07 - Leis de Kepler
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07 - Leis de Kepler
Gravitação Universal
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12. Gravitação Universal
Urano
Júpiter
NOTA:
1. As figuras deste capítulo não Vênus Marte Saturno
obedecem à escala real, mas da Mercúrio
forma como estão colocadas Terra Sol
facilitam a compreensão do aluno.
2. A partir de 2006, Plutão deixou
de ser considerado planeta.
Netuno
Plutão
Figura 12.3. Teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico
12.2. AS LEIS DE KEPLER
Kepler viveu numa época de grandes turbulências nos meios religiosos.
Crescia irreversivelmente o movimento protestante denominado Reforma por
parte de um grupo dissidente da igreja católica. A igreja católica reage com a
Contra-Reforma, reprimindo centros de saber dissidentes. Em 1598, Kepler
juntamente com outros professores protestantes são obrigados a sair de Graz.
Assim, vão trabalhar em Benatek, próximo de Praga, justamente com o maior
astrônomo da época, Ticho Brahé.
Brahé tinha os melhores instrumentos e os mais completos dados
astronômicos de todos os tempos e Kepler, por sua vez, era o homem
certo, para analisá-los com o método e a genialidade que ninguém mais
possuía. (iii)
A astronomia deu um salto quando Johannes Kepler fez a análise
matemática dos dados compilados por Tycho Brahe. Kepler encontrou certas
regularidades no movimento dos planetas.
Três das diversas conclusões tiveram uma importância maior para estudos
posteriores e, hoje, constituem as três Leis de Kepler.
TABELA I
Alguns dados sobre os planetas
Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno *Plutão
Diâmetro
4,88 12,1 12,76 6,787 142,0 120,0 51,8 49,5 6,0
(km)103
Dist. até o
57,9 108,2 149,7 227,9 778,3 1.427 2.869,6 4.496,6 5.900
Sol
(km)×106
Período de 2,9 meses 7,3 1 ano 1,87 11,8 29,7 84 anos 165,9 247,6
translação meses anos anos anos anos anos
Período de 59 dias -249 23h 24 h 9h 10 h - 11 h 16 h 6 dias
rotação dias 56 min 37 min 50 min 14 min
4s 23 s 30 s
Rapidez
orbital 47,9 35 29,8 24,1 13,1 9,6 6,8 5,4 4,7
(km/h)
Gravidade
0,37 0,88 1 0,38 2,64 1,15 1,17 1,18 (?)
(9,8)
Massa 0,055 0,815 1 0,108 317,9 95,2 14,6 17,2 0,1
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12. Gravitação Universal
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12. Gravitação Universal
Assim, como o Sol atrai os planetas, eles atraem o Sol, os outros planetas
se atraem mutuamente, a Terra atrai a Lua e a Lua atrai a Terra.
A Terra, a Lua, o Sol e qualquer objeto celeste são redondos por causa da
gravitação. Toda coisa atrai qualquer outra coisa. Assim, a Terra atrai outros
objetos celestes e a si mesma, tanto quanto pode. Qualquer parte da sua
superfície está aproximadamente à mesma distância do seu centro, tornando-
a quase uma esfera.
As formas de galáxias distantes mostram evidências da validade e
aplicação da lei da gravitação universal de Newton.
Fazendo observações como estas, Newton conclui que:
“Dois corpos atraem-se mutuamente com forças que têm a mesma direção
(da reta que os une), sentidos opostos e cujas intensidades são diretamente
proporcionais ao produto de suas massas e inversamente proporcionais ao
quadrado da distância que os separa”.
A expressão matemática dessa lei é:
𝑀𝑚
𝐹=𝐺 (2)
𝑅²
onde G é a constante universal gravitacional que vale G=6,67x10-11 Nm2/kg2,
M e m são as massas dos planetas e R é a distância que separa os seus centros.
Fig. 12.6. Aglomerados, galáxias, estrelas, sistemas planetários, planetas têm seus formatos
definidos pela autocontração gravitacional.
M.m
FG P ou G. ⃗⃗ ou 𝐺 𝑀𝑚 = 𝑚𝑔, simplificando, temos:
m.g 𝐹⃗𝑔 = 𝑃
R2 𝑅²
𝐺𝑀
𝑔⃗ =
𝑅²
Portanto, a aceleração gravitacional de um corpo celeste é proporcional a
sua massa (M) e inversamente proporcional ao quadrado do seu raio (R).
𝐺𝑀
𝑣=√
𝑅
Quando se conhece o módulo da aceleração gravitacional na altura da órbita, podemos
considerar a força gravitacional como o peso do satélite. Assim, podemos escrever:
𝑣²
𝑚 = 𝑚𝑔𝑜𝑟𝑏𝑖𝑡𝑎
𝑅𝑜𝑟𝑏𝑖𝑡𝑎
Simplificando e isolando a velocidade, obtemos:
𝑣 = √𝑅𝑜𝑟𝑏 . 𝑔𝑜𝑟𝑏𝑖𝑡𝑎
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