Encarte de Terapia Ocupacional

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Terapeuta Ocupacional e a Psicopedagoga como pode me

ajudar no Autismo

A terapia ocupacional é um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, educação e na


esfera social. Essa é uma das intervenções mais conhecidas para o autismo.
Seu objetivo se concentra na ajuda às pessoas a desenvolverem as habilidades necessárias para
desempenhar as atividades diárias de forma independente e significativa.
Isso quer dizer que ela ajuda na promoção, desenvolvimento e manutenção das atividades
funcionais da rotina. Para pessoas com TEA, isso pode incluir tarefas como vestir-se, comer,
comunicar-se e participar de atividades sociais, por exemplo.

Essa disciplina reúne tecnologias orientadas para a autonomia de pessoas que apresentam
dificuldade em ser incluídas e participar da vida social. Isso acontece, muitas vezes, porque
esses indivíduos têm alguma limitação:

 Física;
 Sensorial;
 Mental;
 Psicológica;
 Social.

Além disso, profissionais de terapia ocupacional podem ajudar a criança a desenvolver:

 Autonomia;
 Autoestima;
 Autoconfiança;
 Autorregulação;
 Interação social.

Assim, profissionais desta área podem ser responsáveis tanto por ajudar em atividades do dia a
dia, quanto na parte sensorial da criança. Isso é: avaliar os déficits de processamento sensorial
para identificar barreiras na aprendizagem.

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A Terapia Ocupacional ou TO é a área responsável por promover saúde e bem-estar para


pessoas com dificuldades físicas, motoras, sensoriais, sociais e cognitivas. Essa intervenção
estimula a participação ativa ao longo do processo, auxiliando os indivíduos na recuperação de
suas capacidades funcionais e sociais. O trabalho é focado em manter e desenvolver habilidades
necessárias para que as pessoas se adaptem de forma funcional em cada ambiente, como a
escola, por exemplo.
Quando pensamos em Terapia Ocupacional para autismo, o foco da atuação é desenvolver
habilidades motoras finas e grossas, além de auxiliar no ensino de atividades da vida diária, como
ir ao banheiro e escovar os dentes.
Isso tudo promove maior independência, autonomia, autoestima, autorregulação e interação
social para as pessoas no espectro. Os profissionais de TO avaliam e direcionam os déficits de
processamento sensorial da criança, removendo barreiras do aprendizado.
Crianças autistas com alterações sensoriais têm dificuldade para processar informações visuais,
sonoras e de toque, por exemplo, o que muda a forma como são compreendidas e as reações
com novas entradas de informações no cérebro.
Dessa forma, a sobrecarga sensorial pode criar comportamentos desafiadores, como as crises
de shutdown. Por isso, a terapia ocupacional é fundamental nas intervenções, já que esses
profissionais conseguem atingir cada sistema sensorial, ajudando o sistema nervoso a se
tornar mais regulado.
Durante todo esse processo, as pessoas cuidadoras recebem orientações dos TOs sobre a
importância do autista seguir um estilo de vida que possa beneficiar o processamento
sensorial na rotina. Por isso, quanto antes a criança começar a receber esses estímulos,
melhor!
Nesta seção, trazemos artigos que podem ajudar a família a entender mais sobre os benefícios
da terapia ocupacional para autistas, bem como informações que vão ajudar profissionais e
cuidadores a agir de forma a priorizar a autonomia da criança.

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Os 8 sentidos do corpo humano e a importância da Integração Sensorial no


desenvolvimento infantil

Com certeza você já ouviu falar nos 5 sentidos, afinal aprendemos sobre eles na escola, não é
mesmo? E são eles que permitem nossa ambientação com o mundo ao redor. Além desses cinco
bastante conhecidos, existem outros três sentidos que muitas vezes podem ser menos
conhecidos.
Dessa forma, temos 8 sentidos do corpo humano, que nos dão informações sobre o que está
acontecendo no nosso corpo e no mundo, que são fundamentais quando falamos no
desenvolvimento infantil, principalmente pensando em crianças atípicas.
Já que eles desempenham um papel essencial na capacidade da criança de interagir com o
mundo ao seu redor e na formação de uma base sólida para habilidades mais complexas.
Vamos entender melhor esses 8 sentidos do corpo humano e como eles são fundamentais
quando falamos da Terapia Ocupacional e do desenvolvimento infantil.

O que são os sentidos sensoriais?

Os 8 sentidos do corpo humano são os responsáveis para que nosso cérebro consiga
compreender tudo que acontece no ambiente e no nosso próprio corpo. Além disso, eles
conseguem captar e processar as informações sensoriais, que serão captados e interpretadas
pelo sistema nervoso central.
Assim, com esses estímulos, o nosso cérebro recebe essas informações através de receptores
que nos ajudam a perceber movimentos, pressão, som, luminosidade e outras sensações de tudo
aquilo que fazemos.
Isso porque, as sensações estão presentes em todos os lugares, desde o início da vida, inclusive
na vida intrauterina. A todo momento somos bombardeados por estímulos sensoriais.

Assim, todos nós vivemos uma vida sensorial e estamos cercados por inúmeras sensações que
experimentamos a cada momento que passa. Dessa forma, podemos falar que esses 8 sentidos

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do corpo humano são as conexões criadas entre as células do cérebro em resposta aos estímulos
do ambiente.

Essas informações são a base para o desenvolvimento de muitas habilidades, como percepção,
linguagem, atenção, memória e pensamento abstrato. Ou seja, as informações sensoriais
podem ser consideradas nutrientes para o desenvolvimento e a aprendizagem ao longo da
vida.

Quais são os 8 sentidos do corpo humano?

Os 8 sentidos, presentes no corpo humano, são os responsáveis por transmitir e receber


informações sensoriais através de processos neurológicos tão complexos e nos ajudar a perceber
o mundo ao redor. Eles estão presentes em tudo, o tempo todo.

Vamos entender melhor cada um deles:

1. Tato

O sentido do tato é o que nos permite conhecer algo pelo toque. Os receptores para essa
informação encontram-se na pele, que é a fronteira entre o nosso corpo e o mundo ao nosso
redor.
O tato é responsável por nos fornecer informações sobre o que tocamos e sobre o que toca nosso
corpo. Além disso, é através do toque que desenvolvemos a noção dos limites do corpo e das
partes que o compõem.
O sistema do tato é fundamental para a exploração do mundo físico pela criança.

2. Proprioceptivo

A propriocepção refere-se à percepção do corpo no espaço. Os receptores dessas informações


estão localizados em nossos músculos, articulações e ligamentos, constituindo um mapa corporal
que indica tanto a posição do corpo quanto o espaço que ele ocupa.
O sistema proprioceptivo é responsável pela consciência corporal, uma vez que é através desse
sentido que nós sabemos a posição do nosso corpo quando estamos de olhos fechados.
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Essas informações são integradas com as informações táteis e visuais que, em conjunto,
desempenham um papel importante na construção da percepção e do esquema corporal.

3. Vestibular

O sentido vestibular, localizado no ouvido interno, é responsável pelo equilíbrio e pela orientação
espacial. São os receptores responsáveis por receber informações do movimento da cabeça,
pescoço, olhos e corpo no espaço.
Esses receptores enviam mensagens de movimento para várias partes do cérebro, tornando o
sistema vestibular essencial para o desenvolvimento infantil, ajudando na organização das
sensações de outros sistemas sensoriais.
O sistema vestibular é responsável por fornecer informações sobre nossas ações contra a
gravidade, movimento e posição do nosso corpo em relação à Terra. Ele nos informa se estamos
em movimento, parados, qual a velocidade e direção que nos movemos.

4. Gustativo

Os receptores para as sensações de sabor encontram-se na língua. Assim que a comida, objeto
ou qualquer substância entra em contato com a boca, nossas papilas gustativas entram em ação
para capturar o tipo de experiência de sabor que estamos tendo.
No entanto, esse não é o único sistema acionado quando nos alimentamos. Ao comer, quatro
sistemas sensoriais são ativados: gustativo, olfativo, tátil (textura e temperatura) e proprioceptivo
(consistência).
A integração dessas informações nos dá as sensações quando comemos uma fruta, por exemplo.

5. Olfativo

As moléculas de odor presentes no ar são recebidas pelo nosso nariz e absorvidas pelas
cavidades nasais pelos receptores olfativos. Esses receptores captam as informações e as levam
diretamente para o centro olfativo.

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Isso significa que os cheiros não são filtrados no sistema nervoso central, pois esse sentido é uma
questão de sobrevivência.
Por exemplo, se você estiver dormindo e houver um incêndio em sua casa ou prédio, o cheiro de
fumaça o acordará para que você possa se proteger, pois essa informação será processada
mesmo enquanto você dorme.
Existe uma projeção do centro olfatório para o hipocampo, onde a memória olfativa é consolidada.

Além disso, o hipocampo é um dos componentes do sistema límbico, responsável pelas emoções.
Por isso, um cheiro de bolo de fubá pode fazer você lembrar da sua avó (memória olfatória) com
amor e afeto (sistema límbico).

6. Auditivo

As informações auditivas são captadas por receptores no ouvido interno, capazes de captar
ondas sonoras.
Elas são integradas a outros sentidos, como o vestibular, visual e proprioceptivo, para podermos
interpretar os sons significativos para nós, como os sons da fala.
O ato de ouvir é a capacidade de receber sons, mas isso não garante que compreendamos o que
esses sons representam.
O desenvolvimento da linguagem, explicado na aula “Linguagem x Comunicação x Fala”, é
essencial para a compreensão.

7. Visual

Os receptores visuais estão presentes em nossos olhos, que captam ondas de luz e transmitem,
através da retina, a informação visual para o córtex occipital. A partir daí, a informação é
espalhada para ser integrada com todas as outras informações sensoriais.
Entre todos os nossos sentidos, a visão é o mais complexo. Com o desenvolvimento humano, a
visão passa a ser o sentido mais dominante, já que entre 60 e 80% da informação que alimenta o
cérebro é visual.
Quando falamos de processamento visual, precisamos considerar 3 componentes que impactam
a aprendizagem:

 Controle oculomotor: controle dos músculos dos olhos, que permite coordenar o
movimento dos olhos com as mãos, fazer rastreamento visual, entre outros;

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 Convergência visual: capacidade dos dois olhos manterem o foco em um mesmo ponto, o
que impacta diretamente a percepção de profundidade;
 Percepção visual: relacionada ao significado que nosso cérebro dá à informação que
vemos – discriminação de cores, formas, proporções, distância, etc.

8. Interoceptivo

A interocepção refere-se à percepção dos estados internos do corpo, como fome, sede, cansaço
e dor. Seus receptores são internos e ficam em nossos órgãos.
Este sentido está relacionado à percepção e consciência de sinais corporais necessários para a
homeostase ou regulação.
É através dele que conectamos as sensações do nosso corpo com nossas emoções. Falamos
sobre ele no módulo de necessidades fisiológicas.
Desenvolver a consciência interoceptiva desde cedo pode ajudar a criança a regular suas
necessidades fisiológicas e emocionais, promovendo assim o bem-estar geral.

Como os 8 sentidos do corpo humano estão ligados ao desenvolvimento infantil?

Os 8 sentidos do corpo humano desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento infantil,


fornecendo as bases sensoriais necessárias para o crescimento motor, cognitivo, emocional e
social das crianças.
Quando falamos da integração sensorial estamos falando do processo pelo qual o cérebro
organiza e interpreta as informações sensoriais recebidas do ambiente.
Dessa forma, os 8 sentidos do corpo humano estão diretamente ligados ao processo da
integração sensorial, uma vez que para agir no mundo, integramos essas informações de forma a
organizar nosso comportamento, como base para o desenvolvimento das habilidades motoras, de
concentração e muitas outras.
Uma integração sensorial eficaz é essencial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social
da criança. Por isso:

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 Estimular a visão através de brinquedos coloridos, livros com imagens nítidas e atividades
ao ar livre pode promover a percepção visual e o reconhecimento de padrões desde tenra
idade.

 Brincadeiras sensoriais que envolvem texturas diferentes, como areia, água, argila e
tecidos diversos, ajudam a desenvolver a sensibilidade tátil e promover o desenvolvimento
motor fino.
 Expor a criança a uma variedade de sons, desde músicas suaves até os sons da natureza,
pode ajudar a desenvolver sua capacidade auditiva e promover a consciência fonológica,
facilitando assim a aquisição da linguagem.

 Estimular o olfato e paladar através da introdução de uma variedade de sabores e aromas


durante as refeições pode não apenas promover uma alimentação saudável, mas também
enriquecer a experiência sensorial da criança.
 Atividades que envolvem pressão profunda, como abraços apertados, empilhamento de
blocos e brincadeiras ao ar livre que desafiam o equilíbrio, são fundamentais para estimular
esse sentido.
 Brincadeiras que envolvem movimentos de rotação, balanço e mudança de velocidade e de
posição da cabeça, ajudam a fortalecer esse sentido e promovem habilidades motoras e de
organização sensorial.
 Desenvolver a consciência interoceptiva desde cedo pode ajudar a criança a regular suas
necessidades fisiológicas e emocionais, promovendo assim o bem-estar geral e melhora da
autonomia e independência nas atividades de autocuidado.

Conclusão

Os 8 sentidos do corpo humano desempenham papéis interconectados e essenciais no


desenvolvimento infantil, principalmente quando falamos de Terapia Ocupacional e integração
sensorial.
Ao entender e apoiar o desenvolvimento desses sentidos, os pais e profissionais da saúde podem
ajudar as crianças no ganho de habilidades em todas as áreas da vida.
Promover atividades e situações que estimulem uma integração sensorial saudável desde cedo
ajuda a criar um futuro com mais qualidade de vida, independência e autonomia. Por isso, é
fundamental que profissionais da terapia ocupacional aprendam sobre esses 8 sentidos do corpo
humano e saibam como usá-los no dia a dia da criança.

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O que fazer para diminuir a sensibilidade auditiva de crianças com autismo?

Você já viu uma criança autista tapando os ouvidos em um ambiente com muito barulho? Esse
comportamento pode estar ligado a sensibilidade auditiva, uma característica comum em
algumas pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA), que causa desconforto e prejudica
o bem-estar.
Essa sensibilidade auditiva acontece quando o indivíduo possui um Transtorno do
Processamento Sensorial, condição na qual o sistema nervoso apresenta dificuldades para

processar estímulos do ambiente e dos sentidos quando recebe pouco (hipossensibilidade) ou


muito (hipersensibilidade) estímulo.
O que preocupa as pessoas cuidadoras de crianças com sensibilidade auditiva, é justamente o
bem-estar, principalmente em caso de receber muitos estímulos em ambientes, que frequentam
na rotina, por exemplo, na escola, ou até mesmo em um playground que fica mais cheio
no período de férias ou nos finais de semana.
Por isso,como Terapeuta Ocupacional,resolvi reunir dicas para a família que possuem
dificuldades em controlar a hipersensibilidade sensorial (principalmente a auditiva) de pessoas
que estão no espectro autista.
Normalmente indicada por profissionais que fazem o diagnóstico junto à Análise do
Comportamento Aplicada (ABA) e Fonoaudiologia, ela pode ajudar a criança em várias áreas
de desenvolvimento.

Transtorno do Processamento Sensorial no autismo

O Transtorno do Processamento Sensorial é uma condição que pode ou não estar presente em
pessoas autistas, apesar de ser muito comum em pessoas com TEA, também está presente em
outros transtornos, como, por exemplo, pessoas com TDAH que podem apresentar
mais sensibilidades à luz.
Por ser uma condição ligada ao sistema nervoso, esse distúrbio é considerado como
uma comorbidade, justamente por comprometer a qualidade de vida e o desenvolvimento da
pessoa que possui transtorno sensorial.
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Quando o indivíduo é caracterizado por essa condição sensorial, ele pode apresentar estímulos
demais ou precisa de reforços para sentir qualquer tipo de estimulação. Dessa forma, o transtorno
é classificado como hipersensibilidade ou hipossensibilidade.
 Hipersensibilidade: quando há estímulos em excesso, sendo auditivos (muito barulho),
visuais (sensibilidade a luz), ao sentido tátil, onde há incômodos por textura (fio de cabelo,
blusa de lã), ao olfato (cheiros de fragrâncias que incomodam e ao paladar (caracterizando
também a seletividade alimentar, etc.
 Hipossensibilidade: quando há um esforço para oferecer qualquer tipo de estimulação.
Em casos assim, é muito comum que pessoas com esse perfil sensorial estejam sempre em
movimento, se balançando, movimentando os dedos e as mãos, ou seja,
apresentando movimentos repetitivos com frequência, e até mesmo procurando objetos para
tocar e estimular os sentidos.

Além disso, há casos em que a pessoa pode conviver com a hipersensibilidade e a


hipossensibilidade, respondendo melhor a um sentido do que outro, isto é, busca contato com
diferentes textura (massinha, areia, etc) como estímulo, mas é hipersensível a sons muito altos.

Ainda dentro do transtorno sensorial, existem outras classificações que determinam o quadro
sensorial do indivíduo, sendo dividida em:

 Transtorno de modulação sensorial: dificuldade para regular grau, intensidade e


natureza das respostas dos estímulos sofridos;
 Transtorno de discriminação sensorial: gasta mais energia para identificar diferenças e
semelhanças dos estímulos;
 Transtornos motores com base sensorial: dificuldade para absorver informações do
próprio corpo e reagir de forma coerente com o ambiente.

Atividades para terapia ocupacional no autismo

As intervenções e atividades da terapia ocupacional, impactam na melhoria da


comunicação, habilidades de interação e habilidades motoras.
Assim, os terapeutas ocupacionais podem indicar algumas atividades que estimulem diversas
informações sensoriais ao mesmo tempo! Um exemplo disso são os circuitos sensoriais: um
programa de atividades que podem ajudar as crianças a alcançar um estado “pronto para
aprender”.

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Lembra quando se fala sobre o nível de alerta? A depender do funcionamento da criança, este
tipo de atividade pode ajudar a criança a “acordar”, a estar desperta para os estímulos e
informações do ambiente.
Os circuitos sensoriais são uma série de atividades projetadas especificamente para
despertar todos os sentidos.
Entre algumas atividades da terapia ocupacional no autismo, podemos destacar:

Estimulação Sensorial

As crianças autistas muitas vezes têm uma resposta sensorial atípica, podendo ter
hipersensibilidade ou hipossensibilidade aos estímulos do ambiente.

Assim, a terapia ocupacional utiliza atividades sensoriais como massagens, uso de escovas
terapêuticas, caixas de toque e objetos com texturas variadas.

A estimulação sensorial é uma forma de enriquecer o ambiente da criança, de forma a dar suporte
para sensações de prazer e bem-estar.
Algumas atividades de alerta, para estimular o sistema nervoso central
a preparar o corpo em preparação para o aprendizado, podem ser:

 Girar, pular em uma bola de ginástica;


 Pular sozinho com os pés.

Em contrapartida, podem ser realizadas algumas atividades calmantes, que estimulem o


“trabalho pesado”, com ativação muscular, ou mesmo a pressão profunda, para dar uma
consciência de seu corpo no espaço e aumentar a capacidade de autorregulação da entrada
sensorial são:
 Empurrões na parede;
 Flexões;
 Uso de pesos.

Importante ressaltar que a depender da criança, estes grupos de estímulos (mais alertantes)
podem gerar comportamentos mais agitados! Por isso, observe sua criança e os comportamentos
que ela apresenta!

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Brincadeiras Estruturadas

As brincadeiras estruturadas são uma forma divertida e eficaz de desenvolver habilidades sociais,
linguagem e interação. Aqui, os profissionais usam jogos e brinquedos apropriados para a idade e
nível de desenvolvimento da criança, estimulando a comunicação, a coordenação motora e a
resolução de problemas.

Atividades de Autocuidado

O desenvolvimento de habilidades de autocuidado é essencial para promover a independência da


criança autista.
Ao pensar no treino dessas habilidades, os terapeutas ocupacionais fazem uma análise da tarefa,
considerando quais são as habilidades que a criança apresenta, quais as habilidades que

precisam ser desenvolvidas, o contexto em que a atividade ocorre e como o ambiente interfere
em sua performance.
Por isso, os T.Os. trabalham em conjunto com os pais e cuidadores para ensinar e praticar
atividades como vestir-se, escovar os dentes, alimentação e higiene pessoal. Isso fortalece a
autoconfiança da criança e sua capacidade de realizar tarefas do dia a dia.

Integração Sensorial

Muitas crianças autistas têm dificuldade em integrar as informações sensoriais, o que pode afetar
sua capacidade de responder às demandas do ambiente, uma vez que podem impactar a
organização do comportamento.
Por exemplo, pode afetar a capacidade de concentração, engajamento, motivação, participação
social, etc.
Dessa forma, a terapia ocupacional utiliza técnicas que estimulam a integração de informações
sensoriais através de atividades que utilizam balanços, trampolins, atividades com bola e jogos,
etc.

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Essas atividades envolvem a organização de estímulos específicos, direcionados e
personalizados que ajudam a criança a responder de forma adaptativa, ou seja, tem uma resposta
considerada apropriada para determinada ação do ambiente.

Algumas atividades de que exijam a integração de informações são:


 Brincar de pular em cima de texturas variadas;

 Brincar de subir em uma superfície alta e pular dentro de uma piscina de bolinhas;

 Brincar de tiro ao alvo enquanto está balançando.

É importante lembrar que: cada pessoa é única e todas as atividades dependem das
necessidades e repertório da criança, por isso é fundamental conhecer o perfil sensorial e padrão
de funcionamento dos pequenos.
Isso porque, ao conhecer a criança, os terapeutas ocupacionais podem adaptar as atividades do
dia a dia, promovem atividades que se enquadrem as habilidades da criança e seja motivadora.

A importância do brincar

O ato de brincar, na terapia ocupacional, é muito importante, já que a T.O. estuda o


comportamento ocupacional, considerando seus componentes, o contexto em que ele acontece e
a área em que ele ocorre.
Os terapeutas ocupacionais entendem que o ser humano é um ser ocupacional. O brincar na
primeira infância é a principal ocupação da criança.

E é a partir do engajamento do brincar são estabelecidas habilidades que dão base para o seu
cotidiano, refletindo em seu próprio fazer, estimulando aspectos motores, sensoriais, sociais,
emocionais e de aprendizado da criança.
As brincadeiras realizadas durante as sessões são direcionadas, a escolha de brinquedos se dá
a partir do nível de brincar e do repertório da criança e proposição de atividades são pensadas a
partir da idade, da habilidade a ser desenvolvida e da motivação da criança autista.

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Por exemplo, em um bebê de poucos meses com atraso no desenvolvimento, é preciso estimular
sentidos como a visão e a audição, além do controle do pescoço e o movimento de se virar.
Por isso, apostar em brinquedos mais no visual, com músicas e sons que atraem a atenção.
Ainda mais quando conseguimos associar estes brinquedos com músicas e desafios motores e
experiências corporais.

Atividades da vida diária

Atividades de vida diária proporcionam sensações diversificadas, e nem sempre interpretadas


como agradáveis.
Quando pensamos na população TEA, de 40% a 90% dos autistas apresentam quadro de
sensibilidade sensorial, o que pode gerar dificuldades em ficar embaixo do chuveiro, lavar e cortar
o cabelo, cortar as unhas, etc.
E é para que a criança consiga realizar essas atividades necessárias, a T.O. promove adaptações
ambientais e da atividade, para que a criança consiga autonomia durante esse processo.
As AVDs, quando estimuladas, ajudam no desenvolvimento da autonomia da criança,
incentivando-a a realizar cada vez mais atividades de forma autônoma e independente.

Isso por que a terapia ocupacional amplia a oportunidade da criança agir no mundo, promovendo
sentimentos de realização que impactam inclusive em sua motivação.
Podemos pensar em duas atividades cotidianas que acontecem frequentemente e que são
exemplos de como isso pode acontecer no dia a dia:

 Na hora de se vestir – é possível favorecer que a criança escolha a roupa que


desejar vestir pela combinação que mais chame a atenção dela, como as cores, as
texturas, o peso e/ou o tamanho.

 Na hora do banho – é o momento de experimentar sensações como toque leve,


toque profundo e temperatura. Acrescentar cor e brinquedos na banheira torna o banho
um momento de brincadeira.

Em ambas as situações, a criança engajou em uma atividade rotineira, o que ampliou a sua
participação na atividade.

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Seletividade alimentar no autismo

O termo seletividade alimentar possui significados variados, que incluem a recusa alimentar,
repertório restrito de alimentos e até mesmo a ingestão frequente de um único tipo de
alimento.
Embora esta restrição alimentar não seja incomum entre crianças pequenas com
desenvolvimento típico, ela pode ser ainda mais restritiva em crianças com TEA podendo se
estender para além do período da primeira infância.
Vou falar sobre a seletividade alimentar e como o fonoaudiólogo pode ajudar com
esse comportamento desafiador.

O que é seletividade alimentar?

Seletividade alimentar é o ato que a criança (ou o adulto) tem de rejeitar alguns alimentos ou
grupos alimentares, gerando, muitas vezes, desinteresse pela comida, falta de apetite ou até
náuseas e vômitos.
As principais características da chamada seletividade alimentar são:

 Comer uma pequena variedade de alimentos,


 Apenas comer alimentos com os mesmos padrões sensoriais (cor,textura ,tamanho etc),

 Recusa em experimentar novos alimentos.

Aproximadamente um quarto de todas as crianças têm problemas alimentares nos


primeiros anos de vida, porém a taxa é de 80% em crianças com algum atraso de
desenvolvimento.
Essa rejeição pode vir a acontecer por diversos fatores, como:

 Cheiro;
 Cor;
 Temperatura;
 Sabor;
 Forma;
 Textura, por exemplo, quando o alimento é pastoso, crocante ou seco;
 Aspecto visual e tamanho.

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Além desses fatores, também é comum observar seletividade alimentar gerada por uma
dificuldade sensório motora que causa falta de habilidade para morder, mastigar ou engolir.
A seletividade alimentar reduz a dieta da criança e/ou adulto, empobrecendo a variedade de
nutrientes e frustrando a família, por gerar estresse e complicar o dia a dia na escolha e no
preparo das refeições.
Devido a esse padrão alimentar rígido, é comum que pessoas com um comer seletivo não atinjam
as necessidades nutricionais para um desenvolvimento saudável, já que a variedade de alimentos
consumidos é bastante limitada.
Isso faz com que haja déficits de nutrientes necessários para o funcionamento adequado do
organismo.

Com que idade a seletividade alimentar aparece?

Geralmente, a seletividade alimentar surge antes dos 6 anos, no início da infância, sendo um
padrão comportamental bastante comum de ser visto por pais e profissionais.
Apesar de alguns estudos apontarem que esses padrões alimentares rígidos melhoram com o
passar do tempo, adolescentes e adultos no espectro apresentam maiores taxas de
seletividade alimentar, do que seus pares neurotípicos.
Foram descritos dados de que 46% da população geral de crianças apresenta algum tipo de
seletividade alimentar. Enquanto, uma a cada dez crianças apresenta padrões de restrição
severos.
Devido a essa relação entre seletividade e autismo, veremos a seguir quais são os impactos na
saúde que a seletividade alimentar causa e como lidar com eles.

A seletividade alimentar é um transtorno alimentar?

Quando pensamos em Transtornos Alimentares (TA) é comum associarmos a preocupações com


peso e imagem corporal, que são aspectos característicos dos TAs mais conhecidos como:
Anorexia (AN), Bulimia (BN) e Compulsão Alimentar (CA).
Apesar dessas preocupações serem realmente frequentes nos quadros mencionados acima,
existem transtornos que não giram em torno desses aspectos. É o caso do Transtorno Alimentar
Restritivo Evitativo (TARE), incluído em 2013 na quinta edição do DSM.
Os critérios diagnósticos do TARE são bastante parecidos com os descritos acima relacionados à
seletividade alimentar.
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O que os diferencia é a intensidade do sofrimento emocional e o risco à saúde causado
pelos comportamentos restritivos. Inclusive, muitas vezes o grau de sofrimento associado a
essa condição pode ser semelhante ao vivido em quadros graves de transtornos alimentares,
como na anorexia.
Os efeitos do TARE podem ser muito graves, tanto que em um artigo no ano de 2019, é relatada
a história de um menino, na época com 12 anos, que perdeu permanentemente a visão, em
decorrência da má nutrição, já que por sua dieta altamente restritiva não eram consumidos os
nutrientes necessários.
Por isso, é preciso que pais e profissionais conheçam mais sobre esse quadro e sobre quais
formas de atuação podem ajudar crianças e adultos com TEA que também apresentam TARE.

Seletividade alimentar no autismo

Apesar desse padrão alimentar também ser visto em pessoas com desenvolvimento típico, a
seletividade alimentar é frequentemente associada ao diagnóstico de Transtorno do Espectro
Autismo (TEA), já crianças autistas têm 5 vezes mais chances de apresentarem dificuldades
alimentares, do que crianças neurotípicas.
Em 2010, foi realizou uma pesquisa comprovando que cerca de 67% das crianças no espectro
autista apresentam transtorno ou seletividade alimentar.
Cada situação é única, mas em muitos casos há a dificuldade e/ou recusa da criança de
experimentar alimentos novos, pelo fato de que, ao comer, as crianças no espectro autista
recebem interferência de estímulos sensoriais.
Além disso, a seletividade alimentar também pode aparecer por dificuldades de modulação
sensorial da audição, visão, olfato, paladar e toque, rejeitam o alimento.
Por outro lado, quando não há fatores orgânicos identificáveis, a questão alimentar pode ser
considerada manifestação de interesses restritos e comportamento de rigidez, que também são
características do autismo.

A rigidez é caracterizada como a relutância em:

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 Experimentar novos alimentos;
 Ter um pequeno repertório de alimentos aceitos;
 Não realizar as refeições em horários e locais diferentes;
 Resistir à apresentação de pratos e tipos de utensílios novos;
 Comer alimentos específicos em lugares específicos;
 Comer alimentos da mesma cor ou marca.

Em outros casos, estar preso a rotina também não é nada motivador para uma criança em
processo de crescimento e descobrimento.

Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) e autismo

É comum que crianças neurotípicas e atípicas apresentam fases de recusa ou seletividade


alimentar. Porém, aqueles diagnosticados com TARE têm um padrão alimentar rígido, pervasivo
e consistente, causando problemas para:
 O desenvolvimento saudável e manutenção das funções corporais: já que não são
consumidos os nutrientes e calorias necessárias;

 Socialização: já que há evitação de diferentes alimentos, diferentes preparações e


diferentes apresentações das comidas.

Esse quadro diagnóstico é frequentemente visto em crianças e adolescentes autistas.


Alguns estudos apontam que 20% daqueles diagnosticados com TARE também têm TEA.
Dentre os principais sinais do TARE estão:

 Pouco interesse em alimentos e em comer;


 Evitação de alimentos baseada em suas características físicas: cor, textura, cheiro;
 Medo de engasgar, vomitar ou se contaminar ao experimentar alimentos diferentes;
 Queixas de dores de estômago ou sensação de estufamento perto das refeições;
 Perda de peso;
 Fadiga;
 Problemas de sono;
 Comprometimento social.

Como trabalhar a seletividade alimentar com ajuda da Fonoaudióloga?


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Este trabalho é muito amplo e específico, a fonoaudióloga é uma parte importante do tratamento,
mas é necessário um trabalho conjunto com a equipe multidisciplinar, com Terapeutas
Ocupacionais, Nutricionistas, Psicólogos, entre outros.
Cada caso deverá ser analisado cuidadosamente para definir quais os estímulos corretos
para cada criança.
No geral, a fonoaudióloga pode auxiliar no diagnóstico e no processo terapêutico, diretamente.
O fonoaudiólogo pode fazer a terapia alimentar com o objetivo de aumentar o número de
alimentos que a criança consome, além de ser um profissional com expertise nas funções que
estão relacionadas com a alimentação (respiração, sucção, mastigação e deglutição).
Porém, vale lembrar que, por se tratar de um problema multifatorial, o ideal é ter um
acompanhamento multidisciplinar.
Quando os estímulos são trabalhados em conjunto a um terapeuta ocupacional, os profissionais
oferecem:

 Estímulos táteis;
 Contato com as diversas texturas;
 Treino motor
 Apresentação de novos alimentos.

O que é um momento comumente reportado pelos pais como grande estresse e muita recusa.
Durante a estimulação são trabalhados todos os sistemas: olfato, visão, audição, paladar,
vestibular e proprioceptivo, e a família participa, reproduzindo essa interação em casa.

O que fazer para auxiliar a criança na aceitação do alimento?

Além de acompanhar a criança autista em frequentes consultas com o fonoaudiólogo, é preciso


colocar as estratégias em prática, para que o momento da refeição deixe de ser complexo e
desafiador.
Já que é no círculo familiar que acontecem a maior parte das refeições, pais e cuidadores podem
ficar atentos aos comportamentos alimentares da criança.
A ação de comer corresponde a uma cadeia de comportamentos complexos, que possuem
diversas etapas. A organização do ambiente, a maneira de ofertar o alimento e o treino alimentar
tornam a experiência mais agradável para a criança.

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Afinal, o que fazer para ajudar a criança na aceitação do alimento? Para facilitar a alimentação da
criança, alguns passos podem ser seguidos:

1. Estruture a rotina

Quando falamos em alimentação, criar um passo a passo para familiarizar a criança com a hora
de comer ajuda muito na seletividade alimentar do autismo! Influencie ela a ajudar no preparo
para a refeição, como: organizar a mesa, lavar as mãos e sentar à mesa com os familiares.

2. Incentive o processo de descoberta

Deixe que a criança sinta os alimentos, tocando-os mesmo que seja um “momento de bagunça”.
É muito importante para que ela se familiarize com o que vai levar à boca. Comer junto a outras
pessoas da família também as motiva para experimentarem algo desconhecido, pois se todo
mundo está comendo, a criança pode ficar curiosa e experimentar.

3. Ofereça alimentos variados

Converse com a sua equipe multidisciplinar que acompanha esse processo, e descubra quais
alimentos podem ser oferecidos para a criança. O fonoaudiólogo poderá indicar um bom caminho
a seguir para potencializar e estimular o que é feito nos atendimentos, juntamente com um
nutricionista que indicará a melhor fonte de nutrientes.

4. Estimule-a

Celebre cada alimento novo que a criança comer. Convide-a para cozinhar junto com você, lavar
legumes e verduras, e deixe que ela participe da seleção dos alimentos, assim a relação com a
alimentação se torna cada vez melhor.

5. Conheça onde está a dificuldade da criança e estabeleça as etapas de aproximação

Por exemplo: se a criança tem dificuldade com o cheiro do alimento no prato, você pode fazer
uma brincadeira na cozinha enquanto o almoço está sendo preparado. Assim, a criança estará
exposta ao cheiro, mas fazendo algo que não seja relacionado a ingerir o alimento.

Toda família quer que a criança se alimente da melhor forma possível, para ter um
desenvolvimento saudável. Mesmo que a seletividade alimentar no autismo tire a paz de muitos
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pais, é preciso lembrar de que a criança precisa de um estímulo certo, com uma equipe
multidisciplinar que potencialize o desenvolvimento dela.
Nunca force a criança a comer e nem faça combinados que a fará comer por ser uma troca. O
prazer da alimentação deve ser o grande motivador e não algo externo, como, por exemplo,
comer para poder assistir televisão.
A inclusão de um terapeuta ocupacional na equipe multidisciplinar de intervenção para crianças
autistas é essencial.

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Sensibilidade auditiva e autismo

Estudos evidenciaram que mais de 40% das crianças com TEA possuem algum transtorno
do processamento sensorial, e quando falamos especificamente de sensibilidade auditiva,
estudos prévios apresentaram ampla variabilidade de prevalência, com resultados de 15% a
100%.
Mas, assim como citamos ao longo do texto, nem toda pessoa no espectro autista possui
sensibilidade auditiva.
Se você, pessoa cuidadora, quer entender qual o perfil sensorial de sua criança autista, busque
profissionais especializados em TEA e tire todas as suas dúvidas. Um acompanhamento a longo
prazo é essencial e indicado para perceber o desenvolvimento e possíveis mudanças.

“Cada pessoa, seja adulto ou criança, tem um perfil de funcionamento sensorial singular,
portanto, apesar de comum, seria um equívoco afirmar que todas as crianças com TEA são
impactadas por sensibilidade auditiva.”
Quando impactadas pela hipersensibilidade, é possível que pessoas cuidadoras se deparam com
uma crise sensorial, que decorre após uma exposição aos fortes estímulos.
No caso de sensibilidade auditiva, os estímulos maiores podem ocorrer com sons de sirenes na
rua/escola, por barulho de fogos de artifício, barulhos que se intensificam, ou até uma música
muito alta em um local público.
Entretanto, a família pode observar sinais de alerta quando a criança entra em crise,
ressalto: “aumento de estereotipias e agitação motora, a crescente de comportamentos
desafiadores, são alguns sinais de alerta para crises que a família pode se atentar.”
Além disso, é possível identificar aspectos ambientais e de rotina, que podem ser
desorganizadores sensoriais e com maiores chances de aparecimento de crises como mudança
de escola, período de férias, algo incomum na rotina diária da família.

Como ajudar em caso de sobrecarga sensorial?

Em caso de sobrecarga sensorial, que pode refletir seguidamente de um comportamento


desafiador, ainda é possível intervir e acolher a criança nesse momento desafiador e estressante
para ela.

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é possível fazer adaptações ambientais que proporcionem um espaço com maior
oportunidades de regulação para esta criança. Isso consiste em fazer um equilíbrio entre
diversos estímulos.

Dois exemplos para acolher nesse momento são:

 Diminuir ruídos e luminosidade – Ficando em silêncio, ou falando em um tom mais baixo


e apagando as luzes do ambiente.
 Possibilitar maior contorno corporal – Fazendo o uso de almofadas, travesseiros e
bichos de pelúcia próximos à criança.
“Mas lembre-se, assim como cada criança é única e apresenta um perfil sensorial
específico, cada comportamento vai exigir um tipo de intervenção diferente que deve ser
alinhado com sua equipe terapêutica”, reforço como Terapeuta Ocupacional.

Como os abafadores de ruído podem ajudar pessoas autistas?

Um objeto muito recomendado pelos profissionais é o fone abafador de ruídos, que possui uma
quantidade generosa de esponja e dissipa o som de ambientes repletos de sons altos.

Abafadores de ruído, também conhecidos como protetores auriculares ou fones de ouvido com
cancelamento de ruído, são dispositivos projetados para reduzir a quantidade de som que chega
aos ouvidos.
Eles funcionam bloqueando ou absorvendo os sons indesejados do ambiente, ajudando a criar
uma experiência auditiva mais tranquila e confortável.
Para pessoas autistas, que muitas vezes enfrentam desafios relacionados à sensibilidade
sensorial, os abafadores de ruído podem ser uma ferramenta essencial, pelos seguintes motivos:

 Redução da sobrecarga sensorial: abafadores de ruído ajudam a reduzir a quantidade


de estímulos sonoros que alcançam os ouvidos, diminuindo assim a sobrecarga sensorial e
proporcionando um ambiente mais calmo e controlado.
 Melhoria do foco e concentração: eles oferecem a oportunidade de se concentrar em
atividades importantes sem distrações desnecessárias.
 Aumento do conforto em situações sociais: o uso desses abafadores para quem tem
sensibilidade auditiva pode ajudar a tornar as situações mais gerenciáveis sem tanta
sobrecarga por estímulos sonoros excessivos.

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 Auxílio na autorregulação emocional: esse item proporciona uma forma de
autorregulação emocional, permitindo que as pessoas controlem seu ambiente sensorial e
reduzam os níveis de estresse.

Quais as dicas para oferecer uma qualidade de vida para quem tem
hipersensibilidade auditiva?

Entretanto, apesar do uso dos abafadores ser uma boa solução para locais de muitos estímulos
auditivos, ele pode atrapalhar as pessoas no espectro por conta dos diferentes perfis
sensoriais. “Assim como estratégias para previsibilidade precisam ser avaliadas de forma
singular, o abafador também precisa”.
“É preciso considerar aspectos sensoriais de outros sistemas para além do auditivo, como o
sistema tátil. Há muitas crianças que se incomodam com um simples toque na cabeça, visto que
esse recurso necessita de um suporte que passa pela cabeça, este sistema também passa a ser
relevante durante a avaliação da aceitabilidade e benefício do recurso.”
Também é possível adaptar os momentos de lazer para que a pessoa com autismo consiga
aproveitar os diferentes espaços e criar um vínculo com as pessoas à sua volta.
Por conta da sensibilidade auditiva, uma indicação são os espaços ou parques ao ar livre, ou até
praças pequenas encontradas em bairros, onde a incidência de barulho é menor, comparada a
grandes parques e brinquedotecas.

Explico: “também há crianças que podem se sentir melhor em locais fechados e com controle de
entrada de pessoas. Portanto, eu sugiro sempre partir do desejo da criança, suas preferências e
motivação.”
Lembrando que em caso de passeios e novas brincadeiras é sempre importante atuar com a
previsibilidade, e explicar para a criança sobre o local que estão indo e qual ação vão fazer; fazer
o uso de desenhos, fotos e/ou contar histórias pode auxiliar nesse processo.Acredito que todas as
crianças têm direito de estar em todos os espaços que são desejáveis e podemos pensar em
estratégias facilitadoras para isso.

Conclusão

Lidar com a sensibilidade auditiva pode ser desafiador, mas com o apoio certo e as estratégias
adequadas, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas autistas e
encontrar maneiras de estar mais confortável na rotina.
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Para que os pais usem as estratégias adequadas, selecionadas de maneira individualizada, é
importante aqui o apoio da equipe terapêutica que os acompanha.

Autismo e sono: qual a relação?

Existe uma relação entre o autismo e sono que prejudica o bem-estar de pessoas no espectro e
seus respectivos cuidadores. Segundo a Academia Americana de Neurologia, há um estudo
que demonstra que até 80% das crianças com TEA possuem dificuldades para dormir,
resultando em um período noturno estressante para a família.
O distúrbio do sono pode aparecer ainda na fase da primeira infância em crianças típicas e
atípicas, mas em crianças com TEA o risco é ainda mais elevado, principalmente quando o
autismo acompanha alguma comorbidade, como, por exemplo, a deficiência intelectual, cujo dos
impactos está ligado diretamente ao sistema nervoso.
Entender e buscar ajuda em relação aos impactos do autismo e sono ainda na infância, é
essencial, pois podem agravar os sinais associados a:

 Desatenção;
 Irritabilidade;
 Hiperresponsividade sensorial;
 Comorbidades como: problemas gastrointestinais e epilepsia.
Para te ajudar, separei alguns cuidados para criar um ambiente mais favorável ao sono. Com
base nessas recomendações, é importante que você pense quais mudanças são possíveis para
construir uma rotina de sono saudável para sua filha(o).

Qual a relação entre autismo e os problemas no sono?

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Conforme o Instituto do Sono, distúrbios do sono em pessoas com autismo podem estar
relacionados a desequilíbrios no ritmo cardíaco. O ritmo cardíaco, por sua vez, é o principal
regulador das mudanças fisiológicas diárias no corpo humano, funcionando como um “relógio
biológico” que envia sinais ao cérebro sobre a hora adequada para dormir e descansar.
A desregulação do sono também está ligada à falta de produção e liberação da melatonina em
pessoas no espectro autista. A melatonina é um dos hormônios que deve ser produzido no
período noturno, responsável por enviar o estímulo ao cérebro indicando que é hora de relaxar
para adormecer.
Esse déficit na produção de melatonina pode estar ligada diretamente à alteração genética em
pessoas com TEA.

Por que é importante se preocupar com a relação entre autismo e sono?

Assim como disse na introdução deste texto, a falta de sono pode ser prejudicial para o bem-estar
de pessoas autistas, bem como afetar a rotina saudável de suas pessoas cuidadoras(mães).
O momento do sono é um período inteiramente dedicado para descanso, a falta dessa atividade
de “revitalização” do corpo e da mente pode interferir em atividades da rotina diária, deixando a
pessoa com autismo indisposta e desestimulada para desenvolver as ações.
Até mesmo o processo de alfabetização pode ser prejudicial, pois noites mal dormidas resultam
em uma piora na atenção, além da falta de receptividade para receber estímulos, devido ao
cansaço físico.(relato por ser uma Psicopedagoga ABA).

Como melhorar o sono no autismo?

É importante lembrar que existem profissionais especializados para auxiliar a família a entender e
ajudar nesse processo de distúrbio do sono. Consulte seu pediatra para garantir que passos
saudáveis estão sendo seguidos e que acolhem a criança.
Como acredito do tratamento humanizado sugiro não entrar com nenhuma medicação ,podemos
trabalhar inicialmente com óleo essencial, sendo menos invazivo.
Além disso, cada pessoa possui um perfil sensorial, com uma percepção singular do mundo ao
redor, sendo preciso entender a forma que a pessoa recepciona os estímulos e como eles vão
impulsionar no desenvolvimento e até na rotina de sono.

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Um exemplo disso é: pessoas com TEA podem preferir atividades que estimulam o corpo e
gastam energia. Isso pode resultar em um sono mais tranquilo ou na necessidade de um banho
quente para relaxar.
Existem outros estímulos, listamos abaixo algumas dicas:

1. Cuidados gerais para crianças com autismo dormir melhor

O quarto da criança deve ser propício ao sono. Isso quer dizer um ambiente quieto, com uma
temperatura agradável e pouca luz. Eletrônicos como TV, iPad ou videogame não devem estar
ligados durante o período de dormir.

2. Lidando com barulhos e ruídos

Barulhos domésticos comuns, como a TV ligada ou a água corrente no banheiro podem afetar o
sono de uma criança diagnosticada com TEA, devido à hipersensibilidade sensorial.
Caso não seja possível evitar esses barulhos, uma sugestão é criar sons mais confortáveis para
chamar a atenção da criança, e assim fazer com que ela não se incomode com o barulho original.

Normalmente esse novo som é chamado de ruído branco. Pode ser o som de um ventilador de
teto, de um purificador de ar ou mesmo o som de um instrumento tocado no seu celular.

3. Incômodos com a textura do lençol ou pijama

Muitas crianças podem apresentar desconforto com a textura da roupa de cama ou do pijama. É
importante escolher um pijama confortável e com poucas estampas. Caso sua filha(o) já seja
maior, escolha junto com ela(e) o pijama e o lençol mais confortável.

4. Alimentação antes de dormir

Antes de dormir, evite alimentos e bebidas muito calóricas ou com cafeína. Refrigerantes ou
doces muito gordurosos podem despertar a criança e dificultar a rotina do sono.

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5. Atividade tranquilas antes de dormir

É importante que a criança não faça atividades muito intensas antes de dormir. Brincadeiras muito
agitadas ou que demandem muito exercício físico devem ser evitadas, assim como brincar com
celular, tablet, televisão ou videogame. O ideal é evitar essas atividades no mínimo 30 minutos
antes da hora de dormir.

6. Impacto de medicamentos

Alguns medicamentos podem interferir no sono da criança. Se seu filho estiver tomando algum
remédio, recomendamos que você consulte o médico sobre possíveis efeitos colaterais.

Muitas vezes, mudar a hora de tomar o remédio já pode ajudar. Em relação a medicamentos
para dormir, só devem ser utilizados se recomendados pelo médico.
Caso a dificuldade de dormir permaneça, é importante envolver uma equipe clínica para te ajudar.

Conclusão

Como vimos, autismo e sono a relação entre autismo e sono é complexa e multifacetada,
afetando significativamente o bem-estar de pessoas no espectro e seus cuidadores. As
causas para os distúrbios do sono podem ser variadas, desde desequilíbrios no ritmo circadiano e
produção de melatonina até fatores sensoriais e comorbidades.

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O Papel do Psicopedagogo no Autismo

Na maioria das vezes em que falamos em autismo, nos referimos ao trabalho e intervenção com
profissionais como: psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Porém, a intervenção
psicopedagógica também se faz importante, uma vez que as habilidades acadêmicas ficam em
defasagem, atrapalhando o desenvolvimento da criança no ambiente escolar.

A importância da psicopedagogia

A psicopedagogia tem o papel de avaliar, investigar e detectar dificuldades e habilidades da


criança com Transtorno do Especto Autista (TEA). Assim, é possível realizar a intervenção para
desenvolver tais dificuldades e aumentar o repertório do individuo.

Na maioria das vezes as crianças com TEA possuem muitas barreiras comportamentais como:
dificuldade de comunicação, ecolalia, estereotipia e comportamentos de fuga/esquiva. Devido às
questões comportamentais é importante que o profissional psicopedagogo tenha conhecimento
em Análise Comportamento Aplicada ou faça supervisões com um especialista na área.

Como Análise do Comportamento poderá ajudar na intervenção psicopedagógica

A Análise do Comportamento Aplicada, além de ajudar na análise funcional dos comportamentos


emitidos pela criança também pode colaborar com os procedimentos de ensino em relação
às atividades pedagógicas.
Alguns dos procedimentos utilizados em ABA são:

1 – Modelagem: tem como finalidade reforçar de forma diferencial as respostas que se


aproximam do que está sendo pedido. É importante iniciar reforçando positivamente aquelas
respostas próximas ao que é desejado e, assim, de forma gradual o psicopedagogo exigir maior
refinamento da resposta até que a criança esteja capacitada a responder a atividade de forma
correta.

2 – Aprendizagem sem erro: É importante que o psicopedagogo assegure o sucesso do


aprendizado e a motivação da criança, oferecendo as dicas necessárias para a aprendizagem. Ou
seja, ajudar a criança a concretizar o comportamento-alvo, levando em conta os pré-requisitos
que ela possui e os que faltam aprender. Para que isso ocorra, o profissional deve seguir a
hierarquia de dicas, iniciando com a dica mais intrusiva e esvanecendo até a criança realizar de
forma independente.

3 – Uso de reforçadores: É importante que o psicopedagogo utilize itens de preferência da


criança para motivá-las a realizar as atividades desejadas.

Autismo nas escolas

Quanto antes for feito o diagnóstico de autismo, melhor. Isso porque as intervenções podem
também ser aplicadas precocemente — o que contribui muito para o desenvolvimento da criança.

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É importante que pais e professores estejam atentos aos sinais, tanto em relação aos atrasos na
fala quanto aos aspectos sociais do comportamento da criança. Escolher as melhores
intervenções depende do conhecimento das habilidades e das dificuldades da criança.

Para os professores, é um desafio trabalhar com as crianças com autismo, pois precisam adequar
suas estratégias de ensino. Muitos se sentem despreparados para alfabetizar esses alunos e
precisam de apoio da escola e também de profissionais especializados.

A intervenção psicopedagógica em casos de autismo é fundamental, pois ajuda a criança a


desenvolver pontos específicos e habilidades essenciais para a sua aprendizagem. Com um olhar
para cada sujeito, o psicopedagogo consegue identificar as características da criança, suas
necessidades e traçar estratégias para o seu desenvolvimento pessoal e escolar.

A intervenção psicopedagógica no autismo

A intervenção psicopedagógica é uma terapia que promove o desenvolvimento das crianças


visando a sua autonomia. A psicopedagogia investiga a relação da criança com a aprendizagem
considerando aspectos psicológicos, pedagógicos, cognitivos e afetivos.

A intervenção psicopedagógica se baseia na observação da criança, para que o profissional tenha


conhecimentos suficientes sobre ela para oferecer uma intervenção eficaz, trabalhando os
aspectos comportamentais e cognitivos.

O psicopedagogo trabalha habilidades de interação social, comunicação, dentre outras, para


incentivar o desenvolvimento cognitivo. A intervenção psicopedagógica no autismo contribui com
a compreensão e assimilação de comportamentos que possibilitam à criança aprender e se
relacionar.

Desafios da intervenção psicopedagógica no autismo

A psicopedagogia entende a aprendizagem como um processo de construção. Nesse percurso,


surgem desafios para os profissionais, na busca de uma interação profunda com a criança com
autismo.

Os psicopedagogos trabalham com um enfoque específico e suas intervenções em casos de


autismo são focadas nos aspectos que contribuem com a aprendizagem. Dessa forma, cada
criança tem o seu jeito de aprender e é isso que o profissional de psicopedagogia tenta passar
para os professores.

Podemos dizer que o maior desafio é criar um trabalho realmente multidisciplinar, para que a
criança seja vista em suas potencialidades e possa ser considerada em sua totalidade. Não existe
um método que seja adequado para todas as crianças com autismo, cada criança é única e
conhecer as habilidades e dificuldades de cada uma delas é o que vai permitir traçar um
planejamento pedagógico eficaz.

Benefícios da intervenção psicopedagógica no autismo

Já deu para perceber que a presença desse profissional e suas intervenções são fundamentais
para o processo de aprendizagem das crianças com autismo. A intervenção psicopedagógica é
essencial dentro da escola, além do apoio de uma equipe multidisciplinar para complementar o
tratamento da criança com TEA.

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O psicopedagogo é o profissional que vai ajudar o professor a elaborar um planejamento


pedagógico específico para a criança com autismo. Através dessas atividades o aluno irá
construir o seu conhecimento e ser inserido em sua turma, possibilitando a criação de um vínculo
com o ambiente escolar e com os colegas.As escolas precisam entender a necessidade desse
profissional para acompanhar o trabalho dos professores com as crianças com autismo. Da
mesma forma, a família precisa estar unida aos outros profissionais para que juntos, contribuam
para o pleno desenvolvimento da criança.

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