Estudo 3 (22.01) - A Humildade

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ESTUDO PARA CÉLULAS

FAMÍLIA CCA – Uma Igreja em Células no Modelo dos 12

Estudo 3 da série: Sermão do Monte. Recife, 22 de Janeiro de 2024

A humildade
Introdução

Na semana passada abordamos os primeiros passos para uma espiritualidade cristã verdadeira que é a
necessidade de se reconhecer como pobre de espírito. E ser pobre de espírito é reconhecer o estado de pecado
que estamos e que não podemos nos salvar. Além disso, é impossível vencermos o pecado sozinhos e por isso
choramos. Todo crente com experiência de salvação já chorou ou sentiu-se profundamente abalado pelas suas
próprias limitações na fé e tudo isso se refere ao arrependimento contínuo. É reconhecer e tomar uma decisão
de buscar no evangelho uma mudança. Continuaremos nesta semana a caminhada de todo cristão para ser
feliz.

⁵ Felizes os humildes, pois herdarão a terra. ⁶ Felizes os que têm fome e sede de justiça, pois serão
saciados. Mateus 5:5,6 (NVT)

Outras traduções podem dizer "bem-aventurados os mansos", e em ambas as traduções, o "manso" ou


"humilde", em seu sentido original na Bíblia, é "praus" - alguém ensinável. Tem a ideia de alguém que está
disposto a aceitar a forma como Deus lida consigo, sem disputar ou resistir. No Antigo Testamento (Sl
37:11), de onde veio a referência de Jesus para essa afirmação, o humilde é aquele que confia inteiramente em
Deus, mais do que em suas próprias forças. O humilde ou manso não é aquele que sofre em silêncio ou
aquele que todos se aproveitam, nem é a pessoa calma e quieta que não reage. O manso é aquele que, após
perceber sua pobreza espiritual e chorar em busca de solucionar isso, se torna ensinável.

Ser discípulo de Jesus é abandonar tudo o que achamos que sabemos para imitá-lo, sendo humilde o
suficiente não apenas para admitir, mas também para aceitar sua ajuda e correção. A atitude de mansidão e
humildade implica também em saber que Deus está permitindo as injúrias, as injustiças e as dificuldades para
nos purificar e nos conduzir ao caminho correto da felicidade. Não se preocupe, as provações são temporárias
e Deus nos livrará no tempo certo.

Sobre provações

Vamos pensar. Quantas vezes reclamamos das provações que temos passado? Pedimos para Deus nos usar,
supostamente aceitamos sua vontade, mas não queremos aprender a ser como Ele de fato. Decidimos muitas
vezes nos isolar e esperar o tempo ruim passar enquanto Deus está querendo tratar nossos pecados e
desenvolver a nossa fé a partir das nossas fraquezas. Observe o relato do apóstolo Paulo:

⁷ foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. ⁸ Três vezes
roguei ao Senhor que o tirasse de mim. ⁹ Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois
o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em
minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. ¹⁰ Por isso, por amor de Cristo,
regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois,
quando sou fraco é que sou forte. 2 Coríntios 12:7-10 (NVI)

Rua: Manoel de Abreu, 266, Imbiribeira - Recife – PE / Email: famí[email protected] Ap. Vânia
O apóstolo Paulo após intensas revelações recebe um espinho na carne do próprio Deus para que não se
gloriasse e pediu insistentemente que o tirasse, mas Deus não o fez. Muito pelo contrário Deus diz que sua
graça era mais que suficiente. Quem poderia imaginar, um apóstolo que teve inúmeras revelações, muito
poderoso em suas palavras e pregação, mas era refém de sua própria fraqueza. Fraqueza essa aumentada pelo
próprio Deus através de um “mensageiro de Satanás”, provavelmente uma pessoa. Isso com certeza confronta
os falsos evangelhos por aí, quebrando toda falsa espiritualidade onde muitos que se dizem profetas. Por isso
podemos afirmar que Jesus diz que feliz é o manso, isto é, o que aceita as fraquezas, os insultos, as
necessidades, as perseguições, as angústias.

Quando as coisas dão errado para nós, é natural nos questionarmos sobre o propósito por trás dessas
situações adversas. Nesse momento, é importante nos perguntarmos: "O que Ele quer me ensinar com isso?".
Esse processo de reflexão e busca por respostas exige uma dependência maior de Deus, especialmente nos
problemas que fogem ao nosso controle e para os quais não temos uma solução imediata. Algumas vezes são
problemas que nem sabemos a origem.

O problema já está lá, a dificuldade é real e não podemos escapar, nem mudar nada, mas a nós mesmos
podemos. Encarar a dura realidade de ter que cortar inúmeros gastos para pagar cartões de créditos que
viraram bola de neve por causa da perda de um emprego. Confiar em Deus que sua criança vai ficar bem após
um acidente aparentemente sério. Lidar com perdas de entes queridos que eram substanciais para muita coisa
em nossa vida. Pessoas que antes davam certeza de algo e de repente mudam de opinião deixando na mão.
Qual a sua adversidade? E o quanto essa adversidade estremece sua relação com Deus?

Muitas vezes, em vez de buscar a orientação divina, tendemos a confiar em nossos próprios sentimentos e
recursos para resolver as dificuldades que surgem em nosso caminho. Vivemos em dois extremos, por assim
dizer: ou esperamos que Deus intervenha de forma instantânea e miraculosa, ou tentamos resolver tudo por
conta própria, baseados em nossa própria força e desejos. No entanto, nenhum desses extremos é o caminho
ideal.

Conclusão

Todos passamos pela dúvida, não há problema nisso, mas o importante é o que aprendemos com Deus depois
de tudo. Jesus nos convida a aprender a viver de maneira correta, seguindo o Seu exemplo e buscando a
vontade de Deus em todas as circunstâncias. Ele nos ensina que a vida cristã não se trata apenas de solucionar
problemas, mas sim de desenvolver uma profunda intimidade com o Pai celestial e confiar plenamente em Sua
sabedoria e poder. Portanto, ao adotarmos uma postura de dependência e confiança Nele, somos capacitados
a enfrentar as dificuldades com coragem e sabedoria, permitindo que Deus nos guie e nos ensine a maneira
correta de viver.

Ser humilde não é fácil, pois aceitar a correção de Deus apesar de soar espiritual mexe com fortalezas de nossas
almas. Talvez o pecado que Deus gostaria de tratar em nós não sejam pecados escandalosos. Jesus lutou muito
para mudar a visão de seus discípulos acerca de muitas coisas, e geralmente eram as aparentemente pequenas.
Para esta semana vamos buscar ser ensináveis, aceitar as provações, entender o que Deus deseja nos ensinar
com tudo isso e decidir mudar completamente com auxílio do Espírito Santo.

⁶ mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e esta casa somos nós, se é que nos apegamos
firmemente à confiança e à esperança da qual nos gloriamos. ⁷ Assim, como diz o Espírito Santo:
"Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, ⁸ não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de
provação no deserto. Hebreus 3:6-8 (NVI)

Rua: Manoel de Abreu, 266, Imbiribeira - Recife – PE / Email: famí[email protected] Ap. Vânia

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