DABEL
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DABEL
7908403552641
PRODABEL
EMPRESA DE INFORMÁTICA E INFORMAÇÃO DO MUNICÍPIO DE
BELO HORIZONTE
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados................................................................................................... 5
2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais............................................................................................................................. 5
3. Domínio da ortografia oficial...................................................................................................................................................... 6
4. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conecto-
res e de outros elementos de sequenciação textual.................................................................................................................. 6
5. Emprego de tempos e modos verbais. Reescrita de frases e parágrafos do texto...................................................................... 7
6. Domínio da estrutura morfossintática do período..................................................................................................................... 13
7. Emprego das classes de palavras................................................................................................................................................ 14
8. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos
da oração.................................................................................................................................................................................... 20
9. Emprego dos sinais de pontuação.............................................................................................................................................. 20
10. Concordância verbal e nominal.................................................................................................................................................. 24
11. Regência verbal e nominal.......................................................................................................................................................... 26
12. Emprego do sinal indicativo de crase.......................................................................................................................................... 27
13. Colocação dos pronomes átonos................................................................................................................................................ 27
14. Significação das palavras............................................................................................................................................................. 28
15. Substituição de palavras ou de trechos de texto........................................................................................................................ 28
16. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto................................................................................................. 29
17. Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade............................................................................................ 29
Raciocínio Lógico
1. Estruturas lógicas. Conectivos, tautologia e contradições, implicações e equivalências, afirmações e negações, argumento,
silogismo, validade de argumento. Lógica sentencial (ou proposicional). Proposições simples e compostas. Lógica de argu-
mentação: inferências, deduções e conclusões. Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses,
conduz, de forma válida, a conclusões determinadas................................................................................................................ 37
2. Análise e interpretação de dados representados em tabelas e gráficos..................................................................................... 60
11. Ato administrativo; Conceito, características e atributos; Elementos e requisitos de validade; Formação e efeitos; Extinção,
revogação, invalidação e convalidação; Cassação e caducidade................................................................................................. 106
12. Planejamento estratégico........................................................................................................................................................... 117
13. Governança corporativa nos termos da Lei 13.303/2016........................................................................................................... 118
Orçamento Público
1. Orçamento Público: conceito, funções, técnicas e princípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
2. Responsabilidade fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
3. Instrumentos de planejamento orçamentário (PPA, LDO, LOA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
4. Ciclo orçamentário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
5. Receitas e despesas: conceito e classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
6. Normas gerais de direito financeiro (Lei nº 4.320/1964 e suas alterações) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
Tipos textuais
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali-
GÊNEROS VARIADOS dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se
apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão
Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje- específico para se fazer a enunciação.
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas características:
importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido Apresenta um enredo, com ações
completo. e relações entre personagens, que
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e ocorre em determinados espaço e
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- TEXTO NARRATIVO tempo. É contado por um narrador,
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua e se estrutura da seguinte maneira:
interpretação. apresentação > desenvolvimento >
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do clímax > desfecho
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- Tem o objetivo de defender
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- determinado ponto de vista,
tório do leitor. TEXTO DISSERTATIVO- persuadindo o leitor a partir do
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, ARGUMENTATIVO uso de argumentos sólidos. Sua
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi- estrutura comum é: introdução >
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido desenvolvimento > conclusão.
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar Procura expor ideias, sem a
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. necessidade de defender algum
ponto de vista. Para isso, usa-
Dicas práticas TEXTO EXPOSITIVO se comparações, informações,
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- definições, conceitualizações
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- etc. A estrutura segue a do texto
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, dissertativo-argumentativo.
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.
Expõe acontecimentos, lugares,
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca
pessoas, de modo que sua finalidade
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe-
TEXTO DESCRITIVO é descrever, ou seja, caracterizar algo
cidas.
ou alguém. Com isso, é um texto rico
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon-
em adjetivos e em verbos de ligação.
te de referências e datas.
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de Oferece instruções, com o objetivo
opiniões. de orientar o leitor. Sua maior
TEXTO INJUNTIVO
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- característica são os verbos no modo
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- imperativo.
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do Gêneros textuais
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
quando afirma que... da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo
não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual,
podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-
sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- Alguns exemplos de gêneros textuais:
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele • Artigo
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas • Bilhete
classificações. • Bula
• Carta
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
A Reescrita de Frases é um assunto solicitado em muitos editais. A habilidade de reescrever frases requer diferentes conhecimentos
da Língua Portuguesa, como ortografia, acentuação, pontuação, sintaxe, significação das palavras, as classes de palavras e interpretação
de texto.
A grande maioria das questões de Reescrita de Frases solicitará que uma frase seja reescrita sem que haja alteração em seu sentido
e que a correção gramatical seja preservada. Ou seja, uma frase reescrita deve obedecer aos padrões da norma-culta e deve manter o
sentido original daquilo que a frase diz.
Por isso é importante possuir boa habilidade de interpretação e compreensão de texto, já que é necessário, antes de tudo, compreen-
der aquilo que a frase está dizendo.
O que a frase acima está dizendo? Que desde o mês de dezembro, os bombeiros salvaram mil pessoas nas praias do estado de São
Paulo (paulistas). Este é o sentido original da frase, e note que já foi realizada uma reescrita da frase. Apesar de apresentar palavras dife-
rentes, ambas falam a mesma coisa. Além disso, o exemplo acima não apresenta nenhum erro gramatical.
Depois de compreender o sentido da frase, você deve verificar se há erros de grafia, acentuação, concordância, regência, crase, pon-
tuação. Em uma questão, se a alternativa apresentar algum destes erros, você já poderá eliminá-la, pois não será a correta.
Questão: (Câmara de Sertãozinho - SP - Tesoureiro - VUNESP) Uma frase condizente com as informações do texto e escrita em con-
formidade com a norma-padrão da língua portuguesa é:
(A) Os brasileiros desconfiam de que adaptarão-se à nova realidade do mercado de trabalho, ainda que estão entusiasmados com as
novas tecnologias.
(B) Embora otimistas com os efeitos da revolução digital em suas carreiras, os brasileiros dispõem de capacidades digitais aquém do
que imaginam.
(C) De acordo com lista do LinkedIn para 2018, quase metade dos brasileiros desconhecem as habilidades que o mercado mais neces-
sita.
(D) Fazem cinco anos apenas que certas habilidades digitais passou a ser requeridas, o que significa que o cenário das empresas mu-
dou muito rápido.
(E) Mais de 80% dos entrevistados afirmaram que estão otimistas no que refere-se às novas tecnologias, mas reconhecem que não as
domina.
Na alternativa “A”, o correto seria “desconfiam de que se adaptarão”. Esta alternativa já poderia ser eliminada.
A alternativa “C” também está incorreta, pois quem desconhece as habilidades que o mercado mais necessita é quase metade dos
brasileiros, o verbo é no singular.
Na alternativa “D”, temos um erro logo no início. O correto é “Faz cinco anos”. Ademais, certas habilidades digitais passaram a ser
requeridas, plural.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o pronome relativo “que” é um fator atrativo, a prócli- Substituir verbo por substantivo
se deve ser utilizada. Por isso, na alternativa “E”, o correto seria “no Em gramática, temos o substantivo verbal, que é um substanti-
que se refere”. vo derivado do infinitivo, do gerúndio ou do particípio de um verbo.
Resta-nos a alternativa “B”, que é a correta e não apresenta Ex.: Espero que se corrija a prova.
erros. Espero a correção da prova.
Mas não basta somente verificar se há erros, é preciso muito Substituir substantivo por verbo
mais para reescrever frases e mandar bem neste tipo de questão. A ideia aqui é a mesma, só que ocorre o oposto.
É preciso ter em mente que as frases reescritas devem: Ex.: Exijo a dedicação dos alunos.
– Respeitar as sequências de ideias Exijo que os alunos se dediquem.
Ex.: “Você está intragável hoje. Qual é o seu problema?”
Aqui, temos uma afirmação e depois uma pergunta. Essa or- — A Voz Verbal
dem precisa ser respeitada na reescrita. Uma solução seria: Hoje Voz verbal é a forma assumida pelo verbo para indicar se o su-
você está intragável. Posso saber por quê? jeito gramatical é agente ou paciente da ação. Existem três vozes
verbais:
– Não omitir informação essencial – Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expres-
Utilizando o mesmo exemplo acima, se só houvesse a pergun- sa pelo verbo.
ta, a informação sobre o sujeito estar intragável hoje seria omitida, Ex.: Ele | fez | o trabalho. (ele - sujeito agente) (fez - ação) (o
o que seria um erro. trabalho - objeto paciente)
– Não expressar opinião – Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação ex-
É uma reescrita daquilo que a frase diz, não daquilo que você pressa pelo verbo.
acha. Não mude o sentido da frase de acordo com sua opinião. Ex.: O trabalho | foi feito | por ele. (O trabalho - sujeito pacien-
te) (foi feito - ação) (por ele - agente da passiva)
– Utilizar vocabulário e expressões diferentes das do texto
original – Reflexiva: há dois tipos de voz reflexiva:
Afinal, é para reescrever a frase, utilizar outras palavras. 1) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva quando o
sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
— Sinônimos e Antônimos Ex.: - Carla machucou-se.
Aproveitando o gancho, uma reescrita é utilizar palavras dife- – Marcos cortou-se com a faca.
rentes para dizer a mesma coisa. Para isso, nada melhor do que
conhecer os sinônimos e os antônimos. 2) Reflexiva Recíproca: será chamada de reflexiva recíproca
quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação so-
Sinônimos bre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
São palavras diferentes que possuem o mesmo significado. Ex.: - Paula e Renato amam-se.
Ex.: Muitas pessoas conseguiram emprego. – Os jovens agrediram-se durante a festa.
Diversas pessoas conseguiram emprego. – Os ônibus chocaram-se violentamente.
Apesar de diferentes, as duas palavras expressam valor de
quantidade elevada. A mudança da voz verbal pode ser utilizada na reescrita de fra-
ses.
Antônimos Ex.: Qualquer cidadão comprova isso.
São palavras que se contradizem, opostos. Também podem Isso é comprovado por qualquer cidadão.
ocorrer por complementaridade (onde a negação de uma implica a
afirmação da outra e vice-versa). Pode-se observar isso.
Ex.: O rapaz estava triste. Isso pode ser observado.
O rapaz não estava feliz.
Ao negar a felicidade do rapaz, implica-se que este estava triste. Muitas questões, inclusive, solicitam que a frase seja reescrita
em determinada voz verbal.
— Verbos e Substantivos
1
Os verbos e os substantivos são elementos importantes das Questão: (TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC) O cére-
frases. Os substantivos compõem a classe de palavras com que se bro humano exibe diferentes padrões de atividade para diferentes
denominam os seres, animados ou inanimados, concretos ou abs- experiências.
tratos, os estados, as qualidades, as ações. Já os verbos, são a classe Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
de palavras que, do ponto de vista semântico, contêm as noções de resultante será:
ação, processo ou estado, e, do ponto de vista sintático, exercem a (A) são exibidas
função de núcleo do predicado das sentenças. (B) são exibidos
Ao reescrever uma frase, é possível: (C) exibe-se
(D) é exibido
(E) exibiam-se
1 https://bit.ly/2U03syd
8
RACIOCÍNIO LÓGICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO
Negação ~ Não p
Conjunção ^ peq
Disjunção Inclusiva v p ou q
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q
Condicional → Se p então q
Bicondicional ↔ p se e somente se q
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RACIOCÍNIO LÓGICO
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões
Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)
A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a
( ) Certo
( ) Errado
Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F
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RACIOCÍNIO LÓGICO
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO OPERA- CONEC- ESTRUTURA TABELA VERDADE
valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será conside- ÇÃO TIVO LÓGICA
rada uma frase, proposição ou sentença lógica.
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CONHECIMENTOS DE DIREITO
ADMINISTRATIVO
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CONHECIMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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CONHECIMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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CONHECIMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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CONHECIMENTOS DE DIREITO
CONSTITUCIONAL
TÍTULO I
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
BRASIL DE 1988: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
Forma, Sistema e Fundamentos da República indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, consti-
tui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
– Papel dos Princípios e o Neoconstitucionalismo I - a soberania;
Os princípios abandonam sua função meramente subsidiária II - a cidadania
na aplicação do Direito, quando serviam tão somente de meio de III - a dignidade da pessoa humana;
integração da ordem jurídica (na hipótese de eventual lacuna) e ve- IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
tor interpretativo, e passam a ser dotados de elevada e reconhecida V - o pluralismo político.
normatividade. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
– Princípio Federativo Constituição.
Significa que a União, os Estados-membros, o Distrito Federal Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos en-
e os Municípios possuem autonomia, caracteriza por um determi- tre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
nado grau de liberdade referente à sua organização, à sua adminis-
tração, à sua normatização e ao seu Governo, porém limitada por Objetivos Fundamentais da República
certos princípios consagrados pela Constituição Federal. Os Objetivos Fundamentais da República estão elencados no
Artigo 3º da CF/88. Vejamos:
– Princípio Republicano
É uma forma de Governo fundada na igualdade formal entre Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Fede-
as pessoas, em que os detentores do poder político exercem o rativa do Brasil:
comando do Estado em caráter eletivo, representativo, temporário I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
e com responsabilidade. II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desi-
– Princípio do Estado Democrático de Direito gualdades sociais e regionais;
O Estado de Direito é aquele que se submete ao império da lei. IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
Por sua vez, o Estado democrático caracteriza-se pelo respeito ao raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
princípio fundamental da soberania popular, vale dizer, funda-se na
noção de Governo do povo, pelo povo e para o povo. Princípios de Direito Constitucional Internacional
Os Princípios de Direito Constitucional Internacional estão
– Princípio da Soberania Popular elencados no Artigo 4º da CF/88. Vejamos:
O parágrafo único do Artigo 1º da Constituição Federal reve- Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas rela-
la a adoção da soberania popular como princípio fundamental ao ções internacionais pelos seguintes princípios:
prever que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio I - independência nacional;
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Cons- II - prevalência dos direitos humanos;
tituição”. III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
– Princípio da Separação dos Poderes V - igualdade entre os Estados;
A visão moderna da separação dos Poderes não impede que VI - defesa da paz;
cada um deles exerça atipicamente (de forma secundária), além de VII - solução pacífica dos conflitos;
sua função típica (preponderante), funções atribuídas a outro Po- VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
der. IX - cooperação entre os povos para o progresso da humani-
Vejamos abaixo, os dispositivos constitucionais corresponden- dade;
tes ao tema supracitado: X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a in-
tegração econômica, política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações.
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CONHECIMENTOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
1 http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:j3AAnRp-
J4j8J:www.estrategiaconcursos.com.br/curso/main/downloadPDF/%-
3Faula%3D188713+&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
144
CONHECIMENTOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
3) Normas constitucionais de eficácia limitada É importante destacar que as normas de eficácia limitada,
São aquelas que dependem de regulamentação futura para embora tenham aplicabilidade reduzida e não produzam todos
produzirem todos os seus efeitos. Um exemplo de norma de eficá- os seus efeitos desde a promulgação da Constituição, possuem
cia limitada é o art. 37, inciso VII, da CF/88, que trata do direito de eficácia jurídica.
greve dos servidores públicos (“o direito de greve será exercido nos Guarde bem isso: a eficácia dessas normas é limitada, porém
termos e nos limites definidos em lei específica”). existente! Diz-se que as normas de eficácia limitada possuem efi-
Ao ler o dispositivo supracitado, é possível perceber que a cácia mínima.
Constituição Federal de 1988 outorga aos servidores públicos o di- Diante dessa afirmação, cabe-nos fazer a seguinte pergunta:
reito de greve; no entanto, para que este possa ser exercido, faz-se quais são os efeitos jurídicos produzidos pelas normas de eficácia
necessária a edição de lei ordinária que o regulamente. Assim, en- limitada?
quanto não editada essa norma, o direito não pode ser usufruído. As normas de eficácia limitada produzem imediatamente, des-
As normas constitucionais de eficácia limitada possuem as se- de a promulgação da Constituição, dois tipos de efeitos:
guintes características: – efeito negativo;
a) são não-autoaplicáveis, ou seja, dependem de complemen- – efeito vinculativo.
tação legislativa para que possam produzir os seus efeitos;
b) possuem aplicabilidade indireta (dependem de norma re- O efeito negativo consiste na revogação de disposições ante-
gulamentadora para produzir seus efeitos) mediata (a promulgação riores em sentido contrário e na proibição de leis posteriores que
do texto constitucional não é suficiente para que possam produzir se oponham a seus comandos. Sobre esse último ponto, vale desta-
todos os seus efeitos) e reduzida (possuem um grau de eficácia res- car que as normas de eficácia limitada servem de parâmetro para o
trito quando da promulgação da Constituição). controle de constitucionalidade das leis.
O efeito vinculativo, por sua vez, se manifesta na obrigação de
Muito cuidado para não confundir! que o legislador ordinário edite leis regulamentadoras, sob pena de
As normas de eficácia contida estão aptas a produzir todos os haver omissão inconstitucional, que pode ser combatida por meio
seus efeitos desde o momento em que a Constituição é promulga- de mandado de injunção ou Ação Direta de Inconstitucionalidade
da. A lei posterior, caso editada, irá restringir a sua aplicação. por Omissão.
As normas de eficácia limitada não estão aptas a produzirem Ressalte-se que o efeito vinculativo também se manifesta na
todos os seus efeitos com a promulgação da Constituição; elas de- obrigação de que o Poder Público concretize as normas programá-
pendem, para isso, de uma lei posterior, que irá ampliar o seu al- ticas previstas no texto constitucional. A Constituição não pode ser
cance. uma mera “folha de papel”; as normas constitucionais devem re-
fletir a realidade político-social do Estado e as políticas públicas de-
José Afonso da Silva subdivide as normas de eficácia limitada vem seguir as diretrizes traçadas pelo Poder Constituinte Originário.
em dois grupos:
a) normas declaratórias de princípios institutivos ou organiza-
tivos: são aquelas que dependem de lei para estruturar e organizar
DA ORDEM ECONÔMICA - ART. 173 DA CONSTITUIÇÃO
as atribuições de instituições, pessoas e órgãos previstos na Consti-
FEDERAL
tuição. É o caso, por exemplo, do art. 88, da CF/88, segundo o qual
“a lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da Princípios Gerais da Atividade Econômica
administração pública.” O art. 170 da Constituição da República Federativa do Brasil
As normas definidoras de princípios institutivos ou organizati- promulgada em 1988 dispõe que a ordem econômica é fundada em
vos podem ser impositivas (quando impõem ao legislador uma obri- dois postulados básicos: a valorização do trabalho humano e a livre
gação de elaborar a lei regulamentadora) ou facultativas (quando iniciativa2.
estabelecem mera faculdade ao legislador).
O art. 88, da CF/88, é exemplo de norma impositiva; como
exemplo de norma facultativa citamos o art. 125, § 3º, CF/88, que Fundamentos da Ordem Econômica
dispõe que a “lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribu- → Valorização do trabalho → Livre iniciativa
nal de Justiça, a Justiça Militar estadual”;
Tomando por base essa premissa, pode-se entender que qualquer
b) normas declaratórias de princípios programáticos: são particular que atue explorando atividade econômica deverá respeitar
aquelas que estabelecem programas a serem desenvolvidos pelo esses preceitos e que as condutas praticadas que possam restringi-los
legislador infraconstitucional. Um exemplo é o art. 196 da Carta ou afetá-los serão tidas por ilegais e sujeitas à repressão estatal.
Magna (“a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido De fato, é nisso que se baseia a possibilidade de intervenção
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução estatal. Em outras palavras, o ente público deverá agir sempre que
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e entender que os atores do cenário econômico estejam agindo de
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e forma a prejudicar qualquer de seus pilares de sustentação.
recuperação”).
Cabe destacar que a presença de normas programáticas na – Valorização do trabalho humano
Constituição Federal é que nos permite classificá-la como uma 2 http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosU-
Constituição-dirigente. pload/7771/material/CAPITULO%20INTERVEN%C3%87%C3%83O%20
DO%20ESTADO%20NO%20DOM%C3%8DNIO%20ECONOMICO%20
-%20MATHEUS%20CARVALHO.pdf
145
CONHECIMENTOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Os valores sociais do trabalho estão definidos no art. 1º, IV da Enfim, esses princípios devem ser analisados de forma a se per-
Lei Maior como um dos fundamentos da República, o que demons- ceber que o tratamento dado pelo constituinte à ordem econômica
tra, claramente, a preocupação do Constituinte em conciliar os fa- está ligado diretamente à garantia de justiça social, o que justifica
tores de capital e trabalho como forma de atender aos preceitos da toda a atuação estatal dentro deste setor.
justiça social.
Partindo desta premissa, o texto constitucional não tolera com- Intervenção do Estado no Domínio Econômico
portamentos que coloquem em risco a vida ou a saúde dos traba-
lhadores ou que os reduza à condição análoga de escravo. – Formas de atuação do estado
Em verdade, a Carta Magna de 1988 tem um forte papel de in- A despeito da existência de algumas controvérsias acerca do
tervenção nas relações de emprego, traçando garantias inafastáveis tema, pode-se estabelecer que o Estado atua de duas formas na
aos trabalhadores, com a intenção de evitar a exploração da mão de ordem econômica.
obra pelo empresário. – Estado regulador: a primeira forma de atuação do ente pú-
Com efeito, o art. 7º, entre outros dispositivos do texto consti- blico no domínio econômico se dá por meio da regulação das ativi-
tucional detalha prerrogativas dos empregados como forma de se dades exercidas pelos particulares. Neste contexto, atua definindo
atingir a justiça social. normas de atuação, reprimindo o abuso do poder econômico e fis-
calizando as atividades exercidas pelos particulares com finalidade
– Liberdade de iniciativa lucrativa, como forma de evitar distorções do sistema.
A livre iniciativa é postulada do regime capitalista e se resume – Estado executor: trata-se da segunda forma de atuação do
na possibilidade dada a todos de ingressar no mercado de produção Estado que, em casos excepcionais, pode explorar diretamente ati-
de bens e serviços por sua conta e risco, explorando atividade eco- vidades econômicas. Com efeito, o ente estatal deixa a posição de
nômica com a finalidade de obtenção de lucro, sem que, para isso, controlador da atividade dos particulares para se inserir no merca-
precise concorrer com o Estado. do como executor direto da atividade do segundo setor.
Este postulado fica evidente ao se verificar que o art. 170, pa-
rágrafo único da Constituição Federal, estabelece que a todos é as- Insta salientar que o art. 173 da Carta Magna dispõe que esta
segurado o livre exercício de qualquer atividade econômica, sem exploração direta de atividade econômica pelo Estado se dá como
necessidade de autorização de órgãos públicos, à exceção dos casos forma de atingir o interesse da coletividade ou de garantir a segu-
previstos em lei. rança nacional, não se dando com finalidade lucrativa.
No entanto, a intervenção estatal tem limites. O Supremo Tri-
bunal Federal inclusive já se manifestou, em diversas situações, – Estado regulador
estipulando que a atuação estatal na economia deve respeitar os Conforme previamente explicitado, o ente público tem o dever
limites da livre iniciativa e que os prejuízos decorrentes desta inter- de atuar regulando a atividade econômica de forma a evitar atua-
venção serão indenizados nos moldes do art. 37, §6º da Constitui- ções abusivas do poder econômico e proteger a sociedade da busca
ção Federal. desenfreada pelo lucro.
– Princípios da ordem econômica Assim, Estado Regulador é aquele que, através de regime in-
Além dos fundamentos elencados, a Constituição Federal con- terventivo, se incumbe de estabelecer as regras disciplinadoras da
templou alguns princípios que devem nortear o sistema da ordem ordem econômica com o objetivo de ajustá-la aos ditames da jus-
econômica no país, a seguir indicados: tiça social.
a) soberania nacional: a ordem econômica não pode desenvol- O art. 174 da Carta Magna dispõe que Como agente normativo
ver-se de modo a colocar em risco a soberania nacional em face dos e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
interesses externos. lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
b) propriedade privada e função social da propriedade: tam- determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
bém pilares do pensamento capitalista, a atividade econômica deve É possível destacar do texto do dispositivo transcrito que o ente
respeitar a propriedade, devendo, no entanto, ser analisada de público pode se manifestar de três formas diversas na regulação
acordo com os ditames do interesse público. da atividade econômica, quais sejam, a fiscalização, o incentivo e
c) livre concorrência: devendo o Estado permitir a atuação livre o planejamento.
dos cidadãos no cenário econômico e, ao mesmo tempo, reprimir A fiscalização se manifesta por meio da verificação dos setores
qualquer abuso que possa causar prejuízos aos menos favorecidos econômicos com a intenção de evitar comportamentos abusivos
em razão do abuso do poder econômico. dos particulares, valendo-se do seu poder econômico, causando
d) defesa do consumidor: atrelado diretamente à vedação do prejuízos a empregados, consumidores, pequenas empresas, entre
abuso por parte do fornecedor de bens e serviços que detém os outros hipossuficientes.
meios de produção. O incentivo ou fomento pode ser ilustrado por medidas como
e) defesa do meio ambiente: o que traz a noção de desenvol- isenções fiscais, subsídios, aumentos de tributos de importação de
vimento sustentável, não se admitindo a destruição do meio am- determinados produtos, assistência tecnológica e incentivos credi-
biente como forma de reduzir custos na produção de bens e mer- tícios do poder público que visam a auxiliar no desenvolvimento
cadorias. econômico e social do país.
f) tratamento favorecido para empresas de pequeno porte: O planejamento, por seu turno, se apresenta por meio da es-
que é personificação do princípio da isonomia material, buscando tipulação de metas a serem alcançadas pelo governo no ramo da
igualar juridicamente as microempresas e empresas de pequeno economia.
porte por meio de benefícios e subvenções. É possível, então, verificar que estas atividades pautam a
intervenção direta do Estado no domínio econômico.
146
ORÇAMENTO PÚBLICO
159
ORÇAMENTO PÚBLICO
A análise vertical permite compreender o que de fato influen- Evolução histórica dos princípios orçamentários constitucio-
cia a receita e para onde se destinam os recursos, sem a “poluição nais
numérica” de dezenas de rubricas de baixo valor. Funciona como Resultado da experiência histórica da gestão dos recursos pú-
um demonstrativo de origens e aplicações dos recursos da prefei- blicos, os princípios orçamentários foram sendo desenvolvidos pela
tura, permitindo identificar com clareza o grau de dependência do doutrina e pela jurisprudência, permitindo às normas orçamentá-
governo de recursos próprios e de terceiros, a importância relativa rias adquirirem crescente eficácia.
das principais despesas, através do esclarecimento da proporção Assim, os princípios, sendo enunciados em sua totalidade de
dos recursos destinada ao pagamento do serviço de terceiros, dos maneira genérica que quase sempre se expressam em linguagem
materiais de consumo, encargos financeiros, obras, etc. constitucional ou legal, estão entre os valores e as normas na escala
A análise horizontal facilita as comparações com governos e da concretização do direito e com eles não se confundem.
anos anteriores. Os princípios representam o primeiro estágio de concretização
A evidenciação das premissas desnuda o orçamento ao públi- dos valores jurídicos a que se vinculam. A justiça e a segurança jurí-
co, trazendo possibilidades de comparação. Permite perguntas do dica começam a adquirir concretitude normativa e ganham expres-
tipo: “por que a prefeitura vai pagar x por este serviço, se o seu são escrita.
preço de mercado é metade de x ?”. Contribui para esclarecer os Mas os princípios ainda comportam grau elevado de abstração
motivos de ineficiência da prefeitura nas suas atividades-meio e na e indeterminação.
execução das políticas públicas. Os princípios financeiros são dotados de eficácia, isto é, produ-
Apesar dos muitos avanços alcançados na gestão das contas zem efeitos e vinculam a eficácia principiológica, conducente à nor-
públicas no Brasil, a sociedade ainda não se desfez da sensação de mativa plena, e não a eficácia própria da regra concreta, atributiva
caixa preta quando se trata de acompanhar as contas públicas. de direitos e obrigações.
A gestão das contas públicas brasileiras passou por melhorias Assim, os princípios não se colocam, pois, além ou acima do
institucionais tão expressivas que é possível falar-se de uma verda- Direito (ou do próprio Direito positivo); também eles - numa visão
deira revolução. Mudanças relevantes abrangeram os processos e ampla, superadora de concepções positivistas, literalista e absoluti-
ferramentas de trabalho, a organização institucional, a constituição zantes das fontes legais - fazem parte do complexo ordenamental.
e capacitação de quadros de servidores, a reformulação do arca- Não se contrapõem às normas, contrapõem-se tão-somente
bouço legal e normativo e a melhoria do relacionamento com a so- aos preceitos; as normas jurídicas é que se dividem em normas-
ciedade, em âmbito federal, estadual e municipal. -princípios e normas-disposições.
Os diferentes atores que participam da gestão das finanças pú- Resultado da experiência histórica da gestão dos recursos pú-
blicas tiveram suas funções redefinidas, ampliando-se as prerroga- blicos, os princípios orçamentários foram sendo desenvolvidos pela
tivas do Poder Legislativo na condução do processo decisório perti- doutrina e pela jurisprudência, permitindo às normas orçamentá-
nente à priorização do gasto e à alocação da despesa. Esse processo rias adquirirem crescente eficácia, ou seja, que produzissem o efei-
se efetivou fundamentalmente pela unificação dos orçamentos do to desejado, tivessem efetividade social, e fossem realmente ob-
Governo Federal, antes constituído pelo orçamento da União, pelo servadas pelos receptores da norma, em especial o agente público.
orçamento monetário e pelo orçamento da previdência social. Como princípios informadores do direito - e são na verdade as
Criou-se a Secretaria do Tesouro Nacional, em processo em idéias centrais do sistema dando-lhe sentido lógico - foram sendo,
que foram redefinidas as funções do Banco do Brasil, do Banco Cen- gradativa e cumulativamente, incorporados ao sistema normativo.
tral e do Tesouro Nacional. Os princípios orçamentários, portanto, projetam efeitos sobre
Consolidou-se a visão de que o horizonte do planejamento a criação - subsidiando o processo legislativo -, a integração - pos-
deve compreender a elaboração de um Plano Plurianual (PPA) e, a sibilitando a colmatagem das lacunas existentes no ordenamento
cada ano, uma Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que por sua - e a interpretação do direito orçamentário, auxiliando no exercício
vez deve preceder a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). da função jurisdicional ao permitir a aplicação da norma a situação
Introduziu-se o conceito de responsabilidade fiscal, reconhe- não regulada especificamente.
cendo-se que os resultados fiscais e, por consequência, os níveis Alguns desses princípios foram adotados em certo momento
de endividamento do Estado, não podem ficar ao sabor do acaso, por condizerem com as necessidades da época e posteriormen-
mas devem decorrer de atividade planejada, consubstanciada na te abandonados, ou pelo menos transformados, relativizados, ou
fixação de metas fiscais. Os processos orçamentário e de plane- mesmo mitigados, e o que ocorreu com o princípio do equilíbrio
jamento, seguindo a tendência mundial, evoluíram das bases do orçamentário, tão precioso ao estado liberal do século XIX, e que
orçamento-programa para a incorporação do conceito de resulta- foi em parte relativizado com o advento do estado do bem estar
dos finalísticos, em que os recursos arrecadados devem retornar à social no período pós guerra.
sociedade na forma de bens e serviços que transformem positiva- Nos anos oitenta e noventa, em movimento pendular, o prin-
mente sua realidade. cípio do equilíbrio orçamentário foi revigorado e dada nova roupa-
A transparência dos gastos públicos tornou-se possível graças gem em face dos crescentes déficits estruturais advindos da dificul-
à introdução de modernos recursos tecnológicos, propiciando re- dade do Estado em financiar os extensos programas de segurança
gistros contábeis mais ágeis e plenamente confiáveis. A execução social e de alavancagem do desenvolvimento econômico.
orçamentária e financeira passou a contar com facilidades opera- Nossas Constituições, desde a Imperial até a atual, sempre de-
cionais e melhores mecanismos de controle. Por consequência, a ram tratamento privilegiado à matéria orçamentária.
atuação dos órgãos de controle tornou-se mais eficaz, com a ado- De maneira crescente, foram sendo incorporados novos princí-
ção de novo instrumental de trabalho, como a introdução do SIAFI pios orçamentários às várias cartas constitucionais reguladoras do
e da conta única do Tesouro Nacional, acompanhados de diversos Estado brasileiro.
outros aperfeiçoamentos de ferramentas de gestão.
160
ORÇAMENTO PÚBLICO
Instaura-se a ordem constitucional soberana em nosso Impé- O PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE, ou da pureza orçamentá-
rio, e a Carta de 1824, em seus arts.171 e 172, institui as primeiras ria, limita o conteúdo da lei orçamentária, impedindo que nela se
normas sobre o orçamento público no Brasil . pretendam incluir normas pertencentes a outros campos jurídicos,
Estatui-se a reserva de lei - a aprovação da peça orçamentária como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais
deve observar regular processo legislativo - e a reserva de parla- rápido, as denominadas “caudas orçamentárias”, tackings dos in-
mento - a competência para a aprovação é privativa do Poder Le- gleses, os riders dos norte-americanos, ou os Bepackungen dos ale-
gislativo, sujeita à sanção do Poder Executivo - para a aprovação do mães, ou ainda os cavaliers budgetaires dos franceses. Prática essa
orçamento. denominada por Epitácio Pessoa em 1922 de “verdadeira calamida-
Insere-se O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE, ou temporalidade- de nacional”. No dizer de Ruy Barbosa, eram os “orçamentos rabi-
significa que a autorização legislativa do gasto deve ser renovada a longos”, que introduziram o registro de hipotecas no Brasil e até a
cada exercício financeiro - o orçamento era para viger por um ano alteração no processo de desquite propiciaram. Essa foi a primeira
e sua elaboração competência do Ministro da Fazenda, cabendo à inserção deste princípio em textos constitucionais brasileiros, já
Assembléia-Geral - Câmara dos Deputados e Senado - sua discussão na sua formulação clássica, segundo a qual a lei orçamentária não
e aprovação. deveria conter matéria estranha à previsão da receita e à fixação
Pari passu com a inserção da anualidade, fixa-se o PRINCÍPIO da despesa, ressalvadas: a autorização para abertura de créditos
DA LEGALIDADE DA DESPESA - advindo do princípio geral da sub- suplementares e para operações de crédito como antecipação de
missão da Administração à lei, a despesa pública deve ter prévia receita; e a determinação do destino a dar ao saldo do exercício ou
autorização legal. Entretanto, no período de 1822 a 1829, o Brasil do modo de cobrir o déficit.
somente teve orçamentos para a Corte e a Província do Rio de Ja- O princípio da exclusividade sofreu duas modificações na Cons-
neiro, não sendo observado o PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE - o tituição de 1988. Na primeira, não mais se autoriza a inclusão na lei
orçamento deve conter todas as receitas e despesas da entidade, orçamentária de normas sobre o destino a dar ao saldo do exercício
de qualquer natureza, procedência ou destino, inclusive a dos fun- como o fazia a Constituição de 1967.
dos, dos empréstimos e dos subsídios. Na segunda, podem ser autorizadas quaisquer operações de
O primeiro orçamento geral do Império somente seria apro- crédito, por antecipação de receita ou não.
vado oito anos após a Independência, pelo Decreto Legislativo de A mudança refletiu um aprimoramento da técnica orçamen-
15.12.1830, referente ao exercício 1831-32. tária, com o advento principalmente da Lei 4.320, de 1964, que
Este orçamento continha normas relativas à elaboração dos regulou a utilização dos saldos financeiros apurados no exercício
orçamentos futuros, aos balanços, à instituição de comissões par- anterior pelo Tesouro ou entidades autárquicas e classificou como
lamentares para o exame de qualquer repartição pública e à obri- receita do orçamento o produto das operações de crédito.
gatoriedade de os ministros de Estado apresentarem relatórios im- A Constituição de 1934 restaurou, no plano constitucional, a
pressos sobre o estado dos negócios a cargo das respectivas pastas competência do Poder Executivo para elaboração da proposta, que
e a utilização das verbas sob sua responsabilidade. passou à responsabilidade direta do Presidente da República. Cabia
A reforma na Constituição imperial de 1824, emendada pela ao Legislativo a análise e votação do orçamento, que podia, inclu-
Lei de 12.08.1834, regulou o funcionamento das assembléias le- sive, ser emendado.
gislativas provinciais definindo-lhes a competência na fixação das Além disso, a Constituição de 1934, como já mencionado an-
receitas e despesas municipais e provinciais, bem como regrando a teriormente, estabelecia que a despesa deveria ser discriminada,
repartição entre os municípios e a sua fiscalização. obedecendo, pelo menos a parte variável, a rigorosa especializa-
A Constituição republicana de 1891 introduziu profundas alte- ção.
rações no processo orçamentário. A elaboração do orçamento pas- Trata-se do PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO, ou especialidade,
sou à competência privativa do Congresso Nacional. ou ainda, da discriminação da despesa, que se confunde com a pró-
Embora a Câmara dos Deputados tenha assumido a responsa- pria questão da legalidade da despesa pública e é a razão de ser
bilidade pela elaboração do orçamento, a iniciativa sempre partiu da lei orçamentária, prescrevendo que a autorização legislativa se
do gabinete do ministro da Fazenda que, mediante entendimentos refira a despesas específicas e não a dotações globais.
reservados e extra-oficiais, orientava a comissão parlamentar de O princípio da especialidade abrange tanto o aspecto qualita-
finanças na confecção da lei orçamentária. tivo dos créditos orçamentários quanto o quantitativo, vedando a
A experiência orçamentária da República Velha revelou-se ina- concessão de créditos ilimitados.
dequada. Os parlamentos, em toda parte, são mais sensíveis à cria- Tal princípio só veio a ser expresso na Constituição de 1934,
ção de despesas do que ao controle do déficit. encerrando a explicitação da finalidade e da natureza da despesa e
A reforma Constitucional de 1926 tratou de eliminar as distor- dando efetividade à indicação do limite preciso do gasto, ou seja,
ções observadas no orçamento da República. Buscou-se, para tan- a dotação.
to, promover duas alterações significativas: a proibição da conces- Norma no sentido da limitação dos créditos orçamentários
são de créditos ilimitados e a introdução do princípio constitucional permaneceu em todas as constituições subseqüentes à reforma de
da exclusividade, ao inserir-se preceito prevendo: “Art. 34. § 1º As 1926, com a exceção da Super lei de 1937.
leis de orçamento não podem conter disposições estranhas à pre- O princípio da especificação tem profunda significância para a
visão da receita e à despesa fixada para os serviços anteriormen- eficácia da lei orçamentária, determinando a fixação do montante
te criados. Não se incluem nessa proibição: a) a autorização para dos gastos, proibindo a concessão de créditos ilimitados, que na
abertura de créditos suplementares e para operações de crédito Constituição de 1988, como nas demais anteriores, encontra-se ex-
como antecipação da receita; b) a determinação do destino a dar presso no texto constitucional, art. 167, VII (art. 62, § 1º, “b”, na de
ao saldo do exercício ou do modo de cobrir o deficit.” 1969 e art. 75 na de 1946).
161
ORÇAMENTO PÚBLICO
Pode ser também de caráter qualitativo, vedando a transposi- O grande princípio da Lei de Responsabilidade Fiscal é o prin-
ção, remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate- cípio do equilíbrio fiscal. Esse princípio é mais amplo e transcende
goria de programação para outra ou de um órgão para outro, como o mero equilíbrio orçamentário. Equilíbrio fiscal significa que o Es-
hoje dispõe o art. 167, VI (art. 62, §1º, “a”, na de 1969 e art. 75 na tado deverá pautar sua gestão pelo equilíbrio entre receitas e des-
de 1946). pesa. Dessa forma, toda vez que ações ou fatos venham a desviar
Ou, finalmente pode o princípio referir-se ao aspecto tempo- a gestão da equalização, medidas devem ser tomadas para que a
ral, limitando a vigência dos créditos especiais e extraordinários trajetória de equilíbrio seja retomada.
ao exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato Os PRINCÍPIOS DA UNIDADE E DA UNIVERSALIDADE tam-
de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele bém sofreriam alterações na Constituição de 1967. Esses princípios
exercício, caso em que reabertos nos limites dos seus saldos, serão são complementares: todas as receitas e todas as despesas de to-
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente, dos os Poderes, órgãos e entidades devem estar consignadas num
ex vi do atual art. 167, § 2º (art. 62, § 4º, na de 1969 e sem previsão único documento, numa única conta, de modo a evidenciar a com-
na de 1946). pleta situação fiscal para o período.
Exceção a este princípio basilar foi a Constituição de 1937, que A partir de 1967, a Constituição deixou de consignar expres-
previa a aprovação pelo Legislativo de verbas globais por órgãos e samente o mandamento de que o orçamento seria uno, inserto
entidades. A elaboração do orçamento continuava sendo de res- no texto constitucional desde 1934. Coincidentemente, foi nessa
ponsabilidade do Poder Executivo - agora a cargo de um departa- Constituição que, ao lado do orçamento anual, se introduziu o or-
mento administrativo a ser criado junto à Presidência da República çamento plurianual de investimentos. Desta maneira, introduziu-se
- e seu exame e aprovação seria da competência da Câmara dos um novo PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL-ORÇAMENTÁRIO, O DA
Deputados e do Conselho Fiscal. Durante o Estado Novo, entretan- PROGRAMAÇÃO - a programação constante da lei orçamentária
to, nem mesmo essa prerrogativa chegou a ser exercida, uma vez relativa aos projetos com duração superior ao exercício financeiro
que as casas legislativas não foram instaladas e os orçamentos do devem observar o planejamento de médio e longo prazo constante
período 1938-45 terminaram sendo elaborados e aprovados pelo de outras normas preordenadoras. Sem ferir o princípio da unida-
Presidente da República, com o assessoramento do recém criado de, por se tratar de instrumento de planejamento, complementar
Departamento Administrativo do Serviço Público-DASP. à autorização para a despesa contida na lei orçamentária anual, ou
O período do Estado Novo marca de forma indelével a ausência o princípio da universalidade, que diz respeito unicamente ao or-
do estado de direito, demonstrando cabalmente a importância da çamento anual, veio propiciar uma ligação entre o planejamento
existência de uma lei orçamentária, soberanamente aprovada pelo de médio e longo prazo com a orçamentação anual. O Orçamento
Parlamento, para a manutenção da equipotência dos poderes cons- Plurianual de Investimentos - OPI não chegou a ter eficácia, não
tituídos, esteio da democracia. encontrando abrigo na Constituição de 1988, que estabeleceu, ao
A Constituição de 1946 reafirmaria a competência do Poder invés, um plano plurianual (PPA).
Executivo quanto à elaboração da proposta orçamentária, mas de- Não obstante o fato das Constituições e normas a ela inferiores
volveria ao Poder Legislativo suas prerrogativas quanto à análise e alardearem os princípios da universalidade e unidade orçamentá-
aprovação do orçamento, inclusive emendas à proposta do gover- ria, na prática, até meados dos anos oitenta, parcela considerável
no. dos dispêndios da União não passavam pelo Orçamento Geral da
Manteria, também, intactos os princípios orçamentários até União - OGU. O orçamento discutido e aprovado pelo Congresso
então consagrados. Sob a égide da Constituição de 1946 foi apro- Nacional não incluía os encargos da dívida mobiliária federal, os
vada e sancionada a Lei nº 4.320, de 17.03.64, estatuindo “Normas gastos com subsídios e praticamente a totalidade das operações de
Gerais de Direito Financeiro para a elaboração e controle dos or- crédito de responsabilidade do Tesouro, como fundos e programas.
çamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Tais despesas eram realizadas autonomamente pelo Banco Central
Distrito Federal”. e Banco do Brasil por intermédio do denominado “Orçamento Mo-
Verdadeiro estatuto das finanças públicas, levando mais de netário-OM” E “Conta-movimento”, respectivamente. Ainda tinha-
dez anos sua tramitação legislativa, tal lei incorporou importantes -se o Orçamento-SEST, que consistia no orçamento de investimen-
avanços em termos de técnica orçamentária, inclusive com a in- to das empresas públicas, de economia mista, suas subsidiárias e
trodução da técnica do orçamento-programa a nível federal. A Lei controladas direta ou indiretamente pela União.
4.320/64, art. 15, estabeleceu que a despesa fosse discriminada no Todos estes documentos eram aprovados exclusivamente pelo
mínimo por elementos. Presidente da República. Somente a partir de 1984, com a gradativa
A Constituição de 1967 registrou pela primeira vez em um tex- inclusão no OGU do OM, extinção da “conta-movimento” no Banco
to constitucional o PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO. do Brasil e de outras medidas administrativas, coroadas pela pro-
O axioma clássico de boa administração para as finanças públicas mulgação da carta constitucional de 1988, passou-se a dar efetivi-
perdeu seu caráter absoluto, tendo sido abandonado pela doutrina dade ao princípio da unidade e universalidade orçamentária.
o equilíbrio geral e formal, embora não se deixe de postular a busca A aplicação do PRINCÍPIO DA UNIDADE foi elastecido na
de um equilíbrio dinâmico. Inserem-se neste contexto as normas Constituição de 1988, embora o art. 165 § 5º diga “A lei orçamentá-
que limitam os gastos com pessoal, acolhidas nas Constituições de ria anual compreenderá”, porquanto deixou de fora do orçamento
67 e de 88 (CF art. 169) e a vedação à realização de operações de fiscal as ações de saúde e assistência social, tipicamente financia-
créditos que excedam o montante das despesas de capital (CF art. das com os recursos ordinários do Tesouro, para compor com elas
167, III). um orçamento distinto, em relação promíscua com as prestações
Hoje não mais se busca o equilíbrio orçamentário formal, mas da Previdência Social.
sim o equilíbrio amplo das finanças públicas.
162
LEGISLAÇÕES APLICADAS ÀS LICITAÇÕES E CONTRATOS DA PRODABEL
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LEGISLAÇÕES APLICADAS ÀS LICITAÇÕES E CONTRATOS DA PRODABEL
§ 3º A autorização para participação em empresa privada pre- atendimento ao interesse coletivo ou ao imperativo de segurança
vista no § 2º não se aplica a operações de tesouraria, adjudicação nacional que justificou a autorização para suas respectivas criações,
de ações em garantia e participações autorizadas pelo Conselho de com definição clara dos recursos a serem empregados para esse
Administração em linha com o plano de negócios da empresa pú- fim, bem como dos impactos econômico-financeiros da consecução
blica, da sociedade de economia mista e de suas respectivas subsi- desses objetivos, mensuráveis por meio de indicadores objetivos;
diárias. II - adequação de seu estatuto social à autorização legislativa
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalida- de sua criação;
de jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com III - divulgação tempestiva e atualizada de informações relevan-
patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela tes, em especial as relativas a atividades desenvolvidas, estrutura
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comen-
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante per- tários dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas
maneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal de governança corporativa e descrição da composição e da remune-
ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a ração da administração;
participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, IV - elaboração e divulgação de política de divulgação de in-
bem como de entidades da administração indireta da União, dos formações, em conformidade com a legislação em vigor e com as
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. melhores práticas;
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de V - elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz
personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada do interesse público que justificou a criação da empresa pública ou
por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito da sociedade de economia mista;
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito VI - divulgação, em nota explicativa às demonstrações finan-
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. ceiras, dos dados operacionais e financeiros das atividades relacio-
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia nadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de segurança
mista tem os deveres e as responsabilidades do acionista contro- nacional;
lador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , VII - elaboração e divulgação da política de transações com par-
e deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, tes relacionadas, em conformidade com os requisitos de competi-
respeitado o interesse público que justificou sua criação. tividade, conformidade, transparência, equidade e comutatividade,
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de eco- que deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada pelo
nomia mista com registro na Comissão de Valores Mobiliários su- Conselho de Administração;
jeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 . VIII - ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de
governança corporativa, que consolide em um único documento
CAPÍTULO II escrito, em linguagem clara e direta, as informações de que trata
DO REGIME SOCIETÁRIO DA EMPRESA PÚBLICA E DA SOCIE- o inciso III;
DADE DE ECONOMIA MISTA IX - divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabi-
lidade.
SEÇÃO I § 1º O interesse público da empresa pública e da sociedade de
DAS NORMAS GERAIS economia mista, respeitadas as razões que motivaram a autoriza-
ção legislativa, manifesta-se por meio do alinhamento entre seus
Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a objetivos e aqueles de políticas públicas, na forma explicitada na
forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, es- carta anual a que se refere o inciso I do caput .
tará sujeita ao regime previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro § 2º Quaisquer obrigações e responsabilidades que a empresa
de 1976 . pública e a sociedade de economia mista que explorem atividade
Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de eco- econômica assumam em condições distintas às de qualquer outra
nomia mista e de suas subsidiárias deverá observar regras de go- empresa do setor privado em que atuam deverão:
vernança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de I - estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem
gestão de riscos e de controle interno, composição da administra- como previstas em contrato, convênio ou ajuste celebrado com o
ção e, havendo acionistas, mecanismos para sua proteção, todos ente público competente para estabelecê-las, observada a ampla
constantes desta Lei. publicidade desses instrumentos;
Art. 7º Aplicam-se a todas as empresas públicas, as sociedades II - ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados de
de economia mista de capital fechado e as suas subsidiárias as dis- forma transparente, inclusive no plano contábil.
posições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as normas § 3º Além das obrigações contidas neste artigo, as sociedades
da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração de economia mista com registro na Comissão de Valores Mobiliá-
de demonstrações financeiras, inclusive a obrigatoriedade de audi- rios sujeitam-se ao regime informacional estabelecido por essa au-
toria independente por auditor registrado nesse órgão. tarquia e devem divulgar as informações previstas neste artigo na
Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mis- forma fixada em suas normas.
ta deverão observar, no mínimo, os seguintes requisitos de trans- § 4º Os documentos resultantes do cumprimento dos requisi-
parência: tos de transparência constantes dos incisos I a IX do caput deverão
I - elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do Con- ser publicamente divulgados na internet de forma permanente e
selho de Administração, com a explicitação dos compromissos de cumulativa.
consecução de objetivos de políticas públicas pela empresa públi-
ca, pela sociedade de economia mista e por suas subsidiárias, em
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LEGISLAÇÕES APLICADAS ÀS LICITAÇÕES E CONTRATOS DA PRODABEL
Art. 9º A empresa pública e a sociedade de economia mista Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista
adotarão regras de estruturas e práticas de gestão de riscos e con- deverão:
trole interno que abranjam: I - divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos admi-
I - ação dos administradores e empregados, por meio da imple- nistradores;
mentação cotidiana de práticas de controle interno; II - adequar constantemente suas práticas ao Código de Con-
II - área responsável pela verificação de cumprimento de obri- duta e Integridade e a outras regras de boa prática de governança
gações e de gestão de riscos; corporativa, na forma estabelecida na regulamentação desta Lei.
III - auditoria interna e Comitê de Auditoria Estatutário. Parágrafo único. A sociedade de economia mista poderá solu-
§ 1º Deverá ser elaborado e divulgado Código de Conduta e cionar, mediante arbitragem, as divergências entre acionistas e a
Integridade, que disponha sobre: sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas minoritá-
I - princípios, valores e missão da empresa pública e da socie- rios, nos termos previstos em seu estatuto social.
dade de economia mista, bem como orientações sobre a prevenção Art. 13. A lei que autorizar a criação da empresa pública e da
de conflito de interesses e vedação de atos de corrupção e fraude; sociedade de economia mista deverá dispor sobre as diretrizes e
II - instâncias internas responsáveis pela atualização e aplicação restrições a serem consideradas na elaboração do estatuto da com-
do Código de Conduta e Integridade; panhia, em especial sobre:
III - canal de denúncias que possibilite o recebimento de de- I - constituição e funcionamento do Conselho de Administra-
núncias internas e externas relativas ao descumprimento do Código ção, observados o número mínimo de 7 (sete) e o número máximo
de Conduta e Integridade e das demais normas internas de ética e de 11 (onze) membros;
obrigacionais; II - requisitos específicos para o exercício do cargo de diretor,
IV - mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie observado o número mínimo de 3 (três) diretores;
de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias; III - avaliação de desempenho, individual e coletiva, de perio-
V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do Código dicidade anual, dos administradores e dos membros de comitês,
de Conduta e Integridade; observados os seguintes quesitos mínimos:
VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo anual, sobre a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude e
Código de Conduta e Integridade, a empregados e administradores, à eficácia da ação administrativa;
e sobre a política de gestão de riscos, a administradores. b) contribuição para o resultado do exercício;
§ 2º A área responsável pela verificação de cumprimento de c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de negó-
obrigações e de gestão de riscos deverá ser vinculada ao diretor- cios e atendimento à estratégia de longo prazo;
-presidente e liderada por diretor estatutário, devendo o estatuto IV - constituição e funcionamento do Conselho Fiscal, que exer-
social prever as atribuições da área, bem como estabelecer meca- cerá suas atribuições de modo permanente;
nismos que assegurem atuação independente. V - constituição e funcionamento do Comitê de Auditoria Es-
§ 3º A auditoria interna deverá: tatutário;
I - ser vinculada ao Conselho de Administração, diretamente ou VI - prazo de gestão dos membros do Conselho de Administra-
por meio do Comitê de Auditoria Estatutário; ção e dos indicados para o cargo de diretor, que será unificado e
II - ser responsável por aferir a adequação do controle inter- não superior a 2 (dois) anos, sendo permitidas, no máximo, 3 (três)
no, a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos processos de reconduções consecutivas;
governança e a confiabilidade do processo de coleta, mensuração, VII – (VETADO);
classificação, acumulação, registro e divulgação de eventos e tran- VIII - prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal não su-
sações, visando ao preparo de demonstrações financeiras. perior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) reconduções consecuti-
§ 4º O estatuto social deverá prever, ainda, a possibilidade de vas.
que a área de compliance se reporte diretamente ao Conselho de
Administração em situações em que se suspeite do envolvimento SEÇÃO II
do diretor-presidente em irregularidades ou quando este se furtar DO ACIONISTA CONTROLADOR
à obrigação de adotar medidas necessárias em relação à situação a
ele relatada. Art. 14. O acionista controlador da empresa pública e da socie-
Art. 10. A empresa pública e a sociedade de economia mista dade de economia mista deverá:
deverão criar comitê estatutário para verificar a conformidade do I - fazer constar do Código de Conduta e Integridade, aplicável
processo de indicação e de avaliação de membros para o Conselho à alta administração, a vedação à divulgação, sem autorização do
de Administração e para o Conselho Fiscal, com competência para órgão competente da empresa pública ou da sociedade de econo-
auxiliar o acionista controlador na indicação desses membros. mia mista, de informação que possa causar impacto na cotação dos
Parágrafo único. Devem ser divulgadas as atas das reuniões do títulos da empresa pública ou da sociedade de economia mista e
comitê estatutário referido no caput realizadas com o fim de verifi- em suas relações com o mercado ou com consumidores e forne-
car o cumprimento, pelos membros indicados, dos requisitos defi- cedores;
nidos na política de indicação, devendo ser registradas as eventuais II - preservar a independência do Conselho de Administração
manifestações divergentes de conselheiros. no exercício de suas funções;
Art. 11. A empresa pública não poderá: III - observar a política de indicação na escolha dos administra-
I - lançar debêntures ou outros títulos ou valores mobiliários, dores e membros do Conselho Fiscal.
conversíveis em ações;
II - emitir partes beneficiárias.
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LEGISLAÇÕES APLICADAS ÀS LICITAÇÕES E CONTRATOS DA PRODABEL
Art. 15. O acionista controlador da empresa pública e da so- de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na
ciedade de economia mista responderá pelos atos praticados com administração pública, de dirigente estatutário de partido político
abuso de poder, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de e de titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da
1976 . federação, ainda que licenciados do cargo;
§ 1º A ação de reparação poderá ser proposta pela sociedade, II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses,
nos termos do art. 246 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 como participante de estrutura decisória de partido político ou em
, pelo terceiro prejudicado ou pelos demais sócios, independente- trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de cam-
mente de autorização da assembleia-geral de acionistas. panha eleitoral;
§ 2º Prescreve em 6 (seis) anos, contados da data da prática do III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;
ato abusivo, a ação a que se refere o § 1º. IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como
fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante, de bens ou
SEÇÃO III serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administrati-
DO ADMINISTRADOR va controladora da empresa pública ou da sociedade de economia
mista ou com a própria empresa ou sociedade em período inferior
Art. 16. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o administrador de a 3 (três) anos antes da data de nomeação;
empresa pública e de sociedade de economia mista é submetido V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de con-
às normas previstas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 . flito de interesse com a pessoa político-administrativa controladora
Parágrafo único. Consideram-se administradores da empresa da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a
pública e da sociedade de economia mista os membros do Conse- própria empresa ou sociedade.
lho de Administração e da diretoria. § 3º A vedação prevista no inciso I do § 2º estende-se também
Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indi- aos parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau das pesso-
cados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral as nele mencionadas.
e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação § 4º Os administradores eleitos devem participar, na posse e
ilibada e de notório conhecimento, devendo ser atendidos, alterna- anualmente, de treinamentos específicos sobre legislação societá-
tivamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, ria e de mercado de capitais, divulgação de informações, controle
cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III: interno, código de conduta, a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013
I - ter experiência profissional de, no mínimo: (Lei Anticorrupção), e demais temas relacionados às atividades da
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atu- empresa pública ou da sociedade de economia mista.
ação da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou § 5º Os requisitos previstos no inciso I do caput poderão ser dis-
em área conexa àquela para a qual forem indicados em função de pensados no caso de indicação de empregado da empresa pública
direção superior; ou ou da sociedade de economia mista para cargo de administrador ou
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes car- como membro de comitê, desde que atendidos os seguintes quesi-
gos: tos mínimos:
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte I - o empregado tenha ingressado na empresa pública ou na so-
ou objeto social semelhante ao da empresa pública ou da socieda- ciedade de economia mista por meio de concurso público de provas
de de economia mista, entendendo-se como cargo de chefia supe- ou de provas e títulos;
rior aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários II - o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho efeti-
mais altos da empresa; vo na empresa pública ou na sociedade de economia mista;
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a III - o empregado tenha ocupado cargo na gestão superior da
DAS-4 ou superior, no setor público; empresa pública ou da sociedade de economia mista, comprovan-
3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da do sua capacidade para assumir as responsabilidades dos cargos de
empresa pública ou da sociedade de economia mista; que trata o caput .
c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em
atividade direta ou indiretamente vinculada à área de atuação da SEÇÃO IV
empresa pública ou sociedade de economia mista; DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual
foi indicado; e Art. 18. Sem prejuízo das competências previstas no art. 142 da
III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , e das demais atribuições
nas alíneas do inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº previstas nesta Lei, compete ao Conselho de Administração:
64, de 18 de maio de 1990 , com as alterações introduzidas pela Lei I - discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo práticas
Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010. de governança corporativa, relacionamento com partes interessa-
§ 1º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia das, política de gestão de pessoas e código de conduta dos agentes;
mista e de suas subsidiárias poderá dispor sobre a contratação de II - implementar e supervisionar os sistemas de gestão de riscos
seguro de responsabilidade civil pelos administradores. e de controle interno estabelecidos para a prevenção e mitigação
§ 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e dos principais riscos a que está exposta a empresa pública ou a so-
para a diretoria: ciedade de economia mista, inclusive os riscos relacionados à inte-
I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa pú- gridade das informações contábeis e financeiras e os relacionados à
blica ou a sociedade de economia mista está sujeita, de Ministro ocorrência de corrupção e fraude;
de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de
titular de cargo, sem vínculo permanente com o serviço público,
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO E
GESTÃO DE PROJETOS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS
Valor
Classe % itens Importância
Analisar em profundidade milhares de itens num estoque é acumulado
uma tarefa extremamente difícil e, na grande maioria das vezes, A 20 80% Grande
desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segun-
B 30 15% Intermediária
do algum critério, tenham prioridade sobre os menos importantes.
Assim, economiza-se tempo e recursos. C 50 5% Pequena
Para simplificar a construção de uma curva ABC, separamos o
processo em 6 etapas a seguir: Pelo nosso exemplo, chegamos à seguinte distribuição:
1º) Definir a variável a ser analisada: A análise dos estoques
pode ter vários objetivos e a variável deverá ser adequada para cada Valor Itens em
um deles. No nosso caso, a variável a ser considerada é o custo do Classe Nº itens % itens
acumulado estoque
estoque médio, mas poderia ser: o giro de vendas, o mark-up, etc.
2º) Coleta de dados: Os dados necessários neste caso são: A 2 16,7% 80,1% Faca, Jarro
quantidade de cada item em estoque e o seu custo unitário. Com B 3 25,0% 15,6% Apontador,
esses dados obtemos o custo total de cada item, multiplicando a Esquadro, Dado
quantidade pelo custo unitário.
C 7 58,3% 4,3% Key, Livro,
3º) Ordenar os dados: Calculado o custo total de cada item, é
Herói, Caixa,
preciso organizá-los em ordem decrescente de valor.
Bola, Giz,
4º) Calcular os percentuais: Na tabela a seguir, os dados foram
Isqueiro.
organizados pela coluna “Ordem” e calcula-se o custo total acumu-
lado e os percentuais do custo total acumulado de cada item em
A aplicação prática dessa classificação ABC pode ser vista quan-
relação ao total.
do, por exemplo, reduzimos 20% do valor em estoque dos itens A
5º) Construir a curva ABC
(apenas 2 itens), representando uma redução de 16% no valor total,
Desenha-se um plano cartesiano, onde no eixo “x” são distri-
enquanto que uma redução de 50% no valor em estoque dos itens
buídos os itens do estoque e no eixo “y”, os percentuais do custo
C (sete itens), impactará no total em apenas 2,2%. Logo, reduzir os
total acumulado.
estoques do grupo A, desde que calculadamente, seria uma ação
mais rentável para a empresa do nosso exemplo.
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