2014 Uel Cien Artigo Josmei Gomes Rodrigues de Oliveira

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Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3

Cadernos PDE

I
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL

JOSMEI GOMES RODRIGUES DE OLIVEIRA

CONHECENDO E CONVIVENDO COMO OS MICROORGANISMOS

Londrina – 2015
JOSMEI GOMES RODRIGUES DE OLIVEIRA

CONHECENDO E CONVIVENDO COM OS MICROORGANISMOS

Artigo apresentado à Universidade Estadual de


Londrina (UEL) e à Secretaria de Estado da
Educação do Paraná (SEED-PR) para o
Programa de Formação Continuada intitulado
Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE), sob a orientação da Professora Dra
Glaura Scantamburlo Alves Fernandes

Londrina – 2015
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RESUMO

Este artigo apresentou como finalidade procurara alternativas didático-pedagógicas


para gerar a apreensão e assimilação de conteúdos científicos no ensino de
ciências. Ao trabalhar o conteúdo microrganismos, em especial o Reino Monera
percebeu-se o problema que os alunos encontravam-na sua compreensão. Grande
parte desse problema decorreu do fato desse microrganismo não serem visíveis a
olho nu. Para entender a dinâmica destes fantásticos organismos microscópicos
demandou o uso de ferramentas didáticas que os aproximassem da realidade
vivenciada dos alunos. Assim surgiu a seguinte problematização: “O aluno que
chega ao 7° ano do Ensino Fundamental das séries iniciais acredita mesmo na
existência dos microrganismos, já que estes não podem ser vistos a olho nu? Como
tornar concreto a presença das bactérias em nossa vida, desmistificando o conceito
de “bichinhos” trazidos pelos alunos?”. O objetivo geral foi analisar a existência de
bactérias em nosso ambiente, e como se dá nosso convívio com esses
microrganismos. Na qual a metodologia aplicada partiu de convidar esses alunos
para participar de aulas teóricas e práticas nos Laboratórios de Química, Física e
Informática, abordando o conteúdo mencionado e teve como ponto de partida os
conhecimentos prévios dos alunos. As aulas proporcionaram aos discentes que a
compreensão de onde se encontram estes microrganismos, bem como diferenciá-los
como benéficos ou maléficos e deixando clara a conscientização da higiene pessoal
para se evitar possíveis contaminações.

Palavras-chave: microrganismos; higiene; conhecimento; hábitos; bactérias.

INTRODUÇÃO

O presente artigo apresenta a sistematização das atividades desenvolvidas


no âmbito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da secretaria de
Estado da Educação do Paraná (SEED/PR) durante os anos de 2014 e 2015,
vinculado a Universidade Estadual de Londrina (UEL).
O programa é constituído por 4 etapas semestrais: no primeiro semestre, o
Projeto de intervenção pedagógica; no segundo a Produção Didático-Pedagógica;
no terceiro, a tutoria do GTR (Grupo de Trabalho em Rede e no quarto e último
semestre, como conclusão dos estudos a elaboração do Artigo final. Porém por
contra tempos o Projeto de Intervenção Pedagógica, o GTR (Grupo de Trabalho em
Rede) e a elaboração deste artigo ocorreram somente na 4 etapa do PDE.
O tema escolhido para os estudos foi: Conhecendo e convivendo com os
microrganismos. Este estudo motivou-se pela constatação de que os alunos
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encontram dificuldades na assimilação no ensino de ciências na abordagem dos


microrganismos tendo em vista que estes seres não são visíveis a olho nu e muitos
não sabem onde os encontram ou mesmo seus benefícios para a indústria e os
riscos associados a uma má higienização pessoal.
Ao trabalhar o conteúdo microrganismos, em especial, Reino Monera
percebe-se o problema que os alunos encontram na sua compreensão. Para
entender a dinâmica destes fantásticos organismos microscópicos demanda o uso
de ferramentas didáticas que os aproximam da realidade vivenciada dos alunos.
Todas as células são microscópicas; fato que dificulta seu entendimento,
com isso, as células, que são à base do entendimento do funcionamento metabólico
orgânico, não é bem compreendido pelos alunos. Com isso, percebe-se a
necessidade de utilizar variadas metodologias de ensino, analisando as intenções,
vantagens e desvantagens de cada uma, motivando o aluno na busca de um
aprendizado significativo.
Para isso, é necessário que o professor apresente percepção para proceder
a uma metodologia adequada, levando-se em consideração os objetivos da aula, o
tempo viável, o tamanho e características da turma, os exemplos e materiais
didáticos disponíveis, tendo atividades práticas de forma a instigar o conhecimento e
acompanhar a evolução na área científica estimulando o prazer pela pesquisa,
observação, que consequentemente acarretará na aprendizagem e a curiosidade do
educando.
O aluno que chega ao 7º ano do Ensino Fundamental das séries iniciais
acredita mesmo na existência dos microrganismos, sendo que, estes seres não
podem ser vistos a olho nu? Como tornar concreto a presença das bactérias em
nossa vida, desmistificando o conceito de “bichinhos” trazido pelos alunos?
As bactérias são microrganismos de grande importância para a humanidade,
embora a maioria das pessoas só associe esses microrganismos, na sua grande
parte, conhecidas pelas doenças que causam, porém, são benéficas e essenciais
para a vida do Planeta. Este trabalho tem por objetivo levantar um estudo mais
detalhado sobre estes microrganismos e gerar hábitos mais saudáveis de higiene e
indicando também uma alimentação mais equilibrada. As pessoas precisam perder
velhos hábitos e conceitos ultrapassados, através de novas descobertas científicas
que resultem em modificação no estilo de vida, promovendo bem estar e saúde; e
com isso resultando os novos conceitos no lugar dos antigos.
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1. Microrganismos

Os microrganismos são seres microscópicos, que individualmente são


invisíveis a olho nu. São seres de estrutura organizada, capazes de crescer e se
reproduzir, e possuem o DNA (ácido desoxirribonucleico), que é a molécula
responsável pela herança genética. Os principais microrganismos são os vírus, as
bactérias, as arqueas, os fungos, as algas e os protozoários. (VERMELHO; et al,
2006).
Os microrganismos estão presentes em todos os ambientes terrestres, além
de alguns se adaptarem melhor na água. Podem causar doenças ou contaminar
águas, alimentos, acarretando prejuízos à saúde do homem e do meio ambiente.
(VERMELHO; et al, 2006)
Entretanto, os microrganismos também são potentes “aliados” do ser
humano e do ambiente pois são colaboradores responsáveis de grandes processos
de fermentação, utilizados na produção dos mais diversos tipos de alimentos, até a
manutenção do ciclo de vários elementos químicos. São também produtores de
inúmeros compostos de interesses comerciais, médico e ambiental, além de
manterem nosso ecossistema em equilíbrio através da decomposição da matéria
orgânica morta.

2. As bactérias

Na atualidade, sabemos que as bactérias são os seres mais abundantes da


Terra e que apenas uma minoria de espécies bacterianas é causadora de doenças.
“Elas são tão importantes que pode afirmar que, sem elas, não haveria vida como a
que existe hoje na Terra”. (AMABIS; MARTHO, 2004)
Além de serem os organismos mais antigos são, também, os mais
abundantes, estando presentes em praticamente todos os ecossistemas. Este reino
é subdividido em dois grupos: o das arqueobactérias (do grego arché= origem) e o
das eubactérias. As arqueobactérias são pouco conhecidas e vivem em ambientes
extremos como fontes termais ácidas, águas salgadas, pântanos, entre outros. Já as
eubactérias são mais conhecidas, encontradas na água, no solo e em organismos
vivos, sendo algumas patogênicas. Elas estão em todos os lugares, são uns dos
seres vivos mais primitivos de nosso planeta e essenciais para a humanidade,
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portanto devem ser conhecidas integralmente, ou seja, pelas doenças que causam e
pelos benefícios que trazem (Linhares e Gewandsznajder,1999).
Embora elas sejam mais conhecidas pelas doenças que causam ao homem,
aos animais e a natureza, elas são microrganismos de essencial importância para a
vida no planeta, sendo que, a maioria delas é benéfica e inofensiva ao ecossistema.
As bactérias são seres microscópicos, por isso a denominação de
microrganismos, isto é, seres invisíveis a olho nu, e, portanto para ser observadas
utilizamos o microscópio. São unicelulares e tem células procarióticas, ou seja,
formadas por uma só célula sem núcleo organizado, por estes aspectos elas se
diferenciam de todos os outros seres vivos, que têm células eucarióticas, com
núcleo organizado e com membrana.
O material genético (nucleoídes) encontra-se no citoplasma junto com os
ribossomos, que são os responsáveis pela síntese de proteínas, substâncias
fundamentais para manutenção dos processos intracelulares.
Podem ser desenvolvidos por uma única célula, os unicelulares, ou múltiplas
células permitem a vida, como respiração, digestão e reprodução; são executados.
Enquanto unidade fundamental da vida, a maior parte das células não é visível a
olho nu e sua observação só é possível com a ajuda de um aparelho, o microscópio.
De acordo com Linhares e Gewandsznajder (1999), há aproximadamente
400 anos um imenso mundo novo foi encontrado pela humanidade, o “mundo
microscópico”. Pesquisadores precursores foram conduzidos pelas lentes de seus
microscópios simples e sua invenção trouxe uma nova grandeza para a Ciência.
A citologia teve seu princípio com as observações do cientista inglês Robert
Hooke (1635-1703), em 1665, o primeiro a utilizar a denominação “célula”. Seu
trabalho mais conhecido foi o estudo da cortiça, composição vegetal organizada,
preenchida, quase que exclusivamente de ar, aprisionado em alvéolos, ou células,
como ele os chamou, pois que lembravam as pequenas celas em que viviam os
monges em um mosteiro.

3. Metodologia

Esta proposta de trabalho foi realizado no Colégio Estadual “Marquês de


Caravelas”, no Município de Arapongas, NRE de Apucarana, com alunos do 7º ano
do Ensino Fundamental. No período que antecedeu o início das aulas, durante a
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Semana Pedagógica, foi apresentado o projeto à Direção, Equipe Pedagógica, aos


Professores e Funcionários.
Em seguida, logo após as primeiras semanas de aulas, até que os alunos se
socializem, ou se adaptem, os alunos do 7º ano, foram convidados a participar da
implementação deste projeto, no momento do convite foi explicado como seria
exposta a maneira de trabalho e a proposição das atividades durante o tempo de
desenvolvimento das ações, o qual aconteceria em 32 horas/aulas entre as partes
teóricas e práticas, sendo elas, dentro de sala de aula, no laboratório de Química e
Física, como também no laboratório de Informática; abordando o conteúdo
mencionado a seguir, distribuídas em três aulas semanais nos meses de agosto,
setembro e outubro, fazendo parte do trimestre.
Nas atividades selecionadas aplicadas, manteve-se o cuidado de estar
relacionadas com o tema de estudo deste projeto, em que o mesmo está inserido
nos conteúdos a serem explorados durante a aplicação em sala de aula, sendo que
o mesmo faz parte do PDE.
Assim a metodologia aplicada, teve como ponto de partida os
conhecimentos prévios que os alunos trouxeram, seja como uma bagagem já
adquirida em seu contexto escolar ou aquele que há obteve assistindo televisão,
pelo rádio, em consultórios médicos através de orientações, nos postos de saúde
com os agentes e suas campanhas de orientações, em campanhas de vacinas, ou
até mesmo em casa com pessoas mais velhas, observação, fatos, hipóteses,
pesquisas e experimentações.
Segundo Bertoldi e Vasconcellos (2000,p.132) fica evidente que:

As teorias da ciência baseiam-se em estudos científicos, em fatos,


observações e no acúmulo de indícios. No caso da origem da vida
em nosso planeta, existem fortes evidências que apontam para uma
teoria em especial. [...] Os cientistas acreditam que as primeiras
formas de vida ainda muito simples, podem ter surgido há bilhões de
anos, como se deu o surgimento de seres mais complexos e como
aconteceu a invasão do ambiente terrestre por alguns deles.

Através deste trabalho, foi proposto deixar clara a existência desses seres
microscópicos, em especial as bactérias, que possuem formas e estruturas
diferentes uns dos outros; mesmo porque, trata-se de vários microrganismos, dentro
do mesmo REINO MONERA, onde as bactérias são classificadas.
No âmbito científico Barros e Paulino (2010, p.71) explicam que:
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Monera são todos os seres vivos unicelulares e procariontes, isto é,


sem núcleo organizado, individualizado por membrana. Seu material
genético encontra-se disperso no citosol. Nesse reino, incluem-se as
bactérias e as árqueas. Além da ausência de núcleo individualizado,
a célula das moneras na apresenta organelas membranosas, como
mitocôndrias e cloroplastos.

Buscando analisar a existência de bactérias em nosso ambiente, e como se


dá nosso convívio com esses microrganismos, o conteúdo ocorreu de forma teórica,
utilizando textos, leituras, vários meios escritos e informativos, TV multimídia, e aulas
práticas em laboratório comprovando e identificando esses microrganismos.
No início das atividades com os alunos, durante este projeto foi realizado um
teste diagnóstico, para uma sondagem sobre seus hábitos de higiene diária, no caso
o básico, de lavar as mãos; e algumas questões referentes ao conhecimento sobre
os microrganismos.
Logo no início da aula, houve a explicação sobre o projeto, também sobre a
participação durante a explicação do assunto a ser abordado, nas aulas práticas
sejam no laboratório de química e física, na cozinha, ou mesmo na própria sala de
aula que ocorreram em forma de oficinas.
Depois da conversa com os alunos e os esclarecimentos sobre as dúvidas
que surgiram, foi realizado um tipo de pesquisa informal, somente para ter ideia dos
hábitos de higiene pessoal e em casa coletivamente, além dessas questões será
colocado algumas sobre conhecimento dos microrganismos.
As atividades ocorreram na forma de oficinas, assim subdividas:

 1ª ação: Explicação sobre o projeto aos alunos do 7° ano do


Ensino Fundamental do Colégio Estadual Marquês de Caravelas, em
seguida um teste diagnóstico para uma sondagem sobre seus hábitos de
higiene diária e algumas questões referentes ao conhecimento sobre
microrganismos.
 2ª ação: Atividade em sala de aula utilizando purpurina. Nesta
aula o objetivo é demonstrar aos alunos através do uso da purpurina nas
mãos antes do inicio das aulas, como os microrganismos se espalham e
relatar sua observação através de um relatório.
 3ª ação: Essa atividade ocorrerá dentro do Laboratório de
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Informática, prosseguindo com a parte teórica, através da utilização do


livro didático em sintonia com pesquisas na internet, onde os alunos
poderão pesquisar as figuras de diferentes bactérias e posteriormente
transcrevendo no caderno os microrganismos encontrados nomeando-os e
descrevendo suas características.
 4ª ação: Atividade em sala de aula com auxílio de uma caixa de
papelão e luz negra, além de canetas marca texto. Esta aula prática
trabalhará as formas de higiene e suas práticas para uso pessoal e demais
ambientes.
 5ª ação: Elaboração de exercícios pelos alunos. Nesta atividade
teórica os alunos formularão questões pré-definidas utilizando através do
livro didático o conteúdo explorado pelo projeto e com auxílio da
professora.
 6ª ação: Esta atividade ocorrerá dentro dos Laboratórios de
Química e Física onde participarão da cultura de bactérias. Através desta
aula prática, poderão observar como ocorre a proliferação e reprodução
das bactérias presentes nas mãos, alertando sobre doenças, contatos com
locais sujos e/ou contaminados.
 7ª ação: Atividade na cozinha do Colégio para produção de
iogurte caseiro. Através desta atividade será possível demonstrar que os
microrganismos necessitam de condições e temperaturas adequadas para
sua reprodução e a utilização deles na indústria.

Com o desenvolvimento dessas ações foi observado que os alunos do 7º


ano aprimoraram seus olhares e compreenderam que mesmo sem poder ver os
microrganismos eles existem, estão presentes em nosso dia a dia, e podem ser
prejudiciais ao nosso organismo, reconhecendo desta forma, a importância dos
hábitos de higiene e também como são muito usados nos produtos industriais.

4. Resultados e Discussões

No Colégio Estadual Marquês de Caravelas obteve-se total apoio da direção


e da equipe pedagógica na implantação do projeto, demonstrando-se interessados e
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preocupados com as condições do colégio para a realização das oficinas, dando


todo o suporte necessário para as aplicabilidades nas salas de aula e nos
laboratórios.
Na primeira possibilidade foi realizada a aplicação da 1ª ação, na qual os
alunos do 7° ano do Ensino Fundamental puderam ter informações sobre o projeto,
as oficinas a serem realizadas e seus objetivos.
Foi entregue um teste diagnóstico para uma sondagem sobre seus hábitos
de higiene diária e algumas questões referentes ao conhecimento sobre
microrganismos. No qual se permitiu chegar a alguns dados significativos tais como
em torno de 80% dos alunos questionados sabem algum tipo de informação sobre
os microrganismos, porém possuem certa dificuldade na relação de interagir esses
seres no nosso dia a dia e 20% conhecem sua existência e possuem algum tipo de
ciência sobre o assunto. Foram constatadas diversas falhas no quesito “higiene”,
pois muitos não sabiam como realizar a assepsia adequada nas mãos e nos
ambientes.
A segunda ação ( atividade com purpurina): possibilitou aos alunos enxergar
e compreender o processo de dispersão das bactérias, bem como sua reprodução.
Os alunos se mostraram muito impressionados e interessados no tema do projeto
vivenciando a situação proposta, demonstrando esse sentimento no relatório
realizado.
Na terceira e quarta ações (laboratório de informática e caixa de papelão
com luz negra): pode-se perceber que os alunos estavam interagindo de forma
integral no projeto, se mostrando muito participativos, desenvolvendo um sentimento
de buscar compreender e descobrir um mundo até então desconhecido, podendo
conhecer diferentes microrganismos, suas formas, seus nomes, suas aplicações
através de pesquisas. Aprenderam também em sala a higienização das mãos que
são principais canais de contaminação e como evitar doenças transmitidas pelos
microrganismos.
A quinta ação (elaboração de exercícios pré-definidos como trabalho
trimestral): serviu para que os alunos produzissem um material didático a fim de fixar
melhor os conhecimentos adquiridos e compartilhar com os colegas. Na sexta
oficina foi notória a participação integral dos alunos, em que eles serviram de
amostra para o experimento mostrando as diferenças nas culturas de bactérias
quando submetidas a falta de higiene e também usando diferentes formas de
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higienização.
A sexta ação (laboratório de química e física): coleta de material retirado do
ambiente como carteiras, sola dos pés, mãos sujas, utilizados para observação na
cultura de bactérias e sua proliferação.
A sétima ação (cozinha do colégio): ocorreu em um local desconhecido
pelos alunos até então, a cozinha do Colégio, lá eles puderam compreender a
aplicabilidade dos microrganismos na indústria, que nem todos são nocivos,
puderam tirar muitas dúvidas, se demonstraram muito empolgados além de
aprenderem a fabricação de um iogurte caseiro. A experiência foi tão positiva que
informaram que iriam fazer a receita em suas casas e gostaram bastante da
interação da atividade.
Desta forma constatou-se que os alunos se mostraram muito empolgados e
participativos com o projeto e foram atingidos todos os objetivos propostos com
satisfação e aproveitamento do assunto.
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5. Considerações Finais

A escolha do projeto e das atividades trabalhadas foi pertinente para se


realizar aulas em que os alunos pudessem vivenciar a experiência e o contato com
os microrganismos.
As oficinas possibilitam ao professor novas perspectivas e ações para uma
noção de abordagem e aplicabilidade em sala de aula, especialmente oportuniza a
utilização de diversos ambientes dentro do próprio colégio e local de ensino, fazendo
com que a aula não se torne monótona e instigando nos alunos uma vontade e
interesse em buscar novas informações.
Sobretudo verificou-se o um planejamento prévio das aulas, possibilita novas
maneiras de ensinar, capacitando nos alunos adquirir novos conhecimentos,
instigando e criando neles um senso crítico e participativo do conteúdo. Trabalhar
com os alunos de forma diferenciada possibilita novos olhares e novas maneiras de
se explorar os assuntos, trabalhando em ambientes diferenciados que geram
companheirismo e um excelente trabalho em equipe.
Portanto o projeto teve um resultado satisfatório com relação à problemática
proposta no artigo, desmistificando a visão de “bichinhos” para uma compreensão
dos microrganismos como seres presentes no nosso dia a dia, com formas e
funções diferenciadas, além de desenvolverem a relação da higiene como
fundamental para nossas atividades e para a saúde.
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8. Referências

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Dinâmica lúdica: jogos e técnicas pedagógicas. 3ª


ed. São Paulo: Loyola, 1981.

AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto R. Biologia: biologia dos organismos


2ªed.- São Paulo: Moderna, 2004.

BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto; Ciências: os seres vivos. 4.ed. São
Paulo: Ática, 2010. p.71

BERTOLDI, Odete Gasparello; VASCONCELLOS, Jacqueline Rauterde. Ciências e


Sociedade. São Paulo: Scipione, 2000. p.132

FAVILLI, L. D., PESSÔA, K. A, ANGELO, E. A. Projeto radix. Ciências, 7ºano, São


Paulo: Scipione, 2009.
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GODOI, Leandro Pereira de; OGO, Marcela Yaemi. Vontade de Saber Ciências,
7ºano. São Paulo: FTD, 2012, p.68-69

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia. 10ª ed.- São Paulo:


Ática1999.

LOPES, Sonia; ROSSO, Sergio. Biologia. 1ª ed.- São Paulo: Saraiva, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Da Educação


Básica De Ciências - SEED, 2008.

VERMELHO, A. B; PEREIRA, A. F; COELHO, R. R. R; PADRÓN, T.S. Práticas de


Microbiologia. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2006

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