Uma Analise Dinamica Do Livro de Mormon

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UMA ANÁLISE DINÂMICA DO

LIVRO DE MÓRMON
.
INÍCIO DO DOWNLOAD - PRIMEIRA PARTE
*
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FAÇA O SEGUINTE:
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ANTERIOR DA LEITURA.
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Índice Temático

PREFÁCIO
(Gert Ferdinand Folz)
Prezado leitor, se você busca dias melhores e mais
felizes, uma esperança mais concreta no porvir, diante
das perplexidades que este nosso mundo lança todos
os dias sobre nós; se deseja apoiar sua fé mais além
das demonstrações racionais; edificar sentimentos e
emoções que só o Espírito de Deus pode transmitir ao
seu espírito, então, este livro certamente lhe servirá de
ajuda. Ele o tornará afim com os sussurros espirituais,
tornando-se uma ponte para que obtenha o que almeja.

Leia umas poucas páginas, descompromissadamente;


deixe que as palavras fluam livre e espontaneamente.
Você tem diante de si uma análise dinâmica do Livro de
Mórmon por quem há vinte e cinco anos busca
acréscimo de entendimento dessa obra tão estranha,
tão maravilhosa quanto tão pouco compreendida pelo
grosso da humanidade ! Pois, o Livro de Mórmon, no
aspecto de exposição da doutrina de Cristo, é o mais
poderoso e perfeito livro jamais entregue às nossas
mãos. Mas não foi para as mãos sua destinação, nem
simplesmente para a razão carnal, mas sim para o
coração, onde Deus fala espiritualmente ao homem.
Não tenha pressa, nem obrigue-se a qualquer espécie
de tensão. A sintonia com o Espírito de Deus pode ser
alcançada por qualquer pessoa que aja dignamente,
portanto, por você também. Lembre-se porém que este
livro não é o Livro de Mórmon, é o livro de alguém que
alcançou este grau de compreensão do Livro de
Mórmon e que pretende continuar em busca de
entendê-lo ainda mais. Este livro, portanto, destina-se
a ser como que uma ponte, para ajudá-lo a iniciar sua
busca de crescimento espiritual em demanda da
grandiosidade de Deus.
Gert F. Folz
.
INTRODUÇÃO
.
PRIMEIRA PARTE
.
O Livro de Mórmon, por ter sido produzido pelo poder
de Deus; da mesma forma que o foram o Velho e o
Novo Testamento, não precisa da ajuda do intelecto de
nenhum espírito humano para demonstrar sua
veracidade. A causa de Deus é melhor defendida
por Ele mesmo. O forte raciocínio do Espírito Santo,
que sonda as profundezas da mente do Senhor,
registrou suas palavras no Livro, melhor do que
qualquer homem raciocinaria no seu espírito para
registrar qualquer defesa.
O problema do não reconhecimento dessa verdade,
residirá no homem que não permitir ao Espírito tocar
seu coração, ao reagir contra Suas palavras, antes de
poder considerá-las profundamente; de forma que
possa vislumbrar o Plano de Deus em movimento e
maravilhar-se no conteúdo do Livro.
Não é pela mente diretamente que o homem percebe
as coisas de Deus. A mente é para entender as palavras
do Espírito de Deus, mas só depois do coração sentir o
influxo do Espírito. É a lei celestial da afinidade
espiritual - coração do Espírito Santo ao coração do
espírito humano que o acolher; se o repelir, a treva
será certa.
O Livro de Mórmon é o precursor do esforço final de
Deus para reconciliar os homens com a Sua Causa
nestes nossos últimos dias; antes que Cristo desça para
julgar o mundo. É um Livro de combate espiritual, de
sensibilidade e inteligência; é o sopro dos lábios do
Senhor e a espada afiada que sai de sua boca contra as
obras do diabo.
Esta nossa análise dinâmica, condensará em pouco
mais que uma centena de páginas, as mais de
seiscentas contidas no Livro. Nosso objetivo é ajudar a
quem ler o Livro de Mórmon; de tal forma que, desde a
primeira leitura, aproveite muito mais do que nós
quando o lemos pela primeira vez. Talvez assim o leitor
possa perceber ainda além do que percebemos, porque
o Espírito tem sempre mais a nos comunicar do que
somos capazes de captar em cada exame das Suas
palavras.
Portanto, este nosso livro não foi feito para que o
leitor se abstenha de ler o Livro de Mórmon, mas sim
para despertar-lhe um grande interesse por escrutiná-
lo, de estudar detidamente esse Livro que "veio do pó",
e que fala aos nossos ouvidos espirituais com a fala de
um povo sepultado. Um deles entre 600 a. C. e 421 d.C.
e outro, tão mais antigo quanto a torre de Babel.
Temos convicção de que lidos paralelamente, o Livro
de Mórmon e esta nossa análise dinâmica, haverá um
crescente interesse pelo Livro Principal. Quanto
melhor ele for sendo entendido, tanto maior será a
admiração pela história, pela doutrina e pelos
gigantescos propósitos do Livro; maior será a
disposição de espírito do leitor amante da verdade,
para mudar o trem de sua vida, para poder aproximar-
se de Deus ainda mais.
Quando lemos o Livro de Mórmon pela primeira vez,
dado ao nosso despreparo para avaliar uma obra dessa
natureza, quase sempre atribuímos a ele um valor
muito aquém do que realmente vale; no exato grau de
nossa ignorância das coisas de Deus. Quanto menos
ignorantes vamos ficando dos seus temas, mais ele
cresce no nosso conceito... É por isso que ele nunca
pára de crescer !
Quando ouvimos algumas pessoas dizerem que já
examinaram o Livro, e que não viram nada que pudesse
acrescentar ao que já existe na Bíblia ou: "Já tenho a
Bíblia, para que mais o Livro de Mórmon ?", sentimos
grande tristeza por elas. Mas, como "tristezas não
pagam dívidas", resolvemos partir para a ação, e
nasceu Uma Análise Dinâmica do Livro de Mórmon, por
Amoramon, que é a nossa marca registrada.
.
SEGUNDA PARTE DA INTRODUÇÃO
.
No ano seiscentos antes de Cristo, uma pequena
colônia de israelitas foi instruída por Deus a deixar
Jerusalém, seguindo pelo deserto da Arábia,
margeando o Mar Vermelho.
A colônia seguiu até aproximadamente os dezenove
graus de latitude norte, daí tomando
a direção leste até chegar ao Oceano Índico; instruídos
por Deus, levavam consigo as escrituras dos judeus
existentes até aquela data, elas estavam escritas em
placas de latão. Essa colônia acabou por chegar às
costas das futuras Américas, possivelmente na altura
das costas do atual Peru. Eles cruzaram o Oceano
Pacífico, ao qual, denominavam "grandes águas".
Uma vez estabelecidos nas novas terras,
multiplicaram-se muito e, depois de certo tempo,
dividiram-se em dois grupos, que deram origem a dois
grandes povos, denominados nefita e lamanita, de
acordo com os nomes de seus principais líderes. Os
nefitas passaram a fazer seus registros em placas finas
de ouro. Esses registros eram de duas categorias
principais: Uma continha a história secular do povo - as
guerras, contendas, os registros dos reis; a outra
registrava a história religiosa do povo no seu
relacionamento com Deus. Com o passar dos anos,
esses registros se foram acumulando; então, Deus
chamou um grande profeta de nome Mórmon para fazer
um resumo inspirado do conteúdo das placas. Desse
resumo surgiu o Livro de Mórmon, parte do qual temos
hoje nas mãos. Essa parte corresponde a apenas um
terço do resumo feito pelo profeta Mórmon; porque os
outros dois terços permanecem selados, por ordem de
Deus.
A grande importância desses registros, é a sua ligação
direta com o Plano de Deus para redenção da
humanidade. A pureza da doutrina nele contida é
insuperável; torna-se a arma que Deus reservou para
os nossos dias, para eliminar as contendas doutrinárias
e mostrar aos que quiserem seguir o verdadeiro Plano
de Redenção, o que fazer e o como agir.
A medida que escrevíamos os textos de cada capítulo,
surgiu-nos a idéia de incluir alguns apêndices, com o
propósito de apoiar algumas declarações
surpreendentes do Livro de Mórmon, no sentido de
demonstrar sua veracidade. Mas, logo concluímos não
haver necessidade disso, pois o Espírito de Deus está
na exposição do próprio Livro, Ele fala mais
poderosamente de sua origem divina do que quaisquer
argumentos que pudéssemos reunir para esse
propósito. Esses argumentos e razões, como
racionalistas que seriam, poderiam ser contestados,
tergiversados, também racionalisticamente;
resultariam em opiniões e contra-opiniões, o que
afastaria o Espírito de Deus, dando lugar ao espírito do
diabo - bem como ele gosta. Portanto, eliminamos a
idéia dos apêndices. Deixamos que as razões
espirituais declaradas pelo Espírito de Deus falem por
si mesmas.
Na abertura do Livro resumido por Mórmon, há um
prefácio escrito por ele, antes de entregar as placas ao
seu último detentor, Moroni. Este foi o derradeiro
profeta guardião das placas e escriba dos anais
sagrados; ele era filho de Mórmon. Moroni enterrou os
anais por mandamento de Deus, no ano quatrocentos e
vinte e um depois de Cristo. Ele mesmo, como um ser
ressuscitado, trouxe-as de volta por mandamento, e as
entregou ao profeta Joseph Smith em 1827.
Eis o prefácio do Livro de Mórmon, aqui comentado
por este autor:
" O LIVRO DE MÓRMON
Um relato escrito pela mão de Mórmon sobre
placas.
Retirado das placas de Nefi".
"É portanto um compêndio dos anais do povo de Nefi,
assim como dos lamanitas - escrito aos lamanitas
(escrito com a intenção de que chegue aos lamanitas
no futuro distante, aos que restarem daquele povo) os
quais, são um resto da casa de Israel, e também aos
judeus e aos gentios " (a esses povos do futuro,
quando o Livro escondido na terra aparecesse
novamente por mandamento de Deus)
O livro sobre placas foi escrito pelos profetas nefitas,
mas com destinação aos descendentes dos lamanitas
num futuro distante. Isso porque, os nefitas
desapareceriam como povo, eliminados pelos
julgamentos de Deus. Nos últimos dias, só restariam
caracterizados sobre a superfície da terra, os povos:
Lamanitas (judeus desconhecidos para os demais
povos e até para si mesmos), judeus propriamente
ditos, gentios (toda a cristandade moderna e os povos
oriundos da colonização greco-romana no Oriente e
Ocidente) e os povos conhecidos como pagãos.
Os lamanitas, como descendentes de Lehi, são
também filhos de José do Egito, o qual, como veremos
no decorrer da exposição do Livro de Mórmon, recebeu
de Deus as terras das Américas como herança
profética, para ele e seus descendentes. É uma
promessa de herança eterna, como a feita por Deus a
Abraão, o qual, herdará as terras especificadas no
Oriente. A promessa de Deus a Abraão é uma só,
abrange a humanidade inteira, pois José é descendente
de Abraão, mas Deus organizou a distribuição das
terras desta forma. O Livro de Mórmon deu abertura à
obra do Pai, para que o mundo seja preparado; para
que Suas promessas, finalmente, venham a ser
cumpridas.
"Escrito por via de mandamento, pelo espírito de
profecia e de revelação - escrito e selado, e escondido
para os fins do Senhor, com o objeto de que não fosse
destruído - Há de aparecer pelo dom e poder dee Deus
para que seja interpretado - Selado pela mão de
Moroni, e esconnddido para os propósitos do Senhor, a
fim de que aparecesse no devido tempo por meio dos
gentios - A ser interpretado pelo dom de Deus. Contém
também um compêndio tomado do Livro de Éter, o qual
é um relato do povo de Jared, que foi espalhado na
ocasião em que o Senhor confundiu a linguagem dos
que eram do povo
(a linguagem dos que eram do povo de Jared não foi
confundida, por concessão de Deus ao profeta) quando
estavam edificando uma torre para chegar ao céu - O
qual (o reelato) serve para mostrar ao resto da casa de
Israel (os descendentes dos lamanitas) quão grandes
coisas o Senhor fez por seus pais; e que conheçam os
convênios do Senhor e saibam que eles não são
afastados para sempre - E também para convencer ao
judeu e ao gentio de que Jesus é o Cristo, o Eterno
Deus, que se manifesta a todas as nações - E agora, se
há faltas, elas s&atiilde;o equívocos dos homens,
portanto, não condeneis as coisas de Deus, para que
apareçais sem mancha ante o tribunal de Cristo."
_________________
Tradução (interpretação) original das placas para o
idioma inglês por Joseph Smith, filho. A primeira
edição em inglês publicada em 1830 em Palmyra, New
York, EUA
.
ESCLARECIMENTO
.
Todos os parênteses, itálicos e negritos são nossos.
São o texto de nossa análise dinâmica do Livro de
Mórmon. Evitamos usar notas de rodapé ou
observações separadas da seqüência natural dos textos
do livro analisado, mudamos apenas a cor das letras
para que o leitor possa separar uma coisa da outra com
facilidade.
.
AGRADECIMENTOS
.
Quero tornar público meus agradecimentos ao meu
irmão em Cristo, Dirceu A. Portes Júnior; tanto pelo
incentivo espiritual que me deu para realizar este
trabalho, quanto pela efetiva ajuda prestada, ao
ensinar-me a operar a edição de textos em
computador; tendo também realizado a primeira
impressão de Uma Análise Dinâmica do Livro de
Mórmon.
Também quero estender os agradecimentos ao meu
irmão Gert Ferdinand Folz, que leu cuidadosamente o
meu trabalho e apresentou boas sugestões.
.
ÍNDICE TEMÁTICO
.A luta de Nefi para obter as placas de
latão..........................................................1Capítulo 1
A morte de
Labão.............................................................................
.......................2Cap.4
Nefi, Lamã e Lemuel novamente são mandados voltar a
Jerusalém...................2
Lehi tem uma visão repleta de
símbolos................................................................3
Nefi organiza os anais em dois
grupos...................................................................3
O Senhor atende ao pedido de Nefi e lhe mostra a visão
que deu a Lehi ............A visão
A visão dada a Nefi ultrapassa muito à dada ao seu pai
- Ele vê a vinda
do Filho de Deus, a terra da promissão nas Américas,
os descendentes
da colônia de Lehi nas Américas, a formação de
uma grande igreja
entre os gentios no hemisfério oriental, os gentios
levariam a Bíblia
para os descendentes de Lehi nas Américas, a
igreja formada pelos
gentios seria reunida para combater a Igreja de Deus .
.....................................3-7
A rebeldia de Lamã e
Lemuel...........................................................................
....8
Deus ordena o embarque para a terra da
promissão.......................................... o embarque
Deus ordena a Nefi que faça placas de
metal .................................................... as placas
A finalidade das
placas.............................................................................
...........11
Nefi extrai das placas de latão parte dos escritos de
Isaias ............................11
A seleção harmoniosa das escrituras mais
preciosas.........................................a seleção
Jeová, o Servo e Jesus
Cristo.............................................................................
a dispersão
Deus levantaria uma nação poderosa entre os
gentios......................................a nação
As palavras finais de Lehi a cada um dos seus
filhos........................................15
A morte física e a morte
espiritual......................................................................1
6
José do Egito, suas visões e
profecias............................................................... José
A luta de Deus para salvar os
lamanitas.............................................................19
Nefi registra um poderoso discurso feito por Jacó, seu
irmão...........................o discurso
Nefi passa a citar Isaias e nele fundamenta seu
discurso ao povo...................24-42
Isaías anuncia o livro
selado.............................................................................
..O livro
O esforço do demônio contra o livro
selado....................................................... 30
Todos os homens devem ser
batizados...............................................................batis
mo
A língua dos anjos (falar ao estilo dos
anjos)......................................................34
Exortação de Amoramon.............exortação
1.......exortação 2.........................exortação 3
A falta de castidade............ a pregação ....... a
castidade ...... o Cristo ............43
O povo judeu e a parábola da oliveira do profeta
Zenos...................................a parábola
As palavras de Amaleki, as conseqüências de deixar
de crer nas profecias, revelações, ministração dos
anjos,
no dom de falar em línguas e de interpretar
línguas.........................................as revelações
Exortação de
Amoramon......................................................................
..............exortação 4
O testemunho da visão e do toque e o do
Espírito............................................ver as placas
O discurso do rei Benjamim, as criancinhas terão seus
pecados
cancelados pela expiação de
Cristo.........Benjamim........................................os
motivos
Exortação de
Amoramon......................................................................
..............exortação 5
Uma expedição de quarenta e três homens enviada por
Limhi.........................58
Um povo inteiro pode ser dominado por uma mentira
tradicional....................a mentira
O poder de Deus guardava
Abinadi...................................................................61
Alma acredita em
Abinadi...........................................................................
........62
Exortação de
Amoramon......................................................................
..............exortação 6
Alma ensina ao povo - para admissão à Igreja o
requisito é o.........................o requesito
arrependimento tendo fé em Cristo; o significado de ir
ao fogo
eterno, o que é esse fogo
eterno........................................................................o
fogo eterno
Todo o gênero humano se deve
arrepender......................................................o
arrependimento
Mosíah traduz as placas jareditas pela pedra de
vidente..................................67
Mosíah apresenta proposta de governo ao povo por
meio de juizes............... a proposta
O
Posfácio..........................................................................
.................................. exortação 7 FIM DO ÍNDICE
TEMÁTICO DA PRIMEIRA PARTE
.
O PRIMEIRO LIVRO DE NEFI
.
Capítulo 1 - Aproximadamente 600 a.C., o profeta Nefi,
filho de Lehi, profeta de Israel que vivia em Jerusalém
antes da tomada da cidade pelos babilônios, dá início à
história do seu povo. A história começa no primeiro ano
do reinado de Zedequias, rei de Judá. Nefi inicia
relatando a visão que seu pai teve de um pilar de fogo,
quando viu o Senhor Deus de Israel na Sua glória;
recebeu Dele, na visão, um livro de profecias com
ordem para que o lesse - lá estava prevista a
destruição de Jerusalém e a futura vinda do Messias,
que aconteceria 600 anos depois que Lehi partisse de
Jerusalém rumo a uma terra prometida (as Américas no
futuro).
Capítulo 2 - Obedecendo à voz de Deus, Lehi conduz a
sua família para o deserto margeando o Mar Vermelho,
pela fé abandona seus bens em ouro, prata e pedras
preciosas, sua casa e a terra de sua herança. Os filhos
mais velhos, Lamã e Lemuel, começam a murmurar
contra as decisões do seu pai; não crêem na veracidade
das suas visões. Os dois outros filhos, Nefi e Sam
crêem em Lehi e oram a Deus sobre o assunto; o
Senhor fala a Nefi e o escolhe para governar sobre seus
irmãos; declara que se eles continuarem a se rebelar,
serão castigados com penosa maldição (o que acaba
por acontecer mais tarde).

Capítulo 3 - Depois de progredirem três dias pelo


deserto, o Senhor torna a falar a Lehi e lhe dá um
mandamento que iria pôr à prova a fé de todos: Os
filhos de Lehi deveriam voltar do vale onde acamparam
até Jerusalém, para obterem as placas de latão que
continham a genealogia de Lehi. Além disso, este seria
o meio de preservar o idioma de seus ancestrais e a
palavra dos profetas de Deus desde o princípio do
mundo, para seus futuros descendentes na terra
prometida. Nefi demonstra sua fé poderosa contra a
incredulidade de seus irmãos Lamã e Lemuel. Após a
primeira tentativa frustrada para obter as placas, feita
isoladamente por Lamã, todos eles vão à terra de seu
pai e recolhem ouro, prata e outras coisas de valor,
para oferecerem a Labão, o detentor das placas, em
troca dos anais dos judeus, em obediência à ordem de
Deus. A segunda tentativa também é frustrada e Labão
apodera-se dos bens, além de mandar matá-los. Eles
fogem novamente para o deserto próximo à cidade.

A revolta de Lamã e Lemuel contra Nefi é grande, o


que leva o Senhor a se manifestar por um anjo. O anjo
declara que eles deverão ir mais uma vez a Jerusalém,
pois Labão será entregue nas suas mãos pelo Senhor. O
poder temporal de Labão é considerado pelos dois
rebeldes que põem em dúvida a palavra do próprio
anjo.

Capítulo 4 - Após fortes palavras de Nefi, os dois


rebeldes o seguem murmurando, param nos muros da
cidade e se ocultam. Nefi segue só, sem saber o que
fazer;
caminha para a casa de Labão guiado pelo Espírito.
A palavra do anjo de que Labão seria entregue nas
mãos de Nefi, é cumprida de modo inesperado: Labão
jaz bêbado, caído ao solo e só, sem guarda alguma, ali
na frente de Nefi.

Naquele momento, a decisão do que fazer não é de


Nefi - a ordem vem do Espírito, contra a índole natural
de Nefi que desejava não ter que matar Labão. Mas o
Espírito comanda uma, duas, e finalmente pela terceira
vez: "Mata-o! Porque o Senhor o pôs em tuas mãos! E
diz : É preferível que morra um homem, do que deixar
uma nação degenerar e se perder na incredulidade".
Nefi degola Labão. Usa um estratagema e obtém as
placas, além de conquistar mais uma alma para a
futura colônia na terra prometida, Zoram, o servo de
Labão.

Capítulo 5 - A demora de seus filhos em regressar, faz a


mulher de Lehi queixar-se contra ele, mas é grande o
regozijo quando eles retornam. É constatado que as
placas de latão contêm os escritos de Moisés e dos
profetas; que Lehi é descendente de José do Egito. Lehi
faz uma grande profecia sobre os seus descendentes e
a preservação das placas.
Eles compreenderam quão grandemente importante foi
a obtenção dos anais.

Capítulo 6 - Nefi declara que sobre estas placas que nos


chegariam às mãos, ele escreveria as coisas que
estivessem voltadas para a persuasão dos homens a
virem ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó para que
sejam salvos; as coisas que aqui escreveria seriam as
que agradam a Deus e aos que não são amantes das
coisas do mundo. Declara que deixaria nelas um
mandamento, para que seus descendentes
(encarregados de continuar os registros) só
escrevessem as coisas de valor (espiritual) para os
filhos dos homens, que os pudessem levar à salvação.

Capítulo 7 - Os filhos de Lehi são novamente mandados


de volta a Jerusalém para trazer a Ismael e sua família
para o deserto. O Senhor abranda o coração de Ismael
e dos de sua casa, e eles seguem para a tenda de Lehi
no vale do acampamento inicial.
No trajeto há nova rebelião; nova prédica de Nefi, que
aumentou a revolta dos irmãos Lamã e Lemuel, dessa
vez apoiados por duas filhas de Ismael e mais dois
filhos e suas famílias. A manifestação do poder de Deus
em favor de Nefi é relatada, a situação é controlada
mais uma vez.

Capítulo 8 - Lehi tem uma visão repleta de símbolos,


ele descreve o que viu e Nefi registra. A visão tem
relação com os membros das famílias de Lehi e Ismael,
mas a interpretação é dada mais tarde pelo Espírito a
Nefi, que a explana no capítulo 11.

Capítulo 9 - Nefi organiza os anais que escreve em dois


grupos, que chama: Placas Maiores, contendo a história
secular do povo e as Placas Menores, contendo
principalmente as coisas espirituais e sagradas. Estas
instruções foram passadas, por mandamento de Deus,
a todos os demais profetas futuros que recebessem as
placas iniciadas pela colônia itinerante de Lehi no rumo
das futuras Américas.
As Placas Menores, disse o Senhor, teriam um objetivo
especial - uma relação do ministério dos profetas ao
povo descendente de Lehi e Ismael, que eram
descendentes de José do Egito.

Capítulo 10 - Lehi prediz o cativeiro dos Judeus na


Babilônia. Fala da vinda de um Messias entre os judeus,
um salvador, um redentor; fala também de um
precursor que batizaria o Cordeiro de Deus. É falado da
morte e ressurreição do Messias. É comparada a
dispersão e a reunião dos israelitas com uma oliveira
que tivesse seus ramos cortados e espalhados sobre
toda a face da terra, para mais tarde os ramos naturais
da oliveira serem enxertados, ou seja, os restos da
casa de Israel serem reunidos e cheguem ao
conhecimento do verdadeiro Messias num futuro
distante.

Nefi fala a respeito do seu grande desejo de ouvir e ver


as coisas que seu pai vira e ouvira de Deus. Ele fala no
dom do Espírito Santo como o revelador de todas as
coisas.
É uma preparação do profeta para receber revelações
maiores, as quais versarão sobre a saga da
humanidade nos dois continentes e nas ilhas dos
mares, no concernente às coisas que Deus planeja e
executa, no sentido de reunir e coligar o seu povo,
disperso por todo o planeta, para salvá-lo nos últimos
dias.
Como veremos no decorrer desta nossa explanação,
todos esses acontecimentos sucederam entre os anos
600 e 592 a. C., e assim até o capítulo 16 do Primeiro
Livro de Nefi.

Capítulo 11 - Nefi vê o Espírito do Senhor que,


atendendo ao seu desejo, lhe mostra tudo o que seu pai
vira na visão e muito mais. Nefi pede para ver a
interpretação de tudo aquilo e lhe é concedido. Nefi vê
a vinda futura da mãe do Filho de Deus; vê o batismo, o
ministério e a crucificação do Filho de Deus; vê também
o chamado e o ministério dos doze apóstolos do
Cordeiro, 600 anos antes que acontecesse. Nefi vê que
na visão de seu pai, estavam representados por um
grande edifício, o orgulho e a sabedoria do mundo; que
a própria casa de Israel se haveria de reunir para
combater contra os doze apóstolos do Cordeiro; viu a
queda do grande edifício da visão, figura do orgulho do
mundo, e mostrou-lhe o Senhor que daquela mesma
forma aconteceria a destruição de todas as nações ,
tribos, línguas e povos que combatessem contra os
doze apóstolos do Cordeiro.

Capítulo 12 - A visão de Nefi continua, ele vê a terra da


promissão; vê as multidões que viriam a descender
daquela pequena colônia que formavam ali naquele
acampamento no deserto; vê a retidão e a iniqüidade
que seriam cometidas por aquele povo; vê a primeira
vinda de Jesus Cristo (o Cordeiro de Deus) entre eles, e
aprende na visão que os Doze Discípulos (que seriam
chamados entre esse povo nas Américas) e os doze
apóstolos chamados na Palestina, julgarão todo o povo
de Israel.
Nefi vê também que os próprios Doze do Ocidente
serão julgados pelos Doze do Oriente. Nessa grandiosa
visão, Nefi vê os julgamentos que cairiam sobre os
povos descendentes de Lehi e Ismael nas Américas,
logo após a crucificação e morte do Cordeiro de Deus
no Oriente. Nefi vê a vinda do Senhor ressurrecto entre
os que escapariam aos julgamentos de Deus.
O anjo instrui a Nefi sobre o significado de todas
essas coisas, e as relaciona com os símbolos vistos por
ele e seu pai na visão falada no capítulo 8.

Capítulo 13 - Este capítulo reúne revelações dadas ao


profeta Nefi que põem à prova os leitores do Livro de
Mórmon na sua capacidade ou não de reformularem
suas tradições. Desde aqui e para adiante, é preciso
sentir a veracidade da origem do livro, para poder
julgar melhor suas palavras.
Agora a visão dada a Nefi ultrapassa os oceanos e ele
vê outro povo futuro denominado pelo anjo "os
gentios". Vê muitas nações desse povo no hemisfério
oriental e a formação entre eles de uma grande igreja.
Então, o anjo discrimina esse igreja entre as demais
como sendo a mais abominável entre todas elas, e dá a
razão porquê: Ela mata, tortura, oprime, os amarra a
ferros e reduz ao cativeiro .
O anjo continua instruindo o profeta na visão, e
mostra como Deus traria no futuro, pelos gentios, o
julgamento sobre a posteridade dos irmãos de Nefi
(Lamã e Lemuel), e como Ele traria os gentios para as
Américas, pelos navegadores das grandes descobertas
marítimas dos séculos XV e XVI.
O anjo mostrou a Nefi as futuras guerras de
independência das colônias na América, empreendidas
contra as pátrias mães dos gentios, com suas
esquadras navais. O Espírito de Deus (um Espírito de
liberdade) favoreceria os gentios e os livraria do
cativeiro das nações futuras da Europa.
(Significando : Dos governos totalitários e da tirania
espiritual das grandes igrejas que seriam estabelecidas
pelos homens).
O anjo mostrou a Nefi um livro que os gentios
levariam para a terra da promissão e explicou que ele
continha a história dos judeus; o anjo fala sobre a
grande importância que o livro teria para os gentios; e
que esse livro seria semelhante ao livro gravado nas
placas (sua doutrina seria semelhante)
(Portanto, tratava-se do futuro Livro escrito pelos
judeus - A Bíblia)
O anjo continua falando do livro dos judeus; que ele
conteria a plenitude do evangelho do Senhor, para ir
dos judeus aos gentios. Mas a referida igreja, a mais
abominável entre todas, despojaria o livro de partes
claras e grandemente preciosas e também de muitos
convênios do Senhor. O fundador dessa igreja seria o
diabo.
Depois que o livro dos judeus passasse por essas
violações, seria colocado entre as nações dos gentios
(no hemisfério oriental); com eles atravessaria o
oceano e seria difundido nas futuras Américas.
Seria, por essas violações do texto do livro dos judeus,
que Satanás faria muitos tropeçarem e exerceria
grande poder entre eles (no sentido de que
conheceriam apenas uma parte pequena dos convênios
do Senhor, mas pensariam que esses poucos
conhecimentos seriam os necessários e suficientes
para a salvação
na presença de Deus).
Além disso, quando tudo viesse a ser restaurado nos
últimos dias, teriam grande dificuldade em aceitar a
restauração dos convênios retirados do livro - devido
ao poder exercido sobre eles pela igreja abominável.
(E, naturalmente por todas as outras igrejas que dela
derivariam).
Os gentios estariam doentes espiritualmente, mas
quando a cura lhes fosse oferecida,
se negariam a receber seus remédios por se julgarem
sãos.
Mais adiante, o Livro considera quão astuto é o plano
do diabo (para manter as almas em cativeiro mental,
físico e espiritual).
O livro dos judeus seria tão essencial para Deus levar
os seus filhos à salvação celestial, quanto o seria para
Satanás desviá-los dos convênios principais, bastaria
que operasse para tirá-los do livro.

Os gentios que fugiriam do cativeiro na futura Europa,


seriam tornados um povo poderoso acima de todas as
nações da terra, mas as terras das futuras Américas já
teriam sido dadas por Deus como herança dos
descendentes de José do Egito.
Por isso, o Senhor não permitiu que os descendentes
de Lehi e Ismael fossem totalmente destruídos pelos
gentios. Esses descendentes seriam em parte os índios
encontrados nas Américas pelos gentios descobridores
marítimos.

O anjo fala então de um outro livro que seria trazido


aos gentios pelo poder de Deus, trazendo de volta
muito do evangelho que teria sido retirado do livro dos
judeus;
que esse livro estabeleceria a verdade do primeiro; que
os dois livros seriam como um só.
Capítulo 14 - O anjo continua instruindo a Nefi, e fala
sobre as bênçãos e maldições que cairiam sobre os
gentios no mundo todo, e faz uma consideração
contundente e radical; afirma pelo Espírito de Deus (os
anjos falam pelo poder do Espírito Santo) que diante do
Senhor só há duas igrejas:
A Igreja do Cordeiro de Deus e a outra, que pertence ao
diabo. Em conseqüência, essa última, congrega todos
os partidos, associações e denominações da terra que
não aceitem ou que combatam a Igreja do Cordeiro de
Deus. O anjo mostra que essa igreja reuniria multidões
sobre a superfície da terra, entre todas as nações dos
gentios,
para combater contra a Igreja de Deus
(Quem ignora conscientemente, quem menospreza a
mensagem que essa Igreja leva ao mundo em nome de
Cristo, combate contra a igreja de Deus, mesmo que
seja inconscientemente, estará combatendo contra
Ele).
O anjo mostra a Nefi que um dos Doze Apóstolos veria
todas essas coisas e escreveria um livro sobre todas
elas, e sobre o fim do mundo, e dá o nome do Apóstolo:
João! (Trata-se do Livro do Apocalipse).

Capítulo 15 - A posteridade dos descendentes de José


do Egito, através de Lehi receberá o evangelho por
meio dos gentios nos últimos dias, isto é, os
remanescentes dos lamanitas ou índios das Américas
receberão o evangelho por meio dos gentios, agora nos
últimos dias. Nós somos esses gentios.
Nefi fica pesaroso pelo que viu nas visões, pela
destruição que viria sobre o seu povo no futuro.
Os irmãos de Nefi debatem sobre as coisas que Lehi
lhes havia dito e que não podiam compreender. Nefi
lhes diz que havia, entre as coisas ditas por Lehi,
algumas difíceis de compreender, a menos que eles
recorressem ao Senhor. Mas a dureza de seus corações
não os deixava socorrerem-se de Deus para ampliar
seu entendimento.
De fato, há coisas que o homem só poderá entender, e
nelas crer, se apelar a Deus. Assim, é a questão de
saber que o Livro de Mórmon é da parte de Deus, que
sua origem é divina, e, portanto, verdadeiro. Não há
maneira de saber isso, a menos que Deus o diga pelo
Seu Espírito.
Se o racionalismo humano não tem poder para provar
que o Livro de Mórmon é verdadeiro, também não pode
provar que ele é falso. Essa questão Deus colocou sob
Seu poder, não há possibilidade de saber
sem recorrer a Ele.
Nefi explicou que essas coisas grandiosas só podem
ser manifestadas aos homens que não endurecem seus
corações, que pedem com fé, acreditando que
receberão, e guardando diligentemente os
mandamentos.

Neste capítulo, Nefi começa a dizer a seus irmãos que a


casa de Israel foi comparada a uma oliveira pelo
Espírito do Senhor, que habita em seu pai. Explica que
os do seu povo, como oriundos daquela colônia saída
de Jerusalém, são um ramo da oliveira, um ramo da
casa de Israel. Esse ramo, pelos seus descendentes,
cairia em incredulidade e, muitas gerações depois que
o Messias viesse, a plenitude do evangelho seria
revelada aos gentios e deles iria ao que restasse
daquele ramo, o qual seria enxertado para receber a
força e nutrição da verdadeira vinha.

Vemos aqui que Nefi usa figuras contidas nas placas


de latão trazidas de Jerusalém.
Essa figura da oliveira seria usada cerca de 55 anos
depois em toda a sua poderosa alegoria, por Jacó,
irmão de Nefi, nos capítulos 5 e 6 do seu próprio livro.
Os irmãos de Nefi continuam a interrogá-lo sobre a
interpretação do sonho de Lehi, e perguntam sobre o
rio (que separava os iníquos da árvore da vida). Nefi
explica que o rio das águas imundas era uma figura
daquele inferno terrível, preparado para os iníquos.
Nefi continua entrando em consideração sobre o estado
final das almas dos homens:

Morar no reino de Deus (o qual tem inúmeras moradas,


com seus vários graus de felicidade, de acordo com as
obras realizadas nos dias de provação) ou ser expulsos
e inteiramente separados dos que, no seu estado final,
alcancem justificação para morar no reino de Deus
(seja em que grau for, esclarecemos).
Aqui o rio de imundícies é uma figura do inferno pós-
ressurreição e julgamento final.
Não é o inferno do mundo dos espíritos pré-
ressurreição. Do primeiro não há mais saída, mas do
último os condenados poderão sair, depois de pagarem
e último ceitil da dívida com a Justiça; então
ressurgirão e serão julgados de acordo com as suas
obras, para finalmente serem salvos no grau de glória
que merecem no reino de Deus.

Capítulo 16 - Nefi continua falando a seus irmãos Lamã


e Lemuel. Ele lhes diz que os culpados acham a verdade
dura de suportar porque ela lhes fere até o âmago.
Nefi se casa com uma das filhas de Ismael. Da mesma
forma, os demais irmãos de Nefi e Zoram, se casam
com outras filhas de Ismael.

A caminhada é retomada por 4 dias num curso de


aproximadamente 155 graus (sul-sueste) por indicação
de um curioso instrumento de latão com duas agulhas,
que o Senhor colocou na entrada da tenda de Lehi
antes da partida. O instrumento tinha a forma esférica
e, em determinadas ocasiões, Nefi podia ver
mensagens escritas nele.
As agulhas deixavam de funcionar quando eles não
agiam com fé e diligência.
Levantam acampamento e mantêm o mesmo curso
por muitos dias
e novamente acampam.
Morre Ismael. Novas murmurações das filhas de
Ismael. Lamã e Lemuel fazem um pacto com os filhos
de Ismael para matarem seu pai Lehi e Nefi e voltarem
todos a Jerusalém.
Nessa circunstância, a situação tornou-se tão crítica
que o Senhor se manifestou por Sua própria voz, e
repreendeu os rebeldes com tal severidade que eles se
apaziguaram.
Mas, pelo episódio, vemos que Lamã e Lemuel eram
parricidas em seus corações,
pois só a intervenção do Senhor evitou que o fossem de
fato. Tantas eles fizeram,
a despeito de anjos se lhes terem mostrado e do
Senhor lhes ter falado,
que pasmamos com sua dureza de coração, sua
cegueira espiritual !!!
Por que o Senhor não os eliminou de uma vez?

Provavelmente porque quisesse usar sua posteridade


(ainda por vir) para atender algum outro propósito
maior, mais importante do que sua eliminação sumária,
antes que cumprissem os desígnios de Deus para
aquele povo.

Capítulo 17 - Mais uma vez a viagem prossegue, e


depois de permanecerem oito anos no deserto, onde
muitos filhos lhes nasceram, chegam a uma terra
deleitosa, diante de um grande oceano, a que deram o
nome de Abundância. A colônia de Lehi passou ali
muitos dias, certamente sem saber o que lhes
sucederia adiante.
Mas após esses dias, a voz do Senhor veio a Nefi e
mandou que construíssem um barco segundo a maneira
que Ele lhe mostraria, para que Ele mesmo levasse a
colônia sobre as águas.
Neste capítulo Nefi declara que eles passaram oito
anos no deserto comendo carne crua
( versículo 2 ), mas já no versículo 12 , quando a
colônia já se encontrava havia muito no lugar chamado
Abundância, ele diz que o Senhor, de alguma forma não
explicada, agia sobre os alimentos que eles comiam no
deserto; de tal forma que, mesmo com a aparência de
estarem crus, eram saborosos ao paladar.
Novamente os irmãos rebeldes expõem e zombam de
Nefi e tudo fazem para desencorajá-lo da tarefa
designada por Deus. (Falam pelo espírito do diabo e
conseguem afligir sobremaneira a Nefi). Este, descreve
a eles todos os grandiosos feitos de Deus ao povo de
Israel e lhes pergunta:
"Se Ele fez todas essas obras maravilhosas, por que
não poderia ensiná-lo a construir um barco?"

Naqueles momentos o Espírito do Senhor derramara-


se com tal poder sobre Nefi que seus irmãos foram
obrigados a reconhecer que o Senhor estava com ele.
Não podiam chegar perto de Nefi sem que fossem
sacudidos nos seus corpos e, se tentassem faze-lo,
poderiam secar e consumir-se diante de Nefi, tal era o
poder
que emanava dele.

O Espírito de Deus consome a água dos nossos corpos,


enfraquecemos fisicamente enquanto nos fortalecemos
espiritualmente, na medida em que ele atua sobre nós.
Nefi dá testemunho disso no versículo 48. Só os corpos
da ressurreição poderão suportar "cargas espirituais"
mais elevadas do Espírito Santo. A glorificação dos
homens depende desse corpos ressurrectos (é claro
que não haverá nada aquoso nesses corpos futuros).
Capítulo 18 - Temporariamente os membros rebeldes
da colônia de Lehi tornam-se cooperativos e ajudam
Nefi a construir o barco, segundo a maneira do Senhor.
Ao término da construção, todos se maravilham com a
execução do trabalho e reconhecem a mão do Senhor.

Vem a ordem de Deus para embarcar, depois que


providenciassem as provisões em abundância. Eles
fizeram-se ao mar, sendo impelidos na direção da terra
prometida pelo espaço de muitos dias.
Os rebeldes de sempre começaram a ter um
comportamento grandemente rude e impróprio diante
de Deus, e que acabariam por provocar a indignação do
Senhor.
Nefi fica temeroso que isso acontecesse e passa a
adverti-los seriamente.
Lamã e Lemuel amarram Nefi e o maltratam por vários
dias. Isso foi permitido pelo Senhor para, mais uma
vez, mostrar aos rebeldes Seu poder: A bússola que
levavam pára de funcionar, perdem o rumo, retrocedem
nas águas dentro de tempestade pavorosa e crescente,
até sentirem que vão ser sepultados nas águas.

Lamã e Lemuel reconhecem que é o Senhor


mostrando Sua indignação e desamarram Nefi. Este
toma da bússola e ela passa a funcionar, faz uma
oração e a tempestade se aplaca. Mais uma vez o
Senhor demonstra Seu poder e a autoridade do
sacerdócio que concedeu a Nefi.
Chegam à Terra da Promissão provavelmente em 589
a.C., e passam a cultivar a terra e plantar as sementes
que trouxeram.

No versículo 25 há uma relação de animais


domesticáveis pelo homem, declarados por Nefi, como
já existentes na região do desembarque (algum ponto
das costas Peruanas, provavelmente) tais como, vacas,
bois, asnos, cavalos, cabras e outros.
Para quem aprendeu nos bancos escolares que esses
animais foram trazidos pelos navegadores espanhóis,
portugueses e franceses; que os índios americanos
ficaram admirados dos animais; devemos lembrar que
o desembarque desses últimos ocorreu nas costas do
oceano Atlântico, enquanto a colônia de Lehi chegou
pelo Pacífico, do outro lado da Cordilheira dos Andes.
Devemos lembrar também que alguns exploradores
dos séculos das descobertas contaram de uma tribo de
guerreiros de cabelos castanhos (os Guaicurús) que
montavam cavalos. Eles, provavelmente, deram origem
à lenda das amazonas
(mulheres guerreiras de cabelos longos que montavam
cavalos).

O grande fato aqui presente, é que o Livro de Mórmon


nos comunica muitas coisas que nos convidam a rever
nossas posições religiosas e seculares. Deus nos prova
por Seu Espírito incorruptível, que o Livro de Mórmon
provém Dele; contra esse fato absoluto não há
argumentos contrários que possam pesar na
consciência de quem
alcança esse testemunho.
Há pessoas "eruditas" que são tão ingênuas, ao ponto
de concluírem que o Livro de Mórmon é falso porque diz
existirem cavalos por aqui no ano 590 a.C., quando os
historiadores afirmam que eles foram trazidos pelos
portugueses e espanhóis. Por que tanta credulidade
nos historiadores e tanta incredulidade no Historiador?

Há outro argumento interessante em favor da


afirmação de Nefi: Até cerca de 2240 a.C., no tempo de
Peleg, a Bíblia diz que não havia separação entre as
terras continentais como agora (A separação das terras
ocorreu cerca de 110 anos após o dilúvio, de acordo
com a Bíblia). Ora, todos estes animais existiam junto
com os homens, os quais palmilhavam as terras em
todas as direções... era melhor andar a cavalo do que a
pé.

Capítulo 19 - Deus ordena a Nefi que faça placas de


metal para gravar a história do povo.
Nefi diz que na ocasião que fez aquelas placas não
sabia que o Senhor mandaria que ele fizesse estas (as
que chegaram às mãos de Joseph Smith em 1827) por
isso, não chegaram ao nosso conhecimento muitas das
coisas que ele gravou naquelas primeiras placas, como
sejam: a história de Lehi, as viagens pelo deserto e as
profecias de Lehi, e também muitas profecias do
próprio Nefi, bem como a genealogia de seus pais.

Depois que Nefi fez estas últimas placas, recebeu o


mandamento de nelas escrever as coisas do ministério
e as profecias, as partes mais claras e que fossem
preciosas; elas deveriam ser guardadas para a
instrução do povo que iria tomar posse do país e para
outros sábios propósitos (que Nefi não conhecia, mas
hoje nós conhecemos: Era para que chegassem ao
nosso conhecimento nesse dias que vivemos).
Estas placas deveriam ser transmitidas de geração em
geração, de profeta a profeta,
até que o Senhor dê outra ordem.

Agora Nefi, mesmo sendo profeta, mostra sua


humildade ao reconhecer sua condição humana,
passível de cometer erros na seleção das coisas que
considera sagradas
(talvez por haver possibilidade de deixar coisas mais
importantes, para registrar outras menos importantes).
Se ele comete erros, diz, os profetas da antigüidade
também cometeram erros como esses, devido à
debilidade da carne.

Já no versículo 7, Nefi passa a considerar o


comportamento dos homens em geral, diante das
coisas que os profetas consideram de grande valor,
mas eles as tomam como nada e não dão ouvidos aos
seus conselhos .
Nefi dá o testemunho da vinda do Senhor 600 anos
após Lehi sair de Jerusalém; e o mundo de então, por
sua iniqüidade, O julgará como coisa de nenhum valor.
O grandioso Deus dos seus pais vem e se entrega nas
mãos de homens iníquos, para ser supliciado e
crucificado de acordo com a palavra que Ele (Jeová)
deu aos profetas Zenoc, Naum, Isaías e muitos outros.
Então, depois de descrever as terríveis conseqüências
dessa ação da casa de Israel contra o seu Deus, Nefi diz
que não obstante tudo isso, quando vier o dia em que
eles não voltem mais o coração contra o Santo de
Israel, Ele se lembrará dos convênios feitos com os pais
e recolherá a casa de Israel de todas as partes da
terra...
para operar a Sua salvação.

Nefi ensina a seus irmãos como aplicar as escrituras a


eles mesmos, para que aprendam a situar seu
momento dentro do grande plano de Deus, revelado
aos seus profetas desde a mais remota antigüidade.
Quando Deus fez que essas palavras de Nefi (e a dos
demais profetas que escreveram Suas palavras sobre
estas placas chegassem a nós), foi para que também
aprendêssemos a aplicá-las a nós mesmos e ao
culminante momento em que vivemos; foi para que
compreendêssemos nosso relacionamento com o povo
de Israel, pois, se traçarmos nossas linhas
genealógicas, a maioria de nós encontrará raízes nas
linhagens miscigenadas, das 12 tribos de Israel com os
povos por onde foram dispersadas essas tribos.
E os que não o forem, têm a bênção de poderem ser
filhos de Israel por adoção ao aceitarem o evangelho
verdadeiro nestes últimos dias.

Capítulo 20 - Agora, Nefi extrai das placas de latão os


escritos de Isaías, primeiramente o contido nos
capítulos 48; 52:1; 46:9-10; 42:8; 45:19; 44:1-2,21. Há
referências a muitos outros profetas do Velho
Testamento.
A importância desses escritos, selecionados por Nefi,
exigia que fossem transcritos para as placas que
deveriam ir de geração em geração; placas muito mais
resistentes ao desgaste do tempo e ao manuseio do
que as de latão e, sobretudo, contendo um resumo
selecionado das coisas mais preciosas e claras que
deveriam chegar às gerações dos últimos dias (pois
essa era a visão e presciência de Deus, embora no
momento, Nefi não soubesse o seu propósito final).
Essas palavras selecionadas, que deram substância e
força à fé dos que foram salvos
(das gerações orientais) deveriam continuar a ressoar
aos ouvidos daqueles das gerações nascentes,
provenientes da colônia de Lehi, para o mesmo
propósito no Ocidente...
E para que nós, nos últimos dias, em toda a terra,
soubéssemos que Deus tratou todos os povos que nos
antecederam com o mesmo desvelo que hoje está
tratando a todos quantos quiserem ouvi-Lo nestes
nossos dias.
Aqui, cabe lembrar aos leitores que o estilo profético
de Isaías era o de dizer as coisas como se já
houvessem acontecido, mesmo tendo escrito muitos
séculos antes dos acontecimentos. É por essas
características que, quase todas as profecias de Isaías
passam pelos momentos de vida de cada povo e vão até
o final, como se já houvesse acontecido o desfecho
final das ações de Deus para salvar o povo de Israel.
(E os homens que se associarem a ele, e passarem a
ser os filhos da adoção, com todos os seus direitos,
deveres, promessas e poderes)

Por tudo isso, o leitor deve compreender que um dos


muitos e grandes valores da confecção do Livro de
Mórmon, por mandato de Deus aos profetas, é
precisamente a seleção harmoniosa das escrituras mais
preciosas; para dar aos homens das muitas gerações
que sucederiam a este mandato, uma visão justa do
seu relacionamento com Deus, Seus convênios e
promessas para toda a humanidade.
O livro veio, para pôr em ordem as nossas mentes,
submersas no caos moderno da avalancha de
informações mal classificadas ou desencontradas.
Assim, nós pararemos um pouco de nossa azáfama,
para meditar nessas coisas.
Deus então, começará (por Seu Espírito) a mudar nosso
coração e ordenar nossa mente, para enxergarmos o
Seu plano e almejarmos Sua salvação, procurando a
verdade e obedecendo a seus mandamentos .
"Não há paz para os iníquos" , v.12

Neste capítulo quando Isaías usa as denominações


Jacó e Israel, nitidamente compreendemos que ele se
refere ao reino de Judá e ao reino de Israel, ver 21:5-
6.
Capítulo 21 - A seleção de Nefi passa agora ao capítulo
49 de Isaías. Ele demonstra que já estava decidido nos
céus que o Messias seria também posto por luz aos
gentios, para que a salvação seja derramada por toda a
terra (versículo 6).

Aos filhos de Israel que disserem ter o Senhor os


abandonado, diz ele que tem Israel gravada nas palmas
das suas mãos (os sinais da crucificação) e que os
muros de Jerusalém estão sempre diante dele (ou seja,
a última visão de seus olhos antes de livrar o espírito),
os muros estão sempre na sua lembrança, dos terríveis
momentos em que esteve cravado na cruz.

(versículo 16)
Aqui levamos o leitor de volta ao capítulo 20:9-11 para
mostrar que a salvação dos homens de Israel que
forem preservados, é uma questão de honra para o
Senhor, questão inarredável do plano, para que Seu
nome não seja profanado. Isaías dá testemunho que o
povo de Israel foi partido e separado por causa da
iniqüidade dos seus pastores.
Neste capítulo, vemos o Senhor Jeová dando
testemunho da missão que Ele mesmo viria a realizar
como o servo. Nos versículos 1 a 3 aqui, o Senhor
(significando o Pai Eterno) chamou ao Senhor Jeová
desde o ventre, desde as entranhas de sua mãe (Maria)
para ser o servo, (Jesus Cristo) no qual, o nome de
Deus, o Pai, seria glorificado na terra.
Queremos lembrar ao leitor as palavras iniciais de
Jesus em João capítulo 17:4
"Eu te glorifiquei na terra, terminei a obra que me
deste para fazer...",
agora, compare com a escrito no capítulo 21:3 de que
tratamos:
"E me disse (o Pai Eterno): Meu servo és tu, Ó Israel;
em ti serei glorificado!"
Observe que o descritor do diálogo não é o povo de
Israel, mas sim o próprio Senhor Jeová (Jesus Cristo)
declarando o que ouvira do nosso Pai Eterno.
A expressão "Ó Israel", é apenas uma chamada de
atenção, ou expressão exclamativa ao povo que
receber a mensagem. Aí o Senhor está declarando que
Ele mesmo é o servo; e não, como querem forçar os
rabinos: que o povo de Israel seja o servo que salvaria
a Jacó e Israel do pecado.

Um povo pecador não pode salvar-se a si mesmo;


embora isso seja a tarefa para um Salvador
consagrado, saído desse povo. Se o leitor examinar
todo o capítulo 21 verá quão verdadeira é esta nossa
explicação, e quão mal os pastores de Israel ensinaram
ao seu povo e o desviaram do seu Deus com essa falsa
interpretação.

O capítulo 21 termina, como não poderia deixar de ser,


no estilo próprio de Isaías e mais, versículo 26:

"... e conhecerá toda a carne que Eu, o Senhor, sou teu


Salvador e teu Redentor, o Poderoso de Jacó."
Quem é o Salvador e Redentor?
- Jesus Cristo!
Portanto, ele é o Poderoso de Jacó
Quem é o Poderoso de Jacó?
- É Jeová!
Logo, quem é Jeová?
- É Jesus Cristo!

Os sofrimentos milenares do povo de Israel, não


redimem a humanidade dos gentios e sim a condenam.
Israel só redime a humanidade toda, incluindo a ela,
pelos sofrimentos do Messias que desse povo saiu.
Mas, se esse mesmo povo não o aceita como tal; que
glória terá em pretender ser o servo de Jeová; se ele
próprio como povo, isolado do seu Messias, não tem
poder para nada?

Isso, o Livro de Mórmon, demonstra aos Judeus, por


forte raciocínio do Espírito.
Aos gentios já é menos difícil demonstrar; mas, mesmo
assim, há muitos deles completamente confundidos
pelos "pastores" que não são pastores. O Livro de
Mórmon foi enviado por Deus, para dar-lhes a
liberdade. Quem quer a liberdade?

Capítulo 22 - Israel será espalhada por toda a


superfície da terra, mas nos últimos dias ela será
congregada para a salvação. Desta vez, serão os
gentios que nutrirão Israel com o evangelho, em vez
dela nutrir os gentios como no passado. Os iníquos
serão queimados como que por fogo. As obras do diabo
serão destruídas e ele será amarrado (no sentido
figurativo, será amarrado pela retidão dos homens que
viverão na terra no milênio de paz).

Nefi explica a seus irmãos que essas coisas lidas das


placas de latão têm a ver com coisas espirituais, assim
como temporais. Ele explica e demonstra já ter, desde
então, consciência de que a grande dispersão
profetizada já havia começado, e que ela prosseguiria
nos dias vindouros, até chegar a todas as nações, e que
o povo de Israel seria odiado por todos os homens,
porque eles matariam o Messias e endureceriam seus
corações contra Ele.
(Aqui a referência é aos judeus em particular)

Mas acontecerá que, depois da grande dispersão estar


consolidada e Israel confundida entre os povos, Deus
levantaria uma nação poderosa entre os gentios das
futuras Américas e os descendentes de Israel estariam
espalhados por ela (a nação é a América do Norte e
aqui os descendentes de Israel são os índios
descendentes de José do Egito, pelas sementes de Lehi
e Ismael, vindos de Jerusalém 600 a.C.)
Então, o Senhor Deus começaria a realizar uma obra
maravilhosa, de grande valor para a posteridade de
Israel e para os gentios. E desse lugar, o Senhor
começaria a desnudar o seu braço (o poder) aos olhos
de todas as nações; pois só assim é possível ao Senhor
cumprir a palavra de que abençoaria todas as famílias
da terra
(o convênio de Deus com Abraão).

Deus ergueria uma nação poderosa sobre todas as


nações da terra para, através dos seus meios
(pessoais, econômicos, administrativos e, sobretudo,
constitucionais), levar a palavra revelada a todos os
cantos da terra, ao mundo inteiro.
Deus não disse que, para isso, ergueria uma nação
santa, e sim uma nação poderosa; para que, dentro
dela, pudesse erguer um povo santo, Seu, peculiar,
particular.
Esse povo, com o poder de Deus e alicerçado no poder
da nação erguida por Deus, é que iria levar o evangelho
verdadeiro (o revelado no Livro de Mórmon, na Bíblia e
em quaisquer outras escrituras saídas da boca de Deus
por Seu Espírito) ao mundo dos últimos dias.

A nação poderosa está cheia de pecados e, como


todas as outras, será derrubada pelos julgamentos de
Deus na segunda vinda de Cristo, de acordo com as
escrituras. Ver os versículos 11-13, aí é descrito pelo
profeta Nefi aos seus irmãos rebeldes Lamã e Lemuel
(os quais retratam muito bem a iniqüidade e a rebeldia
dos povos deste mundo em que vivemos) as
conseqüências, tanto para o bem quanto para o mal dos
nossos espíritos.
Hoje (1997) já são 80.000, amanhã serão 100.000,
depois de amanhã 1.000.000 de jovens missionários
levando esta mensagem ao mundo todo, por mandato
de Deus.
O SEGUNDO LIVRO DE NEFI
Capítulo 1- Lehi fala longamente a seus filhos rebeldes
Lamã e Lemuel, e também a Sam e aos filhos de
Ismael. Recorda aos dois primeiros os seus inúmeros
atos de rebeldia e injustiça contra Nefi; exorta-os a
cingirem-se com a armadura da retidão, e faz
promessas condicionadas à obediência aos
mandamentos. Lehi pressente que em breve morrerá.
Ele adverte a seus filhos, de que o Senhor traria outras
nações, às quais daria poder para tomar as terras que
lhe deu como herança, dispersá-los e afligi-los, se
escolhessem a iniqüidade.
Isso foi exatamente o que aconteceu, sob os
espanhóis e os povos europeus que os seguiram, no
processo de colonização das Américas. Sobre isso
falaremos mais tarde.
A todos os que Deus conduza às Américas, esta terra
está consagrada. Será uma terra de liberdade se
obedecerem seus mandamentos, mas será maldita para
eles se praticarem iniqüidades. É por isso que a colônia
de Lehi degenerou-se como povo e os gentios tomaram
conta da terra, ficando apenas um pouco dos
remanescentes de Israel, espalhados pela terra da
promissão e em reservas indígenas.
Capítulo 2 - Agora Nefi registra as palavras de Lehi
ditas a Jacó o primeiro dos filhos nascidos no deserto.
Lehi toca em princípios capitais do plano de Deus: O
Espírito é sempre o mesmo; o caminho para Deus está
preparado desde a queda do homem; a salvação é
gratuita; os homens são suficientemente instruídos
para discernir o bem do mal; a lei é dada aos homens, e
pela lei nenhuma carne consegue justificar-se a si
mesma para a salvação, ou seja, pela lei temporal os
homens são postos fora, e pela lei espiritual perecem
para Deus, ficando privados das coisas grandiosas da
presença de Deus. Nisso são tornados miseráveis para
sempre.
A redenção não pode ser obtida pelas obras
individuais da carne corruptível do homem, mas ela é
prometida por Deus nas escrituras; essa redenção só
pode vir por um Santo Messias, cheio de graça e de
verdade, e cuja carne não se corrompa; que nem a
morte tenha poder para corromper e desfazer sua
carne como o tem no caso dos homens comuns.
Continua Lehi: Assim, para satisfazer as exigências da
lei, o Messias se oferece em sacrifício pelos pecados de
todos os homens que tenham um coração quebrantado
e um espírito contrito. E por ninguém mais as
demandas da lei são satisfeitas. Quão importante, diz
Lehi, é os homens saberem que nenhuma carne pode
habitar na presença de Deus sem os méritos do
Messias, que entrega sua vida segundo a carne e torna
a tomá-la pelo poder do Espírito, para ser o primeiro a
ressuscitar dos mortos e levar, assim, todos os
homens, na carne, à presença de Deus para Ele julgá-
los.
No versículo 10 é dito que os fins da lei revelada são
para cumprir os fins da expiação; para isso, foi fixado
um castigo e também um estado de felicidade, estando
o castigo em oposição ao estado de felicidade. Assim,
compreendemos que a redenção física efetuada pelo
Messias tem poder para levar todos os homens à
presença de Deus (para ressuscitar e serem julgados)
enquanto a expiação tem poder de manter alguns, para
sempre, na presença de Deus. A redenção é a parte da
expiação que redime o homem da morte física (a
segunda morte) enquanto a expiação, no seu pleno
efeito, salva da morte espiritual (a primeira morte).
A ressurreição de Cristo nos traz a redenção
física; a expiação nos traz a salvação do espírito na
presença de Deus. A ressurreição é um passo
obrigatório, a salvação na presença de Deus não é. Ela
é só para os de coração humilde e de espírito contrito e
que aceitem todos os convênios de Deus.

Aqui teremos que diferenciar as expressões: Estar na


presença de Deus e estar diante de Deus. Todas as
coisas estão diante de Deus, no sentido de que Ele
conhece todas as coisas e age em todas elas. Já o estar
na presença de Deus, significa estarmos de corpo
presente na presença de Seu corpo glorioso, vivermos
em um mundo glorioso como o Seu, em comunicação
permanente; participarmos do Seu modo de viver.
Disso decorre uma grande diferença entre: Estarmos
salvos na presença de Deus e estarmos salvos diante
de Deus. Os salvos na presença de Deus estarão
eternamente diante Dele, verão a Deus como são vistos
por Ele. Mas os salvos diante de Deus apenas, não
estarão sempre na Sua presença; não O verão como
são vistos por Ele; haverá restrições no seu estado de
salvação, cujos graus são incontáveis para o homem. O
reino de Deus abrange a todas as moradas de salvação
por Ele criadas, onde atue o Espírito Santo; onde não
atue este Espírito, estarão as trevas exteriores, onde
são lançados os demônios e seus seguidores.
Lehi continua e demonstra a necessidade de haver
oposição em todas as coisas, e que se não fosse assim,
não haveria nem vida nem morte, nem corrupção nem
incorrupção etc, etc... enfim, se essas coisas não
fossem assim, Deus não existiria e muito menos nós.
Daí, Lehi passa ao livre arbítrio concedido ao homem,
para escolher o caminho da Vida ou da morte.
Não falamos de morte temporal neste caso,
porque ela não é uma coisa que possamos escolher em
carater permanente, já que o carater permanente do
estado do corpo é a imortalidade. Ninguém pode fugir
da imortalidade do corpo, essa escolha já foi feita antes
da fundação deste mundo por nós mesmos. Se
consentimos em nascer, é porque, antes, já
aceitáramos a imortalidade. Sobre essa matéria, não
deixamos para decidir aqui, já o fizemos lá. O que
deixamos para decidir aqui é: Se queremos ou não
voltar à presença de Deus para habitar com Ele.
Deus quer a todos; mas nós queremos a Ele? Por amor
ao mundo, a maioria dos homens prefere que Deus
fique bem longe deles -- e conseguirão!
Lehi termina a sua fala a Jacó lembrando a vinda do
Messias e a importância de escolhermos a vida eterna.
O plano do diabo é fazer-nos tão miseráveis quanto
ele mesmo é.
Capítulo 3 - José do Egito foi um grande profeta em
Israel. A vinda da colônia de Lehi, de Jerusalém para as
Américas, tem diretamente a ver com José e as
promessas de Deus à sua posteridade. As terras que
um dia seriam conhecidas como "as Américas" estavam
nos planos de Deus para a herança territorial de José e
seus filhos, Efraim e Manassés. Portanto, era de se
esperar que esse profeta tivesse tido revelações de
Deus sobre o futuro de sua descendência.
De fato, o capítulo que agora consideramos dá
testemunho das visões de José e de suas profecias. Ele
viu os nefitas em visão e profetizou quanto a Moisés,
quanto ao vidente dos últimos dias (Joseph Smith) e
quanto ao aparecimento do Livro de Mórmon.
É nas palavras dadas ao seu filho José que Lehi disse
todas essas coisas vistas por José do Egito.
Ele viu o chamado do Moisés para libertar o povo de
Israel; viu o profeta Joseph Smith, chamado por Deus
para levar a palavra à sua descendência, viu que a
descendência dele escreveria um livro e que a
descendência de Judá escreveria outro livro; que esses
livros cresceriam conjuntamente (pelos escritos dos
profetas sucessivos, uns no hemisfério oriental, outros
no Ocidental). Para que? É o Senhor que dá a resposta:
"para confundir as falsas doutrinas, pôr fim a
contendas, estabelecer a paz entre os teus
descendentes, e levá-los ao conhecimento de seus pais
nos últimos dias, e também para o conhecimento dos
Meus convênios , diz o Senhor." (versículo 12)
Realmente, este é um ponto de grande valor no
Livro de Mórmon. Quando ele é colocado lado a lado
com a Bíblia, imediatamente as falsas doutrinas são
confundidas, os honestos de coração param de
contender, e se alegram na paz que o conhecimento da
verdade traz. .
Capítulo 4 - Nefi testifica que as profecias de José estão
escritas nas placas de latão. Lehi bendiz os filhos e
filhas de Lamã para que não pereçam, e faz o mesmo
com os filhos e filhas de Lemuel para que não sejam
destruídos por completo, o mesmo faz com os filhos de
Ismael, depois com os de Sam e Nefi. Morre Lehi e é
sepultado.
Nefi medita nas grandiosas revelações que Deus lhe
deu; algumas são tão grandes que o Senhor mandou
não escrevê-las. No entanto, confessa sua tristeza por
causa da fraqueza da carne e por se ver cercado de
tentações que tão facilmente o assediam.
No versículo 21 mais uma vez Nefi testifica que ao
estar com o corpo cheio de amor de Deus (o espírito de
amor de Deus) a sua carne é consumida.
Ele escreve as palavras do seu coração ditas a si
mesmo, para fortelecer seu espírito (versículos 27-31);
e prossegue numa petição a Deus para que o livre
desses males que o assediam.
Essa oração de Nefi aplica-se a todos os homens, elas
demonstram a atitude que devem ter todos os que
pretendem viver na presença de Deus.
Capítulo 5 - Depois da morte de Lehi, o espírito
fratricida de Lamã e Lemuel novamente tomou conta de
seus corações, e mais uma vez planejaram livrar-se de
Nefi, matando-o, pois não suportavam suas palavras e
desejavam governar aquele povo nascente.
Deu-se então a separação entre os seguidores de Nefi
e os seguidores de seus irmãos rebeldes. O Senhor
advertiu a Nefi que fugisse para o deserto com todos os
que quisessem acompanhá-lo.
Estavam formados os dois povos que iriam ocupar a
narração dos acontecimentos daí em diante. O povo de
Nefi e o povo de Lamã: Os nefitas e os lamanitas. Os
primeiros, inicialmente, cumprindo os mandamentos de
Deus segundo a lei de Moisés, a qual constava nas
placas de latão; prosperando em tudo o que faziam
porque o Senhor estava com eles. Previdentemente
Nefi forja espadas para a defesa do povo contra o ódio
dos lamanitas. Nefi edifica um templo segundo o
modelo do templo de Salomão, usando os melhores
materiais que consegue na região.
Depois que aquele grupo de pessoas começou a
evoluir para a formação de um povo, e que já aparecia
nítida diferença na disposição dos corações (ou para
seguir os mandamentos de Deus ou para rejeitá-los);
quando esses grupos já estavam caracterizados
perante Deus, não havia mais propósito em mantê-los
juntos. As bênçãos de Deus fluiriam mais facilmente
sobre um povo que com Ele buscasse a unidade; as
maldições de Deus ficariam melhor caracterizadas
sobre um povo que O rejeitasse. As maldições que
cairiam sobre os lamanitas estão descritas nos
versículos 21-24.
Mas a presciência de Deus via que os descendentes
daquele grupo inicial, formador do povo de Nefi, cairia
em transgressões sérias. Ele teria que usar o povo
lamanita como um chicote, para forçá-los a recordar-se
Dele e a escutar Suas palavras, sob pena de castigá-los,
mesmo até a completa destruição. Isso foi o que
aconteceu
quase mil anos depois.
A história registrada no Livro de Mórmon referente ao
comportamento desse dois povos, é como uma
maqueta perfeita relatando a história de dois povos
que hoje habitam todo o planeta: Os povos que crêem
em Cristo e os que não crêem. Entre os primeiros, há
uma enorme confusão na sua maneira de crer e
proceder; exatamente como, gradualmente, foi
acontecendo aos nefitas... até que a maioria do povo
caiu em incredulidade e foi destruída pelos julgamentos
de Deus; não antes de ser exaustivamente prevenida
pelos seus profetas. O outro povo da terra de hoje, os
que não crêem em Cristo, ou são os mais miseráveis em
todos os aspectos ou são mantidos por seus governos
num regime que lhes tolhe a liberdade de consciência,
embora possam ter alguma prosperidade social e
econômica.
O Livro de Mórmon testifica do esforço missionário
que Deus empreendeu para livrar os lamanitas das
tradições erradas de seus pais, que os impediriam de
enxergar a obra de Deus nos últimos dias e de
alcançarem um melhor estado de salvação.
O esforço empreendido por Nefi para ensinar aos seus
irmãos como aplicar as escrituras de Isaías aos seus
dias, fazem hoje os verdadeiros profetas de Israel, para
ensinar o povo a aplicar as escrituras contidas no Livro
de Mórmon e a história dos povos nas Américas
antigas; repetimos, a aplicá-las em nossos dias.

Capítulo 6 - Nefi registra as palavras de um poderoso


discurso de Jacó ao povo, em que ele usa as palavras
de Isaías e ensina que elas se aplicam a toda a casa de
Israel. Ver Isaías 49:22-23, 40:31 e 11:11.
O leitor deve aqui compreender que, dado à grande
dispersão do povo de Israel por todas as nações da
terra, as palavras de Isaías também se aplicam a ele;
se não for pela miscigenação, será pela adoção como
filho de Abraão, ao abraçar o evangelho verdadeiro de
Jesus Cristo, o qual não é só o que os pastores do
mundo ensinam, e sim todas as coisas verdadeiras que
eles conseguem ensinar e muito mais.
Esse muito mais é tudo o que está faltando dos
estatutos, conforme denuncia Isaías: "...eles
transgridem a lei, mudam os estatutos e quebram a
aliança eterna". Jacó inspira-se em Isaías 40: 22-23
para explicar aos descendentes de Lehi que as bênçãos
dadas a Israel aí relatadas só se darão depois que a
casa de Israel houver rejeitado o seu Deus e O açoitado
e crucificado; e, em conseqüência viriam os
julgamentos de Deus sobre ela; seriam feridos e
afligidos, dispersos e odiados pelos gentios, até que
cheguem ao conhecimento do seu Redentor, quando
então seriam novamente reunidos sobre as terras de
sua herança.
Agora o profeta fala à casa de Israel, porém mais
especificamente aos judeus.
Jacó diz claramente (versículo 12) que o povo do
Senhor (o povo do convênio) é aquele que o espera,
pois os judeus ainda estariam esperando a vinda do
Messias, quando o Senhor se dispusesse a restaurá-los
pela segunda vez; Ele, então, se manifestaria a eles em
poder e grande glória (ao salvar Jerusalém na batalha
do Armagedom) e nenhum judeu lá presente que
creia nele será destruído. E no versículo 15, o Senhor
diz o que acontecerá aos judeus (lá presentes) que não
creiam nele, bem como aos inimigos que lá estarão
lutando contra Sião e o povo do convênio: Serão
destruídos por fogo, tempestades, terremotos,
derramamento de sangue, pestilência e fome.
No versículo 13 há referência a Sião e ao povo do
convênio de forma discriminativa. O povo do convênio
nós já definimos acima. A palavra Sião, o que
significará neste versículo e contexto? Para nós, aqui o
significado é: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, que estará instalada em Jerusalém na
época da batalha. Cremos que um décimo dos judeus
que sobreviverão, farão parte da Sião na acepção de A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Veremos que Jacó fez uma seleção de fortíssimas
escrituras de Isaías e as dispôs harmoniosamente, para
levar clareza à compreensão dos homens que
buscassem entender os caminhos de Deus, na sua
determinação de salvar a casa de Israel a qualquer
preço que seja justo (e o preço de sofrimento é justo
diante de Deus, para um povo rebelde e orgulhoso
desde o ventre); pois, nada pesará o sofrimento no
tempo, quando ele levar ao arrependimento e à
salvação eterna. O sofrimento só nos pesará na
eternidade, quando sofremos no dia desta vida (o dia
desta vida significa o tempo do nascimento até a
ressurreição, inclui a vida no mundo dos espíritos) e, a
despeito disso , não nos arrependermos; pois seremos
condenados para a salvação eterna; tendo jogado fora
o nosso mestrado no sofrimento . Levaremos as
conseqüências para toda a eternidade.
O grande e grandioso discurso de Jacó, vai do
capítulo 6 ao 10 no Livro de Mórmon. Que grande perda
espiritual para os que não aproveitarem a oportunidade
que Deus nos dá nesse livro, de ouvir Sua voz, de
comungar com Sua mente! Dizem os tolos: O que tem o
Livro de Mórmon para acrescentar às escrituras que já
conhecemos? Bastaria este discurso de Jacó para faze-
los corar desses pensamentos. Sugerimos ao leitor que
leia o discurso no Livro de Mórmon, e avalie por si
mesmo tudo o que temos dito nesta análise dinâmica.

Capítulo 7 - Jacó vai agora ao capítulo 50 de Isaías


para demonstrar aos judeus que O Senhor, a despeito
da rejeição que sofreria e do sofrimento físico e
espiritual que lhe seria causado pelo seu próprio povo
(o povo do sangue de Judá), Ele jamais esqueceria os
de sua linhagem (pelo sangue de Maria que era da
semente de Davi, que era da semente de Judá); que
tem todo o poder na terra e nos céus; que ao estar
debilitado por sua condição humana, sua confiança em
Deus não se abateria. Enfrentaria todas as humilhações
sem recuar do seu propósito; Ele sabia que não seria
envergonhado ao terminar sua missão. Se Deus o
justificaria e estaria com ele, quem poderia lhe dar
combate? Quem ousasse faze-lo, seria abatido pela
força de sua palavra.

Capítulo 8 - Aqui Jacó usa Isaías 51 e 52:1-2 para


exortar o povo de Israel e levantar seu ânimo nas
tribulações que estivesse passando ou que antevisse
para o futuro; que pusesse sua esperança na reunião
de Israel e no consolo que o Senhor traria a Sião (o
povo justo de toda a terra); que a salvação do Senhor
seria eterna, mesmo que os céus se desvanecessem
como fumo, e a terra envelhecesse como um pano e
perecessem os seus moradores. Na sua fala, Isaías
especifica a profecia, para fortalecer os judeus em
Jerusalém nos últimos dias, quando estarão cercados
pelos exércitos inimigos, aparentemente com a
completa destruição decretada já inevitável. Jacó
continua lendo as passagens selecionadas de Isaías e
chega aos versículos 18-20, que falam a uma Jerusalém
dos últimos dias (que "bebeu da mão do Senhor o
cálice da sua cólera e sorveu as fezes do cálice de sua
própria vacilação"); dos judeus nascidos na cidade não
há nenhum que guie os seus filhos (de Jerusalém) nos
caminhos do Senhor e dos filhos que para lá
emigraram, que ela recebeu e criou, também não há
quem a guie. Exceção feita a dois filhos de Israel que
"vêm a ti" porque têm compaixão de ti. Todos os
judeus de Jerusalém perderam as forças e jazem nas
encruzilhadas de todos os caminhos, menos estes dois
filhos especiais que vêm cheios da repreensão de Deus.

(Comparemos com Apocalipse 11:1-17). Eles são dois


élderes de Israel dos últimos dias.

Neste ponto em que estamos, já podemos dizer


algumas palavras que não poderíamos dizer antes, sem
levantar os ânimos das pessoas preconceituosas, sejam
elas "nefitas ou lamanitas":
Pobre do Livro de Mórmon, se não fossem as escrituras
bíblicas que ele analisa, mede, harmoniza, considera,
correlaciona e expõe; pobre da Bíblia no seu
entendimento geral pelos homens, se não fosse a vinda
do Livro de Mórmon, com o seu poder espiritual de
penetração dos textos, sua capacidade de denunciar os
erros introduzidos pelos homens corruptos, os
cancelamentos das passagens claras e preciosas, as
interpretações particulares e facciosas das incontáveis
denominações pseudo - cristãs que a manusearam e
manuseiam pelos séculos a fora.

Pobres das gerações atrás de gerações que são


manobradas e conduzidas para a ignorância dos
verdadeiros caminhos de Deus, pelas verdades
segmentárias que conseguem aprender; pobre do
homem que está preso mentalmente às mentiras
pastorais, e que condena a si próprio a não beber a luz
adicional que Deus lhe envia pelo
Livro de Mórmon.
Pobres dos "pastores" do mundo que combatem esse
trabalho de Deus; que difamam o profeta que o trouxe
a luz; e lutam contra Deus, mesmo inconscientemente.
Se eles não tremerem agora de arrependimento, pelo
que estão fazendo com o povo, tremerão um pouco
depois, quando chegarem ao mundo dos espíritos e
forem lançados naquele horror de remorsos e lamentos
de consciência, pois, querendo servir a Deus, foram
enganados pelo diabo e terminaram por combater ao
seu lado para desnortear os filhos de Deus.
E as multidões que passaram pela terra entre 421 d.C.
e 1827, período em que o Livro de Mórmon esteve
oculto pela vontade de Deus?
Respondemos: Elas foram conduzidas ao mundo dos
espíritos, receber sua oportunidade de conhecer o
evangelho em plenitude, e decidirem que partido
escolheriam; a futura vinda do Livro de Mórmon lhes foi
anunciada, como foi aos habitantes da terra na
mortalidade, pois Deus não faz acepção de pessoas
nem aqui nem acolá.

Capítulo 9 - Agora, Jacó, tendo lido essas escrituras de


Isaías ao povo, para armar os alicerces de seu discurso,
passa a interpretá-las e desenvolver os caminhos, os
motivos, as grandiosas razões de Deus com eles
relacionadas. Jacó precisou de Isaías para dar
momentum ao discurso, Isaías precisou de Jacó para
que suas profecias fossem melhor entendidas pela
posteridade da casa de Israel. Nós precisamos de
ambos para estar em união de mentes com eles e com
o autor de seus poderes proféticos.
O grande Criador seria manifestado na carne, sujeitar-
se-ia ao homem na carne e morreria por todos os
homens, para que todos se tenham que sujeitar a Ele.
Assim como a morte é decretada para todos, da
mesma forma é decretada a ressurreição para todos.
Devido à queda, o homem é para sempre desterrado
do mundo em que Deus habita, ou seja,
da presença de Deus.
A menos que haja uma expiação (compensação)
infinita, a corrupção (da carne) não se poderia mudar
em incorrupção, e o primeiro julgamento de Deus sobre
o homem teria que permanecer para sempre, e a carne
mortal teria que apodrecer e desfazer-se de sua mãe
terra, para nunca mais se levantar.
Se isso acontecesse, os espíritos (separados da carne
para sempre) ficariam à mercê do diabo que caiu da
presença de Deus para não mais se levantar.
Deus preparou um meio para nossos espíritos
escaparem desse estado.
Pelo meio da redenção realizada por Deus, escapamos
da morte temporal ou física, a tumba entregará seus
mortos. A morte espiritual também entregará seus
mortos e essa morte é o inferno (aqui, na acepção de
sheol ou hades, isto é, o mundo dos espíritos).
No desenvolvimento do versículo 12 vemos que a
interpretação que demos entre os parênteses é
correta: "De tal modo que a morte e o inferno (Sheol
ou hades) hão de entregar seus mortos, e o inferno (o
inferno do mundo dos espíritos) há de entregar seus
espíritos cativos, e a tumba seus corpos cativos, e os
corpos e os espíritos dos homens, serão restaurados
uns aos outros; e é pelo poder de ressurreição do Santo
de Israel."
-
Os judeus compreendiam que o termo sheol, do
hebraico, ou hades, do grego, significavam mundo dos
espíritos em geral, onde há o paraíso, a prisão e o
inferno. Todos os espíritos, porém, estão
"aprisionados" à ausência dos corpos de carne e ossos.
Quão grandioso é o Plano de Deus! Diz Jacó no
versículo 13, e prossegue descrevendo o maravilhoso
estado que alcançarão os justos, e a miséria dos
injustos:
Quão grande é a justiça de Deus! E diz porquê,
versículos17-18.
Quão grande é a misericórdia de Deus! E diz porquê,
versículo 19.
Quão grande é a santidade de Deus! E diz porquê,
versículos 20-22.
Diante de toda essa grandiosidade que Jacó nos traz
à consciência, ele clama então que nos arrependamos,
versículo 24.
Jacó abre o caminho para começar a falar na lei,
versículos 25-27.
Agora ele está pronto para falar no plano do maligno e
nas aberturas que os homens lhe dão para realizar sua
obra funesta.
Então passa a declarar os seus "ais!", versículos 27-38.
A seguir, diante do conhecimento de Deus e da
subtilidade do plano do diabo que transmite ao povo,
ele passa à sua longa exortação, para que eles se
livrem da condenação, versículos 39-54
Jacó promete prosseguir no dia seguinte, de acordo
com a narração de Nefi.

Capítulo 10 - Jacó reinicia seu discurso ao povo de Nefi,


ele fala no que diz respeito àquele ramo justo que em
gerações futuras será nutrido pelo Senhor.
Muitos dos filhos daquele povo perecerão na carne por
causa da incredulidade, mas Deus terá misericórdia de
muitos e serão restaurados. Para isso será necessário
que Cristo (Jacó, na noite anterior, soube por um anjo
que este seria o nome pelo qual seria conhecido na
carne o Santo de Israel) venha entre os judeus mais
iníquos do mundo.

Cristo será crucificado pela única nação capaz de fazer


tal injustiça ao seu Deus.
Sobre esses judeus de Jerusalém viriam destruição,
pestes, fome e derramamento de sangue; os que não
fossem destruídos seriam dispersados por todas as
nações.
Quando esse judeus chegassem a crer em Cristo,
seriam reconduzidos, na carne, às terras de sua
herança, seriam congregados da grande dispersão
desde as ilhas do mar e das quatro partes da terra
(significando toda a terra).

No versículo 16 Jacó registra essas palavras: "... quem


lutar contra Sião, tanto judeu quanto gentio...
perecerá; pois são eles que constituem a prostituta de
toda a terra; porque aqueles que não são por mim são
contra mim."

O discurso de Jacó preenche de maneira espetacular o


objetivo do Livro de Mórmon, escrito no prefácio pelo
profeta Mórmon, entre 400 e 421:
" para mostrar aos remanescente da casa de Israel,
quão grandes coisas o Senhor fez a seus antepassados;
e também para que possam conhecer as alianças do
Senhor, a fim de não serem afastados para sempre. E
também para convencer aos judeus e gentios de que
Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, manifestando-se a
todas as nações -"
Tudo o que Jacó disse a seu povo nesse discurso, é de
aplicação universal... é para nós que Deus fala pelos
seus profetas. É para nós que eles fizeram esse
resumo, porque somos o último povo que está
recebendo estes anais antes da volta de Jesus Cristo, o
Santo de Israel, o Poderoso de Jacó, Jeová.

Capítulo 11 - Agora, Nefi se dá por satisfeito com as


palavras que registrou do discurso de Jacó e diz que
escreverá mais palavras de Isaías, pois sua alma
deleita-se nessas palavras. Nefi faz isso com o
propósito de aplicá-las ao seu povo e para enviá-las a
todos os seus filhos.
Ele põe juntos os testemunhos de Isaías, de Jacó e o
dele próprio: de que os três viram da mesma forma ao
Redentor. Por isso, ele transmitirá as palavras de
Isaías e Jacó, para que seus filhos saibam, pela força
desses dois testemunhos de profetas, que a sua palavra
(de Nefi) é também verdadeira.
Portanto, diz Deus, "pela palavra de três
(testemunhas) estabelecerei a minha palavra".
-
Nefi escreve sobre três alegrias de sua alma:
- Provar ao povo a verdade da vinda do Cristo;
- Os convênios que Deus fez com seus antepassados;
- Comprovar ao povo que, a menos que Cristo venha,
todos os homens devem perecer; se não há Cristo não
há Deus... mas há um Deus, e ele é Cristo; e vem na
plenitude de seu próprio tempo.
As palavras que Isaías escreveu, diz Nefi, podem ser
aplicadas a seu povo, a seus filhos, como a todos os
homens.

Capítulos 12 a 24 - Nefi transcreve os capítulos 2 a 14


de Isaías, com algumas diferenças.
Isaías vê o templo principal dos últimos dias, a
reunião de Israel, o julgamento e a paz do Milênio; os
orgulhosos e os iníquos serão humilhados na segunda
vinda de Cristo. (Isaías 2)
Judá (os judeus) e a cidade de Jerusalém serão
castigados por sua desobediência (o Senhor litiga com
seu povo e o julga).
As filhas de Sião serão amaldiçoadas e atormentadas
por seus costumes mundanos (Isaías 3)
(O que aconteceu com a Jerusalém precedente à
chegada de seus invasores do passado, acontece agora
com a Jerusalém moderna).
Sião e suas filhas serão redimidas e purificadas no
Milênio. Nesse tempo, os homens serão em número
muito menor que as mulheres; tudo indica, pelas
palavras de Isaías, que os casamentos plurais serão
restabelecidos.
Os que permanecerem em Sião (entre os justos) e os
que restarem dos julgamentos de Jerusalém, serão
conhecidos como santos.
Hoje, às portas do Milênio da Paz, há um povo
construtor de templos conhecido como os santos dos
últimos dias. Isaías viu os dias deste povo cerca de 700
a.C.
Deus fará aparecer sobre toda a morada do monte de
Sião e sobre suas assembléias um sistema de proteção,
defesa e abrigo contra as intempéries (Isaías 4)
(A palavra montes aí, significa templos. Haverá um
templo estabelecido como cabeça dos outros templos.
O templo de Salt Lake City é hoje o principal.)

O terreno em Jerusalém, onde o templo será


construído já foi arrendado pelos Santos dos Últimos
Dias por meio do apóstolo James E. Faust, em 28 de
abril de 1984.

Capítulo 25 - Agora, neste capítulo, Nefi passa a dizer


algo sobre essas escrituras que focalizou. Começa
considerando que Isaías profetizou muitas coisas que
foram difíceis de compreensão para muitos dos nefitas;
por eles não saberem a respeito da maneira usada
pelos judeus para profetizar. Nefi esclarece o porquê
de ter escolhido essas profecias de Isaías e os motivos
que o levaram a registrar suas palavras (de Nefi):
"Escrevo a meu povo e a todos aqueles que no futuro
recebam essas coisas, para que conheçam os juízos de
Deus e saibam que eles vêm sobre todas as nações,
segundo a palavra que ele (Isaías) declarou".
Nefi esclarece que as palavras de Isaías são claras
para aqueles que são cheios do espírito de profecia (o
Espírito Santo), embora não o sejam para os homens
em geral.
Os profetas de Israel são cheios desse Espírito; seu
chamado é o de receber essa luz maior, e trabalhar
para que o povo receba mais e mais dessa luz. Quem
receber um profeta, reconhecer o seu chamado,
receberá uma recompensa de profeta; Que é receber da
mesma luz que ele recebe... Até a claridade perfeita, e
o conhecimento de todas as coisas como Deus as
conhece na eternidade.
Nefi diz não haver povo algum que possa entender
as coisas ditas pelos profetas como as podem entender
os judeus. Aqui, devemos entender que se tratam dos
antigos judeus, porque os modernos também não
entendem mais a maneira de pensar dos antigos, a
menos que sejam instruídos nesse assunto.

Então, ele diz que prossegue com a sua própria


profecia, com a clareza que existe nele pelo Espírito; de
modo que ninguém errará no entendimento dela. Nefi,
conhecedor que era das limitações dos povos não
judeus para entender Isaías, preparou-se para
interpretá-lo, segundo o seu próprio entendimento no
Espírito Santo; para tornar Isaías acessível à toda a
casa de Israel, a qual, estaria dispersa entre todos os
povos, e com eles confundida e sem condições de
entender as escrituras, como Deus enunciou-as da
eternidade.

Essa é mais uma das grandes razões da vinda do


Livro de Mórmon, pois Deus quer ser entendido por
todos os povos. Ele se deleita com a clareza; portanto,
Isaías tem que ser tornado para os povos dos últimos
dias, tão claro quanto era para os judeus antigos.
Quando Deus falou por Isaías 2700 anos atrás,
profetizando os acontecimentos destes nossos últimos
dias, e pôs essas Suas palavras ao nosso alcance, com
a clareza de Nefi,
é porque quer que as aprendamos e as usemos para
nos edificarmos na fé.

Segue-se a profecia segundo a clareza que está em


Nefi, v.9 ao 19, Depois, do v. 20 ao 30, aparece uma
exortação aos judeus, para que compreendam as
limitações da lei de Moisés e aceitem a Cristo.
A clareza de Nefi, deixa todos os homens que lerem sua
profecia, quer judeus quer gentios, sem desculpas
diante de Deus, ele diz no v. 28:
"...E as palavras que falei serão um testemunho contra
vós; pois, são suficientes para ensinar a qualquer
homem a senda verdadeira; porque a senda verdadeira
consiste em crer em Cristo e não negá-lo; porque, ao
negá-lo, também negais aos profetas e à lei".
Essas palavras são dirigidas aos judeus e aos gentios
que não crêem em Cristo corretamente, como sendo de
fato o Santo de Israel, o Deus de Abraão, o Deus de
toda a terra e de todos os povos.

Capítulo 26 - Nefi continua com suas profecias


esclarecedoras das palavras de Isaías.
Ele fala de dois grandes julgamentos que se abaterão
sobre os nefitas. O primeiro seria a destruição de
muitos do seu povo, por ocasião da morte de Cristo no
outro hemisfério (o oriental). Nefi dá a razão desse
julgamento:
Porque terão rechaçado os profetas que Deus lhes
enviaria, os apedrejado e matado.
O v. 5 descreve o que está decretado por Deus contra
os que fazem essas coisas:
As profundezas da terra os tragarão, montanhas os
cobrirão, tornados os arrebatarão, edifícios cairão
sobre eles, os esmagarão e reduzirão a pó; serão
visitados por trovões, relâmpagos e terremotos. Os
justos, porém, serão protegidos e poupados.
Cristo aparecerá a eles, e os curará, e terão paz até que
tenham decorrido três gerações e que muitos da quarta
geração tenham vivido em justiça, v. 9.
O outro julgamento aconteceria já na quarta geração,
porque o povo nefita, tendo recebido a visitação do
Senhor ressuscitado, e tendo aprendido e vivido os
mais altos padrões do evangelho, se deixaria
corromper de maneira ignóbil; trocaria
conscientemente a luz pelas trevas; por isso, deveria
baixar ao inferno, v. 10.

Agora Nefi, seguindo a profecia de Isaías, profetiza


com suas palavras o que aconteceria nos nossos dias
(os últimos dias):
Depois que a posteridade de Nefi houvesse sido abatida
e reduzida a pó, Deus atenderia as orações feitas pelos
fiéis entre esse povo desaparecido; orações que
pediram pelas gerações vindouras, ou seja, pela
descendência dos que ainda ficariam para transmitir a
semente corporal daqueles que primeiro receberam as
promessas, Abraão, Isaque e Jacó.
Pois Deus não permitiria extinguir-se completamente
aquela semente, para poder cumprir as promessas que
fez aos pais; para que Suas palavras e convênios não se
tornassem vãos, e Ele deixasse de ser Deus.

Por todas essas supremas razões é que o Senhor teria


que fazer aquelas palavras saírem do pó e chegarem a
nós; para que de nós (os gentios) vão aos que restarem
daquele povo sepultado, os filhos de Jacó ou Israel.
Interpretando Isaías 29: 4, Nefi escreveu o que temos
no versículo 15 deste capítulo que analisamos:
"... e todos que hajam degenerado em incredulidade
não serão esquecidos por Deus; porque aqueles que
serão destruídos (em 400 d.C. e antes) lhes falarão
desde a terra, e suas palavras lhes sussurrarão desde o
pó e sua voz será como a de alguém que evoca os
espíritos, porque o Senhor Deus lhes dará poder para
sussurrar no concernente a eles como se fora desde a
terra, e sua fala sussurrará desde o pó";
e no v. 19: "E sucederá que os que hajam degenerado
em incredulidade, serão feridos (futuramente) pela
mão dos gentios".
(Os índios americanos que são descendentes da colônia
judia de Lehi, foram feridos pelos gentios que
chegaram da Europa no tempo das descobertas
marítimas e da colonização).

Nefi continua com sua interpretação de Isaías, e açoita


a nós, os gentios, com a palavra do Senhor, mas
também nos instrui:
Os gentios se exaltam na soberbia dos seus olhos; têm
estabelecido muitas igrejas, contudo menosprezam o
poder e os milagres de Deus; ensinam entre si as
próprias sabedoria e instrução, para enriquecer e pisar
a face dos pobres; edificam para si muitas igrejas que
resultam em inveja, contendas e malícia, v.20 e 21.
Os homens devem usufruir dos mesmos privilégios; os
gentios se autoconstituem em luz para o mundo
predicando sofistarias sacerdotais com o fito de obter
lucro e o louvor do mundo; mas não buscam o bem de
Sião, v. 28 e 29.
O trabalhador de Sião trabalhará para Sião, porque se
trabalhar por dinheiro, perecerá, v. 31.
O leitor pode fazer um exame de consciência
neste ponto. Então, juntamente conosco poderá dizer:
De fato, todas essas coisas já aconteceram ou estão
acontecendo diante dos nossos olhos, logo, as profecias
são verdadeiras; pois estamos vendo seu cumprimento
nos dias em que vivemos.
Quem nos poderia expor essas profecias de Isaías com
mais clareza? Quem pode dizer que o Livro de Mórmon
nada tem a acrescentar ao nosso entendimento?
Sabemos quem pode:- Aquele que não tem nenhum
entendimento !

Nefi esforçou-se para que os homens entendam Isaías;


e nós nos esforçamos para que eles entendam a Nefi,
como ele nos fez entender Isaías. Mas tudo isso é feito
por concurso do Espírito Santo, o qual, acrescenta luz
ao entendimento que todo homem tem, na condição de
ser um filho de Deus.
Capítulo 27 - Nefi diz de um livro selado de que fala
Isaías no capítulo 29 do seu livro, o qual viria à luz nos
últimos dias ou seja, nestes nossos dias.
Quem poderia de sã consciência dizer que entende as
palavras de Isaías em 29: 9-18, quando fala desse livro
misterioso?
O que todas aquelas palavras têm a ver com esse livro
selado?
Por que é dito que os cegos e surdos (espirituais) verão
e ouvirão as palavras do livro?

Até o advento do Livro de Mórmon, com a luz


adicional que traz na palavra de Nefi
ao interpretar Isaías, para os judeus e gentios de hoje,
seria impossível entender essas escrituras; porque
Deus guardou sua interpretação em segredo, até o
devido tempo.
Não foi a mim nem a você, caro leitor, que Ele escolheu
para desvendar esse segredo, mas chamou-nos para
participar dele.
Nefi foi chamado para interpretar Isaías na clareza de
sua palavra; o profeta Joseph Smith, para receber o
Livro selado, interpretá-lo pelo poder de Deus, e
divulgá-lo ao mundo de hoje.
Podemos ver que Nefi fala da situação calamitosa em
que estariam os gentios nos últimos dias: Mergulhados
em iniqüidade e toda sorte de abominações.
O Senhor dos Exércitos os visitará com julgamentos
semelhantes aos que se abateram sobre os nefitas.
Mas, no caso dos gentios, haverá dois outros fatos que
caracterizarão especificamente o seu julgamento:
Um grande estrondo e a chama de um fogo devorador,
v.2. No nosso entendimento, esse estrondo é o efeito
de um pavoroso abalo que sucederá, e que fará o leito
do Oceano Atlântico elevar-se e a lançar as águas para
o norte; fazendo desaparecer as ilhas e unindo todas
as terras (ver o Apêndice 23 em AVAH).
O fogo é o fulgor ardente do Espírito, queimando as
impurezas físicas, químicas e espirituais do planeta;
preparando o ambiente para o Milênio da Paz.
O Senhor disse por Isaías que derramou sobre o povo o
espírito de um sono profundo, v.5. Então, dos v.6 ao 29,
Nefi profetiza dos movimentos do Livro selado, de que
Isaías fala em 29:11-12:
"...o Senhor Deus tornará conhecidas as palavras de um
livro, ... as palavras dos que adormeceram... o livro
estará selado; e... (nele)...haverá uma revelação de
Deus, desde o princípio do mundo até o fim... portanto
(por causa das coisas que estão seladas) ...não se
tornarão conhecidas no dia das maldades e das
abominações do povo. Portanto o livro lhes será
escondido. Mas (ele) ... será entregue a um homem, ...
(que) tornará conhecidas as palavras do livro ... as
palavras dos que adormeceram no pó, e as fará
conhecidas a um outro ... Mas ele não tornará
conhecidas as palavras que estão seladas ... E a
revelação que foi selada, será nele guardada, até que
chegue o devido tempo do Senhor ... as palavras
seladas no livro serão lidas dos tetos das casas, e serão
reveladas aos filhos dos homens todas as coisas que
ocorreram entre eles, bem como tudo o que se dará até
o fim do mundo ... (o livro) será escondido aos olhos do
mundo, para que ninguém o veja, exceto três
testemunhas, pelo poder de Deus, além do que receber
o livro; e darão testemunho ... e não haverá mais
ninguém que o veja, senão uns poucos, de acordo com
a vontade de Deus, para dar testemunho ... e pela boca
de tantas testemunhas quantas achar necessário,
estabelecerá a Sua palavra ... O Senhor dirá àquele a
quem for entregue o livro: Toma estas palavras que não
estão seladas e entrega-as a um outro, para que ele as
possa mostrar ao instruído, dizendo: Lede isto, eu vos
suplico. E o instruído dirá: Trazei-me o livro e eu o lerei
... E o homem dirá: Não posso trazer o livro, pois está
selado ... e (o instruído) dirá: Não o posso ler ... Deus
entregará novamente o livro e as palavras ao que não
é instruído; e (este) dirá: Não sou instruído ... Então
lhe dirá o Senhor:
Os instruídos não as leram porque as rejeitaram, e
eu sou capaz de fazer a minha própria obra; lerás
portanto, as palavras que te darei ... mostrarei aos
filhos dos homens que sou capaz de executar o meu
próprio trabalho ... E o Senhor dirá àquele que há de ler
as palavras que lhe serão entregues: Porquanto este
povo se aproxima de mim com sua boca, e com seus
lábios me honra, mas afastaram de mim seus corações,
e seu temor (reverência) a mim é ensinado segundo os
preceitos dos homens ... farei uma obra maravilhosa
entre esse povo, sim, uma obra maravilhosa e um
assombro, porque a sabedoria dos seus sábios e
instruídos perecerá, e a inteligência dos seus prudentes
será escondida ... dentro em breve o Líbano se
converterá em um campo fértil e será considerado
como uma floresta. E naquele dia o surdo ouvirá as
palavras do livro e os olhos dos cegos verão.
O diálogo realçado logo acima, está registrado no
Livro de Mórmon desta forma, para caracterizar os
eventos que sucederiam ao vivo, quando o Livro
aparecesse.
Esses fatos seriam mais um poderoso testemunho da
palavra de Deus por Isaías, Nefi e o profeta receptor do
Livro, Joseph Smith.
Os protagonistas vivos dessa passagem, nos idos 1830,
foram (na ordem de entrada em cena) Joseph Smith,
Martin Harris, os professores Charles Anthon e Samuel
I. Mitchell. Tudo isso aconteceu exatamente como
estava profetizado.

Capítulo 28 - Nefi fala do grande esforço que o demônio


fará para que os homens não aceitem a vinda desse
Livro selado, quando Deus o trouxer à luz, pois a
doutrina que traz, põe as claras todas as mentiras
seculares que ele conseguirá colocar na mente dos
homens, para tê-los sob seu poder.
A tática que ele usará, será induzir os homens a
fundarem muitas igrejas - para que os seus seguidores
sejam levados a crer em doutrinas falsas e insensatas,
ensinadas por falsos mestres, que não são chamados
por Deus, que não têm o poder nem a autoridade nem o
conhecimento da verdade. Isso, o diabo fará para
enfurecer o coração dos homens e jogá-los uns contra
os outros.
Nefi diz que essas igrejas contenderão entre si e que os
seus sacerdotes ensinarão o seu conhecimento em vez
do conhecimento do Espírito de Deus.
Ao não aceitarem as revelações de Deus, estarão
rejeitando a doutrina verdadeira que o Espírito ensina,
estarão negando esse Espírito, e mentindo quando
dizem que falam por meio dele, v.4.
Do v.5 ao 32, Nefi dá uma relação dos atos dessas
igrejas e das conseqüências sobre os seus seguidores.
Esta profecia de Nefi, é uma das mais facilmente
identificáveis nos nossos dias; nos dias em que os
gentios deverão ser restaurados ao conhecimento dos
convênios que Deus fez com os seus pais - pois, todos
temos alguma ligação
com os dispersos da casa de Israel.
Por isso, estes nossos dias são de importância
inavaliável para o nosso porvir eterno.
No entanto, a nuvem de escuridão que cobre as mentes
de todo o povo (pelo esforço secular do diabo), impede
que os homens exerçam a correta avaliação deste seu
culminante momento !

Deus dá início à Sua Obra Maravilhosa em preparação


da volta de Cristo - chama um profeta e põe nas mãos
dos gentios o Livro que reservou para Seu instrumento
final de combate às mentiras do diabo - E o que fazem
os gentios? Em vez de saírem da escuridão, preferem
seguir os pastores cegos, para caírem no mesmo
buraco.

Capítulo 29 - Nefi profetiza sobre a conduta de muitos


gentios ao receberem nos seus dias o Livro selado da
profecia de Isaías. Ele diz que rejeitarão o livro, com o
argumento cego de que já têm uma Bíblia e não
necessitam de outra.
É relatado o esforço de Deus, por Seu Espírito, para
demonstrar ao povo dos últimos dias o erro desse
pensamento; que Ele fala não somente a uma nação,
mas a muitas, e que o mundo será julgado de acordo
com as palavras escritas nesses livros.

Com todas as coisas que dissemos e


demonstramos até este ponto do livro, acreditamos que
os homens independentes de idéias preconcebidas, não
mais se associarão aos que rejeitam o Livro selado, que
virá de debaixo da terra e falará com uma voz
sussurrada (como falará o Espírito de Deus ao coração
e à mente de quem ler o Livro em atitude honesta).
Esse é o Livro que seria colocado por Deus nas mãos
dos gentios, exatamente como profetizou Isaías.
Quando, então, Deus iniciaria a realizar uma obra
maravilhosa entre os gentios; para reunir toda a casa
de Israel dispersa (reunir no entendimento, nos
propósitos, na esperança, na fé e nas obras - reacender
o espírito nacional da Israel Eterna, dispersa no
temporal, tanto física quanto espiritualmente). Reuni-
la, para coligá-la nas terras de sua herança profética.

Nefi continua e escreve as palavras que ouviu de


Deus para transmitir aos gentios
(ver as palavras poderosas e o forte raciocínio do
Espírito nos v. 4 a 14 do Livro de Mórmon). Quem
rejeitá-las, estará virando as costas a Deus e
caminhando diretamente contra Suas palavras, em vez
de ir ao encontro delas.

Capítulo 30 - Agora Nefi adverte aos judeus a quem


fala, para que não se julguem mais justos do que serão
os gentios no porvir; pois, a menos que guardem os
mandamentos de Deus, perecerão da mesma forma que
perecerão os gentios (os que não se arrependerem).
Diz aos judeus que eles não devem pensar que os
gentios serão totalmente destruídos
(da mesma forma que as sementes de Ismael e de Lehi
nas Américas, também não serão totalmente
destruídas). Porque eles eram da semente de José do
Egito, a quem Deus fez grandes promessas, como
herdeiro que era de Abraão, Isaque e Jacó, depositários
das promessas de Jeová.
Sua palavra tem que ser cumprida ou Ele deixaria de
ser Deus, o que é impossível; portanto, também é
impossível que aquela semente deixe de existir, e não
possa alcançar as promessas que aqueles grandes
patriarcas receberam, mas não as viram concretizadas
no tempo de suas vidas mortais.
As promessas são de uma pátria nacional perfeita para
a casa de Israel, o que significa: Povo, cultura, religião,
idioma, território e progresso eternos; portanto, a
promessa extrapola os limites do tempo e alcança a
eternidade.
Os gentios que se arrependem, são tornados como os
filhos do convênio do Senhor com Abraão; se os judeus
não se arrependerem, serão lançados fora; o Senhor só
entra em convênio com os que se arrependem e crêem
no Seu Filho, que é o Santo de Israel.

Aqui é importante estabelecer a diferença entre os que


dizem crer e os que de fato crêem. O Senhor diz que as
promessas são para os que crêem, não para os que
dizem crer, mas não fazem o que Ele manda.
Os que dizem crer, são aqueles que confessam
de boca que Jesus é o Cristo, mas não acreditam nas
coisas que Ele realiza de fato nos seus dias; que
acreditam nos profetas do passado, mas não nos
profetas vivos que o Senhor lhes envia; que rechaçam
as revelações contemporâneas de Deus, como coisa de
nenhum valor.
Os que crêem de fato, agem como tal e fazem o que o
Senhor lhes manda:
Que se arrependam e venham a Ele para trabalhar pela
causa de Sião.

Nefi continua com sua interpretação de Isaías e nos


entrega sua clareza, mostrando aos judeus e gentios da
atualidade, o caminho que devem tomar diante das
revelações contidas no Livro selado. Para que todos
sejam restaurados ao conhecimento dos seus pais;
como também ao conhecimento que seus pais tiveram
de Jesus Cristo, v. 5.
Os gentios que crerem no verdadeiro evangelho
de Jesus Cristo, irão aos judeus descendentes de Lehi e
Ismael dispersos nas Américas e, se eles crerem
nessas coisas, serão cheios de regozijo, porque
reconhecerão nelas uma bênção de Deus.
Então, as escamas de trevas cairão dos seus olhos e,
não muitas gerações depois, esses judeus que
desceram à condição rude e decaída dos índios, serão
tornados novamente numa gente pura e deleitável.
Até este ponto das profecias de Nefi neste capítulo,
não precisamos de fé para esperar que aconteçam. Elas
já aconteceram, e passamos ao degrau do saber que
elas são verdadeiras.
No v. 7 Nefi diz algo que ainda não aconteceu, mas
principia a acontecer:
"E acontecerá que os judeus que estejam
dispersos, começarão a crer em Cristo; e começarão a
congregar-se sobre a face da terra ... E acontecerá que
o Senhor Deus começará Sua obra entre todas as
nações, tribos, línguas e povos, para levar a cabo a
restauração do Seu povo sobre a terra", v. 8.
"Porque rapidamente se aproxima o tempo em que o
Senhor Deus fará uma grande divisão entre o povo, e
destruirá os iníquos,... Mesmo que tenha que destruir
os malvados por fogo", v. 10

Capítulo 31 - Chegado a este ponto, Nefi julga terem


sido suficientes as profecias que fez e destinou aos
povos judeu e gentio do porvir.
Diz que as coisas que escreveu lhe bastam, a não ser
algumas poucas palavras que ainda deve escrever
concernentes à doutrina de Cristo. Mais uma vez diz
que sua alma deleita-se com a clareza (do que ensina);
porque é assim que o Senhor Deus trabalha entre os
filhos dos homens; porque Ele ilumina-lhes o
entendimento, pois lhes fala no idioma de cada um,
para que entendam.

Os hebreus tiveram as escrituras no seu idioma,


os gregos e romanos nos seus,
os americanos e ingleses em inglês, os brasileiros e
portugueses em português, e etc., etc. Cada povo tem
as escrituras no seu próprio idioma. O Livro selado da
profecia de Isaías, já percorre o mundo, e em breve
estará a disposição de cada povo existente no planeta,
e no seu próprio idioma.
Nefi ensina que todos os homens devem ser batizados,
e dá o exemplo extremo de obediência a esse
mandamento do batismo, o do Cordeiro de Deus:

"Se o Cordeiro de Deus, que é santo, tem necessidade


de ser batizado na água para cumprir com toda a
justiça, quão maior então é a necessidade que nós
temos, sendo pecadores, de sermos batizados, sim, na
água!", v.5.
Nefi continua ensinando sobre a doutrina do
batismo na água e passa ao batismo de fogo e do
Espírito Santo; quando então, e só então, os homens
poderão falar na língua dos anjos. Nefi declara que o
testemunho dessa doutrina lhe foi dado pela voz do
Filho de Deus. Mas, se depois disso, (depois de receber
o batismo de fogo e do Espírito Santo) o homem negar
ao Filho, seria melhor não o haver conhecido
(conhecido pelo testemunho do fogo e do Espírito
Santo).
Em seguida, cumprindo a lei dos testemunhos, Nefi
ouviu a voz do Pai, dando testemunho de que as
palavras do Filho são fiéis e verdadeiras.

Falamos na língua dos anjos, quando falamos pelo dom


do Espírito Santo no nosso próprio idioma. Os anjos
falam a nós pelo poder desse mesmo Espírito,
declarando as coisas da mente de Deus no nosso
idioma.
Sem o dom de falar ou de entender a língua dos anjos,
o homem não consegue entender a mente de Deus,
nem mesmo quando a fala vem no seu idioma.
O homem que não cede à influência do Espírito, jamais
chega a obter o dom, que é uma dádiva de Deus a quem
cumpre os requisitos da justiça estabelecida e, depois,
continua perseverando até o fim.

As escrituras, quando corretamente traduzidas para os


vários idiomas, são a vontade, o poder e a mente de
Deus. Quanto menos fiéis às idéias originais (expressas
pelos profetas no idioma hebraico e aramaico), pela
incapacidade do idioma usado para traduzir aquelas
idéias expressas na língua mãe das escrituras
primitivas, com menos força e clareza chegará a voz do
Espírito ao coração e à mente do homem.
Deus sabe dessas limitações dos demais idiomas da
terra. Esta é mais uma razão da vinda do Livro de
Mórmon:
- Para restaurar a força original da palavra das
escrituras dadas aos antigos, mas que depois foram
passadas para os vários idiomas da terra. Deus viu que
elas perderiam sua clareza original; sofreriam
cancelamentos, como já denunciados por Nefi.
Essa é mais uma razão pela qual, Deus começou a
preparar o Livro selado, desde dois mil e seiscentos
anos atrás ! Que tristeza, se você caro leitor, não
conseguir aquilatar o seu valor e não tomar
conhecimento dele; julgá-lo como coisa sem
importância.

No Livro do Eclesiástico, Prólogo, terceiro parágrafo,


vemos a confirmação do que dissemos acima: "Com
efeito, as palavras hebraicas perdem sua força quando
traduzidas em língua estrangeira... a Lei e os Profetas
e os outros Escritos, são muito diferentes do que no
texto original, quando traduzidos".

Esta é uma verdade indisputável que o Livro de


Mórmon nos traz.
Mas há um zelo cego e sem discernimento que os falsos
pastores do mundo manifestam pela Bíblia. Ao ponto de
colocá-la contra o Livro selado por Deus, e este contra
ela; quando o Senhor declara que nos últimos dias,
uniria os escritos de Judá e os de José como se fossem
um só na Sua mão.
Ora, sabemos que os escritos de Judá estão conosco (a
Bíblia); se todos os pastores,
quer verdadeiros quer falsos, pregam que estamos nos
últimos dias
(e nisso estão certíssimos); perguntamos:
Onde está o Livro de José que Deus prometeu unir ao
de Judá ? Onde está Sua promessa de que faria os dois
como um só na Sua mão ?
Ó céus! Ó terra ! Ó paraíso ! Ó prisão ! Ó inferno !
O que mais nos falta para saber que o Livro de
Mórmon é o Livro de José; que ele e a Bíblia são um só
em Espírito ? Pois Deus não falha nas Suas promessas.
É o homem quem falha no enxergar seus
cumprimentos.
Ó pastores ! Arrependei-vos enquanto ainda há
tempo ! Arrependei-vos e parai de impedir que os filhos
de Deus atendam ao Seu convite para virem ao
verdadeiro rebanho de Cristo. Ó pastores ! Arrependei-
vos e temei a indignação de Deus ! Desvencilhai-vos
das vossas sofistarias sacerdotais multisseculares; das
vossas contendas sob o poder do demônio, que vos
transformou em adversários inconscientes do trabalho
restaurador do povo do convênio ! Ainda há tempo,
mas ele é curto! Parai de usar os recursos das vossas
congregações para vossas obras mortas! Vinde todos
vós e vossas congregações para o verdadeiro rebanho !
Os pastores inconscientes da verdadeira obra de
Deus, causam a Ele muito mais prejuízo do que os
inimigos conscientes de Deus. E por que ?
É exatamente porque são poucos os que se dispõem a
lutar conscientemente contra Deus, e eles conseguem
muito poucos seguidores. Já os inconscientes, são os
mais facilmente manobrados pelo diabo, pois ele os
convence que estão ao serviço de Deus.
Assim, eles trazem enormes prejuízos, a si mesmos
principalmente, e depois às multidões que os seguem.
Fabricam, inconscientemente, manobrados pelo diabo,
um tipo de crer incompleto e incompatível com a
vontade plena de Deus; preparam os crentes para
crerem na pessoa de Jesus Cristo, e nas palavras que
conseguem entender dos evangelhos, segundo o poder
do intelecto humano elaborado nas suas escolas
sectárias.
Mas, ao mesmo tempo, preparam essas mesmas
multidões para não aceitarem o trabalho de Jesus
Cristo nos seus dias; obliterando o entendimento que
vem pelo Espírito de Deus.

Multidões de gentios, crêem no Cristo do Meridiano


dos Tempos, mas não crêem no Cristo que realiza Sua
obra restauradora nos seus dias ! Nos nossos últimos
dias!
Crer pela metade é aceitável a Deus ? O que poderá Ele
fazer por tais pessoas ?
Esses gentios estão fazendo como os judeus do
Meridiano dos Tempos; eles criam num Messias
anunciado no passado, mas não creram Naquele que
realizou a obra nos seus dias, exatamente como
profetizara Nefi
seiscentos anos antes.
Mas aquele grande profeta também advertiu aos
gentios de hoje, os quais, viriam numa posteridade
mais distante, uns mil novecentos e sessenta anos
depois dos judeus que enviaram Jesus Cristo ao
Calvário; repetimos, advertiu daquela mesma forma
que advertira aos judeus.
A calamidade veio sobre os judeus no Oriente porque
não deram ouvidos aos seus profetas vivos; que foram
enviados por Deus para testemunhar a palavra dos
profetas antigos e chamar o povo ao arrependimento.
O mesmo aconteceu com os judeus dispersos para o
Ocidente (os descendentes da colônia de Lehi), porque
não deram crédito aos seus profetas vivos.
Agora é a vez dos gentios e dos judeus que estão
dispersos pelo planeta. Deus clama novamente que
ouçam aos seus profetas vivos, que se arrependam e
venham edificar Sua Sião, ou a calamidade virá sobre
eles sem medida.
E nos diz: Aquele que for prevenido, previna ao seu
vizinho.

Ó crentes em Cristo ! Ó vós extremos da terra ! Não


ignoreis estas palavras. Elas não são de Isaías, nem
de Nefi nem de Joseph Smith, nem nossas. Tanto eles
quanto nós, quanto as muitas dezenas de milhares de
missionários que saíram pelo mundo, juntamente com
toda a liderança da Igreja em todos os tempos,
sabemos todos que de nós mesmos nada podemos . É
Deus que fez, faz e fará tudo isso pelo poder do Seu
Espírito.
Ele é quem faz a Sua própria obra; nós, apenas
aceitamos ou não
sermos Seus instrumentos.
Mas se aceitamos o serviço, Ele nos manda abrir a boca
destemidamente e anunciar
essas coisas ou seremos condenados!
Portanto, se despresardes estas palavras, sabereis no
último dia que despresastes o trabalho de Deus! Nossa
honra é sermos Seus instrumentos.
Vinde pois, todos vós extremos da terra ! Juntai-vos a
esta obra e compartilhai conosco dessa honra !
Compreendei que os autos para nosso julgamento
individual estão sendo reunidos agora mesmo, no dia
desta vida !
Depois do tempo desta vida virá o veredictum,
portanto, as iniciais do processo já começaram a ser
preparadas, aqui no tempo e na eternidade.
Compreendei que as palavras do Livro selado, ao
tomarmos conhecimento delas,
dão início ao processo que resultará na nossa admissão
ou não ao Reino Celestial !
Compreendei, portanto, que nenhum espírito humano
deixará de receber a oportunidade
de vir a conhecer o conteúdo desse Livro. Seja na
mortalidade ou seja no mundo dos espíritos, sua
atitude em relação a ele será medida.
É por isso que mais adiante está escrito:
"...Esta vida é o tempo em que o homem se deve
preparar para comparecer ante Deus; sim, o dia desta
vida é o tempo em que o homem deve executar a sua
obra ".
(Alma 34:32)

O Livro de Mórmon tem a força espiritual, a clareza e


o forte raciocínio do Espírito Santo. Ele sabe defender a
sua própria causa, a causa de Cristo. A fortaleza das
palavras e o poderoso raciocínio aqui expressos, nesta
nossa análise dinâmica, não são nossos.
Fomos buscá-los na medula do Livro que veio do pó, e
passamos a enxergar o que antes não havíamos
percebido; agora damos de graça o que de graça
recebemos.
E assim diz o Senhor:
"E com quem vier (a este convênio) falarei como com
os homens do passado, e lhe mostrarei o meu forte
raciocínio"
Nefi faz uma pergunta chave: - Podemos seguir
a Jesus, a menos que estejamos dispostos a guardar os
mandamentos do Pai ? E veio a Nefi a voz do Filho,
dizendo: "A quem se batize em meu nome, o Pai dará o
Espírito Santo como deu a mim; portanto, segui-me e
façais as coisas que me vistes fazer".
Do versículo 12 ao 21, Nefi explana a doutrina do
arrependimento, do batismo da água, do recebimento
do Espírito Santo, e do batismo de fogo para a
remissão dos pecados, que vem em conseqüência da
observância aos mandamentos.
Nefi chama a atenção para o fato de ter recebido essa
doutrina da voz do Filho de Deus e da voz do Pai, dando
testemunho de que as palavras eram fiéis e
verdadeiras.
E depois disso, pergunta Nefi no v. 19, devemos
considerar que já está tudo feito - que nossa salvação
está garantida ? Ele mesmo responde:
Não ! Porque não chegamos até aquele ponto por nós
mesmos, mas sim pela palavra de Cristo, com fé
inquebrantável nele e confiando inteiramente nos Seus
méritos;
que Ele é poderoso para salvar...
Agora Nefi diz o que é exigido que façamos de nossa
parte, já que, até então, nada fizemos, pois tudo o que
foi conseguido até este ponto, foi feito pelo Senhor:
A nossa parte é seguir adiante com firmeza em Cristo...
Portanto, se formos adiante, deleitando-nos na palavra
de Cristo, e perseverando até o fim, então, (e só então)
teremos garantida a vida eterna.

Vemos aí: A obra de Deus, a obra do homem, a


decisão do homem, o SE caracterizador do arbítrio
humano, e o convênio proposto por Deus.
Vemos Deus realizando toda a Sua parte no convênio
e, finalmente, no v. 21, Nefi afirmando que esta é a
doutrina de Cristo, é a senda, não há outro caminho,
nem nome algum dado debaixo do céu pelo qual o
homem possa salvar-se; que esta é a única doutrina
verdadeira do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo,
que são um Deus sem fim.
(são três Deuses que agem como se fossem um único
Deus, em propósitos, verdade e justiça).
Os três últimos versículos do capítulo 31, eliminam as
contendas; as páginas e páginas escritas pelos séculos
em torno das falsas doutrinas da predestinação e da
salvação pela graça somente, sem que o homem tenha
que fazer tudo o que estiver ao seu alcance para, então
(e só então) poder usufruir da plenitude da graça, que
a fidelidade ao convênio lhe garante.
O Livro de Mórmon ensina que a redenção do corpo
pela ressurreição, é a única parte da graça de Deus que
recebemos gratuitamente, sem que obra alguma neste
mundo nos seja requerida. Pois, nesta vida não há
como usar o nosso arbítrio para escolher se queremos
ou não sermos ressuscitados - para isso, já o usamos
na preexistência. Ao aceitarmos o Plano de Deus, que
incluía o nascer e o morrer, aceitamos a ressurreição
como passo conseqüente e inapelável do Plano.
Se Deus declara que seremos julgados na carne, depois
da ressurreição, de que forma iríamos driblar a palavra
de Deus, escolhendo não ressurgir ?
Porém, para irmos adiante até alcançarmos a
plenitude da graça, a nós oferecida mediante convênio
que deve ser cumprido por nós, já que Deus fez toda a
Sua parte, nada mais Lhe restando para fazer,
repetimos: Para alcançarmos a parte mais grandiosa da
graça, a qual é decorrente da expiação de Cristo, será
preciso que façamos toda a nossa parte estabelecida
no convênio com Deus, a parte que pode nos levar
para viver em Sua presença. Ou cumprimos nossa
parte ou seremos banidos de Sua presença.

Para cumprir Sua parte no convênio, Deus teve que


descer à carne.
Ele não poderia ficar lá em cima , nem descer e esperar
ir de volta para cima para só então fazer o que lhe
cabia. Deus sujeitou-se a si mesmo, para cumprir Seu
convênio conosco onde ele tinha que ser cumprido.
Para o Filho de Deus, o dia desta vida, também era o
tempo em que deveria realizar a Sua obra.
Pode o homem pensar em deixar para depois o dia de
realizar a sua ?
A nossa parte do convênio terá que ser realizada da
mesma forma, isto é, no dia desta vida. Por isso todos
descemos ao temporal. Por isso, depois disso nos ser
anunciado, teremos que dar conta do que fizemos com
esta palavra. Ela nos salvará ou nos condenará no
último dia. Os termos do convênio que nos são
propostos por Deus para aceitarmos, no ato de nos
batizarmos em Sua Igreja, estão no versículo 13.
Pode uma criancinha de colo assumir tal convênio ?
O batismo na Igreja verdadeira de Jesus Cristo é
a assinatura individual do homem, testificando que
aceita o convênio proposto por Deus, com todas as
cláusulas nele registradas. Mas aceitar somente não
basta. É preciso perseverar nas obras definidas pelo
convênio, para poder alcançar a vida eterna.
Mais uma vez queremos explicar que a expressão o dia
desta vida inclui a vida no mundo dos espíritos, após a
morte temporal; para que todos os mortos que não
tiveram oportunidade de saber dessas coisas, mesmo
assim, tenham plena oportunidade de aceitar ou não
esses convênios propostos por Deus.

Não poderíamos terminar a análise deste capítulo 31,


sem mais uma vez demonstrar o poder desse pequeno
trecho contido em Alma 34:32.
Isso, pela solda perfeita que faz com a palavra de Paulo
em Hebreus 9:27, quando sentencia:
"...está determinado que os homens morram uma só
vez, e logo em seguida vem o juízo..."; "...esta vida é o
tempo em que o homem se deve preparar para
comparecer ante Deus; sim, o dia desta vida é o tempo
em que o homem deve executar a sua obra".
Quantos volumes estas duas escrituras condenam ao
fogo! Quantas falsas doutrinas elas derrubam ! Quão
crítica se torna a posição do homem que recalcitra
contra a verdade que elas ensinam! É morrer uma só
vez e, imediatamente, ir a juízo diante de Deus ou é
morrer muitas vezes antes de ir a juízo ?
O Livro selado da profecia de Isaías, vem
somar-se ao testemunho da Bíblia, para derrubar as
mentiras satânicas e dar ao homem a vitória sobre o
maligno.
Vitória a todos os que preferirem dar crédito aos
profetas de Israel, em lugar de se entregarem à
multidão de mestres do mundo mortal e do mundo dos
espíritos.
Moisés já mandara que o povo de Israel não os
consultasse, para não se contaminar com eles. Essas
multidões de mestres estão mesmo aí, para cumprirem
a palavra de Deus:
"Eis que ponho diante de ti, a vida e a morte
(espirituais) , o bem e o mal, escolhe pois o bem, para
que vivas, tu e a tua descendência". Deuteronômio
30:19.
Com esta escritura, Deus demonstra que nos enviou
ao dia desta vida, para provar nossos espíritos diante
desses antagonismos.

Capítulo 32 - Agora Nefi considera o que os homens


devem esperar depois de haverem entrado na senda
(para a vida eterna): Depois de receberem o Espírito
Santo, os homens poderão falar com a língua dos
anjos. De que outra forma os homens poderiam falar a
língua dos anjos, senão pelo Espírito Santo ?
Não significa falar no idioma dos anjos e sim falar no
nosso próprio idioma as palavras que os anjos falariam,
pois eles falam as palavras de Cristo pelo poder do
Espírito Santo.
Logo, quem falar movido pelo Espírito Santo, falará as
palavras que Cristo ou Seus anjos falariam nas mesmas
circunstâncias, quaisquer que elas sejam.
Portanto, falar a língua dos anjos é declarar as
palavras de Cristo pelo poder do Espírito Santo,
deleitando-se com a Sua palavra por compreendê-la
verdadeiramente.
Não significa falar no idioma que os anjos falam entre
eles.
Os sussurros do Espírito são a palavra de Cristo; eles
nos disseram que nos deveríamos envolver nesta obra
que agora fazemos, nesta Análise Dinâmica do Livro de
Mórmon.
Para expressar no nosso idioma a clareza de Nefi, que
ele pôs nas escrituras de Isaías pelo Espírito; isto é,
expressou-se na língua dos anjos, escrevendo em
egípcio reformado. Nós estamos adicionando nossa
porção de clareza pelo mesmo Espírito, portanto,
também escrevendo na língua dos anjos, só que em
português.
No v. 4 Nefi diz uma verdade capital :
"...Se, depois de haver eu falado estas palavras, não
puderdes entendê-las, será porque não pedis nem
chamais; por isso, não sois levados à luz, e devereis
perecer nas trevas".
Significa que não há desculpas para não entender,
dado à perfeita clareza da palavra, e também que o
homem terminará seu tempo na mortalidade, sem sair
das trevas da ignorância do verdadeiro caminho que
leva à salvação na presença de Deus.

No v.7 Nefi lamenta a incredulidade, maldade,


ignorância e a obstinação dos homens; por não
quererem buscar nem entender o grande conhecimento
(a palavra de Cristo) quando lhes é trazido com toda a
clareza da palavra.
No v. 8 ele diz, que se eles escutassem o Espírito que
ensina os homens a orar, saberiam que é
verdadeiramente preciso orar, já que o espírito do mal
não ensina ao homem que ele deve orar, e sim que não
deve (ou que não precisa porque Deus já sabe tudo o
que ele necessita).
É verdade que Deus sabe de tudo o que o homem
necessita , por isso mesmo, sabe que sua maior
necessidade é orar para manter-se ligado a Ele.
A sofistaria do grande enganador das almas é sempre
detectável pelos que têm
o Espírito.
Nefi diz no v. 9 que nada deve o homem fazer diante de
Deus, sem que primeiro ore ao Pai em nome de Cristo;
para que Ele consagre suas ações e a fim de que sua
obra seja para o benefício de sua alma.
Decorre disso, que as palavras do Livro de Mórmon só
serão compreendidas, para o bem da alma de quem as
lê, se forem lidas da forma que Deus ensina: Orando ao
Pai em nome do Filho, em retidão de propósito; então,
o Espírito Santo, que tem a função de iluminar a mente
do homem e testificar a ele das coisas do Pai e do Filho,
entrará em ação.
Pois o homem terá entrado espiritualmente, naquela
circunstância e situação específica
(a busca da verdade), em unidade de propósito com a
divindade, a unidade de propósito com O Pai, e o Filho
e o Espírito Santo
(os quais querem, em uníssono, que o homem saiba a
verdade).
A diferença estará em que Eles jamais quebrarão essa
unidade. Mas o homem poderá quebrá-la se não
perseverar em retidão... Pobre da absurda doutrina da
salvação instantânea, que inúmeros pastores
inconseqüentes estão ensinand por este mundo a fora.

Capítulo 33 - Aqui estão as palavras finais desse


grande profeta do Livro de Mórmon ,ao qual, podemos
chamar o profeta da clareza; pelo esforço que fez para
tornar claras as palavras, sim, claras como a luz do dia
as palavras e a doutrina de Cristo. Tanto para a sua
geração quanto para as seguintes, até a de hoje.
Nefi se confessa menos poderoso no escrever do que
no falar. Quando um homem fala pelo poder do Espírito
Santo, esse poder leva a palavra ao coração do
homem. Mas há muitos que endurecem seus corações
contra o Espírito, de modo que ele não tem lugar neles;
portanto desperdiçam muitas coisas que estão escritas
e as consideram como nada, v. 12.
O profeta diz saber que o Senhor ouvirá as orações
que faz pelo seu povo; que Deus consagrará suas
orações para o benefício do seu povo; e as palavras que
escreveu na sua fraqueza, serão feitas fortes, v. 4.
As palavras serão feitas fortes pelo dom do Espírito às
gerações do porvir;
pois, os seguidores de Cristo enfatizarão as palavras
nos seus próprios idiomas,
para permitir que o poder do Espírito fale ao coração
dos que busquem
a verdade e a justiça.
As palavras de Nefi falam asperamente contra o
pecado, segundo a clareza da verdade; portanto,
nenhum homem se aborrecerá com as palavras que
disser, a menos que seja do espírito do diabo, v. 5. Ele
diz da sua fé em Cristo, e da sua gratidão; declara sua
caridade para com o judeu, seu povo; e também para
com os gentios.
Mas em nenhum deles tem esperança, a menos que se
reconciliem com Cristo, entrem pela porta estreita e
andem pelo caminho reto, até o fim do dia de provação,
v. 9.
Exorta a todos para que creiam nessas palavras, pois
se crerem em Cristo, crerão nelas; já que elas são as
palavras de Cristo, v. 10.
Em conseqüência, não crendo nelas, serão imputados
por Deus como incrédulos.
Eis o desafio solene com o qual Nefi encerra o seu
segundo livro:
"E se não são as palavras de Cristo, julgai; porque no
último dia ( no último momento do dia desta vida para
cada indivíduo, virão a ressurreição e o julgamento
final) Cristo vos manifestará com poder e grande
glória, que são suas palavras; e diante do seu tribunal
nos veremos face a face, vós e eu, e sabereis que Ele
me mandou escrever estas palavras...", v. 11.
Nefi diz que fala a todos os homens, em todas as
épocas e extremos da terra, com a voz de quem clama
desde o pó... v. 13. Ele sabia que o Livro seria
enterrado e que , ao ser trazido de volta à superfície
nos últimos dias, sua fala clamaria desde o pó, nas
palavras que deixasse escritas por mandamento de
Deus. Aos que não querem participar da bondade de
Deus, nem respeitar as palavras dos judeus (nem o
Velho Testamento , nem as palavras de Nefi nem as
palavras que sairão da boca do Cordeiro de Deus, o
Novo Testamento), desses, Nefi se despede para
sempre, porque estas palavras os condenarão no
último dia..., v. 14. O que ele sela na terra, será
apresentado contra eles no tribunal do julgamento, v.
15.

Ó pastores ilegais de toda a terra ! Salvai-vos dessa


desgraça. Vós governais as mentes de multidões, e as
estais conduzindo para a esquerda de Deus ! Não
somos nós que vos chamamos ao arrependimento. É
Deus, por Seu Espírito, que demonstra vossa incúria !
Parai de combater ou de ignorar o Livro de Mórmon !
Lembrai- vos de que sois governantes, e que Deus nos
diz: "Os governantes serão julgados com extremo
rigor", pois eles têm o poder para fazer o bem ao povo;
se fizerem o mal,
receberão muitos "açoites".

O LIVRO DE JACÓ
Capítulo 1 - Jacó esclarece que recebeu a guarda das
placas cinqüenta e cinco anos após a saída de
Jerusalém. Repete a recomendação dada como
mandamento, de que só se escrevesse nestas placas
(as menores) as coisas mais preciosas; que só se
tratasse ligeiramente da história secular do povo de
Nefi. As placas menores é que deveriam ser
transmitidas de geração em geração, pois nelas é que
estariam registradas as coisas mais sagradas, as
grandes revelações e profecias; isso, pela causa de
Cristo e o bem do povo em todas as gerações.
Nefi morre e é honrado sobremaneira pelo povo. Jacó
passa a denominar como lamanitas a todos os povos
que buscam a destruição do povo de Nefi, e de nefitas
aos que simpatizam com ele.
Os nefitas começam a endurecer os corações; a buscar
riquezas e muitas esposas e concubinas por motivos
iníquos.
Jacó fala ao povo no templo de Deus, mas esclarece
que só o fez depois de obter autoridade, através de
ordenação recebida do profeta Nefi, que consagrou-o e
ao seu irmão José como sacerdotes e mestres do povo.
(Sem o sacerdócio legalmente conferido, é blasfêmia
pregar ao povo no nome de Deus.
E como iria o homem pregar a palavra de Deus no seu
próprio nome, se isso só pode ser feito legalmente em
nome de Cristo?)
Capítulos 2 e 3 - A falta de castidade dos homens e das
mulheres nefitas é condenada; buscar riquezas é justo
quando a motivação é ajudar aos semelhantes. A
prática desautorizada do casamento plural é
condenada. No v. 30 do c.2, o Senhor declara qual a
única condição e razão pelas quais o homem deverá
tomar esposas múltiplas: Só por mandato exclusivo de
Deus aos profetas vivos, e não ao bel-prazer do
homem.
Jacó continua sua prédica ao povo no capítulo 3 e se
dirige aos puros de coração, exortando-os a manter
suas mentes firmes. Volta aos iníquos para condenar
toda fornicação, lascívia e outros pecados. Declara as
terríveis conseqüências dessas coisas no julgamento
diante de Deus.
O Livro de Jacó foi escrito por ele mesmo, mas nas
placas confeccionadas por Nefi.
Nessa pregação de Jacó, não há nada que não se
aplique ao procedimento dos homens e mulheres do
século XX. Seguramente os "nefitas" deste século
ficarão muito aborrecidos com as palavras de Jacó.

Capítulo 4 - O profeta entra em considerações sobre a


limitação de escrever os muitos eventos que
constituem a história de um povo, usando placas; mas
esclarece que não haveria outro meio seguro, que
garantisse a preservação dos escritos ao longo do
tempo. Mesmo assim, ele exorta os que vierem a
receber esses escritos, a lhes darem o devido valor, e
que não desprezem este conhecimento.

Jacó diz o quanto é importante que as gerações


longínquas no futuro, saibam que eles tinham
conhecimento do Cristo; que tinham esperança na Sua
glória muitos séculos antes da Sua vinda; declara o
conhecimento que seu povo tinha, e os profetas que os
antecederam, sobre o Pai Eterno, e o Seu Filho
Unigênito, e o Espírito Santo.
O profeta diz da importância de que a profecia seja
proferida ao nível do entendimento humano dos
profetas, para que eles a transmitam com clareza ao
povo.
Mas os judeus foram um povo orgulhoso, que
desprezou as palavras claras, para irem atrás de coisas
profundas que não podiam entender.
Jacó pergunta: Como o povo judeu, depois de
desprezar o fundamento, a principal pedra angular,
pode jamais vir a edificar sobe ela?
Então, ele mesmo, com grande propriedade, discorre
nos capítulos 5 e 6 sobre a palavra do profeta Zenos, na
sua alegoria da oliveira. Lá está a resposta à pergunta,
do como o judeu edificará sobre a pedra angular (Jesus
Cristo) depois de havê-la desprezado.

O valor de uma alegoria cresce na medida em que


passamos a conhecer as coisas reais que as suas
figuras representam. A alegoria da oliveira,
apresentada por Zenos, por si só, é um testemunho
poderoso da veracidade do Livro de Mórmon. Ela
mostra ao homem o verdadeiro Plano de Deus, nas
Suas ações maravilhosas; suplantando os atos das
nações, e conduzindo os seus filhos ao longo das eras;
provando-os e julgando, salvando e condenando; para
levar os mais recalcitrantes ao entendimento de Cristo
e à autosujeição dos seus espíritos; para poder,
finalmente, salvá-los de acordo com as suas obras, no
Seu devido tempo.

Capítulos 5 e 6 - Ninguém pode avaliar, nem mesmo de


perto, a grandiosidade da parábola da oliveira, sem
estudar cuidadosamente a matéria contida no Manual
do Aluno, Curso de Religião 121-122, publicado por A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
pgs. 135 a 143.
Em breves palavras, essa alegoria representa as
preocupações e as ações de Deus para com toda a
família humana desde que o primeiro homem pisou na
terra até o tempo final.
É um registro da saga do povo de Israel por todas as
eras, do princípio ao fim. Ela relata
pormenorizadamente a dispersão do povo de Israel e o
seu enxerto nas nações gentias, para Deus poder
cumprir as promessas feitas a Abraão em Gênese
22:16-18.
ESCLARECIMENTO
Para iniciarmos a entender a parábola de Zenos, é
preciso ter em mente o significado das figuras usadas
pelo profeta: A vinha é o mundo; O Senhor da vinha
Jesus Cristo; O servos os profetas do Senhor; A oliveira
boa o povo do convênio; A oliveira brava os gentios (os
povos oriundos da colonização greco-romana
principalmente); Os ramos bravos a Israel apóstata; Os
ramos grupos separados de pessoas (como a colônia de
Lehi); As raízes da oliveira boas são os convênios e as
promessas de Deus, que sustentam viva a árvore; O
fruto da árvore as obras dos homens; Cavar, podar,
fertilizaras obras de Deus em benefício dos homens.
O transplante dos ramos é a dispersão de grupos pelo
mundo ou a sua volta à condição original nos últimos
dias. Enxertos são os processos de renascimento
espiritual e aceitação dos convênios, que acontecem
de tempos em tempos e em lugares diferentes. Os
ramos mortos representam iniqüidade, apostasia. Os
ramos lançados ao fogo o julgamento de Deus.

Jacó termina o seu discurso, pedindo aos nefitas que


considerem essas coisas; que se arrependam e se
salvem da condenação, que sejam prudentes. E se
despede dizendo:
"...até que nos encontremos no agradável tribunal de
Deus para os justos,
mas terrível para os iníquos".

Com número tão grande de figuras, com tal variedade


de situações como nesta parábola, que abrange seis mil
anos de história dos que vieram por Adão, podemos
afirmar com a maior das certezas: Sem profetas de
Deus para explicá-la, seria impossível ao homem
entendê-la. Ela saiu da mente de Deus, a qual, nenhum
homem pode alcançar, a menos que Ele a revele.
A necessidade de profetas vivos é demonstrada pela
complexidade inatingível dessa parábola. Sem profetas,
a palavra de Deus seria vã para nossa geração.
Se não houvesse quem a interpretasse pelo dom do
Espírito e por seu chamado profético, de que teria
servido ela ter vindo à luz no Livro que Deus retirou do
pó ?
Deus revelou o Livro de Mórmon, para que as
gerações receptoras o entendam; portanto, também
enviou profetas juntamente com o Livro, para ajudar os
homens (simples e eruditos) a entenderem as palavras
dadas à sua geração; para que possam gozar das
bênçãos temporais e espirituais vinculadas.
O Senhor restaurará Sua Israel nos últimos dias, e o
mundo inteiro será passado pelo fogo (pelo fogo
purificador do Espírito). Os homens devem seguir a
Cristo para evitar o lago de fogo e enxofre (que é a
linguagem figurativa da angústia e remorso de
consciência, que arderá como se fosse um lago de fogo,
no peito dos espíritos dos homens que partirem desta
vida na condição de condenados pela justiça de Deus).
Isso acontecerá a todos os que tenham sabido da
expiação que Cristo fez para livrá-los desse castigo e,
mesmo assim, tenham desprezado essa grandiosa
bênção,
para continuar gozando das iniqüidades do mundo.

Quem de nós, depois de lermos essas coisas,


poderemos dizer diante de Cristo, ao passarmos o véu
desta vida, que não soubemos delas? Se a nossa
disposição é para continuar pecando, melhor teria sido
que nunca houvéssemos lido estas palavras...
Mas acontece que já as lemos; portanto, estamos
lançados diante da solene e gravíssima situação de ter
que escolher entre servir a Deus ou nos condenarmos
ao lago de fogo.

O Livro de Mórmon nos ajuda e dá forças para


desmanchar os prazeres iníquos do mundo; para
podermos, em contrapartida, desmanchar os tormentos
de consciência, o lago de fogo do mundo dos espíritos
que eventualmente nos espera após a morte temporal.
O Livro nos demonstra só haver duas escolhas: Uma é
nos arrependermos, a outra é sofrermos os dramas de
consciência, por nossas culpas inocultáveis diante de
Deus;
uma é beneficiar-nos do livramento do fogo, pelo
sofrimento do fogo que Cristo sofreu por todos os que
se arrependem e o seguem; a outra escolha é
sofrermos essas penas por nós mesmos. Deus não nos
concedeu uma terceira saída diante da luz que
recebermos. Recebendo a luz, seremos julgados por
ela.

O LIVRO DE ÊNOS
A atuação de Ênos foi entre os anos 510 e 421 a.C.
Nefi foi o profeta da clareza, Ênos foi o da perseverança
e da fé excepcional. As palavras que havia ouvido de
seu pai, Jacó, ressoavam profundamente no seu
coração; tendo ele recebido o encargo da guarda das
placas, e estando consciente dos seus pecados, orou ao
Senhor durante um dia inteiro.
Até que foi ouvido por Deus, e ouviu na sua mente a
resposta às suas orações,
de que sua culpa fôra expurgada.
Então, Ênos perguntou ao Senhor como aquilo se
levaria a efeito, e a resposta foi:
"Pela tua fé em Cristo, a quem nunca jamais ouviste ou
viste... portanto, vê,
tua fé te salvou", v. 8.
Essa experiência dilatou a alma de Ênos, e ele passou a
desejar o bem-estar dos seus irmãos (os nefitas), e
obteve a palavra do Senhor que os visitaria, mas faria
suas transgressões caírem com dor sobre suas cabeças.

Temendo a destruição dos nefitas por causa da


iniqüidade, Ênos pede ao Senhor que não permita aos
lamanitas destruírem os anais. A alma de Ênos
continua a se expandir, agora ele anela também pela
salvação dos lamanitas, a despeito da terrível
selvageria desse povo nos seus dias.
O Senhor fez um convênio com Ênos, de que faria os
anais chegarem aos lamanitas no Seu próprio e devido
tempo. Ênos dá testemunho da luta para manter o
povo nefita no temor de Deus, para evitar que se
precipitasse rapidamente na destruição.
Ele entrega a guarda das placas a seu filho Jarom.

O livro que acabamos de analisar é tão pequeno, que


nem está dividido em capítulos.
É importante esclarecer que os manuscritos originais
do Livro de Mórmon, por seguirem fielmente o texto
nefita, tiveram sua passagem para o inglês provinciano
de Joseph Smith, de forma muito peculiar: Os escribas
que atuaram para o profeta escreveram o Livro inteiro,
sem usar quaisquer pontuações. Os antigos não haviam
ainda introduzido esse recurso na sua escrita. Era por
essa razão que usavam tantas vezes as expressões
características que encontramos em todo o Livro
selado: "E eu", "E aconteceu que",
"E eis que", "E quando", etc.
Essas expressões foram mantidas, mesmo com o
posterior acréscimo da pontuação pelo editor, sob a
supervisão dos dois primeiros élderes da Igreja, Joseph
Smith e Oliver Cowdery. Elas são um forte testemunho
da antigüidade e veracidade do Livro.

Alguns escritores profissionais, desde a época do


aparecimento do Livro, têm olhado com menosprezo
para o estilo dos textos, e muitas vezes criticado
pejorativamente o próprio inglês registrado.
Seguramente será por não conhecerem os fatos acima
expostos.

O LIVRO DE JAROM
Este foi outro guardião das placas que escreveu muito
pouco, mas é justa sua explicação do fato: "Que mais
poderia eu escrever além do que meus pais escreveram
? Acaso não revelaram o Plano de Salvação ? Digo-vos
que sim; e isso me basta", v. 2.
Haviam decorrido duzentos e trinta anos, em guerras,
contendas e dissensões por grande parte desse tempo.
Jarom passou a guarda das placas ao seu filho Ômni.
Embora os nefitas vivessem a lei de Moisés, foram
ensinados a pôr sua esperança no Messias; a crer na
Sua vinda como se já houvesse acontecido.
O LIVRO DE ÔMNI
Ômni escreveu muito pouco. Foi um homem de guerra
e se confessou como iníquo,
por não ter guardado os estatutos e mandamentos de
Deus como deveria. Decorridos duzentos e oitenta e
dois anos da saída de Lehi de Jerusalém, ele entregou
as placas a seu filho Amarom. Este também escreveu
muito pouco, mas deu testemunho de que, passados
trezentos e vinte anos da saída de Jerusalém, a parte
mais iníqua do povo nefita havia sido destruída. O
Senhor visitou-os com grandes julgamentos, mas
preservou os justos entre eles, livrando-os dos seus
inimigos.

O próximo a receber as placas foi Quêmis, irmão de


Amarom. Da mesma forma que o irmão, Quêmis
escreveu seu registro no próprio Livro de Ômni. Ele faz
um registro interessante de considerar: Diz que seu
antecessor na guarda das placas, escreveu seu registro
no mesmo dia em que entregou-as a ele. O registro
deste último é ainda menor; aliás, diz que levaram os
anais porque era um mandamento de seus pais.
Por que não disseram que era um mandamento de
Deus, como disseram seus pais,
Nefi, Jacó e Ênos ?

O próximo guardião das placas era filho de Quêmis, foi


também um homem de guerra; diz que não sabe de
nenhuma revelação (nos seus dias) , salvo o que havia
sido escrito anteriormente; nem mesmo de profecias
ele ouvira.
E só com isso ele concluiu seu registro.

Como vemos, nesse período , a espiritualidade dos


nefitas estava muito por baixo.
O último a escrever no Livro de Ômni foi Amaleki, filho
de Abinadom. Ele dá um relato interessante sobre um
homem chamado Mosíah : À semelhança do que o
Senhor fizera para preservar Lehi, mandando-o e aos
que quisessem escutá-lo que fugissem de Jerusalém, o
mesmo Ele fez com Mosíah. Mandou que fugisse da
terra de Nefi para o deserto, juntamente com todos os
que quisessem escutar a voz do Senhor.

Como Lehi havia sido guiado no deserto pelo o braço


de Deus, da mesma forma o foram Mosíah e seu povo
para uma terra chamada Zarahemla. Foram ao encontro
de um povo que partira de Jerusalém pouco depois de
Lehi; quando Zedequias, rei de Judá,
foi levado cativo para Babilônia.
Grande foi a alegria desse povo de Zarahemla quando
soube que Mosíah possuía os anais dos judeus (que
estavam nas placas de latão) ; pois seu idioma se havia
corrompido, e negavam a existência do seu Criador; o
povo de Mosíah não podia entender o seu idioma.
Mosíah era um grande líder e profeta de Deus e acabou
por ser aclamado rei daqueles dois povos que se
uniram. Foi nos dias deste rei que surgiu uma grande
pedra, uma espécie de estela contendo gravações.
Mosíah interpretou-as pelo dom e poder de Deus.

Estava ali relatada a história de um homem de nome


Coriantumr e da matança que sofreu seu povo. Havia
também referências sobre os pais desse homem. Seus
descendentes tinham vindo da Grande Torre ( a Torre
de Babel).

Ao morrer o rei Mosíah, seu filho Benjamim reinou em


seu lugar. Nessa época, Amaleki era o detentor das
placas. Como não teve descendência, e conhecendo a
retidão do rei Benjamim diante de Deus, passou a ele a
guarda das placas, cujo conteúdo, ao ser compendiado
mais tarde pelo profeta Mórmon, chegaria ao
conhecimento da nossa geração por intermédio do
profeta Joseph Smith, que as recebeu em 1827.

As últimas palavras registradas, exortam os homens a


virem a Deus, a crerem nas profecias e nas revelações,
na ministração dos anjos, no dom de falar em línguas,
no dom de interpretação de línguas(idiomas antigos). E
acrescentamos: no chamado de profetas.
Estas últimas palavras de Amaleki, demonstram o
entendimento que tinha da importância capital do
homem crer nessas coisas. Elas são os instrumentos de
poder que Deus usa para levar avante o Seu Plano de
Salvação. Amaleki sabia que se os homens perdessem a
fé nessas operações de Deus, Ele teria a execução do
Plano retardada; os homens entrariam pela senda da
incredulidade e dos pecados sérios. Deus teria que
visitá-los com pesados julgamentos e esperar que eles
novamente se lembrassem Dele; para, só então, poder
abençoá-los com o dom do arrependimento, que leva
ao perdão.

Como os homens pecam continuamente (em maior ou


menor grau), Amaleki sabia que eles devem ser
mantidos num "estado contínuo" de arrependimento;
que se pode traduzir em contínua vigilância sobre si
mesmos, no oceano de tentações que os envolvem.
Quando os povos deixam de crer naqueles
instrumentos das operações de Deus, terminam por
impedir que Deus exerça entre eles esses poderes.
Quando eles só são reconhecidos pelos poucos que não
perderam a fé nessas Suas operações, a maioria do
povo acaba por escolher o mal em escala crescente.
É quando Deus, então, tem que retirar para o deserto
(para longe da selva concentrada de iniqüidade) os
poucos aproveitáveis, para continuarem prosperando
dentro do Plano.

Então, será quando os iníquos serão escravizados ou


passados ao fio da espada, soterrados, afogados; ou
mergulhados em vapores de escuridão ou entregues às
guerras, à fome, à peste, às secas, inundações; às
desorganizações governamentais, corrupção, inflação;
ao padecer sob a sanha de ladrões, salteadores,
homicidas, os quais, reinam no seio do povo que
(coletivamente falando) rejeita ao Deus verdadeiro.
Uns são ainda mantidos na mortalidade, outros são
sumariamente enviados às prisões do mundo dos
espíritos, onde serão reeducados para Deus em
dolorosa aflição e expectativa.
Agora que você aprendeu porque Deus exerceu todos
esses Seus poderes para fazer chegar às suas mãos, o
Livro vindo das placas, que foram tiradas do pó;
o que vai fazer a respeito ?

Essas placas peregrinaram entre os povos do Ocidente


por quase mil anos.
Em essência, eles receberam as mesmas palavras que
você está recebendo agora. Tiveram a oportunidade de
fazer sua escolha e, coletivamente falando,
fizeram-na muito mal.
Alguns alcançaram as melhores bênçãos, mas a maioria
escolheu o caminho das maldições, e desceu ao lago de
fogo. Há um tempo para tudo e para todas as gerações,
agora chegou o tempo para a nossa. O tempo para
fazermos a escolha, darmos a mão
ao nosso Deus ou Lhe virarmos as costas. O poder é
nosso para fazermos essa escolha, mas não para mudar
as conseqüências que nos advirão dela.

Esta é a língua dos anjos: Ó pastores ilegais, calai-


vos ! Por que desvirtuais os verdadeiros caminhos de
Deus negando estas coisas ? Por que dizeis que elas
cessaram com a morte dos apóstolos ? ! Avaliai a
desgraça que causais com vossas palavras ! Estais
destruindo as almas dos homens; alienando-os do
entendimento das verdadeiras operações de Deus,
anulando Suas palavras ! Medí o tamanho de vossa
própria desgraça e saí dela...Enquanto ainda há tempo !
Arrependei-vos, diz o Senhor ! Arrependei-vos! Ou
sereis lançados ao inferno por vossas próprias
consciências culpadas, diante do tribunal de Cristo no
vosso último dia !
Ó homens simples ! Livrai-vos do ministério do erro !
Não vos deixeis vitimar pelos que são vítimas
inconscientes das contaminações do passado ! Alçai a
bandeira da liberdade ! Deixai aos que quiserem
recalcitrar no erro, e operar a própria desgraça!
Por que deixá-los operar também a vossa?
O que acontecerá aos que rejeitarem a única saída
vitoriosa que Deus lhes oferece ?
A noite tenebrosa que se aproxima, fará suas
consciências os acusarem e acender nas suas
entranhas o fogo inextinguível do inferno, a não ser
que se arrependam e sirvam a Deus; mas da maneira
que Ele quer ser servido e não daquela que cada um
escolhe para prestar serviço.
* * *
AS PALAVRAS DE MÓRMON
Mórmon começa este registro, denominado As
Palavras de Mórmon, escrevendo sobre o momento
final; quando entregou ao seu filho Moroni, passados
muitos séculos da vinda de Cristo, os anais que
preparara (aproximadamente em 385 d. C.).
A destruição decretada sobre o povo nefita já era
quase completa, e Mórmon diz supor que Moroni
presenciaria o fim daquele povo.
Então, ele passa a relatar que fez um compêndio das
placas de Nefi até o reinado do rei Benjamim; e que
depois disso, fez uma busca entre os anais que foram
postos em suas mãos, quando então, encontrou estas
placas. Elas continham breves narrações dos profetas,
desde Jacó até ao reinado de Benjamim, contendo
também muitas palavras de Nefi.

Devido às muitas profecias sobre Cristo escritas


nessas placas (muitas das quais já se haviam
cumprido, e outras que por certo se cumprirão),
Mórmon escolheu-as para concluir o seu próprio relato
a respeito delas. Diz que tomará das placas de Nefi
para completar o resto do registro que está fazendo,
pois sabe que elas são destinadas a um sábio
propósito; declara não saber completamente sobre
isso, mas sabe que o Senhor trabalha por meio dele.
Mórmon passa a concluir seus anais, tomando para
eles das placas de Nefi, segundo o entendimento e
saber que recebeu de Deus. Ele diz que estas placas,
depois que foram entregues por Amaleki ao rei
Benjamim, este colocou-as junto às outras placas
contendo os anais que os reis passaram de geração em
geração até ele.
Elas assim continuaram até chegarem às mãos de
Mórmon. Ele declara saber que, pelas coisas escritas
nas placas, tanto o seu povo quanto os seus
descendentes, serão julgados no último dia.

Nos dias do rei Benjamim apareceram muitos falsos


Cristos, mas suas bocas foram fechadas. Houve
também falsos profetas, falsos pregadores e falsos
mestres entre o povo; eles trouxeram muitas
contendas e deserções para o lado dos lamanitas.
Mas Benjamim era um rei justo e santo. Depois de
muito trabalho, ajudado por homens santos do país,
conseguiu levar a paz ao seu povo.
-
O LIVRO DE MOSÍAH
O rei Benjamim gozou de paz contínua durante o seu
reinado, depois que lutou e venceu os lamanitas, ele
próprio empunhando a espada de Labão (aquela
mesma espada que Nefi empunhou para cumprir a
ordem do Espírito e acabar com a vida de Labão) .
Benjamim ensinou a seus filhos sobre as profecias e
sobre o valor dos anais; sem os quais, seu povo teria
perecido em ignorância, sem conhecer os caminhos de
Deus.
Os filhos de Benjamim foram instruídos no idioma de
Lehi, para que não perdessem a riqueza das palavras e
dos ensinamentos contidos nas placas, sem os quais,
testemunha o profeta e rei, todos teriam perecido, por
degenerar na incredulidade.

Agora Benjamim exorta seus filhos a escrutinarem


diligentemente as placas, para se beneficiarem delas;
aprendendo a guardar os mandamentos de Deus, para
que possam prosperar na terra, de conformidade com
as promessas feitas a seus pais.
Ele chama a atenção dos seus filhos. Para o fato deles
saberem que as placas de Nefi são verdadeiras, por
elas estarem diante dos seus olhos.
Sim, eles sabiam porque podiam constatar pelos olhos
que a substância que as constituíam era real, tangível.
Mas, se a doutrina que continham era ou não
verdadeira,
eles teriam que descobrir por seus dons espirituais e o
Espírito de Deus.

Hoje não vemos as placas, mas temos o livro delas


tirado, impresso e nas nossas mãos! Portanto, podemos
saber que a substância do Livro é real. Suas palavras
porém, se são verdadeiras ou não, só poderemos saber
da mesma maneira que os nefitas.
Isso demonstra que não é a visão das placas o que nos
deve interessar, mas sim o testemunho do Espírito de
que a doutrina é de Deus.

Um rolo de papiro foi descoberto em 1947 contendo O


Livro de Isaías. É ele o original? É apenas uma cópia? -
O fato constatado por enquanto é que o texto está de
acordo com o Velho Testamento.
Caso ele seja mesmo o original, de que serviria a
humanidade toda formar uma fila para vê-lo e tocá-lo?
Mas, quem diz saber que o seu texto é verdadeiro, por
que não se comporta à altura desse conhecimento?
De que servirá a cristandade de toda a humanidade
dizer Senhor! Senhor!
E não fazer o que Ele manda?

Capítulos 2 e 5 - Quando o rei Benjamim percebeu que


em breve morreria, passou os encargos do reino ao seu
filho Mosíah e, numa proclamação aos povos de
Zarahemla e o de Mosíah, agora unidos como um só
povo, proclamou-o rei.
Mosíah filho, o novo rei, assumiu o encargo da guarda
das placas de latão, das placas de Nefi; bem como da
espada de Labão e da esfera que orientou a colônia de
Lehi no deserto.
Benjamim mandara que seu filho reunisse o povo nas
cercanias do Templo,
para ouvir sua última proclamação como rei. Os que
não poderiam ouvir sua voz, receberiam suas palavras
por escrito. (não está registrado, mas acredito que
haveria homens designados para lê-las em voz alta aos
ouvintes próximos a cada um deles).

O discurso que o rei fez ao povo nessa ocasião, é uma


peça valiosa de justiça e sabedoria no relacionamento
humano, cujas observâncias trariam a paz permanente
para qualquer povo que seguisse os seus preceitos.
Mas, também, e principalmente, é uma poderosa
pregação das coisas de Deus e da Sua justiça; só
possíveis serem ensinadas por um rei-sacerdote de
elevada espiritualidade e retidão, como era Benjamim.
Sua fala vai do versículo 9 do capítulo 2 ao versículo 15
do capítulo 5 do Livro de Mórmon.

Relacionamos aqui alguns dos pontos mais notáveis:


"... ensinei-vos a guardar os mandamentos do Senhor...
Quando estais ao serviço de vosso próximo, estais
somente ao serviço de vosso Deus... Sois devedores (de
Deus) e o sereis para sempre, assim pois, o que tendes
para vos vangloriar ?... Nem eu, a quem chamais rei,
sou melhor do que vós, porque também sou pó...( o
versículo 34 do capitulo 2 parece indicar que o povo de
Mosiah vivia sob o convênio da consagração, convênio
muito maior em poder temporal e espiritual do que o do
dizimo apenas) ...Depois do homem haver sido
instruído e ter sabido de todas essas coisas, ele agir
contra elas, rejeitando o Espirito do Senhor, para que
não tenha morada nele, preferindo obedecer ao mau
espirito... Se tal homem não se arrepender... E
permanecer e morrer inimigo de Deus, as exigências da
divina justiça despertarão em sua alma imortal, um
vivo sentimento da própria culpa... A misericórdia não
pode reclamar à justiça, um homem que não se
arrepende...O Senhor Onipotente descerá dos céus
entre os homens... E se chamará Jesus Cristo, o Filho
de Deus, o Pai do céu e da terra, o Criador de todas as
coisas desde o principio..."
Aqui é essencial um esclarecimento: Jesus Cristo é o
Pai do céu e da terra, porque é o Criador de todas as
coisas desde o princípio (do céu e da terra). A escritura
diz do quê Ele é o Pai, e de Quem Ele é o Filho;
especifica o Filho como Criador das coisas relacionadas
com o nosso céu e a nossa terra; que Seu Pai e nosso
Pai Celestial, não é o Criador direto dessas coisas:
porque tudo o que foi feito nesse assunto, foi feito pelo
Filho e por meio Dele.
Continua o discurso do rei Benjamim: "... Todas as
coisas referentes à primeira vinda de Cristo, se fazem
para que se efetue um justo julgamento entre os filhos
dos homens...
O sangue de Cristo expia pelos pecados dos que caíram
pela transgressão de Adão e dos que morreram sem
conhecer a vontade de Deus em relação a eles ou pelos
que pecaram por ignorância... Ai dos que pecam
conscientemente... Como o povo era orgulhoso, Deus
deu-lhes a lei de Moisés... As criancinhas, (antes da
idade da compreensão, oito anos de idade) portanto,
que possam pecar por ignorância, terão seus pecados
expiados (cancelados) pela expiação de Cristo... Virá o
dia em que o conhecimento de Deus será universal... Se
as obras dos homens forem más, eles serão levados a
contemplar o horrendo espetáculo de suas próprias
culpas... Se não vigiardes a vós mesmos e aos vossos
pensamentos, palavras e obras, e se não observardes
os mandamentos de Deus, e ... não perseverardes com
fé naquilo que ouvistes concernente à vinda de nosso
Senhor, até ao fim de vossas vidas, devereis perecer.
Agora Ó homem ! Lembrai-vos disso e não pereçais ! ...
Quem não tomar sobre si o nome de Cristo, terá que
ser chamado por algum outro nome; portanto, será
colocado à esquerda de Deus... Como conhece o homem
ao Senhor a quem não serviu, que é um estranho para
ele, e se encontra longe de seus pensamentos e
intenções
do seu coração ? "

O rei Benjamim morreu aproximadamente 479 anos


depois que Lehi deixou Jerusalém. Mosiah, o filho,
começou seu reinado no ano 124 a.C.
aproximadamente.
Ao pressentir a aproximação da morte, o rei Benjamim,
com sua visão de profeta e conhecedor da natureza
humana, da justiça de Deus e do espírito do diabo; com
seu senso do dever final para com Deus nesta vida, e
para com seu povo. Para que pudesse partir com
consciência limpa e o sentimento gratificante de ter
feito tudo ao seu alcance para o bem das gerações que
viriam ao dia desta vida; por tudo isso é que mandou
reunir o povo, para fortalecer suas mentes, coração e
espírito.
Sua preocupação principal era que o povo se
conservasse unido. Naquela união de corpo, mente,
coração e espírito, capazes de manter uma paz
duradoura. Esse poder só poderia provir do
conhecimento verdadeiro de Deus e da disposição firme
de guardar os mandamentos.
Sua segunda preocupação, era não deixar acontecer
que indivíduos ou grupos dentro do povo se deixassem
levar pelo orgulho, vaidade, jactância, egoísmo. Contra
esses males, ele mostrou a nulidade dessas pretensões
humanas diante de Deus
e de Sua obra grandiosa.
Em terceiro lugar, Benjamim advertiu o povo sobre as
desgraças que surgiriam se essas coisas entrassem no
coração das pessoas. As contendas surgiriam e
acabariam por destruir a unidade de propósitos entre
eles e Deus, pelos convênios firmados.
O rei Benjamim sabia haver tirado seu povo dessa
situação para obter a unidade e a paz; eliminado as
contendas pela pregação da palavra, ensinada ao povo
com grande esforço e eficiência. Portanto, o caminho
de volta às contendas e à desorganização estaria
sempre às portas; convidando indivíduos e grupos a
provocar a saída da ordem e segurança alcançadas,
pela firmeza no verdadeiro Deus, naquela união com
Ele que só o conhecimento da verdade pode obter.

O rei reconhecia que suas realizações entre aquele


povo, só foram possíveis porque a doutrina de Cristo,
constante das placas, transmitidas de geração em
geração, contendo profecias antigas e menos antigas,
umas já cumpridas e outras ainda por acontecer;
repetimos, sabia que só foram possíveis suas
realizações de governo, por ter podido ensinar com
poder a verdade de Deus ao povo.
O povo só chegara à união, pela fé que as escrituras lhe
fizera desenvolver. Sem elas, nenhum povo conseguiria
a união obtida por Benjamim Não poderiam sair das
contendas intermináveis que as paixões humanas
fabricam, pelo desconhecimento de Deus, do Seu Plano
e dos Seus Convênios com os homens.
Benjamim sabia que o povo de Deus na antigüidade era
caracterizado por uma feição peculiar, por ser
conveniado com Deus; portanto, ele batalhou para que
seu povo (moderno nos seus dias) também o fosse.
Talvez, os que hoje julguem-se modernos, achem que
não é bem assim; que deve haver outras maneiras de
resolver os problemas de um povo. Mas para os tais, o
Senhor manda Seus recado pelo Livro de Mórmon:
Não ! Não há outra solução diferente daquela buscada
por Benjamim, por Enoque da era patriarcal por Joseph
Smith na era atual. Pois todos foram guiados pelo
Espírito Santo e lutaram pela solução de Jesus Cristo.

Benjamim sabia que a início da desgraça de um povo


ou de qualquer indivíduo sob convênio, seria a quebra
dos mandamentos; o que leva à perda das bênçãos
conseguidas e, eventualmente, até mesmo ao
recebimento de maldições. Elas poderão chegar ao
decreto divino de extinção do povo (e quantas vezes
isso já aconteceu na história dos povos!).
Por isso, é que o discurso foi tão longo, pois todas as
facetas do drama humano que levam à desagregação
física e espiritual de um povo, foram consideradas.

A envergadura de Benjamim demonstra que o melhor


governo sobre os espíritos humanos é a teocracia. Mas
só quando o rei é um sacerdote justo e santo como era
o rei Benjamim. É por isso que Jesus é um rei. Ele
reinará sob a teocracia no Milênio próximo.

Em contrapartida, o pior governo que pode existir é a


"teocracia" sob o espírito do demônio, porque a
corrupção do ótimo torna-se em péssimo.
A desgraça que Benjamim conseguiu evitar que se
abatesse sobre o povo, nos seus dias, acabou por cair
sobre seus descendentes, exatamente pelo já exposto.

É sob essa desgraça, que vive hoje a população da


terra. Exatamente porque o desconhecimento do Deus
verdadeiro, temido por aquele grande rei-sacerdote,
domina hoje a mente de todos: Reis, presidentes,
governadores, prefeitos, senadores, deputados,
vereadores, desembargadores, magistrados, juizes,
sapientíssimos, excelências, eminências, santíssimos,
acadêmicos imortais, marechais, generais, almirantes,
etc
Enfìm, o povo inteiro está alienado do Deus verdadeiro,
e nada sabe sabre os Seus imutável convênios.
A prova disso é o terrível caos que reina no mundo !
Piora dia a dia, por quê ?
Poderíamos deixar que o leitor respondesse a esta
pergunta, mas nós mesmos vamos fazê-lo: É porque os
poderosos do mando (coletivamente falando) não o são
segundo o Espírito de Deus, que estava no rei
Benjamim; são poderosos sim, mas segundo o simples
espírito humano, e muitas vezes segundo o espírito do
Adversário de Cristo. São desses mesmos de quem
Deus diz; "Serão julgados com extremo rigor".
Porque eles não querem tomar conhecimento das
placas, do Livro selado, do Livro dos profetas de Israel
no Ocidente, do Livro de Jesus Cristo para o mundo dos
últimos dias, do Livro de Mórmon !
Assim falam os anjos:
Ó Deus ! Reúne teu povo ! Acordai do vosso sono Ó
poderosos da terra !
E vós também, Ó homens simples !
Despertai para a insignifìcância dos vossos
pensamentos ! Uni-vos à mente de Cristo !
Buscai o dom do Seu Espírito ! A noite tenebrosa, na
qual nada mais podereis fazer, aproxima-se célere !
Saí da Babilônia mundial !
Ó vós que desejais ser o povo de Deus !
-
Vós dizeis: "Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor !
Onde está ela ? Apontai-ma ! Não sabeis que Deus
decretou o fim de todas as nações ?
Daria Ele fim à Sua própria nação ? Não sabeis que
Deus formará Sua nação nos últimos dias ?
Não sabeis que o Senhor retirará Seu povo para fora
da babilônia das nações ?
Ó Deus ! Reúne teu povo !
Onde estarão vossos territórios nacionais; onde estarão
vossas fronteiras, litorais, montanhas e vales; onde
estarão vossas pretensões políticas e litígios
internacionais ?
Onde estará tudo isso, quando o Senhor causar um
grande estrondo, a terra oscilar como um bêbado, o
leito do grande oceano subir e empurrar as águas para
o Norte; quando Ele unir as terras como antigamente,
abater as montanhas e encher os vales; quando Ele
mudar toda a face da terra e a posição das estrelas no
céu ?
Onde estarão os feitos dessas nações; o culto dos seus
heróis; onde estará a altivez nos olhos dos orgulhosos
da terra, e o orgulho das suas nações ? Onde estará
tudo aquilo que foi, mas não é mais ?
Naquele dia, só haverá um herói - O Poderoso de
Israel, cujo ato heróico e autêntico foi entregar-Se à
expiação pelo resgate de todos ! Naquele dia só Deus
será exaltado!
Então, e só então, poderão dizer os poucos que
restarem:
"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor !"

O Livro de Mórmon veio para restaurar à vida, a


consciência nacional de Israel, a nação de Deus, cuja
pátria nacional será gradualmente estabelecida no
Milênio da Paz.
Será estabelecida até encher toda a terra com o
conhecimento do Deus de Israel; numa terra recriada e
reorganizada para eliminar as atuais fronteiras e
divisões de toda espécie. Então, de Sião sairá a lei e de
Jerusalém a palavra do Senhor.

Capitulo 7 - Passamos pelo capítulo 6, e vamos


diretamente ao versículo 24 deste capítulo 7.
Encontramos aí a admissão de um rei de nome Limhi,
de que a desgraça sob a qual vivia seu povo, tinha sido
proveniente da iniqüidade.
Ao ponto de terem matado um profeta, por ter
declarado que Cristo era Deus, o Pai de todas as coisas,
e que tomaria sobre si a imagem do homem... , v. 26-
27.
E disse Limhi ao povo:
"O Senhor disse: Não socorrerei o meu povo nos dias
de sua transgressão; em vez disso, obstruirei os seus
caminhos para que não prosperem... Se meu povo
semear imundície, recolherá seus despojos no tufão, e
disso resultará veneno", v. 29-30.

Capitulo 8 - O que há de interessante neste capítulo, é


o relato do rei Limhi sobre uma expedição de quarenta
e três homens que enviou em busca da terra de
Zarahemla. A expedição vagou desorientada, mas
terminou por encontrar uma grande região cheia de
ruínas e ossos de homens e de animais. Havia sido
habitada por um povo tão numeroso quanto as hostes
de Israel. Para provar a verdade do que diziam,
trouxeram vinte e quatro placas de ouro cobertas de
gravações; couraças de vários tamanhos, feitas de
cobre e latão.
Ninguém podia entender o idioma das gravações (mais
tarde veremos como elas foram trazidas à luz).
O rei Mosíah, de Zarahemla, era o único homem entre
todos que recebera naquela época o dom de Deus para
interpretar os anais encontrados. Ele possuía um
dispositivo apropriado para à interpretação de idiomas
estranhos, conhecido como intérpretes, os quais, a
ninguém além de Mosiah, era permitido usar; para
evitar que procurasse coisas que não deveria saber, e
assim perecesse.
Quem obtém permissão de Deus para olhar através
desses intérpretes, é chamado um vidente (de Israel).
Agora uma curiosidade: Nostradamus era um vidente,
mas não de Israel. Ele não possuía esses intérpretes,
mas olhava também através de um meio transparente
diverso, para então fazer seus vaticínios.
Capítulos 9 a 22 - Estes capítulos contêm uma história
sobre placas, os anais de Zeniff, analisaremos apenas
os pontos mais importantes: Eles contam a história do
povo de Zeniff, da época em que saiu do país de
Zarahemla na tentativa de tomar posse das terras que
foram a primeira herança de seus pais e a vida do povo
sob o jugo dos lamanitas, até sua posterior libertação.

O capítulo 10, mostra como um povo inteiro pode ser


dominado mentalmente por uma mentira tradicional;
tornar-se instrumento dos que distorcem a verdade;
distorções fabricadas por ancestrais corrompidos e
corruptores, cujas motivações nunca estiveram unidas
com as de Deus. Quando as multidões nascem nesse
ambiente de mentiras secularmente fabricadas,
acabam construindo suas metas espirituais sobre esses
fundamentos falsos. Julgando que agradam a Deus,
acabam -lhe combatê-lo inconscientemente, atribuindo
a Deus o que não vem Dele, e rejeitando Suas
revelações, porque não combinam com as falsidades
que herdaram de seus pais.
Isso se torna uma tragédia espiritual incomensurável,
pois as pessoas vitimadas por essa desgraça, tornam-
se inabordáveis à pregação da verdade. Quem rejeita
os enviados de Deus, mas diz que trabalha para Ele, em
sã verdade, trabalha para quem ?

Quem não conhecer corretamente o Plano de Deus,


poderá ser engabelado, envolvido em maior ou menor
grau, pelo ministério oculto do adversário de Deus, na
operação dos seus muitos planos malignos.
Para levar avante o Seu Plano, muitas vezes Deus tem
que empregar exércitos, marinha, aviação, além de
profetas; é por isso que Ele é o Senhor dos Exércitos
dos céus e da terra. O demônio também usa exércitos,
marinha e aviação, ele também tem profetas e mestres
para executar seus planos.
É por isso que as guerras na terra são incessantes,
pois demônio não pára de lutar contra o Plano de
Deus, usando seu instrumentos na carne e no mundo
dos espíritos.
Em circunstâncias especiais, Deus favorece um lado e
desampara o outro, em outras deixa que se destruam
mutuamente, e ainda em outros casos Ele usa os
iníquos contra Seu povo, para açoitá-lo e levá-lo a
arrependimento.
"E fomos guerrear com a força do Senhor. Os lamanitas
porém nada sabiam sobre a força do Senhor...
dependiam de sua própria força..., 10: 10-11".
Os textos sobre guerras no Livro de Mórmon estão
repletos desses exemplos.

Quem já viveu neste nosso mundo moderno, mesmo


que apenas alguma décadas, poderia escrever "nas
suas próprias placas", a história das guerras
incessantes; sendo que em algumas delas, o
favorecimento de Deus mostrou-se inegável !
É por isso que há tantos relatos de guerras nas placas
que nos foram reveladas.
Haveria muito mais, se as placas maiores de Nefi e o
registros dos reis chegassem a nós. Mas os propósitos
de Deus em demonstrar Sua ação, sobrepujando os
atos de indivíduos e nações, ao longo da saga desta
humanidade, são plenamente alcançados nos relatos
que nos entregou. Mesmo sendo reduzidos, são o
suficiente para exercermos reflexão e nos
convencermos que Ele é sempre o mesmo, ontem, hoje
e para sempre; que Seu adversário é também o
mesmo; e que as humanidades que são enviadas ao dia
desta vida, também comportam-se de maneira
semelhante - Alguns aprendem sabedoria e crescem no
conhecimento da verdade, enquanto outros não se
levantam do pó.

Capítulos 11 a 17 - Zeniff envelheceu e conferiu o reino


ao seu filho Noé, o qual entrou pelo caminho da
iniqüidade. O Senhor enviou ao povo o profeta Abinadi
para pregar o arrependimento, ou seriam todos levados
em cativeiro Abinadi começou a ser caçado pelo rei e
pelo povo; para ser preso, julgado e morto por causa
da palavra anunciada.

Depois de advertir o povo pela voz de Abinadi, de todas


as maldições que lançaria sobre eles, caso não se
arrependessem de suas iniqüidades e abominações, o
Senhor disse:
"Eu os varrerei completamente da face da terra., mas
deixarão um registro, o qual, preservarei para outras
nações que virão a possuir o país...".
Abinadi acabou por ser aprisionado e levado diante dos
sacerdotes do rei para ser interrogado. Ele então,
movido pelo Espírito confundiu a todos; pôs às claras
todas as abominações cometidas pelo rei e seu povo; e
passou a interrogar os sacerdotes, demonstrando que
nada compreendiam das escrituras. O rei, grandemente
zangado, mandou retirar o profeta de sua presença e
matá-lo para calar sua fala.
Mas, o poder de Deus guardava Abinadi e nenhuma
força do mundo poderia impedir que ele declarasse
toda a palavra que Deus o mandara anunciar. Ele
prosseguiu discorrendo sobre os dez mandamentos;
explicou àqueles judeus dispersos, que a salvação
não vem pela lei de Moisés, e que o próprio Deus
efetuaria a Expiação e redimiria Seu povo; expôs a
finalidade da lei de Moisés; citou Isaías, quando fala da
humilhação e
o sofrimento a que o Messias se exporia, e que Ele faria
de sua alma oferenda pelo pecado (Isaias, capítulo 53).

Abinadi explicou porque Cristo é o Pai, como também o


Filho; que Ele levaria a efeito a ressurreição; que as
criancinhas têm a vida eterna (são salvas pela Expiação
de Cristo); ensinou que os de natureza carnal
permanecem como se não houvesse redenção; que
Cristo tornou possível a ressurreição, para à vida
eterna ou para a condenação sem fim.

A condenação sem fim é a condição que um espírito


causará a si mesmo de jamais vir a experimentar a vida
que Deus vive, a vida eterna. É o ter que viver um outro
tipo de vida, aquém da plenitude da alegria e das
realizações que viverão aqueles que não se
autocondenarem a essa limitação. A nenhum espírito é
ensinado que não escolha a vida eterna, pelo contrário,
é mandado que escolha o bem, para poder Viver a
mesma vida que Deus vive, ele e a sua descendência.

O discurso de Abinadi àquele povo iníquo, orgulhoso,


cego e idólatra, tinha que ser feito com toda a clareza
(e aquele mesmo texto, aquela mesma fala, tinha que
ser entregue a nós, nos últimos dias) pois o Senhor não
salvará nem condenará as pessoas, enquanto
ignorarem o Seu Plano, e não tiverem a oportunidade
plena de conhecer e escolher se aceitarão ou não os
Termos do Seu Convênio.

De todos os sacerdotes do rei Noé, apenas um creu nas


palavras de Abinadi, seu nome era Alma. Tendo
entregado a mensagem que Deus lhe encarregara de
proclamar, Abinadi sofreu a morte pelo fogo. Mas,
antes de sucumbir, profetizou que
assim morreriam seus matadores.

A quem nos associaremos, a Abinadi, para morrermos


sob o fogo deste mundo - para morrermos para o
mundo? Ou nos associaremos aos sacerdotes do rei
Noé, para vivermos segundo o mundo e acabarmos por
morrer para Deus sob o fogo do inferno ?

Capítulo 18 - Alma passa a ensinar secretamente a


todos os que o quisessem ouvir ensinar as palavras dos
ensinamentos de Abinadi. Ele compreendera que o
batismo na água era a primeira ordenança essencial à
salvação, mas que lhe faltava autoridade para batizar.

Por isso, ao entrar na água com o primeiro dos seus


seguidores, de nome Helam, não assumiu a si mesmo
aquele poder e autoridade (a honra do sacerdócio de
Deus), e sim, invocou ao Senhor, para que derramasse
Seu Espírito sobre ele, para que pudesse realizar
aquela obra com santidade e em retidão, observando a
justiça do reino de Deus, v,12-16.

É notável a grande preocupação dos servos de Deus


nos registros das placas, em não fazer as coisas fora do
Plano de Justiça. Eles sabiam profundamente, que se
não agissem em retidão, estariam contra o princípio da
ordem, em que todas as coisas referentes a Deus
devem ser feitas. (Hoje o homem perdeu inteiramente
a avaliação dessas coisas).

Então, ao fazer esse pedido ao Senhor, depois que ele


(Alma) e Helam haviam entrado na água, o Espírito
veio sobre Alma e disse:
(Observe- se bem, foi o Espírito Quem disse aquelas
palavras, porque ele, Alma, pelo menos até aquele
momento, não sabia o que fazer nem o que dizer para
realizar a ordenança em retidão)
"Helam, tendo autoridade do Deus Todo-Poderoso, eu
te batizo, como testemunho de que haveis feito
convênio de servi-lo até a morte, segundo o corpo
mortal; que o Espirito do Senhor se derrame sobre ti e
te conceda a vida eterna, pela redenção de Cristo, a
quem Ele preparou desde a fundação do mundo" , v.
13.
Alma e Helam, então, sepultaram-se na água,
levantaram-se e saíram dela regozijando-se, cheios do
Espírito Santo, v. 14. Pronto ! A partir dai, Alma
poderia batizar a outros em justiça, retidão e verdade.
Eles agora sabiam os termos do convênio que estavam
assumindo com o Senhor.
Por que Alma não poderia fazê-lo antes, uma vez que já
ouvira a doutrina
pelo profeta Abinadi ?
(ou mesmo que já conhecesse todas as palavras e
procedimentos do ato batismal ?).
- É porque o simples conhecimento de qualquer
ordenança ou doutrina, não é o que produz autoridade
para realizar ou pregar em nome de Deus. As
escrituras, em pergaminhos, placas, livros, etc.; quer
antigos quer modernos, são meros objetos; não podem
ser investidos de autoridade do sacerdócio de Deus por
imposição das mãos, como manda a justiça do reino
fazer sobre o homem.
Esses objetos não têm mãos para transmitir legalmente
essa autoridade e poder aos homens chamados ao
ministério. A ordem com que as coisas de Deus têm que
ser feitas, exige que a cadeia de procedimentos seja
observada na mesma ordem original:
As mãos do sacerdócio celestial ordenam os homens na
terra, e as mãos do sacerdócio delegado à terra,
ordenam outros homens; numa cadeia perfeita de
retidão, verdade e justiça. Tudo o que estiver fora disso
é usurpação, injustiça, falsidade, mentira e blasfêmia.
Quem pretender assumir essa autoridade do sacerdócio
de qualquer outra forma, verá no último dia que foi um
indigno operário, sua consciência o lançará no fogo do
inferno.
Assim, Amoramon imita a fala dos anjos :

Ó vós pastores ilegais ! Arrependei-vos, livrai-vos do


Mentiroso! Ninguém toma para si essa honra (o
sacerdócio) a não ser que seja chamado por Deus,
como foi Aarão! Ó vós que julgais ter sido batizados
com autoridade de Deus, mas não fostes !
Quão grande será vossa dor quando descobrirdes que
fostes enganados !
Revertei, enquanto ainda é o dia ! Sabei que não tendes
promessa nenhuma, pois não conhecíeis onde estava o
sacerdócio de Deus, nem os termos corretos do
convênio batismal! Sem eles, que convênio fizestes ?
Quereis ouvir do Senhor: Nunca vos conheci ?
Reconhecei vosso erro agora Ó homens ! Retrocedei
agora ! Atendei ao convite de Cristo para serdes o Seu
povo !
Alma designou um dia na semana para que o povo se
reunisse para ensinar e aprender, e para adorar a Deus,
v.25. Os sacerdotes não deveriam depender do povo
para seu sustento. Pelo trabalho que fizessem na
Igreja, receberiam a graça de Deus, para aumentar sua
força no Espírito (a fé); obtendo maior conhecimento
de Deus, podendo assim, ensinar com poder e
autoridade, v. 26.

Capítulo 19 : - O rei Noé morre pelo fogo, como


profetizou Abinadi. Seu filho Limhi reina como um
monarca tributário dos lamanitas ( já falamos sobre ele
no capítulo 7).
Capítulo 23: - Passamos os capítulos de 20 a 22 sem
comentar, por não serem significativos para o nosso
propósito nesta análise dinâmica.

Alma era grandemente amado pelo povo, e este queria


que fosse o seu rei, mas ele recusou-se com estas
palavras:
"Assim diz o Senhor: Não estimareis uma carne mais
do que a outra, nem um homem se considerará melhor
do que outro; portanto, vos digo que não convém que
tenhais rei.
Contudo, se fosse possível que sempre tivésseis
homens justos por reis, bom seria para vós que
tivésseis rei", v. 7-8.
"Nem confieis em ninguém para que seja vosso mestre,
nem vosso ministro, a menos que seja um homem de
Deus, que ande em Suas vias e guarde os Seus
mandamentos", v. 14.
As palavras de Alma neste versículo são de suma
importância para cada pessoa,
em qualquer época do mundo.
A palavra do Livro de Mórmon nos ensina a como
identificar os homens de Deus;
os que andam em Suas vias, porque conhecem os Seus
mandamentos e os guardam.

Alma fora constituído no sacerdócio por Deus, era o


sumo-sacerdote presidente da Igreja. Ninguém podia
pregar ou ensinar, a menos que recebesse autoridade
de Deus por intermédio de Alma. Era ele quem
consagrava todos os mestres e os sacerdotes, v. 17.
( sendo Deus o mesmo, assim tem que ser no dia de
hoje).
Capítulo 26 : - Vendo-se obrigado a julgar as
iniqüidades do povo da Igreja, Alma perturbou-se em
espírito; temendo fazer algo de mal à vista de Deus.
Tendo derramado sua alma diante do Senhor, para
saber como agir, a voz de Deus veio a ele e deu todas
as instruções necessárias para que ele administrasse a
Igreja com justiça no que concernia aos iníquos
especialmente.

No versículo 22, o Senhor diz algo de tremenda


significação. Ali, Ele derruba uma série de erros
doutrinários, que contribuem para obliterar as mentes
e impedi-las de conhecer a verdade e, em
conseqüência, de conhecerem a justiça de Deus:

"Esta é a minha lgreja: (ou: Assim é a minha Igreja)


Quem quer
que seja (nela) batizado, será batizado para o
arrependimento...".
Disso decorre imediatamente, que não há nenhuma
outra razão doutrinária para batizar um homem ou uma
mulher (e, sobretudo, uma criancinha que ainda não
tenha chegado à idade do entendimento do que seja
bem e mal) repetimos, não há outra qualquer razão
justa, que não seja o arrependimento dos seus
pecados, tendo fé em Jesus Cristo.
"Portanto, te digo, ao que não queira escutar a minha
voz, não o admitirás na minha Igreja, porque a este
não receberei no último dia", v. 28.
"E acontecerá que quando soar a segunda trombeta
sairão os que nunca me conheceram, e comparecerão
diante de mim...", v. 25. "E então lhes confessarei que
nunca os conheci; e irão ao fogo eterno, preparado
para o diabo e seus anjos", v. 27.
Jesus Cristo restaurou a Sua Igreja, agora nos últimos
dias ! Já se passaram 167 anos, (1997) desde que
começou a enviar seus missionários gradualmente por
todo o mundo livre; levando a mensagem de
advertência, e o convite para que todos se arrependam
e se reunam à Sua Igreja, para edificar o Seu reino na
terra.
Mas a humanidade em peso, com pouquíssimas
exceções tem declarado aos missionários que levam
para eles a última advertência de Deus:
- "Ora, já temos nossa igreja, nossa fé, nosso batismo,
nossos pastores, nossa Bíblia, nossas capelas,
sinagogas, templos e catedrais; já temos nossos
mestres espirituais, nossos santos, nossas santas,
nossos terreiros, orixás, babalaôs e Iemanjá !"
-
No julgamento, poderão eles dizer que conheceram a
Cristo?
Poderá Ele por acaso dizer que os reconheceu na terra,
que eles O serviram em verdade e justiça ?
Se eles não reconhecerem o trabalho que Cristo faz por
eles nos seus dias, como esperar que Ele reconheça os
seus trabalhos como justos e verdadeiros ?
Se não fìzerem o trabalho que Cristo os convida a fazer,
como esperar que Ele aceite o trabalho que fizeram
sem terem sido designados ? Se não trabalharam para
Cristo, para quem o fizeram ?
Assim diz o Senhor: "Se não tendes a mim, nada
tendes! Se não fazeis o que Eu digo, não tendes
promessa nenhuma ! ".

Quando o versículo 27 diz que irão ao fogo eterno,


preparado para o diabo e seus anjos, significa que irão
passar pelo fogo; e não que lá ficarão para toda a
eternidade.
Porque esse fogo eterno não foi preparado para que
eles nele façam sua residência permanente; os
residentes permanentes são o diabo e seus anjos.
Quando dizemos que vamos aos Estados Unidos da
América, estamos dizendo:
"Não vamos para ficar"; pois sabemos que aquele país
foi organizado para os seus cidadãos.
Agora, se assumirmos a cidadania daquele país e
vamos lá residir permanentemente, diremos então que
vamos para os Estados Unidos.
Assim, os filhos da perdição, serão os únicos que
assumirão a cidadania do inferno,
para lá irão de mudança por toda a eternidade; os
demais que irão ao fogo, só o farão em passagem de
purificação. Embora ela possa ser longa, muito longa
mesmo !

O estado espiritual de lamentos e de terrível remorço


de consciência, o sentimento de perda irreparável que
se desenvolverá no peito dos que se virem obrigados a
reconhecer toda a sua culpa, não remida pela Expiação
de Cristo, é o estado que Deus figura como se fosse um
lago de fogo e de enxofre, cuja chama ascende para
sempre.
O inferno, é portanto, um estado de autopunição;
quando o espírito tem que se defrontar com a verdade
e não está em paz com ela; quando tem que reconhecer
sua falha em não ter usado das oportunidades justas
que Deus lhe ofereceu, até chegar àquela condição
terrivelmente difícil de suportar - a de nada mais haver
que possa fazer, poois o tempo que lhe foi dado para se
arrepender já terá passado.

Assim, não é Deus Quem nos lança no fogo, somos nós


mesmos ! O Senhor fez todo o possível para que não
entremos naquele estado. Os que forem ao inferno,
compraram sua passagem e embarcaram para lá contra
a vontade de Deus !
O Plano de justiça não permite que Ele impeça de irem
ao fogo aqueles que não querem usar os meios de
escape. Como também não permite que deixem de
entrar no Seu descanso, todos aqueles que cumprem
toda a justiça.

O Livro de Mórmon nos foi enviado, entre todas as


razões que já mostramos e mais outras que
continuaremos a mostrar. Também para ensinar o meio
pelo qual poderemos evitar essa crise infernal de
consciência.
Se permitirmos que a crise se inicie a mostrar enquanto
ainda estamos sendo provados (ainda na dia desta
vida),[
e manifestamos desejo de nos reconciliarmos com
Deus,
Ele nos concederá o dom do arrependimento e,
automaticamente, seremos aliviados
- ao recebermos o batismo da água, seguido do batismo
de fogo e do Espírito Santo;
o que imediatamente ampliará nossa mente e nos
encherá de fé e esperança na vida eterna.
Mas, se deixarmos que esse estado de crise fique para
depois, diante de Deus nossa consciência nos
condenará; pois não poderemos burlar essa verdade
interior, ao proclamar a nossa injustiça. Então não será
como alguns pensam poder fazer aqui.
Veremos mais sobre isso no decorrer desta análise que
fazemos do Livro que veio do pó.
Quem rejeitar o Livro de Mórmon, irá ao fogo por
vontade própria, essa é a advertência de Deus !

Deste ponto, vamos voltar um pouco atrás, aos


versículos de 25 a 27 do capítulo 27 do Livro de Mosíah
- Disse o Senhor a Alma:

"Não te maravilhes de que todo o gênero humano, sim,


homens e mulheres, toda a nação, tribo , língua e povo,
deva nascer outra vez; sim, nascer de Deus, ser
mudado do seu estado carnal e decaído, para um
estado de retidão, sendo redimidos por Deus,
convertendo- se em seus filhos e filhas; e assim
possam a ser novas criaturas; e, a menos que façam
isso, de modo nenhum podem herdar o reino de Deus".
Não há palavra mais clara ! Todos devem nascer de
novo ou Deus não os reconhecerá como Seus filhos
espirituais na carne da ressurreição, gerados para o
Pai Eterno pela expiação operada por Cristo. Quem não
conquistar essa nova a condição promovida de filho de
Deus, não terá nascido de novo para herdar a vida
eterna.

Capítulo 27 - Mosíah tem sérios problemas com seus


quatro filhos. Eles e um filho de Alma, do mesmo nome,
eram de uma nova geração; não tinham ouvido as
palavras do rei Benjamim e não acreditavam nas
tradições dos seus pais. A incredulidade obliterou-lhes
o entendimento. Assim, fecharam o coração para o
Espírito de Deus e se tomaram inimigos da Igreja. Eles
contribuíam para que o número de incrédulos crescesse
ainda mais, e a perseguição aos membros da Igreja
tomava-se cada vez mais séria.

Pelo poder monárquico que tinha, Mosíah, também pelo


poder espiritual como portador do sacerdócio de Deus,
expediu um decreto cheio de sabedoria política e
espiritual, v. 2 a 5. Novamente o país gozou de paz,
mas Alma, o filho, e os quatro filhos rebeldes de
Mosíah, continuaram a causar grandes transtornos;
impedindo que à Igreja
prosperasse, desencaminhando muitas pessoas, e
permitindo que o inimigo de Deus exercesse seu poder
sobre eles e por meio deles. O líder desses malfeitores
era o jovem Alma.
Deus ouviu as orações dos justos e de Alma, o pai, e
enviou um anjo para chamá-los à ordem. A experiência
dos cinco jovens é relatada dos versículos 11 ao 33.

Capitulo 28 : - Valendo-se da pedra de vidente, Mosiah


traduz a escrita das placas de um povo conhecido como
jaredita. Essas pedras estavam dispostas nos dois aros
de um arco; o objeto fora preparado desde o
princípio(desde Adão) e foi sendo transmitido de
geração a geração, com a finalidade de que os profetas
o usassem para traduzir idiomas antigos e indecifráveis
pelas novas gerações. Esses objetos foram preservados
pelo poder de Deus, para que Ele pudesse transmitir à
toda criatura que viesse à terra, as iniqüidades e
abominações cometidas pelos povos que os
antecederam, e as conseqüências que os levaram
sofrer os julgamentos de Deus, e até mesmo à
completa destruição de suas nações.
Os anais jareditas, contavam a história de um povo
exterminado pelos julgamentos de Deus; desde a época
em que foram destruídos, até a época da grande torre
(Babel), quando o Senhor confundiu a língua do povo e
os dispersou por toda a superfície
da terra; e ainda, desde essa época, remontando até à
da criação de Adão.
Mosíah tomou das placas de latão e de todas as demais
coisas que tinha sob sua guarda e entregou à Alma, o
filho. Este, depois de arrepender-se dos pecados,
transformou-se num grande profeta de Deus.

Capítulo 29 : - O rei Mosíah dirige ao povo um valioso


libelo por escrito. Algo que demonstra as razões do
sucesso e do fracasso dos governos humanos. Ou o
homem governa com o Espírito de Deus ou jamais
alcançará paz e segurança para todos.
Os israelitas do passado, eram inicialmente governados
por juizes inspirados por Deus, mas quiseram ser como
os outros povos que os rodeavam, rejeitando o governo
que Deus exercia sobre eles. Preferiram ser governados
por reis.

Mosíah consultou o povo para saber quem escolheriam


para ser o rei em seu lugar :
"Teu filho Aarão seja nosso rei e governante", disse o
povo. Mas aconteceu que nenhum dos cinco filhos de
Mosíah quis ser o rei. Então, ele dirigiu-se novamente
ao povo e apresentou uma proposta de constituição,
que supera a todas as constituições existentes no
mundo. (O texto integral pode ser lido dos v.5 ao 32
deste capítulo do Livro de Mosíah, no Livro de
Mórmon). Citaremos apenas os seus pontos principais:

"Nomeemos juizes, para que julguem o povo segundo


nossas leis, homens sábios segundo os mandamentos
de Deus... os juízos de Deus são sempre justos, mas os
dos homens nem sempre são... (mesmo considerando
que sejam homens sábios e tementes a Deus, não serão
absolutamente infaliveis nos seus julgamentos)...
Como nem todos os homens são justos, não convém
que tenhais reis para governar-vos... escolhei juizes,
por meio da voz deste povo, para serdes julgados por
leis corretas, dadas pela mão do Senhor... Não é
comum que a voz do povo deseje algo que seja injusto
(a regra geral é que os governantes cometam injustiças
com a parte maior do povo, para proteger os interesses
de minorias privilegiadas injustamente, por isso, a voz
do povo sempre deseja o que seria mais justo para a
maioria) mas é comum que a minoria do povo deseje o
que é injusto... Tereis por lei que vossos assuntos serão
tratados pela voz do povo. E se acontecer que a voz do
povo escolha a iniqüidade, então é quando os juízos de
Deus descerão sobre vós... Mas se tendes juizes que
não julgam segundo a lei que lhes foi dada, podeis
fazer que sejam julgados por um juiz superior... e se
vossos juizes superiores não ditarem juízos justos,
fareis que um pequeno número de vossos juizes
menores se reunam, e eles julgarão aos vossos juizes
superiores, segundo a vontade do povo ... Assim, se
este povo cometer pecados e iniqüidades, eles recairão
sobre suas próprias cabeças... As iniqüidades dos reis
têm causado os pecados de muita gente; portanto, as
iniqüidades do povo, caem sobre a cabeça dos seus
reis. (ou governantes, dá no mesmo).

Alma foi nomeado o primeiro juiz superior, ele era


também sumo-sacerdote, tendo sido ordenado por seu
pai, que o encarregou de todos os assuntos da Igreja. O
governo dos juizes entre os nefitas começou no ano 91
a. C. Alma morreu com a idade de oitenta e dois anos e
Mosíah com sessenta e três, quando era o ano
quinhentos e nove desde que Lehi deixara Jerusalém. O
reinado dos reis sobre o povo de Nefi termina aí.
-
POSFÁCIO
Sabemos que Deus não faz acepção de pessoas. Ele
ama a todos os homens porque age sempre com o fito
de educá-los para uma vida mais feliz, tanto na
mortalidade quanto, e principalmente, na imortalidade.
A despeito do mal que cometemos, Ele não perde de
vista, como nós perdemos, os propósitos que com Ele
tínhamos em comum, quando saímos de Sua presença
na eternidade para cruzarmos o dia desta vida (nosso
tempo de provação).
A ira que Deus manifesta no tempo desta vida, no Seu
processo educativo, é dissipada quando nos
arrependemos verdadeiramente e Lhe damos prova
genuína desse arrependimento; quando voltamos a nos
lembrar Dele.
Na análise dinâmica que estamos fazendo juntos (nós
e o leitor) constatamos a grandiosa objetividade do
amor de Deus; que esse amor não tem nada de
contemplativo ou retórico; não é um amor que Deus
confesse por nós apenas com a boca (nas palavras das
escrituras), para que fiquemos divagando sobre o que
ele será.
Por esta análise, testemunhamos que Ele tem por nós
um amor atuante, permanente, longânime, paciente,
misericordioso, zeloso e, sobretudo, determinado a
salvar na Sua presença o maior número possível de
Seus filhos.
Compreendemos que Ele quer de nós essa mesma
espécie de amor objetivo que nos dedica: Um amor
atuante, permanente, confiante, paciente, forte e
poderoso (pela fé) e, sobretudo, determinado a
alcançar a salvação na Sua presença; ou isso ou não
teremos com Ele unidade de propósito.
Portanto, Deus se esforça continuamente para dar-nos
a mesma motivação que dinamiza o Seu amor - a meta
comum que o conhecimento da verdade aponta:
Entrarmos no caminho que o Plano de Salvação revela,
para chegarmos aonde Ele habita.
Que livro jamais comunicou ao leitor melhor
conhecimento de causa do que este que agora
acabamos de analisar ?
Verdadeiramente, por ter sido escrito especificamente
para nós, nestes últimos dias, torna-se o livro que mais
é capaz de nos aproximar de Deus...
Mas, em contrapartida, será o que mais nos afastará de
Sua salvação esplêndida, se o rejeitarmos !
Não há outro instrumento que nos possa retirar da
confusão que o grande fundador de igrejas falsas
conseguiu fazer no mundo em torno de Deus e do Seu
Plano.
O mal que o mundo fez com a original pureza das
escrituras bíblicas e com a sua interpretação, é a arma
principal com que o diabo manipula os filhos de Deus.
Acontece que ele não pode fazer mais com o Livro de
Mórmon o que fez com a Bíblia, por meio de manobrar
os homens.
E sabe o leitor por que?
É porque ele não dispõe mais de tempo ! Deus guardou
este trunfo para as vésperas da volta de Cristo !
-
Assim, o Livro de Mórmon é o grande instrumento que
Deus prometeu uniria,
e agora efetivamente uniu à Bíblia; para devolver ao
povo o entendimento original dela; das promessas e
convênios feitos por Deus com os patriarcas e, através
deles, com a humanidade inteira !
Os que crerem e fizerem o que devem, virão a
constituir a grande nação de Deus no Milênio próximo.
O Livro de Mórmon é o instrumento pelo qual Deus
cumprirá Sua promessa de reunir e coligar o povo de
Israel, a Sua Sião dos ültimos Dias, e com isso, também
fará uma grande divisão entre o povo da terra - Entre
os que crêem no Seu trabalho e os que não crêem ou
não se importam, mesmo crendo.
Para finalizar este trabalho, pelo Espírito Santo,
vamos usar o estilo dos quatorze escribas do Livro de
Mórmon para clamar com eles à esta geração:

Ó vós que pregais ilegalmente ! Cessai vossa


blasfêmia ! Vede a grandiosidade das palavras do Livro
de Mórmon ! Medí a altura e a profundidade de sua
doutrina !
Vede a desproporção incomensurável entre as suas
palavras e as das vossas pregações desautorizadas.
Temei a ira de Deus! Vinde ao Seu amor ! Arrependei-
vos !
Vinde a Cristo no seu retorno ! Por que escolheríeis a
condenação ?
Que vos parece, preferis hoje despertar julgando que
servis a Deus, para acordar no tribunal sabendo que
servistes ao diabo ? Ou preferis despertar hoje,
descobrindo que servis ao diabo, para chegar ao
tribunal sabendo que servistes a Deus ?
Vamos parodiar Josué: Escolhei hoje em quem crereis;
eu de minha parte, crerei no Senhor !
AMORAMON, SETEMBRO DE 1997, RIO DE JANEIRO,
BRASIL
(ano em que este trabalho foi adaptado para
download)
Volta ao início
FIM DA PRIMEIRA PARTE

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