUAS, independentemente das fontes de
financiamento, que podem ser municipais, estaduais ou federais (BRASIL, 2009, p.
09).
O CRAS objetiva realizar um trabalho de integração que observa as
necessidades humanas de forma global, mas ao mesmo tempo particular de
maneira singular, radical, profissional e generosa. O atendimento às pessoas ocorre
de forma integral e dentro do seu contexto familiar, respeitando-as na sua
integralidade (BRASIL, 2009, p. 20). Sendo assim a principal finalidade da equipe do
CRAS é o trabalho social com famílias com índice de extrema pobreza ou
vulnerabilidades, através do atendimento e acompanhamento familiar que se dão na
oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios. O trabalho social com famílias
é definido como:

Conjunto de procedimentos efetuados a partir de pressupostos éticos,


conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo, com a finalidade de
contribuir para a convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades
de intervenção na vida social de um conjunto de pessoas, unidas por laços
consanguíneos, afetivos e/ou de solidariedade – que se constitui em um
espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias,
com o objetivo de proteger seus direitos, apoiá-las no desempenho da sua
função de proteção e socialização de seus membros, bem como assegurar
o convívio familiar e comunitário, a partir do reconhecimento do papel do
Estado na proteção às famílias e aos seus membros mais vulneráveis. Tal
objetivo materializa-se a partir do desenvolvimento de ações de caráter
“preventivo, protetivo e proativo”, reconhecendo as famílias e seus membros
como sujeitos de direitos e tendo por foco as potencialidades e
vulnerabilidades presentes no seu território de vivência. (BRASIL, 2012,
p.12).

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A atuação do pedagogo na assistência social é resultado de um processo que


busca a reconstrução e assim contribuir para a transformação social do próprio eu,
atingindo não só a individualidade, mas as ações e reflexão de uma sociedade. Pois,
segundo Lourenço (2015, p. 308):

Algo muito interessante na Pedagogia é o privilégio de dialogar e humanizar


no sentido de transformar realidades. Nos programas sociais ofertados nos
CRAS, esses dois eixos são prioridades para que haja um desenvolvimento
de excelência com as famílias em situações de vulnerabilidade e assim
alcançar o Algo muito interessante na Pedagogia é o privilégio de dialogar e
humanizar no sentido de transformar realidades. Sucesso nos objetivos
propostos pela Assistência Social, que são reflexão, ação e transformação.

Normalmente o pedagogo que atua no CRAS terá como público alvo, uma
população fragilizada, marcada por aspectos alarmantes que vão desde problemas
familiares até financeiros. Para isso Libâneo (2005, p. 33), apresenta um conceito
sobre a sua definição do que é o Pedagogo.

Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática


educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos
de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em
vista, objetivos de formação humana definidos em sua contextualização
história.

É nesta perspectiva que a atuação do pedagogo no CRAS é essencial,


porque contribui para uma transformação na vida dos sujeitos, a fim de que os
tornem os protagonistas de suas próprias histórias, longe das exclusões e das
vulnerabilidades, pautado no reconhecimento dos seus deveres e, principalmente,
dos seus direitos como cidadão:

Os serviços e ações ofertados no CRAS são acessados por demanda


espontânea das famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação e, ou fragilização de vínculos afetivos –
relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnico-racial,
de gênero ou por deficiência, dentre outras), pela busca ativa de famílias
feita pelos técnicos e, ou, o encaminhamento realizado pela rede sócio
assistencial e pelos serviços das demais políticas públicas. (BRASIL, 2012,
p. 12).

Diante deste cenário, as funções dos CRAS são combater a discriminação


social e as diversas formas de abusos e violência, através de um trabalho

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interdisciplinar contando com profissionais de extrema competência que os


auxiliaram neste planejamento e nas ações prestadas pela instituição. É neste
sentido que a atuação do Pedagogo é indispensável, pois irá promover a
socialização, a interação entre os grupos que serão classificados de acordo com
suas necessidades.

3 METODOLOGIA NO CAMPO DE PESQUISA E AS ANALISES DO CAMPO


IMPÍRICO

A pesquisa qualitativa com abordagem no campo metodológico seguida nesta


investigação delimitou as atividades em termos do levantamento no campo empírico
que, de acordo com Triviños (1998, p. 120):

[..] compreende atividades de investigação que podem ser denominadas


específicas. E, por outro, que todas elas podem ser caracterizadas por
traços comuns. Esta é uma ideia fundamental que pode ajudar a ter uma
visão mais clara do que pode chegar a realizar um pesquisador que tem por
objetivo atingir uma interpretação da realidade do ângulo qualitativo.

Neste sentido, a pesquisa de campo foi realizada nos CRAS, situados no


município de Sinop, Mato Grosso, em outubro de 2018, sendo em sua totalidade
quatro unidades distribuídas em: CRAS do bairro Boa Esperança, Rua Benedita
Nogueira S/N, Jardim Boa Esperança; CRAS do bairro Menino Jesus, Av. Brasil S/N,
Jardim Menino Jesus; CRAS do bairro Palmeiras, Rua das Dracenas esquina com
Alcalifas, Jardim Violetas e o do CRAS Paulista, Rua da Aclimação nº761, Jardim
Paulista.
Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, pois Trivinos (1987, p. 146),
considera-se que: é importante notar a sua capacidade de “capturar”, a partir de
“questionamentos básicos” e de acordo com um “amplo campo interrogativo”,
“pensamentos” e “experiências dentro do foco principal colocado pelo investigador”
com os coordenadores e Pedagogos que atuam nos CRAS de Sinop, Mato Grosso
que em sua totalidade o Coordenador é Pedagogo, logo na sua maioria todos os
CRAS contam com dois Pedagogos atuando diariamente. Por motivos de

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preservação este trabalho não apresenta imagens ou identificação dos nomes reais
a fim de preservar os participantes e colaboradores desta pesquisa.
A inserção do pesquisador no campo de pesquisa, sob a abordagem
qualitativa, implica em mobilizar o campo da manifestação da realidade estudada.
Portanto, este trabalho teve na descrição seu foco orientador dos CRAS estudados,
pois segundo Maciel e Raposo (2010, p. 82) “a pesquisa qualitativa representa um
processo permanente de produção de conhecimentos, onde os resultados parciais
se integram de forma permanente com novas interrogações e abrem novos
caminhos a produção de conhecimentos”.
Como técnica de coleta de dados, utilizamos observaçõesin loco registros em
diário de campo e entrevistas semiestruturadas. O foco da observação balizou-se
desde o momento em que o usuário entra na instituição até o momento de sua
saída. Logo, observamos cada etapa na qual os usuários passam para adquirir os
benefícios prestados pelos CRAS. Na qual foram transcritas na íntegra com o
consentimento de cada participante. De acordo com Triviños (1987, p. 153), a
observação consiste em:

[...] destacar um conjunto (objetos, pessoas, animais etc.) algo


especificamente, prestando, por exemplo, atenção em suas características.
Observar um fenômeno social significa [...] que determinado evento social,
simples ou complexo, tenha sido abstratamente separado do contexto para
que, em sua dimensão singular, seja estudada em seus atos, atividade,
significados, relações etc (p. 153).

Em análise e observação aos CRAS, verificou-se que as infraestruturas estão


em bom estado de conservação, contendo uma sala de recepção, onde é destinada
à espera dos transmites de acolhimento, uma sala de atendimento individualizado,
destinado ao atendimento particular, normalmente é a sala que o Pedagogo ocupa,
uma sala administrativa, destinadas aos cadastros dos que vão a procura dos
CRAS. Ha uma sala de uso coletivo que estão assim distribuídas: uma sala para os
grupos que trabalham com oficinas artesanais; uma sala para as crianças que vão
desde os 6 meses aos 12 anos, as quais contam com cantinho para leitura,
brinquedoteca, jogos educativos, televisores, enfim, enquanto seus responsáveis
estão participando de um grupo, as crianças ficam com as oficineiras e o Pedagogo;
a cozinha, espaço este que prepara os lanches oferecidos aos usuários do CRAS e

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a equipe interdisciplinar; também estão disponíveis banheiros femininos e


masculinos; um amplo espaço onde são realizados, trabalhos educativos como
danças, brincadeiras, educação física com os grupos (idosos, crianças e jovens).
Para que o Pedagogo realize um trabalho que alcance os resultados
esperados, é preciso que, de fato, este profissional seja capaz de conciliar os
saberes educacionais aos saberes das ações desenvolvidas na política da
assistência social. Logo, o Pedagogo exerce a função de mediador social,
trabalhando com atividades que possam promover o crescimento e o
desenvolvimento deste indivíduo que hoje se encontra excluído pela sociedade. É
nesta perspectiva que o Pedagogo tem como prioridade segundo as Diretrizes
Curriculares do Curso de Pedagogia:

[...] atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma


sociedade justa, equânime, igualitária; trabalhar, em espaços escolares e
não-escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes
fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do
processo educativo; identificar problemas socioculturais e educacionais com
postura investigativa, integrativa e prepositiva em face de realidades
complexas, com vista a contribuir para superação de exclusões sociais,
étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras.(BRASIL,
2005).

Considerando as funções profissionais desempenhadas, para nossos


entrevistados, foi perguntado sobre a avaliação das funções exercidas por um
Pedagogo no CRAS, levando em conta uma instituição não formal.

(01) Pedagogo CRAS A: Lugares diferentes sim, mas com a mesma importância,
como os profissionais que atuam em uma sala de aula, pois se o Pedagogo exerce
funções que também ensinam o jogo da vida, podem não ensinar a ler ou escrever
como na escola regular, porém aqui, quando esses usuários chegam até a nossa
porta é por que o mundo se virou contra ele, e cabe a nós a competência de tentar
ajuda-lo a crescer como pessoa integra e com dignidade [...].

(02) Pedagogo CRAS B: Ótima, pois além de desenvolver um trabalho sempre em


grupo com a sociedade, o Pedagogo possibilita uma nova aprendizagem de vida,
possibilitando uma troca de experiências que possam agregar a vida de cada

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participante do CRAS. Aqui o Pedagogo também tem um olhar mais pedagógico


onde o mesmo tenta detectar suas necessidades e assim planejar ações para o seu
desenvolvimento físico, emocional e intelectual.

(03) Pedagogo CRAS C: Gratificante, pois o pedagogo aqui no CRAS assim como
na escola, ele não está sozinho, ele conta com a ajuda de vários profissionais,
tentando assim melhorar os serviços ofertados pelas instituições. Todos pensam que
o Pedagogo no CRAS também ensina a alfabetização, mas ao contrário, damos
suporte para eles buscarem essa alfabetização e letramento, fazemos eles
compreenderem a importância que o estudo tem para a vida das crianças, jovens,
adultos e até mesmo dos idosos. Ofertamos a eles o caminho [...].

(04) Pedagogo CRAS D: Eu as defino como sendo essencial, e vou explicar o


porquê, aqui trabalhamos em grupos, temos os grupos de gestantes, idosos,
crianças de 0 a 3 e de 3 a 6 anos, e também os 06 a 12 anos de idade, além de
outros, mas quero aqui salientar a diferença de um olhar pedagogo, de quem fez
um Curso em Pedagogia, é diferente de um olhar de um Psicólogo ou um Assistente
Social, aqui lidamos com crianças, com grupos de diferentes habilidades, e o
pedagogo é único que tem essa graduação para planejar atividades para crianças,
ele tem toda uma dinâmica uma metodologia diferenciada para com os demais
profissionais, além de saber trabalhar em grupo.

Freire (1996, p.53) nos diz que como educador precisamos olhar para os
grupos com os quais trabalhamos, e não só simplesmente para o que falam deles,
assim, ‘a leitura do mundo precede a leitura da palavra’ e continua dizendo que um
bom educador é aquele que sabe provocar inquietudes, que aguça a curiosidade,
mas que permite que o educando busque com autonomia. É nesta linha de
pensamento que o Pedagogo está atuando cada vez mais fora dos portões da
escola, pois tem como linha de pensamento as interações grupais, dando a eles a
oportunidade de se reintegrar novamente à sociedade. Ficando de total
obrigatoriedade do Pedagogo as escolhas dos temas aos quais vão conduzir suas
dinâmicas de trabalho, temas esses como: abusos, assédios, drogas convivência,

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ética, atitudes cidadãs, sustentabilidade, alimentação saudável, respeito,


preconceito, solidariedade, perigos da internet, família, direitos e deveres, cidadania,
dignidade, segurança, irá trabalhar de acordo com a necessidade dos grupos.
Avançando na compreensão, foi solicitado que descrevessem o processo de
trabalho e como avaliavam as condições em que ocorria suas ações:

(05) Pedagogo CRAS A: De suma importância, assim com os demais profissionais


que são colaboradores que atuam no CRAS. Somos uma equipe e um complementa
o trabalho do outro assim como na faculdade uma matéria complementa a outra,
uma vai se destacar mais que as outras, porém todas são de sumo importância para
o seu aprendizado. Meu dia de trabalho é gratificante, levanto cedo para vim para o
CRAS pois amo o que faço, me preocupo com todos os integrantes dos grupos de
bases, e se um deles falta, já peço para ligar para ver o que houve, [..]. O pouco que
fazemos para quem não tem quase nada, é o bastante para que ele possa se
manter acolhido, e enfrentar os obstáculos que a vida o empoe. Mas não pode
deixar de dizer que esse trabalho aqui é gratificante e prazeroso.

(06) Pedagogo CRAS B: Extremamente importante, a Pedagogia nos dá a opção de


se trabalhar sobrenovas perspectivas e diversos olhares, podendo alternar, modificar
e reorganizar quantas vezes for preciso para colher bons frutos. O meu trabalho no
CRAS é difícil, porém faço o que gosto então o que faço me dá prazer, me sinto
realizada trabalhando aqui. Quando consigo tirar um menor das ruas e levo
novamente a frequentar a escola tentando mostrar a ele novos caminhos, novos
saberes me sinto muito feliz e realizada, pois esse é o papel do pedagogo, é
incentivar, mostrar, organizar e dar abertura para novas tentativas.

(07) Pedagogo CRAS C: O pedagogo no CRAS, vem complementar uma equipe


multidisciplinar, na qual a sociedade tem o prazer de disfrutar, pois o CRAS está de
portas aberta para acolher todos que realmente necessitam, desde um apoio físico,
moral ou até mesmo econômico. (Tentamos tratar todos com o mesmo olhar, pois
como já disse a Pedagogia tem uma forma diversificada de compreender e entender
o próximo. Aqui não existe ser um melhor que o outro, nossa equipe trabalha em
conjunto com os integrantes dos grupos, e digo que aprendo todos os dias com eles,
pois eles possuem a experiência de vida. No meu trabalho encontro dificuldades

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sim, porem quando ouço logo no começo do dia que uma criança que foi agredida e
abusada, está melhorando na escola e em cada, meu dia radiante. Amo o que faço e
faço com o maior prazer.

(08) Pedagogo CRAS D: O pedagogo no CRAS faz toda a diferença, vou explicar o
porquê: eu sou Assistente Social e Pedagoga, mas antes era só Assistente Social,
então logo após uns 2 anos de egresso no CRAS, para me qualificar e poder
atender e compreender melhor as necessidades das pessoas que vinham até a
procura dos serviços ofertados, resolvi fazer o Curso de Pedagogia, e foi a melhor
coisa que me aconteceu, foi através deste curso que melhorei minhas ações e hoje
consigo ajudar e trazer melhorias para essas pessoas que ainda não conseguiram
se encontrar na sociedade. Sociedade está injusta que ofende, critica e não te apoia,
ao contrário quando você mais precisa ela e fecha as portas. Porém aqui no CRAS
todos os dias nos deparamos com situações difíceis, mas também com situações de
extrema felicidade, gratidão, amor ao próximo, aqui nos enfatizamos a reconstruções
destes vínculos humanitários, onde todos nós somos iguais e merecemos respeito.

O compartilhamento das experiências, sob a mediação de uma concepção de


educação como processo de construção e de novas práticas sociais tem em ações
baseadas em projeto uma materialidade capaz de fazer socializar vivências e
experiências, e, ao mesmo tempo, alargando a própria concepção de diversidade
como uma dimensão de elevar a capacidade interativa e relações sociais, culturais,
cognitivas, como necessidades de qualificação humana, em sua estreita
manifestação indivíduo-sociedade. Assim, conforme as normas de seus espaços de
atuação eles elaboram seu plano de ensino, como Cavalcante nos enfatiza:

Cada espaço não escolar, que busca as teorias pedagógicas, tenta


desenvolver suas próprias teorias, acreditando que somente o sistema
formal não dará conta de todas as relações pedagógicas nos ambientes em
que estão presentes. Buscam levar a pedagogia para hospitais, ONGs,
movimentos sociais, empresas, na tentativa de complementar o processo de
formação dos indivíduos, mas cada um com sua intencionalidade
(CAVALCANTE et al., 2009, p. 02).

O pedagogo trabalharia na promoção dos direitos à dignidade e do bem-estar


das pessoas assistidas nos grupos, humanos. Nesse contexto, citamos, como

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exemplo, os pedagogos que atuam no campo da Assistência Social. Como destaca


Martins (2008, p. 10):

Cabe ressaltar que além das atividades ligadas diretamente à situação de


aprendizagem, o Pedagogo Social pode exercer outras atividades ligadas à
gestão de projetos, coordenação de equipes, captação de recursos. Tais
funções exigirão do Pedagogo Social, o domínio de conhecimentos ligados
à Psicologia, Sociologia, ao Serviço Social, não devendo se desconsiderar
que todo esse trabalho para concretizar seu caráter político e transformador
deve ser desenvolvido em uma rede social articulada de políticas públicas
para a construção coletiva de um mundo democrático.

Considerando a situação de vulnerabilidade, a de população menos


favorecida. Em outras palavras, uma identidade intersubjetiva de serem capazes de
transformar a realidade e compreensões de mundo e de vida, como sujeitos de
intervenção, seres reflexivos e de novas ações. Assim diz Freire (1996, p.41):

[...]o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-


se. Assumir-se como ser social e histórico como ser pensante, comunicante,
transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque
capaz de amar. Assumir-se como sujeito porque capaz de reconhecer-se
como objeto. A assunção de nós mesmos não significa a exclusão dos
outros. É a “’outredade” do “não-eu”, ou do tu, que me faz assumir a
radicalidade de meu eu. A questão da identidade cultural, de que fazem
parte a dimensão individual e a da classe dos educandos cujo respeito é
absolutamente fundamental na prática educativa progressista, é problema
que não pode ser desprezado.

Com todos os conflitos cabe ao Pedagogo Social estar preparado, atuando


nas atividades socioeducativas e superando esses obstáculos, recombinando
vivências e compartilhamento de experiências coletivas, fazendo da Pedagogia
Social relações de promoção do sujeito coletivo, tanto a do pedagogo como os que
veem e buscam nos CRAS espaço de reconstrução e enfretamentos.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho problematizou e analisou a atuação de Pedagogos em


espaços não-escolares nas especificidades dos CRAS. Em tempos da
contemporaneidade moderna, o Curso de Pedagogia, assim como os Pedagogos
vêm buscando novos horizontes, novos caminhos e campos de atuação deste
profissional, onde eram vistos apenas na alfabetização no âmbito escolar.

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO CENTRO DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) – Página 389


Revista Even. Pedagóg.
Número Regular: Educação e Literatura: saberes, cultura e leitura
Sinop, v. 10, n. 1 (26. ed.), p. 377-392, jan./jul. 2019

O Curso de Pedagogia conforme contextualiza Aguiar (et al. 2006, p. 832),


forma profissionais que atuam dentro e fora de ambientes não-escolares, contudo,
focam no processo de formação de professores para o processo de ensino e
aprendizagem escolares. Os Pedagogos em espaços não-formais se valem de
práticas educativas, mobilizadas por vivencias coletivas e experiências
compartilhadas de práticas educativas de promoção de sujeitos, considerando
medidas Sócio Assistenciais, na expectativa de superar situações de vulnerabilidade
e riscos, através das práticas de desenvolvimento e reconstrução de uma sociedade
mais humanizada garantindo os direitos de sua cidadania.
A pesquisa também apontou através das análises, que o pedagogo faz parte
da equipe técnica da assistência social e contribui nas ações das equipes
interdisciplinares atuando no Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos.
As heterogeneidades das pessoas em diferentes situações de vivências são
organizadas por grupos, respeitando as diversas dimensões. Cada um dos grupos
exige planejamentos distintos e as atividades são completamente diversificadas.
Todavia, todos os trabalhos são de grupos e de forma única, com o intuito de
prevenir situações de risco, ao mesmo tempo oferecendo suporte através de um
atendimento que venha garantir uma emancipação social e o desenvolvimento de
potencialidades e aquisições do fortalecimento de vínculos. E é desse conjunto que
a materialidade de Pedagogia Social mobilizada como mediadora para práticas
combinadas de uma educação coletiva e de dimensões de compartilhamento.
Constatou-se das ponderações de Pimenta (2002, p.64), sobre os processos,
influências, estrutura e ações que devem ser privilegiadas para uma dimensão ativa
do sujeito, o pedagogo no CRAS investe-se de um duplo movimento, o de
reconhecer sujeito também do processo de formação em um espaço não formal de
ensino, imprimindo reflexões que sirvam de paramentos profissionais capazes de
potencializar sua atuação. Disso, o conjunto teoria e prática situam-se no movimento
também de ruptura e superação. A formação do pedagogo tem como eixo
fundamental o processo formal de ensino vinculado à instituição escolar. Sendo
assim o Curso de Pedagogia dá condições para que este profissional atue em
diversos locais e com metodologias diversificadas e com direito a modificações
sempre que forem necessárias, proporcionando estratégias que vão além do
universo letrado, pois essa população fragilizada almeja ser reconhecidas dentro da

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Revista Even. Pedagóg.
Número Regular: Educação e Literatura: saberes, cultura e leitura
Sinop, v. 10, n. 1 (26. ed.), p. 377-392, jan./jul. 2019

sociedade em que se vive, fazendo parte da mesma.Contudo, com análises literárias


e entrevistas com os Pedagogos dos CRAS, compreende-se que essa atuação do
Pedagogo deve ir além da sua formação acadêmica, pois cabe a ele mediar,
procurar ações que dentro da Pedagogia Social possam contribuir para reconstrução
do eu, ajudando o cidadão a interagir, assocializar, formando assim essa sociedade
igualitária para todos.
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Página 392 – Margarete Alves da Silva

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