Trabalho 1 de Medidas

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 8

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia e Ciências


Faculdade de Engenharia
Medidas Elétricas e Magnéticas
Turma 1

Luís Fernando Oliveira Guedes - 201910355311

Trabalho 1 – Conversores

Professor: Leonardo Alfredo Forero Mendoza

Rio de Janeiro 2023


Apresente duas configurações circuitais para CAD CDA

 CAD:
O chamado conversor analógico digital, como seu próprio nome indica, é um dispositivo
eletrônico que tem como objetivo converter sinais analógicos contínuos e variáveis no
tempo em sinais digitais discretos para, assim, ser lido por outros dispositivos digitais. Ou
seja, esse dispositivo tem como funcionalidade converter quantidades físicas de fenômenos
que ocorrem no mundo real (a fala de uma pessoa por exemplo) para uma linguagem digital
que será utilizada em sistemas de controle, computação de dados, transmissão de dados,
e processamento de informação. Abaixo, estão as duas fases que ocorrem durante essa
conversão:

1. Amostragem: o sinal de entrada, analógico, é amostrado periodicamente e


convertido em valor discreto de tensão.
2. Quantificação: o valor discreto de tensão será convertido na forma de um número
digital.

Transformação do sinal analógico em discreto

- Conversor ADC delta-sigma:


O conversor ADC delta-sigma é um tipo de conversor analógico-digital que utiliza uma
técnica de amostragem e quantização para converter uma entrada analógica em uma saída
digital. Ele funciona amostrando a entrada analógica e comparando-a com uma tensão de
referência. A diferença entre a entrada e a referência é integrada e quantizada, formando
uma representação digital da entrada analógica.
Esse tipo de conversor é conhecido por sua alta precisão e resolução, tornando-o adequado
para aplicações que exigem medições precisas e uma ampla gama dinâmica. No entanto, o
conversor delta-sigma é geralmente mais complexo e requer mais circuitos do que outros
tipos de conversores ADC

Conversor ADC delta-sigma


- Circuito conversor analógico digital do tipo feedback:
Um exemplo de conversor analógico digital é o circuito conversor do tipo feedback. A
figura abaixo mostra um simples conversor analógico digital que emprega um comparador,
um contador up/down, e um conversor D/A. O circuito de comparação fornece uma saída
que assume um de dois valores distintos: positivo quando a diferença do sinal de entrada é
positiva, e negativo quando a diferença do sinal de entrada é negativa. Um contador
up/down é simplesmente um contador que pode contar tanto para cima como para baixo,
dependendo do nível binário aplicado no seu terminal de controle.
Como o conversor A/D da figura abaixo emprega um CDA no seu circuito de feedback, é
normalmente chamado conversor A/D do tipo feedback. Ele opera da seguinte forma: Com
uma contagem 0 no contador, a saída do conversor D/A, 𝑣𝑜, será zero e a saída do
comparador será alta, instruindo o contador a contar os pulsos do clock na direção
ascendente. A medida que a contagem aumenta, a saída do CDA aumenta. O processo
continua até a saída CDA atingir o valor do sinal de entrada analógico, altura em que o
comparador muda e para o contador. A saída do contador será então o equivalente digital à
tensão analógica de entrada.

Conversor do tipo feedback

 CDA:
Já os conversores digitais/analógicos são circuitos eletrônicos que recebem dados digitais
em sua entrada e, após a conversão e transformações, apresenta um sinal analógico em sua
saída. Nesse tipo de conversor, a tensão de saída é proporcional ao código binário que
existe na sua entrada. Como por exemplo, têm-se o CDA utilizado em um sistema de áudio.
Neste tipo de aplicação, CDA processará e converterá todo o sinal digital (0’s e 1’s) para
um sinal analógico que, posteriormente, será transmitido a um amplificador para que possa
ser possível ouvir o sinal de saída.

Esquema combinando CAD e CDA


- Circuito conversor digital/analógico com estrutura de ladder:
O conversor DAC com estrutura de ladder (também conhecido como R/2R ladder) é um
tipo de conversor digital-analógico que utiliza uma rede de resistores para gerar uma saída
analógica proporcional à entrada digital. Ele é chamado de "ladder" (escada) porque a
estrutura é composta por uma série de resistores interconectados em uma configuração de
escada.
A saída analógica é gerada pela soma das tensões em cada resistor, que são controladas pela
entrada digital. Nessa configuração, os resistores são combinados em pares de resistores de
valores R e 2R. Isso permite que a tensão de saída seja facilmente ajustada com precisão, ao
mesmo tempo em que mantém a estabilidade da tensão de saída.
O conversor DAC com estrutura de ladder é conhecido por sua alta precisão, estabilidade e
linearidade, tornando-o adequado para aplicações que exigem uma representação precisa da
entrada digital em forma de saída analógica. No entanto, o conversor DAC com essa
estrutura é geralmente mais complexo do que outros tipos de conversores DAC, requerendo
mais componentes e mais cuidado na calibração.

Exemplo de circuito com R/2R ladder

- Conversor Pulse Width Modulation:


Este conversor consiste na geração de um trem de pulso de acordo com a entrada digital.
Tal trem de pulsos passará por um comparador que irá compara-lo com um sinal de
referência. Após isso, passa por um filtro passa-baixa que permite, somente, a passagem da
componente contínua. Por fim, a saída analógica é amplificada para que, assim, possa
controlar uma carga, como um motor por exemplo.

Circuito Pulse Width Modulation


O que é um DSP e quais suas aplicações
Um processador de sinal digital (DSP, sigla em inglês para Digital Signal Processor) é um tipo
de processador especializado projetado para lidar com sinais digitais. DSP consiste em realizar
a manipulação de um determinado sinal a fim de obter um resultado desejado. Para a realização
de tal tarefa são utilizados algoritmos complexos que irão processar o sinal.

Exemplo de DSP

O DSP é utilizado para processar sinais digitais, como áudio, imagem, vídeo, telefonia, entre
outros. Ele é capaz de realizar operações matemáticas complexas em tempo real, com alta
velocidade e precisão, permitindo a implementação de aplicações de processamento de sinal,
como filtragem, equalização, codificação, compressão, etc. Aplicações comuns de DSPs
incluem:

 Dispositivos eletrônicos: Os dispositivos eletrônicos do nosso dia a dia também


apresentam o DSP. Aparelhos de som, fones de ouvido, televisões, câmeras, celulares entre
outros utilizam de tal tecnologia para as mais diversas funções, como:
- Sistemas de som e home theater: utilizado em amplificadores e equalizadores de som.
- Sistemas de telefonia móvel: uso de DSPs para realizar tarefas como codificação e
decodificação de sinais de voz e no processamento de sinais de rádio.

- Fones de ouvido Bluetooth: alguns chipsets presentes em fones de ouvido Bluetooth


utilizam DSP para o cancelamento de ruído ativo (ANC). Para que o “cancelamento” de
sons externos aconteça são utilizados microfones externos e internos para captar os sons do
ambiente no qual a pessoa se encontra. Com isso, o DSP é responsável por separar o “ruído”
existente no ambiente e a música que está sendo reproduzida e, posteriormente, gerar uma
onda oposta ao som ambiente para, assim, canelar o ruído externo.

 Controle de processos: Atualmente é cada vez mais comum a automatização de processos


nas indústrias. Dessa forma, o DSP pode ser utilizado para realizar o controle dos mais
diversos processos:
- Controle de posição, velocidade e aceleração: uso de algoritmos de controle para ajustar a
posição, velocidade e aceleração de sistemas mecânicos, como motores elétricos.
- Monitoramento de processos: monitoramento de temperatura, pressão, umidade, entre
outras variáveis de processos para garantir a qualidade e a segurança do processo.
- Controle de qualidade: uso de algoritmos de controle para garantir a qualidade de
produção, como controle de peso e medidas
- Controle de temperatura: regulação da temperatura em processos químicos e de produção
de alimentos.

 Processamento de áudio: O Digital Signal Processor (DSP) é amplamente utilizado para


realizar tarefas como equalização, filtragem, codificação, compressão, remoção de ruído,
entre outras:
- Equalização: ajuste da resposta de frequência de um sinal de áudio para corrigir
desequilíbrios ou para obter um som desejado.
- Filtros: remoção de frequências indesejadas ou realce de frequências desejadas.
- Codificação: compactação de sinais de áudio para transmiti-los eficientemente.
- Compressão: redução do tamanho de arquivos de áudio sem perda significativa de
qualidade.
- Remoção de ruído: eliminação de ruídos indesejados, como estática ou interferência, para
melhorar a qualidade do som.

Que é um FPGA e quais as suas aplicações


O chamado FPGA (Field-Programmable Gate Array) é uma tecnologia de circuito programável
que permite aos usuários criarem lógicas personalizadas para atender às suas necessidades. O
FPGA é um arranjo de blocos lógicos configuráveis e de células lógicas que estão dispostas em
uma única placa (circuito integrado) e é composto principalmente por três módulos de
componentes: blocos de entrada e saída (Input/Output Blocks), blocos lógicos configuráveis
(Configuration Logical Blocks) e chaves de interconexão (Switch Matrix).
O projetista pode utilizá-la em um determinado projeto e, posteriormente, reprogramá-lo para
que execute um novo projeto não dependente do anterior sem que este, primeiro, interfira no
novo projeto a ser desenvolvido. Tal processo ocorre reprogramando suas funções utilizando
uma linguagem de programação
Exemplo de FPGA da Xilinx

O FPGA pode ser utilizado em diversas áreas:

 Setor elétrico: Com o avanço da eletrônica industrial é cada vez mais comum a utilização
de processadores e controladores no sistema elétrico de geração e transmissão de energia:

- Controle de atuadores: para controlar atuadores elétricos, como motores, relés e outros
acionamentos.
- Sistemas de geração de energia: uso de FPGAs para controlar sistemas de geração de
energia, como turbinas eólicas e painéis solares.
- Sistemas de distribuição de energia: monitorar e controlar a distribuição de energia
elétrica em redes de distribuição.
- Sistemas de proteção: para realizar tarefas de proteção elétrica, como detecção de curto-
circuito e proteção contra sobretensão.

 Setor militar: Nas últimas décadas o setor militar tem investido cada vez mais em
tecnologias que facilitem o setor. Com isso, a automatização e o processamento tem sido
uma pauta bastante pesquisada por este setor.
- Sistemas de radares: uso de FPGAs para processar sinais de radar, permitindo a detecção
de alvos aéreos e terrestres. Recentemente a FAB (Força Aérea Brasileira) realizou um
estudo sobre radares militares que utilizavam o chip com tecnologia FPGA para a utilização
de um radar de abertura sinética, que tinha como objetivo obter imagens do solo por meio
de aeronaves ou satélites em órbita
- Sistemas de armamento: para controlar sistemas de armamento, como mísseis e bombas.
- Sistemas de defesa: para proteger sistemas militares contra ameaças cibernéticas, detectar
e responder a ataques.
Referências
https://www.elprocus.com/digital-signal-processor/
https://www.oficinadanet.com.br/tecnologia/28103-o-que-e-chip-fpga
https://edu.taugc.com/blog/o-que-e-um-fpga-ou-field-programmable-gate-array-arranjo-de-
porta-programavel-em-campo/
https://www.cin.ufpe.br/~es238/arquivos/aulas/conversores_AD_DA.pdf
https://embarcados.com.br/conversor-a-d/
https://www.infoescola.com/eletronica/conversor-digital-analogico/
http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Conversao_Digital_Analogica

Você também pode gostar