Mediador Extrato Termo Aditivo de Convencao Coletiva Gramado

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TERMO ADITIVO A CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2024/2024

NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR023754/2024


DATA E HORÁRIO DA TRANSMISSÃO: 13/05/2024 ÀS 22:53

NÚMERO DO PROCESSO DA CONVENÇÃO COLETIVA PRINCIPAL: 10264.202789/2023-99


DATA DE REGISTRO DA CONVENÇÃO COLETIVA PRINCIPAL: 22/11/2023
SINDICATO DA HOTEL, REST, BARES, PARQUES, MUSEUS E SIMIL. DA REGIAO DAS HORTENSIAS -
SINDTUR SERRA GAUCHA, CNPJ n. 90.615.337/0001-04, neste ato representado(a) por seu Presidente,
Sr(a). CLAUDIOMAR PORTAL DE SOUZA;

SINDICATO TRABALHADORESNOCOM.HOTELEIROSI GRAMADO , CNPJ n. 90.615.162/0001-27, neste


ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). RODRIGO DE OLIVEIRA CALLAIS;

celebram o presente TERMO ADITIVO DE CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as


condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência do presente Termo Aditivo de Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º
de maio de 2024 a 31 de julho de 2024 e a data-base da categoria em 01º de novembro.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

O presente Termo Aditivo de Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) Profissional dos
Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares (Restaurantes, Churrascarias, Pizzarias, Cafés
Coloniais, Lancherias, Bares), com abrangência territorial em Gramado/RS.

Salários, Reajustes e Pagamento

Outras normas referentes a salários, reajustes, pagamentos e critérios para cálculo

CLÁUSULA TERCEIRA - PREÂMBULO

O presente termo aditivo à convenção coletiva é celebrado em caráter emergencial


em razão dos eventos climáticos que assolam o Estado do Rio Grande do Sul desde
o dia 30 de abril de 2024, de modo que os termos nele constantes são fruto da
percepção das entidades signatárias e dos seus representados quanto à necessidade
de se estabelecer condições especiais no âmbito das relações entre trabalhadores e
empregadores para que todos possam, conjuntamente, superar este momento de
crise.

Contrato de Trabalho Admissão, Demissão, Modalidades


Suspensão do Contrato de Trabalho

CLÁUSULA QUARTA - SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - QUALIFICAÇÃO


PROFISSIONAL - 476-A CLT

No prazo de vigência do presente termo aditivo as empresas poderão suspender


imediatamente o contrato de trabalho de seus empregados por um período de 2
(dois) meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação
profissional à distância (remoto) oferecido pelo empregador através do Sindtur Serra
Gaúcha, com duração equivalente à suspensão contratual, condicionado à
concordância formal do empregado, conforme previsto no artigo 476-A da CLT,
devendo a comunicação ser encaminhada ao sindicato profissional no prazo de 48
(quarenta e oito) horas contadas do seu termo inicial.

Parágrafo primeiro: O contrato de trabalho não poderá ser suspenso na forma


prevista nesta cláusula mais de uma vez no período de dezesseis meses.

Parágrafo segundo: O empregador poderá conceder ao empregado, ajuda


compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de suspensão
contratual, ficando desde logo recomendada pelas partes convenentes o pagamento
de ajuda compensatória de no mínimo 25% do valor do salário-base do trabalhador.

Parágrafo terceiro: Empregador e empregado poderão, conjuntamente, suspender o


contrato de trabalho de empregado inelegível para receber a bolsa de qualificação
do FAT (aposentado, trabalhador sem carência para receber a bolsa, e outras
situações), mas nesta hipótese, deverá o empregador efetuar o pagamento de ajuda
compensatória, sem natureza salarial, equivalente a 50% (cinquenta por cento) do
valor a que faria jus a título de seguro-desemprego, considerado como base de
cálculo para a aplicação do percentual acima definido, observados os critérios
abaixo:

a) Base de cálculo

Apura-se a média dos últimos 3 meses de salário

Se o resultado da média salarial for:

Até R$ 2.041,39: multiplica-se o salário médio por 0,8 (80%);

De R$ 2.041,40 a R$ 3.402,65: o que exceder R$ 2.041,39 será multiplicado por

0,5 (50%) e somado a R$ 1.633,10;

Acima de R$ 3.402,65: considera-se como base de cálculo, o valor de R$ 2.313,74.

b) Valores mínimo e máximo da ajuda compensatória


Considerando-se que o valor mínimo do seguro-desemprego é o salário mínimo
nacional de R$ 1.412,00 e o valor máximo é de R$ 2.313,74, o valor da ajuda
compensatória de que trata o parágrafo terceiro, observados os critérios acima, não
será inferior a R$ 706,00 ou superior a R$ 1.156,87.

Parágrafo quarto: Durante o período de suspensão contratual para participação em


curso ou programa de qualificação profissional, o empregado fará jus aos benefícios
voluntariamente concedidos pelo empregador.

Parágrafo quinto: Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de


suspensão contratual ou nos dois meses subsequentes ao seu retorno ao trabalho,
o empregador pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na
legislação em vigor, multa de 100% (cem por cento) sobre o valor da última
remuneração mensal anterior à suspensão do contrato.

Parágrafo sexto: Se durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso ou


programa de qualificação profissional, ou o empregado permanecer trabalhando
para o empregador, ficará descaracterizada a suspensão, sujeitando o empregador
ao pagamento imediato dos salários e dos encargos sociais referentes ao período,
às penalidades cabíveis previstas na legislação em vigor.

Parágrafo sétimo: Poderá o empregador, a seu exclusivo critério, determinar o


retorno do empregado às suas atividades, devendo comunicar o trabalhador com
antecedência mínima de 2 (dois) dias, sujeitando o empregador ao pagamento
imediato dos salários e encargos a partir do retorno ao trabalho do empregado,
sendo permitido ao trabalhador continuar o curso realizado à distância, mas não se
considerando tal tempo como tempo à disposição do empregador para nenhum
efeito legal.

Parágrafo oitavo: A concessão do benefício de bolsa de qualificação profissional


deverá observar a mesma periodicidade, valores, cálculo do número de parcelas,
procedimentos operacionais e pré-requisitos para habilitação adotados para a
obtenção do benefício do seguro desemprego, exceto quanto à dispensa sem justa
causa, na forma da Resolução nº 591/09 do CODEFAT.

Parágrafo nono: Para a concessão do benefício de bolsa de qualificação profissional


o empregador deverá informar à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
a suspensão do contrato de trabalho acompanhado dos seguintes documentos: a)
cópia da convenção coletiva de trabalho celebrada; b) relação dos empregados a
serem beneficiados pela medida; e c) plano pedagógico e metodológico contendo,
no mínimo, objetivo, público alvo, estrutura curricular e carga horária.

Parágrafo décimo: As empresas ficam obrigadas a orientar os empregados


beneficiados pela medida a requererem o benefício com a apresentação dos
seguintes documentos: a) cópia da convenção coletiva de trabalho; b) CTPS com
anotação da suspensão do contrato de trabalho; c) cópia de comprovante de
inscrição em curso ou programa de qualificação profissional, oferecido pelo
empregador, onde deverá constar a duração deste; d) documento de identidade e
do CPF; e e) comprovante de inscrição no PIS. O prazo para o trabalhador requerer
o benefício bolsa de qualificação profissional será o compreendido entre o início e o
fim da suspensão do contrato.

Parágrafo décimo primeiro: Os cursos de qualificação profissional deverão observar


a carga horária mínima de cento e vinte horas.

Parágrafo décimo segundo: Os cursos a serem oferecidos pelo empregador deverão


estar relacionados, preferencialmente, com as atividades da empresa e observar: a)
mínimo de 85% (oitenta e cinco por cento) de ações virtuais formativas
denominadas cursos ou laboratórios; e b) até 15% (quinze por cento) de ações
virtuais formativas denominadas seminários e oficinas. Será exigida a frequência
mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas com controle à
distância.

Parágrafo décimo terceiro: as partes reconhecem que, na forma estabelecida no


preâmbulo, eventual decisão ou necessidade do empregador de suspender
temporariamente as atividades, tais situações não acarretam o direito ao
trabalhador de receber qualquer valor adicional a título de gorjetas ou taxa de
serviço pela média ou qualquer outro critério, estando a percepção das gorjetas
sempre vinculada à efetiva arrecadação pelo empregador.

Parágrafo décimo quarto: no âmbito da autonomia coletiva, as partes ajustam que


os trabalhadores que tiverem os contratos suspensos continuarão a participar do
rateio como se trabalhando estivessem para os trabalhadores com contrato
suspenso, mantidos os demais critérios previstos em convenção ou acordo coletivo
no que respeita à forma de distribuição e percentuais de dedução.

Parágrafo décimo quinto: ratificam as partes que qualquer espécie de rateio de taxa
de serviço sempre estará vinculada à efetiva arrecadação, não havendo qualquer
obrigatoriedade de pagamento, pelo empregador, de taxa de serviço ou gorjeta não
arrecadada.

Jornada de Trabalho Duração, Distribuição, Controle, Faltas

Outras disposições sobre jornada

CLÁUSULA QUINTA - DO APROVEITAMENTO E DA ANTECIPAÇÃO DOS FERIADOS

Os empregadores poderão antecipar a concessão das folgas compensatórias


relativas aos feriados federais, estaduais, e municipais relativos ao ano de 2024,
incluídos os religiosos, podendo fazê-lo, inclusive com efeitos retroativos à data de
início da vigência do presente aditivo.
Parágrafo primeiro: até o dia 01 de junho de 2024, os empregadores deverão
comunicar por escrito ou por meio eletrônico quais os feriados que foram
considerados compensados no período compreendido entre o dia 01 de maio de 2024
e 31 de maio de 2024, devendo eventual decisão de concessão de folga para o fim
de compensar feriados no período posterior a 1 de junho de 2024 ser precedida de
comunicação por escrito ou por meio eletrônico com prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, com a indicação expressa dos feriados aproveitados.

Parágrafo segundo: para os efeitos da concessão de folga compensatória em relação


aos feriados, deve ser considerada a previsão da convenção coletiva de concessão
de duas folgas compensatórias por feriado trabalhado.

Férias e Licenças

Outras disposições sobre férias e licenças

CLÁUSULA SEXTA - FÉRIAS

As partes estabelecem a possibilidade de concessão de férias de forma antecipada,


ou seja, independentemente de o trabalhador contar com período aquisitivo
completo de férias, sejam elas de caráter individual ou coletivo.

Parágrafo primeiro: a possibilidade de concessão de férias antecipadas contempla o


período de gozo de 30 dias ou período inferior a critério do empregador, não
implicando em qualquer hipótese na alteração ou consideração de novo período
aquisitivo;

Parágrafo segundo: considerando que nos termos do parágrafo anterior os períodos


aquisitivos de férias restarão conservados, o prazo de concessão de novas férias
para o efeito de aplicação da penalidade de que trata o art. 137 da CLT, continuará
a ser contado da data do encerramento originário do período aquisitivo a que se
referem as férias antecipadas;

Parágrafo terceiro: no período de vigência do presente instrumento, o período de


antecedência mínima de notificação a respeito da concessão de férias (aviso de
férias) passa a ser de 48 (quarenta e oito) horas e o prazo de pagamento de que
trata o art. 145 da CLT passa a ser o seguinte:

 25% do valor apurado como líquido das férias (excluído o valor relativo ao
terço legal regulado no parágrafo quinto abaixo): até o dia de início das férias;

 O saldo de 75% do valor apurado como líquido das férias (excluído o valor
relativo ao terço legal regulado no parágrafo quinto abaixo): até o dia do
pagamento do salário mensal estabelecido em cláusula da Convenção Coletiva
subsequente ao da concessão das férias;

Parágrafo quarto: em caso de concessão de férias coletivas, a empresa deverá


comunicar ao sindicato da categoria profissional no prazo de 48 (quarenta e oito
horas) de antecedência, sendo elas antecipadas ou não, sendo dispensada a
necessidade de comunicação ao sindicato da categoria e ao órgão responsável da
Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

Parágrafo quinto: O adicional de 1/3 (um terço) relativo às férias concedidas poderá
ser pago após a sua concessão, a critério do empregador, até a data de pagamento
da folha de pagamento equivalente ao 60º dia após o retorno das férias.

Parágrafo sexto: O empregado que for individualmente afetado pela calamidade


pública, caso requeira, terá direito à concessão e/ou antecipação de férias na forma
prevista no presente Termo Aditivo.

Parágrafo sétimo: a observância das regras acima não acarretará, sob qualquer
hipótese, em infração legal que justifique a aplicação da penalidade de que trata o
art. 137 da CLT.

Disposições Gerais

Outras Disposições

CLÁUSULA SÉTIMA - DAS DISPOSIÇÕES DA LEI 14.437/2022

Ajustam as partes que sobrevindo ato do Ministério do Trabalho e Emprego que


tenha por objetivo regulamentar o art. 2º da Lei 14.437/2022, ficam desde logo
autorizadas a adoção de todas as medidas nele previstas pelo prazo estabelecido no
ato concomitantemente às medidas estabelecidas no presente instrumento

CLAUDIOMAR PORTAL DE SOUZA


Presidente
SINDICATO DA HOTEL, REST, BARES, PARQUES, MUSEUS E SIMIL. DA REGIAO DAS
HORTENSIAS - SINDTUR SERRA GAUCHA

RODRIGO DE OLIVEIRA CALLAIS


Presidente
SINDICATO TRABALHADORESNOCOM.HOTELEIROSI GRAMADO

ANEXOS
ANEXO I - ATA SINDICATO PROFISSIONAL

Anexo (PDF)

ANEXO II - ATA PATRONAL

Anexo (PDF)

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