Apostila Carnes 2023
Apostila Carnes 2023
Apostila Carnes 2023
– Câmpus Ibirubá
Carnes
CONCEITO
• O dicionário Aurélio define bem-estar como “estado de perfeita satisfação física
ou moral, conforto”.
O conceito foi embasado nas cincos liberdades inerentes aos animais:
a) Liberdade fisiológica: Os animais não devem ser privados de água e alimento e
devem manter suas funções fisiológicas/orgânicas em equilíbrio, sendo capazes de
crescer e de se reproduzir normalmente
ABATE BOVINOS
• Recepção / Currais
O gado é transportado em caminhões até os abatedouros ou frigoríficos. Ao
chegar, é descarregado nos currais de recepção por meio de rampas ade-quadas,
preferencialmente na mesma altura dos caminhões. Os animais são inspecionados,
separados por lotes de acordo com a procedência e permanecem nos currais, em repouso
e jejum, por 16 a 24 horas. Desta forma, recuperam-se do “stress” da jornada e
diminuem o conteúdo estomacal e intestinal. O descanso propicia melhora da
qualidade da carne, restabelecendo-se os níveis normais de adrenalina e de
glicogênio presentes no sangue.
Água pode ser aspergida sobre os animais para auxiliar no processo “anti-
stress”, bem como para efetuar uma pré-lavagem do couro. Agua fria aspergida sobre os
animais também pode auxiliar no processo de sangria.
•Área de vômito
Após esta operação, uma parede lateral do “box” é aberta e o animal atordoado
cai para um pátio, ao lado do “box”, de onde é içado com auxílio de talha ou guincho e
de uma corrente presa a uma das patas traseiras, sendo pendurado em um trilho aéreo
(“nória”). Nesta etapa, é comum os animais vomitarem e então, normalmente, recebem
um jato de água para limpeza do vômito.
• Sangria
Após a limpeza do vômito, os animais são conduzidos pelo trilho até a calha de
sangria. O próximo passo é a secção de grandes vasos sangüíneos do pescoço com uma
faca. Utiliza-se uma faca para abertura do curo da barbela e outra faca para corte dos
vasos sanguíneos para que a sangria ocorra. O sangue escorre do animal suspenso, é
coletado na calha e direcionado para armazenamento em tanques, gerando de 15 a 20
litros de sangue por animal.
A morte ocorre por falta de oxigenação no cérebro. Parte do sangue* pode ser
coletada assepticamente e vendida in natura para indústrias de beneficiamento, onde
serão separados os componentes de interesse (albumina, fibrina e plasma).
Evisceração de bovinos
As carcaças dos animais são abertas manualmente com facas e com serra
elétrica. A evisceração envolve a remoção das vísceras abdominais e pélvicas, além dos
intestinos, bexiga e estômagos. Normalmente, todas estas partes são carregadas em
bandejas, da mesa de evisceração para inspeção, e transporte para a área de
processamento, ou então direcionadas para as graxarias, se condenadas. A partir dos
intestinos, são produzidas as tripas, normalmente salgadas e utilizadas para fabricação
de embutidos ou para aplicações médicas. O bucho* (rúmen e outras partes do
estômago) é esvaziado, limpo e salgado, ou pode ser cozido e por vezes submetido a
branqueamento com água oxigenada, para posterior refrigeração e expedição. A bílis*,
retirada da vesícula biliar, também é separada e vendida para a indústria farmacêutica.
Evisceração de bovinos
Selos de certificação
ABATE AVES;
• Recepção de aves
Este setor deve ser instalado em plataforma coberta, com proteção aos ventos
predominantes e à incidência direta dos raios solares, aquela poderá ser parcial ou
totalmente fechada, desde que não haja prejuízo para a ventilação nem iluminação.
Deverá dispor de área suficiente para atender à velocidade horária do abate e às
operações ali realizadas. Se o abate nãofor feito de imediato, as aves deverão ter um
local de espera específico com cobertura e ventilação e, conforme o caso, umidificação
ambiente. O setor de recepção deve permitir fácil movimentação das caixas ou gaiolas
que servem para acondicionar as aves, as quais, após vazias, deverão ser encaminhadas
para aseção própria.
• Insensibilização e sangria
• Escaldagem e depenagem
• Pré-resfriamento
É feito normalmente por imersão em água por resfriadores contínuos, tipo rosca sem
fim (chillers) com renovação de água, a qual durante os trabalhos, deverá ser constante e
em sentido contrário ao fluxo de movimentação das carcaças, na proporção mínima de
1,5 (um e meio) litros por carcaça no primeiro estágio e 1,0 (um) litro no último estágio,
cuja temperatura da água não deve ser superior a 4ºC. Todos os tanques do sistema de
pré-resfriadores contínuos por imersão devem ser completamente esvaziados, limpos e
desinfetados, no final de cada período de trabalho (oito horas). Ao final do processo, a
temperatura das carcaças após o pré-resfriamento deverá ser igual ou inferior a 7ºC.
• Gotejamento
• Classificação e embalagem
ABATE SUINOS
1- Recepção:
Jejum: 8 a 18 h ( já na propriedade)
Descanso: de 2 a 4 horas : Área de 0,6m2/kg
2- Insensibilização: Indicado a eletro narcose, mais permite outros métodos,
desde que aprovado pelo MAPA. O atordoamento dos suínos normalmente é
realizado por descarga elétrica: dois eletrodos, em forma de pinça ou tesoura, são
posicionados nas laterais da cabeça e um terceiro, na altura do coração. Além deste,
existe um outro método de atordoamento em que os animais são colocados em uma
câmara com atmosfera rica em gás carbônico, sendo atordoados por falta de
oxigênio.
3- Sangria: realizada imediatamente após a insensibilização e consistindo
na secção dos grandes vasos do pescoço na entrada do peito, com um tempo
máximo de 30s (trinta segundos) entre a insensibilização e a sangria;
PROCESSAMENTO DE CARNES:
Tipos de carne:
Carnes vermelhas: Bovinos, suínos, ovinos e caprinos
Carnes Brancas: Frangos, Peixes e Perus
A carne pode ser conservada por mais tempo se algum tratamento for efetuado.
Esses tratamentos visam reduzir a proliferação de microrganismos e assim evitar a
putrefação. Os mais utilizados para carnes são: Calor, frio, salga, defumação, aditivos.
1-Pelo frio:
Refrigeração da carne: O objetivo da refrigeração é diminuir a temperatura da
carcaça, reduzindo a taxa de crescimento dos microrganismos patogênicos e
deteriorantes, retardando atividades enzimáticas que contribuem para alterações físicas e
organolépticas da carne. O resfriamento com temperatura adequada nas primeiras 24
horas após o abate é muito importante, pois afeta diretamente a qualidade da carne. O
resfriamento também prepara a carcaça para a desossa, pois as baixas temperaturas
tornam firme a gordura. Uso de temperaturas próximas a 0 ºC é com o propósito de
conservação por apenas alguns dias.
Carnes congelada: o tempo de estocagem depende da qualidade da carne: no
congelamento existem poucas alterações nas propriedades organolépticas da carne.
Quando o congelamento e armazenamento são bem feitos, a carne congelada é
semelhante à carne fresca. O congelamanto deve ser preferencialmente em túneis com
temperatura entre - 25°C e - 40°C. A temperatura da carne deverá atingir -18°C e será
mantida durante a estocagem.
Carnes maturadas: A maturação permite acentuar o sabor e a maciez das
carnes, este processo consiste em manter cortes cárneos em temperaturas próximas à 0
ºC por um período variável de 8 a 12 dias, mantendo a atuação das enzimas naturais que
irão promover a proteólise (quebra das fibras musculares) assegurando a maciez do
produto e liberando compostos que fornecer aroma às carnes. As carnes maturadas
apresentam coloração escura, porém, após retiras das embalagens retornam à coloração
vermelha e razão de novamente terem contato com o oxigênio.
2- Pelo calor:
Cozimento: No cozimento devem-se atingir temperaturas próximas de 72 ºC no
centro dos produtos. No cozimento de rúmen, retículo e omaso normalmente se utilizam
temperaturas acima de 80 ºC por tempo não inferior a 20 minutos. Temperaturas
superiores a 100ºC, em produtos enlatados, permitem a eles serem guardados à
temperatura ambiente.
Conserva de carne: Podemos considerar as conservas como sendo produtos
obtidos pela combinação de duas técnicas: acondicionamento em recipientes
hermeticamente fechados e aquecimento capaz de inativar ou destruir
microorganismos e enzimas de modo irreversível
Defumação– É um método antigo de conservação dos alimentos, onde estes
adquirem características especiais de sabor e cor. temperaturas entre 75 – 100ºC são
empregadas na conservação da carne curada.
PRODUTOS QUÍMICOS
Alguns produtos químicos podem ser utilizados, para aumentar a vida de
prateleira das carnes. Podemos citar alguns:
Sal – atua principalmente, diminuindo a quantidade de água no
produto e inibido o desenvolvimento microbiano.
Açúcar – o açúcar adicionado a alimentos fermentados age como
preservativo.
Nitrito – possui propriedades bacteriostáticas. Além do efeito
preservativo, ele confere à carne curada, sua cor característica.
Antioxidantes – retardam o aparecimento de alterações
oxidativas nos alimentos.
Estabilizantes – mantêm as características físicas das emulsões e
suspensões.
Problemas de conservação da carne de salames: Alterações da cor
superficial ou interna, escurecimento, eescoloração por cura deficiente(baixo
nitrito), Esverdecimento por cura excessiva “queimadura do nitrito”, Descoloração
pela luz (exposta ao ar com iluminação fluorescente), descoloração por ranço (ar e
congelamento), esverdecimento bacteriano: (bactérias x higiene), corn interna clara
(baixo nitrito), aneis verdes (controle inadequado de temperatura).
A mídia tem apontadoo nitrito como uma substancia altamente cancerigena
quando usado em altas doses,a lem de provocar varios danos, ao sofago, estomogo e
intestino. Estudos mostram que quando usado em doses adequandas, esta subtância
não faz mal a saude. No entanto, tem sido feito um controle mais rigoroso, quanto a
concentraçao desta subtâncias nos embutidos como medida preventiva.
Embutidos
Cura
Produtos cárneos curados são aqueles conservados por tempo mais longo,
adicionados de sal, nitratos e/ou nitritos, açúcar e condimentos, resultando na melhora
das propriedades sensoriais, como sabor e aroma mais agradáveis e coloração vermelha
ou rósea atraente. A cura da carne pode ser realizada sob várias formas de salga, como a
seca, a úmida ou a mista. O tipo de cura utilizado é escolhido conforme o tamanho da
peça. O importante é que o método de cura escolhido deve garantir a distribuição
uniforme dos ingredientes adicionados ao produto, pois falhas ocorridas nessa etapa
resultam em defeitos como, coloração desuniforme, falta de estabilidade e até
putrefação. O salame e a linguiça são exemplo de produtos curados que também podem
ser defumados após a cura.
Defumados
A defumação é utilizada como uma medida complementar da cura, conferindo
características organolépticas (aspecto, odor e cor) especiais, podendo ser associada à
ação de conservação. A coloração, aroma e sabor desejados pelo consumidor são
determinados pela presença de certos componentes químicos constituintes da fumaça.
São mais de 300 substâncias identificadas, entre elas os hidrocarbonetos, substâncias
orgânicas, fenóis, benzóis, cinzas de CO2 e o alcatrão.
A fumaça tem um efeito conservante e associado ao calor, resulta na redução da
umidade, essencial no controle do desenvolvimento de micro-organismos. O contato
com o calor e a fumaça provoca a perda da água, a superfície fica ressecada e a
coloração estabilizada. Muitos componentes da fumaça têm efeito bactericida e
desinfetante. O efeito dos fenóis, antioxidativo, inibe a oxidação das gorduras e evita o
sabor de ranço. A defumação associada ao uso de sais como o cloreto de sódio e o
nitrito de sódio, além da secagem, auxilia na redução e controle de micro-organismos,
com consequente aumento da vida de prateleira dos produtos. Este processo valoriza
ainda mais os cortes nobres como o lombo, o qual pode ser transformado em lombo
canadense, lombo com ervas, lombo com páprica, entre outros. Também valoriza e
agrega valor a outros produtos menos nobres como toucinho, costela, linguiça, salame.
Fermentados
O produto fermentado utiliza o crescimento controlado de micro-organismos
selecionados, resultando na modificação da textura, do sabor e do aroma. Dentre os
tipos de fermentação utilizadas para produtos cárneos, a láctica é a mais empregada,
onde o ácido láctico é produzido pela ação das bactérias sobre os açúcares, abaixando o
pH e fornecendo sabor característico ao produto. Dentre os produtos cárneos produzidos
por este processo, o salame é um dos mais consumidos.
Desidratados ou Secos
A carne ovina possui em torno de 70 a 75% de umidade. Portanto, removendo-se
grandeparte dessa água, a deterioração torna-se mais lenta. Isto pode ser conseguido por
meio da salga ou secagem natural. A secagem deve ser realizada de forma cuidadosa e
uniforme para que atinja os melhores resultados, podendo ser obtida carne aliando-se as
condições de clima seco com muito vento. Uma das vantagens da secagem é que ela
concentra também os componentes do sabor. A carne ovina seca é muito saboreada na
forma de churrasco.
STAPHYLOCOCCUS AUREUS
• Sintomas: Alguns alimentos podem estar contaminados por toxinas produzidas
pela bactéria Staphylococcus aureus, o que pode causar inflamação da mucosa
gastrointestinal e levar ao aparecimento de alguns sinais e sintomas poucas horas
após o consumo do alimento, como vômitos, diarreia e náuseas.
• Fontes de contaminação: A bactéria pode ser naturalmente encontrada na pele
e nas mucosas, sem causar qualquer sintoma. Produz toxina que podem ser
encontradas principalmente em alimentos embutidos, como presunto e salsichas
BACILUS CEREUS
• Sintomas: náuseas, diarreia, vômitos intensos e cansaço excessivo, até 16 horas
após comer
• Fontes de contaminação: produtos agrícolas e de origem animal: leite não
pasteurizado, carne crua, verduras e legumes frescos ou cozinhados e
armazenados em temperaturas pouco adequadas (cereais)
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Salmonela
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https://www.youtube.com/watch?v=G0zzHNVFsm8