Trabalho de Didática - Resenha Livro Mizukami

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

BRUNO RIBEIRO DA SILVA


PAULO AUGUSTO DA SILVA JUNIOR

RESENHA

RESENHA DO LIVRO: ABORDAGENS DO PROCESSO:


TEMAS BÁSICOS DE EDUCAÇÃO E ENSINO
.

NOVA IGUAÇU
2021
BRUNO RIBEIRO DA SILVA
PAULO AUGUSTO DA SILVA JUNIOR

ABORDAGENS DO PROCESSO:
TEMAS BÁSICOS DE EDUCAÇÃO E ENSINO

Resenha solicitada no curso de graduação em


Pedagogia da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, como exigência da Disciplina: DIDÁTICA.
Professora: Marta Ferreira da Silva.

NOVA IGUAÇU
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................04

2. ABORDAGEM TRADICIONAL ......................................................................................04

3. ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA...................................................................06

4. ABORDAGEM HUMANISTA...........................................................................................06

5. ABORDAGEM COGNITIVISTA......................................................................................07

6. ABORDAGEM SOCIOCULTURAL.................................................................................09

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................10

8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................10
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1- Introdução
A pergunta tema deste livro é: O que fundamenta a ação docente? Assim o livro irá
ser estruturado mostrando as mais diferentes abordagens do ensino aprendizado,
onde podemos verificar em algumas delas vários graus de reducionismos, Onde
numa abordagem humanista a relação interpessoal é o centro deste processo ou na
abordagem comportamentalista e aspecto tecnicista é mais privilegiado, já sob o
ponto de vista interacionista a construção contínua é atinente a cada ato de
compreensão.
Assim vemos que a ação educativa pode partir de vários referenciais, ora pautado
no sujeito, ora no objeto bem como nas interações tudo dependerá de alguns
aspectos que podem ser relevantes ou não como o período sócio político e cultural
como também pode não levar em conta tais aspectos e apresentar um contexto do
homem em abstrato.
Sendo certo que neste processo cada professor irá usar cada teoria que melhor lhe
convier de acordo com suas próprias condições e vivências, e em especial no Brasil
cinco dessas teorias que mais influenciaram os professores, adquiridas pelas suas
vivências ou formação.

2- Capítulo 1 – Abordagem Tradicional


Nesta abordagem tudo é baseado em métodos e modelos pré existentes, obras e
raciocínios que já foram elaborados por técnicos, nesse modelo todo o ensino é
centrado no professor, cabendo ao aluno somente executar todos os ensinamentos
que lhe são passados, não havendo espaço para críticas ou construções próprias,
sendo o homem mero receptor passivo que irá reproduzir as informações que
recebeu e outras que ainda irá receber, podendo ser eficiente em profissões que
requeiram tais repetições sem espaço para criatividade.
Por esse prisma a aquisição do conhecimento acontece de maneira gradual, onde
após um nível as informações irão ficando cada vez mais sofisticadas. Paulo Freire
caracteriza este tipo de ensino como uma educação bancária, onde vai se
depositando informações, conhecimentos, fatos de forma gradual de forma a se
tornar um processo educacional baseado na individualidade.
Neste sentido usam a aprendizagem com o passado como modelo a ser imitado no
futuro, bem como o caráter cumulativo de conhecimento onde a escola e a educação
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formal tem papel fundamental, uma vez que neste ambiente só caberá ao aluno
memorizar definições, resumos, enunciados e sínteses que leh são oferecidos em tal
educação formal.
Tal concepção trata-se de transmissão de ideias previamente selecionadas e
organizadas de maneira lógica com intuito de cumprir um objetivo até mesmo de
doutrinação, e vemos tal concepção ao longo de toda a história, e para dar efeito o
local apropriado sempre foi a escola onde o professor se manterá distante do aluno,
sendo este ambiente controlado para que não haja distrações fazendo do ato de
aprender uma mera cerimônia ritualística.
Tal ensino é baseado nas obras dos grandes mestres que servirão de modelo para
aquisição de conhecimento e assim os alunos saiam de seus modos primitivos, tal
modelo pedagógico é baseado prioritariamente em receituário que os professores
seguirão a risca, de forma sempre padronizada e rotineira para que os conteúdos e
conhecimentos sejam fixados.
De tal maneira a relação entre professor e aluno se dá de forma vertical, tendo o
professor todo o controle e poder decisório em sala de aula, relação essa que se
dará com o professor sendo o único sujeito ativo trazendo conteúdo pronto e
fazendo com que o aluno o escute de forma passiva e sem intervenções, uma vez
que na maioria das vez o método usado é o expositivo onde a figura principal é a do
professor, o que faz pensar que o magistério sempre será algo centrado na figura do
professor.
Nesse aspecto o professor por ser figura central faz o trabalho de forma extrínseca,
de forma que dependerá de suas características pessoais para que mantenha o
aluno interessado, sendo certo que para fixação dos conteúdos sempre se utilizam
de exercícios de fixação repetitivos.
Em termos de avaliação nesta abordagem ela será usada para que os alunos
reproduzam a forma exata como aprenderam, medindo-se assim a quantidade exata
de informações que o aluno é capaz de reproduzir, fazendo assim que todo
conhecimento seja estático e dependa sempre da intervenção do professor.
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3- Capítulo 2 – Abordagem Comportamentalista


Tem por essa abordagem a análise dos componentes de padrões comportamentais,
que podem ser mudados através de treinamento, segundo objetivos pré fixados, os
quais o professor controla e ajusta através dos padrões de interação.
Segundo esse critério o meio pode ser manipulado, desde que se modifiquem as
condições ambientais, bem como a cultura que é entendida como espaço
experimental deve ser planejada.
Nestes termos a educação transmitirá conhecimentos bem como comportamentos
éticos, práticas sociais e, habilidades para a manipulação e controle do mundo
cultural e social.
A escola é instituída como o principal órgão de controle de acordo com os
comportamentos que pretende instalar e manter, assim os comportamentos dos
alunos funcionarão de acordo com determinadas condicionantes arbitrárias, tais
como: elogios, notas prêmios, prestígio, etc. Que futuramente poderão acarretar em
aprovações em cursos, ascensão profissional bem como social e monetária. Por
este viés a aprendizagem será garantida pela programação.
O controle do processo de ensino aprendizagem será garantido pelo professor, que
terá a responsabilidade de planejar a forma como o desenvolvimento do aluno será
maximizado, para tal será necessária uma aplicação da tecnologia educacional e
estratégias de ensino bem como o reforço da relação professor aluno. Esta proposta
se dá melhor num processo de ensino de forma individualizada.
Para estas condições a avaliação estará ligada os objetivos dos professores, assim
o homem se torna produto do meio e reativo a ele, afinal o meio pode ser controlado
e manipulado, consequentemente o homem também poderá sofrer tais controles e
manipulações.

4- Capítulo 3 – Abordagem Humanista


A principal característica é educação ancorada no sujeito, o próprio aluno determina
o que quer aprender de acordo com suas experiências e necessidades, sendo o
professor mero mediador dessa aprendizagem e condutor desse processo.
Traz uma visão de mundo que muda o tempo todo assim não haveria como ter uma
educação engessada uma vez que com tais mudanças de mundo as experiências
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mudam e assim descolaria o centro da atenção e conhecimento, tais mudanças é


que trará desenvolvimento e crescimento inerente ao ser humano.
Uma ideia interessante é a que fala sobre a qualidade de relacionamentos
interpessoais, a interação de qualidade com outros indivíduos traz amadurecimento,
senso de responsabilidade e são mais flexíveis e adaptáveis, tal ideia chama
atenção em principal na atual geração que é cada vez menos interage portanto
muitos tem severos problemas de adaptação e flexibilidade a lidar com o outro, isso
num mundo moderno onde soluções em grupo são cada vez mais exigido.
Em se tratando de conhecimento como dito no início a experiência pessoal deve ser
valorizada uma, já que é o modo pelo qual o indivíduo aprende a aprender, tendendo
com isso a evoluir e mudar, o papel do educador nesse casos seria descobrir o que
incentiva o aluno a querer descobrir mais desafios.
Essa educação será centrada na pessoa, com o aluno indo em busca de sua própria
autonomia, numa jornada que não será imposta mas tão somente guiada, levando
em conta não só o intelectual mas também o emocional.
Quando abordamos onde tal aprendizagem poderia ser construída os autores já
deixam claro que tal seria difícil ser conseguida através de escola uma vez que se
fundamentou para uma terapia ou abordagem individual sendo de extrema
dificuldade uma atuação no sistema coletivo de ensino como estruturado
atualmente.
Tal proposta não presume o fim dos conteúdos, mas que eles sejam significativos
partindo da perspectiva da experiência do aluno, sendo eles que irão direcionar o
que querem aprender, quais conteúdos e que poderá ser mutável.
Todos ao autores que propõe tal perspectiva humanista são contrários a avaliação
partindo da ideia que tais não avaliam nada, o máximo que há uma consenso seria
uma auto avaliação.

5- Capítulo 4 – Abordagem Cognitivista


Este estudo estará baseado no conceito de investigação dos processos centrais do
indivíduo, como: organização do conhecimento, processamento de informações,
estilos de pensamentos, bem como comportamentos relativos a tomada de
decisões., tal investigação se dará de forma separada dos problemas sociais, e
serão consideradas as formas como os alunos lidam com os estímulos ambientais,
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organizam dados e resolvem os problemas, ou seja, na capacidade do aluno receber


e processar as informações, sendo assim completamente interacionista.
Em tal perspectiva homem e mundo serão analisados de maneira conjunta uma vez
que o conhecimento é o produto da interação de ambos, sendo isonômicos em
graus de importância, porém o home é considerado em constante evolução, sempre
se reestruturando para alcançar um estágio final nunca alcançado por completo.
O ser humano, com o tempo irá aumentar seu controle sobre o meio colocando-o
sempre ao seu benefício, assim modifica o meio bem como se modifica. De tal
forma, de acordo com seu desenvolvimento, terá um grau de operatividade motora,
verbal e mental podendo realizar sua visão de organização de mundo, progredindo
de estágios mais primitivos em direção ao pensamento hipotético dedutivo, podendo
fazer uso de suas descobertas como forma de adaptação as suas necessidades.
Em se falar em desenvolvimento tal se dará tanto pelo viés da inteligência bem
como da afetividade, assim o desenvolvimento da inteligência estará interligada de
maneira efetiva ao da afetividade.
Ao caminhar neste sentido se dará maior importância a busca da coletividade com
deliberações e regras comuns feitas pela sociedade que os indivíduos irão seguir em
direção de uma democracia, disposta no contrato social, de onde haveria
deliberação coletiva livre, evitando que o egocentrismo predomine, até porque o
egocentrismo é caracterizado como imaturidade intelectual e afetiva.
Para que haja uma efetividade da democracia como disposta acima se faz
necessário que seja praticada desde a infância para que seja absorvida de forma
gradual.
O processo educacional deverá se pautar por sempre criar situações de
desequilíbrio, adequados ao nível de desenvolvimento do aluno, para que mesmo
faça construções progressivas das noções e operação ao mesmo tempo em que a
criança vive intensamente.
Desta forma o objeto da educação será colocar o aluno como autor de sua própria
construção de aprendizado e que não seja apenas submetido a transmissão de
conhecimentos, e para que isso ocorra se faz necessário que o mesmo se socialize
uma vez que em sociedade terá seus pressupostos colocados em prática e podendo
construir sua noção de democracia, por tal conta a importância de sempre ser
incentivado atividades em grupos de aspecto integrador.
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6- Capítulo 5 – Abordagem Sociocultural


No capítulo cinco, a abordagem sociocultural, de caráter interacionista, é
explanada por intermédio das dez categorias (homem, mundo, sociedade-cultura,
conhecimento, educação, escola, ensino aprendizagem, professor-aluno,
metodologia e avaliação) sobre a perspectiva do educador Paulo Freire. Não é
citado outro(a) representante de tal abordagem e durante o texto, associaremos a
filosofia educacional de Paulo Freire à filosofia da abordagem sociocultural.
A visão de homem em construção desta abordagem é influenciada por
correntes filosóficas como existencialismo, fenomenologia, neotomismo, humanismo,
neomarxismo, sendo estas duas últimas, muito presentes na narrativa teórica
estudada.
A prática educativa docente está inscrita num movimento amplo de promoção
da cultura popular, da democratização da cultura do povo, que não é
compulsoriamente introjetada nos alunos, mas esta é construída na relação
professor-aluno. Termos como mitificação, situação-limite são citados como
ferramentas usadas pelo mundo externo opressor, que constrói uma lógica
indiscutível (por estar inconsciente no indivíduo) de estilo de vida, de uma sociedade
que alimenta desigualdade eterna para desumanizar o indivíduo.
Logo, a prática educativa tem objetivo de humanização do ser humano que é
expressa na libertação da mente, ato intencional do professor da consciência sócio
cultural do discente, e libertação na prática da opressão do mundo externo do
discente. Professor-aluno são aliados de um projeto de libertação.
A libertação da mente é trabalhada na propagação do conhecimento que visa
despertar a consciência do discente do seu papel no mundo. Para Freire, há três
níveis de consciência: a intransitiva, na qual o discente foca sua visão na esfera
biológica, onde desconsidera pensar a si como indivíduo político histórico,
predomina-se a mitificação, que são explicações genéricas criadas por grupo sociais
dominantes para normatizar a exploração do oprimido; na consciência transitiva
ingênua, o indivíduo tem oposição a projetos modificadores da realidade e defende
regalias de grupos sociais dominantes; na consciência transitiva chega-se a ao
clímax de consciência humanizadora libertadora onde o indivíduo possui um olhar
crítico das influências que atuam em sua vida, analisa-as e critica se as mesmas
colocam em risco sua liberdade de viver pleno.
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Diante disso, a escola é vista com espaço de crescimento mútuo tanto do


professor quanto do aluno.
A metodologia para se alcançar o ideal do homem oprimido liberto está na
alfabetização de adultos, onde são usadas técnicas de redução e codificação. Com
esta ferramenta, há possibilidade de ter um ambiente de igualdade ontológica de
todos os homens.
A avaliação não é realizada com provas, textos formais, mas é realizada no
processo educativo através da autoavaliação.

7- Capítulo 6 – Considerações Finais


No capítulo seis há considerações finais de comparação dos processos de
ensino aprendizagem expostas no livro. Dicotomiza-se todas as abordagens em
tradicionais e renovadas, excetuando se a perspectiva sociocultural. Através de uma
pesquisa feita com professores, observou-se a preferência de aplicar abordagens
comportamentalista e sociocultural. em suas práticas docentes.

8- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo:


E.P.U., 1986. (Temas básicos de educação e ensino).

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